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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

MESTRADO ACADÊMICO EM EDUCAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS NA


AMAZÔNIA

FICHAMENTO BIBLIOGRÁFICO (CITAÇÕES) Data: 07/08/2018


Mestrando: Ciro Felix Oneti Turma: 2018
Disciplina: As Bases Epistemológicas do Ensino de Ciências
PROFESSOR: Dr. Mauro Gomes da Costa
Estudos de História do Pensamento Científico/ Alexandre Koyré

“... “Que é a história?” Como ele nos recorda, esse termo se aplica exclusivamente à história
humana, ao passado humano. Mas é ambíguo. De um lado designa o conjunto de tudo o que
ocorreu antes de nós; em outras palavras, o conjunto de fatos e acontecimentos do passado
- poder-se-ia chama-la “história objetiva” ou “atualidade passada”; e, de outro lado, designa
o relato que disso faz o historiador, relato cujo objeto é esse passado. Res gestae e historia
rerum gestarum. Ora, o passado, justamente enquanto passado, permanece para sempre
inacessível: o passado se dissipou, não é mais, não podemos tocá-lo, e somente a partir de
seus vestígios e traços ainda presentes – obras, monumentos, documentos que escapam da
ação destruidora do tempo e dos homens – é que podemos reconstruí-lo.” pg. 415

“... o historiador conta apenas o que é importante. A história do historiador, historia rerum
gesatarum, não contém todas as res gestae, mas apenas as que são dignas de serem salvas
do esquecimento.” pg. 416

“...Da escolha dos contemporâneos e sucessores imediatos – ou mediatos – das res gestae,
historiadores do presente ou conservadores do passado, que anotaram em seus anais,
inscrições e memórias, os fatos que lhes pareciam importantes e dignos de serem retidos e
transmitidos a seus descendentes, que copiaram os textos que lhes pareciam dever ser
preservados (...)” pg. 416

“... É que o historiador projeta na história os interesses e a escala de valores de seu tempo,
e é de acordo com as ideias de seu tempo – e com as suas próprias ideias – que empreende
a sua reconstrução. É justamente por isso que a história se renova e que nada muda mais
rapidamente do que o imutável passado...” pg. 417

“... Quase ao mesmo tempo, ou pouco mais tarde, mormente sob a influência da filosofia
alemã, a história se torna a via universal de explicação, chegando a conquistar o mundo da
natureza. A regra: “o passado explica o presente” se estende à cosmologia, à geologia, à
biologia. O conceito da evolução se torna um conceito-chave. E foi com justiça que o século
XIX foi batizado como o século da história (...)” pg. 418 e 419

“... É justamente essa especialização pertinaz e a separação hostil das grandes disciplinas
históricas que Guerlac censura nas “histórias” – ou nos historiadores – modernas, muito
particularmente na história – e nos historiadores – das ciências. Pois são elas – e eles -, mais
do que outras, que se tornaram culpadas dos dois erros maiores que acabo de mencionar
(...)” pg. 418

“... Portanto, Guerlac considera que a história das ciências, que nesses últimos tempos se
ligou à história das ideias e não somente à da filosofia, não obstante continuou a ser abstrata
demais, excessivamente “idealista”. Guerlac entende que ela deve superar esse idealismo,
deixando de isolar os fatos que descreve de seu contexto histórico e social e de emprestar-
lhes uma (pseudo) realidade própria e independente, e que, em primeiro lugar, deve renunciar
à separação – arbitrária e artificial _ entre ciência pura e ciência aplicada, teoria e prática.
Deve retomar a unidade real da atividade científica – pensamento ativo e ação pensante -,
ligada em sua evolução, às sociedades que a geraram e nutriram – ou entravaram – seu
desenvolvimento e sobre cujas histórias, por sua vez, exerceu uma ação. Só assim que ela
poderá evitar a fragmentação que a ameaça a cada vez mais e reencontrar – ou encontrar
sua unidade. Ser uma história das ciências e não uma justaposição pura e simples de
histórias separadas das ciências – e das técnicas – diversas...” pg. 418 e 419.

“(...) Uma história das matemáticas, mais uma história da astronomia; mais uma história da
física, uma da química e uma da biologia, não formam uma história da ciência; nem mesmo
das ciências (...) é lamentável, sem dúvida; tanto mais lamentável quanto mais as ciências se
influenciam e se apoiam mutuamente. Pelo menos, parcialmente. Mas, ainda uma vez, que
fazer? A especialização é o preço do progresso (...)” pg. 419 e 420

“... passemos agora à segunda censura que Guerlac nos faz: a de sermos “idealistas” e de
desprezarmos a ligação entre a ciência dita pura e a ciência aplicada e, por isso, de
desconhecer o papel da ciência como fator histórico. (...) de uma reação contra as tentativas
de interpretar – ou de mal interpretar – a ciência moderna, scientia activa, operativa, como
uma promoção da técnica. Seja ela louvada ou exaltada, por seu caráter prático e eficaz...”
pg. 420

“... (...) Também é certo que a ciência se tornou um fator de enorme importância – talvez até
decisivo – na história. Não é menos certo que sua conexão com a ciência aplicada é mais do
que estreita: os grandes “instrumentos’ da física nuclear são usinas. E nossas usinas
automáticas não são mais que a teoria encarnada (...) pg. 421

“... Certamente, tudo isso não é um fenômeno inteiramente novo, mas o resultado de um
desenvolvimento. De um desenvolvimento acelerado, cujos primórdios se situam muito longe,
às nossas costas. Assim, é claro que a história da astronomia moderna está
indissoluvelmente ligada à história do telescópio e que, em geral, a ciência moderna seria
inconcebível sem a construção dos inúmeros instrumentos de observação e de medida de
que se serve e em cuja fabricação, como nos mostrou Daumas, realiza-se desde os séculos
XVII e XVIII, a colaboração entre o sábio e o técnico. É incontestável que há um sensível
paralelismo entre a evolução da química teórica e da química industrial, entre a evolução da
teoria da eletricidade e a de sua aplicação.” Pg. 421

“... A ciência não é necessária à vida de uma sociedade, ao desenvolvimento de uma cultura,
à edificação de um estado e até de um império. Assim, houve impérios, e grandes civilizações,
e muito belas (pensemos na Pérsia e na China), que prescindiram inteiramente, ou quase
inteiramente, da ciência. Como houve outras (pensemos em Roma) que, tendo recebido a
herança da ciência, a ela nada, ou quase nada, acrescentaram. Assim não devemos exagerar
o papel da ciência como fator histórico: no passado, até onde ele efetivamente existiu, como
na Grécia, ou no mundo ocidental pré-moderno, esse papel foi mínimo...” pg. 422

“... Parece-me vão pretender deduzir a ciência grega da estrutura social da cidade; ou mesmo
da ágora. Atenas não explica Eudoxo, nem Platão. Siracusa tampouco explica Arquimedes.
Como Florença não explica Galileu. De minha parte, creio que o mesmo ocorre no que se
refere aos tempos modernos, e mesmo em nossa época, sem embargo entre a aproximação
entre a ciência pura e a ciência aplicada, da qual falei há pouco. Não é a estrutura social da
Inglaterra no século XVII que nos pode explicar Newton, nem é a da Rússia de Nicolau I que
pode lançar alguma luz sobre a de Lobatchevski. Esta é uma empresa inteiramente quimérica,
tão quimérica quanto querer predizer a futura evolução da ciência ou das ciências em função
da estrutura social ou das estruturas sociais de nossa sociedade ou de nossas sociedades...”
pg. 424

“(...) Pois se a humanidade é, como disse Pascal, um único homem que vive sempre e que
aprende sempre, é de nossa própria história, e mais que isso, é de nossa autobiografia que
nos ocupamos ao estudá-la (...) pg 424.

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