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AULA 05
Direito Administrativo
Serviços Públicos
Professor Fabiano Pereira
Olá!
Sei que você deve estar muito apreensivo, preocupado com a gigantesca
quantidade de matéria que ainda tem que ser estudada. Todavia, se o seu
objetivo é realmente conseguir a aprovação no concurso público desejado, o
conselho que lhe dou é o seguinte: fique tranqüilo (a)!
Digo isso porque o nervosismo e a ansiedade somente irão dificultar o seu
estudo, criando obstáculos desnecessários à assimilação do conteúdo. Desse
modo, procure programar o seu estudo e cumprir o cronograma que foi
previamente estabelecido. Concentre-se no tópico que está sendo estudado
atualmente, sem se preocupar com o conteúdo restante, pois, caso contrário,
você não assimila nem um nem outro.
Lembre-se de que é IMPRESCINDÍVEL resolver TODAS as questões
apresentadas nas aulas, preferencialmente duas vezes (a segunda vez, na
semana que antecede a data da sua prova), pois essa é a melhor tática para
gabaritar as questões de qualquer banca examinadora.
No mais, estou à sua disposição no fórum de dúvidas.
Bons estudos!
Fabiano Pereira.
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br
FAN PAGE: www.facebook.com.br/fabianopereiraprofessor
2. Conceito .................................................................................. 05
3. Classificação ........................................................................... 08
3.1. Serviços públicos próprios e impróprios ....................... 08
3.2. Quanto aos destinatários ou à maneira como concorrem para
satisfazer ao interesse geral ............................................... 09
3.3. Quanto ao objeto ......................................................... 10
1. Considerações iniciais
Gabarito: Letra d.
2. Conceito
3. Classificação
São várias as classificações de serviços públicos apresentadas pelos
doutrinadores brasileiros. Todavia, como o nosso objetivo é ser aprovado em
um concurso público, iremos focar apenas aquelas que têm sido mais cobradas
em suas provas.
Gabarito: Letra B.
5. Requisitos ou princípios
Gabarito: Letra d.
c) desempenho
d) efetividade
e) tecnologia
6.1. CONCESSÃO
A concessão é a forma mais complexa de delegação de serviços
públicos, geralmente utilizada em atividades que exigem alto investimento
financeiro. Sendo assim, as formalidades para a sua implementação são
diferentes da permissão e, principalmente, da autorização.
A definição de concessão está prevista no próprio texto legal, mais
precisamente no artigo 2º da Lei 8.987/95:
a) Concessão de serviço público: A delegação de sua prestação, feita
pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de
concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo
determinado.
b) Concessão de serviço público precedida da execução de obra
pública: A construção, total ou parcial, conservação, reforma, ampliação
ou melhoramento de quaisquer obras de interesse público, delegada pelo
poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à
pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para
a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da
concessionária seja remunerado e amortizado mediante a exploração do
serviço ou da obra por prazo determinado.
Gabarito: Letra d.
6.1.3.2. Encampação
O artigo 37 da Lei 8.987/95 considera encampação a retomada do serviço
pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse
público superveniente, mediante lei autorizativa específica e após prévio
pagamento da indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens
reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados
com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.
A encampação será formalizada mediante decreto expedido pelo Chefe
do Executivo, após a aprovação de lei específica autorizando tal medida e o
respectivo pagamento da indenização devida.
6.1.3.3. Caducidade
O inadimplemento ou adimplemento defeituoso por parte da
concessionária pode ensejar a extinção da concessão antes do termo final
estabelecido no contrato. A essa causa de extinção a própria lei denomina
caducidade.
É de competência da própria Administração, discricionariamente,
verificar se o inadimplemento (que pode ser total ou parcial) é suficiente para
causar, ou não, a extinção da concessão.
A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da
verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo,
assegurado o direito de ampla defesa. Entretanto, antes da instauração do
processo administrativo, deverá ser obrigatoriamente comunicado à
concessionária os possíveis descumprimentos de cláusulas contratuais, sendo
concedido um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas.
Não efetuadas as devidas correções, será então instaurado o processo
administrativo e, após o seu término, a caducidade será declarada por decreto
do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada
no decurso do processo.
6.1.3.4. Rescisão
Nos termos do artigo 39 da Lei 8.987/95, o contrato de concessão
“poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de
descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação
judicial especialmente intentada para esse fim”. Nesse caso, os serviços
6.1.3.5. Anulação
O professor Diógenes Gasparini afirma que “o contrato de concessão de
serviço público, embora prestigiado pelo princípio da presunção de legitimidade
dos atos administrativos, pode ter sido celebrado com vícios que o maculam
irremediavelmente, podendo ser declarados a qualquer tempo, desde que não
prescrito esse direito. Nesses casos, há uma ilegalidade que serve de motivo ao
ato de extinção. O ato da Administração Pública concedente que extingue a
concessão de serviço público em razão de uma ilegalidade é ato administrativo,
comumente chamado de ato de anulação, tal qual o faz o inciso V do artigo 35
da Lei Federal n. 8.897/95”.
c) 1 / 2 / 3
d) 2 / 1 / 3
e) 3 / 2 / 1
6.1.4. SUBCONCESSÃO
Da mesma forma que acontece nos contratos administrativos em geral, as
concessões de serviços públicos são celebradas intuitu personae, ou seja, a
concessionária é declarada vencedora da licitação não somente pelo fato de ter
apresentado a proposta mais vantajosa aos interesses da Administração, mas
também por ter comprovado que possui efetivamente condições de cumprir os
termos da proposta apresentada.
Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-
lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos
usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente
exclua ou atenue essa responsabilidade.
Sendo assim, para que ocorra uma subconcessão, é imprescindível que
exista expressa autorização do poder concedente. Ademais, a outorga de
subconcessão será sempre precedida de concorrência.
6.2. Permissão
6.2.1. Conceito
A lei 8.987/95, em seu artigo 2º, conceituou a permissão de serviço
público como “a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação
de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco”.
Todas as regras previstas na Lei 8.987/95 para as concessões são
também aplicáveis em relação às permissões, com exceção de alguns detalhes
que passaremos a analisar.
1ª) A concessão não pode ser contratada com pessoas físicas, mas
somente com pessoas jurídicas e consórcio de empresas. Por outro lado, a
permissão somente pode ser realizada com pessoas físicas ou jurídicas
(consórcios de empresas, não);
6.3. Autorização
Apesar de não estar prevista no artigo 175 da CF/88 como uma das
modalidades de delegação de serviços públicos (que se refere apenas à
concessão e permissão), o inciso XII, do artigo 21, da CF/1988, afirma
expressamente que compete à União explorar, diretamente ou mediante
autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético
dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os potenciais
hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e
fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros;
f) os portos marítimos, fluviais e lacustres.
7. Parcerias público-privadas
7.1. Noções gerais
As parcerias público-privadas (PPPs) representam uma inovação nas
formas de relacionamento entre o Poder Público e a iniciativa privada, pois
objetivam agregar interesses comuns em prol da coletividade. Na formalização
de uma PPP, a iniciativa privada ingressa com a capacidade de investimentos
financeiros e com a competência gerencial. Por outro lado, o Poder Público
participa com o objetivo de regular a execução da parceria e assegurar a
satisfação do interesse público.
Resumidamente falando, o principal objetivo das PPPs é atrair recursos
privados para investimento em grandes projetos de infraestrutura,
essenciais ao crescimento do país, já que são escassos os recursos
governamentais para investimento nessa área, principalmente em virtude dos
elevados montantes.
A reforma e a modernização do estádio do Mineirão (Belo Horizonte)
para receber os jogos da Copa do Mundo, por exemplo, foram feitas por meio
de uma parceria público-privada (PPP) firmada entre o Governo de Minas
Gerais, por meio da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo – Secopa, e a
empresa privada denominada Minas Arena.
O governo de Minas Gerais não investiu recursos próprios na obra em si.
Todo o encargo financeiro da reforma é do parceiro privado, seja com recursos
próprios, seja com a captação de financiamentos. Como arena reformada para a
Copa do Mundo FIFA 2014, o Mineirão foi um dos beneficiários do BNDES com
empréstimo de R$ 400 milhões1.
Mas onde estão os ganhos da empresa privada, que a fizeram
investir essa “fortuna” na reforma do estádio?
Bem, em contrapartida pelo investimento na obra, a Minas Arena tem o
direito de explorar os espaços multiuso do Mineirão por 25 anos.
1
Informação disponível em http://www.minasarena.com.br/empresa/parceria-publico-privada/. Acesso em
02∕04∕2014.
7.4. Objeto
Diógenes Gasparini, referindo ao objeto das PPPs, afirma que “o regime
jurídico das parcerias público-privadas é um só, mas seu objeto é múltiplo. A
Lei federal das PPPs não oferece um rol do que possa ser objeto das parcerias
público-privadas, mas o Decreto Federal n. 5.385/2005, que instituiu o Comitê
Gestor de Parceria Público-Privada – CGP, atribuiu a esse órgão a competência
para definir os serviços prioritários para execução sob o regime de parceria
público-privada e os critérios para subsidiar a análise sobre a conveniência e
oportunidade de contratação sob esse regime (art. 3º, I). Assim, atendidas
7.5. Características
São várias as características traçadas em lei e formatadas pelos nossos
doutrinadores em relação às parcerias público-privadas. Todavia, para
responder às questões de concursos públicos, podemos considerar como
principais:
1ª) Financiamento do setor privado: Ficará sob a responsabilidade do
parceiro privado a disponibilização de recursos financeiros para a
implementação dos projetos. Isso não significa que a Administração esteja
isenta de qualquer investimento, pois o Poder Público poder se comprometer a
fornecer ao concessionário uma contraprestação pecuniária.
Foi o que ocorreu, por exemplo, na PPP firmada para a reforma do estádio
Mineirão. Ao longo dos próximos 25 anos o Governo de Minas Gerais pagará
duas modalidades de contrapartida financeira:
a) Um desembolso fixo, a título de remuneração pela gestão do espaço
público, com parcelas decrescentes ao longo do tempo.
b) Um desembolso variável, calculado de acordo com o desempenho
financeiro da gestora e a qualidade do serviço prestado.
7.7. Garantias
A Lei 11.079/04, como não poderia ser diferente, estabeleceu em seu
artigo 8º várias garantias de que os direitos do parceiro privado serão
respeitados pelo parceiro público. Essas garantias são de vital importância para
a implementação da parceria, pois dificilmente um empreendedor da iniciativa
privada arriscaria formalizar esse tipo de contrato sabendo das prerrogativas
que o nosso ordenamento jurídico confere ao Poder Público.
As obrigações pecuniárias contraídas pela Administração Pública, em
contrato de parceria público-privada, poderão ser garantidas mediante:
a) vinculação de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167
da Constituição Federal;
b) instituição ou utilização de fundos especiais previstos em lei;
c) contratação de seguro-garantia com as companhias seguradoras que
não sejam controladas pelo Poder Público;
d) garantia prestada por organismos internacionais ou instituições
financeiras que não sejam controladas pelo Poder Público;
e) garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada
para essa finalidade;
f) outros mecanismos admitidos em lei.
Dispõe o art. 22 da Lei 11.079∕04 que a União somente poderá contratar parceria
público-privada quando a soma das despesas de caráter continuado derivadas do
conjunto das parcerias já contratadas não tiver excedido, no ano anterior, a 1% (um
por cento) da receita corrente líquida do exercício, e as despesas anuais dos
contratos vigentes, nos 10 (dez) anos subseqüentes, não excedam a 1% (um por
cento) da receita corrente líquida projetada para os respectivos exercícios.
serviços públicos devem ser prestados com a maior amplitude possível, vale
dizer, deve beneficiar o maior número possível de indivíduos”. Por outro lado,
afirma o eminente professor, “é preciso dar relevo também ao outro sentido,
que é o de serem eles prestados sem discriminação entre os beneficiários,
quando tenham estes as mesmas condições técnicas e jurídicas para a fruição.
Cuida-se da aplicação do princípio da isonomia ou, mais especificamente, da
impessoalidade (art. 37, CF)”. Todavia, deve ficar claro que tal princípio não
veda a diferenciação tarifária em favor de determinadas categorias, a exemplo
daqueles que estão inscritos em programas sociais do governo. Assertiva
incorreta.
A concessão não pode ser contratada com pessoas físicas, mas somente com
pessoas jurídicas e consórcio de empresas. Por outro lado, a permissão
somente pode ser realizada com pessoas físicas ou jurídicas (consórcios de
empresas, não). Assertiva incorreta.
A concessão não pode ser contratada com pessoas físicas, mas somente com
pessoas jurídicas e consórcio de empresas. Por outro lado, a permissão
somente pode ser realizada com pessoas físicas ou jurídicas (consórcios de
empresas, não). Assertiva correta.
É o que dispõe o inc. II, do art. 2º, da Lei 8.987/1995, o que torna
correta a assertiva.
GABARITO
QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
Inicialmente deve ficar claro que o enunciado fez menção expressa à
modalidade “permissão” de serviços públicos, portanto, devemos utilizar as
suas características e condições legais para responder à questão!
a) A Lei 8.987/1995, em seu art. 2º, IV, conceitua a permissão de serviço
público como “a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação
de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco”.
Por sua vez, o art. 40 do mesmo diploma legal dispõe que “a permissão
de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que
observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de
licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do
contrato pelo poder concedente”.
Comentários
a) Na descentralização por outorga, uma entidade política (União,
Estados, DF e Municípios) cria ou autoriza a criação, em ambos os casos
através de lei específica, de entidades administrativas (autarquias, fundações
públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista) que receberão a
titularidade e a responsabilidade pela execução de uma determinada
atividade administrativa.
Para responder às questões da FCC, lembre-se sempre de que a
titularidade de serviço público não pode ser transferida para particulares,
restringindo-se às entidades da Administração Pública. Apenas a execução da
atividade pode ser atribuída a particulares. Assertiva incorreta.
b) A concessão é realizada mediante contrato administrativo, portanto,
não possui caráter precário, característica presente nas permissões de
serviços públicos. Assertiva incorreta.
c) A Constituição Federal de 1988, em seu art. 30, V, afirma que compete
aos Municípios “organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão
ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de
transporte coletivo, que tem caráter essencial”.
Desse modo, não há impedimento à “outorga” (a expressão foi utilizada
pela banca sem qualquer critério técnico, pois você sabe que a outorga deve
ocorrer por meio de lei) de permissão do serviço público de transporte de
passageiros a empresas privadas, desde que mediante prévio procedimento
licitatório. Assertiva correta.
d) Ocorrendo a delegação do serviço de transporte coletivo urbano para
particulares, os usuários serão responsáveis pela remuneração da atividade,
mediante o pagamento de tarifa. Assertiva incorreta.
e) A titularidade de serviço público não pode ser transferida para
particulares, restringindo-se às entidades da Administração Pública. Apenas a
execução da atividade pode ser atribuída a particulares. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra c.
Comentários
Item I – A princípio, parece que a banca decidiu adotar o livro de José
dos Santos Carvalho Filho para elaborar a questão, pois os conceitos estão
muito próximos do que consta em seu manual.
Para o citado professor, serviços coletivos (uti universi) são aqueles
prestados a grupamentos indeterminados de indivíduos, de acordo com as
opções e prioridades da Administração, e em conformidade com os recursos de
que disponha. São exemplos os serviços de pavimentação de ruas, de
iluminação pública, de implantação do serviço de abastecimento de água, de
prevenção de doenças e outros do gênero. Assertiva correta.
Comentários
a) Ainda que o serviço público seja de titularidade do Estado, não há
vedação expressa à sua delegação, salvo quando se tratar de serviço público
exclusivo, a exemplo da atividade jurisdicional. Assertiva incorreta.
b) A professora Maria Sylvia Zanela di Pietro afirma que serviços públicos
próprios são aqueles que visam à satisfação de necessidades coletivas e que
são executados diretamente pelo Estado (através de seus órgãos e agentes),
a exemplo do Judiciário, ou indiretamente, através de delegação a
particulares (concessionários ou permissionários). Assertiva correta.
c) O artigo 175 da Constituição Federal de 1988 declara expressamente
que “incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime
de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de
serviços públicos”. Assertiva incorreta.
d) Tanto a concessão quanto a permissão de serviços públicos
transferem ao particular apenas a execução da atividade, jamais a sua
titularidade, que deve ser mantida pelo Poder Público. Assertiva incorreta.
e) Os serviços públicos impróprios também visam à satisfação de
necessidades coletivas, mas não são executados ou assumidos pelo Estado,
seja direta ou indiretamente. Neste caso, o Estado somente autoriza,
regulamenta e fiscaliza esses serviços, não necessitando de licitação prévia.
São atividades privadas, mas, em virtude de atenderem necessidades
coletivas, exigem uma maior atenção por parte do Estado, a exemplo dos
serviços de seguro e previdência privada (incisos I e II, do artigo 192, da
CF/1988).
Gabarito: Letra b.
Comentários
Para Hely Lopes Meirelles, serviços públicos próprios “são aqueles que
se relacionam intimamente com as atribuições do Poder Público (segurança,
polícia, higiene e saúde públicas) e para a execução dos quais a
Administração usa de sua supremacia sobre os administrados. Por essa razão só
devem ser prestados por órgãos ou entidades públicas sem delegação aos
particulares”.
Por outro lado, serviços uti universi são aqueles prestados
indiscriminadamente à população, possuindo um número indeterminado e
indetermináveis de usuários. Nesse caso, os serviços são indivisíveis, não
sendo possível mensurar quais são os usuários que estão sendo beneficiados ou
quanto cada usuário está utilizando do serviço prestado.
Analisando-se as alternativas apresentadas, constata-se que somente a
letra “c” complementa corretamente o texto da questão.
GABARITO: LETRA C.
Comentários
Segundo o professor José dos Santos Carvalho Filho, “o princípio da
generalidade apresenta-se com dupla faceta. Significa, de um lado, que os
serviços públicos devem ser prestados com a maior amplitude possível, vale
dizer, deve beneficiar o maior número possível de indivíduos”.
Comentários
O inadimplemento ou adimplemento defeituoso por parte da
concessionária pode ensejar a extinção da concessão antes do termo final
estabelecido no contrato. A essa causa de extinção a própria lei denomina
caducidade.
GABARITO: LETRA B.
Comentários
(A) O art. 175 da CF/88 dispõe que incumbe ao Poder Público, na forma
da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação, a prestação de serviços públicos. Desse modo, o texto da
assertiva deve ser considerado incorreto.
(B) Um dos princípios que rege a execução dos serviços públicos é o da
modicidade, que impõe a necessidade de que os serviços sejam oferecidos a
preços justos, de forma que permita a fruição por parte de todos os usuários e,
ainda, garanta retribuição financeira do seu prestador.
Não existe nenhum impedimento legal ao fato de que a prestação de
serviços públicos gere lucro para o concessionário executor, porém, deve ser
garantida a qualidade e a abrangência do serviço. Assertiva incorreta.
(C) A professora Maria Sylvia Zanella di Pietro classifica os serviços
públicos, quanto ao objeto, em administrativos, comerciais ou industriais e
sociais.
Serviço público comercial ou industrial é aquele que a Administração
Pública executa, direta ou indiretamente, para atender às necessidades
coletivas de ordem econômica, dividindo-se em três tipos:
1º - aquele que é reservado à iniciativa privada pelo artigo 173 da
Constituição e que o Estado só pode executar por motivo de segurança nacional
ou relevante interesse coletivo;
GABARITO: LETRA D.
O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que serviços sociais
são os que o Estado executa para atender aos reclamos sociais básicos e
representam ou uma atividade propiciadora de comodidade relevante, ou
serviços assistenciais e protetivos. Evidentemente, tais serviços, em regra, são
deficitários, e o Estado os financia através de recursos obtidos junto à
comunidade, sobretudo pela arrecadação de tributos. Estão nesse caso os
serviços de assistência à criança de ao adolescente; assistência médica e
hospitalar; assistência educacional; apoio a regiões menos favorecidas;
assistência a comunidades carentes etc.
GABARITO: LETRA E.
Comentários
O § 2º do art. 25 da CF/88 dispõe que compete “aos Estados explorar
diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na
forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua
regulamentação”.
De outro lado, o art. 30 prevê a competência dos Municípios para
“organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os
serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que
tem caráter essencial (inc. V)” e, ainda, para “promover, no que couber,
GABARITO: LETRA B.
15. (Assistente de Promotoria/MPE RS 2011/FCC) Em matéria de
serviço público, é correto afirmar:
(A) sua execução, em regra, não pode ser objeto de permissão ou
autorização.
(B) pode ser criado por decreto ou portaria administrativa.
(C) a sua prestação é sempre incumbência do Estado.
(D) a possibilidade de execução indireta, independe da natureza do
serviço.
(E) serviço de utilidade pública é sinônimo de serviço público.
Comentários
(A) Ao contrário do que consta no texto da assertiva, os serviços públicos
podem ser executados por particulares, mediante concessão, permissão ou
autorização do poder público. Assertiva incorreta.
(B) Serviços públicos não podem ser criados por decreto ou portaria
administrativa, conforme incorretamente afirmado. Na verdade, o texto da
assertiva está um pouco sem sentido, tendo sido incluído apenas para confundir
o candidato.
Ao responder às questões de prova, lembre-se sempre de que “no Brasil,
a atividade em si não permite decidirmos se um serviço é ou não público, uma
vez que há atividades essenciais, como a educação, que são exploradas por
particulares sem regime de delegação, e há serviços totalmente dispensáveis, a
exemplo das loterias, que são prestados pelo Estado como serviço público”,
conforme nos informam os professores Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino.
(C) O art. 175 da CF/88 é expresso ao afirmar que incumbe ao Poder
Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou
permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Assertiva correta.
(D) Existem alguns serviços públicos que são de execução exclusiva do
Estado, e, portanto, não podem ser delegados a terceiros. A título de exemplo,
cita-se o serviço postal e o correio aéreo nacional (art. 21, X), o serviço de gás
(art. 25, § 2º), entre outros. Assertiva incorreta.
entidades também podem ser regidas pelo direito público, hipótese na qual
gozarão das mesmas prerrogativas asseguradas às autarquias. Assertiva
incorreta.
GABARITO: LETRA D.
17. (FCC/Agente de Fiscalização TCE-SP/2012) De acordo com a
Constituição Federal, a prestação de serviço público por particular é
a) vedada, em qualquer hipótese.
b) permitida, apenas quando se tratar de serviço não essencial,
passível de cobrança de tarifa.
c) possível, apenas para aqueles serviços de titularidade não exclusiva
de Estado.
d) vedada, exceto quando contar com autorização legislativa específica.
e) permitida, na forma da lei, mediante concessão ou permissão,
precedida de licitação.
Comentários
O art. 175 da Constituição Federal dispõe que incumbe ao Poder Público,
na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Nesses termos, não restam dúvidas de que particulares podem prestar
serviços públicos na condição de concessionários ou permissionários, após
regular processo licitatório.
GABARITO: LETRA E.
GABARITO: LETRA E.
Comentários
A Escola Formalista, corrente adotada no Brasil, defende o
entendimento de que não é possível definir um serviço como público pela
atividade em si, pois existem atividades essenciais, como a saúde, que quando
prestadas por particulares não podem ser consideradas serviço público. Sendo
assim, para que um serviço seja considerado público, é necessário que a lei ou
o texto constitucional o defina como tal.
Ademais, os serviços públicos devem permanecer sob a titularidade do
Poder Público, que pode delegar a sua execução para particulares, que os
prestarão sob o regime de concessão ou permissão.
GABARITO: LETRA D.
GABARITO: LETRA B.
Comentários
A professora Maria Sylvia Zanella di Pietro, de forma bastante elucidativa,
apresenta algumas conclusões acerca do conceito de serviço público:
“1. a noção de serviço público não permaneceu estática no tempo; houve
uma ampliação na sua abrangência, para incluir atividades de natureza
comercial, industrial e social;
2. é o Estado, por meio da lei, que escolhe quais as atividades que, em
determinado momento, são consideradas serviços públicos; no Direito
brasileiro, a própria Constituição faz essa indicação nos artigos 21, incisos
X, XI, XII, XV E XXIII, e 25, § 2o, alterados, respectivamente, pelas
Emendas Constitucionais 8 e 5, de 1995; isso exclui a possibilidade de
distinguir, mediante critérios objetivos, o serviço público da atividade
privada; esta permanecerá como tal enquanto o Estado não assumir como
própria;
3. daí outra conclusão: o serviço público varia não só no tempo, como
também no espaço, pois depende da legislação de cada país a maior ou
menor abrangência das atividades definidas como serviços públicos (...)”
GABARITO: LETRA E.
Comentários
A concessão é a forma mais complexa de delegação de serviços
públicos, geralmente utilizada em atividades que exigem alto investimento
financeiro. Sendo assim, as formalidades para a sua implementação são
diferentes da permissão e, principalmente, da autorização.
A definição de concessão está prevista no próprio texto legal, mais
precisamente no artigo 2º da Lei 8.987/95, que é expresso ao afirmar que se
trata de “delegação da prestação de serviço público, feita pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado”.
Por se tratar de contrato administrativo, a concessão também possui
caráter intuitu personae, o que significa que a Administração Pública levou
em conta certos requisitos ou exigências antes de escolher o particular com
quem contratar. Assim, o contratado, em regra, não poderá transferir para
terceiros a responsabilidade pela execução do objeto contratual, sob pena de
rescisão do contrato.
Analisando-se os comentários apresentados, constata-se que somente a
letra “c” não apresenta uma característica da concessão de serviço público,
pois, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição Federal, as pessoas jurídicas
de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável
nos casos de dolo ou culpa.
GABARITO: LETRA C.
e) universalidade.
Comentários
O princípio ou requisito da continuidade indica que os serviços
públicos devem ser prestados de forma contínua, evitando-se paralisações que
possam prejudicar o cotidiano dos seus destinatários ou até mesmo causar-lhes
graves prejuízos.
Apesar da obrigatoriedade de prestação contínua, é válido ressaltar que
os serviços públicos podem sofrer paralisações ou suspensões, conforme
previsto no § 3º, artigo 6º, da Lei 8.987/95, em situações excepcionais:
§ 3º. Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua
interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso,
quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das
instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da
coletividade.
GABARITO: LETRA C.
Comentários
Comentários
GABARITO: LETRA D
a) I e II
b) II e III
c) III e IV
d) II e IV
e) I e III
Comentários
GABARITO: LETRA D
Comentários
Perceba que o enunciado da questão simplesmente reproduziu o inteiro teor do
artigo 2o, II, da Lei n.º 8987/1995, que é claro ao definir a concessão de
serviço público como “a delegação de sua prestação, feita pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa
jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu
desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado”.
GABARITO: LETRA C
Comentários
a) Conforme o art. 18-A da Lei n.º 8.987/1995, o edital poderá prever a
inversão da ordem das fases de habilitação e julgamento. Observe que o
comando da questão determina que seja assinalada a alternativa que a Lei nº
8987/1995 “impõe” e não aquela em que a mencionada legislação “faculta”.
Alternativa incorreta
GABARITO: LETRA D
Comentários
GABARITO: LETRA E
a) O art. 2o, II, da Lei n.º 8987/1995, define a concessão de serviço público
como “a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante
licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de
empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco e por prazo determinado”. Perceba que o equívoco da alternativa é
afirmar que haverá repartição objetiva dos riscos entre as partes. Alternativa
incorreta
c) O art. 9o, §1º, da Lei n.º 8987/1995, afirma que “a tarifa não será
subordinada à legislação específica anterior e somente nos casos
expressamente previstos em lei, sua cobrança poderá ser condicionada à
existência de serviço público alternativo e gratuito para o usuário”.
GABARITO: LETRA E
Comentários
GABARITO: LETRA C
Comentários
O art. 18, V, da Lei n.º 8987/1995, afirma que “o edital de licitação será
elaborado pelo poder concedente, observados, no que couber, os critérios e as
normas gerais da legislação própria sobre licitações e contratos e conterá,
especialmente: (...) V - os critérios e a relação dos documentos exigidos para a
aferição da capacidade técnica, da idoneidade financeira e da regularidade
jurídica e fiscal.
GABARITO: LETRA D
Comentários
Conforme os ensinamentos de Di Pietro: “Concessão de serviço público é o
contrato administrativo pelo qual a Administração Pública delega a outrem a
execução de um serviço público, para que o execute em seu próprio nome, por
sua conta e risco, assegurando-lhe a remuneração mediante tarifa paga pelo
usuário ou outra forma de remuneração decorrente da exploração do serviço.
Só existe concessão de serviço público quando se trata de serviço de
titularidade do Estado; por outras palavras, a lei define determinadas atividades
como sendo serviços públicos, permitindo que sejam executadas diretamente
ou mediante concessão ou permissão.
GABARITO: LETRA A
a) I
b) I e III
c) II
d) I e II
e) III
Comentários
GABARITO: LETRA E
Comentários
Conforme o art. 2º, §1º, da Lei n.º 11.079/2004, “concessão patrocinada é a
concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei no 8.987,
de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada
dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro
privado”.
e) I, II, III, IV e V.
Comentários
Conforme os artigos 2º, §4º; art. 5º, I; e art. 4º, VI da Lei n.º11079/2004:
Art. 2o. Parceria público-privada é o contrato administrativo de
concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa.
(...) § 4o É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de
reais);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
GABARITO: LETRA E
Comentários
De início, destaco que a Fundação Carlos Chagas tem explorado
bastante esse tema em suas provas. Tanto é verdade que também foi cobrada
uma questão muito semelhante na prova para o Conselho Nacional do Ministério
Público (que apresentei no texto da aula) e em outros certames realizados em
2015. Assim, não precisa nem dizer que você tem que memorizar os
respectivos conceitos, né!?
A dica é a seguinte: quando o enunciado afirmar que a receita tarifária
potencialmente auferida pelo parceiro privado com a exploração do serviço
e/ou atividade não for suficiente para fazer frente aos custos operacionais e
realização dos investimentos que serão previstos contratualmente, a adoção da
parceria público-privada será possível, porém, na modalidade de concessão
patrocinada.
A Lei 11.079/2004, em seu art. 2º, § 1º, dispõe que “concessão
patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que
trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver,
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação pecuniária
do parceiro público ao parceiro privado”.
Diante do exposto, não restam dúvidas de que seria viável a parceria
público-privada, pois o parceiro público repassaria ao parceiro privado a
“complementação” da receita tarifária para garantir o pagamento do custo
operacional, os investimentos necessários e o lucro com a execução do projeto.
Gabarito: Letra c.
Comentários
O professor José dos Santos Carvalho Filho afirma que a lei veda que a
Administração Pública seja titular da maioria do capital votante nesse tipo de
sociedade. Em consequência, a sociedade de propósito específico não poderá
adotar a forma de sociedade de economia mista, nem a de sociedade de mera
participação estatal em que o Poder Público seja detentor da maioria do capital
com direito a voto. Ou seja: a lei quis afastar qualquer ingerência de órgãos
públicos no controle dessas sociedades.
Admissível se afigura, porém, a aquisição da maioria do capital votante
por instituição financeira controlada pelo Poder Público, em decorrência do
inadimplemento de contratos de financiamento (art. 9º, § 5º). Por força de
semelhante ressalva, se a referida instituição financeira se enquadrar na
categoria de sociedade de economia mista ou empresa pública, e houver
previsão legal expressa nessa direção, constituir-se-á sociedade de economia
mista ou empresa pública subsidiária (ou de segundo grau). Sem a previsão
legal, entretanto, a assunção da maioria do capital votante renderá ensejo à
Comentários
A Lei 11.079∕04, em seu art. 2º, § 4º, dispõe que é vedada a celebração
de contrato de parceria público-privada nas seguintes hipóteses:
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões
de reais);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
Analisando o enunciado da questão, constata-se que o valor de que
dispõe a Administração Pública (R$ 15.000.000,00) é inferior ao limite mínimo
previsto pelo art. 2º, § 4º, I, da Lei 11.079/04. Ademais, o edital licitatório foi
publicado na modalidade tomada de preços, quando o art. 10 do diploma
legislativo exige a modalidade concorrência. Por fim, a PPP também não pode
ser formalizada visando apenas a execução de obra pública.
Gabarito: Letra d.
(A) encampação.
(B) autorização.
(C) permissão.
(D) reversão.
(E) delegação.
a) continuidade
b) publicidade
c) modicidade
d) cortesia
e) controle
a) I e II
b) II e III
c) III e IV
d) II e IV
e) I e III
a) permissão
b) autorização
c) concessão
e) licença
a) I
b) I e III
c) II
d) I e II
e) III
a) III, IV e V, apenas.
b) I, II e V, apenas.
c) I, II, III e V, apenas.
d) I, II, III e IV, apenas.
e) I, II, III, IV e V.
GABARITO
41.A 42.D
Comentários
a) A concessão de serviço público pode ser definida como a delegação de
sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade
de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo
determinado. Deve sempre ser realizada mediante contrato administrativo.
Assertiva incorreta.
b) A autorização sempre será formalizada por ato administrativo, seja
como instrumento de delegação de prestação de serviços públicos ou como
instrumento de utilização privada de bens públicos. Assertiva incorreta.
c) O art. 40 da Lei 8.987/1995 dispõe que “a permissão de serviço
público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os
termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação,
inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo
poder concedente”.
Como se percebe da leitura do texto legal, não se trata de um contrato
administrativo propriamente dito, mas sim de um contrato de adesão, que
possui diversas peculiaridades. Assertiva incorreta.
d) A concessão é formalizada através de contrato administrativo e não de
forma unilateral, como acontece nos atos administrativos. Assertiva incorreta.
e) O enunciado simplesmente reproduz o entendimento da doutrina
majoritária, portanto, deve ser considerado correto.
Gabarito: Letra e.
a) reversão.
b) caducidade.
c) encampação.
d) rescisão.
e) retomada.
Comentários
O inadimplemento ou adimplemento defeituoso por parte da
concessionária pode ensejar a extinção da concessão antes do termo final
estabelecido no contrato. A essa causa de extinção a própria lei denomina
caducidade.
É de competência da própria Administração, discricionariamente,
verificar se o inadimplemento (que pode ser total ou parcial) é suficiente para
causar, ou não, a extinção da concessão.
A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da
verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo,
assegurado o direito de ampla defesa. Entretanto, antes da instauração do
processo administrativo, deverá ser obrigatoriamente comunicado à
concessionária os possíveis descumprimentos de cláusulas contratuais, sendo
concedido um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas.
Não efetuadas as devidas correções, será então instaurado o processo
administrativo e, após o seu término, a caducidade será declarada por decreto
do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada
no decurso do processo.
Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer
espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou
compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária.
Gabarito: Letra b.
Comentários
Item I – O enunciado simplesmente reproduziu o inteiro teor do art. 36
da Lei 8.987/1995, portanto, deve ser considerado correto.
Item II - Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder
concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público,
mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da
indenização. Assertiva incorreta.
Item III - A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério
do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a
aplicação das sanções contratuais, respeitadas as disposições legais e as
normas convencionadas entre as partes. Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra a.
Assinale:
Comentários
O artigo 175 da Constituição Federal de 1988 declara expressamente que
“incumbe ao poder público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços
públicos”.
Conforme se constata no próprio texto constitucional, o Estado poderá
prestar serviços públicos diretamente, através de seus respectivos órgãos
públicos (neste caso teremos a centralização dos serviços), ou
indiretamente, mediante a transferência da execução e/ou titularidade dos
serviços para particulares.
Nesse último caso, o Estado poderá optar por transferir a titularidade e
a execução do serviço para uma entidade da Administração Indireta (através
de outorga), ou somente a execução do serviço a particulares (delegação),
valendo-se da concessão, permissão ou autorização.
Gabarito: Letra a.
Comentários
Dentre todas as alternativas apresentadas, não restam dúvidas de que
apenas o serviço de defesa nacional não pode ser delegado a particulares, por
razões óbvias.
Imagine só o que pode acontecer se o Estado brasileiro decide transferir
para particulares a responsabilidade pela nossa defesa nacional? Não restam
dúvidas de que será infinitamente maior a possibilidade de que terceiros se
estabeleçam no território nacional com o intuito de fazer valer os respectivos
interesses, inclusive pela utilização da força militar.
Gabarito: Letra d.
Gabarito: Letra e.
Comentários
O inadimplemento ou adimplemento defeituoso por parte da
concessionária pode ensejar a extinção da concessão antes do termo final
estabelecido no contrato. A essa causa de extinção a própria lei denomina
caducidade, tema muito cobrado em provas da Fundação Getúlio Vargas.
É de competência da própria Administração, discricionariamente,
verificar se o inadimplemento (que pode ser total ou parcial) é suficiente para
causar, ou não, a extinção da concessão.
A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da
verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo,
assegurado o direito de ampla defesa. Entretanto, antes da instauração do
processo administrativo, deverá ser obrigatoriamente comunicado à
concessionária os possíveis descumprimentos de cláusulas contratuais, sendo
concedido um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas.
Não efetuadas as devidas correções, será então instaurado o processo
administrativo e, após o seu término, a caducidade será declarada por decreto
do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada
no decurso do processo.
Declarada a caducidade, não resultará para o poder concedente qualquer
espécie de responsabilidade em relação aos encargos, ônus, obrigações ou
compromissos com terceiros ou com empregados da concessionária.
Gabarito: Letra d.
Comentários
Item I – Poder concedente é aquele que possui a competência para a
prestação do serviço público, podendo delegar a sua execução para terceiros.
Assertiva correta.
Item II – O enunciado simplesmente reproduziu o inteiro teor do art. 2º,
II, da Lei 8.987/1995. Para responder às questões de prova, lembre-se sempre
de que a concessão não pode ser feita para pessoa física, apenas para pessoa
jurídica ou consórcio de empresas. Assertiva correta.
Comentários
a) Nos termos do artigo 39 da Lei 8.987/95, o contrato de concessão
“poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de
descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação
judicial especialmente intentada para esse fim”. Nesse caso, os serviços
prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados,
até a decisão judicial transitada em julgado. Assertiva incorreta.
b) Cessada a intervenção, se não for extinta a concessão, a
administração do serviço será devolvida à concessionária, precedida de
prestação de contas pelo interventor, que responderá pelos atos praticados
durante a sua gestão. Assertiva incorreta.
c) O artigo 37 da Lei 8.987/95 considera encampação a retomada do
serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de
interesse público superveniente, mediante lei autorizativa específica e
após prévio pagamento da indenização das parcelas dos investimentos
vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que
tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade
do serviço concedido. Assertiva incorreta.
d) Nem todas as formas de extinção da concessão são autoexecutáveis, a
exemplo do que ocorre em relação à rescisão, que depende de iniciativa do
concessionário e autorização judicial. Assertiva incorreta.
e) O inadimplemento ou adimplemento defeituoso por parte da
concessionária pode ensejar a extinção da concessão antes do termo final
estabelecido no contrato. A essa causa de extinção a própria lei denomina
caducidade, tema muito cobrado em provas da Fundação Getúlio Vargas,
como você pode perceber da análise das questões anteriores. Assertiva correta.
Gabarito: Letra e.
GABARITO