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EAGLETON, Terry. Teoria da literatura: uma introdução. 6º ed.

São Paulo:
Martins Fontes, 2006.

 A literatura é difícil de definir

 “O que há de verdadeiramente elitista nos estudos literários é a idéia de que as


obras literárias só podem ser apreciadas por aqueles que possuem um tipo
específico de formação cultural.” (prefácio)

 “Uma importante razão para o florescimento da teoria literária a partir da década


de 1960 foi o esgotamento gradual desse pressuposto, sob o impacto de novos
tipos de estudantes que chegavam às universidades, oriundos de meios
supostamente "incultos". A teoria era uma forma de libertar as obras literárias da
força repressora de uma ‘sensibilidade civilizada', e abri-las a um tipo de análise
do qual, pelo menos em princípio, todos pudessem participar.” (prefácio)

 “A hostilidade para com a teoria geralmente significa uma oposição às teorias de


outras pessoas, além de um esquecimento da teoria que se tem.” (prefácio)

 “Devidamente compreendida, a teoria literária tem em suas bases um impulso


democrático, nunca elitista; e, a este respeito, quando ela realmente mergulha no
empoladamente ilegível, está sendo desleal para com suas próprias raízes
históricas.” (prefácio)

 “Muitas têm sido as tentativas de definir literatura. É possível, por exemplo,


defini-la como a escrita "imaginativa'', no sentido de ficção - escrita esta que não
é literalmente verídica. Mas se refletirmos, ainda que brevemente, sobre aquilo
que comumente se considera literatura, veremos que tal definição não procede.”
p. 1

 Definir (literatura) como escrita imaginativa é perigoso, uma vez que não é
possível estabelecer os limites do imaginativo.
 O teor realístico da literatura é subjetivo, difícil de distinguir o real do ficcional.
Cada individuo tem o conceito peculiar da verdade e seus limites são difíceis de
se identificar.

 A literatura pode ser, talvez, definível pelo emprego peculiar da linguagem. Aqui,
podemos entender que o emprego de peculiar deixa o conceito de literatura aberto
e amplo, uma vez que literatura teria um significado diferente para cada indivíduo,
desse modo muitas percepções do que seria literatura entrariam em conflito, fato
que já acontece.

 Para os formalistas (1917-1920), a literatura consistia, apenas, em analisar a


estrutura, formação e construção da arte literária. O foco desse grupo era, pura e
simplesmente, a linguagem.

 A linguagem literária surge para romper a linguagem cotidiana, para fugir do


habitual e intensificar o que era percebido.

 Os formalistas consideravam a linguagem literária um desvio da norma,


 “Pensar na literatura como os formalistas o fazem é, na realidade, considerar toda
a literatura como poesia.” p. 7

 “’A literatura’ pode ser tanto uma questão daquilo que as pessoas fazem da escrita,
como daquilo que a escrita faz com as pessoas.” p.10

 A literatura é um discurso não pragmático. p.8

 “A definição de literatura fica dependendo da maneira pela qual alguém resolve


ler, e não da natureza daquilo que é lido.” p.9

 O modo como você identifica e lê um texto é o que o define como literatura ou


não.

 “Todas as obras literárias são reescritas, mesmo que inconscientemente, pela


sociedade que as lêem.” p.13
 Na Inglaterra do século XVIII, o conceito de literatura não se limitava apenas a
“criativo” e imaginativo. Abrangia tudo o que era valorizado literariamente.

 “O sentido moderno de literatura só começa a surgir no século XIX. Na época do


período romântico a literatura se tornou virtualmente sinônimo de imaginativo.”
p.21

 “Os formalistas surgiram na Rússia antes da revolução bolchevista de 1917; suas


idéias floresceram durante a década de 1920, até serem eficientemente silenciadas
pelo Stalinismo.” p. 3

 “Em sua essência, o formalismo foi a aplicação de lingüística ao estudo da


literatura [...]” p.3

 “A especificidade da linguagem literária, aquilo que a distinguia de outras formas


de discurso, era o fato de ela ‘deformar’ a linguagem comum de várias maneiras.”
p.4

 “Na rotina da fala cotidiana, nossas percepções e reações à realidade se tornam


embotadas, apagadas, ou como os formalistas diriam, ’automatizadas’” p.4

 “O discurso literário torna estranha, aliena a fala comum; ao fazê-lo, porém,


paradoxalmente nos leva a vivenciar a experiencia de maneira mais íntima.” p.4

 “Em muitas sociedades, a literatura teve funções absolutamente práticas, como


função religiosa; a nítida distinção entre ‘prático’ e ‘não-prático’ talvez só seja
possível numa sociedade como a nossa, na qual a literatura deixou de ter grande
função prática. Poderemos estar oferecendo como definição geral um sentido do
‘literário’ que é, na verdade, historicamente especifico.” p.10

 “Portanto, o que descobrimos até agora não é apenas que a literatura não existe a
mesma maneira que os insetos, e que os juízos de valor que a constituem são
historicamente variáveis, mas que esses juízos têm, eles próprios, uma estreita
relação com as ideologias sociais. Eles se referem, em última análise, não apenas
ao gosto particular mas aos pressupostos pelos quais certos grupos sociais
exercem e mantêm o poder sobre outros.” p.24

 “Na época do período romântico, porém, a literatura se tornava virtualmente


sinônimo de "imaginativo": escrever sobre o que não existe era, de alguma forma,
mais emocionante e mais valioso do que escrever um relatório sobre Birmingham
ou sobre a circulação do sangue.” p.20

 “A literatura habituaria as massas ao pensamento e sentimento pluralistas,


persuadindo-as a reconhecer que há outros pontos de vista além do seu - ou seja,
dos seus senhores. Transmitiria a elas a riqueza moral da civilização burguesa, a
reverência pelas realizações da classe média e, como a leitura da obra literária é
uma atividade essencialmente solitária, contemplativa, sufocaria nelas qualquer
tendência subversiva de ação política coletiva.” p.38

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