Sunteți pe pagina 1din 11

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS

Instituto de Ciência e Tecnologia


Campus Avançado de Poços de Caldas

ENGENHARIA AMBIENTAL
TRATAMENTO DE EFLUENTES LÍQUIDOS

Bruno Luis Orozimbo Quinteiro Leda – 2009.1.34.076

PROJETO – LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO


SISTEMA AUSTRALIANO
MEMORIAL DE CÁLCULOS

Poços de Caldas – MG
Dezembro 2017
SUMÁRIO

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ............................................................................ 3

2. LAGOA ANAERÓBIA ........................................................................................ 3

2.1. Dimensionamento em Função da Taxa de Aplicação Volumétrica .................. 3

2.2. Tempo de Detenção Hidráulico ........................................................................ 3

2.3. Área Superficial da Lagoa ................................................................................ 4

2.4. Largura e Comprimento .................................................................................... 4

2.5. Acúmulo de Lodo nas Lagoas........................................................................... 4

2.6. Eficiência de Remoção de DBO ....................................................................... 5

2.7. Concentração do Efluente da Lagoa Anaeróbia................................................ 5

2.8. Comprimento e Largura Real da Lagoa ............................................................ 5

3. LAGOA FACULTATIVA ................................................................................... 6

3.1. Carga Orgânica Volumétrica do Afluente ........................................................ 6

3.2. Área Superficial ................................................................................................ 6

3.3. Tempo de Denteção Hidráulico ........................................................................ 7

3.4. Comprimento e Largura das Lagoas Facultativas ............................................. 7

3.5. Concentração de DBO Solúvel e Particulada ................................................... 7

3.6. Concentração de DBO Total no Efluente ......................................................... 8

3.7. Eficiência Total de Remoção de DBO do Sistema ........................................... 8

3.8. Acúmulo de Lodo nas Lagoas Facultativas ...................................................... 9

3.9. Comprimento e Largura Real das Lagoas Facultativas .................................... 9

4. DIMENSIONAMENTO DA TUBULAÇÃO .................................................... 10

5. DIMENSIONAMENTO DOS VERTEDOUROS ............................................. 10

2
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O projeto para o tratamento de esgoto sanitário pelo método de lagoas de estabilização
– sistema australiano, como solicitado, possui as seguintes características gerais:
 Vazão de esgoto: 74,9 L/s
 Concentração média de DBO: 350 mg/L
 Temperatura média do ar no mês mais frio: 20°C
 Disposição das lagoas: 2 lagoas em paralelo
 Concentração de SS no efluente da lagoa facultativa: 80 mgSS/L
 Relação mgDBO/mgSS: 0,35 mgDBO/mgSS
 Taxa de acúmulo de lodo: 2 cm/ano
 Período do projeto: 20 anos
 Borda livre nas lagoas: 0,50 m
 Cota topográfica do fundo da lagoa anaeróbia: 450,00 m

2. LAGOA ANAERÓBIA
2.1. Dimensionamento em Função da Taxa de Aplicação Volumétrica
Para se obter as dimensões da lagoa anaeróbia, primeiramente calculou-se a carga
orgânica que entrará em cada lagoa através da Equação 1.
𝑄𝐷𝐵𝑂 𝐴𝐹𝐿𝑈𝐸𝑁𝑇𝐸
𝐿 = 𝐶𝑆0 𝑥 (1)
2

Obteve-se então um valor de 𝑳 = 𝟏𝟏𝟑𝟐, 𝟒𝟗 𝒌𝒈/𝒅𝒊𝒂.


Calculou-se então, através da Equação 2, o volume da lagoa, adotando-se uma Taxa de
Aplicação Volumétrica 𝐿𝑣 = 0,10 𝑘𝑔𝐷𝐵𝑂/𝑚³. 𝑑𝑖𝑎.
𝐿
𝑉=𝐿 (2)
𝑣

Obteve-se então um valor de 𝑽 = 𝟏𝟏𝟑𝟐𝟒, 𝟗𝟎 𝒎𝟑 para cada uma das lagoas anaeróbias
do sistema.

2.2. Tempo de Detenção Hidráulico


Obteve-se o tempo de detenção hidráulico através da Equação 3.
𝑉
𝑇𝐷𝐻 = 𝑄 (3)

Onde:
 Q: vazão que entra em cada lagoa;
 V: volume de cada lagoa, obtido através da Equação 2;
3
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se um tempo de detenção
hidráulico 𝑻𝑫𝑯 = 𝟑, 𝟓 𝒅𝒊𝒂𝒔.

2.3. Área Superficial da Lagoa


Para se obter o valor da área superficial das lagoas anaeróbias, utilizou-se a Equação 4.
𝑉
𝐴𝑆 = 𝐻 (4)

Onde:
 V: volume de cada lagoa, obtido através da Equação 2;
 H: profundidade da lagoa (valor adotado: 4,00 m);
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma área superficial
𝑨𝑺 = 𝟐. 𝟖𝟑𝟏, 𝟐𝟑 𝒎² para cada lagoa anaeróbia.

2.4. Largura e Comprimento


Para se obter o valor da largura e do comprimento das lagoas anaeróbias, utilizou-se a
Equação 5.
𝐴𝑆 = 𝐵. 𝐿 (5)
Onde:
 AS: área superficial de cada lagoa (obtido através da Equação 5);
 B: comprimento;
 L: largura;
Adotando-se uma relação, onde L/B = 1/3, tem-se:
𝐵 = 3𝐿 (6)
𝐴
𝐿 = √ 3𝑆 (7)

Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma largura 𝑳=


𝟑𝟎, 𝟕𝟐 𝒎 e um comprimento 𝑩 = 𝟗𝟐, 𝟏𝟔 𝒎 para cada lagoa anaeróbia.

2.5. Acúmulo de Lodo nas Lagoas


Para se obter a quantidade de lodo acumulado nas lagoas, utilizou-se a Equação 8.
𝐴𝑐ú𝑚𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝐿𝑜𝑑𝑜 = 𝑇𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑜 𝑥 𝑡 (8)
Onde:
 𝑇𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑜 : taxa de acúmulo de lodo;
 𝑡: período do projeto;
4
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma taxa de acúmulo
de lodo 𝑨𝒄ú𝒎𝒖𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝑳𝒐𝒅𝒐 = 𝟎, 𝟒𝟎 𝒎 em cada lagoa anaeróbia.
Como o valor encontrado é menor do que um terço da profundidade adotada, a lagoa
não necessita de limpeza durante o período do projeto.

2.6. Eficiência de Remoção de DBO


Para se obter a eficiência de remoção de DBO em cada lagoa anaeróbia, utilizou-se a
Equação 9.
𝐸 = 2. 𝑇 + 20 (9)
Onde:
 T: temperatura média do ar no mês mais frio.
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma eficiência de
remoção de DBO 𝑬 = 𝟔𝟎% em cada lagoa anaeróbia.

2.7. Concentração do Efluente da Lagoa Anaeróbia


Para o cálculo da concentração do efluente da lagoa anaeróbia, utilizou-se a equação 10.
100−𝐸
𝐶𝑆 = . 𝐶𝑆0 (10)
100

Onde:
 E: eficiência de remoção de DBO (obtido através da Equação 9);
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma concentração do
efluente de cada lagoa anaeróbia 𝑪𝑺 = 𝟏𝟒𝟎, 𝟎𝟎 𝒎𝒈/𝑳.

2.8. Comprimento e Largura Real da Lagoa


Para a devida realização do projeto, considerou-se um talude de proporções 1V:2H e
uma margem de segurança no nível da água de 0,5 m de altura. Fez-se então necessário o
recalculo das dimensões de largura e altura das lagoas anaeróbias conforme mostrado abaixo.

𝑋𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 = (2 + ℎ𝑏𝑜𝑟𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒 ) . 𝐻𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒 (11)

𝑋𝑝é = . 𝐻𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒 (12)
2

Onde:
 𝑋𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 : valor a ser adicionado/subtraído das medidas atuais de largura e
comprimento da crista dos taludes das bacias;

5
 𝑋𝑝é: valor a ser adicionado/subtraído das medidas atuais de largura e
comprimento do pé dos taludes das bacias;
 ℎ: profundidade útil da bacia (valor adotado: 4,00 m);
 ℎ𝑏𝑜𝑟𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒 : altura da borda livre (valor adotado: 0,50 m);
 𝐻𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒 : proporção horizontal da relação V/H do talude (valor adotado: 2);

Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se um valor 𝑿𝒄𝒓𝒊𝒔𝒕𝒂 =


𝟓, 𝟎𝟎 𝒎 para as cristas e 𝑿𝒑é = 𝟒, 𝟎𝟎 𝒎 para os pés. Atenta-se ao fato de que estes valores
devem ser adicionados/subtraídos a cada extremidade das medidas atuais de
largura/comprimento, totalizando uma adição/subtração de 10,00 m para as cristas e 8,00 m
para os pés.
Obteve-se então os seguintes valores finais de largura e comprimento para as cristas e
pés dos taludes das bacias anaeróbias.

𝑳𝒄𝒓𝒊𝒔𝒕𝒂 = 𝟒𝟎, 𝟕𝟐 𝒎 𝑳𝒑é = 𝟐𝟐, 𝟕𝟐 𝒎


𝑩𝒄𝒓𝒊𝒔𝒕𝒂 = 𝟏𝟎𝟐, 𝟏𝟔 𝒎 𝑩𝒑é = 𝟖𝟒, 𝟏𝟔 𝒎

3. LAGOA FACULTATIVA
3.1. Carga Orgânica Volumétrica do Afluente
Para o correto dimensionamento da lagoa facultativa, o recalculo do valor da carga
volumétrica do afluente se fez necessário, conforme Equação 1, sendo que a concentração de
DBO do afluente da mesma, é igual a concentração de DBO dos efluentes das lagoas
anaeróbias.
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma carga orgânica
volumétrica do afluente de cada lagoa facultativa 𝑳 = 𝟒𝟓𝟑, 𝟎𝟎 𝑲𝒈𝑫𝑩𝑶/𝒅𝒊𝒂.

3.2. Área Superficial


Para se obter a área superficial das lagoas facultativas, utilizou-se a Equação 13.
𝐿
𝐴𝑠 = 𝐿 (13)
𝑆

Onde:
 𝐿: carga orgânica para as lagoas facultativas;
 𝐿𝑆 : taxa de aplicação superficial (valor adotado: 100 KgDBO/ha.d);

6
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma área superficial
para cada uma das lagoas facultativas 𝑨𝒔 = 𝟒, 𝟓𝟑 𝒉𝒂 = 𝟒𝟓𝟑𝟎𝟎 𝒎².

3.3. Tempo de Denteção Hidráulico


O volume de cada lagoa facultativa pode ser obtido através da Equação 14.
𝑉 = 𝐴𝑆 . 𝐻 (14)
Onde:
 𝐴𝑆 : área superficial de cada lagoa (obtido pela equação 13);
 𝐻: profundidade de cada lagoa (valor adotado: 2 m);
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se um volume para cada
lagoa facultativa 𝑽 = 𝟗𝟎. 𝟓𝟗𝟗, 𝟎𝟒 𝒎³.
Com o valor do volume calculado, pode-se efetuar o cálculo do tempo de detenção
hidráulica, utilizando-se da Equação 3, obtendo-se um valor de 𝑻𝑫𝑯 = 𝟐𝟖 𝒅𝒊𝒂𝒔.

3.4. Comprimento e Largura das Lagoas Facultativas


Para se obter o valor da largura e do comprimento das lagoas facultativas, utilizou-se
novamente a Equação 5.
𝐴𝑆 = 𝐵. 𝐿 (5)
Onde:
 AS: área superficial de cada lagoa (obtido através da Equação 5);
 B: comprimento;
 L: largura;
Adotando-se uma relação, onde L/B = 1/2, tem-se:
𝐵 = 2𝐿 (15)
𝐴
𝐿 = √ 2𝑆 (16)

Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma largura 𝑳=


𝟏𝟓𝟎, 𝟓𝟎 𝒎 e um comprimento 𝑩 = 𝟑𝟎𝟏, 𝟎𝟎 𝒎 para cada lagoa facultativa.

3.5. Concentração de DBO Solúvel e Particulada


Para se obter o valor da concentração de DBO solúvel no efluente, utilizou-se a Equação
17.
𝐶𝑆0
𝐷𝐵𝑂𝑠𝑜𝑙ú𝑣𝑒𝑙 = (17)
1+𝑘𝑇𝐷𝐻

7
Onde:
 𝐶𝑆0 : concentração de DBO no efluente;
 𝑘: coeficiente de remoção (valor adotado: 0,30 d-1);
 𝑇𝐷𝐻: tempo de detenção hidráulico;
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma concentração de
𝑫𝑩𝑶𝒔𝒐𝒍ú𝒗𝒆𝒍 = 𝟏𝟒, 𝟖𝟗 𝒎𝒈/𝑳.
Para se obter o valor da concentração de DBO solúvel no efluente, utilizou-se a Equação
18.
𝑚𝑔𝐷𝐵𝑂
𝐷𝐵𝑂𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 = 𝐶𝑆𝑆𝑉 𝑥 𝑟𝑒𝑙𝑎çã𝑜 (18)
𝑚𝑔𝑆𝑆

Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma concentração de


𝑫𝑩𝑶𝒑𝒂𝒓𝒕𝒊𝒄𝒖𝒍𝒂𝒅𝒂 = 𝟐𝟖, 𝟎𝟎 𝒎𝒈/𝑳.

3.6. Concentração de DBO Total no Efluente


Para se obter a concentração de DBO total no efluente, somou-se a concentração de
DBOsolúvel com a concentração de DBOparticulada, conforme mostrado na Equação 19.
𝐷𝐵𝑂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐷𝐵𝑂𝑠𝑜𝑙ú𝑣𝑒𝑙 + 𝐷𝐵𝑂𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 (19)
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma concentração de
DBO Total no Efluente 𝑫𝑩𝑶𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝟒𝟐, 𝟖𝟗 𝒎𝒈/𝑳.

3.7. Eficiência Total de Remoção de DBO do Sistema


Para se obter a eficiência total de remoção de DBO do sistema, utilizou-se da Equação
20.
𝐶𝑆0 −𝐷𝐵𝑂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝐸= . 100 (20)
𝐶𝑆0

Onde:
 𝐶𝑆0 : concentração de DBO no afluente;
 𝐷𝐵𝑂𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 : concentração de DBO total no efluente (obtida pela Equação 19);
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma eficiência total
de remoção de DBO do sistema 𝑬 = 𝟔𝟗, 𝟑𝟔%.

8
3.8. Acúmulo de Lodo nas Lagoas Facultativas
Para se obter a quantidade de lodo acumulado nas lagoas, utilizou-se novamente a
Equação 8.
𝐴𝑐ú𝑚𝑢𝑙𝑜 𝑑𝑒 𝐿𝑜𝑑𝑜 = 𝑇𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑜 𝑥 𝑡 (8)
Onde:
 𝑇𝑎𝑐𝑢𝑚𝑢𝑙𝑜 : taxa de acúmulo de lodo;
 𝑡: período do projeto;
Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se uma taxa de acúmulo
de lodo 𝑨𝒄ú𝒎𝒖𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝑳𝒐𝒅𝒐 = 𝟎, 𝟒𝟎 𝒎 em cada lagoa facultativa.
Como o valor encontrado é menor do que um terço da profundidade adotada, a lagoa
não necessita de limpeza durante o período do projeto.

3.9. Comprimento e Largura Real das Lagoas Facultativas


Para a devida realização do projeto, considerou-se um talude de proporções 1V:2H e
uma margem de segurança no nível da água de 0,5 m de altura. Fez-se então necessário o
recalculo das dimensões de largura e altura das lagoas facultativas, utilizando-se novamente das
Equações 11 e 12, conforme mostrado abaixo.

𝑋𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 = ( + ℎ𝑏𝑜𝑟𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒 ) . 𝐻𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒 (11)
2

𝑋𝑝é = . 𝐻𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒 (12)
2

Onde:
 𝑋𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎 : valor a ser adicionado/subtraído das medidas atuais de largura e
comprimento da crista dos taludes das bacias;
 𝑋𝑝é: valor a ser adicionado/subtraído das medidas atuais de largura e
comprimento do pé dos taludes das bacias;
 ℎ: profundidade útil da bacia (valor adotado: 2,00 m);
 ℎ𝑏𝑜𝑟𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑒 : altura da borda livre (valor adotado: 0,50 m);
 𝐻𝑡𝑎𝑙𝑢𝑑𝑒 : proporção horizontal da relação V/H do talude (valor adotado: 2);

Após as devidas substituições e execução dos cálculos, obteve-se um valor 𝑿𝒄𝒓𝒊𝒔𝒕𝒂 =


𝟑, 𝟎𝟎 𝒎 para as cristas e 𝑿𝒑é = 𝟐, 𝟎𝟎 𝒎 para os pés. Atenta-se ao fato de que estes valores
devem ser adicionados/subtraídos a cada extremidade das medidas atuais de

9
largura/comprimento, totalizando uma adição/subtração de 6,00 m para as cristas e 4,00 m para
os pés.
Obteve-se então os seguintes valores finais de largura e comprimento para as cristas e
pés dos taludes das bacias anaeróbias.

𝑳𝒄𝒓𝒊𝒔𝒕𝒂 = 𝟏𝟓𝟔, 𝟓𝟎 𝒎 𝑳𝒑é = 𝟏𝟒𝟔, 𝟓𝟎 𝒎


𝑩𝒄𝒓𝒊𝒔𝒕𝒂 = 𝟑𝟎𝟕, 𝟎𝟎 𝒎 𝑩𝒑é = 𝟐𝟗𝟕, 𝟎𝟎 𝒎

4. DIMENSIONAMENTO DA TUBULAÇÃO
Para o obtenção do diâmetro da tubulação a ser utilizada no projeto, primeiramente
dividiu-se a vazão por dois, por se tratar de um sistema de duas bacias em paralelo. Obteve-se
então uma vazão 𝑸 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟕𝟒𝟓 𝒎𝟑 /𝒔 para cada sistema.
A velocidade de um líquido em uma tubulação é dada conforme a Equação 21 abaixo.
𝑉 = 𝑄. 𝐴 (21)
Onde:
 𝑄: vazão do líquido;
 𝐴: área circular da tubulação;
Levando-se em consideração as velocidades que não permitem que ocorra a deposição
de sólidos sedimentáveis dentro da tubulação e a vazão de projeto, uma tubulação com um
diâmetro de 200 mm se faz necessária, tubulação esta para conduzir o afluente até as caixas de
controle de vazão das lagoas anaeróbias.
Já para a tubulação que conduzirá os efluentes das caixas de controle de vazão das bacias
anaeróbias e das lagoas anaeróbias para as lagoas facultativas, segue-se o mesmo raciocínio
anterior, chegando-se a um diâmetro de 150 mm.

5. DIMENSIONAMENTO DOS VERTEDOUROS


Como será utilizado um sistema de duas bacias em paralelo, verificou-se a necessidade
de se instalar um vertedouro para garantir que a vazão direcionada para cada bacia anaeróbia
fosse a mesma.
Para se obter as dimensões deste vertedouro, utilizou-se da Equação 22.
3⁄
𝑄 = 1,838 𝑥 𝐿 𝑥 𝐻 2 (22)
Onde:
 Q: vazão do efluente na entrada do vertedouro (parâmetro de projeto);
10
 L: largura do vertedouro a ser construído;
 H: altura da lâmina d’água;
O valor da altura da lâmina d’água pode ser obtida em relação à vazão do efluente que
passa pelo vertedouro, conforme mostra a Tabela 1.

Tabela 1. Valores de altura de lâmina d'água em relação a vazão do líquido no vertedouro


(Fonte: FRANCIS)

Altura (cm) Q (l/s) Altura (cm) Q (l/s)


3 9,6 25 230,0
4 14,7 30 302,3
5 20,6 35 381,1
6 27,1 40 465,5
7 34,0 45 555,5
8 41,6 50 650,6
9 49,7 55 750,5
10 58,1 60 855,2
11 67,1 65 964,2
12 76,5 70 1077,7
13 86,2 75 1195,1
14 96,3 80 1316,5
15 106,9 85 1442,0
20 164,5 90 1571,0

Como o valor das vazões de projeto não são encontrados diretamente na Tabela 1,
interpolou-se os valores da mesma tendo como base os valores das vazões de projeto
encontrando-se uma altura de lâmina d’água H = 11,83 cm para o vertedouro após a calha
parshall e H = 7,45 cm para os vertedouros antes das lagoas anaeróbias.
Com tais valores obtidos, substituindo-se os mesmos, juntamente com os respectivos
valores de vazão de projeto, na Equação 22, obteve-se uma largura L = 1,00m para ambos os
vertedouros.
Adotou-se então uma altura para o vertedouro de 0,80 m e um comprimento de 1,00 m.
Quanto à altura total da caixa a ser construída, levou-se em consideração as alturas do
vertedouro, da lâmina d’água e também uma margem de segurança de 0,50 m, totalizando então
uma altura total de H = 1,70 m para o vertedor após a calha parshall e H = 1,80 m para os
vertedouros antes das lagoas anaeróbias.

11

S-ar putea să vă placă și