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INSTITUTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
ESCOLA FEDERAL DE ENGENHARIA DE ITAJUBÁ
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retardando um sinal de comando real ou confiabilidade, isto considerando uma ligação
impedindo o receptor de reconhecer um sinal de do tipo costa-a-costa, a qual inclui o tempo do
comando real como tal. transmissor (após aplicação do sinal de
chaveamento), o tempo de resposta do receptor,
A confiabilidade está estritamente relacionada e o tempo de operação dos dispositivos de saída.
ao tipo do esquema escolhido para cada linha,
de acordo com as características particulares da Estes tempos são específicos dos equipamentos
mesma. Esta escolha depende dos seguintes do canal. Para o tempo total, deverá ser
fatores: considerado tempo de propagação do meio de
transmissão, o qual é uma função da largura de
• Comprimento da linha; banda do canal de comunicação e do próprio
• Tipo de proteção utilizada; meio de transmissão.
• Características do Sistema de Potência
(nas regiões adjacentes a linha); III.5 – REDUNDÂNCIAS
• Tempo de desligamento exigido para a
linha quando ocorre curto-circuito; Para aumentar a segurança e confiabilidade,
• Tipo do canal de comunicação; alguns sistemas de teleproteção possuem
• Filosofia de cada empresa alternativas de redundância. Estas alternativas
concessionária. podem ser por canais duplos por rotas
alternativas, onde se utilizam dois caminhos de
III.3 – SELETIVIDADE E RAPIDEZ NA comunicação separados ou o uso de canais
PROTEÇÃO duplos pelo mesmo meio de comunicação.
Quando ocorre uma falha ou defeito em um No caso de rotas alternativas, deve ser levado
componente do Sistema Elétrico de Potência, o em consideração os tempos de transmissão
mesmo deve ser desligado o mais rápido envolvidos, pois cada meio de comunicação tem
possível, e somente este componente, para que o diferentes tempos. Estes tempos são por
defeito seja isolado e comprometa a menor parte exemplo, afetados por filtros de RF ou áudio,
possível do sistema. processos de modulação e demodulação,
chaveamento de rotas em sistema de Micro
O grande problema é a determinação do local de Ondas, etc.
defeito ou curto-circuito pelos relés de proteção,
para que se possa desligar somente o Na operação a canais duplos, são usados dois
componente defeituoso. Na maioria das vezes, transmissores em cada terminal de transmissão e
esta seletividade é alcançada em detrimento do dois receptores nos terminais de recepção. Na
tempo de atuação da proteção. transmissão os sinais de comando são aplicados
simultaneamente aos dois transmissores e na
Alguns esquemas de proteção são inerentemente recepção, os relés de saída fornecem uma lógica
seletivos, isto é, no momento de atuação, a binária AND. Desta forma é necessário o
própria concepção da proteção permite recebimento dos dois sinais para a atuação final
estabelecer a localização do defeito. É o caso da proteção. Os equipamentos envolvidos nesta
das proteções diferenciais que apresentem configuração, devem prever dispositivos que em
seletividade e rapidez na atuação. caso de falha de um dos canais, a lógica de saída
de recepção possa ser alterada para a operação
Para o caso de linhas de transmissão, a com um único canal (lógica OR).
localização de defeitos pelos relés de proteção
torna-se problemática devido a: III.6 – ALAMES EXTERNOS E INDICAÇÕES
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Indicação de transmissão de TRIP (As
TRIP); • RÁDIO:
Indicação de recepção de TRIP (Received - HF (High Frequency);
TRIP). - VHF (Very High Frequency);
- UHF (Ultra High Frequancy);
Estes alarmes e indicações, devidamente - Micro-Ondas.
configurados, podem ser de grande valia para
detectar problemas com as falhas de operação • CARRIER (Rádio por Linha Física).
correta dos esquemas de teleproteção.
V.1 – LINHAS FÍSICAS
Devido aos meios e formas de comunicação e a Por esses motivos, apresenta baixa qualidade e
diversidade as lógicas protetivas, são vários os confiabilidade e normalmente não é utilizado
esquemas de teleproteção utilizados nos para trafegar sinais de teleproteção.
sistemas de proteção de linhas de transmissão.
V.1.2 – FIBRA ÓTICA
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• DESVANTAGENS: V.3.3 – UHF – ULTRA HIGH FREQUENCY
- Elevado Custo; (300 a 3000 MHZ) E MICRO-ONDAS (3 a 30
- Enlaces curtos (sem repetidor – GHZ)
aproximadamente 30 Km);
- Economicamente viável para Nestas faixas de freqüência, a legislação
grande quantidade de canais estabelece uma canalização que permite a
(acima de 30 canais). transmissão de 1 até 160 canais telefônicos por
radiofreqüência em diferentes sub-faixas de
Devido a alta qualidade e confiabilidade, em espectro.
locais onde sejam econômica e tecnicamente
viável a instalação de enlaces óticos, os mesmos Para a propagação dos sinais utiliza-se o espaço
são ideais para trafegarem sinais de aéreo como meio de comunicação com enlaces
telecomando, teleproteção, etc. de aproximadamente 50 Km, necessitando-se de
estações repetidoras quando os pontos de
V.3 – RÁDIO interesse estão distantes.
Por este motivo, este meio é utilizado como O sistema Carrier ou ondas portadoras em linhas
última alternativa. de alta tensão (OPLAT) é constituído pela
transmissão de um sinal elétrico de
V.3.2 – VHF – VARY HIGH FREQUENCY radiofreqüência (30KHz a 300 KHz) de uma
(30 a 300 MHZ) subestação para outra, através da própria linha
de transmissão que as interliga eletricamente.
O mecanismo de propagação para esta faixa de
freqüência é feito através de ondas diretas, É o meio de comunicação mais utilizado em
havendo uma boa difração nos obstáculos, o que esquemas de teleproteção visto o baixo custo
favorece as comunicações entre estações fixas e que o mesmo apresenta, pois há o
móveis. aproveitamento da própria linha de transmissão
como meio físico para propagação do sinal.
A legislação vigente, a qual estabelece a
canalização de freqüências da faixa de VHF, • VANTAGENS:
permite a transmissão de apenas uma canal de - Econômico para a transmissão de
voz por radiofreqüência. pequeno número de canais e
longas distâncias;
Assim, para se ter duas ou mais comunicações - Alta confiabilidade e qualidade;
simultâneas dentro de uma mesma área sem que - Não necessita de repetidoras para
haja interferência, é necessário mais de uma transmissão a longas distâncias;
freqüência, o que ocasiona congestionamento do - Apresenta baixo custo de
espectro radioelétrico, uma vez que existem manutenção.
vários usuários de freqüências.
• DESVANTAGENS:
Esta faixa de freqüência é normalmente utilizada - Susceptível a ruídos das linhas de
por empresas de energia elétrica nas transmissão;
comunicações de pátio e para a manutenção de - Espectro de freqüências limitado.
linhas de transmissão, onde muitas vezes
necessita-se de repetidoras.
VI. ESQUEMAS DE TELEPROTEÇÃO
Apesar de ser possível, não é comum enlaces
nesta faixa, trafegando sinais de teleproteção. A escolha de um esquema de teleproteção
depende de diversos fatores, tais como
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comprimento da linha, tipo de proteção absolutamente necessário, pois a proteção de
utilizada, características do sistema, tempo de comparação de fase não funciona durante a
desligamento requerido para eliminação do manutenção do canal de comunicação.
defeito, meio e forma de comunicação, filosofia
de cada empresa, etc. A proteção de comparação de fase pode ser
utilizada principalmente quando há dificuldades
Geralmente o esquema de teleproteção é na aplicação de proteção de distância, como nos
escolhido em conjunto com a proteção da linha, seguintes casos, por exemplo:
pois existem relés mais adequados para um
esquema que para outros. Linhas curtas, com baixa impedância série;
Linhas onde há possibilidade de alta
O próprio meio de comunicação depende do tipo resistência de defeito;
de proteção, do comprimento da linha e do grau Linhas onde exige maior velocidade da
de confiabilidade desejado. Mesmo com o meio proteção para defeitos internos.
de comunicação já escolhido, o modo de
operação do mesmo depende do esquema a ser VI.2 – ESQUEMAS DE TRANSFERÊNCIA DE
adotado. SINAL DE TRIP
F1
B
F2
DE TRIP DIRETO COM SUBALCANCE
(DUTT)
uma proteção de comparação de fase for Bobina de Trip do Disjuntor Bobina de Trip do Disjuntor
proteção servirá não só de retaguarda para TRANSFERÊNCIA DE TRIP DIRETO COM SUBALCANCE
defeitos externos, como também para uma Fig. 2 – Representação do esquema DUTT
segunda proteção da linha em questão, sendo
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Para um curto-circuito em F1, há desligamento Para estes dois primeiros casos uma falha no
das duas extremidades da linha pelos respectivos sistema de comunicação não compromete a
relés de distância (21), sem necessidade da proteção primária.
teleproteção. Ocorrerá recepção em cada
extremidade da linha, porém o sinal de trip será VI.2.3 – ESQUEMA DE TRANSFERÊNCIA
redundante. DE TRIP PERMISSIVO COM
SOBREALCANCE (POTT)
Para um curto-circuito em F2, o disjuntor da
extremidade B será desligado pela própria Em linhas curtas, torna-se muito difícil de se
proteção de distância. O disjuntor da ajustar a proteção de distância para 80 ou 85%
extremidade A será desligado pela recepção do da linha de transmissão. Neste caso, ao se
sinal de transferência de trip. No caso de uma utilizar um esquema de subalcance, há grande
eventual falha do Carrier, o disjuntor em A será probabilidade de atuação incorreta da própria
desligado pela sua proteção de distância com o proteção de distância devido aos erros de
tempo de 2ª zona. medição. Portanto, utiliza-se o esquema POTT
para resolver este problema.
Para um curto-circuito em F3, o relé em B não
atuará pois o defeito está na sua direção Todo trip local só será possível coma permissão
contrária. O relé em A atuará na sua 2ª zona recebida da outra extremidade da linha. Nestas
apenas se houver falha da proteção da linha condições, pode-se ajustar a proteção com
adjacente. sensibilidade suficiente para ultrapassar os
limites (em alcance) da própria linha.
Como neste esquema, a recepção desliga
diretamente o disjuntor, há risco de A B
Transm
21 21
Recep Transm
DE TRIP PERMISSIVO COM SUBALCANCE Recep
52/a 52/a
-
No circuito de desligamento pela recepção é -
colocada uma supervisão de tal maneira que o TRANSFERÊNCIA DE TRIP PERMISSIVO COM SOBREALCANCE
trip é efetuado apenas quando ocorrer defeito Fig. 4 – Representação do esquema POTT
em direção e alcance, detectado por um
elemento de impedância. Isto evita os falsos O defeito F1 (ou F2) será detectado de imediato
desligamentos causados pelas recepções pelas proteções das duas extremidades que irão
espúrias do esquema anterior, aumentando-se a transmitir permissões. Em cada extremidade, a
confiabilidade. própria atuação e a recepção irão possibilitar o
desligamento do disjuntor.
Transm Transm
Outro aspecto muito importante é que este
Bobina de Trip do Disjuntor Bobina de Trip do Disjuntor
52/a
esquema pode ser utilizado com Relés de
52/a
- -
Sobrecorrente Direcionas ao invés dos relés de
TRANSFERÊNCIA DE TRIP PERMISSIVO COM SUBALCANCE
distância, visto que o ajuste do alcance não é
Fig 3 – Representação do esquemas PUTT condição preponderante para o esquema, e sim a
direção.
Este esquema é bastante utilizado pelos
fabricantes europeus para linhas de transmissão
de comprimentos médios e longos.
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VI.2.4 – ESQUEMA DE TRANSFERÊNCIA A B
P P
Neste caso, o sinal de trip de uma extremidade é S + S
extremidade. CS
BLOQUEIO
DA TRANSMISSÃO
Recepção
ON-OFF
Para determinados casos, é inevitável a CS
S
PARTIDA
Transm
Reator Disjuntor
o defeito F3. Porém, seu trip é retardado de 13 a
Bobina de Trip do Disjuntor
16 ms para que haja tempo para chegada do
Bobina de Trip do Disjuntor
52/a
sinal de bloqueio.
52/a
- -
desbloqueio. P P
+
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Se o contato de trip da proteção é utilizado A importância destes tipos de equipamentos
para a transmissão carrier, o esquema é de aplicados às linhas de transmissão é crucial, pois
transferência de trip. buscam garantir a seletividade de todo o
fornecimento de energia vinculado ao sistema
Se o contato de direção ou elemento de em questão.
partida da proteção é utilizado, o esquema é
de comparação direcional. Enfim, a extensão da teleproteção como um
meio de proteção de sistemas elétricos se traduz
VI.4 – ESQUEMAS DE ACELERAÇÃO OU numa facilidade, ou ainda, numa forma de
PROLONGAMENTO DE ZONA DE buscar contornar o problema para a proteção de
PROTEÇÃO DE DISTÂNCIA linhas de transmissão.
IX. BIBLIOGRAFIA
21 21- Trip ou Elemento Direcional Recepção
Transmissão
52/a
OU
( 2 ) - Aumento do Alcance da 1a. Zona (PROLONGAMENTO)
L. B. Filho e B. V. dos Santos -
-
Teleproteção, Proteção de Sistemas
ESQUEMA DE PROLONGAMENTO OU ACELARAÇÃO DE ZONA Elétricos I – Curso de Pós-
Fig. 8 – Representação do esquema de Graduação/CESE - EFEI, 1994;
prolongamento ou aceleração de zona.
J. A. Goris – Conceitos Básicos para
Para um defeito na linha, pelo menos um dos Canais de Teleproteção, 1999;
relés o detecta na 1ª zona. Este relé desliga o
respectivo disjuntor e envia um sinal para a O. V. Candia e M. A. B. Reyes –
outra extremidade da linha. Na extremidade Teleproteção em Sistemas Elétricos de
receptora, o sinal é utilizado para uma das duas Potência – Proteção de Sistemas Elétricos,
alternativas: EFEI, 1999.