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Universidade Federal de Santa Catarina

Centro Tecnológico
Departamento de Engenharia Mecânica
Coordenadoria de Estágio do Curso de Engenharia
Mecânica
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RELATÓRIO DE ESTÁGIO – 3/3 (terceiro de três)


Período: de 10/11/2009 a 18/12/2009

MACROENERGY ENGENHARIA E SERVIÇOS S/A

Nome do aluno: André Faller


Nome do supervisor: Anderson F. Gueths
Nome do orientador: Dylton do Vale Pereira Filho

Gaspar, 18 de dezembro de 2009


SUMÁRIO

1. ATIVIDADES REALIZADAS NO PERÍODO ............................... 3


1.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
1.2 PROPOSTAS DE TRABALHO E ESTADO DA ARTE ............................................................................... 3
1.3 ATIVIDADES REALIZADAS .................................................................................................................. 4
1.3.1 Dimensionamento de Comportas ........................................................................................ 4
1.3.2 Memórias de Cálculo e Descritivas dos Sistemas Auxiliares Mecânicos ...................... 7
1.3.3 Desenvolvimento de Matriz de Interface .......................................................................... 10

2. CONCLUSÕES ......................................................................... 12
3. REFERÊNCIAS ......................................................................... 13
4. ANEXOS ................................................................................... 14

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1. Atividades Realizadas no Período

1.1 Introdução

Nesse terceiro período de estágio o aluno concluiu suas atividades na


empresa desenvolvendo novos estudos e participando de seminários internos.

Essa fase foi caracterizada pela troca de informações através de mini


cursos promovidos entre os funcionários onde cada um expunha seus
conhecimentos.

1.2 Propostas de trabalho e estado da arte

Com a demanda advinda da entrada de novos projetos na empresa,


surgiu a necessidade de que novos estudos fossem desenvolvidos pelo aluno
para a análise econômica e de viabilidade dos empreendimentos. Alguns
desses estudos realizados já foram abordados nos relatórios anteriores e,
conforme a importância na formação do aluno, apresenta-se então os novos
tópicos que fizeram parte da rotina do aluno nesse período de estágio:

• Dimensionamento de Comportas;
• Memórias de Cálculo e Descritivas de Sistemas Auxiliares
Mecânicos;
• Desenvolvimento de Matriz de Interface.

Como referência para tais atividades, o aluno baseou-se nos seminários


comentados anteriormente, em acervo técnico da empresa, em livros e normas
disponíveis no mercado.

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1.3 Atividades Realizadas

1.3.1 Dimensionamento de Comportas

As comportas hidráulicas são de grande aplicação em hidrelétricas,


dentre seus usos pode-se citar a proteção dos equipamentos, controle do nível
de reservatórios, limpeza e esgotamento de reservatórios, manutenção de
equipamentos, dentre outras.

Particularmente, o aluno desenvolveu os cálculos para dimensionamento


básico (estimativa de peso) e esforço de manobra de comportas do tipo vagão
e stoplog (ensecadeira) de PCHs.

Exemplo de comporta vagão

No cálculo do esforço de manobra são levados em consideração os


seguintes parâmetros:
• Carga de abertura devido a atrito das rodas;
• Torque de atrito dos rolamentos;
• Torque de atrito nos retentores da roda;
• Torque de atrito de rolamento;
• Carga de abertura devido a atrito nas vedações;
• Carga devido à pré-compressão da borracha;

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• Carga devido à pressão hidráulica;
• Carga devido aos pesos dos diversos componentes da comporta;
• Peso do painel;
• Peso da proteção anticorrosiva;
• Peso de corpos estranhos;
• Empuxo de Arquimedes;
• Carga devido a projeção da vedação superior;
• Cargas hidráulicas – Downpull;
• Cargas de lastro.

Dessa forma, é possível prever os esforços quando da abertura e


fechamento da comporta e, assim, dimensionar os equipamentos para
içamento da mesma.

Abaixo são apresentados os resultados de um estudo desse tipo:

ESFORÇOS DE MANOBRA - COMPORTA VAGÃO - DESCARGA DE FUNDO - PCH xxx NA NORMAL


FORÇA DE ACIONAMENTO
PESO DA COMPORTA 15.272 7.85 tf/m³
EXPUXO 1.947
ATRITO NAS RODAS 5.114 rolamentos 1.46
ATRITO NAS VEDAÇÕES LATERAIS 4.288 sem teflon NBR8883 >= 1,20
ATRITO NA VEDAÇÃO SUPERIOR 0.700 sem teflon
FORÇA HIDRODINÂMICA Conforme planilha
ÁGUA RETIDA 0.000
LASTRO 0.000 tf 0.000 m³ 2.40 tf/m³ sem lastro
ABERTURA DA COMPORTA
(ABERTURA %) 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
PESO MENOS EMPUXO 42.74% 42.74% 42.74% 42.74% 42.74% 42.74% 42.74% 42.74% 42.74% 42.74% 42.74%
(G-E) 13.325 tf 13.325 tf 13.325 tf 13.325 tf 13.325 tf 13.325 tf 13.325 tf 13.325 tf 13.325 tf 13.325 tf 13.325 tf
ATRITO NAS RODAS 16.40% 14.76% 13.12% 11.48% 9.84% 8.20% 6.56% 4.92% 3.28% 1.64% 0.00%
(Fr) 5.11 tf 4.60 tf 4.09 tf 3.58 tf 3.07 tf 2.56 tf 2.05 tf 1.53 tf 1.02 tf 0.51 tf 0.00 tf
ATRITO NAS VEDAÇÕES LATERAIS 13.75% 12.38% 11.00% 9.63% 8.25% 6.88% 5.50% 4.13% 2.75% 1.38% 0.00%
(Fvl) 4.29 tf 3.86 tf 3.43 tf 3.00 tf 2.57 tf 2.14 tf 1.72 tf 1.29 tf 0.86 tf 0.43 tf 0.00 tf
ATRITO NA VEDAÇÃO SUPERIOR 2.24% 2.24% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00% 0.00%
(Fvs) 0.70 tf 0.70 tf 0.00 tf 0.00 tf 0.00 tf 0.00 tf 0.00 tf 0.00 tf 0.00 tf 0.00 tf 0.00 tf
FORÇA HIDRODINÂMICA 4.62% 27.88% 30.20% 30.96% 31.21% 31.59% 31.86% 32.49% 33.18% 32.75% 32.49%
PORCENTAGEM AJUDA 1.440 tf 4.346 tf 4.708 tf 4.827 tf 4.866 tf 4.924 tf 4.967 tf 5.066 tf 5.172 tf 5.106 tf 5.065 tf
(Fh) 1.440 tf 8.692 tf 9.416 tf 9.654 tf 9.732 tf 9.848 tf 9.934 tf 10.132 tf 10.345 tf 10.211 tf 10.130 tf
CARGA DE LEVANTAMENTO
Ca=(G)+Fr+Fvl+Fvs+Fh+LASTRO 24.87 tf 31.18 tf 30.26 tf 29.56 tf 28.70 tf 27.87 tf 27.02 tf 26.28 tf 25.55 tf 24.48 tf 23.45 tf
CARGA DE ABAIXAMENTO
Cf=(G-E)-Fr-Fvl-Fvs+Fh+LASTRO 4.66 tf 8.51 tf 10.51 tf 11.57 tf 12.55 tf 13.55 tf 14.53 tf 15.57 tf 16.62 tf 17.49 tf 18.39 tf

FS 1.46 1.93 2.40 2.76 3.22 3.88 4.86 6.52 9.84 19.60
FORÇA CRÍTICA DE ABAIXAMENTO 4.66 t
FORÇA MÁXIMA DE LEVANTAMENTO 31.2 t

Resultados de Estudo de Esforço de Manobra

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Gráfico de Esforço de Manobra

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1.3.2 Memórias de Cálculo e Descritivas dos Sistemas Auxiliares Mecânicos

Nas casas de forças de PCHs são necessários sistemas mecânicos para


garantir o correto funcionamento e prover os requisitos para operação e
manutenção das estruturas e equipamentos mecânicos, dessa forma, prevê-se
que a hidrelétrica será atendida pelos seguintes sistemas mecânicos auxiliares:

• Sistema de Drenagem
Este sistema tem por objetivo coletar, conduzir e bombear as águas de
infiltração, vazamentos e de limpeza providas na Casa de Força. É constituído
de um poço de drenagem localizado no piso das unidades, dotado de bombas
centrífugas submersas, separador de óleo, chaves de nível para controle,
canaletas nas galerias, tubulações de condução e painel de comando e
controle.

• Sistema de Esgotamento e Enchimento do Circuito de Adução


Este sistema tem por objetivo esgotar e encher o circuito de adução da
Usina, quando da necessidade de manutenção nestes elementos.

• Sistema de Água de Resfriamento


Este sistema tem por objetivo fornecer água para resfriamento dos
trocadores de calor dos mancais das unidades geradoras, reguladores de
velocidade, sistema de água de serviço e sistema de combate a incêndio por
hidrantes. O sistema é constituído de uma tomada de água bruta dotada de
grelha em cada conduto alimentador das turbinas, provida de válvula de
isolamento e conduzida a um coletor que percorre toda a parede de montante
do piso das turbinas. Deste coletor derivam, em cada unidade, as tomadas de
água para resfriamento dos mancais da unidade geradora, bem como a
alimentação do sistema de água de serviço. A água é filtrada através de filtro
tipo dupla cesta.

• Sistema de Ventilação
Este sistema tem por objetivo prover a ventilação na Casa de Força,
com o objetivo de retirar o calor e os vapores gerados neste ambiente. O
sistema é constituído de ventiladores axiais, instalados na parede de montante,
dotados de tomadas de ar e filtros, que descarregam em uma rede de dutos

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com grelhas de insuflamento. O sistema opera com pressão positiva, de forma
a manter a Casa de Força pressurizada, minimizando a entrada de poeira.

• Sistema de Proteção contra Incêndio


Este sistema tem por objetivo prover elementos extintores de incêndio
para atender a Casa de Força. Na área interna da Casa de Força o sistema é
composto de cilindros de elementos extintores adequados a cada área a ser
protegida.
Na área externa da Casa de Força é previsto um sistema de hidrantes
que atenderá a área de acesso e plataforma de jusante. Os hidrantes da
plataforma de jusante são dotados de requintes do tipo nebulizador para
combate a incêndio nos transformadores. A alimentação de água para o
sistema de hidrantes é tomada de derivação do sistema de água de
resfriamento.

• Sistema de Ar Comprimido de Serviço


Este sistema tem por objetivo fornecer ar comprimido, como facilidade
para execução de manutenção na Usina. O sistema é constituído de
compressores alternativos com reservatório incorporado, filtro de ar na saída,
rede de distribuição e quadro de força e controle. O ar comprimido é distribuído
na Casa de Força, atendendo a área de descarga, galeria de equipamentos
elétricos, piso das turbinas, plataforma de jusante e oficina.

• Sistema de Água de Serviço


Este sistema tem por objetivo fornecer água bruta filtrada aos diversos
pontos da Casa de Força, para limpeza de pisos e equipamentos. O sistema é
constituído de uma derivação do coletor de água de resfriamento, dotada de
válvula e filtro tipo dupla cesta e rede de distribuição de água nos diversos
pisos a serem atendidos.

• Sistema de Esgoto Sanitário


Este sistema tem por objetivo coletar e tratar os efluentes oriundos dos
sanitários da usina. O sistema é composto de rede de coleta, filtro anaeróbico e
sumidouro.

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O aluno desenvolveu os memoriais e fluxogramas dos sistemas
auxiliares mecânicos da PCH Fortuna II como segue:

Sistema de Esgotamento – PCH Fortuna II

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1.3.3 Desenvolvimento de Matriz de Interface

Em uma PCH, muitos são os fornecedores de equipamentos, por


exemplo, fornecedor das turbinas, fornecedor dos geradores, fornecedor dos
transformadores, fornecedor dos hidromecânicos, projetistas, empreiteira civil,
etc. Para que haja um perfeito entendimento entre todos, para que as
interfaces sejam respeitadas e para garantia de que todos os equipamentos e
serviços necessários estejam contratados é necessário que se faça um acordo
coletivo chamado matriz de interfaces.

Essa matriz contempla todos os itens pertinentes ao empreendimento,


abrangendo projetos, contratos, fornecedores, fabricação, inspeções, obras,
transporte, seguro, descarga, armazenagem, montagem, comissionamento,
teste e demais procedimentos até a operação comercial da usina.

Para o desenvolvimento dessa Matriz deve-se aplicar conhecimentos


gerais e a experiência de outros projetos e após sua confecção todos os
interessados se reúnem e os itens são alocados a cada agente que fica sob
coordenação de um integrador.

O Aluno teve participação ativa na confecção e reunião de definição da


Matriz de interface das PCHs do grupo Guanhães em Minas Gerais como é
visto no modelo:

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EPC RBS GME ECV WEG OTG MEL MMC FLT GUA Notas

4 EQUIPAMENTOS MECÂNICOS

Projeto executivo mecânico das turbinas,


4.1 x
mancais, sucção, eixo e válvula borboleta.

4.2 Projeto executivo do regulador de velocidade. x

Projeto executivo mecânico do conduto


4.3 forçado com detalhamento dos berços e x
blocos de ancoragem.
Projeto executivo mecânico dos
hidromecânicos (grades, comportas, unidades
4.4 x
hidráulicas, dispositivo de vazão sanitária,
limpa-grades, etc).

Projeto executivo dos sistemas auxiliares


mecânicos (sistema de água Industrial,
sistema de drenagem, sistema de
esgotamento e enchimento, sistema de ar
comprimido de serviço, sistema de ventilação,
sistema de ar condicionado, sistema de
4.5 x
proteção contra incêndio, sistema de água
potável, sistema de água de serviço, sistema
de esgoto sanitário, sistema de coleta e
separação de água e óleo Isolante, sistema de
óleo lubrificante, sistema de medições
hidráulicas, tubulações e acessórios.

Projeto executivo do volante de inércia. Incluir


4.6 o cálculo de estabilidade transitória e x x
permanente.
Projeto executivo dos equipamentos de
levantamento e movimentação (ponte
4.7 x
rolantes, talhas, monovias, vigas percadoras,
pórticos, cabos, cintas, etc).

4.8 Projeto executivo da chaminé de equilíbrio. x x Quando metálica.

Fornecimento das turbinas, mancais,


trocadores de calor dos mancais, sucção,
4.9 x *Conforme especificação técnica.
eixo, válvula borboleta, peças fixas, bem como
as ferramentas especiais para montagem.

Fornecimento das unidades hidráulicas de


4.10 x
refrigeração e lubrificação dos mancais.

Fornecimento dos trocadores de calor dos


4.11 x
mancais, filtros, e demais acessórios.

4.12 Fornecimento dos reguladores de velocidade. x

Exemplo de parte da Seção de Equipamentos Mecânicos de Matriz de Interfaces

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2. Conclusões

Encerra-se o último período do estágio profissional do aluno com o


sentimento de que foi de grande valia toda a experiência adquirida. Após os
meses de trabalho fica a satisfação de afirmar que os objetivos pretendidos
pelo aluno foram atingidos e as metas e expectativas propostas pela empresa
foram efetuadas e concluídas com êxito. Percebe-se que a troca de
informações foi constante e agregou tanto na formação profissional do aluno
como no acervo da empresa.

O aluno vê como fundamental o papel de um estágio curricular no curso


de Engenharia Mecânica, pois, dessa forma, fica possível a aplicação do
conhecimento teórica adquirido durante a formação acadêmica além de
possibilitar um convívio com outros profissionais. Salienta-se também, a
interação com o mercado e as necessidades dos clientes que acaba por
enriquecer o trabalho.

O estágio supre uma dificuldade encontrada por muitos acadêmicos que,


muitas vezes, não conseguem optar por um ramo de atividade e acabam
encontrando o foco ao se inserirem em um determinado mercado.

Finalmente, o aluno é grato a todos que possibilitaram esse aprendizado


e contribuíram efetivamente com sua formação.

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3. Referências

• MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA; Eletrobrás. Diretoria de


Engenharia. Diretrizes para Estudo e Projeto de Pequenas Centrais
Hidrelétricas. Brasília: Edição 2000.
• DE SOUZA, Zulcy; MOREIRA SANTOS, Afonso Henriques; DA COSTA
BORTONI, Edson. Centrais Hidrelétricas: Implantação e
Comissionamento. 2.ed. Rio de Janeiro: Editora Interciência 2009.
• P SCHREIBER, Gerhard. Usinas Hidrelétricas. Editora Edgard Blücher:
Engevix S.A.
• FERREIRA ERBISTI. Paulo Cezar. Comportas Hidráulicas. 2.ed. Rio de
Janeiro: Editora Interciência 2002.
• NBR 8883. Calculo e fabricação de comportas hidráulicas. 2002
• NBR 12289. Seleção de comportas hidráulicas para PCHs. 1991.
• NBR 7259. Comportas hidráulicas – Terminologia. 2001.
• Centro Nacional de Referência em Pequenas Centrais Hidrelétricas:
www.cerpch.unifei

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4. Anexos
Seguem imagens referentes aos projetos onde o aluno esteve incluído:

Comporta Vagão – PCH São Maurício

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