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Tributo

Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor


nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei
e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
O fato gerador é a situação eleita pelo legislador como sendo passível de
sofrer a incidência tributária.
Somente atos lícitos podem ser objetos de tributação, mas nada impede
que os frutos da atividade ilícita sejam objetos de tributação. Uma vez que tenha
ocorrido o fato gerador, o tributo deverá sobre ele incidir. Art. 118, I do CTN: a
definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se a validade jurídica
dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros,
bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Para o direito tributário
não importa de onde vem a renda. Aplica-se o Princípio da Pecúnia Non Olet (o
dinheiro não tem cheiro, não importa de onde venha o dinheiro).
Princípio da Isonomia: art. 150, II da CF- tratar igualmente os iguais e
desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades.
Princípio da Capacidade Contributiva: art. 145, parágrafo primeiro da CF-
sempre que possível, os impostos serão graduados de acordo com a capacidade
econômica do sujeito, de modo que, quanto maior for a capacidade econômica,
maior deve ser a sua capacidade contributiva.
A atividade tributária está plenamente vinculada à lei, só pode ser cobrado
aquilo que estiver previsto. Tributo é o gênero, do qual fazem parte 5 espécies
tributárias: imposto, taxa, contribuição de melhoria, contribuição e
empréstimo compulsório. Apenas as três primeiras espécies estão previstas
no CTN, art. 5. As contribuições e empréstimos compulsórios vieram
posteriormente ao CTN. O STF compreende que há cinco espécies, pois as
contribuições e empréstimos compulsórios estão previstos na CF.

Competência tributária

É a outorga de poder concedida pela CF aos entes federativos (união,


estados, distrito federal e municípios) para eles criarem e majorarem os tributos.
Só pode ser criado por meio de lei. É indelegável, intransferível. Mas não se deve
confundir a competência tributária com a capacidade ativa tributária. Esta
consiste em arrecadar tributos, fiscalizar tributos e executar leis e decisões;
essas funções poderão ser delegadas para qualquer pessoa jurídica de direito
público conforme o art. 7 do CTN. Ex: apesar do ITR ser de competência da
União, ele poderá ser arrecadado e fiscalizado pelos municípios, 153, 4, III da
CF. Essa atribuição pode ser revogada a qualquer tempo por ato unilateral do
ente que detêm a competência.
União: 153, 154- há sete impostos previstos- I (PERITO GF)- IPI imposto
sobre produtos industrializados; IE imposto sobre a exportação; IR imposto sobre
a renda; II imposto sobre a importação; ITR imposto sobre a propriedade
territorial rural; IOF imposto sobre operações financeiras; IGF imposto sobre
grandes fortunas; + Imposto Residual e o Imposto Extraordinário Guerra.
Estado: 155- IPVA imposto sobre a propriedade de veículos automotores;
ICMS (ele incide sobre operações de circulação de mercadorias, sobre serviços
de transportes interestaduais ou intermunicipais, sobre o serviço de
comunicação); ITCMD (imposto sobre a transmissão causa mortis ou doações
de quaisquer bens ou direitos).
DF: 155- IPVA imposto sobre a propriedade de veículos automotores;
ICMS (ele incide sobre operações de circulação de mercadorias, sobre serviços
de transportes interestaduais ou intermunicipais, sobreo serviço de
comunicação); ITCMD (imposto sobre a transmissão causa mortis ou doações
de quaisquer bens ou direitos, incide a título gratuito, pode incidir sobre qualquer
bem móvel ou imóvel).
Municípios: 156- ISS (Imposto sobre serviços, envolve também o
transporte dentro do município); IPTU (imposto sobre a propriedade predial
territorial urbana); ITBI (imposto sobre a transmissão de bens imóveis por título
oneroso).
Obs: os impostos municipais também poderão ser criados pelo DF.
Obs2: sobre a compra e venda de imóvel não incide imposto, pois não é uma
mercadoria e sim um produto pessoal, por isso não incide ICMS.

De quem é a competência para criar os outros tributos?

Todos os entes federativos podem criar as taxas; todos os entes podem criar
a contribuição de melhoria.
Já as contribuições são criadas, via de regra, pela União e compreendem:
 As contribuições sociais
 As contribuições de intervenção no domínio econômico
 As contribuições de interesse de categoria profissional ou econômica
 As contribuições para o custeio do serviço de iluminação pública
(COSIP/CIP)
Obs: a primeira exceção à regra da competência está no art. 149, parágrafo
primeiro da constituição, que diz respeito às contribuições sociais dos servidores
públicos que será criada pelo ente a que pertencer o servidor público. A outra
exceção está no 149-A, que diz respeito à COSIP, que será criada pelos
municípios e pelo DF. As outras contribuições serão privativas da União.
O empréstimo compulsório também só pode ser criado pela União.
A competência tributária é facultativa, pois os entes não são obrigados a
criar os tributos; o art. 145 da CF diz que esses entes “podem” criar. Mas e a lei
complementar 101 de 2000 que diz que os entes são obrigados a criar os
impostos no art. 11? No entanto, o que prevalece é a CF, pois ela é
hierarquicamente superior. Ex: até hoje a união não criou o imposto sobre as
grandes fortunas. Se o ente não criar o tributo ele não receberá as transferências
voluntárias. Ex: se a União não criou o IGF, que poderia ter feito, e estiver
passando por dificuldades e um município X quiser lhe repassar verbas, a União
não poderá receber essas transferências voluntárias; a União que crie seu
tributo.
A regra é que o ente que cria o tributo, fica com o dinheiro para si.
Acontece que a CF separou um capítulo para o repasse da receita tributária
obrigatória. Acontece que alguns entes deveriam passar uma certa parte da
receita tributária para outros entes. Ex: o IPVA é de competência do Estado, mas
uma parcela da arrecadação desse imposto deve ser repassada aos municípios.
No 153, 5 da CF e no 157 a 159 da CF estão quais são entes federativos que
deverão repassar quais tributos referentes a quais percentagens para outros
entes federativos. Tudo deve ser repassado de forma obrigatória, a não ser que
o ente que receberia não utilizar o dinheiro para saúde ou tenha uma dívida com
o ente que faria o repasse.
A competência tributária é incaducável (imprescritível). O direito do Ente
Federativo instituir o tributo pode ser exercido a qualquer tempo.
A competência tributária é inalterável por lei infraconstitucional, mas nada
impede que seja alterada por meio de emenda à CF.
A competência tributária é irrenunciável, no entanto ela é facultativa, o
ente pode exercê-la se quiser.

COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA X COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR O DIREITO


TRIBUTÁRIO

A competência tributária é anterior, pois ela cria, majora o tributo. A


competência para legislar o direito tributário é a capacidade para estabelecer
normas sobre as relações jurídicas tributárias. Essa é uma competência
concorrente entre União, Estados, Distrito Federal. O caput do art. 24 da CF traz
que compete à União tratar sobre as normas gerais de direito tributário e aos
Estados e DF complementar/suplementar essa legislação no que lhe couber.
Quando a União não tratar do assunto que é de sua competência, aí sim é que
os Estados e DF terão competência plena para tratar sobre o assunto. Ex: o IPVA
não possui previsão no CTN, logo cada Estado passou a legislar sobre o seu
IPVA; e muitas pessoas questionaram se essa competência não era da União,
mas como ela não trouxe a norma geral, os Estados possuem sim a legitimidade
para tratar do assunto de forma plena. Se depois a União vier a tratar do assunto,
o que prevalecerá é a norma Federal; a eficácia da norma Estadual ficará
suspensa. E os municípios não tem competência para legislar o direito tributário?
O art. 30 da CF diz que sim, em relação aos assuntos de interesse local e para
suplementar a legislação federal ou estadual e distrital.

EXERCÍCIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

Como que os tributos serão criados? Serão criados por meio de lei, via de
regra, por lei ordinária. Mas há quatro tributos que só poderão ser criados por
meio de lei complementar. Quais são as quatro exceções? CEGI
 Contribuição social residual: art. 195, parágrafo quarto da CF
 Empréstimo compulsório: art. 148 da CF
 IGF (imposto sobre grandes fortunas):153, VII da CF
 Imposto residual: 154, I da CF
Obs: todos os impostos que são criados por lei ordinária, também poderão ser
criados por lei complementar, mas o oposto não ocorre.
A medida provisória pode criar e majorar tributos? O art. 62, parágrafo
segundo determina que a medida provisória poderá instituir e majorar
IMPOSTOS. Mas a medida deverá observar dois requisitos: esse imposto deve
poder ser tratado por lei ordinária (art. 62, 1, III da CF), não pode tratar sobre
matéria reservada a lei complementar; de acordo com os princípios da
anterioridade de exercício e da anterioridade nonagesimal, os impostos só
podem ser cobrados no exercício financeiro seguinte e noventa dias depois de
publicada a lei que instituiu ou majorou o tributo, então para que o imposto possa
ser cobrado no ano seguinte a medida provisória deve ser convertida em lei até
o final do exercício financeiro em que ela foi editada. Mas há cinco impostos que
não precisam aguardar a conversão da medida provisória em lei, quatro deles
podem, inclusive, ser cobrados imediatamente que são: IEG (será criado em
caso de guerra externa ou sua iminência), II (imposto sobre importação), IE
(imposto sobre exportação), IOF (imposto sobre operações fiscais); os três
últimos são impostos de regulação do mercado, são parafiscais. Estes impostos
poderão ser cobrados imediatamente sem a necessidade de esperar o exercício
financeiro seguinte. Já no caso do IPI, será necessário esperar apenas 90 dias.
O STF diz que a medida provisória poderá criar ou majorar qualquer espécie
tributária desde que respeitados os dois requisitos.

LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR


 Limites gerais: nenhum tributo deve ser criado sem observar os limites
constitucionais e a ADCT.
 Limites específicos: são artigos que devem ser observados. 145,
parágrafo primeiro e 150, 151 e 152 da constituição, que contém os
princípios e imunidades tributárias.

1. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE- 150,I,CF


O tributo só poderá ser criado e majorado por meio de lei. E a redução e exclusão
do tributo? Pelo princípio do paralelismo das formas, a redução ou exclusão
deverá ser feita por meio de ato normativo igual ou superior.
A mera correção monetária do tributo, não é majoração e pode ser feita por meio
de decreto. OBS: o Poder Executivo pode alterar (majorar) as alíquotas de 4
impostos por meio de decreto (II, IE, IOF e IPI); poderá também reduzir e
reestabelecer as alíquotas do CIDE combustíveis (decreto) e ICMS combustíveis
(convênio).
2. PRINCÍPIO DA ISONOMIA- 150,II,CF
Tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas
desigualdades.
3. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE- 150, III, CF
A lei não pode alcançar fatos pretéritos, a lei tributária vale daqui para a frente.
O CTN prevê 3 exceções a esse princípio: Poderá retroagir a lei tributária que
for expressamente interpretativa (não modifica o ordenamento jurídico) e desde
que não comine penalidade; tratando-se de ato não definitivamente julgado e
houver lei que excluir a infração ou reduzir a penalidade (multa), ela poderá
retroagir, a lei que reduzir tributo não poderá retroagir; tratando-se de
lançamento tributário, poderá retroagir a lei que criar novos métodos de fiscalizar
ou arrecadar.
4. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DE EXERCÍCIO E DA
ANTERIORIDADE NONAGESIMAL- 150,III,B,C, CF
Toda vez que um tributo for instituído ou majorado só poderá ser exigido no
próximo exercício financeiro e depois de decorridos 90 dias da data da
publicação da lei que houver instituído ou majorado o tributo. Foram criados para
evitar a surpresa ao contribuinte. Para a redução ou exclusão do tributo do
ordenamento, esses prazos não deverão ser observados, pois podem começar
a valer imediatamente. Mas há outros, que, devido às circunstâncias, também
podem ser cobrados imediatamente: o empréstimo compulsório no caso de
guerra ou calamidade pública; o imposto extraordinário de guerra; o imposto de
importação; o imposto de exportação; o imposto sobre operações financeiras
(regulam o mercado).
Já em relação ao IPI, CIDE Combustível ICMS combustível (redução e
reestabelecimento porque se for majoração cairá na regra geral) e contribuição
social deverão esperar apenas os 90 dias, ou seja, deverão respeitar apenas a
anterioridade nonagesimal.
Já o Imposto de Renda e modificação na base de cálculo do IPTU e IPVA
deverão respeitar apenas a anterioridade de exercício.
5. PRINCÍPIO DO NÃO CONFISCO- 150,IV,CF
É vedado o tributo que seja tão caro que inviabilize o direito de propriedade do
contribuinte. No Brasil não há um critério objetivo para verificar o efeito
confiscatório. A CF fala em tributo. Mas a multa também não pode ter efeito
confiscatório, por entendimento dos tribunais superiores.
6. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA- 151,I,CF
É vedado à União estabelecer tratamento diferenciado entre os demais entes
federativos, salvo se houver incentivo fiscal.
7. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA- 145, PARÁGRAFO
1°,CF
Sempre que possível, os impostos deverão ser graduados de acordo com a
capacidade econômica do sujeito. Maior capacidade econômica, maior
capacidade contributiva, maior será a alíquota a ser aplicada. É corolário do
princípio da justiça e da isonomia. Apesar da CF falar apenas em impostos, o
STF determinou que todas as espécies deverão observar o princípio da
capacidade contributiva.
8. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
É a tributação de acordo com a essencialidade do bem. Quanto mais essencial
for o bem, menor será a tributação e quanto menos essencial for o bem, maior
será a tributação.
9. PRINCÍPIO DA LIBERDADE DE TRÁFEGO
É vedada a cobrança de tributo para inviabilizar o direito de ir e vir da pessoa,
exceto o pedágio, pois pedágio não é tributo e sim preço público.
10. PRINCÍPIO QUE VEDA A ISENÇÃO HETERONOMA- 151,III,CF
Isenção heterônoma ocorre quando um ente federativo que não é competente
para tributar quer fazer uma vedação a esse tributo. Exceção: concessão da
isenção do ISS para exportação que é feita pela União e não pelo município.
11. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO DE
ACORDO COM A ORIGEM DA PROCEDÊNCIA DO BEM- 152,CF
Ex: não se pode atribuir um IPVA mais caro ao veículo importado, só porque ele
é importado.

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS
É a dispensa constitucional do dever de pagar o tributo. É um limite ao
poder de tributar. É irrevogável. É possível se valer de todos os métodos de
interpretação.
 Imunidade especifica: quando a constituição diz que não será pago um
tributo específico. Poderá alcançar qualquer espécie tributária. Só não
tem para contribuição de melhoria e empréstimo compulsório.
 Imunidade genérica: somente vale para os impostos. 150, VI, CF. Pode
ser- subjetiva, objetiva, recíproca, templos de qualquer culto, cds e dvds
de artistas nacionais.
Imunidade recíproca: Um ente federativo não pode comprar impostos dos
outros entes, sobre rendas, patrimônio e serviços. Se o ente for um contribuinte
de fato, terá que suportar o encargo financeiro. O ente só tem imunidade quando
está na condição de contribuinte de direito.
Contribuinte de fato: é quem paga o tributo ao final, é o consumidor.
Contribuinte de direito: é quem pratica o fato gerador, mas não paga o tributo.
A imunidade recíproca é extensiva para as autarquias e fundações públicas. Os
correios são empresas públicas, mas também possuem imunidade.
Imunidade dos templos de qualquer culto: visa preservar a liberdade religiosa.
Tudo o que estiver em nome da instituição religiosa e que cumpra sua finalidade
não vai pagar impostos. Maçonaria não tem imunidade tributária, porque não é
religião. Cemitério da igreja também tem imunidade. Já o cemitério de terceiros
que visa lucro, não terá imunidade.
Imunidade subjetiva: são pessoas que gozam de imunidade tributária. As
entidades de assistência social sem fins lucrativos, entidades de educação sem
fins lucrativos, partidos políticos e suas fundações, sindicato dos trabalhadores.
Essas pessoas não podem distribuir lucros, nem remeter valores ao exterior, e
devem manter seus livros contábeis em dia. Os partidos políticos além desses
requisitos, deverão estar devidamente registrados no TSE e não podem atentar
contra princípios e costumes do ordenamento jurídico. A previdência privada que
não tiver colaboração do empregado e somente do empregador, também terá
imunidade.
Entidades de assistência social, além de não pagarem impostos, também não
pagam as contribuições sociais.
Imunidade Objetiva: quem não paga imposto é o objeto. Livros, jornais,
periódicos e papeis destinados à sua impressão são imunes aos impostos. Livro
em branco não tem imunidade. Ex: o livro de contabilidade, livro ponto, tem que
pagar impostos. Só os livros que transmitem pensamentos possuem imunidade
tributária. Livro eletrônico tem imunidade? Ainda não há entendimento firmado
sobre o assunto, mas a maioria dos tribunais compreendem que sim, pois
também transmitem pensamentos. Catálogo publicitário, tem que pagar
impostos.
Imunidade para cds e dvds de artistas nacionais: visa evitar a pirataria.

ISENÇÃO TRIBUTÁRIA
É a dispensa do dever de pagar o tributo feita por meio de lei. Via de regra,
poderá ser revogada a qualquer instante. Exceção: 178, CTN. Isenção por prazo
certo sob certas condições. Só pode ser usada a interpretação literal.

CLASSIFICAÇÃO TRIBUTÁRIA

Tributo pessoal: leva em conta os atributos da pessoa. Ex: imposto de renda.


Tributo real: leva em conta os atributos da coisa. Ex: IPVA, IPTU.
Tributo direto: a pessoa que pratica o fato gerador é a mesma que tem o dever
de pagar o tributo.
Tributo indireto: entre o fato gerador e a ocorrência do pagamento do tributo há
uma intercalação de sujeitos. IPI, ICMS.
Tributo não vinculado: é aquele que no momento em que se paga o tributo, a
pessoa não sabe qual será a contraprestação estatal. Ex: impostos.
Tributo vinculado: é aquele que tem uma contraprestação estatal especificada.
Ex: contribuição de melhoria, taxa.
Tributo fiscal: visa tão somente a arrecadação para os cofres públicos.
Tributo extrafiscal: visa estimular ou desestimular condutas. Controlam o
mercado.
Tributo parafiscal: uma pessoa detém a competência tributária, mas outra
pessoa possui a capacidade ativa tributária. Ex: contribuições de interesse de
categoria profissional ou econômica.
Tributos progressivos: a base de cálculo aumenta e a alíquota aumenta junto
com a base de cálculo. Só há 4 tributos progressivos: ITR, IR, IPTU, ITCMD.
Tributos proporcionais: a base de cálculo aumenta mas a alíquota permanece
a mesma.

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

 EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO- 148,CF

Pode ser criado somente pela União, por meio de lei complementar. Poderá ser
criado em caso de guerra externa ou sua iminência; calamidade pública;
investimento público de caráter urgente e relevância nacional. Em caso de guerra
e calamidade, poderão ser cobrados imediatamente. Não necessitarão respeitar
a anterioridade de exercício e nem a anterioridade nonagesimal.

 CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA- 145,III, CF

Todos os entes federativos podem criar a contribuição de melhoria, por meio de


lei ordinária. Será aplicada toda vez que for criada uma obra pública e que dessa
obra ocorra uma valorização imobiliária. Deverá observar dois limites: o limite
global, que diz respeito ao quanto foi gasto efetivamente com a obra e o limite
individual, que refere-se ao quanto valorizou para cada contribuinte. O valor total
da arrecadação não pode ser maior do que o valor da obra.

 TAXAS

Todos os entes federativos podem criar taxas, por meio de lei ordinária. Serão
criadas em duas circunstâncias: em razão do exercício regular do poder de
polícia e pela utilização efetiva ou potencial de um serviço público específico
e divisível. Ex: taxa de alvará, taxa de controle e fiscalização ambiental, coleta
de lixo individual (não confundir com limpeza pública), custas processuais.
Iluminação pública não é taxa, pois não é divisível, ela se enquadra em
contribuição (cosip).
As taxas não podem ter a base de cálculo idênticas à dos impostos.

 CONTRIBUIÇÕES

Há quarto espécies de contribuições: as contribuições sociais, as contribuições


de intervenção no domínio econômico, as contribuições de interesse de
categoria profissional ou econômica e as contribuições para o serviço de
iluminação pública.
As contribuições sociais estão previstas nos arts. 149 e 195 da CF. Via de regra,
só a União pode criar contribuição social. A exceção é a contribuição
previdenciária do servidor público que será criada pelo ente ao qual ele
pertencer. Ela será criada, via de regra, por lei ordinária, mas as contribuições
sociais residuais (residual não tem previsão na constituição) são criadas por
meio de lei complementar.
Somente a união poderá criar a contribuição social residual, por meio de lei
complementar, ser não cumulativa, e fato gerador e base de cálculo diferentes
das contribuições já existentes no ordenamento jurídico. São criadas para
custear a seguridade social: previdência, assistência social e saúde. Para isso
servem as contribuições sociais. Não incidem sobre receitas de exportação mas
incidem sobre receitas de importação.
As contribuições no domínio econômico estão no 149 da CF e só podem ser
criadas pela União, por meio de lei ordinária. A CIDE combustível está prevista
no 177 da CF e o poder executivo poderá reduzir e reestabelecer suas alíquotas
através de decreto. Só precisará ser respeitada a anterioridade nonagesimal. As
contribuições sindicais são tributos, por isso devem ser cobradas de todos,
independentemente de estar ou não a pessoa filiada a algum sindicato. A COSIP,
contribuição para serviço de iluminação pública pode ser instituída pelo
munícipio e o DF, por meio de lei ordinária. Ela pode ser cobrada na fatura da
iluminação elétrica.

 IMPOSTOS

-Do município (156 da CF): IPTU, ITBI e ISS.


O IPTU só deve ser pago pelo proprietário do imóvel, o possuidor ou detentor do
domínio útil só deverá pagá-lo se tiver animus domini ou seja, pretensão de ser
dono. Pode ter alíquotas diferenciadas em razão da localização e da utilização
do imóvel. Se não estiver cumprindo a função social poderá ter alíquotas
progressivas.
O ITBI incide na transmissão entre vivos de bens imóveis por título oneroso; na
transmissão de direitos reais sobre imóveis, excetos os de garantia; bem como
a cessão de direitos a sua aquisição. Sobre o usucapião, desapropriação,
servidões e contratos de promessa de compra e venda não incide o ITBI. A
transmissão ocorre quando tiver o registro no cartório, pois o mero contrato de
compra e venda não gera a transmissão. Quem vai recolher o ITBI será definido
em lei, mas geralmente é o comprador.
O ISS só incide sobre serviços (obrigações de fazer) desde que não esteja na
competência do ICMS, ou seja, sobre o serviço de transporte intermunicipal e
interestadual não incide o ISS. Já se o transporte ficar no mesmo município
incide o ISS. Sobre os serviços de comunicação, como já incide o ICMS, não
caberá o ISS. Sobre a locação de bens móveis também não incide o ISS, pois é
uma obrigação de dar e não de fazer. E se o estabelecimento do prestador de
serviços estiver em um município mas ele vá prestar o serviço em outro
município? A lei diz que o município que vai ficar com o ISS é onde tiver o
estabelecimento do prestador de serviço. Há algumas exceções como a
construção civil, guarda e vigilância, demolição, elaboração de congressos e
outras hipóteses, nas quais o ISS será recolhido no município onde o serviço foi
prestado. Para fixar alíquotas mínimas e máximas do ISS é necessário lei
complementar. E enquanto a lei complementar não estabelecer esse limite a
alíquota será de 2% e a alíquota máxima é de 5%.

-Do Estado (155 da CF): ITCMD, ICMS e IPVA.


O ITCMD é o imposto de transmissão a título gratuito, causa mortis e doação.
Pode incidir sobre quaisquer bens, móveis ou imóveis. Se a transmissão se dá
pela morte, a alíquota a ser aplicada será a da época da morte, mas o valor a
ser utilizado será o da época da avaliação dos bens no processo de inventário.
Se a transmissão for de bem imóvel, o Estado que ficará com o ITCMD será o
Estado em que estiver localizado o bem. Se a transmissão for de bem móvel, e
a transmissão se der por causa de morte será o Estado em que estiver
tramitando o processo de inventário e se for por doação será o Estado do
domicílio do doador. Cabe a resolução do Senado Federal fixar as alíquotas
máximas do ITCMD.
O ICMS incide sobre: realizar operações de circulação de mercadorias; prestar
serviços de transporte interestadual ou intermunicipal; prestar serviço de
comunicação; sobre a energia elétrica; sobre a importação de bens. Deve haver
a transferência de titularidade para que incida o ICMS, desse modo, se o produto
é transferido da matriz para a filial do mesmo proprietário, não pode incidir o
ICMS, pois isso é mera circulação. ICMS não incide sobre provedores de internet
e nem de habilitação de celular, pois só pode incidir sobre o serviço fim. Em
relação à energia elétrica, o ICMS incidirá sobre o valor da energia consumida e
não sobre o valor da energia contratada. Todos os que importarem, deverão
recolher o ICMS, independentemente de ser contribuinte habitual ou não. Para
que isso ocorra, é necessário que tenha ainda, em lei complementar e que tenha
lei no estado determinando sua incidência. Imunidades do icms: quando as
mercadorias e serviços forem destinados ao exterior; sobre o ouro ativo
financeiro; quando outro estado comprar gasolina e seus derivados e energia
elétrica; sobre serviços de comunicação livre e gratuita (sobre pacotes pagos
incide icms e sobre a tv aberta não incide). Segue o princípio da não
cumulatividade (quando pode ser compensado o que foi pago na cadeia anterior
na posterior) e o da seletividade. Resolução do Senado Federal vai fixar as
alíquotas mínimas e máximas.
O IPVA vai incidir sobre a propriedade de veículos automotores e terrestres. O
Senado vai fixar suas alíquotas mínimas. As alíquotas poderão ser diferenciadas
em razão do tipo e utilização do veículo.

-Federais (153 e 154 da CF): P E R I TO IGF+ IMPOSTO RESIDUAL E IEG


IPI
IE
IR
II
ITR
IOF
IGF
IMPOSTO RESIDUAL
IEG

O imposto residual é um imposto que não está previsto na CF. Pode ser criado
desde que: seja instituído pela união; por meio de lei complementar; não
cumulativo; e fato gerador e base de cálculo diferente dos impostos já previstos
na CF. O Imposto Extraordinário Guerra só poderá ser criado em caso de guerra
externa ou sua iminência e poderá ter por fato gerador, fato já existente na
legislação federal. Tem que cessar a cobrança conforme cesse a situação de
sua criação.
Os impostos regulatórios de mercado são o II, IE e IOF e por essa razão
possuem duas características: O poder executivo pode alterar as suas alíquotas
por meio de decreto e poderão ser cobrados imediatamente, ou seja, sem
observância da anterioridade de exercício e da anterioridade nonagesimal.
O IPI também poderá ter suas alíquotas alteradas pelo poder executivo, mas não
poderá ser cobrado imediatamente, porque terá que esperar os 90 dias da
anterioridade nonagesimal. Incide também sobre as importações, mesmo que
seja para uso próprio. É obrigatoriamente seletivo.
O ITR incide frente ao imóvel rural, o que dirá o que é zona urbana é lei municipal.
Por exclusão se chega ao imóvel rural. Se o imóvel estiver na zona urbana, mas
tiver destinação econômica rural, ele terá que pagar o ITR. Esse é um tributo
progressivo, conforme aumenta-se a base de cálculo também aumenta as
alíquotas. Ele tem uma imunidade específica; não incidira os ITR sobre
pequenas glebas definidas em lei, desde que quem as explore não tenha outro
imóvel.
O IR incide sempre que o sujeito aufere rendas ou proventos de qualquer
natureza e que além disso, o contribuinte tenha disponibilidade econômica ou
jurídica e que ocorra um acréscimo patrimonial ao contribuinte. Sobre verbas
indenizatórias não pode incidir o IR, pois elas recompõe uma perda do
contribuinte. Com relação às horas extras incide o IR. Segue o princípio da
progressividade, da generalidade e o da universalidade.
O IGF ainda não foi criado pela União, mas poderá ser criado por meio de lei
complementar.

OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA (113 do ctn): temos a obrigação tributária principal e


a acessória. A principal tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade
(multa). Já a acessória corresponde aos deveres formais que o sujeito passivo
está obrigado a fim de facilitar a arrecadação e fiscalização (emitir nota fiscal,
declarar tributos, escriturar livros, não receber mercadorias sem a nota fiscal).

RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

Há dois tipos de sujeitos passivos: o contribuinte e o responsável. O contribuinte


tem uma relação pessoal direta com o fato gerador. O responsável é a terceira
pessoa escolhida por lei para pagar o tributo sem que tenha praticado/ realizado
o fato gerador.
Responsável por transferência: o terceiro vem e ocupa o lugar do devedor
principal após a ocorrência do fato gerador.
Responsável por substituição: o terceiro vem e ocupa o lugar do devedor
principal desde a ocorrência do fato gerador.

Há várias espécies de substituição tributária: a substituição para frente, a


substituição para trás (ou diferimento), e a substituição propriamente dita.

Na primeira hipótese (substituição para frente), o tributo relativo a fatos


geradores que deverão ocorrer posteriormente é arrecadado de maneira
antecipada, sobre uma base de cálculo presumida. Assim, à guisa de exemplo,
o estabelecimento industrial que vende certo produto, recolhe o tributo devido
por ele mesmo, e também o tributo que seria devido pelo distribuidor e pelo
varejista. Para proceder ao cálculo, o Estado deve divulgar uma base de cálculo
presumida, segundo critérios definidos em lei. Essa base de cálculo deve
observar a realidade de cada mercado, para fins de determinar o preço final
praticado em cada operação. Ex: venda de veículos novos, cigarros, bebidas
alcóolicas e refrigerantes.

Na substituição para trás, ou diferimento, o que ocorre é justamente o contrário.


Apenas a última pessoa que participa da cadeia de circulação da mercadoria é
que paga o tributo, de maneira integral, inclusive relativamente às operações
anteriormente praticadas e/ou seus resultados. Ex: venda de leite cru, cana em
caule, carne animal.

Já na substitução pura e simples, o contribuinte em determinada operação ou


prestação é substituído por outro que participa do mesmo negócio jurídico. Este
é o caso, por exemplo, do industrial que paga o tributo devido pelo prestador que
lhe provém o serviço de transporte.

Os valores recolhidos a título de substituição tributária são considerados


definitivos, a não ser que o fato gerador presumido não se realize, hipótese em
que o contribuinte poderá pedir restituição do tributo.

DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO TRIBUTÁRIAS

Ambas são causas de extinção do crédito tributário. Há a perda de direito em


razão do transcurso do tempo. Buscam assegurar a segurança jurídica. Geram
o direito à restituição do tributo. Ambos os prazos são de 5 anos. Lustro
decadencial/lustro prescricional.

 Decadência: é um instituto jurídico que demarca no tempo a perda do


direito subjetivo de constituir o crédito tributário pelo lançamento. A
ideia é de que há um lançamento fora de hora, gerando a decadência. O
fisco tem um prazo de 5 anos para cobrar o tributo, passado esse prazo
ocorrerá a perda do direito de exigí-lo. Ocorre no âmbito da cobrança
administrativa. O lançamento é o procedimento que, veiculando a
exigibilidade, visa promover a cobrança administrativa do tributo/multa; é
o ato que declara uma obrigação tributária preexiste e constitui o crédito
tributário.
Há três tipos de lançamento: o lançamento direto ou de ofício (no qual o
fisco realiza o lançamento dispensando o auxílio do contribuinte); o
lançamento misto ou por declaração (é o lançamento por meio do qual o
fisco, em uma ação conjugada com o contribuinte declarante, o qual lhe
fornece informações indispensáveis, realiza a cobrança do tributo/multa);
o lançamento por homologação ou autolançamento (é o lançamento por
meio do qual o fisco, diante do auxílio ostensivo do contribuinte, apenas
homologa o procedimento de cobrança).
A decadência é a perda do direito de lançar.
O art.173, I, do CTN prevê como marco inicial o primeiro dia do exercício
seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; já o art.
150, parágrafo 4° do CTN, prevê a data do fato gerador. No 150 entra o
lançamento por homologação. Ex o ICMS que já foi pago, mas ficou
faltando. O resto entra no 173.
 Prescrição: está ligada a uma execução fiscal, no âmbito judicial. É o
instituto jurídico que demarca no tempo a perda do direito à
pretensão executória. Em outras palavras, ocorrerá a prescrição
quando houver uma execução fiscal extemporânea ou “a destempo”. O
prazo de prescrição é um prazo quinquenal (5 anos). O termo a quo da
prescrição é a data da constituição definitiva do crédito tributário. A
definitividade indica o momento de indiscutibilidade para o fisco.
A prescrição intercorrente ocorre quando há desídia do Estado.

SUSPENSÃO, EXCLUSÃO E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Como o Estado credor cobra o tributo?

Hipótese de incidência- fato gerador- obrigação tributária- lançamento- crédito


tributário (é a fronteira entre a cobrança administrativa e a cobrança judicial)-
inscrição- dívida ativa- certidão de dívida ativa- execução fiscal

A cobrança judicial começa com a inscrição.


 Se o tributo é parcelado haverá a suspensão do CT;
3,1 sabag

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