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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

KLÉBER LÔBO PIRES SOUZA

ESTUDO DO SISTEMA DE DRENAGEM DE VIAS NA UNIVERSIDADE


ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA.

FEIRA DE SANTANA

2011
KLÉBER LÔBO PIRES SOUZA

ESTUDO DO SISTEMA DE DRENAGEM DE VIAS NA UNIVERSIDADE


ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA.

Trabalho apresentado ao Curso


de Engenharia Civil da Universidade
Estadual de Feira de Santana como
parte dos requisitos para obtenção do
título de Bacharel em Engenharia Civil.

Profº. Gerinaldo Costa Alves - Orientador

FEIRA DE SANTANA

2011
KLÉBER LÔBO PIRES SOUZA

ESTUDO DO SISTEMA DE DRENAGEM DE VIAS NA UNIVERSIDADE


ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA.

Trabalho apresentado ao Curso de


Engenharia Civil da Universidade Estadual de
Feira de Santana como parte dos requisitos para
obtenção do título de Bacharel em Engenharia
Civil, sob orientação do Professor Gerinaldo
Costa Alves.

Feira de Santana, 29 de Agosto de 2011

_____________________________________________________________

Prof. Msc. Carlos Pereira de Novaes

Universidade Estadual de Feira de Santana

_____________________________________________________________

Prof. Msc. Diogenes Oliveira Senna

Universidade Estadual de Feira de Santana

_____________________________________________________________

Prof. Msc. Gerinaldo Costa Alves

Universidade Estadual de Feira de Santana


Dedico este trabalho Deus por ser
grandioso nesta jornada, a minha mãe
Marlene Lôbo, ao meu pai Jorge Alves, a
minha irmã Kelba Lôbo, a meu amor
Ariany Morais e todos meus amigos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por tem me oportunizado toda essa


situação e por ter me dado forças nas horas em que me peguei sozinho precisando
de auxilio para seguir em frente.

A meus pais, Marlene e Jorge, pessoas humildes que, me deixaram uma das
coisas mais importante que um pai pode deixar para um filho, a educação. Apesar
da distância eles estavam sempre presentes no meu desenvolvimento, muitas
vezes se preocupando com coisas que nem eram tão importantes no momento,
mas que hoje parando para pensar vejo o quanto me ajudou. A minha irmã, Kelba,
que me ajudou e me ajuda desde que saímos de casa para morarmos juntos em
salvador, com o intuito de estudar, com conselhos e puxões de orelha.

A minha namorada, Ariany e sua família, que me acolheu e me deu apoio


em tudo que precisei, fazendo dessa minha segunda família.

Ao meu professor orientador, Gerinaldo Costa Alves, por ter compartilhado


do seu conhecimento comigo, com total dedicação e compreensão nos momentos
difíceis.

Aos professores Diógenes Senna Oliveira e Carlos Pereira de Novaes, por


ter aceitado participar da banca examinadora.

Aos meus amigos que sempre tiveram comigo desde o início do curso me
apoiando Danillo Cordeiro e Uillen Carlos, aos colegas que conheci no final do
curso mais que pareciam que éramos amigos desde pequenos, Jessica Santana,
José Juventino, Franklin Guimarães, Ronaldo Lacerda, Thiago Machado, sem
esquecer dos que fizeram parte de minha vida quando moramos juntos em
Itaberaba para estudar Alexandre Moreira e Leonardo Cerqueira e a todos os
outros que fizeram parte de minha historia.
LISTA DE FIGURAS

Figura 2-1. Modelo de Sarjeta. Fonte: Carlos Fernandes. ...................................... 28

Figura 2-2. Modelo e Fotografia de uma Grelha. Fonte: Novaes, 2000. ................. 29

Figura 2-3. Modelo de Boca Coletora e Conduto de Ligação. Fonte: Carlos


Fernandes. .............................................................................................................. 29

Figura 2-4. Modelo de Boca Coletora e Conduto de Ligação. Fonte: Carlos


Fernandes. .............................................................................................................. 30

Figura 2-5. Modelo de um Poço de Visita. Fonte: Carlos Fernandes. ..................... 30

Figur2-6. Coeficiente de Manning. Fonte: Carlos Tucci, 1999................................. 34

Figura 3-1. Mapa de localização e municipal de feira de Santana. Fonte: Revista


Bibliográfica y Ciencias Sociales. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/b3w-
775.htm, Acessado em 12 maio 2011. .................................................................... 38

Figura 3-2. Evolução urbana de Feira de Santana. Fonte: Google mapas,


ferramenta satélite. Disponível em http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-
BR&tab=wl, Acessado em 29 de junho de 2011. .................................................... 39

Figura 3-3. Divisão das bacias hidrográficas de Feira de Santana. Fonte: Revista
Bibliográfica y Ciencias Sociales. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/b3w-
775.htm, Acessado em 12 maio 2011. .................................................................... 41

Figura 3-4. Universidade Estadual de Feira de Santana. Fonte: Google mapas,


ferramenta satélite. Disponível em < http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-
BR&tab=wl > Acesso: 29/06/2011. ......................................................................... 42

Figura 3-5. Guias encontrados na UEFS. Fonte: Próprio Autor .............................. 44

Figura 3-6. Sarjeta triangular seguindo greide da via. Fonte: Próprio Autor ............ 45

Figura 3-7. Bocas coletoras em fase de obstrução (UEFS). Fonte: Próprio Autor. . 45

Figura 3-8. Poço de Visita, campus da UEFS. Fonte: Próprio Autor. ..................... 46
Figura 4-1. Planta da UEFS com curvas de níveis, indicação do divisor topográfico
de águas e marcação das áreas de contribuição. Fonte: Levantamento Topográfico
do Campus, eng. Gerinaldo Costa Alves, com adaptação do próprio Autor. .......... 48

Figura 4-2. Tabela de calculo da intensidade da chuva para Feira de Santana.


Fonte: Aparecido Vanderlei Festi, 2006. ................................................................. 51
LISTA DE TABELAS

Tabela 2-1. Valores de K de acordo com o tipo de solo (DNOCS). Edu José Franco,
2004. ....................................................................................................................... 23

Tabela 2-2. Coeficiente de deflúvio segundo as características de ocupação do


solo. Fonte: NOVAES, 2008. ................................................................................... 24

Tabela 2-3. Coeficiente de “run-off” (deflúvio) segundo as características de


ocupação do solo. Fonte: Hidrologia e Drenagem, UNICAMP, profº Hiroshi P.
Yoshizane................................................................................................................ 25

Tabela 2-5. Valores práticos de velocidades mínimas de escoamento. Fonte:


Azevedo Netto,1982. ............................................................................................... 35

Tabela 2-6. Valores práticos de velocidades máximas em canais. Fonte: Azevedo


Netto,1982. .............................................................................................................. 35

Tabela 4-1. Tempo de Concentração para áreas de contribuição especificadas,


com as características referentes a sua permeabilidade. Fonte: Próprio Autor. ..... 50

Tabela 4-2. Tabela com a intensidade da chuva para o tempo de retorno e duração
da chuva. Fonte: Próprio Autor................................................................................ 52

Tabela 4-3. Tabela com as vazões relativas as áreas de contribuição determinadas


no item 4.1, para um tempo de retorno máximo de 4 anos. Fonte: Próprio Autor. .. 53

Tabela 4-4. Dimensionamento das sarjetas das áreas 01 e 02. Fonte: Próprio Autor.
................................................................................................................................ 55

Tabela 4-5. Dimensionamento da sarjeta da área 03. Fonte : Próprio Autor. ......... 56

Tabela 4-6. Dimensionamento da sarjeta da área 04. Fonte : Próprio Autor. ......... 56

Tabela 4-7. Dimensionamento da sarjeta da área 05. Fonte : Próprio Autor. ......... 57

Tabela 4-8. Dimensionamento do conduto de ligação da área 01. Fonte : Próprio


Autor. ....................................................................................................................... 58
Tabela 4-9. Dimensionamento dos condutos de ligação das áreas 02 e 03. Fonte :
Próprio Autor. .......................................................................................................... 59

Tabela 4-10. Dimensionamento dos condutos de ligação das áreas 04 e 05. Fonte :
Próprio Autor. .......................................................................................................... 60

Tabela 4-11. Avaliação das capacidades de vazão das sarjetas. Fonte : Próprio
Autor. ....................................................................................................................... 61

Tabela 4-12. Avaliação das capacidades de vazão dos condutos de ligação. Fonte :
Próprio Autor. .......................................................................................................... 62
RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso envolve estudos sobre drenagem


urbana, mais especificamente o sistema de drenagem da Universidade Estadual de
Feira de Santana. O objetivo principal do trabalho é verificar o funcionamento do
sistema de drenagem pluvial das vias que envolvem os módulos teóricos e
práticos. Para a concretização do processo fez-se uma avaliação geral, que vai
desde o estudo das variáveis hidrológicas e hidráulicas, passando por registros
fotográficos, aferição de medidas em loco, visitas aos órgãos competentes dentro
da instituição entre outros. Os dados levantados foram tratados de forma lógica o
que permitiu a avaliação da capacidade hidráulica dos dispositivos bem como a
vazão das áreas de contribuição. Concluindo que os elementos para quatro áreas
de contribuição estavam super-dimensionados, enquanto um estava sub-
dimensionado. Caracterizando um sistema de drenagem capaz de conduzir as
águas superficiais, porém sem uma visão economista.

Palavras-chave: Drenagem, hidrológicas, e hidráulicas.


ABSTRACT

This work involves completion of course studies on urban drainage,


specifically the drainage system of the State University of Feira de Santana. The
main objective of the study is to test the operation of the drainage system of
pathways that involve the practical and theoretical modules. In carrying out the
process it was an overall rating, ranging from the study of hydrological and hydraulic
variables, through photographic records, assessment of measures in place, visits to
the relevant bodies within the institution and others. The data collected were treated
in a logical way which allowed the evaluation of the hydraulic capacity of the
devices and the flow areas of contribution. Concluding that the elements for four
areas of contribution were super-sized, while one was under-estimated. Featuring a
drainage system capable of carrying surface water, but without an economic vision.

Keywords: Drainage, hydrological e hydraulic.


Sumário

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 14

1.1 JUSTIFICATIVA ............................................................................... 16

1.2 OBJETIVOS ..................................................................................... 17

1.2.1 OBJETIVO GERAL ..................................................................... 17

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................... 17

1.3 ASPECTOS MÉTODOLOGICOS ..................................................... 17

1.3.1 VARIÁVEIS ................................................................................. 17

1.3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.................................... 18

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.................................................................... 19

2.1 ESTUDOS HIDROLÓGICOS ........................................................... 19

2.2 BACIA HIDROGRÁFICA .................................................................. 20

2.3 CARACATERISTICAS FISICAS DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA20

2.4 CHUVAS INTENSAS........................................................................ 21

2.5 DETERMINAÇÃO DE PRECIPITAÇÕES INTENSAS PARA LOCAIS


QUE NÃO DISPÕEM DE EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS ....................... 22

2.6 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO ....................................................... 22

2.7 COEFICIENTE DE DEFLÚVIO ........................................................ 23

2.8 MÉTODO RACIONAL ...................................................................... 25

2.9 DRENAGEM URBANA ..................................................................... 26

2.9.1 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DE DRENAGEM URBANA ..... 27


2.9.2 MICRO-DRENAGEM .................................................................. 28

2.9.3 MACRO-DRENAGEM ................................................................. 31

2.10 ESTUDOS HIDRÁULICOS ........................................................... 31

2.10.1 SARJETA .................................................................................. 32

2.10.2 CAIXA COLETORA ................................................................... 36

2.10.3 CONDUTO DE LIGAÇÃO ......................................................... 37

3 ESTUDO DE CASO ................................................................................ 38

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA E DO


CAMPUS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA ............... 38

3.2 SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL DO


CAMPUS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA. .............. 42

4 AVALIAÇÃO DO SISTEMA E ELEMENTOS DE DRENAGEM DO


CAMPUS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA. ................. 47

4.1 DETERMINAÇÃO DA ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO ......................... 47

4.2 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO ....................................................... 48

4.3 EQUAÇÃO DA CHUVA .................................................................... 50

4.4 COEFICIENTE DE DEFLÚVIO ........................................................ 52

4.5 CALCULO DA VAZÃO ..................................................................... 52

4.6 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DAS


SARJETAS E DOS DUTOS DE LIGAÇÃO. ......................................................... 54

4.7 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE HIDRAULICA DOS ELEMENTOS 61

4.8 DISCUSÃO DOS RESULTADOS ..................................................... 62


5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 65

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 67

APÊNDICE ................................................................................................... 70
14

1 INTRODUÇÃO

Os serviços públicos são essenciais para uma qualidade de vida adequada,


dentre eles temos o saneamento básico que compreende sistemas de
abastecimento de agua, de esgotos sanitários, drenagem de águas pluviais e de
coleta de lixo.

No Brasil, em geral, temos uma carência em alguns sistemas, tais como a


drenagem, o que causa sérios problemas nas áreas urbanas, caracterizados pela
formação de enxurradas e acumulo de águas nas partes baixas, afetando o trafego
de veículos e pedestres, causando danos aos pavimentos, invadindo casas e
alastrando doenças.

Devido todo o período de estudos me senti, motivado a ter como objeto de


estudo a Universidade Estadual de Feira de Santana, situada no estado da Bahia,
especificamente em Feira de Santana, no bairro Novo Horizonte, Avenida
Transnordestina. Onde por diversas vezes foi possível presenciar alguns dos
tópicos desenvolvidos neste trabalho.

A Universidade Estadual de Feira de Santana, tem passado por freqüentes


mudanças nos últimos anos, com a criação de novas instalações e vias
alternativas, o que aumenta as áreas impermeáveis gerando um grande volume a
ser escoado, o qual requer um sistema de drenagem de águas pluviais eficiente.

O sistema de drenagem é classificado de acordo com suas dimensões,


podendo ser micro-drenagem, conhecida como sistemas de drenagem iniciais, ou
macro-drenagem, sistema de drenagem composto de elementos de grande porte.

A micro-drenagem tem como principal função captar as águas superficiais ou


subterrâneas e conduzi-las através de elementos de pequeno porte, sarjeta, guia,
grelha, boca coletora (boca de lobo), tubo de ligação, caixas de ligação, poços de
visita.
15

A macro-drenagem funciona com elementos de maiores dimensões, que


recebem as águas conduzidas pela micro-drenagem, é composta por galerias,
canais fechados ou a céu aberto e rios canalizados.

Será realizado um estudo do sistema de drenagem utilizado na Universidade


Estadual de Feira de Santana, caracterizado por uma bacia de pequeno porte onde
o sistema de drenagem mais atuante é a micro-drenagem, para que possamos
verificar sua eficiência e seu estado de utilização, indicando com resultados, se
será necessário redimensioná-los, como também indicar o tempo mínimo entre as
manutenções.
16

1.1 JUSTIFICATIVA

Com a necessidade de ampliação do campus da Universidade Estadual de


Feira de Santana, a partir do surgimento de novos cursos, nos últimos anos,
resultou na criação de novas vias, construção de novos prédios, além da
pavimentação de algumas vias já existentes. Toda essa expansão faz com que a
permeabilidade do solo diminua aumentando assim o escoamento superficial.

Quando as precipitações são intensas e a quantidade de água escoada é


superior a quantidade captada, ocasiona o acúmulo dessa água precipitada nas
vias. A partir dessas precipitações intensas ocorre o fenômeno da enxurrada, onde
os materiais sólidos encontrados no trajeto são conduzidos até o dispositivo de
captação mais próximo, quando esses materiais não se encontram em dimensões
que se adaptam à do dispositivo causa o entupimento do mesmo, o que acaba por
contribuir para a o acúmulo dessas águas, causa de muitas enchentes.

Um grande problema é gerado por essa situação já que a locomoção


humana fica prejudicada, tanto para os pedestres, pelas enxurradas que surgem
paralelas aos guias, impossibilitando assim a travessia de um passeio para o outro,
quanto para os motorizados já que a água em grandes volumes e grandes
velocidades são capazes de erodir e/ou danificar as vias.
17

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 OBJETIVO GERAL

Verificar o funcionamento do sistema de drenagem pluvial das vias que


envolvem os módulos teóricos e práticos da Universidade Estadual de Feira de
Santana.

1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar a bacia receptora das águas pluviais oriundas da área de


estudo;

Identificar as características físicas, hidrológicas, pluviométricas e


altimétricas da região;

Identificar os pontos de acumulo de águas pluviais nas vias;

Identificar os dispositivos de drenagem existentes;

Avaliar a capacidade desses dispositivos;

Sugerir soluções para os problemas caso ocorra.

1.3 ASPECTOS MÉTODOLOGICOS

1.3.1 VARIÁVEIS

Para que possa analisar um sistema de drenagem, o primeiro passo seria


conhecer todos os elementos que o compõe, os quais possuem características
diferenciadas no que diz respeito a sua natureza, grandeza e importância. Ao
reunirmos essas características de um determinado espaço faz com que ele
obtenha uma identidade particular, fazendo dele único.

Apesar de características diferenciadas os sistemas apresentam problemas


semelhantes, o que não evidencia a igualdade em todos os espaços. Sendo que
18

para a solução desses problemas é necessário o estudo especifico em cada


localidade, já que cada uma tem sua identidade. Para este trabalho as variáveis de
estudo são:

Hidrológicas;

Hidráulicas.

Para realizar o dimensionamento de um sistema de drenagem de águas


pluviais é preciso conhecer alguns requisitos básicos, que tem influência
diretamente nos resultados: tempo de retorno, coeficiente de escoamento
superficial, área da bacia de drenagem, tempo de concentração, intensidade de
chuva e vazão de projeto.

1.3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Para que a pesquisa tenha êxito, de inicio devemos conhecer e caracterizar


o espaço a ser estudado, Universidade Estadual de Feira de Santana, e para isso
nus condicionaremos a dados empíricos além do embasamento teórico adquirido
em livros e documentos.

O embasamento teórico adquirido na revisão bibliográfica, servirá para que


possamos identificar essas características com clareza e segurança relacionados
aos estudos hidráulicos, hidrológicos e topográficos.

Será feito o estudo empírico através de relatórios fotográficos e estudo de


projetos já existentes na prefeitura do campos, no departamento de Gerência de
Projetos (GEPRO), locando, identificando e catalogando cada elemento de
drenagem.
19

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 ESTUDOS HIDROLÓGICOS

Para uma adequada captação das águas pluviais, de inicio precisa-se


conhecer sobre a hidrologia local, esse conhecimento não é adquirido
empiricamente mais sim através de estudos hidrológicos. Na engenharia hidráulica
esse estudo serve de base para o projeto, o planejamento e a construção de
estruturas destinadas a controlar e utilizar os recursos Hídricos, GARCEZ, (1988).

O estudo hidrológico e/ou recursos hídricos, implicam principalmente no


conhecimento do centro gerador (o ciclo hidrológico), seus componentes e as
relações entre eles, (Silveira, 1997). O conhecimento desses parâmetros faz com
que a interação homem meio ambiente seja contornada prevendo acontecimentos
e os antecipando, além do aproveitamento e utilização dos mesmos pra o bem
estar humano.

O ciclo hidrológico é o tema principal da hidrologia e envolve processos


condicionados pela constante mudança do estado da água no meio natural. O ciclo
subdivide-se em três fases evaporação/evapotranspiração, precipitação e
infiltração/escoamento.

Evaporação e Evapotranspiração- Evaporação é um fenômeno físico que


se dá com o aumento de temperatura, onde as partículas de água ao atingirem
uma determinada temperatura (na natureza papel desempenhado pelo sol)
transformam-se em vapor d’agua, o fenômeno da evapotranspiração se diferencia
apenas por ser de caráter fisiológico, onde a água evaporada é gerada pelo
processo de respiração dos vegetais.

Precipitação- A água evaporada perde temperatura com a altitude e se


condensa formando as nuvens, ao chegar em um estado limite essas nuvens não
conseguem com que essas partículas continuem agrupadas e caem sobre a terra
(precipita) no estado liquido (chuva), essa fase é a mais importante do ciclo
hidrológico, ja que ele responsável por repor a maior parte da água doce ao
planeta.
20

Infiltração e Escoamento- A infiltração é a absorção das águas


provenientes da precipitação que ficam retidas no terreno, as quais podem percolar
formando a fase subterrânea do ciclo hidrológico. O escoamento superficial
acontece devido a força gravitacional que faz com que as águas precipitadas se
desloquem na superfície da terra. É um dos fatores relevantes para o
dimensionamento dos sistemas de drenagem.

2.2 BACIA HIDROGRÁFICA

Bacia Hidrográfica ou Bacia de Drenagem é conjunto de terras drenadas que


condicionam as águas precipitadas para o curso de um rio principal, seu tamanho é
dado pela área de influencia por isso medimos uma bacia em km² e/ou ha, ao
depender da extensão da mesma.

Os principais elementos componentes das bacias hidrográficas são os


divisores de água (cristas das elevações que separam a drenagem de uma e outra
bacia), fundos de vale (áreas adjacentes a rios ou córregos e que geralmente
sofrem inundações), sub-bacias (bacias menores, geralmente de alguma afluente
do rio principal), nascentes (local onde a água subterrânea brota para a superfície
formando um corpo d’água), áreas de descarga (locais onde a água escapa para a
superfície do terreno), vazão, recarga – local onde a água penetra no solo
recarregando o lençol freático. Ribeiro (2008).

As bacias podem ser classificadas de acordo dois parâmetros: sua


importância, principal (as que abrigam os rios de maior porte) e secundária/terciária
(abastecem as principais), e sua localização, litorâneas e interiores.

2.3 CARACATERISTICAS FISICAS DE UMA BACIA HIDROGRÁFICA

A área de drenagem de uma bacia é a área plana em projeção horizontal


que fica situada entre os limites superiores divisores topográficos e a delimitação
inferior que é a saída da bacia (confluência). Quanto maior a área de drenagem
maior será a vazão dessa bacia.
21

O comprimento da bacia se dá do curso d’água mais longo desde a


desembocadura até a cabeceira mais distante na bacia, no divisor de águas. Ele
influencia, principalmente no tempo de concentração, e reflete diretamente no
tempo médio do escoamento superficial direto das águas das chuvas na bacia.

Declividade da Bacia, a declividade dos terrenos controla em boa parte a


velocidade com que se dá o escoamento superficial, afetando o tempo que leva a
água da chuva para concentrar-se nos leitos fluviais que constituem a rede de
drenagem das bacias, Villela e Matos (1975). A magnitude dos picos de enchente e
a maior ou a menor oportunidade de infiltração e susceptibilidade para erosão dos
solos dependem da rapidez com que ocorre o escoamento sobre os terrenos da
bacia.

A característica do solo influencia no fator infiltração já que solos mais


porosos absorvem mais água diminuindo assim o tempo de retenção do
precipitado.

A cobertura vegetal este revestimento tem um papel fundamental na maior


ou menor capacidade de infiltração da agua precipitada no solo e no volume de
escoamento. Auxilia na formação de aqüíferos como também evita a erosão do
solo, aumentando o tempo de concentração da bacia.

2.4 CHUVAS INTENSAS

Segundo Novaes (2000), denominam-se chuvas intensas, as precipitações


máximas que se observa nos diversos intervalos ou durações de chuvas mais
fortes ou intensas, que coloquialmente, chamam-se de temporais.

A análise da mesma é de grande importância para o dimensionamento dos


diversos equipamentos de drenagem dos nossos meios urbanos, como as grelhas,
as bocas-de-lobo, os tubos de ligações, os bueiros, as galerias de drenagem, os
emissários e, também, os grandes canais de macro-drenagem.
22

2.5 DETERMINAÇÃO DE PRECIPITAÇÕES INTENSAS PARA LOCAIS


QUE NÃO DISPÕEM DE EQUAÇÕES DE CHUVAS INTENSAS

A determinação das chuvas intensas nem sempre são obtidas através de


equações, por esses motivo em alguns locais a determinação das chuvas intensas
é obtida através de dados das precipitações diárias, coletados com o auxilio do
pluviômetro.

Embora não conheça o tempo de precipitação diária, é através da altura de


chuva coletada nos pluviômetros, que se determina a precipitação intensa de 24
horas.

Calculada a equação de chuvas intensas das precipitações máximas diárias,


de forma aproximada, a partir de análises, pode-se determinar a equação das
precipitações intensas máximas prováveis de 24 horas e outras durações, também
de forma aproximada, para os diversos tempos de recorrência.

2.6 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO

Tempo de concentração é o intervalo de tempo contado a partir do inicio da


precipitação para que toda a bacia hidrográfica correspondente passe a contribuir
na seção em estudo. Correspondente à duração da trajetória da partícula de água
que demore mais tempo para atingir a seção, Pinto (1976).

O tempo de concentração de uma bacia está diretamente ligado as


características em que ela se encontra, como a região de estudo está situada em
uma região do semi-árido, esta tem sua característica própria, sugerimos então a
fórmula utilizada pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS)
para que possamos conhecer o parâmetro Tc (Tempo de Concentração):

Eq. nº 1

Onde:

Tc = Tempo de Concentração, em min;


23

A = Área da bacia, em ha;

L = Comprimento do Talvegue, em m;

K = Coeficiente adimensional;

i = Declividade do Talvegue, em %

O coeficiente K é dado através da tabela 2-1 abaixo, em função do tipo do


terreno:

Tabela 2-1. Valores de K de acordo com o tipo de solo (DNOCS). Edu José Franco,
2004.

2.7 COEFICIENTE DE DEFLÚVIO

Segundo Pinto (1976), coeficiente de deflúvio (Cd) é a relação entre a


quantidade total de água escoada pela seção e a quantidade total de água
precipitada na bacia hidrográfica; pode referir-se a uma dada precipitação ou a
todas as que ocorreram em um determinado intervalo de tempo.

Ao tratarmos de escoamento, este está diretamente ligado à característica


do solo, por esse motivo o coeficiente de deflúvio depende de fatores como: tipo do
solo, declividade do terreno, cobertura vegetal, etc.

O coeficiente de deflúvio é utilizado no método racional, o qual o multiplica


pela intensidade de precipitação de projeto, fornecendo assim o pico de cheia por
unidade de área.
24

Existem tabelas que fornecem esses valores de (Cd), usaremos as tabelas


2-2 e 2-3, porém para adotar o que melhor caracterize uma bacia hidrográfica, é
preciso uma analise minuciosa e detalhada da localidade, e também contar com a
experiência do profissional.

Tabela 2-2. Coeficiente de deflúvio segundo as características de ocupação do solo.


Fonte: NOVAES, 2008.

Em casos no qual, a bacia de contribuição possui solos com duas


características pode-se obter também o coeficiente de deflúvio por uma média
ponderada relacionando as áreas com os seus respectivos coeficientes.
25

Tabela 2-3. Coeficiente de “run-off” (deflúvio) segundo as características de ocupação


do solo. Fonte: Hidrologia e Drenagem, UNICAMP, profº Hiroshi P. Yoshizane.

2.8 MÉTODO RACIONAL

O método mais simples e mais utilizado para cálculos de vazões de pico em


microbacias urbanas é o Método Racional (Novaes, 2000). Relacionando o valor
dessa vazão com a área da bacia e intensidade média. É definido pela equação:

Q= C.I.A/3600 Eq. nº 2

Onde:

Q é a vazão superficial máxima (m³/s);

C é o coeficiente de deflúvio (adimensional);

I é a intensidade de chuva (mm/h);

A é a área da bacia de contribuição m².


26

Embora criticado por sua simplicidade, é um método largamente aceito e


conduz a resultados satisfatórios, quando aplicado dentro de seus limites de
validade ( bacias com áreas com até 100 hectares).

Para conseguir menores erros deveremos ser específicos e cuidadosos na


determinação dos coeficientes de escoamento superficial e dos demais parâmetros
necessários para determinação das vazões que influirão diretamente nas
dimensões das obras do sistema a ser implantado.

Algumas premissas básicas são adotadas para a aplicação do método


racional dentre elas destacam-se:

O pico do escoamento superficial direto (ESD), relativo a um dado local de


estudo, é função do respectivo tempo de concentração, assim como da intensidade
da chuva, cuja duração é suposta como sendo igual ao referido tempo de
concentração;

As condições de permeabilidade da superfície da bacia permanecem


constantes durante a ocorrência da chuva;

O pico do ESD ocorre quando toda a área de drenagem, a montante do local


em estudo passa a contribuir no escoamento.

Segundo Pinto (1976), o tempo de concentração da bacia é, ao lado do


coeficiente de escoamento superficial, um dos parâmetros cruciais do método
racional, uma vez que a hipótese central deste método é que a duração da chuva é
igual ao tempo de concentração da bacia.

2.9 DRENAGEM URBANA

De acordo com Ramos (1999) drenagem urbana é um sistema de


instalações subterrâneas e superficiais, que tem como finalidade captar as águas
pluviais escoadas superficialmente nas vias urbanas e conduzí-las aos locais de
descarga adequados.
27

Com o crescimento desordenado das cidades, os sistemas já implantados


tornam-se insuficientes para a nova demanda, quantidade de vias pavimentadas,
fazendo com que ocorram sérios problemas, devido ao seu dimensionamento que
foi feito para suprir a necessidade anterior, gerando inundações decorrentes da
concentração do escoamento superficial.

Um sistema de drenagem urbana é composto por uma série de


equipamentos e instalações, os quais mantêm uma relação direta. São elas guias,
sarjetas, bocas coletoras (boca de lobo), grelhas, tubos de ligação, galerias, caixas
de ligação, poços de visita.

Os sistemas de drenagem são classificados de acordo com suas dimensões,


em sistemas de micro drenagem, sistemas iniciais de drenagem, e macro-
drenagem.

2.9.1 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS DE DRENAGEM URBANA

Os sistemas de drenagem de águas pluviais urbanas são constituídos,


essencialmente, por redes de coletores e órgãos acessórios, podendo dispor de
órgãos especiais e instalações complementares.

A rede de coletores é composta por um conjunto de elementos que


transporta as águas pluviais afluentes, desde o inicio da captação, através dos
dispositivos de entrada, até um ponto de lançamento ou destino final.

Os objetivos de um programa de drenagem urbana são:

Proteção da população contra doenças e inundações;

Conservação das cidades

Manter o tráfego em pleno funcionamento (veículos e pedestres);

Controle da erosão em áreas urbanas;

Inserção da qualidade ambiental e do bem estar social.


28

2.9.2 MICRO-DRENAGEM

A micro-drenagem é tida como a coleta das águas pluviais advindas do


escoamento superficial em vias urbanas, feita através de elementos de pequeno e
médio porte. Barros (2004)

É geralmente dimensionada para um período de retorno variando entre 2 e


10 anos. Quando bem projetada, e com manutenção adequada, elimina
praticamente as inundações na área urbana, evitando as interferências entre as
enxurradas e o tráfego de pedestres e veículos e danos às propriedades.

Segundo Fernandes (2002) esse sistema é composto por tais elementos:

Guia

Também conhecida como meio-fio, é a faixa longitudinal de separação do


passeio com o leito viário, constituindo-se geralmente de peças maciças de granito
argamassado.

Sarjeta

É o canal longitudinal, em geral triangular, para evitar acidentes, situado


entre o guia e os leitos viários (Figura 2-1). Destinada a coletar e conduzir as águas
de escoamento superficial até os pontos de coletas (bocas coletoras e grelhas),
evitando inundações.

Figura 2-1. Modelo de Sarjeta. Fonte: Carlos Fernandes.


29

Grelha

Sistema de captação instalado horizontalmente sob a sarjeta, construídos de


ferro fundido, concreto armado ou ferro, com a intenção de reter os materiais
sólidos que tendem a obstruir os dutos (Figura 2-2).

Figura 2-2. Modelo e Fotografia de uma Grelha. Fonte: Novaes, 2000.

Bocas Coletoras

Também denominada de boca de lobo, são estruturas hidráulicas em forma


de caixas coletoras em alvenaria de tijolos maciços, situam-se em geral sob o
passeio ou sob a sarjeta, com o objetivo de captar as águas pluviais e direcioná-las
a rede coletora através de condutos de ligação (Figura 2-3).

Sua utilização pode ser conjunta com outra boca coletora ou com uma
grelha, ao depender da vazão de chegada.

Condutos de Ligação

São tubos destinados ao transporte da água coletada pelas bocas coletoras


até as galerias ou poços de visita (Figura 2-3).

Figura 2-3. Modelo de Boca Coletora e Conduto de Ligação. Fonte: Carlos Fernandes.
30

Figura 2-4. Modelo de Boca Coletora e Conduto de Ligação. Fonte: Carlos Fernandes.

Poços de Visita

São câmaras visitáveis situadas em pontos previamente determinados, onde


ocorra o encontro de dois ou mais trechos, destinadas a permitir a inspeção e
manutenção dos condutos subterrâneos a ele ligados (Figura 2-4).

Figura 2-5. Modelo de um Poço de Visita. Fonte: Carlos Fernandes.


31

Caixa de Ligação

Caixas subterrâneas não visitáveis, de alvenaria maciça, com a função de


reunir condutos de ligação ou estes as galerias, também conhecida como caixas
mortas.

2.9.3 MACRO-DRENAGEM

Quando falamos em macro-drenagem estamos falando de um sistema


composto de canais, galerias, estruturas de apoio ou auxiliares e obras de proteção
contra a erosão.

Em sistemas desse tipo os elementos possuem grandes dimensões, já que


são utilizados para escoar as águas pluviais provenientes de grandes bacias de
contribuição, ou seja, quanto maior a bacia, maior será o dispositivo de captação e
escoamento de suas águas pluviais

As obras de macro-drenagem visam melhorar as condições de escoamento


das águas, de forma a atenuar os problemas de erosões, assoreamento e
inundações ao longo das áreas de ocupação urbana. Botelhos (2007)

Por referenciar as inundações freqüentes em cidades de grande porte, a


macro-drenagem mantêm um relacionamento direto com o sistema urbano, por
isso seu planejamento deve ser feito paralelo ao planejamento das áreas urbanas.

2.10 ESTUDOS HIDRÁULICOS

Quando estamos realizando estudos hidráulicos voltados a drenagem


urbana, estamos nos preparando para realizar o dimensionamento das seções dos
dispositivos, por onde vai passar toda a vazão ou descarga máxima de uma bacia.
Para o dimensionamento desses dispositivos não utilizaremos de tubulações de
pressão, já que o escoamento se da devido a ação da força gravitacional e,
portanto como conduto livre.
32

2.10.1 SARJETA

De acordo com o DNIT (2006), a sarjeta tem como objetivo captar as águas
precipitada sob a plataforma, de modo a impedir que provoquem erosões,
conduzindo-as ao local de deságüe seguro.

As sarjetas devem seguir alguns requisitos básicos para que sua instalação
obtenha resultado satisfatório, para o caso em estudo iremos utilizá-las em trechos
em que a velocidade do escoamento pode provocar erosões e em interseções,
para coletar e conduzir as águas provenientes de ramos.

2.10.1.1 CLASSIFICAÇÃO DAS SARJETAS

Quanto ao tipos segundo manual do Denit (2006):

Sarjeta de corte – conduz as águas que precipitam sobre a plataforma e o


talude

Sarjeta de aterro – capta as águas que precipitam sobre a plataforma e


impedindo que cause erosões na borda ou no talude do aterro;

Sarjeta de canteiro central – só é utilizada quando tem-se pista dupla, com


canteiro central, havendo então a necessidade de drenagem do mesmo.

Quanto a forma:

Triangular – quando a seção for triangular, seção essa formada com a pista
de rolamento e o guia (meio-fio);

Retangular – quando a seção for retangular ou quadrada;

Trapezoidal – quando a seção for trapezoidal.

Quanto ao material:

Concreto de cimento – concreto simples, moldado em loco de forma manual;


33

Concreto Betuminoso – concreto betuminoso, normalmente utiliza-se o


mesmo traço da pista de rolamento;

Solo betume – deve obedecer a especificações especiais do projeto


rodoviário;

Solo cimento – idem item anterior;

Solo – indicadas apenas para rodovias secundárias e temporárias,


executada compactando o próprio solo.

2.10.1.2 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DA SARJETA

O projeto de uma sarjeta consiste na escolha adequada de uma seção que


suporte e conduza de forma adequada a vazão de descarga de uma bacia-
hidrográfica de pequeno porte. Feita a escolha devemos atentar para que as
velocidades de escoamento das águas pluviais não sejam capazes de erodi-la,
além de observar a máxima extensão admissível para que não haja o
transbordamento, caso necessário essa dimensão será seccionada por coletores.

Para o dimensionamento de sarjetas utilizaremos alguns elementos básicos,


referentes as características geométricas, área de implúvio, elementos hidrológicos
para o cálculo da descarga de projeto e para o cálculo da vazão.

Como todos os elementos de drenagem a sarjeta também depende muito da


declividade a qual vai ser instalada.

O dimensionamento das sarjetas e das galerias será realizado a partir da


equação de Manning:

Q = [(1/n) . (A . Rh 2/3 . S1/2) ] Eq. nº 3

Onde:

n é o coeficiente de rugosidade de Manning (m1/3.s-1);

A é a área molhada (m2);


34

Rh é o raio hidráulico (m);

S é a declividade de fundo do canal (m/m).

O coeficiente de rugosidade de Manning depende do tipo do terreno e é


expresso em vários níveis de utilização (ÓTIMO, BOM, REGULAR E MAU),
como podemos observar na tabela 2-4.

Figur2-6. Coeficiente de Manning. Fonte: Carlos Tucci, 1999.


35

Ao fazermos o dimensionamento das sarjetas e galerias temos que verificar


a velocidade da vazão tanto em níveis mínimos quanto máximos, os mínimos são
fixados para que os materiais em suspensão não venham a depositar-se no fundo
da sarjeta e os máximos serão de fundamental importância para que não haja
erosão nas paredes do conduto.

Apesar de existir fórmulas para o cálculo das velocidades mínimas e


máximas da vazão, usualmente utilizamos valores tabelados como os contidos
nas tabelas 2-5 e 2-6.

Tabela 2-4. Valores práticos de velocidades mínimas de escoamento. Fonte: Azevedo


Netto,1982.

Descrição Velocidade média, limite


inferior
(m/s)
Águas com suspensões finas 0,30
Águas carregando areias finas 0,45
Águas de esgoto 0,60
Águas pluviais 0,75

Tabela 2-5. Valores práticos de velocidades máximas em canais. Fonte: Azevedo


Netto,1982.

Descrição Velocidade média, limite


superior (m/s)
Canais arenosos 0,30
Saibro 0,40
Seixos 0,80
Materiais aglomerados 2,00
consistentes
Alvenaria 2,50
Canais com revestimento 4,00
betuminoso
Canais em rocha compacta 4,00
Canais de concreto 4,50
36

O nível da lamina d’agua admitida pra que o fluxo seja continuo e eficiente
será fixado em 80% da altura do guia.

Para o cálculo do dimensionamento completo das sarjetas utilizaremos de


recursos computacionais, gerados em planilha, que nos fornecerá dados desde a
intensidade da chuva até a máxima extensão que a sarjeta suporta sem
interrupções com caixas coletoras, material esse adquirido através de projeto
cedido pelo Engenheiro/Professor Areobaldo Aflitos.

2.10.2 CAIXA COLETORA

Para Dalva (1999) as caixas coletoras têm várias funcionalidades num


sistema de drenagem, mas iremos estudar preferencialmente três. A capacidade de
coletar as águas provenientes das sarjetas e transferi-las para os tubos de ligação,
facilitar a inspeção dos tubos que por ela passa verificando seu funcionamento bem
como sua eficiência, agir como centro de mudança de direção dos tubos de
ligação, bem como variações de nível e dimensões que neles possam ocorrer,
alem de ser ponto de encontro em locais que existem mais de um tubo.

2.10.2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS CAIXAS COLETORAS

As caixas coletoras podem ser classificadas de acordo com seu uso,


podendo ser coletoras, de visita ou simplesmente de passagem, elas podem ser
fechadas com tampas ou grelhas e abertas.

As caixas coletoras normalmente situam-se na extremidade do comprimento


máximo da sarjeta coletando as águas pluviais, fazendo com que não haja o
transbordamento sobre o guia. As caixas de visita situam-se em locais estratégicos
para que a manutenção das instalações seja feita de forma eficaz e com rapidez,
para que possua essa funcionalidade sua tampa é móvel e seu diâmetro, é
ajustado de acordo com sua profundidade. As caixas de passagem é utilizada em
locais onde se faz necessário a mudança de dimensão, declividade, direção, alem
de encontros de vários tubos.
37

2.10.2.2 DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO DAS CAIXAS


COLETORAS

No dimensionamento das caixas coletoras limitamos nossas dimensões aos


elementos que serão instalados para o escoamento das águas captadas pela
sarjeta e depositadas nas caixas coletoras.

O dimensionamento desse tipo de dispositivo é feito de forma empírica em


muitos casos, porém pode-se determinar a área útil transversal útil das caixas pela
formula dos orifícios (DNIT 2006).

Eq. nº 4

A= área útil da caixa, em m²;

Q= Vazão a captar, em m³/s;

H= Altura do fluxo, em m;

C= Coeficiente de vazão.

2.10.3 CONDUTO DE LIGAÇÃO

Elemento responsável por conduzir as águas captadas ao seu destino, seja,


ele parcial (encontro de vários tubos em uma caixa), intermediário, entre duas
caixas coletoras e final o qual conduz o fluxo até seu deságüe, Ramos (2008).

Os tubos de ligação podem ser de concreto armado ou simples, de PVC e


metálico, todos esses seguem o mesmo padrão de dimensionamento, no qual irá
diferir apenas o coeficiente de rugosidade e os limites de velocidades mínimas e
máximas dos fluxos. O conduto de ligação como todo condutor de fluidos necessita
de trabalhar com uma altura máxima, a qual esta entre 70% e 80% do diâmetro do
dispositivo, sendo feito todo o dimensionamento por Manning que nos fornece a
vazão capaz do dispositivo, a qual comparamos com a vazão fornecida pelo
método racional.
38

3 ESTUDO DE CASO

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA CIDADE DE FEIRA DE SANTANA E DO


CAMPUS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

Feira de Santana é um município do estado da Bahia, localizado a 110km da


capital, salvador, sendo ela a segunda maior cidade do estado. Situa-se na zona
onde há a transição do clima úmido do litoral baiano (zona da mata) com o semi-
árido (sertão), como mostrado abaixo (Figura 3-1).

Figura 3-1. Mapa de localização e municipal de feira de Santana. Fonte: Revista


Bibliográfica y Ciencias Sociales. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/b3w-775.htm,
Acessado em 12 maio 2011.

Com um relevo bastante variado, contendo tabuleiros, planaltos e


esplanadas, Feira de Santana caracteriza-se por possuir inúmeras lagoas
provindas do acumulo das águas pluviais e freáticas. A vegetação varia de acordo
com a proximidade do centro da cidade, passando de mata à cerrado Santo (2007).

O índice pluviométrico médio anual é de 900 mm, onde é verificada sua


maior intensidade nos meses de março a maio, com uma media máxima de 148±4
mm, os meses de agosto a outubro são caracterizados pelos menores índices
pluviométricos, de novembro a janeiro temos os períodos de trovoada onde
39

acontecem chuvas concentradas e repentinas. O clima tropical a caracteriza como


uma cidade relativamente quente, já que sua media térmica anual gira em torno
dos 26,5ºC, sendo que os meses mais quentes estão inseridos na estação do
verão, que vai de outubro a janeiro, atingindo uma media térmica de 30ºC as
menores temperaturas são registradas nos meses de junho a agosto, com médias
térmicas entre 19ºC a 24ºC.

Situada no recôncavo baiano, zona de transição com já citado, Feira de


Santana até finais do século XIX, possuía uma malha viária não muito grande que
chegava a 0,5 km². Limitada por um anel viário, onde toda sua extensão municipal
ficava inserida neste anel. Com o passar dos tempos, sua expansão se deu de
forma extraordinária preenchendo por total esse limite e até ultrapassando o
mesmo, esse processo de expansão é bem representado pela figura abaixo (Figura
3-2), obtida de uma foto de satélite.

Figura 3-2. Evolução urbana de Feira de Santana. Fonte: Google mapas, ferramenta
satélite. Disponível em http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl, Acessado em 29
de junho de 2011.
40

De acordo com Santos (1995), o crescimento da cidade, a partir da


exploração de recursos naturais, agravado pela falta de consciência ambiental, fez
com que hoje a vegetação original no centro da cidade quase não mais existe,
dando lugar à ocupação urbana intensa. Quanto às lagoas e ao lençol freático,
estes estão passando por processos de degradação, a partir da deposição de
detritos, além da ocupação das áreas de nascentes, como também sua exploração
indevida.

Segundo Santo (2007), Feira de Santana possui em seu perímetro três


bacias hidrográficas, as quais são abastecidas pela contribuição da área urbana,
Bacia do Pojuca, Bacia do Jacuípe, Bacia do Subaé, como mostrada na figura 3-3.

Bacia do Pojuca – maior bacia situada no município de Feira de Santana,


possui uma área de 4800 Km², tendo como seu contribuinte principal o Rio
Pojuca, distante a cerca de 15Km do centro da cidade. Bacia essa a qual
está inserida a Universidade Estadual de Feira de Santana.

Bacia do Jacuípe – seu rio principal dista 5 Km do centro da cidade, Rio


Jacuípe, possui uma área de aproximadamente 800Km².

Bacia do Subaé – menor bacia do município, porém a única que o rio


principal, Rio Subaé, nasce dentro do perímetro urbano/industrial, possui
uma área de aproximadamente 400 Km².
41

Figura 3-3. Divisão das bacias hidrográficas de Feira de Santana. Fonte: Revista
Bibliográfica y Ciencias Sociales. Disponível em: http://www.ub.edu/geocrit/b3w-775.htm,
Acessado em 12 maio 2011.

Com o crescimento da cidade e a vinda exarcebada de pessoas, criou-se


uma rede de uma infra-estrutura que atendesse esse novo público logo novas
instalações foram surgindo, dentre elas a Universidade Estadual de Feira de
Santana.

A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), foi instala em 31 de


maio de 1976, com cerca de 13 cursos, visando o bem estar dos usuários foi criado
um sistema de infra estrutura que atendesse essa demanda. Novos cursos foram
surgindo e hoje cerca de 23 cursos estão disponíveis a sociedade, com essa
grande disponibilidade houve a necessidade de ampliação e da construção de
novos elementos para a acomodação desse novos alunos e usuários em geral
(Figura 3-4).
42

Figura 3-4. Universidade Estadual de Feira de Santana. Fonte: Google mapas,


ferramenta satélite. Disponível em < http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl >
Acesso: 29/06/2011.

Ampliações e pavimentação de vias já existentes, criação de novos módulos,


entre outros, influenciam no fluxo das águas precipitadas, já que aumentam as
áreas de impermeabilização, fazendo com que todo escoamento se dê de forma
superficial, daí surge à necessidade da implantação de novos sistemas de
drenagem superficial de águas pluviais.

3.2 SITUAÇÃO ATUAL DO SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL DO


CAMPUS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA.

A UEFS é uma instituição pública de suma importância para a sociedade


baiana, sendo referência nacional no âmbito do ensino superior, o que atrai
estudantes de toda Bahia e outros estados. Vem se expandindo rapidamente,
concentrando suas ações no centro-norte baiano, território que integra o semi-
árido.
43

Seu sistema de drenagem é composto de elementos de pequeno e médio


porte, guias, sarjetas, boca coletora (boca de lobo) e poço de visita, caracterizando
assim um sistema de micro-drenagem. Este tipo de drenagem está sempre
presentes em de locais que possuem drenagem própria, ou seja, ciclos fechados e
de simples coleta.

O sistema de drenagem do Campus da UEFS tem a contribuição por sua


totalidade da bacia do Pojuca como representado na figura 3-3. Hoje encontramos
esse sistema com as seguintes características Wilde (2004):

Guias

Também conhecido como meio-fio é o responsável por conduzir, junto a


sarjetas, as águas captadas até as bocas coletoras. Devem possuir uma altura
uniforme em relação à inclinação da rua, já que devemos trabalhar com uma altura
da lâmina d’água máxima de 80% da altura do meio-fio, para que a água coletada
não transborde e perca a direção ideal da captação. Nas vias da UEFS podemos
perceber uma grande irregularidade nas alturas dos meio-fios facilitando em alguns
pontos o transbordamento dos mesmos, como mostrado na figura 3-5.

Sarjetas

Elementos que podem possuir algumas formas variadas, porém a mais usual
é a triangular. Ela segue junto aos guias, conduzindo às águas até as bocas
coletoras, na UEFS podemos observar que as sarjetas não possuem uma seção
triangular bem definida, sendo elas formadas apenas pela inclinação do greide da
pista, figura 3-6, chegando desparecer em alguns trechos. Algumas obstruções,
como deposição de areias, folhas, galhos também se encontram presentes
diminuindo sua capacidade funcional.

Boca Coletora

Responsáveis pela coleta das águas captadas e conduzidas pelos guias e


sarjetas. As bocas coletoras em estudo não possuem dispositivos separadores de
materiais sólidos (grelhas), o que facilita o entupimento desses elementos como
comprovado em inspeção no campus, figura 3-7.
44

Poço de Visita

Poço de visita é um elemento necessário para que possamos fazer a


manutenção das tubulações e caixas subterrâneas, por esse motivo seu diâmetro
deve ser compatível com as dimensões mínimas para a locomoção de um
individuo, alem de sua tampa de móvel para um fácil acesso, figura 3-8.

Figura 3-5. Guias encontrados na UEFS. Fonte: Próprio Autor


45

Figura 3-6. Sarjeta triangular seguindo greide da via. Fonte: Próprio Autor

Figura 3-7. Bocas coletoras em fase de obstrução (UEFS). Fonte: Próprio Autor.
46

Figura 3-8. Poço de Visita, campus da UEFS. Fonte: Próprio Autor.


47

4 AVALIAÇÃO DO SISTEMA E ELEMENTOS DE DRENAGEM DO


CAMPUS DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE
SANTANA.

O estudo de caso realizado tem por finalidade avaliar o sistema de


drenagem das vias que envolvem os módulos práticos e teóricos da Universidade
Estadual de Feira de Santana, quanto ao seu dimensionamento, capacidade de
coleta das vazões estimadas.

Para a avaliação desse sistema, houve a necessidade de realizar estudos


hidrológicos, com o intuito de caracterizar os regimes pluviométricos bem como
definir os parâmetros hidrológicos e metodologias de obtenção do volume estimado
da precipitação, o que nos leva a um valor de deflúvio superficial, o qual será
utilizado para o dimensionamento dos elementos de drenagem, para que
possamos comparar com os elementos já existentes.

Os parâmetros hidrológicos básico na determinação das descargas de


projetos são:

Determinação da Área de Contribuição

Tempo de Concentração

Equação das Chuvas

Coeficiente de Deflúvio

Período de Retorno

Cálculo das Vazões.

4.1 DETERMINAÇÃO DA ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO

A determinação da área de contribuição se deu a partir do estudo altimétrico


da bacia, avaliando principalmente as curvas de níveis, levantadas pelo professor
Gerinaldo Costa Alves, que caracterizam o relevo do campus da UEFS, verificando
48

seus delimitadores topográficos, bem como seus divisores de águas, mostrado em


azul na figura 4-1, para que assim obtivéssemos o curso natural do escoamento.

Para o estudo, o campus foi dividido em cinco áreas de contribuição, delimitadas


pela linha vermelha, como mostra figura 4-1, onde sua contribuição é especifica
para os elementos daquela área. Essas áreas foram divididas e calculadas com o
auxilio de um software de desenho em duas dimensões, Auto-Cad, versão 2009.

Figura 4-1. Planta da UEFS com curvas de níveis, indicação do divisor topográfico de
águas e marcação das áreas de contribuição. Fonte: Levantamento Topográfico do Campus,
eng. Gerinaldo Costa Alves, com adaptação do próprio Autor.

4.2 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO

O tempo de concentração (Tc) é o tempo que leva, para que a precipitação


possa contribuir para o escoamento de toda bacia. Porém em uma bacia urbana, a
diversificação de superfícies dificulta o levantamento desse tempo de
concentração. Nesse trabalho temos diversificação de áreas, onde calhas captam
as águas das coberturas as lançam diretamente nas vias, bem com vias
pavimentadas diminuindo a infiltração e aumentando a velocidade do fluxo e áreas
livres com vegetação onde o índice de infiltração é elevado diminuindo o a
velocidade de escoamento e aumentando o tempo de concentração.
49

No entanto para este tipo de bacia temos que verificar o tempo de


concentração em cada uma dessas áreas, e assim fazermos a soma dos
resultados encontrando um Tc próximo do real.

Para verificar tempo de concentração, utilizarei a fórmula de DNOCS


relacionada abaixo, a qual segue alguns parâmetros para seu cálculo. Declividade
entre o divisor de água e o elemento de captação, no nosso caso a sarjeta, a área
de contribuição para o elemento e a extensão total do escoamento.

Eq. nº 5

Onde:

Tc = Tempo de Concentração, em min ;

A = Área da bacia, em ha;

L = Comprimento do Talvegue, em m;

K = Coeficiente adimensional;

i = Declividade do Talvegue, em %

Os resultados encontrados para as áreas de contribuição já vistas na figura


4-1, estão apresentados na tabela 4-1.
50

Tabela 4-1. Tempo de Concentração para áreas de contribuição especificadas, com


as características referentes a sua permeabilidade. Fonte: Próprio Autor.

TEMPO DE
TIPO DO ÁREA COMPRIMENTO COTA COTA DIFERENÇA INCLINAÇÃO CONSTANTE
CONCENTRAÇÃO
TERRENO (ha) (m) INICIAL FINAL DE NÍVEL (%) (K)
(min)

ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO 01
JARDIM 2,3727 614,4 243 238 5 0,81380 3,00 16,94
ASFALTO 1,5615 636,9 243 238 5 0,78505 5,50 8,33
TOTAL 25,27
ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO 02
CAPIM 0,6327 178,35 242 236 6 3,36417 2,00 7,57
ASFALTO 0,7457 240,98 243 235 8 3,31978 5,50 3,09
TOTAL 10,65
ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO 03
TERRENO C
GRAMA
2,8403 242,79 242 233 9 3,70691 2,00 12,15
(silte
argiloso)
TOTAL 12,15
ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO 04
TERRENO C
GRAMA
12,429 689,86 242 233 9 1,30461 2,00 35,39
(silte
argiloso)
TOTAL 35,39
ÁREA DE CONTRIBUIÇÃO 05
JARDIM 3,0739 247,68 239 233 6 2,42248 3,00 9,87
TOTAL 9,87

4.3 EQUAÇÃO DA CHUVA

Normalmente denominada, em hidrologia, de equação de intensidade –


duração - freqüência ou de equação de chuvas intensas Novaes (2006), essa
equação nos fornece a intensidade da chuva, que será utilizada no método
racional, para que possamos obter a vazão solicitada de projeto.

Seguindo Novaes (2011), temos a seguinte equação:

Eq. nº 6

I = intensidade da chuva em mm/h.

D= duração da chuva em minutos.

T= tempo de retorno em anos.


51

Na equação nº 6 A’; B’; C’; D’ são constantes relacionadas às localidades


que serão estudadas. Segundo Novaes, 2006, tratando os dados através do
método dos mínimos quadrados com o auxílio de uma máquina programável temos
que os valores se ajustam melhor a uma curva tipo potência, fornecendo para Feira
de Santana os respectivos valores (716); (0,241); (11); (0,761).

Utilizarei de uma planilha figura 4-2, para simplificar os cálculos,


confeccionada por Aparecido Vanderlei Festi, engenheiro civil. Fornece equações
de chuvas de várias cidades do Brasil, dentre elas a de Feira de Santana na qual
utiliza a equação proposta por Novaes explicitada acima. A nomenclatura das
constantes se dá de forma diferenciada, porém com o mesmo significado, na
seguinte maneira A’= k; B’= m; C’= to; D’= n; D=t; T= Tr; i= i.

Figura 4-2. Tabela de calculo da intensidade da chuva para Feira de Santana. Fonte:
Aparecido Vanderlei Festi, 2006.
52

Para os tempos de concentração de cada área em especial, já calculados na


seção anterior e tomando como tempo de retorno para as sarjetas o intervalo entre
2 e10 anos, obtemos as intensidades para esses parâmetros, tabela 4-2.

Tabela 4-2. Tabela com a intensidade da chuva para o tempo de retorno e duração da
chuva. Fonte: Próprio Autor.

TEMPO DE RETORNO (anos)


ÁREA
2 4 6 8 10
INTENSIDADE DA CHUVA (mm/h)
01
55,04 65,04 71,72 76,87 81,12
02
81,50 96,32 106,21 113,83 120,12
03
77,46 91,55 100,95 108,19 114,17
04
45,64 53,93 59,47 63,74 67,26
05 83,82 99,05 109,22 117,06 123,53

4.4 COEFICIENTE DE DEFLÚVIO

O coeficiente de deflúvio será diferenciado para cada área de contribuição já


que em algumas, a predominância é de parques, jardins e asfalto, com seu valor
variando de 0,10 - 0,20 à 0,70 – 0,95 (Tabela 2-2), nesses casos temos que fazer
uma média ponderada, relacionando as áreas e seus respectivos índices, enquanto
em outra a predominância seria terreno com grama e silte arenoso 0,20 à 0,25
(Tabela 2-3). O valor do intervalo será decidido a partir da experiência do
profissional.

4.5 CALCULO DA VAZÃO

Para o calculo da vazão, utilizando o método racional temos a seguinte


expressão:
53

Q= C.I.A/3600 Eq. nº 7

Onde:

Q é a vazão superficial máxima (m³/s);

C é o coeficiente de deflúvio (adimensional);

I é a intensidade de chuva (m/h);

A é a área da bacia de contribuição m².

A intensidade da chuva foi calculada separadamente para trechos diferentes,


áreas, tendo como tempo de retorno, o tempo mais usual para este tipo de
elemento (4 anos), resultando na intensidade real para área de contribuição
estudada. O coeficiente de deflúvio foi utilizado de acordo com a característica de
cada área. Os resultados são expressos na tabela 4-3.

Tabela 4-3. Tabela com as vazões relativas as áreas de contribuição determinadas no


item 4.1, para um tempo de retorno máximo de 4 anos. Fonte: Próprio Autor.

VAZÃO
ÁREA (m²) DEFLUVIO INTENSIDADE (m/h) VAZÃO (L/s)
(m³/s)

39342,00 0,40 0,06504 0,283 283,23


VAZÃO DA ÁREA 01 0,283 283,23
13784,00 0,47 0,09632 0,174 173,51
VAZÃO DA ÁREA 02 0,174 173,51
28403,00 0,25 0,09155 0,181 180,57
VAZÃO DA ÁREA 03 0,181 180,57
124294,00 0,25 0,05393 0,466 465,54
VAZÃO DA ÁREA 04 0,466 465,54
30739,00 0,20 0,09905 0,169 169,16
VAZÃO DA ÁREA 05 0,169 169,16
54

4.6 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE ESCOAMENTO DAS SARJETAS


E DOS DUTOS DE LIGAÇÃO.

Os elementos a serem estudados serão as sarjetas e os dutos de ligação,


esses possuem geometrias definidas e profundidades conhecidas, dados
essenciais para o dimensionamento desses elementos.

Os cálculos serão feitos através da formula de Manning, como já foi


explicitado anteriormente.

Q = [(1/n) . (A . Rh 2/3 . S1/2) ] Eq. nº 3

Onde:

n é o coeficiente de rugosidade de Manning (m1/3.s-1);

A é a área molhada (m2);

Rh é o raio hidráulico (m);

S é a declividade de fundo do canal (m/m).

Serão expressos os cálculos de todas as sarjetas e em posteriormente os cálculos


dos dutos de ligação, ambos com coeficiente de Manning igual ao do concreto
0,012.

 Sarjetas

O dimensionamento das sarjetas foi realizado a partir de dados coletados em


campo. Todos os dados foram analisados um a um criteriosamente para que os
valores pudessem se aproximar ao máximo do real.
55

Tabela 4-4. Dimensionamento das sarjetas das áreas 01 e 02. Fonte: Próprio Autor.
56

Tabela 4-5. Dimensionamento da sarjeta da área 03. Fonte : Próprio Autor.

Tabela 4-6. Dimensionamento da sarjeta da área 04. Fonte : Próprio Autor.


57

Tabela 4-7. Dimensionamento da sarjeta da área 05. Fonte : Próprio Autor.

 Condutos de ligação em manilhas de concreto armado

Os condutos de ligação,foram analisados levando em conta suas


características tais como seu material de fabricação, concreto armado, para
verificar seu coeficiente de Manning (rugosidade) e sua inclinação de
assentamento, essa ultima não foi possível verificar em campo, adotando então
uma inclinação mais usual para esse tipo de instalação.
58

Tabela 4-8. Dimensionamento do conduto de ligação da área 01. Fonte : Próprio


Autor.
59

Tabela 4-9. Dimensionamento dos condutos de ligação das áreas 02 e 03. Fonte : Próprio
Autor.
60

Tabela 4-10. Dimensionamento dos condutos de ligação das áreas 04 e 05. Fonte :
Próprio Autor.
61

4.7 AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE HIDRAULICA DOS ELEMENTOS

Para avaliar a capacidade hidráulica dos elementos de drenagem envolvidos


no processo de captação, foi feita uma comparação dos valores de vazão
encontrado para cada área de contribuição e os valores referentes a capacidade de
vazão dos elementos, essa comparação está explicitada nas tabelas 4-11 e 4-12.

Tabela 4-11. Avaliação das capacidades de vazão das sarjetas. Fonte : Próprio Autor.

ANALISE DAS SARJETAS EM RELAÇÃO AS VAZÕES DE PROJETO E CAPACIDADE HIDRAULICA

VAZÃO DE DISTANCIA ENTRE DISTÂNCIA


ÁREA DE CAPACIDADE DA VELOCIDADE DA
PROJETO CAIXAS (projeto) ENTRE CAIXAS
CONTRIBUIÇÃO SARJETA (m³/s) VAZÃO (m/s)
(m³/s) (m) (real) (m)

ÁREA 01 0,283 0,247 362,215 636,900 1,142

ÁREA 02 0,174 0,318 275,078 178,860 2,209

ÁREA 03 0,181 0,244 225,474 173,359 2,136

ÁREA 04 0,466 0,072 45,856 689,860 1,251

ÁREA 05 0,169 0,428 81,531 187,250 1,983


62

Tabela 4-12. Avaliação das capacidades de vazão dos condutos de ligação. Fonte :
Próprio Autor.

ANALISE DOS CONDUTOS DE LIGAÇÃO EM RELAÇÃO AS VAZÕES DE PROJETO E


CAPACIDADE HIDRAULICA
ÁREA DE VAZÃO DE CAPACIDADE DO VELOCIDADE DA
CONTRIBUIÇÃO PROJETO (m³/s) CONDUTO (m³/s) VAZÃO (m/s)

ÁREA 01 0,283 0,788 3,726

ÁREA 02 0,174 1,696 4,513

ÁREA 03 0,181 0,788 3,726

ÁREA 04 0,466 0,124 2,347

ÁREA 05 0,169 0,496 2,347

4.8 DISCUSÃO DOS RESULTADOS

Para finalizar esse trabalho, foi feito a analise da capacidade dos


dispositivos, verificados a partir do trabalho de campo, indicando mudanças nos
dispositivos que não atenderem a capacidade de vazão determinada pelos estudos
hidrológicos. Os dispositivos estudados foram as sarjetas e os condutos de ligação.

Fazendo-se uma discussão geral, pode-se considerar que:

A sarjeta da área de contribuição 01 possui 3,00 m de largura com um guia


de 0,15 m de altura (altura média já que não é uniforme), o que lhes proporciona
uma capacidade de vazão de 0,123 m³/s, para um tempo de retorno de 4 anos
(tempo adotado para todas as sarjetas). Por possuir sarjeta em ambos os lados da
pista, sua capacidade de vazão dobra, conferindo um valor de aproximadamente
0,247 m³/s. Ao final de cada sarjeta existe um coletor, o qual conduz a água
escoada através de duas manilhas com 0,60 m de diâmetro, que possui
capacidade de vazão de 0,787m³/s cada uma, para uma inclinação de 2%, sendo
essa adotada já que não foi possível coletar esse dado em campo. Com isso pode-
63

se inferir que a sarjeta não têm capacidade de escoar as águas da bacia de


contribuição já que sua vazão é de 0,283 m³/s, para esse elemento sugere-se que
haja um aumento no guia para 0,17m, conferindo uma vazão de 0,304 m³/s. Ao
relacionarmos o comprimento da pista com a vazão da sarjeta, surge a
necessidade da instalação de 2 dispositivos de captação em cada lado da pista um
a cada 362,21m.

A sarjeta da área de contribuição 02 possui 2,00 m de largura, com um guia


de 0,15 m de altura e uma inclinação de 3,0% conseguindo atingir a uma vazão de
0,318 m³/s, todo o escoamento é direcionado para um único coletor, o qual possui
como sistema condutor da água captada uma manilha de concreto com diâmetro
de 0,80 m, capaz de conduzir uma vazão de 1,69 m³/s, mostrando dessa forma um
super-dimensionamento, pois a vazão da área de contribuição é de 0,174 m³/s
sendo necessário para este caso uma manilha com diâmetro mínimo de 0,40 m, a
qual para as mesmas condições possui uma vazão de 0,267 m³/s. Quanto a
quantidade de coletores em função do comprimento da pista e vazão da área de
contribuição, o dimensionamento está correto já que necessita-se apenas 1.

A sarjeta da área de contribuição 03 é a única que não tem a configuração


triangular sendo que sua forma é trapezoidal com as seguintes dimensões, base
menor 0,80 m, base maior 1,10 m e altura de utilização 0,12 m. Capaz de conduzir
o escoamento com uma vazão 0,243 m³/s, o que satisfaz a demanda já que a
vazão da área de contribuição é de 0,181 m³/s. Nesta área temos apenas um
coletor com um condutor, manilha de concreto, de diâmetro igual a 0,60 m,
possuindo uma vazão de 0,787 m³/s o que o caracteriza com super-dimensionado
podendo então ser reduzido para um diâmetro de 0,40m possibilitando um
escoamento de 0,267 m³/s, sem falar que nesse trecho há várias aberturas nos
guias conferindo assim uma liberação da agua escoada para ambientes de
absorção (áreas verdes) causando erosões e lixiviação do terreno. Quanto a
quantidade de coletores em função do comprimento da pista e vazão da área de
contribuição, o dimensionamento está correto já que necessita-se apenas 1.

A sarjeta da área de contribuição 04 possui 1,00 m de largura e um guia de


0,12 m de altura, sendo que em alguns locais de estacionamento e/ou passagens
64

há o rebaixo desses guias, facilitando o desvio do escoamento para áreas


permeáveis. A vazão das sarjetas sendo tomadas como uniformes é de 0, 072
m³/s, o que não é necessário para captar as águas do escoamento da área de
contribuição já que possui uma vazão de 0,466 m³/s, para essa captação as
sarjetas teriam que ter uma largura de 2,0 m com um guia de 0,15 m de altura, o
que fornece uma vazão de 0,209 m³/s, sendo levado em conta que metade do
escoamento seja dissipado por vias alternativas. Dispositivos de captação temos
apena um ao final da pista, o qual libera esse escoamento através de uma manilha
de 0,30m com vazão de 0,124 m³/s, não sendo capaz também de conduzir o
escoamento de toda a área de contribuição. Quanto a quantidade de coletores ao
longo da pista seria necessários 15, porém vele ressaltar que as entradas e os
rebaixos dos guias servirão como coletores.

As sarjetas da área de contribuição 05 é um pouco diferente das outras já


que se trata de uma pista dupla sendo composta então de quatro sarjetas, elas
possuem tamanhos variados, para que possamos compensar uma com a outra e
trabalhar com apenas um valor fixo fez-se uma média das medidas. O valor
encontrado para largura foi de 1,5 m e a altura do seu guia foi de 0,15 m. Sua
vazão individual ficou em 0,107 m³/s, a total passa para 0,496 m³/s, o que
consegue escoar a vazão da área de contribuição que é de 0,160 m³/s. Possui
quatro dispositivo de captação, cada um com capacidade de escoamento de 0,124
m³/s através de manilhas de concreto de 0,30 m, totalizando uma vazão de 0,496
m³/s. Estamos então com um super-dimensionamento podendo reduzir a largura
das sarjetas para 0,60 m e conservando a altura dos guias, já que a vazão se
torna ideal em sendo 0,169 m³/s, as manilhas podemos colocar as mínimas, com
diâmetro de 0,20 m, obtendo uma vazão total para os quatro dispositivos de 0,168
m³/s.
65

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir de dados disponíveis para o município de Feira de Santana,


realizou-se o estudo hidrológico da área em questão. Com a coleta dos resultados
desse estudo, chegou-se a uma vazão para cada dispositivo, relacionado à sua
área de contribuição, a continuação do trabalho deu-se com a avaliação do
funcionamento hidráulico dos mesmos.

Na avaliação, foram verificadas as capacidades de escoamento das sarjetas


e dos condutos de ligação. Constatou-se que os elementos referentes as áreas de
contribuição ( 02; 03; 05), encontravam-se super-dimensionados sendo necessário
fazer um redimensionamento para diminuir as dimensões dos elementos. Já os
elementos de escoamento da área de contribuição 01 apresentou déficits no
dimensionamento dos seus elementos, os da área de contribuição 04 encontravam-
se sub-dimensionados, sendo necessária uma adequação para que fossem
capazes de captar toda vazão da área, porém vale ressaltar que essa via não
possuía os guias uniformes o que propiciava um desvio muito elevado do
escoamento.

A Universidade Estadual de Feira de Santana é uma das universidades mais


importantes da Bahia, fazendo disto um fator muito importante para a avaliação do
sistema de drenagem instalado. Vem passando por uma série de mudanças
decorrentes do seu crescimento, o que infere nas áreas impermeáveis,
aumentando o volume escoado bem como a velocidade do mesmo.

Muitos dispositivos hoje existentes sofrem com a falta de manutenções,


podendo então ser verificado muitos dispositivos assoreados e degradados, o que
diminui a sua capacidade de vazão de forma considerável e em alguns casos até
anulam a capacidade de escoamento.

Toda essa captação é feita de forma independente de órgãos municipais,


onde tem-se dois destinos finais, são lançados em áreas de grande permeabilidade
para a qual essa descarga não causa prejuízos e além de ser conduzidas por
condutos de ligação até seu deságüe na Lagoa da Pindoba.
66

O estudo sugere algumas mudanças no dimensionamento dos elementos. A


locomoção humana, por parte dos pedestres, fica prejudicada apenas na área de
contribuição 01, tendo que as sarjetas possuem uma seção de escoamento muito
longa, dificultando a travessia de um passeio ao outro em dias de chuva. Com
esses dados podemos ver que não houve economia ao se construir os dispositivos.

A Universidade Estadual de Feira de Santana possui uma grande área verde


o que facilita ainda mais a absorção da água precipitada reduzindo assim o
escoamento superficial e a vazão que chega aos dispositivos.
67

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AFLITOS, Areobaldo. Memorial de Cálculo da drenagem pluvial de Santa Barbara, Rua


Catarino.2010.

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Edgard Blucher. 2000.

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Bacia do Córrego Tiúba, Município de Palmas/ TO, Universidade Federal do
Tocantins. 2004.

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1984.

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concentração na bacia hidrográfica do Arroio dos Pereiras. 2008.

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mestrado. UNICAMP. 1999.

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68

J.B. Dias de Paiva e E.M.C. Dias de Paiva (Org.). Hidrologia Aplicada à Gestão de
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Hill do Brasil, 1975
69

WILDE, Cardoso Gontijo Júnior. Projeto de Sistemas de Drenagem Urbana uma


metodologia com participação social. 2004.
70

APÊNDICE
71

Foto 01- Foto representativa da área de contribuição 01, na qual se mostra presente a
área de jardim sem vegetação, área asfaltada, o condutor e um bueiro desativado.
72

Foto 02- Foto representativa da área de contribuição 02, na qual se mostra presente a
área com vegetação (capim), área asfaltada, a caixa coletora e o condutor que leva o
escoamento até uma área verde onde há o deságüe.
73

Foto 03- Foto representativa da área de contribuição 03, mostrando as diferentes


características do solo que contribui para essa área . Jardim, área asfaltada, o condutor curto
que leva o escoamento até uma área verde, nesse caso ocorreu um foco de erosão causado
por esse escoamento e a sarjeta em forma trapezoidal, única variação das sarjetas do
campus, onde é perceptível a falta de manutenção.
74

Foto 04- Foto representativa da área de contribuição 04, na qual se mostra presente a
área asfaltada, podendo perceber as vias alternativas as quais desviam o fluxo do
escoamento, mostra também um coletor em péssimo estado de conservação e sem tampa e
o condutor com medida de 30 cm.
75

Foto 05- Foto representativa da área de contribuição 05, na qual se mostra presente a
área de vegetação e a área asfaltada, possibilitando verificar que se faz referência a uma
pista dupla dividida por um canteiro central, podemos ver também um condutor obstruído
nessa área e um condutor com medida de 30 cm.

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