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Câmara Municipal de Campo Grande/MS

Técnico Legislativo

1. Lei Orgânica do Município: Título III- Capítulo I- Integralidade das Seções: III, IV, V, VI, VII............ 1
2. Regimento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande-Resolução n. 1.109, de 17 de dezembro
de 2009 com suas alterações. .................................................................................................................. 8
3. Regimento Interno do Tribunal de Contas/MS-Resolução Normativa n. 76, de 11/12/2013:
Integralidade dos Títulos IV, V e VI. ....................................................................................................... 47
4. Direito Administrativo: Atos Administrativos: conceito e requisitos: atributos; classificação; espécies;
motivação; validade e invalidade; revogação; controle jurisdicional; ....................................................... 83
5. Conhecimentos de Técnicas Legislativas: Conceito de Técnica legislativa; Estilo de redação; Partes
do Ato; Preâmbulo; Título; Epígrafe; Ementa; Autoria e Fundamento Legal; Cláusulas Justificativas;
Cláusula de Execução ou mandado de cumprimento; Organização dos dispositivos; Artigos, numeração
e desdobramentos; Caput; Parágrafos; Incisos e Alíneas; Vigência; Cláusula de revogação; Fecho;
Assinatura; Resoluções; Referenda; Certidão. ....................................................................................... 99
6. Resolução n. 1.245, de 27/06/2017, publicado no DIOGRANDE de 30/06/2017, páginas 17 a 21:
artigos 1º, 2º e 13 e 14. ........................................................................................................................ 109
7. Constituição Federal de 1988: Título III-Da Organização do Estado-Capítulo VI- Da Administração
Pública: artigos 37 ao 39. ..................................................................................................................... 110

Candidatos ao Concurso Público,


O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom
desempenho na prova.
As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar
em contato, informe:
- Apostila (concurso e cargo);
- Disciplina (matéria);
- Número da página onde se encontra a dúvida; e
- Qual a dúvida.
Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O
professor terá até cinco dias úteis para respondê-la.
Bons estudos!

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Apostila gerada especialmente para: Heitor Álef Gonçalves Ribeiro 034.798.741-93
1. Lei Orgânica do Município: Título III- Capítulo I- Integralidade das
Seções: III, IV, V, VI, VII.

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br

Prezados, iremos disponibilizar nessa apostila apenas os Títulos, Capítulo, Seções e artigos exigidos
em seu edital.

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO

[...]
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
[...]
SEÇÃO III
DOS VEREADORES

Art. 26. Os vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e
na circunscrição do Município, competindo à Mesa da Câmara, mesmo que necessário o ingresso na
Justiça, a defesa dessa prerrogativa, sem prejuízo da ação do interessado.
§ 1º Os vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam
informações.
§ 2º Os Vereadores terão acesso às repartições públicas municipais para se informarem sobre
qualquer assunto de natureza administrativa.

Art. 27. Os Vereadores não poderão:


I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública,
sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato
obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, de que sejam demissíveis "ad nutum",
nas entidades constantes na alínea anterior;
II- desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato
com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades referidas no inciso I,
a;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Parágrafo único. O Vereador poderá, no entanto, exercer cargo, função ou emprego remunerado do
qual já é titular ou vir a exercê-lo desde que o faça em virtude de concurso público, observada sempre a
compatibilidade de horários. (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 2º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 3º (Revogado) (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

Art. 28. Perderá o mandato o Vereador:


I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da
Câmara, salvo se em licença ou missão por esta autorizada;

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IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta lei e nas Constituições Federal e
Estadual;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado;
VII - que se utilizar do mandato para a prática de atos de corrupção ou improbidade administrativa;
VIII - que fixar residência fora da circunscrição do Município;
§ 1º São incompatíveis com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o
abuso das prerrogativas asseguradas a Membros da Câmara Municipal ou a percepção de vantagens
indevidas.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II, VI e VII, a perda do mandato será decidida pela Câmara Municipal, por
maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado na
Câmara, assegurada ampla defesa. (Emenda n. 17, de 06/06/01)
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V e VIII, a perda será declarada pela Mesa da Câmara, de
ofício ou mediante provocação de qualquer de seus Membros ou partido político nela representado,
assegurada ampla defesa.
§ 4º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 5º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 6º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato,
nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e
3º. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

Art. 29. Não perderá o mandato o Vereador:

I- investido no cargo de Secretário de Estado, Secretário da Prefeitura da Capital, Ministro de Estado,


ou chefe de missão diplomática temporária;
II- licenciado pela Câmara Municipal por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de
interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão
legislativa.
III- licenciado para assumir na condição de suplente, pelo tempo em que durar o afastamento ou licença
do titular, de cargo ou mandato público eletivo estadual ou federal. (Emenda n. 35, de 04/02/15)
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo
ou de licença superior a cento e vinte dias.
§ 2º Ocorrendo a vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de
quinze meses para o término do mandato.
§ 3º Na hipótese do inciso I, o Vereador poderá optar pela remuneração do mandato, na hipótese do
inciso III, dar-se-á sem remuneração. (NR) (Emenda n. 35, de 04/02/15)

Art. 30. No ato da posse e no término do mandato, os Vereadores deverão apresentar declaração
pública de bens.

Art. 31. Não será de qualquer modo subvencionada viagem de integrante do Poder Executivo ao
exterior, salvo se no desempenho de missão temporária, de caráter cultural ou de interesse do Município,
mediante prévia designação pelo Prefeito. (Emenda n. 28, de 14/07/09)
Parágrafo único. Tratando-se de viagem de Vereador para os casos especificados neste artigo, a
designação prévia será feita pela Presidência do Poder Legislativo. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

SEÇÃO IV
DAS REUNIÕES

Art. 32. A Câmara Municipal reunir-se-á anualmente, na sede do Município, de 2 de fevereiro a 17 de


julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Emenda n. 22, de 12/12/06)
§ 1º As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente,
quando recaírem em sábados, domingos ou feriados.
§ 2º A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 3º A Câmara reunir-se-á em qualquer bairro ou distrito do Município.
§ 4º A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á: (Emenda n. 22, de 12/12/06)
I- (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

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II- por seu Presidente, quando ocorrer intervenção no Município, e para compromisso e posse do
Prefeito ou do Vice-Prefeito;
III- Pelo Prefeito Municipal, por seu Presidente ou a requerimento da maioria dos Membros da Casa,
em caso de urgência ou interesse público relevante em todas as hipóteses deste inciso, com a
aprovação da maioria absoluta da Casa. (Emenda n. 22, de 12/12/06)
§ 5º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Municipal somente deliberará sobre matéria para
a qual foi convocada, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação; (Emenda
n. 22, de 12/12/06)
§ 6º Na abertura da sessão legislativa de cada ano, em sessão solene, o Prefeito comparecerá à
Câmara, quando exporá a situação do Município e solicitará as providências que julgar necessárias. (NR)

SEÇÃO V
DAS COMISSÕES

Art. 33. A Câmara Municipal terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com
as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 1º Na constituição da Mesa e de cada comissão é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Câmara.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competência do
Plenário, salvo se houver recurso de um quinto dos membros da Câmara; (Emenda n. 02, de 1º/10/91)
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III- convocar secretários do município
e dirigentes de autarquias, de empresas públicas, de sociedades de economia mista e de fundações
instituídas ou mantidas pelo Poder Público Municipal para prestar informações sobre assuntos inerentes
a suas atribuições;
IV- receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas;
V- solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI- apreciar programas de obras, planos municipais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre
eles emitir parecer.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais além de outros previstos no regimento interno, serão criadas pela Câmara Municipal,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo
certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
§ 4º Durante o recesso, haverá uma comissão representativa da Câmara Municipal, eleita na última
sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento interno, cuja composição
reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária. (NR)

SEÇÃO VI
DO PROCESSO LEGISLATIVO
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÃO GERAL

Art. 34. O processo legislativo compreende a elaboração de:


I - emendas à Lei Orgânica;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções;
§ 1º A Câmara Municipal, por deliberação da maioria de seus membros, poderá subscrever proposta
de emenda à Constituição Estadual.
§ 2º Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
§ 3º (Revogado). (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

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SUBSEÇÃO II
DA EMENDA À LEI ORGÂNICA

Art. 35. A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:


I - de um terço, no mínimo, dos Membros da Câmara Municipal;
II - do Prefeito Municipal;
§ 1º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vigência de intervenção estadual, de estado de
defesa ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará atendidos os princípios
estabelecidos nas Constituições Federal e do Estado de Mato Grosso do Sul. (Emenda n. 28, de
14/07/09)
§ 3º A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa da Câmara, com o respectivo número de
ordem.
§ 4º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser
objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
§ 5º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda que: (Emenda n. 28, de 14/07/09)
I - ferir princípio federativo; (Emenda n. 28, de 14/07/09)
II - atentar contra a separação dos poderes. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

SUBSEÇÃO III
DAS LEIS

Art. 36. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer Vereador ou Comissão, ao
Prefeito e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta lei.
Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Prefeito as leis que:
I - fixem ou modifiquem o efetivo da Guarda Municipal;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica, ou aumento
de sua remuneração;
b) servidores públicos do Município, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria;
c) criação, estruturação e extinção das secretarias e órgãos da administração pública municipal. (NR)
(Emenda n. 28, de 14/07/09)

Art. 37. Não será admitido aumento de despesa prevista:


I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Municipal, ressalvados os casos do art. 166, §§ 3º e
4º, da Constituição Federal;
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

Art. 38. (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)


Parágrafo único. (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

Art. 39. O Prefeito Municipal poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
§ 1º Se, no caso deste artigo, a Câmara não se manifestar em até quarenta e cinco dias, sobre a
proposição, será esta incluída na ordem do dia, sobrestando-se todas as demais deliberações legislativas,
com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação. (Emenda
n. 28, de 14/07/09)
§ 2º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 3º Os prazos do § 1º não correm nos períodos de recesso da Câmara, nem se aplicam aos projetos
de código. (NR)

Art. 40. Os projetos de lei com prazo de aprovação deverão constar, obrigatoriamente, da ordem do
dia, para discussão e votação, pelo menos nas duas últimas sessões antes do término do prazo.

Art. 41. O projeto de lei será enviado à sanção ou promulgação, se aprovado, ou ao arquivo, se
rejeitado.

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Art. 42. Aprovado o projeto na forma regimental e desta lei, o Presidente da Câmara enviá-lo-á ao
Prefeito, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse
público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento,
e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Prefeito importará sanção.
§ 4º O veto será apreciado, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado
pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores. (Emenda n. 17, de 06/06/01)
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Prefeito Municipal.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da
sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final, ressalvadas as matérias de
que trata o art. 39, parágrafo único.
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito Municipal, nos casos
dos §§ 3º e 5º, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao 1º
Vice-Presidente fazê-lo.
§ 8º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 9º Na apreciação do veto é vedado introduzir qualquer modificação ao texto vetado. (NR) (Emenda
n. 28, de 14/07/09)

Art. 43. Sempre que o parecer da comissão, na sua maioria, for pela rejeição do projeto, caberá recurso
ao plenário para deliberar sobre o parecer, antes de se analisar o mérito. (Emenda n. 28, de 14/07/09)
Parágrafo único. (Revogado) (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

Art. 44. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos Membros da Câmara
Municipal.

Art. 45. As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a delegação da Câmara.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva da Câmara Municipal, a matéria
reservada a lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização da Procuradoria-Geral do Município, a carreira e a garantia de seus Membros; (Emenda
n. 28, de 14/07/09)
II - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamento.
§ 2º A delegação ao Prefeito Municipal terá a forma de resolução da Câmara, que especificará seu
conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pela Câmara Municipal, esta a fará em votação
única, vedada qualquer emenda. (NR)

Art. 46. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta dos membros da Câmara
Municipal.
Parágrafo único. São objetos de Leis Complementares, as seguintes matérias:
I - Código Tributário Municipal;
II - Código de Obras; (Emenda n. 28, de 14/07/09)
III - Código de Polícia Administrativa; (Emenda n. 20, 06/12/05)
IV - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
V - Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo;
VI - Plano Diretor;
VII - Estatuto dos Funcionários Públicos;
VIII - Estatuto do Magistério;
IX - Regime Próprio de Previdência Social; (Emenda n. 28, de 14/07/09)
X - (Suprimido) (Emenda n. 05, de 14/07/95)
XI - Código Administrativo de Processo Fiscal;
XII - Código Sanitário; (Emenda n. 28, de 14/07/09)
XIII - demais Códigos, Estatutos e Consolidações. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

Art. 47. A resolução destina-se a regular matéria político-administrativa da Câmara, de sua


competência exclusiva, relativa a sua economia interna, não dependendo de sanção ou veto do Prefeito
Municipal. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

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Art. 48. O decreto legislativo destina-se a regular matéria de competência exclusiva da Câmara que
produza efeitos externos, não dependendo de sanção ou veto do Prefeito Municipal.

Art. 49. As resoluções e os decretos legislativos observarão, no que couber, as normas do processo
legislativo. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

Art. 50. Nas matérias de competência exclusiva da Câmara Municipal, após a aprovação final, a
proposição será promulgada pelo seu Presidente.

SEÇÃO VII
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA

Art. 51. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo,
e pelo sistema de controle interno, de cada Poder. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

Art. 52. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais o Município responda,
ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

Art. 53. O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado, que emitirá parecer prévio sobre todas as contas do Prefeito e da Mesa da Câmara a
ele enviadas, dentro de sessenta dias seguintes ao encerramento do exercício financeiro. (Emenda n.
28, de 14/07/09)
Parágrafo único. O parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas sobre todas as contas que o
Prefeito e a Mesa da Câmara devem anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos Membros da Câmara Municipal. (NR)

Art. 54. O auxílio do Tribunal de Contas do Estado, no controle externo da administração financeira do
Município, observará a competência disposta no art. 77 e incisos da Constituição Estadual.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pela Câmara Municipal, que
solicitará, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabíveis.
§ 2º Se a Câmara Municipal ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas
previstas no parágrafo anterior, o Tribunal de Contas decidirá a respeito.
§ 3º Os danos causados ao erário pelo ato impugnado ou sustado serão imediatamente apurados e
cobrados a tantos quantos forem os servidores responsáveis pela operação ou pelo ato,
independentemente das penalidades administrativas cabíveis.
§ 4º As decisões do Tribunal de que resultar imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo. (NR)

Art. 55. As contas do Município ficarão durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, na Câmara Municipal, em local de fácil acesso, para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei. (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 1º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 2º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 3º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
I - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
II - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
III - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 4º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
I - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
II - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
III - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
IV - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 5º (Revogado). (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)

Art. 56. A comissão permanente incumbida de emitir parecer sobre os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, ao orçamento anual, às diretrizes orçamentárias e aos créditos adicionais, diante de indícios

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de despesas não autorizadas, ainda que sob a forma de investimentos não-programados ou de subsídios
não aprovados, poderá solicitar à autoridade municipal responsável que, no prazo de cinco dias, preste
os esclarecimentos necessários.
§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a comissão solicitará ao
Tribunal de Contas do Estado pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta dias.
§ 2º Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa, a comissão, se julgar que o gasto possa
causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá à Câmara Municipal sua sustação.

Art. 57. Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:

I- avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e do orçamento do Município;
II- comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração municipal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III- exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
do Município;
IV- apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou
ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades da administração pública municipal perante o Tribunal de
Contas do Estado.

[...]

Questões

01. Acerca da Lei Orgânica do Município de Campo Grande-MS, julgue o item abaixo:

A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na
mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos Membros da Câmara Municipal.
( ) Certo ( ) Errado

02. Acerca da Lei Orgânica do Município de Campo Grande-MS, julgue o item abaixo:
A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta de metade, no mínimo, dos Membros da
Câmara Municipal.
( ) Certo ( ) Errado

03. Acerca da Lei Orgânica do Município de Campo Grande-MS, julgue o item abaixo:

A Câmara Municipal terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as


atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
( ) Certo ( ) Errado

Respostas

01. Resposta: Errado.


Art. 20, § 3º A Câmara Municipal reunir-se-á, anualmente, na Capital do Estado, de 2 de fevereiro a 17
de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro, sendo que, ao início de cada Legislatura, a primeira Sessão
Legislativa será instalada no dia 15 de fevereiro.

02. Resposta: Certo.


Art. 21- A. É assegurado à Câmara Municipal, no exercício de suas funções legislativa e fiscalizadora,
o direito ao recebimento das informações que solicitar aos órgãos estaduais da administração direta e
indireta situados no Município, e deverão ser satisfeitas no prazo máximo de trinta dias.

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03. Resposta: Certo.
Art. 44. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto,
na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos Membros da Câmara Municipal.

04. Resposta: Errado.


Art. 35. A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos Membros da Câmara Municipal;
II - do Prefeito Municipal;

05. Resposta: Certo.


Art. 33. A Câmara Municipal terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com
as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.

2. Regimento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande-Resolução


n. 1.109, de 17 de dezembro de 2009 com suas alterações.

REGIMENTO INTERNO1

TÍTULO I
DA CÂMARA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal de Campo Grande e tem
sua sede na Avenida Ricardo Brandão n. 1600, Jatiúka Park, na Capital do Estado de Mato Grosso do
Sul.
§ 1º As sessões da Câmara não serão realizadas fora de sua sede à exceção das sessões solenes e
itinerantes.
§ 2º Havendo motivo relevante ou de força maior, a Câmara poderá, por deliberação da Mesa, “ad
referendum” da maioria absoluta dos Vereadores, reunir-se em outro edifício ou em ponto diverso no
Município de Campo Grande.
§ 3º Quaisquer autoridades ou pessoas, somente serão admitidas no recinto reservado aos
Vereadores, quando expressamente convidadas pela Mesa.

Art. 2º A Câmara Municipal tem funções institucional, legislativa, fiscalizadora, julgadora,


administrativa, integrativa e de assessoramento que serão exercidas com independência e harmonia em
relação ao Executivo Municipal.
§ 1º A função institucional é exercida pelo ato de posse dos Vereadores, do Prefeito e do Vice-Prefeito,
da extinção de seus mandatos, da convocação de suplente e da comunicação à Justiça Eleitoral de vagas
a serem preenchidas.
§ 2º A função legislativa é exercida no processo legislativo por meio de emendas à Lei Orgânica, leis
complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, resoluções e decretos legislativos
sobre matérias da competência do Município, respeitadas as da competência privativa da União e do
Estado.
§ 3º A função fiscalizadora é exercida por meio de requerimentos sobre fatos sujeitos à fiscalização da
Câmara e pelo controle externo da execução orçamentária do Município, com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado.
§ 4º A função julgadora é exercida pela apreciação do parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas
sobre as contas que o Prefeito e a Mesa da Câmara devem anualmente prestar.
§ 5º A função administrativa é restrita à sua organização interna, ao seu pessoal e aos seus serviços
auxiliares.
§ 6º A função integrativa é exercida pela cooperação das associações representativas na elaboração
das leis municipais.
§ 7º A função de assessoramento é exercida por meio de indicações sugerindo medidas de interesse
público ao Executivo.

1 Resolução nº. 1.109, de 17/12/2009, aprovada na 1ª Sessão Legislativa da 8ª Legislatura.

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Art. 3º Cada legislatura terá a duração de quatro anos, que correspondem a quatro sessões
legislativas anuais.

Art. 4º A Câmara Municipal reunir-se-á anualmente, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto


a 22 de dezembro de cada ano, quando se encerrará a sessão legislativa, sendo que, ao início de cada
legislatura a primeira sessão legislativa será instalada no dia 15 de fevereiro. (NR) (Resolução n. 1.231,
de 16/06/2016)
§ 1º Entende-se por sessão legislativa o conjunto dos dois períodos de funcionamento referidos neste
artigo.
§ 2º Quando caírem em sábados, domingos ou feriados, as reuniões previstas para as datas fixadas
neste artigo serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente.
§ 3º A primeira e a terceira sessões legislativas ordinárias de cada legislatura serão precedidas de
sessões preparatórias.
§ 4º A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.

CAPÍTULO II
DAS SESSÕES PREPARATÓRIAS E DA POSSE

Art. 5º Às dezessete horas do dia primeiro de janeiro do primeiro ano de cada legislatura, os
Vereadores diplomados reunir-se-ão em sessão preparatória, na sede da Câmara, independentemente
de convocação, para a solenidade de posse.

Art. 6º Assumirá a direção dos trabalhos o último Presidente da Câmara, se reeleito e, na sua falta,
sucessivamente dentre os Vereadores presentes, o que haja exercido mais recentemente em caráter
efetivo, a Presidência, a 1ª, 2a ou 3a Vice-Presidência, a 1ª, 2ª ou 3ª Secretaria. Na falta de todos estes,
a Presidência será ocupada pelo Vereador mais idoso da nova legislatura, ou ainda, declinando este da
prerrogativa, pelo mais idoso dentre os que aceitarem. (NR) (Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)

Art. 7º Declarando aberta a sessão, INVOCANDO A PROTEÇÃO DE DEUS EM NOME DA


LIBERDADE E DA DEMOCRACIA, o Presidente convidará dois Vereadores, de partidos diferentes,
dentre as maiores bancadas, para servirem de 1º e 2º Secretários.

Art. 8º Constituída a Mesa Provisória procederá o Presidente ao recolhimento dos diplomas e, em


seguida, a tomada do compromisso legal dos Vereadores, do Vice-Prefeito e do Prefeito.

Art. 9º O Presidente proferirá o seguinte compromisso:


PROMETO MANTER, DEFENDER E CUMPRIR AS CONSTITUIÇÕES FEDERAL E ESTADUAL, A
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO, OBSERVAR AS DEMAIS LEIS, PROMOVER O BEM GERAL DO
POVO CAMPO-GRANDENSE E SUSTENTAR A INTEGRIDADE E AUTONOMIA DO MUNICÍPIO. Ato
contínuo, feita a chamada nominal, cada Vereador, de pé, ratificará dizendo: ASSIM O PROMETO e em
seguida, assinará o Termo de Posse.
§ 1º O mesmo compromisso será prestado, em sessão ou junto à Mesa Diretora da Câmara, pelos
Vereadores que se empossarem posteriormente.
§ 2º O suplente de Vereador que haja prestado compromisso uma vez, é dispensado de fazê-lo
novamente em convocação subsequente.
§ 3º O Vereador que se encontrar em situação incompatível com o exercício do mandato não poderá
empossar-se sem prévia comprovação de desincompatibilização, no prazo de quarenta dias, contados da
sessão de posse.
§ 4º O Vereador que não se empossar no prazo de 45 dias, contados da primeira sessão preparatória,
considerar-se-á haver renunciado ao mandato, convocando-se o suplente.
§ 5º Salvo motivo de força maior ou enfermidade devidamente comprovados, a posse dar-se-á no
prazo de 45 dias, prorrogável por igual período a requerimento do interessado, contado:
I- da primeira sessão preparatória para instalação da primeira sessão legislativa da legislatura;
II- da diplomação, se eleito Vereador durante a legislatura;
III- da ocorrência do fato que a ensejar, por convocação do Presidente.

Art. 10. Tomado o compromisso dos Vereadores, Vice-Prefeito e

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Prefeito, o Presidente declarará empossados os mesmos e facultará a palavra, por cinco minutos, a
cada um dos representantes indicados pelas respectivas bancadas, após o que, solicitará a cada
Vereador, ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, a entrega da declaração de bens e assinarão declaração de que
não têm incompatibilidade para o exercício do mandato, e encerrará a sessão, convocando outra, para o
mesmo dia, especialmente para eleição e posse da Mesa Diretora.

TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DA COMPOSIÇÃO, DA ELEIÇÃO DA MESA E DA POSSE DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
Seção I
Da Composição da Mesa

Art. 11. A Mesa Diretora da Câmara compõe-se dos cargos de Presidente, Primeiro Secretário,
Segundo Secretário e Terceiro Secretário. (NR) (Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)
Parágrafo único. Para substituir o Presidente em sua ausência, licença ou impedimento, haverá um
1º Vice-Presidente, um 2º Vice-Presidente e um 3° Vice-Presidente, que não integrarão a Mesa Diretora.
(Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)

Seção II
Da Eleição da Mesa

Art. 12. Para eleição da Mesa, por período de dois anos, será utilizado o sistema de chapas,
apresentadas antes do início da votação pelos candidatos, em requerimento escrito ao Presidente dos
Trabalhos, contendo os nomes, seguidos dos cargos, Pela Ordem, daqueles que comporão as mesmas.
§ 1º A votação far-se-á por chamada nominal dos Vereadores, em ordem alfabética, pelo Presidente,
o qual determinará ao 1º Secretário a contagem dos votos, seguida da proclamação dos eleitos.
§ 2º Se nenhuma chapa obtiver maioria absoluta de votos, proceder-se-á, imediatamente, nova
votação nominal, considerando-se eleita a mais votada ou, no caso de empate, será eleita a chapa cujo
Presidente for o mais idoso.
§ 3º Os Vereadores eleitos para a Mesa serão empossados mediante termo lavrado pelo 1º Secretário
provisório, na sessão em que se realizar sua eleição e entrarão imediatamente em exercício.

CAPÍTULO II
DA INAUGURAÇÃO DA SESSÃO LEGISLATIVA E DA
RENOVAÇÃO DA MESA
Seção I
Da Inauguração da Sessão Legislativa Anual

Art. 13. No dia 2 de fevereiro, obedecido o § 2º do Art. 4º deste Regimento, a Câmara reunir-se-á às
09:00 horas, em Sessão Solene, para inauguração da Sessão Legislativa, salvo no início de cada
legislatura, quando a primeira sessão legislativa será instalada no dia 15 de fevereiro.

Art. 14. A sessão inaugural terá cunho solene e festivo e o Presidente facultará a palavra a ser seguida
na seguinte ordem:

I- Representante de cada bancada, pelo tempo de 10 minutos;


II- Chefe do Executivo Municipal;
III- Presidente da Câmara Municipal.

Art. 15. Em seguida o Presidente adotará as seguintes providências:


I- recolherá as indicações das bancadas para as respectivas lideranças, comunicando, em seguida, os
nomes dos líderes;
II- solicitará aos líderes a indicação dos nomes dos Vereadores para integrarem as Comissões
Permanentes, observado tanto quanto possível a representatividade proporcional dos partidos ou dos
blocos parlamentares participantes da Câmara;
III- não havendo consenso quanto à formação das comissões, a escolha dos integrantes das mesmas
será feita mediante eleição pelo Plenário, em até 5 (cinco) dias, facultado ao mínimo de 5 (cinco)

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Vereadores a indicação de chapa para composição de cada Comissão. (Resolução n. 1.159, de
21/12/2012)

Art. 16. Na sessão referida no Art. 14 deste Regimento, o Prefeito Municipal apresentará mensagem
do Poder Executivo aos representantes do povo com assento na Câmara.

Seção II
Da Renovação da Mesa

Art. 17. A eleição para renovação da Mesa será realizada até o dia 22 de dezembro do último ano do
mandato da Mesa e a posse dos eleitos dar-se-á no dia 1º de janeiro do ano subsequente. (NR)
Parágrafo único. A eleição para renovação da Mesa observará o disposto no Art. 12 e seguintes deste
Regimento, sendo permitida a recondução de membro da Mesa para o mesmo cargo. (NR) (Resolução
n. 1.197, de 1º/07/2014)

Art. 18. Constituída a nova Mesa, encerrar-se-á a sessão quando o Presidente anunciará para o dia 2
de fevereiro às 09:00 horas, a Sessão Solene de Instalação da Sessão Legislativa anual.

Art. 19. O suplente de Vereador convocado somente poderá ser eleito para cargo da Mesa quando
não seja possível preenchê-lo de outro modo.
Parágrafo único. Quando o Vereador titular reassumir, será feita nova eleição para o cargo da mesa,
que estiver sendo ocupado pelo Suplente, para mandato coincidente com os demais.

Art. 20. Considerar-se-á vago qualquer cargo da Mesa, quando:


I- extinguir-se o mandato político do respectivo ocupante ou se este o perder;
II- licenciar-se o membro da Mesa do mandato de Vereador, por prazo superior a cento e vinte dias,
salvo por motivo de doença comprovada;
III- houver renúncia do cargo da Mesa pelo seu titular com aceitação do Plenário;
IV- for o Vereador destituído da Mesa por decisão do Plenário.

Art. 21. A renúncia do Vereador ao cargo que ocupa na Mesa será feita mediante justificativa escrita
e será tida como aceita mediante a simples leitura em Plenário.

Art. 22. A destituição de membro da Mesa ocorrerá quando comprovadamente desidioso, ineficiente
ou quando tenha se prevalecido do cargo para fins ilícitos dependendo de representação formalizada por
qualquer Vereador, acolhida por deliberação do Plenário, pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara.

Art. 23. Para o preenchimento do cargo vago na Mesa, haverá eleição suplementar na primeira sessão
ordinária seguinte àquela na qual se verificar a vaga, ou em sessão extraordinária para esse fim
convocada.

Art. 24. Os membros da Mesa não poderão fazer parte de qualquer Comissão Permanente, exceção
feita à Segunda e Terceira Secretaria que ficarão impedidas de nelas funcionar, no curso do exercício da
Primeira Secretaria, nos casos de impedimento, licença ou ausência do Primeiro Secretário. (NR)
(Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)
Parágrafo único. Os Vices-Presidentes poderão pertencer às Comissões, ficando todavia
impedidos, de nelas funcionar no curso do exercício da Presidência, nos casos de impedimento, licença
ou ausência do Presidente.

Art. 25. É defeso ao membro da Mesa falar de sua cadeira sobre assunto alheio às incumbências do
cargo; sempre que pretender propor ou discutir matéria ou participar de debates, o membro da Mesa
deixará o assento que nela ocupar.

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CAPÍTULO III
DA MESA DIRETORA
Seção I
Da Competência Privativa da Mesa Diretora

Art. 26. A Mesa Diretora é órgão de direção dos trabalhos legislativos e administrativos da Câmara.

Art. 27. É da competência privativa da Mesa Diretora:


I- na parte legislativa:
a) propor projetos de resolução que criem, transformem ou extingam cargos, empregos ou funções
dos serviços do Poder Legislativo, bem como a fixação e alteração da respectiva remuneração;
b) apresentar proposição que fixe ou atualize a remuneração do Prefeito e dos Vereadores para a
legislatura subsequente, bem como a verba de representação do Prefeito, do Vice-Prefeito, do Presidente
e do 1º Secretário da Câmara;
c) apresentar projetos de decreto legislativo concessivos de licença e afastamento do Prefeito;
d) assinar, por todos os seus membros, as resoluções e os decretos legislativos aprovados pelo
Plenário;
e) autografar os projetos de lei aprovados para sua remessa ao Executivo;
f) determinar, no início da Legislatura, o arquivamento das proposições não apreciadas na Legislatura
anterior;
g) elaborar o regulamento interno de atribuições dos órgãos da Câmara;
II- na parte administrativa:
a) elaborar a proposta orçamentária anual da Câmara a ser incluída no orçamento do Município;
b) baixar ato para alterar dotação orçamentária com recursos destinados às despesas da Câmara,
bem como atos regulamentadores vinculados às suas atividades e de seus Membros;
c) organizar cronograma e desembolso das dotações orçamentárias da Câmara, vinculadas ao
repasse mensal das mesmas pelo Executivo, bem como dos créditos suplementares e especiais, quando
for o caso;
d) devolver ao Executivo, no final de cada exercício o saldo de caixa, deduzidas as parcelas referentes
a restos a pagar;
e) enviar ao Executivo as contas do Legislativo, do exercício precedente, para incorporação às contas
do Município;
f) determinar a realização de concurso público para provimento dos cargos do quadro da Câmara,
homologá-lo e designar a banca examinadora;
g) autorizar despesas para as quais a lei exija ou não licitação.

Seção II
Da Competência Específica dos Membros da Mesa

Art. 28. O Presidente da Câmara é a mais alta autoridade da Mesa, dirigindo-a e ao Plenário, bem
como a todos os serviços auxiliares do Legislativo, em conformidade com as atribuições que lhe conferem
este Regimento.

Art. 29. Compete ao Presidente da Câmara:


I- quanto às sessões em geral:
a) presidi-las, abrindo-as, conduzindo-as e encerrando-as, nos termos regimentais;
b) suspendê-las ou levantá-las sempre que julgar conveniente ao bom andamento técnico ou
disciplinar dos trabalhos;
c) fazer observar o Regimento e, quando julgar necessário à ordem dos trabalhos, mandar evacuar as
galerias;
d) fazer ler a ata, o expediente e as comunicações pelo 1º Secretário;
e) conceder ou negar a palavra aos Vereadores, nos termos regimentais;
f) convidar o orador a declarar, quando for o caso, se vai falar a favor ou contra a proposição;
g) interromper o orador que se desviar da matéria em debate, falar sobre o vencido ou faltar com a
consideração devida à Câmara ou a qualquer de seus membros, advertindo-o, e, em caso de insistência,
retirando-lhe a palavra;
h) determinar o não registro em ata de discurso ou aparte, quando anti-regimental;
i) convidar o Vereador a retirar-se do recinto do Plenário, quando perturbar a ordem;
j) comunicar ao orador que o tempo de seu pronunciamento encontra-se esgotado;

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k) decidir sobre as questões de ordem e as reclamações, ou atribuir a decisão ao Plenário em caso de
recurso e nas omissões deste Regimento;
l) fazer-se substituir na Presidência e convocar substitutos eventuais para as secretarias, na ausência
ou impedimento dos Secretários;
m) anunciar a Ordem do Dia e o quorum presente;
n) submeter à discussão e votação as matérias constantes da pauta;
o) organizar, sob sua responsabilidade e direção, a Ordem do Dia de cada sessão;
p) convocar sessões extraordinárias, solenes e itinerantes, nos termos deste Regimento;
q) promulgar as leis, as resoluções e os decretos legislativos, nos termos regimentais;
r) declarar empossados os Vereadores retardatários e suplentes, bem como o Prefeito quando tratar-
se de Presidente da Câmara no exercício substitutivo da chefia do Executivo Municipal, após a investidura
dos mesmos perante o Plenário;
s) declarar extintos os mandatos do Prefeito, Vice-Prefeito, de Vereador e de Suplente, nos casos
previstos em lei, e, em face da deliberação do Plenário, expedir decreto legislativo de perda de mandato;
t) convocar Suplente de Vereador, quando for o caso;
u) declarar destituído membro da Mesa ou de Comissão Permanente, nos casos previstos neste
Regimento;
v) assinar, juntamente com os Secretários, as atas das sessões e os atos da Mesa;
x) justificar a ausência de Vereadores, nas hipóteses regimentais;
II- quanto às proposições:
a) despachá-las à Procuradoria Municipal, bem como às Comissões Permanentes;
b) determinar a retirada de proposição da Ordem do Dia, nos termos deste Regimento;
c) não aceitar requerimento de audiência pública de Comissão, quando impertinente, ou quando sobre
a proposição já se tenham pronunciado as Comissões em número regimental;
d) mandar arquivar o relatório ou parecer de Comissão Temporária que não haja concluído por projeto;
e) declarar prejudicada qualquer proposição, que assim deva ser considerada, na conformidade
regimental, bem como recusar substitutivos ou emendas que não sejam pertinentes à proposição inicial;
f) despachar os requerimentos submetidos à sua apreciação, especialmente os que versem sobre
pronunciamentos de Vereadores e atos do Poder Legislativo;
g) pautar projetos quando vencido o prazo regimental da sua tramitação;
I- quanto às Comissões:
a) nomear, à vista da indicação dos Líderes, os membros efetivos das Comissões e seus Suplentes;
b) nomear, atendendo indicações dos Líderes, na ausência de membro efetivo da Comissão, substituto
ocasional, observada a proporcionalidade partidária;
c) declarar a perda de cargo de membro da Comissão quando o Vereador incidir no número de faltas
previstas no § 2º do Art. 68;
d) convocar reunião extraordinária de Comissão para apreciar proposição em regime de urgência;
e) convidar o relator ou outro membro da Comissão a explicar as razões do parecer considerado
inconcluso, impreciso ou incompleto;
f) nomear por indicação dos partidos ou blocos parlamentares, constituídos de acordo com este
Regimento, as Comissões Temporárias ou de Inquérito, cabendo, às Comissões, elegerem seus
Presidentes e Relatores.
g) solicitar informações e colaborações técnicas para estudo de matéria sujeita à apreciação, quando
requerido pelas comissões;
h) nomear na ausência de membro efetivo da Comissão, substituto “ad hoc” para manifestação oral
em plenário;
II- quanto às reuniões da Mesa:
a) convoca-las e presidí-las;
b) tomar parte nas discussões e deliberações, com direito a voto e assinar os respectivos atos;
c) ser agente executor das decisões da mesa cuja execução não foi atribuída a outro dos seus
membros;
III- quanto às publicações:
a) não permitir a publicação de expressões, conceitos e discursos infringentes das normas
constitucionais, legais e regimentais.
b) determinar que as informações oficiais sejam publicadas por extenso ou apenas em resumo, ou que
sejam somente referidas na ata;
c) ordenar a publicação das matérias que devam ser divulgadas;
d) determinar que, em toda publicação em que houver menção ao nome do Vereador, seja incluída a
sigla do partido a que pertença, independentemente da legislatura;

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IV- quanto aos atos de intercomunicação com o Executivo:
a) receber as mensagens de proposição legislativa, fazendo-as protocolar;
b) encaminhar ao Prefeito, por ofício, os projetos de lei de sua iniciativa, aprovados e rejeitados, bem
como os vetos rejeitados ou mantidos;
c) solicitar ao Prefeito informações pretendidas pelo Plenário;
V- quanto aos atos administrativos:
a) assinar a correspondência destinada aos órgãos e autoridades federais, estaduais e municipais;
b) zelar pelo prestígio e decoro da Câmara;
c) autorizar a realização de conferências, exposições, palestras ou seminários, mediante solicitação
escrita de um Vereador, no edifício da Câmara;
d) visar a carteira de identidade parlamentar fornecida aos Vereadores;
e) ordenar as despesas da Câmara e proceder a emissão de cheques e movimentação das contas
bancárias da Casa;
f) colocar à disposição do Plenário, mensalmente, o balancete da Câmara do mês anterior;
g) administrar o pessoal da Câmara, fazendo lavrar e assinando os atos de nomeação, promoção,
reclassificação, exoneração, aposentadoria, concessão de férias e de licença;
h) atribuir aos servidores do Legislativo, vantagens legalmente autorizadas;
i) determinar a apuração de responsabilidade administrativa, civil e criminal de servidores faltosos e
aplicar-lhes as penalidades;
j) praticar quaisquer outros atos atinentes à área de gestão de pessoal;
k) mandar expedir certidões requeridas para a defesa de direito e esclarecimento de situações;
l) exercer atos de polícia em quaisquer matérias relacionadas com as atividades da Câmara, dentro
ou fora do seu recinto;
m) representar, em nome da Câmara, junto aos Poderes da União e do Estado, inclusive em Juízo;
VIII- compete ainda ao Presidente da Câmara:
a) exercer, em substituição, a chefia do Poder Executivo Municipal, nos casos previstos em lei;
b) representar a Câmara junto ao Prefeito e perante as entidades privadas em geral;
c) fazer expedir convites para as sessões solenes;
d) requisitar força, quando necessária à preservação da regularidade do funcionamento da Câmara.
§ 1º Em qualquer momento o Presidente poderá, da sua cadeira fazer ao Plenário comunicação de
interesse público ou da Casa.
§ 2º O Presidente só poderá votar nos casos de empate, de composição da Mesa Diretora e de perda
de mandato de Prefeito, Vice-Prefeito e de Vereador.
§ 3º Para tomar parte em qualquer discussão o Presidente deixará a Presidência e não a reassumirá
enquanto estiver sob debate a matéria em que interveio.
§ 4º Será sempre computada, para efeito de quorum, a presença do presidente dos trabalhos.

CAPÍTULO IV
DA VICE-PRESIDÊNCIA

Art. 30. Os Vices-Presidentes da Câmara, salvo o disposto no artigo 31 e na hipótese de atuação como
membro efetivo da Mesa nos casos de competência privativa desse órgão, não possuem atribuições
próprias, limitando-se a substituir o Presidente nos casos previstos no parágrafo único do Art. 11.

Art. 31. O Primeiro, o Segundo e o Terceiro Vice-Presidente poderão, em conjunto ou isoladamente,


desempenhar missões de caráter diplomático, cívico, cultural ou administrativo, por convite ou delegação
do Presidente. (NR) (Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)

Art. 32. Sempre que tiver que se ausentar do Município por mais de 10 dias, o Presidente passará o
exercício ao 1º Vice-Presidente, ou, na ausência deste, na seguinte ordem, 2º Vice-Presidente e 3º Vice-
Presidente. (NR) (Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)
Parágrafo único. O substituto do Presidente fará juz a todos os direitos e vantagens a este
assegurados, quando no exercício da Presidência.

CAPÍTULO V
DA SECRETARIA DA MESA

Art. 33. Os titulares das Secretarias terão as designações de 1º, 2º e 3º Secretários. (NR) (Resolução
n. 1.159, de 21/12/2012)

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Parágrafo único. O 2º e 3º Secretários, nesta ordem, serão os substitutos imediatos do 1º Secretário
nos casos de licença, ausência ou impedimento. (Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)

Art. 34. Compete ao 1º Secretário:

I- superintender os serviços administrativos e fazer observar o Regulamento Interno;


II- assinar cheques nominativos ou ordens de pagamento, juntamente com o Presidente;
III- fazer a chamada dos Vereadores ao abrir-se a sessão e nas ocasiões determinadas pelo
Presidente, anotando as presenças e as ausências, para efeito da percepção da parte variável da
remuneração;
IV- ler a ata, as proposições e demais assuntos que devam ser do conhecimento da Casa;
V- proceder a chamada dos Vereadores nas votações nominais;
VI- assinar, juntamente com o Presidente, as resoluções, atas das sessões e os atos da Mesa;
VII- superintender a redação das atas, determinando o resumo dos trabalhos das sessões;
VIII- registrar, em livro próprio, os precedentes regimentais;
IX- fazer a inscrição dos oradores na pauta dos trabalhos;
X- gerir a receita da Câmara e fiscalizar as despesas;
XI- mandar organizar a folha de pagamento dos Vereadores e do pessoal da Casa;
XII- solicitar, mediante ofício à Secretaria de Finanças do Município, pagamento das verbas destinadas
ao Poder Legislativo.

CAPÍTULO VI
DAS COMISSÕES
Seção I
Disposições Preliminares

Art. 35. As Comissões da Câmara são:


I- permanentes, as que subsistem por toda a legislatura renovando-se sua composição a cada 2 anos;
II- temporárias, as que são constituídas com finalidades especiais ou de representação e se extinguem
quando preenchido o fim a que se destinam ou expirado seu prazo de duração.

Seção II
Das Comissões Permanentes

Art. 36. Iniciados os trabalhos da 1ª e 3ª Sessões Legislativas de cada Legislatura, a Mesa Diretora
providenciará, dentro do prazo improrrogável de cinco dias, a constituição das Comissões Permanentes,
de acordo com o previsto no inciso II do Art. 15. (NR)
§ 1º Constituídas com, no mínimo, 5 (cinco) integrantes, as Comissões
Permanentes reunir-se-ão para eleger os respectivos Presidentes e Vice-Presidentes e prefixar os dias
e horas em que se reunirão ordinariamente. (Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)
§ 2º O Presidente será substituído pelo Vice-Presidente.

Art. 37. As Comissões Permanentes são:


I- de Legislação, Justiça e Redação Final;
II- de Finanças e Orçamento;
III- de Obras e Serviços Públicos;
IV- de Educação e Desporto; (Resolução n. 1.127, de 12/07/2011)
V- de Saúde;
VI- de Defesa do Consumidor;
VII- de Controle de Eficácia Legislativa.
VIII- de Cidadania e Direitos Humanos;
IX- de Indústria, Comércio, Agropecuária e Turismo;
X- de Transporte e Trânsito;
XI- de Segurança Pública;
XII- de Meio Ambiente;
XIII- de Assistência Social e do Idoso; (Resolução n. 1.167, de 07/05/2013)
XIV- de Cultura; (Resolução n. 1.127, de 12/07/2011)
XV- de Juventude; (Resolução n. 1.163, de 27/03/2013)
XVI- de Legislação Participativa; (Resolução n. 1.177, de 20/08/2013)

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XVII- de Políticas Antidrogas. (Resolução n. 1.179, de 24/09/2013)
XVIII- de Defesa, Bem-estar e Direito dos Animais. (Resolução n. 1.217, de 24/07/2015)
XIX- de Acessibilidade. (NR) (Resolução n. 1.236, de 06/12/2016)

Seção III
Da Competência das Comissões Permanentes

Art. 38. Às Comissões, em razão da matéria de sua competência cabe:


I- discutir e votar projetos de lei, nos termos do Art. 39;
II- analisar as proposições e outras matérias submetidas ao seu exame e emitir-lhes parecer;
III- realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
IV- convocar Secretários do Município e dirigentes de autarquias, de empresas públicas, de sociedades
de economia mista e de fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público Municipal para prestar
informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições;
V- receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas:
a) Os expedientes a que se refere este inciso deverão ser encaminhados por escrito, com identificação
do autor e serão distribuídos a um relator que os apreciará e apresentará relatório com sugestões quanto
às providências a serem tomadas pela autoridade competente, o qual será discutido e votado na
Comissão;
VI- solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VII- apreciar programas de obras, planos municipais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre
eles emitir parecer.

Art. 39. Às Comissões Permanentes, no âmbito de suas atribuições, cabe, nos termos do Art. 33, § 2º,
I da LOM, discutir e votar projetos de lei, exceto quanto a:
I- lei complementar;
II- projetos de iniciativa de comissão;
III- projetos de códigos, estatutos e consolidações;
IV- projetos de iniciativa popular;
V- projetos que tenham recebido pareceres divergentes;
VI- projetos em regime de urgência;
VII- alienação ou concessão de bens imóveis municipais;
VIII- projetos de resolução que alterem o Regimento Interno;
IX- autorização para operação externa de natureza financeira de interesse do Município;
X- fixação, por proposta do Prefeito, de limites globais para o montante da dívida consolidada do
Município;
XI- projetos que disponham sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e
interno do Município, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público Municipal;
XII- projetos que disponham sobre limites e condições para a concessão de garantia do Município em
operações de crédito externo e interno;
XIII- projetos que estabeleçam limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária do
Município;
XIV- suspensão de execução, no todo ou em parte, de lei municipal declarada inconstitucional por
decisão definitiva do Tribunal de Justiça do Estado;
XV- projetos que instituam os impostos previstos no Art. 90 da LOM;
XVI- proposta de emenda à Lei Orgânica;
XVII- projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias, do Plano Plurianual e do Orçamento anual.
§ 1º Nas matérias em que as Comissões Permanentes sejam competentes para discutir e votar,
encerrada a apreciação conclusiva, a decisão da Comissão será comunicada ao Presidente da Câmara
para ciência do Plenário.
§ 2º No prazo de 3 (três) dias, contado a partir da ciência do plenário referida no parágrafo anterior,
poderá ser interposto recurso para discussão e votação da matéria pelo Plenário da Câmara.
§ 3º O recurso, assinado por um quinto dos membros da Câmara, será dirigido ao Presidente da Casa.
§ 4º Esgotado o prazo previsto no § 2º, sem interposição de recurso, o projeto será, conforme o caso,
encaminhado à sanção, remetido à Câmara, promulgado ou arquivado por esta.

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Art. 40. Caberá às Comissões Permanentes, além das atribuições especificadas no Art. 38, as
seguintes:
I- promover estudos, simpósios, pesquisas e investigações, sobre problemas de interesse público
relativos a sua competência;
II- tomar iniciativa na elaboração de proposição ligada ao estudo de tais problemas.

Seção IV
Da Competência Específica de Cada Comissão

Art. 41. À Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final compete manifestar-se em todas as
proposições que tramitem na Casa quanto aos aspectos constitucional, legal e regimental.
§ 1º Quando a Comissão emitir parecer pela inconstitucionalidade ou injuridicidade de qualquer
proposição, será esta considerada rejeitada definitivamente, por despacho do Presidente da Câmara,
salvo não sendo unânime o parecer, caso em que caberá recurso interposto nos termos do Art. 43 da
LOM.
§ 2º Tratando-se de inconstitucionalidade parcial, a Comissão poderá oferecer emenda corrigindo o
vício.
§ 3º A Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final manifestar-se-á sobre o mérito da proposição,
assim entendida a colocação do assunto sob o prisma da conveniência, utilidade e oportunidade, nos
seguintes casos:
I- organização administrativa e de pessoal da Prefeitura e da Câmara;
II- criação de entidade de administração indireta e fundação;
III- aquisição, alienação e concessão de bens imóveis do Município;
IV- licença para processar Prefeito e Vereador;
V- concessão de licença ao Prefeito;
VI- alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos municipais;
VII- reforma da Lei Orgânica;
VIII- perda de mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores;
IX- concessão de título honorífico;
X- declaração de utilidade pública.

Art. 42. Compete à Comissão de Finanças e Orçamento opinar quanto ao mérito, sobre:
I- matéria tributária e empréstimos públicos;
II- fixação ou alteração da remuneração do Prefeito e dos Vereadores, bem como da verba de
representação do Prefeito, do Vice-Prefeito, do Presidente e 1º Secretário da Câmara;
III- projetos de lei orçamentária, plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e abertura de crédito;
IV- concessão de anistia ou isenção fiscal;
V- qualquer proposição que concorra para aumentar ou diminuir a receita ou despesa pública;
VI- Código Tributário Municipal;
VII- Código Administrativo de Processo Fiscal.

Art. 43. Compete à Comissão de Obras e Serviços Públicos opinar, quanto ao mérito, nas matérias
referentes a:
I- Plano Diretor;
II- Código de Obras ou de Edificações;
III- Código de Polícia Administrativa;
IV- Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo;
V- Matéria referida no inciso III do § 3º do Art. 41;
VI- quaisquer obras ou serviços públicos.

Art. 44. Compete à Comissão de Educação, Cultura e Desporto opinar, quanto ao mérito, sobre
assuntos educacionais, culturais e desportivos.

Art. 45. Compete à Comissão de Saúde opinar, quanto ao mérito, nos assuntos relacionados com a
saúde pública, saneamento básico e vigilância sanitária.

Art. 46. Compete a Comissão Permanente de Assistência Social e do Idoso opinar, quanto ao mérito:
(Resolução n. 1.167, de 07/05/2013)

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I- nos assuntos relacionados com a assistência e previdência social municipal e projetos de lei que
visem declarar de utilidade pública municipal entidades que possuam fins filantrópicos; (Resolução n.
1.167, de 07/05/2013)
II- nos assuntos relacionados ao idoso: (Resolução n. 1.167, de 07/05/2013)
a) promover o acompanhamento e o desenvolvimento das políticas públicas voltadas à Assistência
Social do Idoso; (Resolução n. 1.167, de 07/05/2013)
b) fiscalizar e acompanhar programas governamentais relativos à proteção dos direitos do idoso,
aposentado e o beneficiário do Programa de Amparo Social ao Idoso, criado pelo Ministério da
Previdência e Assistência Social; (Resolução n. 1.167, de 07/05/2013)
c) levantar dados e estatísticas, bem como mapear as dificuldades encontradas no âmbito da
Assistência Social no Município referentes ao idoso; (Resolução n. 1.167, de 07/05/2013)
d) realizar debates e seminários destinados a diagnosticar os problemas enfrentados pelo idoso.
(NR). (Resolução n. 1.167, de 07/05/2013)

Art. 47. Compete à Comissão de Defesa do Consumidor opinar quanto ao mérito, nas matérias
referentes ao Código Administrativo de Processo Fiscal e nas matérias relacionadas direta ou
indiretamente com os interesses do consumidor, inclusive como contribuinte do erário público.

Art. 48. Compete à Comissão de Controle de Eficácia Legislativa:


I- acompanhar e velar pela real aplicação e eficácia das leis editadas pela Câmara junto ao Executivo;
II- receber e encaminhar queixas sobre violações de tais normas;
III- editar anualmente as leis e demais normas municipais em vigor;
IV- propor a revogação ou revisão de normas em desuso no âmbito de sua competência;
V- sugerir à Mesa Diretora medidas administrativas ou judiciais contra quem de direito, visando conferir
eficácia às leis e normas editadas pela Casa.

Art. 49. Compete à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos opinar, quanto ao mérito, nos
seguintes casos:
I- aspectos e direitos relativos ao índio, à criança, ao adolescente, ao idoso, ao negro, à mulher, e a
outras minorias étnicas e sociais;
II- aspectos relativos à defesa e garantia dos direitos do cidadão.

Art. 50. Compete à Comissão de Indústria, Comércio, Agropecuária e Turismo:


I- fomentar à política de geração de emprego e desenvolvimento econômico, através de ações isoladas
ou conjuntas com a sociedade civil organizada e os poderes públicos;
II- propor a revisão de normas concedentes de benefícios fiscais ou tributários, que impliquem em
prejuízo do erário municipal;
III- acompanhar e velar pela real aplicação das leis que proponham incentivos fiscais, visando a
geração de empregos;
IV- fiscalizar a relação custo-benefício nas concessões de incentivos fiscais que tenham como
finalidade a geração de emprego;
V- opinar quanto ao mérito sobre a política de desenvolvimento econômico, compreendendo os
segmentos industrial, comercial, agropecuário e turístico;
VI- opinar quanto ao mérito sobre quaisquer planos, programas, projetos globais ou específicos que
envolvam sua área de atuação.

Art. 51. Compete à Comissão Permanente de Transporte e Trânsito opinar sobre:


I- a política de desenvolvimento urbano que concerne ao transporte, trânsito e suas implicações;
II- os projetos, planos e programas que envolvam esta área de atuação;
III- a revisão de normas que digam respeito à sinalização do trânsito local, propondo medidas que
coíbam a prática de políticas que penalizem o munícipe.

Art. 52. Compete à Comissão de Segurança Pública, opinar quanto ao mérito:


I- sobre aspectos relativos à segurança pública;
II- sobre os projetos, planos e programas que, em nível municipal, envolvam a incolumidade dos
munícipes;
III- sobre os projetos, planos e programas que visem a proteção do patrimônio municipal;
IV- sobre quaisquer planos, programas globais ou específicos que envolvam sua área de atuação;

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Parágrafo único. Propor medidas nos assuntos atinentes a sua área de atuação, visando a
incolumidade dos municípios e proteção do patrimônio municipal.

Art. 53. Compete à Comissão do Meio Ambiente opinar quanto ao mérito, nas matérias relacionadas
direta ou indiretamente com o Meio Ambiente, e, especialmente, sobre as constantes na Seção II do
Capítulo III, Título V da Lei Orgânica Municipal.

Art. 53-A. Compete a Comissão de Cultura opinar, quanto ao mérito, sobre assuntos culturais.
(Resolução n. 1.127, de 12/07/2011)

Art. 53-B. Compete à Comissão Permanente de Juventude opinar, quanto ao mérito, nas matérias
referentes a: (Resolução n. 1.163, de 27/03/2013)

I- Políticas públicas da juventude; (Resolução n. 1.163, de 27/03/2013)


II- Fiscalização e acompanhamento de programas governamentais relativos à juventude; (Resolução
n. 1.163, de 27/03/2013)
III- Assuntos atinentes à juventude em geral; (Resolução n. 1.163, de 27/03/2013)
IV- Políticas de saúde para os jovens; (Resolução n. 1.163, de 27/03/2013)
V- Políticas de fomento ao talento cultural juvenil; (Resolução n. 1.163, de 27/03/2013)
VI- Políticas para a diminuição da vulnerabilidade social ao risco de violência entre jovens; (Resolução
n. 1.163, de 27/03/2013)
VII- Políticas de trabalho para a juventude; (Resolução n. 1.163, de 27/03/2013)
VIII- Políticas de desenvolvimento do jovem empreendedor, crédito e incentivos fiscais. (Resolução n.
1.163, de 27/03/2013)

Art. 53-C. Compete à Comissão de Legislação Participativa: (Resolução n. 1.177, de 20/08/2013)


I- receber sugestões de inciativa legislativa apresentada por cidadões e órgãos de classe, sindicatos
e entidades organizadas da sociedade civil, exceto partidos políticos; (Resolução n. 1.177, de 20/08/2013)
II- receber pareceres técnicos, propostas oriundas de entidades científicas e culturais e de qualquer
das entidades mencionadas no inciso I; (Resolução n. 1.177, de 20/08/2013)
III- transformar sugestões viáveis em propositura de sua autoria. (Resolução n. 1.177, de 20/08/2013)
§ 1º As sugestões de inciativa legislativa que receberam parecer favorável no âmbito da Comissão de
Legislação Participativa serão transformadas em proposição legislativa de sua inciativa e que será
encaminhada à Mesa Diretora para tramitação, aplicando-se as mesmas disposições regimentais exigidas
para as demais proposições. (Resolução n. 1.177, de 20/08/2013)
§ 2º As sugestões que receberem parecer contrário da Comissão de Legislação Participativa serão
encaminhadas ao arquivo. (NR) (Resolução n. 1.177, de 20/08/2013)

Art. 53-D. Compete à Comissão Permanente de Políticas Antidrogas: (Resolução n. 1.179, de


24/09/2013)

I- assuntos inerentes à política municipal antidrogas, englobando as medidas para a prevenção do uso
indevido, tratamento, recuperação, reinserção social, redução dos danos sociais e à saúde de usuários e
dependentes de drogas; (Resolução n. 1.179, de 24/09/2013)
II- propor e acompanhar ações de conscientização da sociedade sobre a ameaça representada pelo
uso indevido de drogas e suas consequências. (NR) (Resolução n. 1.179, de 24/09/2013)

Art.53-E. Compete à Comissão Permanente de Defesa, Bem-estar e Direito dos Animais,


essencialmente: (Resolução n. 1.217, de 24/07/2015)
I- apoiar e incentivar a promoção de seus direitos, na forma pré-existente na Constituição Federal, Leis
Federais esparsas, Tratados e Convenções Internacionais, Leis Estaduais e Municipais, bem como na
Lei Orgânica Municipal de Campo Grande-MS; (Resolução n. 1.217, de 24/07/2015)
II- receber e averiguar denúncias, propor encaminhamentos e medidas; (Resolução n. 1.217, de
24/07/2015)
III- emitir parecer e opinar sobre proposições e matérias atinentes às questões relacionadas com os
direitos, bem-estar e defesa dos animais; (Resolução n. 1.217, de 24/07/2015)
IV- defender políticas públicas comprometidas com a defesa, bem-estar e direito dos animais;
(Resolução n. 1.217, de 24/07/2015)

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V- promover palestras de apoio para combater os crimes contra os referidos animais, dentre outros
procedimentos na sua defesa e direito; (Resolução n. 1.217, de 24/07/2015)
VI- fomentar e promover ações continuadas que fortaleçam a causa, de forma a inibir atos lesivos à
espécie; (Resolução n. 1.217, de 24/07/2015)
VII- instaurar processo administrativo com vistas a apurações de atos lesivos e via de competência
aplicar sanções administrativas cabíveis. (Resolução n. 1.217, de 24/07/2015)

Art. 53-F. Compete à Comissão Permanente de Acessibilidade opinar quanto ao mérito sobre assuntos
de acessibilidade. (Resolução n. 1.236, de 06/12/2016)

Seção V
Das Reuniões das Comissões

Art. 54. As comissões reunir-se-ão na sede da Câmara.


Parágrafo único. Excepcionalmente as Comissões poderão reunir-se, fora das dependências da
Câmara, na circunscrição do município.

Art. 55. As reuniões das Comissões Permanentes realizar-se-ão:

I- se ordinárias, nos dias e horários por elas estabelecidos no início da sessão legislativa, salvo
deliberação em contrário;
II- se extraordinárias, mediante convocação especial para dia, horário e fim indicados, observando-se,
no que for aplicável, o disposto neste Regimento sobre a convocação de sessões extraordinárias da
Câmara.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, a reunião de Comissão Permanente ou Temporária não
poderá coincidir com o tempo reservado à Ordem do Dia das sessões ordinárias da Câmara.

Art. 56. As Comissões reunir-se-ão com a presença da maioria de seus membros.


Parágrafo único. A pauta dos trabalhos das Comissões, salvo em caso de matéria em regime de
urgência, será fixada nas dependências da Câmara, com antecedência mínima de 24 horas excluindo-se
os domingos e feriados, devendo ser distribuída aos titulares e suplentes da respectiva Comissão
mediante protocolo.

Art. 57. As deliberações conclusivas nas Comissões serão tomadas pelo processo nominal e maioria
de votos.

Art. 58. As reuniões serão públicas, salvo os casos expressos neste Regimento ou quando o deliberar
a Comissão.

Art. 59. Os trabalhos das Comissões iniciar-se-ão, salvo deliberação em contrário, pela leitura e
discussão da ata da reunião anterior que, se aprovada, será assinada pelos respectivos Presidentes.

Art. 60. É facultado a qualquer Vereador assistir às reuniões das Comissões, discutir o assunto em
debate, pelo prazo por elas prefixado, enviar-lhes, por escrito, informações ou esclarecimentos, bem
como apresentar emendas.
Parágrafo único. As informações ou esclarecimentos apresentados serão anexados aos pareceres,
se o autor o requerer e a Comissão o deferir.

Art. 61. O estudo de qualquer matéria poderá ser feito em reunião conjunta de duas ou mais
Comissões, por iniciativa de qualquer delas, aceita pelas demais, sob a direção do Presidente mais idoso.
Parágrafo único. Nas reuniões conjuntas observar-se-ão as seguintes normas:
I- cada Comissão deverá estar presente pela maioria de seus membros;
II- o estudo da matéria será em conjunto, mas a votação far-se-á separadamente;
III- cada Comissão poderá ter o seu relator se não preferir relator único;
IV- o parecer das Comissões poderá ser em conjunto, desde que consigne a manifestação de cada
uma delas, ou em separado, se essa for a orientação preferida, mencionando, em qualquer caso, os votos
vencidos, os em separado, os pelas conclusões e os com restrições.

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Art. 62. As Comissões serão secretariadas por um dos seus membros e terão assessoramento próprio,
constituído de até três assessores, constantes do quadro da Casa, designados pelos respectivos
Presidentes.
Parágrafo único. Ao Secretário da Comissão compete, além da redação das atas, a organização da
pauta do dia e do protocolo dos trabalhos com o seu andamento.

Art. 63. Das reuniões das Comissões lavrar-se-ão atas das quais constarão:

I- o dia, a hora e o local da reunião;


II- os nomes dos membros presentes e os dos ausentes com causa justificada ou sem ela;
III- a distribuição das matérias por assunto e relatores;
IV- as conclusões dos pareceres lidos;
V- referências sucintas aos debates;
VI- os pedidos de adiamento, diligências e outras providências.

Art. 64. As reuniões ordinárias ou extraordinárias das Comissões durarão o tempo necessário aos
seus fins salvo deliberação em contrário.

Art. 65. As reuniões poderão ser reservadas.


§ 1º Salvo deliberação em contrário, serão reservadas as reuniões em que haja matéria que deva ser
debatida apenas com a presença dos servidores a serviço da Comissão e de terceiros devidamente
convidados.
§ 2º Serão obrigatoriamente reservadas as reuniões quando as Comissões tiverem que deliberar sobre
perda de mandato.
§ 3º Nas reuniões reservadas, servirá como Secretário da Comissão, por designação do Presidente,
um de seus membros.

Seção VI
Da Presidência das Comissões

Art. 66. Ao Presidente da Comissão compete:


I- ordenar e dirigir os trabalhos da Comissão;
II- dar-lhe conhecimento de toda a matéria recebida;
III- designar, na Comissão, relatores para as matérias;
IV- resolver as questões de ordem;
V- ser o elemento de comunicação da Comissão com a Mesa Diretora, com as outras Comissões e
com os Líderes;
VI- convocar as suas reuniões extraordinárias, de ofício ou a requerimento de qualquer de seus
membros, aprovado pela Comissão;
VII- desempatar as votações;
VIII- assinar os expedientes da Comissão.
IX- requerer ao Presidente da Mesa Diretora que encaminhe expediente solicitando informações ou
colaborações técnicas para apreciação de matéria na Comissão.
§ 1º Quando o Presidente funcionar como relator, passará a Presidência ao substituto eventual,
enquanto discutir ou votar o assunto que relatar.

§ 2º Ao encerrar-se a Legislatura, o Presidente providenciará a fim de que os seus membros devolvam


à Comissão os processos que lhes tenham sido distribuídos.
§ 3º O Presidente da Comissão, exercerá no âmbito desta, quanto às reuniões, no que couber, as
competências deferidas ao Presidente da Câmara para as sessões em geral, previstas no artigo 29 deste
regimento.

Art. 67. Se, por qualquer motivo, o Presidente deixar de fazer parte da Comissão ou renunciar ao
cargo, proceder-se-á nova indicação ou, em não havendo consenso, será feita eleição para escolha de
seu sucessor, nos termos do Art. 15 deste Regimento, salvo se faltar menos de três meses para o término
da legislatura, caso em que será substituído pelo Vice-Presidente.

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Seção VII
Das Vagas nas Comissões

Art. 68. As vagas nas Comissões verificar-se-ão:


I- com a renúncia;
II- com a perda do lugar;
III- com a investidura em cargo do Poder Executivo.
§ 1º A renúncia de qualquer membro da Comissão será definitiva desde que comunicada, por escrito,
ao Presidente da Câmara.
§ 2º Perderá automaticamente o lugar na Comissão o Vereador que não comparecer a cinco sessões
ordinárias consecutivas, salvo motivo de força maior comunicado, previamente, por escrito, à Comissão
e por esta considerado como tal. A perda do lugar será declarada pelo Presidente da Câmara, à vista da
comunicação do Presidente da Comissão.
§ 3º O Vereador que perder o lugar na Comissão a ela não poderá retornar na mesma sessão
legislativa.
§ 4º A vaga na Comissão será preenchida por designação do Presidente da Câmara, numa das três
sessões subsequentes à sua ocorrência, de acordo com a indicação do Líder da Bancada a que pertencia
o Vereador que deixou a Comissão.

Seção VIII
Dos Impedimentos e Ausências nas Comissões

Art. 69. Nenhum Vereador poderá presidir reunião de Comissão quando se debater ou votar matéria
da qual seja autor ou relator.
Parágrafo único. Não poderá o autor de proposição ser dela relator, ainda que substituto ou parcial.

Art. 70. Sempre que um membro de Comissão não puder comparecer às reuniões, deverá comunicar
o fato ao seu Presidente.
§ 1º Se, por falta de comparecimento de membro efetivo ou de suplente, estiver sendo prejudicado o
trabalho de qualquer Comissão, o respectivo Presidente solicitará ao Líder da Bancada do membro faltoso
que indique o substituto.
§ 2º Cessará a substituição logo que o titular, ou o suplente, voltar ao exercício.

Seção IX
Dos Trabalhos nas Comissões

Art. 71. Os trabalhos das Comissões serão iniciados com a presença da maioria absoluta de seus
membros e obedecerão à seguinte ordem:
I- discussão e votação da ata da reunião anterior;
II- expediente:
a) sinopse da correspondência e outros documentos afetos à Comissão;
b) comunicação das matérias distribuídas aos Relatores.
III- Ordem do dia:
a) conhecimento, exame e instrução de matéria de natureza legislativa, fiscalizatória ou informativa,
ou outros assuntos da alçada da Comissão;
b) discussão e votação dos pareceres e respectivas proposições sujeitas à aprovação do Plenário da
Câmara;
c) discussão e votação de projetos de lei e respectivos pareceres que dispensarem a aprovação do
Plenário da Câmara.
Parágrafo único. Essa ordem poderá ser alterada pela Comissão para tratar de matéria em regime de
urgência ou no caso de comparecimento de Secretário Municipal ou de qualquer autoridade, ou ainda no
caso de realização de audiência pública.

Art. 72. As Comissões Permanentes poderão estabelecer regras e condições específicas para a
organização e o bom andamento dos seus trabalhos, observadas as normas fixadas neste Regimento.

Seção X

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Dos Prazos

Art. 73. É de dez dias o prazo para qualquer Comissão Permanente pronunciar-se, a contar da data
do recebimento da matéria pelo seu Presidente.
§ 1º O prazo a que se refere este artigo será duplicado à Comissão de Finanças e Orçamento, em
se tratando de proposta orçamentária e do processo de prestação de contas do Executivo.
§ 2º Nos casos de projetos de código, leis complementares, estatutos e consolidações o prazo será de
10 (dez) dias, exceto para a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final que observará o § 2º do
Art. 200 deste Regimento.
§ 3º Todos os prazos mencionados neste artigo serão reduzidos pela metade quando se tratar de
matéria em regime de urgência, de emendas e subemendas a ela relacionadas.

Art. 74. O Presidente da Comissão terá vinte e quatro horas para designar relator.

Art. 75. O relator tem, para apresentar o relatório, a metade do prazo atribuído à Comissão.

Art. 76. É facultado ao Presidente da Comissão, avocar para si a proposição para relatar, caso em
que, terá o prazo de cinco dias para fazê-lo.
Parágrafo único. Os cinco dias restantes serão divididos entre os demais membros da Comissão.

Art. 77. Sempre que qualquer Comissão requerer ao Presidente da Mesa Diretora que solicite
informações ao Prefeito sobre o que julgar necessário ao melhor exame da proposição, o prazo para
emissão do parecer será suspenso, retornando a contagem tão logo seja recebida a informação.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos em que as Comissões realizem
diligências em quaisquer órgãos públicos.

Art. 78. Decorrido o prazo sem que tenha sido emitido o parecer, a matéria que estiver em tramitação
poderá ser incluída na Ordem do Dia para que o Plenário se manifeste em substituição às Comissões.

Art. 79. A Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final manifestar-se-á sempre em primeiro lugar
e a Comissão de Finanças e Orçamento por último.

Art. 80. Somente a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final manifestar-se-á sobre o veto.

Seção XI
Das Comissões Temporárias

Art. 81. As Comissões Temporárias podem ser de representação, especiais ou parlamentar de


inquérito.
§ 1º As Comissões de Representação tem por finalidade representar a Câmara em atos externos.
§ 2º As Comissões Especiais destinadas a proceder estudos de especial interesse do Legislativo serão
constituídas por projeto de Resolução da Mesa Diretora ou proposta de, pelo menos, três Vereadores.
§ 3º As Comissões Especiais terão sua finalidade especificada na resolução que as constituir, a qual
indicará também o prazo para apresentação do relatório de seus trabalhos.

Seção XII
Das Comissões Parlamentares de Inquérito

Art. 82. As Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas na forma do § 3º do Art. 33 da Lei
Orgânica do Município.
§ 1º O Presidente, no prazo de quarenta e oito horas contado da criação da CPI, baixará ato de sua
constituição, especificando o fato a ser investigado, os Vereadores que a constituirão, observada a
composição partidária, e o prazo de sua duração que não será superior a cento e vinte dias, prorrogáveis
a juízo do Plenário, desde que não ultrapasse a legislatura na qual foi criada.
§ 2º A Comissão Parlamentar de Inquérito poderá requisitar técnicos especializados para realizar as
perícias indispensáveis ao completo esclarecimento do assunto.
§ 3º No exercício de suas atribuições a Comissão poderá, dentro e fora da Câmara, observada a
legislação específica, diligenciar, ouvir indiciados, inquirir testemunhas, requisitar informações e

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documentos, requerer a convocação de Secretários Municipais e tomar depoimento de quaisquer
autoridades.
§ 4º Indiciados e testemunhas serão intimados de acordo com as prescrições estabelecidas na
legislação penal. Em caso justificado, a intimação será solicitada ao Juiz Criminal da localidade onde o
intimado se encontre.
§ 5º A Comissão Parlamentar de Inquérito redigirá relatório que concluirá por projeto de resolução, se
a Câmara for competente para deliberar a respeito, ou por conclusões, a serem encaminhadas ao
Ministério Público, se for o caso.
§ 6º As Comissões Parlamentares de Inquérito terão como dispositivos subsidiários para a sua
atuação, no que for aplicável, os Códigos Penal e de Processo Penal.
§ 7º Qualquer Vereador poderá comparecer às reuniões das Comissões Parlamentares de Inquérito,
mas sem participação nos debates e, desejando esclarecimento de qualquer ponto, requererá ao
Presidente da Comissão, sobre o que pretende seja inquirida a testemunha ou o indiciado, apresentando,
se entender conveniente, quesitos.
§ 8º Não se criará Comissão Parlamentar de Inquérito enquanto estiverem funcionando pelo menos
cinco, salvo mediante projeto de resolução com o quórum de apresentação de um terço dos membros da
Câmara.
§ 9º No ato da criação da C.P.I. constarão a provisão de meios ou recursos administrativos e o
assessoramento necessário ao bom desempenho da mesma.

Seção XIII
Disposições Gerais

Art. 83. Aplicam-se à tramitação das proposições submetidas à deliberação conclusiva das
Comissões, as disposições relativas a turnos, prazos, emendas e demais formalidades e méritos exigidos
para as matérias submetidas à apreciação do Plenário da Câmara.

Art. 84. Durante o recesso, haverá uma Comissão Representativa da Câmara, eleita na última sessão
ordinária do período legislativo, com as atribuições que lhe forem especialmente deferidas, na
oportunidade, por ato da Mesa Diretora.

Art. 85. Assegurar-se-á nas Comissões, tanto quanto possível, a representação proporcional dos
partidos políticos.

Art. 86. Nas Comissões Permanentes cada partido ou bloco parlamentar terá tantos suplentes quantos
forem seus membros efetivos, sempre que possível.

Art. 87. O Vereador participará como membro efetivo em, no mínimo, duas Comissões. (NR)
(Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)

Art. 88. Poderão participar dos trabalhos das comissões, desde que solicitados pelo seu Presidente,
técnicos de reconhecida competência ou representante de entidade que tenha legítimo interesse no
esclarecimento da matéria, sem ônus no caso deste último.
Parágrafo único. Se houver ônus a participação só pode ocorrer havendo concordância da
Presidência da Câmara.

Seção XIV
Da Audiência Pública

Art. 89. A audiência pública poderá ser realizada pela Mesa Diretora ou Comissão para:
I - instruir matéria sob apreciação da Comissão pertinente; II - tratar de assunto de interesse público
relevante.
§ 1º A audiência pública poderá ser solicitada por entidade da sociedade civil à Mesa Diretora ou às
Comissões.
§ 2 º A audiência pública será realizada mediante publicação do edital de convocação no Diário Oficial
de Campo Grande-MS para o chamamento dos cidadãos e entidades interessadas.

Art. 90. Os representantes de entidades se manifestarão por escrito ou oralmente e de forma


conclusiva por decisão do Presidente da Audiência.

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§ 1º Na hipótese de haver defensores e opositores, relativamente à matéria objeto de exame, será
assegurada a manifestação de todas as entidades participantes previamente inscritas.
§ 2º Os Vereadores inscritos para interpelar o expositor poderão fazê-lo estritamente sobre o assunto
da exposição, pelo prazo de três minutos, tendo o interpelado igual tempo para responder, facultadas a
réplica e a tréplica, pelo mesmo prazo, vedado ao orador interpelar qualquer dos presentes.
§ 3º Caso o expositor se desvie do assunto ou perturbe a ordem, o Presidente dos trabalhos poderá
adverti-lo, cassar-lhe a palavra ou determinar a sua retirada do recinto.

TÍTULO III
DOS VEREADORES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I
Do Exercício do Mandato

Art. 91. O Vereador é agente político investido de mandato parlamentar para representar e atender os
interesses do povo na Câmara Municipal.

Art. 92. É assegurado ao Vereador, uma vez empossado:


I- tomar parte nas sessões e oferecer proposição;
II- concorrer e votar na eleição para cargo da Mesa e das Comissões, salvo impedimento;
III- examinar a qualquer tempo os documentos existentes na Câmara;
IV- requisitar da Mesa providências para a garantia de sua inviolabilidade e de suas prerrogativas, no
exercício do mandato;
V- utilizar-se dos serviços da Câmara desde que para fins relacionados com suas funções.

Seção II
Da Perda do Mandato e da Falta de Decoro

Art. 93. Perderá o mandato o Vereador que infringir o disposto nos arts. 27 e 28 da LOM.
§ 1º Considera-se atentatório do decoro parlamentar usar, em discurso ou proposição, expressões que
configurem crimes contra a honra ou contenham incitamento à prática de crimes.
§ 2º É incompatível com o decoro parlamentar:
I- o abuso das prerrogativas legais asseguradas ao Vereador;
II- a percepção de vantagens indevidas;
III- a prática de irregularidades graves no desempenho do mandato ou de encargos dele decorrentes.

Seção III
Das Penalidades por Falta de Decoro

Art. 94. As infrações definidas no artigo anterior, acarretam as seguintes penalidades, em ordem de
gradação:
I- censura;
II- suspensão temporária do exercício do mandato, não excedente a trinta dias, sem remuneração;
III- perda do mandato.

Art. 95. A censura será verbal ou escrita.


§ 1º A censura verbal será aplicada em sessão pelo Presidente da Câmara ou de Comissão, no âmbito
desta, ao Vereador que:
I- inobservar os deveres inerentes ao mandato ou os preceitos deste Regimento;
II- praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas dependências da Casa;
III- perturbar a ordem das sessões da Câmara ou das reuniões de Comissão.
§ 2º A censura escrita será imposta pela Mesa Diretora, ao Vereador que:
I- usar, em discurso ou proposição, expressões atentatórias do decoro parlamentar;
II- praticar ofensas físicas ou morais no edifício da Câmara ou desacatar, por atos ou palavras, outro
parlamentar, a Mesa ou Comissão, ou os respectivos Presidentes.

Art. 96. Considera-se incurso na sanção de suspensão temporária do exercício do mandato, por falta
de decoro parlamentar, o Vereador que:

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I- reincidir nas hipóteses previstas nos parágrafos do artigo antecedente;
II- praticar transgressão grave ou reiterada aos preceitos deste Regimento;
III- revelar conteúdo de debates ou deliberações que a Câmara ou Comissão haja resolvido devam
ficar secretos;
IV- revelar informações e documentos oficiais de caráter reservado, de que tenha tido conhecimento
na forma regimental;
V- faltar, sem motivo justificado, a dez sessões ordinárias consecutivas ou a quarenta e cinco
intercaladas, dentro da sessão legislativa ordinária ou extraordinária.
§ 1º Nos casos dos incisos I a IV, a penalidade será aplicada pelo Plenário, em votação nominal por
maioria absoluta, assegurando o contraditório e a ampla defesa ao infrator.
§ 2º Considera-se ampla defesa a oportunidade do acusado ao receber a acusação por escrito
responder à mesma, pessoalmente ou por procurador no prazo de dez (10) dias, podendo ainda,
apresentar documentos e arrolar até três (3) testemunhas de defesa.
§ 3º Na hipótese do inciso V, a Mesa Diretora aplicará, de ofício, o máximo de penalidade, assegurando
ao acusado o contraditório e a ampla defesa na forma do § 2º.

Art. 97. A perda do mandato aplicar-se-á nos casos e na forma previstos no Art. 28 da Lei Orgânica
Municipal.

CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS

Art. 98. O Vereador poderá obter licença para:


I- desempenhar missão temporária de caráter cultural ou de interesse do Município;
II- tratamento de saúde;
III- tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que o afastamento não ultrapasse cento e
vinte dias por sessão legislativa;
IV- investidura em qualquer dos cargos referidos no Art. 29, I, da Lei Orgânica do Município, e no que
tratar a Legislação Federal;
V- assumir na condição de suplente, pelo tempo em que durar o afastamento ou licença do titular, de
cargo ou mandato público eletivo estadual ou federal. (Resolução n. 1.206, de 04/02/2015)
§ 1º As Vereadoras poderão ainda obter licença-gestante, e os Vereadores, licença-paternidade, nos
termos previstos no art. 7º, incisos XVIII e XIX, da Constituição Federal.
§ 2º A licença será concedida pelo Presidente, exceto na hipótese do inciso I, quando caberá à Mesa
Diretora decidir.
§ 3º A licença depende de requerimento fundamentado dirigido ao Presidente da Câmara, o qual
deverá ser lido na sessão subsequente.
§ 4º É permitido ao Vereador desistir a qualquer tempo de licença que lhe tenha sido concedida.
§ 5º Para obtenção de licença para tratamento de saúde será necessário atestado médico. (NR)

CAPÍTULO III
DA CONVOCAÇÃO DO SUPLENTE

Art. 99. Dar-se-á a convocação de suplente nos casos de vaga, de afastamento do exercício do
mandato para investidura nos cargos referidos no Art. 29, I e III da Lei Orgânica do Município ou de licença
por prazo superior a cento e vinte dias conforme prevê o Art. 56, § 1º da Constituição Federal. (NR)
(Resolução n. 1.206, de 04/02/2015)

CAPÍTULO IV
DA VACÂNCIA

Art. 100. As vagas, na Câmara, verificar-se-ão em virtude de:


I- falecimento;
II- renúncia;
III- perda de mandato.

Art. 101. A declaração de renúncia do Vereador ao mandato deve ser dirigida por escrito à Mesa
Diretora e independe de aprovação da Câmara mas somente se tornará efetiva e irretratável depois de
lida no pequeno expediente e publicada no Diário Oficial do Município.

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§ 1º Considera-se também haver renunciado:
I- O Vereador que não prestar compromisso no prazo estabelecido no § 4º do Art. 9º deste
Regimento;
II- O suplente que, convocado, não se apresentar para entrar em exercício no prazo de trinta dias.
§ 2º A vacância, nos casos de renúncia, será declarada em sessão pelo Presidente.

CAPÍTULO V
DAS LIDERANÇAS
Seção I
Da Indicação dos Líderes

Art. 102. Líder é o porta voz de uma representação partidária com prerrogativas constantes deste
Regimento e será substituído, em sua ausência ou impedimento, pelo Vice-Líder.
§ 1º A indicação dos Líderes partidários será feita no início da primeira e da terceira sessões
legislativas de cada Legislatura, e comunicada à Mesa Diretora em documento subscrito pela maioria dos
membros da respectiva bancada, podendo a mesma maioria substituí-los em qualquer oportunidade.

§ 2º Os Vice-Líderes serão indicados pelos respectivos Líderes.

Seção II
Da Competência dos Líderes

Art. 103. É da competência dos Líderes:


I - encaminhar a votação de qualquer proposição sujeita à deliberação do Plenário, para orientar sua
bancada por tempo não superior a um minuto.
§ 1º É concedido ao Líder, durante o expediente, salvo quando houver orador na tribuna, e por prazo
nunca superior a cinco minutos, o uso da palavra para fazer comunicação urgente ou responder a críticas
dirigidas contra a política que defende.
§ 2º O exercício da prerrogativa do § 1º não será admitido na fase destinada a Ordem do Dia e no
curso de discussão de matéria urgente.

Seção III
Do Líder do Prefeito

Art. 104. O Líder do Governo na Câmara Municipal de Vereadores será o Vereador escolhido e
indicado pelo Poder Executivo, sendo vedado acumular com a Liderança da Bancada, salvo na hipótese
em que o Líder do Poder Executivo for o único representante de sua Bancada.

CAPITULO VI
DO NOME PARLAMENTAR

Art. 105. Ao assumir o exercício do mandato, o Vereador, ou o Suplente convocado escolherá o nome
parlamentar com que deverá figurar nas publicações e registros da Casa.
Parágrafo único. Ao Vereador é licito, a qualquer tempo, mudar o seu nome parlamentar para o que
dirigirá comunicação escrita à Mesa Diretora, vigorando a alteração a partir daí.

TÍTULO IV
DAS SESSÕES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 106. As sessões da Câmara serão:


I- PREPARATÓRIAS, as que precedem a inauguração dos trabalhos na primeira e na terceira sessões
legislativas de cada Legislatura;
II- ORDINÁRIAS, as de qualquer sessão legislativa, realizadas no horário e dias fixados por resolução
aprovada em Plenário.
III- EXTRAORDINÁRIAS, as realizadas em dias ou horas diversos dos prefixados para as ordinárias;
IV- SOLENES, as realizadas para comemoração ou homenagem, a qualquer dia e hora, não havendo
prefixação de sua duração;

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V- ITINERANTES, as sessões ordinárias realizadas nos bairros e distritos da Capital, a serem fixadas
em Resolução, aprovada por maioria dos presentes, onde se constarão as datas e horários, de acordo
com escala elaborada pela Mesa Diretora.
§ 1º A sessão ordinária não se realizará:
I- por falta de quorum;
II- por deliberação do Plenário
III- por motivo de força maior, assim considerado pela Presidência.
§ 2º Aplica-se à sessão itinerante o disposto no parágrafo anterior.
§ 3º Os Vereadores deverão trajar-se de passeio completo e as Vereadoras de terninho ou tailleur.
§ 4º Qualquer cidadão poderá assistir às sessões da Câmara, na parte do recinto reservado ao público,
desde que:
I- apresente-se convenientemente trajado;
II- não porte arma;
III- conserve-se em silêncio durante os trabalhos;
IV- não manifeste apoio ou desaprovação ao que se passa em Plenário;
V- atenda as determinações do Presidente.
§ 5º O Presidente determinará a retirada do cidadão que se conduza de forma a perturbar os trabalhos.
§ 6º Na sessão solene poderão usar da palavra, autoridades e homenageados a critério do Presidente
da Câmara.

Art. 107. As sessões poderão ser prorrogadas a requerimento verbal de qualquer Vereador, aprovado
pelo Plenário em votação simbólica, pelo tempo necessário à conclusão da matéria em discussão.
Parágrafo único. O requerimento verbal deverá ser proposto até quinze minutos antes do
encerramento da sessão e não comporta discussão.

Art. 108. As gravações de todas as sessões serão conservadas na íntegra por 90 (noventa) dias, com
exceção da posse dos Vereadores que será armazenada durante toda a Legislatura.

Art. 109. A Câmara somente se reunirá quando tenha comparecido à sessão, pelo menos, um terço
dos Vereadores que a compõem.
Parágrafo único. Não havendo número legal, o Presidente aguardará quinze minutos e, caso o
quorum não se complete, fará lavrar ata com o registro dos nomes dos Vereadores presentes, declarando
prejudicada a realização da sessão.

Art. 110. Se, ao iniciar a sessão ordinária ou extraordinária, verificar-se a ausência dos Membros da
Mesa, assumirá a Presidência, o Vereador mais idoso presente, que designará qualquer dos demais
Vereadores para as funções de Secretário “ad hoc”.

Seção I
Da Realização das Sessões Ordinárias

Art. 111. As sessões ordinárias compõem de quatro fases:


I- Pequeno Expediente;
II- Palavra Livre;
III- Grande Expediente;
IV- Ordem do Dia.
§ 1º O Pequeno Expediente terá a duração de trinta minutos, improrrogáveis, e será destinado:
I- à leitura e aprovação da ata da sessão anterior, retificação ou impugnação da mesma;
II- à leitura dos documentos oriundos do Prefeito e de diversos;
III- à breve comunicação dos Líderes sobre assuntos de relevância municipal;
IV- ao conhecimento do Plenário sobre os projetos que deram entrada na Casa;
V- à leitura das indicações apresentadas pelos Vereadores;
VI- à apresentação de requerimentos verbais, especificados no Art. 158, que não comportam
discussão.
§ 2º A Palavra Livre terá a duração de sessenta minutos e destinar-se-á a assuntos diversos, conforme
inscrição dos oradores, feita até o final do Pequeno Expediente, quando o uso da palavra será dado aos
oradores inscritos:
I- será de dez minutos, o tempo de cada orador para pronunciamento na palavra livre e será de seis,
o número total de vereadores inscritos;

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II- será de dois minutos, o tempo de cada aparte, sendo descontado do tempo previsto no inciso I.
§ 3º A Câmara poderá destinar a palavra livre para pronunciamento de representantes da sociedade
organizada sobre assunto de interesse público, a critério do Presidente, sendo que cada manifestante
terá dez minutos para o seu pronunciamento e o tempo restante será dividido entre os Vereadores
inscritos.
§ 4º O Grande Expediente terá a duração de trinta minutos prorrogáveis apenas em caso de não haver
pauta para Ordem do Dia e destinar-se-á à leitura, discussão e votação de requerimentos.
§ 5º A Ordem do Dia terá a duração de sessenta minutos e destinar-se-á a apreciação da pauta da
sessão.
§ 6º Para pronunciamento no Grande Expediente e na Palavra Livre, deverá o Vereador inscrever-se
em livro próprio, que ficará sobre a mesa e que será controlado pelo 1º Secretário, devendo ser
rigorosamente observada a ordem de inscrição feita até o final do Pequeno Expediente.
§ 7º A inscrição será para cada sessão.
§ 8º Qualquer orador que esteja inscrito para o Grande Expediente ou Palavra Livre, poderá ceder, no
todo ou em parte, a vez a outro Vereador.
§ 9º É permitida a permuta de ordem de inscrição mediante comunicação dos permutantes à Mesa
Diretora.
§ 10. Quando o orador inscrito não responder a chamada para falar, perderá a vez.
§ 11. Na sessão em que sobrar tempo no Grande Expediente, esse tempo será incorporado à Ordem
do Dia.
§ 12. Na sessão em que não houver pauta para Ordem do Dia o tempo previsto para esta poderá ser
incorporado ao Grande Expediente.
§ 13. A Mesa Diretora solicitará e arquivará, por um período de 90 (noventa) dias, cópia de todo
documento que for exibido por Vereador durante o pronunciamento em Plenário.
§ 14. Dos documentos apresentados no Pequeno Expediente e no Grande Expediente, poderão os
Vereadores solicitar cópia a Casa.
§ 15. Nenhum discurso poderá ser interrompido ou transferido para outra sessão, salvo se findo o
tempo a ele destinado, ou da parte da sessão em que deve ser proferido e nas hipóteses dos arts. 116,
128 e 168.
§ 16. Em caso de requerimento de retificação ou impugnação da ata, o Presidente considerará
procedente ou não o pedido, cabendo recurso ao Plenário.

Seção II
Da Ordem do Dia

Art. 112. Na Ordem do Dia, verificar-se-á previamente o número de Vereadores presentes e a mesma
só será iniciada mediante a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 1º Nenhuma proposição poderá ser posta em discussão sem que tenha sido incluída na Ordem do
Dia com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas do início da sessão.
§ 2º Nas sessões em que deva ser apreciada a proposta orçamentária, nenhuma outra matéria figurará
na Ordem do Dia.
§ 3º O Presidente determinará ao 1º Secretário a leitura de proposição:
I- constante da pauta e aprovada conclusivamente pelas Comissões Permanentes.
II- sujeita à deliberação do Plenário, para caso de oferecimento de emendas, na forma do artigo 162.

Art. 113. A ausência às votações equipara-se, para todos os efeitos à ausência às sessões, ressalvada
a que se verificar a título de obstrução parlamentar legítima, assim considerada a que for aprovada pelo
Líder e comunicada à Mesa Diretora.

Art. 114. A pauta da Ordem do Dia obedecerá a seguinte ordem:


I- matéria em regime de urgência especial;
II- matéria em regime de urgência simples;
III- vetos;
IV- matérias em discussão única;
V- matérias em segunda discussão;
VI- matérias em primeira discussão;
VII- recursos;
VIII- demais proposições.

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Seção III
Do Encerramento

Art. 115. Esgotado o tempo da sessão ou ultimados a Ordem do Dia e a Palavra Livre, o Presidente a
encerrará, convocando antes a sessão seguinte.

Art. 116. Se o término do tempo da sessão ocorrer quando iniciada uma votação, esta será ultimada
independentemente de pedido de prorrogação.

Art. 117. Estando em apreciação matéria em regime de urgência especial, esta só sairá da pauta
quando votada.

Art. 118. É lícito ao Presidente, de ofício ou a requerimento de Vereador, com recurso de sua decisão
ao Plenário retirar da pauta proposição em desacordo com as exigências regimentais.

Seção IV
Das Sessões Extraordinárias

Art. 119. A convocação de sessão extraordinária far-se-á:


I- por seu Presidente, quando ocorrer intervenção no Município, e para compromisso e posse do
Prefeito ou do Vice-Prefeito;
II- pelo Prefeito Municipal, por seu Presidente ou a requerimento da maioria dos Membros da Casa,
em caso de urgência ou interesse público relevante em todas as hipóteses deste inciso, com a aprovação
da maioria absoluta da Casa.
§ 1º A sessão extraordinária será destinada exclusivamente à discussão e votação das matérias para
a qual foi convocada.
§ 2º Durante os períodos de sessões a que se refere o parágrafo anterior, não serão realizadas
sessões ordinárias.
§ 3º O Presidente prefixará o dia, a hora e a Ordem do Dia da sessão extraordinária, que serão
comunicados aos Vereadores em sessão ou mediante edital de convocação, ambos com vinte e quatro
horas de antecedência.
§ 4º Aplicar-se-ão às sessões extraordinárias, no que couber, as disposições atinentes às sessões
ordinárias.
§ 5º A sessão extraordinária compor-se-á exclusivamente de Ordem do Dia.

Seção V
Da Suspensão e do Levantamento das Sessões

Art. 120. Suspensão é a interrupção da sessão por tempo certo, por conveniência técnica, por falta de
quórum para deliberação ou para recepção de personalidade ilustre.
§ 1º A suspensão da sessão não determinará a prorrogação compensatória do tempo destinado a
qualquer de suas fases.
§ 2º Na hipótese da falta de quórum para deliberação, o Presidente aguardará quinze minutos antes
de passar à fase seguinte da sessão.

Art. 121. Levantamento é a interrupção definitiva da sessão em caso de tumulto grave.

Art. 122. Fora dos casos expressos nos artigos 120 e 121, só mediante deliberação do Plenário,
poderá a sessão ser suspensa ou levantada.

CAPÍTULO II
DA DISCIPLINA DOS DEBATES
Seção I
Disposições Preliminares

Art. 123. Os debates deverão realizar-se com dignidade e ordem cumprindo ao Vereador atender às
seguintes determinações regimentais:
I- falará de pé, exceto se tratando do Presidente e, quando impossibilitado de fazê-lo, requererá ao
Presidente autorização para falar sentado;

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II- dirigir-se ao Presidente ou à Câmara voltado para a Mesa Diretora, salvo quando responder a
aparte;
III- não usar da palavra sem a solicitação e sem receber consentimento do Presidente;
IV- referir-se ou dirigir-se a outro Vereador pelo tratamento de Excelência.

Art. 124. O Vereador a que for dada a palavra deverá inicialmente declarar a que título se pronuncia e
não poderá:
I- usar da palavra com finalidade diferente do motivo alegado;
II- desviar-se da matéria em debate;
III- falar sobre matéria vencida;
IV- usar de linguagem imprópria;
V- ultrapassar o prazo que lhe competir;
VI- deixar de atender as advertências do Presidente.

Seção II
Do Uso da Palavra

Art. 125. O Vereador somente usará da palavra:


I- no Expediente, quando for para solicitar retificação ou impugnação de ata ou quando se achar
regularmente inscrito;
II- para discutir matéria em debate, encaminhar votação ou declarar o seu voto;
III- para apartear, na forma regimental;
IV- para explicação pessoal;
V- para levantar Questão de Ordem ou pedir esclarecimento à Mesa Diretora;
VI- para apresentar requerimento verbal de qualquer natureza;
VII- quando for designado para saudar qualquer visitante ilustre.

Art. 126. Quando mais de 1 (um) Vereador solicitar a palavra simultaneamente, o Presidente concedê-
la-á na seguinte forma:
I- ao autor da proposição em debate;
II- ao relator do parecer em apreciação;
III- ao autor da emenda;
IV- alternadamente, a quem seja pró ou contra a matéria em debate.

Seção III
Da Interrupção do Discurso

Art. 127. Quando o Presidente estiver com a palavra, no exercício de suas funções, durante as sessões
plenárias, não poderá ser interrompido, nem aparteado.

Art. 128. O Presidente solicitará ao orador, por iniciativa própria ou a pedido de qualquer Vereador,
que interrompa o seu discurso nos seguintes casos:
I- para leitura de requerimento de urgência;
II- para comunicação importante à Câmara;
III- para recepção de visitantes;
IV- para votação de requerimento de prorrogação da sessão;
V- para atender questão de ordem;

Art. 129. Para o aparte, ou interrupção do orador por outro para indagação ou comentário
relativamente à matéria em debate observar-se-á o seguinte:
I- o aparte deverá ser expresso em termos corteses e não poderá exceder a 2 (dois) minutos;
II- não serão permitidos apartes paralelos, sucessivos ou sem licença do orador;
III- não é permitido apartear o orador que fala em questão de ordem, em explicação pessoal, para
encaminhamento de votação ou para declaração de voto;
IV- o aparteante permanecerá de pé quando aparteia e enquanto ouve a resposta do aparteado.

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Seção IV
Da Ordem, das Questões de Ordem e dos Precedentes

Art. 130. Em qualquer fase dos trabalhos da sessão, poderá o Vereador falar Pela Ordem, para
reclamar a inobservância de norma expressa neste Regimento.
Parágrafo único. O Presidente não poderá recusar a palavra ao Vereador que solicitar Pela Ordem,
mas poderá interrompê-lo e cassar-lhe a palavra se não indicar desde logo o artigo regimental
desobedecido ou considerá-la inoportuna.

Art. 131. Questão de Ordem é toda dúvida, levantada em Plenário, sobre a interpretação deste
Regimento, na sua prática ou relacionada com as Constituições Federal, Estadual ou com a Lei Orgânica
do Município.
§ 1º Durante a Ordem do Dia só poderá ser levantada questão de ordem atinente à matéria que nela
figure.
§ 2º Nenhum Vereador poderá exceder do prazo de três minutos para formular questão de ordem.
§ 3º Durante a votação, a palavra para formular questão de ordem só poderá ser concedida uma vez
ao Relator da Comissão específica da matéria e uma vez a um Vereador, de preferência ao autor da
proposição.
§ 4º A questão de ordem deve ser objetiva, claramente formulada, com a indicação precisa das
disposições regimentais que se pretende elucidar sob pena de as repelir sumariamente o Presidente.

Art. 132. Considera-se simples precedente a decisão sobre questão de ordem, só adquirindo força
obrigatória quando incorporada ao Regimento através de resolução.

Art. 133. Cabe ao Presidente resolver as questões de ordem, não sendo lícito a qualquer Vereador
opor-se à decisão, sem prejuízo de recurso ao Plenário.
§ 1º O recurso será encaminhado à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, para parecer
oral e imediato.
§ 2º O Plenário, em face do parecer, decidirá o caso concreto.

Art. 134. Os casos não previstos neste Regimento serão resolvidos soberanamente pelo Plenário e
serão anotados em livro próprio pelo 1º Secretário, apenas para fins de registro.

Seção V
Dos Prazos para Uso da Palavra

Art. 135. Os oradores terão os seguintes prazos para uso da palavra:


I- 1 (um) minuto para declarar voto;
II- 2 (dois) minutos para apartear;
III- 3 (três) minutos para apresentar requerimento de retificação ou impugnação de ata e levantar
questão de ordem;
IV- 5 (cinco) minutos para discutir requerimento, encaminhar votação, discutir parecer e proferir
explicação pessoal;
V- 10 (dez) minutos para discutir projeto de lei, de resolução ou de decreto legislativo, veto e artigo
isolado de proposição;
VI- 20 (vinte) minutos para discutir a proposta orçamentária, a prestação de contas e a destinação de
Membro da Mesa.

CAPÍTULO III
DA ATA

Art. 136. Lavrar-se-á ata com a sinopse dos trabalhos de cada sessão, cuja redação obedecerá a
padrão uniforme.
§ 1º As atas serão organizadas em anais por ordem cronológica, encadernadas por sessão legislativa
e recolhidas ao arquivo.
§ 2º Da ata constará a lista nominal de presença e de ausência às sessões ordinárias e extraordinárias
da Câmara.

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TÍTULO V
DAS PROPOSIÇÕES E SUA TRAMITAÇÃO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 137. Proposição é toda matéria sujeita à deliberação da Câmara.

Art. 138. Consistem as proposições em:


I- proposta de emenda à Lei Orgânica;
II- projeto de Lei Complementar;
III- projeto de Lei;
IV- projeto de decreto legislativo;
V- projeto de resolução;
VI- projeto substitutivo;
VII- emenda e subemenda;
VIII- veto;
IX- parecer de Comissão Permanente;
X- relatório de Comissão Especial;
XI- requerimento;
XII- indicação;
XIII- representação.

Art. 139. As proposições deverão ser redigidas em termos claros de forma articulada, acompanhadas
de justificativa e conter ementa indicativa do assunto a que se referem, excetuando, quanto a esta última,
as especificadas nos incisos VII, VIII, IX, X, XI, XII e XIII do artigo anterior.

Art. 140. Considera-se autor da proposição, para efeitos regimentais, o seu primeiro signatário.
§ 1º Ao signatário da proposição só é lícito dela retirar sua assinatura antes de iniciada a sua discussão.
§ 2º Nos casos de proposição dependendo de número mínimo de subscritores, se com a retirada de
assinaturas esse limite não for alcançado, o Presidente a devolverá ao primeiro signatário, dando
conhecimento ao Plenário.
§ 3º A proposição será retirada da Ordem do Dia quando seu autor não se encontrar em Plenário.

Art. 141. Sempre que a matéria elencada no Art. 138 fizer remissão à legislação federal, estadual ou
municipal, fica o autor dá proposição, obrigado a anexar-lhe o respectivo diploma legal, sob pena de não
se iniciar a sua tramitação. (Resolução n. 1.216, de 15/07/2015)
Parágrafo único. Caberá ao Presidente da Mesa Diretora, devolver a matéria ao autor, se não estiver
satisfeita a exigência contida no caput deste artigo. (NR) (Resolução n. 1.216, de 15/07/2015)

Seção I
Da Tramitação

Art. 142. De toda e qualquer proposição protocolada na Casa, será dado conhecimento ao Plenário
pelo 1º Secretário, durante o Pequeno Expediente.

Art. 143. Em seguida as proposições serão encaminhadas, por despacho do Presidente da Mesa
Diretora, à Procuradoria Municipal para receberem pareceres técnicos, no prazo improrrogável de cinco
dias úteis e, após, às Comissões Permanentes.

Art. 144. Quando, por extravio ou retenção indevida, não for possível o andamento de qualquer
proposição, a Mesa Diretora a reconstituirá pelos meios ao seu alcance, de ofício ou a requerimento de
qualquer Vereador.

Art. 145. A proposição não será submetida à discussão e votação sem parecer das Comissões afetas,
salvo se houver transcorrido o prazo para sua apreciação, caso em que as Comissões oferecerão parecer
oral em Plenário para sua inserção na Ordem do Dia.
Parágrafo único. Será considerada prejudicada a proposição sempre que possua objeto idêntico ao
de outra em tramitação que tenha sido anteriormente protocolada.

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Art. 146. Dispensa-se a redação final no caso do projeto não haver sofrido alteração no curso da sua
discussão. Caso contrário, o projeto retornará à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final para
as providências.

Art. 147. Dada a redação final, ou dispensada esta, a Mesa Diretora expedirá o autógrafo ao projeto
de lei, no prazo de 03 (três) dias úteis, exceto nos casos de Código para enviá-lo à sanção, promulgação
e publicação do Executivo.
§ 1º Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Prefeito importará sanção.
§ 2º O veto será apreciado, dentro de trinta dias, a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado
pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.
§ 3º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado para promulgação, ao Prefeito Municipal.
§ 4º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 2º, o veto será colocado na Ordem do Dia
da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 5º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito Municipal, nos casos
dos §§ 1º e 3º, o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao 1º
Vice-Presidente fazê-lo.
§ 6º A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara.
§ 7º Na apreciação do veto é vedado introduzir qualquer modificação ao texto vetado.
§ 8º Cabe ao Presidente da Câmara a promulgação e publicação das Resoluções e Decretos
Legislativos, no prazo de quarenta e oito horas da sua aprovação.

Seção II
Do Regime de Urgência

Art. 148. As proposições poderão tramitar em regime de urgência especial ou de urgência simples.
§ 1º O regime de urgência especial implica a dispensa de exigências regimentais, exceto quorum e
pareceres obrigatórios das Comissões Competentes e da Procuradoria Municipal, assegurando à
proposição, inclusão, com prioridade, na Ordem do Dia.
§ 2º O regime de urgência simples implica a impossibilidade de adiamento de apreciação da matéria
e exclui os pedidos de vista e de audiência de Comissão a que não esteja afeto o assunto assegurando
à proposição inclusão, em segunda prioridade, na Ordem do Dia.

Art. 149. A concessão de urgência especial dependerá de assentimento de 2/3 (dois terços) dos
membros da Câmara Municipal, mediante provocação por escrito, da Mesa Diretora ou de Comissão,
quando autores da proposição em assunto de sua competência privativa ou especialidade, ou ainda por
proposta de pelo menos 2/3 (dois terços) dos membros da Edilidade.
§ 1º O Plenário somente concederá a urgência especial, quando a proposição atenda aos seguintes
requisitos:
I- por seus objetivos exija apreciação pronta, sem o que perderá a oportunidade ou a eficácia;
II- esteja instruída com o parecer da Procuradoria Municipal.
§ 2º Concedida a urgência especial para projeto ainda sem parecer, serão consultadas,
imediatamente, as Comissões pertinentes para que se pronunciem de forma oral, após o que a proposição
estará apta para discussão e votação, na mesma sessão.
§ 3º Caso não seja possível obter-se de imediato o parecer das Comissões competentes, o projeto
passará a tramitar no regime de urgência simples.

Art. 150. O regime de urgência simples será concedido pelo Plenário por requerimento de qualquer
Vereador, quando se tratar de matéria de relevante interesse público que exige, por sua natureza, a pronta
deliberação do Plenário.
§ 1º Serão incluídos no regime de urgência simples independentemente de manifestação do
Plenário, as seguintes matérias:
I- A proposta orçamentária, a partir do escoamento da metade do prazo de que disponha o
Legislativo para apreciá-la;
II- Os projetos de Lei do Executivo, sujeitos à apreciação em quarenta e cinco dias serão
automaticamente incluídos na Ordem do Dia do 45º dia, com ou sem pareceres, sobrestando-se a
deliberação quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votação;
III- o veto, no 30º dia para sua apreciação, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 2º O prazo do inciso II não corre no período de recesso, nem se aplica aos projetos de código,
estatuto e consolidações.

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CAPÍTULO II
DAS PROPOSIÇÕES EM ESPÉCIE

Art. 151. Toda matéria legislativa de competência da Câmara, dependente de manifestação do


Prefeito, será objeto de projeto de lei; todas as deliberações privativas da Câmara, tomadas em Plenário,
que independem do Executivo, terão forma de decreto legislativo ou de resolução, conforme o caso.
§ 1º Destinam-se os decretos legislativos a regular matérias de exclusiva competência da Câmara,
sem a sanção do Prefeito e que tenham efeito externo, tais como:

I- concessão de licença ao Prefeito para afastar-se do cargo ou ausentar-se do Município por mais
de dez dias;
II- aprovação ou rejeição do parecer prévio sobre as contas do Município, proferido pelo Tribunal de
Contas do Estado;
III- fixação da remuneração do Prefeito, bem como da sua verba de representação e a do Vice-
Prefeito;
IV- alteração territorial do Município;
V- perda de mandato do Prefeito e dos Vereadores;
VI- concessão de honrarias.
§ 2º Destinam-se as resoluções a regular as matérias de caráter político ou administrativo relativos a
assuntos de economia interna da Câmara, tais como:
I- fixação da remuneração dos Vereadores, bem como da verba de representação do Presidente e do
1º Secretário;
II- concessão de licença a Vereador para desempenhar missão temporária de caráter cultural ou de
interesse do Município;
III- criação de Comissão Especial;
IV- criação, transformação ou extinção de cargos, empregos ou funções do Poder Legislativo, bem
como a fixação e alteração da remuneração dos funcionários;
V- criação de honraria;
VI- qualquer matéria de natureza regimental.

Art. 152. A iniciativa dos projetos de lei cabe a qualquer Vereador, à Mesa Diretora da Câmara, às
Comissões Permanentes, ao Prefeito e aos cidadãos, ressalvados os casos de iniciativa privativa do
Executivo e da Mesa Diretora do Legislativo, conforme determinação constitucional, legal ou deste
Regimento.

Art. 153. Substitutivo é o projeto de lei, de resolução ou de decreto legislativo apresentado para
substituir outro já formalizado sobre o mesmo assunto.
Parágrafo único. Não é permitido mais de um substitutivo ou substitutivo parcial ao mesmo projeto.

Art. 154. Veto é a oposição formal e justificada do Prefeito a projeto de lei aprovado pela Câmara, por
considerá-lo inconstitucional, ilegal, ou contrário ao interesse público.

Art. 155. Parecer é o pronunciamento de Comissão Permanente sobre matéria que lhe haja sido
regimentalmente distribuída.
Parágrafo único. O parecer poderá ser acompanhado de emenda ou projeto substitutivo.

Art. 156. Indicação é a proposição escrita pela qual o Vereador sugere medidas de interesse público
sem parecer das Comissões, independente de deliberação do Plenário.

CAPÍTULO III
DOS REQUERIMENTOS

Art. 157. Requerimento é todo pedido verbal ou escrito de Vereador ou de Comissão, feito ao
Presidente da Câmara ou por seu intermédio, à Mesa Diretora, sobre assunto de interesse público ou
pessoal do Vereador.

Art. 158. O requerimento poderá ser verbal ou escrito independendo de pareceres técnicos e das
Comissões, a saber:
§ 1º Será verbal e decidido pelo Presidente da Câmara o requerimento que solicite:

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I- a palavra ou a desistência desta;
II- permissão para falar sentado;
III- leitura de qualquer matéria para conhecimento do Plenário;
IV- observância de disposição regimental;
V- retirada, pelo autor, de requerimento ou proposição ainda não submetido à deliberação do Plenário;
VI- requisição de documentos;
VII- declaração de voto e sua transcrição em ata;
VIII- retificação ou impugnação de ata;
IX- verificação de quorum;
X- preenchimento de lugar em Comissão;
XI-licença de Vereador para ausentar-se da sessão;
XII- prorrogação de prazo para o orador na tribuna;
XIII- inclusão em Ordem do Dia de proposição em condições regimentais de nela figurar;
XIV- esclarecimento sobre ato da administração ou economia interna da Câmara.
§ 2º Serão verbais, sujeitos à deliberação do Plenário os requerimentos que solicitem:
I- prorrogação de sessão ou dilatação da própria prorrogação;
II- destaque de matéria para votação;
III- votação nominal;
IV- moção de apoio, louvor, congratulações, protesto e repúdio. (Resolução n. 1.118, de 16/12/10)
§ 3º Serão escritos, sujeitos à deliberação do Plenário e dependerão de quorum de instalação de
maioria absoluta, os requerimentos que solicitem:
I- audiência de Comissão Permanente;
II- juntada de documentos a processo ou desentranhamento;
III- preferência para discussão de matéria;
IV- retirada de proposição já colocada sob deliberação do Plenário;
V- anexação de proposições com objeto idêntico;
VI- informações solicitadas ao Prefeito ou por seu intermédio;
VII- constituição de Comissões Especiais, exceto de Comissão Parlamentar de Inquérito;
VIII- convocação de Secretário Municipal para prestar esclarecimento em Plenário.
§ 4º Serão escritos e independerão de deliberação do Plenário, as moções de pesar. (NR)

Art. 159. Representação é a exposição escrita e circunstanciada de Vereador ao Presidente da


Câmara, visando a destituição de Membro da Mesa, nos casos previstos neste Regimento.
Parágrafo único. Para efeitos regimentais equipara-se à representação, a denúncia contra o Prefeito
ou Vereador, sob acusação de prática de crime de responsabilidade.

CAPÍTULO IV
DAS EMENDAS

Art. 160. Emenda é a proposição apresentada como acessório de outra.


§ 1º As emendas podem ser supressivas, aglutinativas, substitutivas, aditivas ou modificativas.
I- Emenda supressiva é a que manda erradicar qualquer parte de outra;
II- Emenda aglutinativa é a que resulta da fusão de outras emendas, ou destas com o texto;
III- Emenda substitutiva é a apresentada como sucedânea de outra;
IV- Emenda aditiva é a proposição que deve ser acrescentada a outra;
V- Emenda modificativa é a proposição que visa alterar a redação de outra.
§ 2º Denomina-se subemenda a emenda apresentada a outra emenda.
§ 3º Denomina-se emenda de redação a que visa sanar vício de linguagem, incorreção de técnica
legislativa ou lapso manifesto.

Art. 161. As emendas poderão ser apresentadas diretamente à Comissão, por qualquer de seus
Membros, ou por qualquer Vereador, a partir do recebimento da proposição principal, até o término da
sua discussão pelo órgão técnico.
Parágrafo único. A emenda somente será considerada como de Comissão quando apresentada pela
maioria de seus Membros, sobre matéria de seu campo temático.

Art. 162. As emendas de Plenário serão apresentadas às proposições constantes da Ordem do Dia
ou, quando em segunda discussão ainda não encerrada, devendo neste último caso, trazer a assinatura
de, pelo menos, 1/3 (um terço) dos membros da Câmara.

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Art. 163. O Presidente da Câmara não receberá emenda:
I- que aumente de qualquer forma as despesas ou o número de cargos previstos em projeto referente
ao Poder Legislativo;
II- que crie despesa ou aumente a prevista nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvados
os casos dos Arts. 189 e 190 deste Regimento.
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição contida na alínea “b”, as emendas originárias do Poder
Executivo, relativamente às proposições de sua iniciativa.

Art. 164. Qualquer proposição poderá receber emendas durante a sua tramitação, as quais serão
apreciadas pelas Comissões Permanentes em conjunto, ou separadamente, na mesma sessão em que
a referida proposição estiver pautada.
§ 1º Se a emenda for proposta na fase da Ordem do Dia, o parecer de que trata o caput deste artigo,
será oral, em Plenário.
§ 2º Não sendo possível os pareceres das Comissões estas terão o prazo máximo de 48 (quarenta e
oito) horas para se manifestar desde que ouvido o Plenário que poderá reduzi-lo.

CAPÍTULO V
DAS DISCUSSÕES
Seção I
Disposições Gerais

Art. 165. Discussão é o debate de proposição constante da Ordem do Dia, pelo Plenário, antes de se
passar a sua votação.
§ 1º Não estão sujeitos à discussão:
I- as indicações;
II- os requerimentos a que se refere o Art. 158, com exceção daqueles previstos em seu § 2º, inciso IV
e § 3º.
§ 2º- O Presidente declarará prejudicada a discussão:
I- de qualquer projeto com objetivo idêntico ao de outro que já tenha sido aprovado antes, ou rejeitado
na mesma sessão legislativa, excetuando-se aqueles subscritos pela maioria absoluta dos Membros da
Câmara Municipal.
II- da proposição original, quando tiver substitutivo aprovado;
III- de emenda ou subemenda idêntica a outra já aprovada ou rejeitada;
IV- de requerimento repetitivo.
§ 3º A discussão será feita sobre o conjunto da proposição e das emendas, se houver.
§ 4º O Presidente, aquiescendo o Plenário poderá anunciar o debate por títulos, capítulos, seções ou
grupos de artigos.
§ 5º Havendo mais de um requerimento subscrito pelo mesmo autor, poderá a Mesa Diretora colocá-
los conjuntamente em discussão.

Art. 166. Terão uma única discussão as proposições seguintes:


I - as que tenham sido colocadas em regime de urgência especial;
II - as que se encontrem em regime de urgência simples;
III - os projetos de lei oriundos do Executivo com solicitação de prazo;
IV - o veto;
V - os projetos de decreto legislativo ou de resolução de qualquer natureza;
VI - os requerimentos sujeitos a debates.

Art. 167. Terão 2 (duas) discussões todas as proposições não incluídas no artigo anterior.
§ 1º Em nenhuma hipótese a segunda discussão ocorrerá na mesma sessão que tenha ocorrido a
primeira discussão.
§ 2º Os projetos de lei rejeitados em 1ª discussão e votação, serão arquivados.

Art. 168. A discussão não será interrompida, salvo para:


I - pedir Pela Ordem;
II - formulação de Questão de Ordem;
III - adiamento para os fins previstos no Art. 169;
IV - verificação do quorum exigido;

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V - comunicação urgente à Câmara;
VI - recepção de visitante ilustre;
VII - votação de requerimento de prorrogação da sessão;
VIII - ser suspensa ou levantada a sessão.

Seção II
Do Adiamento da Discussão

Art. 169. A discussão, salvo nos projetos em regime de urgência, poderá ser adiada, mediante
deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Vereador ou Comissão para os seguintes fins:
I - audiência de Comissão que sobre ela, regimentalmente, não se tenha manifestado;
II pedido de vista para reexame por membro de uma ou mais Comissões por motivo justificado, pelo
prazo de até quinze dias, prorrogáveis por igual período;
III - ser realizada em dia determinado, não excedente de 30 (trinta) dias;
IV - preenchimento de formalidade essencial;
V - diligência considerada imprescindível ao seu esclarecimento.
§ 1º O requerimento previsto na alínea "b" somente poderá ser recebido quando:
I - a superveniência de fato novo possa justificar a alteração do parecer proferido;
II - houver dúvidas quanto à omissão ou engano manifesto no parecer;
III - a própria comissão, pela maioria de seus membros, julgue necessário o reexame.
§ 2º O adiamento, aprovado será sempre por tempo determinado não excedente a trinta dias, não
podendo ultrapassar o período da sessão legislativa.

Seção III
Da Dispensa da Discussão

Art. 170. As proposições com todos os pareceres favoráveis poderão ter a discussão dispensada por
deliberação do Plenário, mediante requerimento do autor.
Parágrafo único. A dispensa da discussão deverá ser requerida ao ser anunciada a matéria e não
prejudica a apresentação de emendas.

Seção IV
Do Encerramento da Discussão

Art. 171. Encerra-se a discussão:


I - pela ausência de oradores;
II - por decurso dos prazos regimentais;
III - por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Vereador.
IV - anunciado o início da votação.

CAPÍTULO VI
DAS VOTAÇÕES

Art. 172. As votações, salvo disposição em contrário, serão tomadas por maioria de votos, presente a
maioria absoluta dos membros da Câmara.

Seção I
Do Quorum para Aprovação

Art. 173. Dependerão do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara, a aprovação e
a alteração das seguintes matérias:
I - Regimento Interno da Câmara;
II - Leis Complementares de que trata o Parágrafo único do Art. 46 da LOM;
III - Criação, reclassificação, reenquadramento ou extinção de cargos, fixação, aumento e alteração
de vencimentos dos Servidores;
IV - Obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito;
V - Perda de mandato de Vereador;
VI - Rejeição de veto;

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Parágrafo único. Maioria absoluta é o primeiro número inteiro acima da metade do total dos Membros
da Câmara.

Art. 174. Dependerão do voto favorável de dois terços dos Membros da Câmara, a aprovação e a
alteração das seguintes matérias:
I - concessão de direito real de uso e concessão administrativa de uso;
II - denominação de prédios, vias e logradouros públicos;
III - concessão de anistia, isenção e remissão tributárias ou previdenciárias e incentivos fiscais, bem
como moratória e privilégios;
IV - concessão de títulos honoríficos e honrarias;
V - alienação de bens imóveis;
VI - rejeição do parecer prévio do tribunal de Contas do Estado, sobre as contas que o Município deve,
anualmente, prestar;
VII alteração territorial do Município;
VIII - criação, organização e supressão de distritos;
IX - recebimento de denúncia contra o Prefeito e Vereadores, para apuração de crime de
responsabilidade;
X - aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargo.

Art. 175. Ressalvada a hipótese da obstrução parlamentar legítima prevista no Art. 113, o Vereador
não poderá recusar-se a votar.

Art. 176. O Vereador estará impedido de votar quando tiver interesse pessoal na matéria, caso em
que sua presença será computada para efeito de quorum.
Parágrafo único. No curso da votação é facultado ao Vereador impugná-la perante o Plenário ao
constatar que dela esteja participando Vereador impedido de votar.

Art. 177. Quando se esgotar o tempo regimental da sessão, esta considerar-se-á prorrogada até ser
concluída a votação da matéria em causa.

Art. 178. Considerar-se-á qualquer matéria em fase de votação a partir do momento em que o
Presidente declarar encerrada a discussão.

Seção II
Do Voto Público

Art. 179. O voto será sempre público nas deliberações da Câmara.

Seção III
Dos Processos de Votação

Art. 180. Os processos de votação são 2 (dois): simbólico e nominal.


§ 1º O processo simbólico consiste na simples contagem de votos a favor ou contra a proposição,
mediante solicitação de manifestação.
§ 2º O processo nominal consiste na expressa manifestação de cada Vereador, pela chamada, sobre
em que sentido vota, respondendo sim ou não.

Art. 181. O processo simbólico será a regra geral para as votações, somente sendo abandonado por
impositivo legal ou regimental ou por solicitação de qualquer Vereador.
§ 1º Do resultado da votação simbólica qualquer Vereador poderá requerer verificação mediante
votação nominal, não podendo o Presidente indeferí-lo.
§ 2º Não se admitirá segunda verificação de resultado da votação.
§ 3º O Presidente, em caso de dúvida, poderá, de ofício, repetir a votação simbólica para a recontagem
dos votos.

Art. 182. A votação será nominal nos casos em que seja exigido o quorum de maioria absoluta e dois
terços, previstos nos arts. 173 e 174.

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Art. 183. Uma vez iniciada, a votação somente interromper-se-á se for verificada a falta de número
legal, caso em que os votos já colhidos serão considerados prejudicados.

Art. 184. Terão preferência para votação as emendas supressivas e as emendas substitutivas.

Art. 185. O Vereador poderá, ao votar, fazer declaração de voto, que consiste em indicar as razões
pelas quais adota determinada posição em relação ao mérito da matéria.

Art. 186. Enquanto o Presidente não tenha proclamado o resultado da votação, o Vereador que já
tenha votado poderá retificar o seu voto.

TÍTULO VI
DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL E DOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE
CAPÍTULO I
DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL
Seção I
Do Orçamento

Art. 187. A Comissão Permanente de Finanças e Orçamento prevista no § 1º do Art. 99 da LOM passa
a denominar-se Comissão Permanente de Finanças, Orçamento e Fiscalização e terá como finalidade:
I - Examinar e emitir parecer sobre os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes
Orçamentárias, ao Orçamento Anual e aos Créditos Adicionais, assim como sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Prefeito Municipal;
II - É sem prejuízo da atuação das demais Comissões da Casa ou de Vereadores isolados, exercer a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das entidades da
Administração Direta e Indireta, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade de seus atos;
III - Exercerá, ainda, a fiscalização das aplicações das verbas de subvenções, convênios, acordos,
ajustes, renúncias de receita ou outros instrumentos congêneres com qualquer pessoa física ou jurídica,
podendo ainda examinar as prestações das contas previstas no artigo 52 da LOM e finalmente exercer
todas as atribuições previstas na Sessão VII do Título III da LOM que trata da Fiscalização Contábil,
Financeira e Orçamentária, sem prejuízo da atuação de outras Comissões ou de Vereadores isolados.

Art. 188. Ao chegar à Comissão, projeto de lei ou outro expediente tratando de matéria de sua
competência o Presidente da Comissão designará um relator que atuará de acordo com as disposições
deste capítulo.

Art. 189. Serão apreciados pela Comissão emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual e Créditos
Adicionais que:
I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
II - que indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesas, excluídas as que incida sobre:
a) dotação para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida municipal;
c) transferência tributária para autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público
Municipal.
II - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões;
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei;
Parágrafo único. Todas as emendas serão encaminhadas em formulário único a ser elaborado pela
Comissão.

Art. 190. As emendas ao Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias somente serão apreciadas quando
compatíveis com o Plano Plurianual.

Art. 191. O Relator das Contas do Prefeito Municipal e da Mesa Diretora da Câmara apresentará, no
prazo de 15 dias, a contar do recebimento das mesmas, parecer que concluirá por um projeto de Decreto
Legislativo, ao qual poderão ser apresentadas emendas na Comissão, no prazo de quinze dias, a partir
da publicação da abertura do prazo no órgão oficial e leitura no Plenário do mesmo.
§ 1º O prazo começa a correr da publicação no Diário Oficial.

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§ 2º Na votação da matéria de que trata este artigo observar-se-á o parágrafo único do artigo 53 da
LOM.

Art. 192. As propostas de modificações das matérias a que se refere o § 5º do artigo 99 da LOM,
enviadas pelo Prefeito Municipal, serão recebidas até o início da respectiva votação na Comissão e
apreciadas como emendas.

Art. 193. As mensagens do Prefeito Municipal, encaminhando os projetos de lei relativos ao Plano
Plurianual, à Lei de Diretrizes Orçamentárias, ao Orçamento Anual e aos Créditos Adicionais, serão
recebidas pelo Presidente da Casa e encaminhadas ao Presidente da Comissão mencionada, em 48
horas após ser dado conhecimento ao Plenário da Casa e, por escrito, a cada Vereador.

Parágrafo único. Serão encaminhadas cópias das proposições elencadas no caput deste artigo,
concomitantemente, à Procuradoria Municipal e à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, para
elaboração de parecer, observados os prazos regimentais.

Art. 194. O prazo de tramitação das proposições de que trata este capítulo será o seguinte:
I - Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias a ser recebido pela Casa, no prazo do inciso II, do § 9º,
do artigo 98 da LOM, combinado com o inciso II, do § 2º, do artigo 35 das Disposições Transitórias da
Constituição Federal:
a) até cinco dias para publicação no Diário Oficial do Município de Campo Grande ou outro Jornal
Diário, do aviso de seu recebimento, contados da data de protocolo da Proposição na Casa;
b) quinze dias para apresentação de emendas, perante a Comissão, a contar da publicação referida
na letra anterior;
c) até cinco dias para comunicação a Casa em sessão Plenária, do recebimento das emendas e
distribuição destas, a partir do encerramento do prazo para sua apresentação;
d) até vinte dias para que a Comissão encaminhe à Mesa Diretora da Casa o seu Parecer sobre o
Projeto e as emendas, a contar da comunicação referida na letra anterior;
II - Projeto de Lei Orçamentária Anual, a ser recebido pela Casa no prazo do inciso II do § 9º do artigo
98 da LOM, combinado com o inciso III, do § 2º, do artigo 35 das Disposições Transitórias da Constituição
Federal:
a) até cinco dias para publicação no Diário Oficial do Município de Campo Grande ou outro Jornal
Diário, do aviso de seu recebimento, contados da data de protocolo da Proposição na Casa;
b) vinte dias para apresentação de emendas, perante a Comissão, contados da publicação prevista na
letra anterior;
c) até cinco dias para comunicação a Casa, em Sessão Plenária, do recebimento das emendas e
distribuição destas aos Vereadores, a partir do encerramento do prazo para apresentação;
d) até vinte dias para que a Comissão encaminhe à Mesa Diretora o seu Parecer sobre o Projeto e as
emendas, a contar da comunicação referida na letra anterior;
III - Projeto de Créditos Adicionais:
a) até três dias, para publicação no Diário Oficial do Município de Campo Grande ou outro Jornal Diário
do aviso de seu recebimento, contados da data de protocolo da Proposição na Casa;
b) até cinco dias, para apresentação das emendas perante a Comissão, a contar da publicação do
inciso anterior;
c) até três dias, para comunicação a Casa em Sessão Plenária do recebimento das emendas e
distribuição destas aos Vereadores;
d) até dez dias, contados do recebimento das emendas, para que a Comissão encaminhe à Mesa
Diretora o seu parecer sobre as mesmas e sobre o Projeto.
Parágrafo único. O Projeto do Plano Plurianual obrigatório, nos termos do inciso XI, do artigo 67 da
LOM, a ser encaminhado a Casa até 4 meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Aplicam-se os prazos estabelecidos no
Art. 194, inciso I.

Art. 195. O Parecer da Comissão sobre as emendas referidas no artigo anterior, será conclusivo, salvo
requerimento para que a emenda seja submetida a votos, apresentado à Mesa Diretora até a discussão
da matéria em Plenário, proibida a apresentação do mesmo após o início da votação.

Art. 196. Votada a matéria pelo Plenário a Comissão Permanente de Orçamento, Finanças e
Fiscalização terá o prazo de cinco dias para a elaboração de sua redação final.

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Parágrafo único. O Plenário deverá tomar conhecimento do Projeto de redação final após sua
elaboração.

Art. 197. A votação de todas as matérias de que trata este capítulo, pelo Plenário, dar-se-á de acordo
com as disposições próprias do Regimento, desde que não colidam com o aqui disposto.

Art. 198. No exame dos Projetos de Lei ou outros expedientes de que trata este capítulo, a Comissão,
preliminarmente examinará a compatibilidade dos mesmos com os dispostos no artigo 100 da LOM.

Art. 199. As contas do Município ficarão durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, na Câmara Municipal, em local de fácil acesso, para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei.

Seção II
Das Codificações

Art. 200. Os projetos de código, leis complementares, estatutos e consolidações, depois de


apresentados em Plenário, serão distribuídos por cópia aos Vereadores e encaminhados incontinenti, à
Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final para recebimento de emendas, nos quinze dias
subsequentes.
§ 1º Ao projeto serão anexadas as proposições em curso ou as sobrestadas, que envolvam matéria
com ele relacionada.
§ 2º A Comissão pronunciar-se-á em vinte dias sobre o projeto, as emendas e as proposições,
eventualmente anexadas, findos os quais, a matéria será incluída como item único da Ordem do Dia da
primeira sessão subsequente.
§ 3º Caso a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final não tenha oferecido o parecer no prazo
previsto no § 2º, o Plenário deliberará sobre sua dispensa ou não.
§ 4º No caso do Plenário deliberar pela não dispensa do parecer, o Presidente da Câmara designará
uma Comissão Especial composta de cinco membros, para exarar o parecer previsto no §2º, no prazo de
10 (dez) dias úteis, sendo 5 (cinco) dias para o Relator.
§ 5º Os projetos a que se refere este artigo serão discutidos e votados em turno único, em tantas
sessões quantas forem necessárias à apreciação totalda matéria.
§ 6º Poder-se-á encerrar a discussão mediante requerimento de Líder aprovado pelo Plenário, depois
de debatida a matéria em cinco sessões, se antes não for encerrada por falta de oradores.

§ 7º A Mesa Diretora destinará sessões exclusivas para a discussão e votação dos projetos referidos
no caput deste artigo.

Art. 201. Aprovados o projeto, as emendas e as proposições eventualmente anexadas, a matéria


voltará à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final ou à Comissão Especial, se for o caso, para
sua incorporação ao texto definitivo, no prazo de três dias úteis.

Art. 202. Na discussão do projeto os oradores disporão de dez minutos para uso da palavra, salvo o
Relator da Comissão que disporá de quinze minutos.

CAPÍTULO III
DOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE
Seção I
Do Julgamento das Contas

Art. 203. Recebido o Parecer Prévio do Tribunal de Contas, independentemente de leitura em Plenário,
o Presidente fará distribuir cópia do mesmo, bem como do balanço anual, a todos os Vereadores,
enviando o processo à Comissão de Finanças e Orçamento que terá 20 (vinte) dias para apresentar ao
Plenário seu pronunciamento, acompanhado do projeto de decreto legislativo pela aprovação ou rejeição
do parecer.
§ 1º Até 10 (dez) dias, depois do recebimento do processo, a Comissão de Finanças e Orçamento
receberá pedidos escritos dos Vereadores solicitando informações sobre itens determinados da prestação
de contas.

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§ 2º Para responder aos pedidos de informações, a Comissão poderá realizar diligências e vistorias
externas, bem como mediante entendimento prévio com o Prefeito, examinar quaisquer documentos
existentes na Prefeitura.

Art. 204. O projeto de decreto legislativo apresentado pela Comissão de Finanças e Orçamento sobre
a prestação de contas, será submetido a uma única discussão e votação assegurando-se aos Vereadores
debater a matéria.
Parágrafo único. Não se admitirão emendas ao projeto de decreto legislativo.

Art. 205. O parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas sobre todas as contas que o Prefeito e a
Mesa Diretora da Câmara devem anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços
dos Membros da Câmara Municipal.

Art. 206. Na sessão em que for apreciado o parecer prévio, a Ordem do Dia será destinada
exclusivamente à sua discussão e votação.
Seção II
Do Processo Destituitório

Art. 207. Sempre que qualquer Vereador propuser a destituição de membro da Mesa, o Plenário,
conhecendo da representação, deliberará, preliminarmente, em face da prova documental oferecida por
antecipação pelo representante, sobre o processamento da matéria.
§ 1º Caso o Plenário se manifeste pelo processamento da representação, esta será autuada pelo 1º
Secretário e o Presidente ou o seu substituto legal, se for ele o denunciado, determinará a notificação do
acusado para oferecer defesa no prazo de 15 (quinze) dias e arrolar testemunhas até o máximo de 03
(três), sendo-lhe enviada cópia da peça acusatória e dos documentos que a tenham instruído.
§ 2º Se houver defesa, anexada a mesma com os documentos que a acompanharem aos autos, o
Presidente mandará notificar o representante para confirmar a representação ou retirá-la, no prazo de 5
(cinco) dias úteis.
§ 3º Se não houver defesa, ou, se havendo, o representante confirmar a acusação, será sorteado
relator para o processo e convocar-se-á sessão extraordinária para a apreciação da matéria, na qual
serão inquiridas as testemunhas de defesa e de acusação, até o máximo de 3 (três) para cada lado.
§ 4º Não poderá funcionar como relator Membro da Mesa.
§ 5º Na sessão, o relator, que se servirá de funcionário efetivo da Câmara para coadjuvá-lo, inquirirá
as testemunhas perante o Plenário, podendo qualquer Vereador formular-lhes perguntas, do que se
lavrará assentada.
§ 6º Finda a inquirição, o Presidente da Câmara concederá 30 (trinta) minutos para se manifestarem
individualmente o representante, o acusado e o relator, seguindo-se a votação da matéria pelo Plenário.
§ 7º Se o Plenário decidir por 2/3 (dois terços) de votos dos Vereadores, pela destituição, será
elaborado projeto de resolução pelo Presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final e o
Presidente da Câmara declarará destituído o Membro da Mesa.

TÍTULO VII
DO REGIMENTO INTERNO E DA ORDEM REGIMENTAL
CAPÍTULO I
DA ALTERAÇÃO OU REFORMA DO REGIMENTO

Art. 208. O Regimento Interno poderá ser modificado ou reformado por projeto de resolução subscrito
por 1/3 dos Vereadores, da Mesa Diretora ou de Comissão Temporária para esse fim criada, aplicando-
se à sua tramitação as normas estabelecidas para os demais projetos de resolução.

TÍTULO VIII
DA PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL
CAPÍTULO I
DA INICIATIVA POPULAR DE LEI

Art. 209. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara de projeto de lei subscrito
por cinco por cento do total do eleitorado, quando for do interesse do Município, e de cinco por cento do
eleitorado residente na cidade, no distrito ou no bairro, respectivamente, quando se tratar do interesse
específico das mencionadas unidades geográficas, obedecidas as seguintes condições:

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I - a assinatura de cada eleitor deverá ser acompanhada de seu nome completo e legível, endereço e
dados identificadores de seu título eleitoral;
II - as listas de assinatura serão organizadas por unidades geográficas mencionadas no caput deste
artigo, em formulário padronizado pela Mesa Diretora da Câmara;
III - será lícito à entidade da sociedade civil patrocinar a apresentação de projeto de lei de iniciativa
popular, responsabilizando-se, inclusive, pela coleta das assinaturas;
IV - o projeto será instruído com documento hábil da Justiça Eleitoral quanto ao contingente de eleitores
listados em cada unidade geográfica, aceitando-se, para esse fim, os dados referentes ao ano anterior,
se não disponíveis outros mais recentes;
V - o projeto será protocolado perante a Mesa Diretora, que verificará se foram cumpridas as exigências
legais e regimentais para sua apresentação;
VI - o projeto de lei de iniciativa popular terá a mesma tramitação dos demais, integrando sua
numeração geral;
VII - nas Comissões ou em Plenário poderá usar da palavra para discutir o projeto de lei, pelo prazo
de vinte minutos, o primeiro signatário ou quem este tiver indicado quando da apresentação do projeto;
VIII - cada projeto de lei deverá circunscrever-se a um mesmo assunto, podendo, caso contrário, ser
desdobrado pela Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, em proposições autônomas, para
tramitação em separado;
IX - não se rejeitará, liminarmente, projeto de lei de iniciativa popular por vícios de linguagem, lapsos
ou imperfeições de técnica legislativa, incumbindo à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final,
escoimá-lo dos vícios formais para sua regular tramitação;
X - a Mesa Diretora designará Vereador para exercer, em relação ao projeto de lei de iniciativa popular,
os poderes ou atribuições conferidos por este Regimento ao autor de proposição, devendo a escolha
recair sobre quem tenha sido, com a sua anuência, previamente indicado com essa finalidade pelo
primeiro signatário do projeto.

CAPÍTULO II
DE OUTRAS FORMAS DE PARTICIPAÇÃO

Art. 210. A participação da sociedade civil poderá, ainda, ser exercida através do oferecimento de
pareceres técnicos, exposições e propostas oriundas de entidades científicas e culturais, de associações
e sindicatos e demais instituições representativas.
Parágrafo único. A contribuição da sociedade civil será examinada por Comissão cuja área de
atuação tenha pertinência com a matéria contida no documento recebido.

TÍTULO IX
DA ADMINISTRAÇÃO

CAPÍTULO I
DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E DE PESSOAL

Art. 211. Os serviços administrativos da Câmara reger-se-ão por


Regulamento Interno próprio, aprovado pelo Plenário e serão dirigidos pela Mesa Diretora, que
expedirá as normas ou instruções complementares necessárias.
§ 1º Caberá ao Primeiro Secretário supervisionar os serviços administrativos e fazer observar o
Regulamento Interno.
§ 2º O Regulamento Interno obedecerá ao disposto nos arts. 10 a 19 da LOM e aos seguintes
princípios:
I - descentralização administrativa e agilização de procedimentos, com a utilização, se possível, de
processamento eletrônico de dados;
II - orientação da política de recursos humanos da Casa no sentido de que as atividades administrativas
e legislativas, sejam executadas por integrantes do quadro de pessoal da Câmara adequados às suas
peculiaridades, e que tenham sido recrutados mediante concurso público de provas ou de provas e títulos,
ressalvados os cargos em comissão, de livre nomeação e exoneração, destinados a recrutamento interno,
preferencialmente, dentre os Servidores de carreira técnica ou profissional;
III - política de recursos humanos no sentido de que os cargos de assessoramento institucional,
inclusive os de assessoramento técnico-legislativo e das comissões, sejam providos por concurso público
de provas ou de provas e títulos, específico para o preenchimento dos mesmos, incluída essa exigência

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para os Servidores da Casa que queiram se habilitar, observado a Resolução nº 937 de 27 de abril de
1995;
IV - adoção de política de valorização de recursos humanos, através de programas permanentes de
capacitação, treinamento, desenvolvimento, reciclagem e avaliação profissional e da instituição do
sistema de carreira.

Art. 212. As reclamações sobre irregularidade nos serviços administrativos deverão ser encaminhadas
à Mesa Diretora, para providência dentro de setenta e duas horas.

Art. 213. Serão arquivados os seguintes documentos:


I - atas das sessões;
II - atas das reuniões das Comissões Permanentes;
III - atas das reuniões da Mesa Diretora;
IV - registro das proposições;
V - termos de posse de funcionários;
VI - termos de contrato;
VII - livro de precedentes regimentais;
VIII - declaração de bens dos Vereadores, do Vice-Prefeito e do Prefeito;
IX - posse dos Vereadores, Vice-Prefeito e do Prefeito.

TÍTULO X
DO ASSESSORAMENTO INSTITUCIONAL
CAPÍTULO I
DA PROCURADORIA MUNICIPAL

Art. 214. Toda proposição sujeita a deliberação da Câmara uma vez protocolada e conhecida do
Plenário, será despachada pela Presidência à Procuradoria Municipal que dará parecer técnico, sem
análise de mérito, no prazo improrrogável de cinco dias úteis, contados a partir do recebimento da
proposição no setor.

§ 1º O parecer previsto no caput deste artigo servirá de orientação às Comissões Permanentes da


Casa e ao Plenário e se cingirá aos aspectos constitucionais, legais e regimentais da matéria, contendo,
se necessário, aspectos doutrinários, jurisprudenciais e de direito comparado.
§ 2º As Comissões Permanentes e Temporárias poderão solicitar da Procuradoria Municipal, parecer
específico sobre matéria em debate na Comissão, que será dado também no prazo de cinco dias úteis,
desde que respeitados os prazos contidos neste regimento para as Comissões.
§ 3º Os pareceres da Procuradoria Municipal poderão ser individuais ou coletivos.
§ 4º Tratando-se de proposição em regime de urgência especial, o prazo para o parecer técnico será
de até dois dias, sob as penas da alínea “i”, do inciso VII, do Art. 29.

TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 215. Nos dias de sessão deverão estar hasteadas, no edifício e no recinto do Plenário, as
bandeiras do País, do Estado e do Município.

Art. 216. Não haverá expediente no Legislativo nos dias de ponto facultativo decretado no Município.

Art. 217. Na contagem dos prazos regimentais, observar-se-á no que for aplicável, a legislação
processual civil.

Art. 218. À data de vigência deste Regimento, ficarão prejudicados quaisquer projetos de resolução
em tramitação sobre matéria regimental e revogados todos os precedentes firmados sob o império do
Regimento anterior.

Art. 219. É vedado dar denominação de pessoas vivas a qualquer das dependências ou edifícios da
Câmara.

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Art. 220. Este Regimento entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as Resoluções
ns: 854 de 14/10/1992, 913 de 20/09/1994, 914 de 23/08/1994, 917 de 23/08/1994, 931 de 21/02/1995,
985 de 28/03/2000, 994 de 15/02/2001 996 de 19/02/2001, 998 de 12/03/2001, 999 de 09/05/2001,
1.004 de 28/05/2001, 1.006 de 11/06/2001, 1.007 de 25/06/2001, 1.008 de 25/06/2001, 1.013 de
08/10/2001, 1.020 de 14/11/2001, 1.043 de 02/12/2003, 1.052 de 24/02/2005, 1.057 de 09/06/2005, 1.065
de 16/08/2006, 1.067 de 12/12/2006, 1.068 de 13/12/2006, 1.081, de 20/12/2007, 1.082 de 21/02/2008,
1.084 de 10/04/2008, 1.086 de 24/06/2008, 1.088 de 18/11/2008 e 1.091 de 19/02/2009.

Questões

01. Acerca do Regimento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande/MS, julgue o item abaixo:

Compete à Comissão de Defesa do Consumidor opinar quanto ao mérito, nas matérias referentes ao
Código Administrativo de Processo Fiscal e nas matérias relacionadas direta ou indiretamente com os
interesses do consumidor, inclusive como contribuinte do erário público.
( ) Certo ( ) Errado

02. Acerca do Regimento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande/MS, julgue o item abaixo:

A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
( ) Certo ( ) Errado

03. Acerca do Regimento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande/MS, julgue o item abaixo:

A Mesa Diretora é órgão de direção dos trabalhos legislativos e administrativos da Câmara.


( ) Certo ( ) Errado

Respostas

01. Resposta: Certo.


Art. 47. Compete à Comissão de Defesa do Consumidor opinar quanto ao mérito, nas matérias
referentes ao Código Administrativo de Processo Fiscal e nas matérias relacionadas direta ou
indiretamente com os interesses do consumidor, inclusive como contribuinte do erário público.

02. Resposta: Certo.


Art. 4º, § 4º A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de
diretrizes orçamentárias.

03. Resposta: Certo.


Art. 26. A Mesa Diretora é órgão de direção dos trabalhos legislativos e administrativos da Câmara.

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3. Regimento Interno do Tribunal de Contas/MS-Resolução Normativa n.
76, de 11/12/2013: Integralidade dos Títulos IV, V e VI.

Nesse tópico vamos estudar apenas os Títulos exigidos no edital.

REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL DE CONTAS/MS

[...]
TITULO IV
DO PROCESSO NO TRIBUNAL
CAPITULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
Do Jurisdicionado e do Interessado

Art. 79. Para os efeitos deste Regimento, jurisdicionado é a pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, compreendida nas disposições dos arts. 76 e 77 da Constituição Estadual, e do art. 20 da Lei
Complementar n. 160, de 2012, que, estando sujeita ao controle externo do Tribunal, integre a relação
jurídica decorrente do referido controle.
§ 1º O interessado:
I- compreende a pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que, embora não integre a relação
jurídica decorrente do controle externo do Tribunal, seja ou possa ser afetada pelos efeitos do ato singular
ou colegiado sobre a matéria do processo;
II- poderá intervir em qualquer fase do processo, inclusive na recursal, hipótese em que ingressará no
processo no estado em que ele se encontrar.
§ 2º As referências feitas ao jurisdicionado compreendem, conforme o caso, o interessado.
§ 3º O jurisdicionado poderá ser representado no Tribunal por procurador devidamente constituído,
exceto para a prática de ato que por sua natureza seja indelegável, observado, quanto ao advogado,
também o disposto no art. 106.

Seção II
Dos Princípios e Garantias Processuais

Art. 80. Ao processo no Tribunal são aplicáveis os seguintes princípios:


I- do contraditório e da ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes, observadas, no que
couberem e sem prejuízo de outras, as disposições dos arts. 21, 49 a 55, 66 a 74 e 81 da Lei
Complementar n. 160, de 2012, e as deste Regimento;
II- da igualdade de tratamento e da imparcialidade;
III- da celeridade, economia e simplicidade processuais, vedada a exigência ou a realização de atos,
providências ou trâmites desnecessários ou não previstos em lei, em ato normativo ou neste Regimento;
IV- da finalidade e da razoabilidade, com a adequação de meio e fins, vedada a imposição de deveres,
restrições e sanções em medida superior ao necessário para, conforme o caso:
a) solucionar a matéria;
b) prevenir ou interromper a prática de ato ilícito;
c) sancionar comportamento ilícito;
d) obter ou viabilizar o ressarcimento de dano ao erário;
V- da motivação do ato, com a indicação dos fundamentos de fato e de direito que justifiquem:
a) a apreciação, decisão ou deliberação necessária para solucionar matéria, inclusive de petição ou
consulta, observado o legítimo interesse do peticionário ou do consulente;
b) o não recebimento de determinados documentos que o jurisdicionado pretenda apresentar ou
entregar ao Tribunal;
c) a prática de outros atos diante das demais situações, ou a abstenção de sua prática, por Conselheiro
ou por autoridade ou servidor do Tribunal.
§ 1º A motivação do ato poderá consistir em declaração de concordância com os fundamentos de ato
de apreciação, julgamento ou deliberação anterior, de informação prestada ou de parecer firmado, que
em tal caso passará a fazer parte integrante do ato.

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§ 2º Cumpridas as disposições constitucionais e legais, o Tribunal poderá, conforme o caso, observar
em sua atuação institucional as soluções dadas a casos idênticos ou assemelhados por outros Tribunais
de Contas do País.

Art. 81. Sem prejuízo do disposto no art. 80, são assegurados ao jurisdicionado o direito:
I- a qualquer das providências compreendidas nas disposições do art. 105;
II- à retirada dos autos do processo do Tribunal, por intermédio do seu advogado (art. 106).

CAPÍTULO II
DA ATIVIDADE PROCESSUAL
Disposições Iniciais

Art. 82. Ao processo no Tribunal são aplicáveis as seguintes regras:


I- início de ofício, a pedido do jurisdicionado ou em decorrência de ato por ele praticado que esteja
sujeito ao controle externo do Tribunal;
II- impulsão pelo Tribunal, sem prejuízo da atuação do jurisdicionado.
§ 1º É exigida, em todas as fases do processo, a conduta dos servidores e autoridades do Tribunal, do
jurisdicionado e dos seus representantes consoante os princípios de boa-fé, cooperação, decoro,
lealdade, probidade, respeito mútuo e urbanidade.
§ 2º Às disposições deste Regimento são aplicáveis subsidiariamente as prescrições dos instrumentos
da legislação processual civil.

Seção I
Da Distribuição de Processos aos Conselheiros
Subseção I
Disposições Gerais

Art. 83. A distribuição de processos aos Conselheiros obedecerá ao princípio da publicidade e aos
critérios da alternância e do sorteio.
§ 1º A distribuição de processos relativos às contas anuais do Governador do Estado será feita aos
Conselheiros mediante rodízio anual, observado o critério de antiguidade no cargo; havendo idênticas
antiguidades, pelo critério de maior idade.
§ 2º Na distribuição dos demais processos será realizado sorteio, para definir o Conselheiro relator:
I - da matéria de um processo específico, nos casos de:
a) recurso, exceto de embargos de declaração (art. 156, caput, I e II, e § 1º);
b) exceção de incompetência de Conselheiro ou de órgão colegiado, bem como de impedimento ou
de suspeição de Conselheiro (art. 167);
c) pedido de revisão;
d) consulta;
e) matéria de natureza administrativa interna;
f) ato de pessoal sujeito à apreciação pelo Tribunal, para o fim de registro, observadas as disposições
dos arts. 84, parágrafo único, II, b; 145 e 146;
II - das matérias de todos os processos relacionados com as Unidades Jurisdicionadas integrantes de
Lista (art. 86).
§ 3º Para os fins do disposto no § 2º, compete ao:
I- Presidente (art. 19) realizar o sorteio dos processos específicos relacionados com as matérias
compreendidas nas disposições do inciso I, a a e, do referido parágrafo, exceto no caso de recurso de
embargos de declaração;
II- Tribunal Pleno (art. 16) realizar os sorteios, na última sessão plenária dos biênios pares, para definir
cada Conselheiro relator das matérias de todos os processos relacionados com as Unidades
Jurisdicionadas integrantes da Lista (art. 86) que lhe for sorteada; (Redação dada pela Resolução Nº 25,
de 9 de novembro de 2015)
III- setor administrativo de protocolo, automaticamente, a distribuição dos processos relativos aos atos
de pessoal sujeitos ao registro (§ 2º, I, f) e aos demais casos, observadas as disposições do § 5º;
§ 4º Na distribuição de processos mediante sorteio, nos termos do § 2º, I, a a f, observadas as
disposições dos §§ 3º, III, e 5º, deverá ser rigorosamente cumprido o princípio da alternância de relatoria
entre os Conselheiros.

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. 48
§ 5º Para os fins do disposto no § 3º, III, estão compreendidos no âmbito do setor administrativo de
protocolo os atos de formalização dos processos específicos e de distribuição automática deles aos
Conselheiros, por meio de mecanismo eletrônico apropriado.

Subseção II
Disposições Especiais

Art. 84. À distribuição e à relatoria de processos são aplicáveis as seguintes regras especiais:
I- o Conselheiro relator (arts. 3º e 4º) atuará no processo a ele distribuído até a solução da matéria no
Juízo Singular ou em órgão colegiado, observadas as demais disposições deste artigo;
II- se na realização de despesa pública atuar mais de um jurisdicionado, a definição do relator dar-se-
á de acordo com o vínculo do Conselheiro com a Unidade Jurisdicionada que liberou o recurso financeiro;
III - nos casos de:
a) licença do Conselheiro relator por período superior a quarenta e cinco dias, ou de vacância do cargo,
o Presidente do Tribunal, nos termos do art. 19, X, “b” do Regimento Interno, designará Auditores para,
conforme a necessidade, impulsionar os processos ou relatar as matérias de processos, até o retorno do
licenciado ou a posse do novo Conselheiro, observado o disposto nos artigos 27, II, “b”, e 28, II,” b”, desta
Resolução; (Redação dada pela Resolução nº 58, de 28 de junho de 2017)
b) substituição eventual, para efeito de quórum ou para completar composição do Tribunal Pleno ou
das Câmaras, o Presidente do Tribunal ou da Câmara, conforme o caso, designará Auditor, para substituir
Conselheiro, observado o critério de rodízio, para ler os processos incluídos em pauta, mantendo-se
inalterado o relatório e o posicionamento expressado, com a respectiva responsabilidade e voto assinado
pelo Conselheiro relator originário ausente; (Redação dada pela Resolução nº 58, de 28 de junho de
2017)
c) é facultado ao Conselheiro relator, nos termos da alínea “b” deste inciso, solicitar que os processos
a cargo de sua relatoria sejam retirados da pauta em que se fará ausente, devendo constituir nova pauta
por solicitação do mesmo; (Incluído pela Resolução nº 58, de 28 de junho de 2017).
IV- na inviabilidade de aplicação do disposto no inciso III, a e b, o Presidente do Tribunal poderá
designar outro Conselheiro para a prática dos atos compreendidos naquelas regras;
V- o Conselheiro que apreciou ou julgou a matéria no Juízo Singular, ou que proferiu o voto vencedor
no ato colegiado recorrido, está impedido de relatar a matéria do recurso interposto ou do pedido de
revisão; todavia, ele poderá proferir voto, inclusive de vista, no julgamento da matéria do recurso ou do
pedido de revisão;
VI- a vedação disposta no inciso V, primeira parte, não é aplicável ao caso de interposição do recurso
de embargos de declaração;
VII- os processos distribuídos ao Conselheiro empossado no cargo de Presidente do Tribunal, bem
como os processos que deviam ser a ele distribuídos por Unidades Jurisdicionadas integrantes da Lista
que lhe foi antes sorteada, serão automaticamente redistribuídos ao Conselheiro que deixar a
Presidência.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no inciso I do caput, será observado o seguinte:
I- os processos em andamento, relacionados com as Unidades Jurisdicionadas integrantes de Lista
que for sorteada para outro Conselheiro, continuarão com o Conselheiro ao qual foram distribuídos,
cabendo-lhe dar continuidade à relatoria das respectivas matérias;
II- nos casos de:
a) contrato, incumbe ao Conselheiro relator da matéria compreendida na primeira fase (art. 120, caput,
I) relatar também as matérias compreendidas nas segunda e terceira fases (art. 120, caput, II e III, e §
2º);
b) contratação de pessoa por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público (CF, art. 37, caput, IX), caberá ao Conselheiro que relatou a matéria relativa
ao ato de contratação relatar, também, a matéria do termo aditivo eventualmente firmado (art. 145, §§ 1º
e 2º).

Art. 85. O Conselheiro relator que constatar vício insanável na autuação e formalização de processo,
ou na sua tramitação, poderá extingui-lo a qualquer momento, para que a matéria não seja
equivocadamente levada à apreciação, ao julgamento ou à deliberação, conforme o caso.

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Subseção III
Das Listas de Unidades Jurisdicionadas

Art. 86. As Listas de Unidades Jurisdicionadas (art. 83, § 2º, II):


I - serão:
a) elaboradas pelo Presidente (art. 19);
b) aprovadas pelo Tribunal Pleno (art. 16) e sorteadas aos Conselheiros, na última sessão de cada
ano-calendário ímpar;
II- compreenderão o agrupamento das unidades orgânico-funcionais:
a) dos Poderes:
1. Executivo, Legislativo e Judiciário do Estado;
2. Executivo e Legislativo dos Municípios;
b) do próprio Tribunal de Contas;
c) do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado;
d) das entidades da administração indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público estadual ou municipal;
e) dos consórcios.
§ 1º Compete ao:
I- Presidente a iniciativa para a alteração de Lista de Unidades Jurisdicionadas em vigor, nos termos
do § 2º, I e II, ou, se for o caso, para a redistribuição de determinados processos;
II- Tribunal Pleno a aprovação dos atos referidos no inciso I.
§ 2º A composição das Listas não será alterada durante o período de sua vigência, exceto nos casos
de:
I- criação, cisão, desmembramento, extinção, fusão, incorporação ou privatização de Unidade
Jurisdicionada;
II- consolidação de matérias de processos de prestações ou de tomadas de contas, determinada pelo
Tribunal Pleno como medida de racionalização administrativa;
III- impedimento ou suspeição do Conselheiro para relatar a matéria de determinado processo.
IV- criação de Comissão ou grupo de trabalho temporário por ato do Presidente ou pelo Tribunal Pleno,
que delibere a respeito da distribuição e tramitação de processos afetos às prestações de contas. (Incluído
pela Resolução Nº 6, de 10 de fevereiro de 2015)
§ 3º No sorteio das Listas de Unidades Jurisdicionadas (art. 83, § 3º, II), com a produção de efeitos no
período subsequente, o Conselheiro não será contemplado com a mesma Lista do período que se finde,
por, no mínimo, dois períodos subsequentes.

Seção II
Da Distribuição de Processos no Âmbito da Auditoria

Art. 87. A distribuição de processos no âmbito da Auditoria (art. 25) será estabelecida em ato normativo.
Parágrafo único. O ato normativo poderá também estabelecer, sem prejuízo de dispor sobre outras
matérias, a:
I - tramitação processual no âmbito interno da Auditoria;
II - atuação dos Auditores nos processos.

Seção III
Do Recebimento e da Juntada de Documentos e de Outras Peças aos Autos e do
Desentranhamento

Art. 88. O Tribunal receberá documento ou outra peça que lhe for encaminhado somente quando
acompanhado de expediente:
I - devidamente assinado pelo remetente;
II - no qual estejam expressos:
a) as indicações da sua origem, do assunto e da sua destinação;
b) a qualificação completa do jurisdicionado;
c) o número do processo em tramitação, a cujo processo o documento ou outra peça encaminhado se
refira.
§ 1º O documento ou outra peça:
I - poderá ser recebido por qualquer dos meios previstos na Lei Complementar n. 160, de 2012, neste
Regimento ou em ato normativo;

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II - será considerado recebido na data do seu protocolo no Tribunal, observado o disposto no § 2º.
§ 2º No caso de remessa de documento ou de outra peça pela via postal, será considerada, para os
efeitos de cumprimento de prazo, a data da postagem do material na repartição do Correio.
§ 3º Salvo disposição em contrário, o documento ou outra peça recebido será encaminhado ao
Conselheiro relator da matéria do processo correspondente.

Art. 89. Nenhum documento ou outra peça será juntado ou desentranhado dos autos sem:
I- a autorização ou determinação prévia do Conselheiro relator ou, conforme o caso, do servidor ao
qual foi delegada competência no âmbito do seu Gabinete ou da unidade de auxílio técnico e
administrativo a ele vinculada;
II- o termo apropriado para a finalidade, que descreverá o documento ou a peça e o motivo da
providência tomada.
§ 1º No termo de desentranhamento constará o registro da folha correspondente ao documento ou a
outra peça retirado dos autos e da sua destinação, vedada a permanência nos autos de cópia ou de parte
do material desentranhado.
§ 2º As disposições deste artigo são também aplicáveis aos casos de apensamento e de
desapensamento de processo.
§ 3º A manifestação ou o parecer de Auditor, do representante do Ministério Público de Contas ou de
servidor competente de unidade de auxílio técnico e administrativo será juntado aos autos do processo
pelo respectivo subscritor.

Art. 90. Transcorrido o prazo para a juntada de documento ou de outra peça aos autos, o jurisdicionado
somente poderá fazê-lo no caso de novo documento ou peça.
Parágrafo único. Será considerado novo documento ou peça aquele destinado a fazer prova de fato:
I- ocorrido depois de transcorrido o prazo estabelecido para o jurisdicionado cumprir a exigência;
II- que o jurisdicionado teve conhecimento oficial somente depois de transcorrido o prazo para o
cumprimento da exigência.

Art. 91. O documento ou outra peça que o jurisdicionado encaminhar ao Tribunal ser-lhe-á devolvido,
se o encaminhamento não cumprir os requisitos estabelecidos em ato normativo pertinente.

Seção IV
Dos Atos e Termos Processuais e da Organização dos Autos

Art. 92. Os atos e termos processuais, inclusive para os fins de recebimento dos instrumentos de
defesa e dos recursos cabíveis:
I- poderão ser escritos ou registrados manualmente ou por meio de processo mecânico ou eletrônico,
com tinta indelével quando grafados em livros ou folhas avulsas; II - deverão:
a) conter somente o indispensável às suas respectivas finalidades;
b) ser datados e assinados por quem de direito, sob pena de invalidade;
III- não deverão conter cotas interlineares ou marginais nem rasuras.
§ 1º O ato processual, exceto o despacho de mero expediente, terá como conteúdo mínimo:
I- seu enunciado explícito, a matéria de referência e a indicação precisa das disposições
constitucionais, legais ou regulamentares a que ele se reportar;
II- a indicação das ocorrências relacionadas com a matéria de interesse e dos elementos contábeis,
financeiros ou jurídicos que serviram ou poderão servir de base para o exame da matéria;
III- a manifestação técnica da autoridade competente, conforme o caso.
§ 2º Os atos e termos processuais serão instrumentalizados em autos e organizados em volumes, com
suas folhas numeradas, rubricadas e dispostas em ordem cronológica de eventos e juntadas.
§ 3º Determinados documentos dos autos de processo poderão ser substituídos em qualquer fase da
instrução, a requerimento do jurisdicionado, desde que deles fiquem cópias autenticadas e a medida não
prejudique a instrução e a segurança processuais.
§ 4º A autenticação de cópias de documentos será feita pelo servidor competente do Cartório.

Art. 93. Constatada em qualquer tempo a falsificação de documento ou de assinatura em documento


público ou particular:
I- a exigência documental será considerada não satisfeita;
II- do fato será dado imediato conhecimento à autoridade competente, para a instauração de processo
criminal.

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Seção V
Da Intimação de Ato Processual

Art. 94. À intimação de ato processual são aplicáveis as disposições dos arts. 49, 50, 54 e 55 da Lei
Complementar n. 160, de 2012, e as desta Seção.
§ 1º As referências feitas à intimação compreendem, conforme o caso, qualquer outra comunicação
de ato.
§ 2º Independentemente do modo ou forma em que a intimação seja instrumentalizada ou veiculada,
nela deverão constar os elementos suficientes para a identificação do intimado e o objeto ou a finalidade
do ato.

Art. 95. A intimação de ato processual será feita ou determinada pelo Conselheiro relator, exceto
quanto ao disposto no parágrafo único e nos arts. 98 e 99.
Parágrafo único. Se na fase de instrução processual a intimação tiver a finalidade de remessa de
documentos, dados ou informações faltantes, integrantes de relação estabelecida em lei ou ato normativo
que obrigar a remessa:
I- caberá ao chefe da unidade de auxílio técnico e administrativo competente efetivá-la de ofício, no
prazo de trinta dias (art. 110, caput);
II- será fixado o prazo de trinta dias para o cumprimento do objeto da intimação pelo jurisdicionado (art.
110, caput, I).

Art. 96. Para qualquer efeito, será:


I- reputada válida a intimação de ato processual remetida para o endereço físico ou eletrônico
cadastrado pelo jurisdicionado no Tribunal, observado o disposto no art. 23 da Lei Complementar n. 160,
de 2012;
II- considerado intimado dos atos do processo o jurisdicionado que:
a) obteve, pessoalmente ou pelo seu procurador, nos locais, momentos e por qualquer dos meios
previstos no art. 105, caput, I e II, e § 1º, I e II, a, b e c:
1. o acesso aos documentos e demais peças dos autos do processo;
2. as cópias dos documentos solicitadas;
b) havendo constituído advogado, este haja retirado do Tribunal os autos do processo, consoante as
disposições do caput do art. 106.
Parágrafo único. O disposto no inciso I é também aplicável, no que couber, ao procurador do
jurisdicionado, inclusive advogado.

Art. 97. Não consumada a intimação de ato processual por outro modo ou forma, será expedido edital,
publicado duas vezes consecutivas no DOTCE/MS.
Parágrafo único. Transcorrido o prazo estabelecido no edital, será considerada perfeita e acabada a
intimação, com os efeitos que lhe são próprios.

Art. 98. No caso de matéria a ser apreciada, julgada ou deliberada por Câmara ou pelo Tribunal Pleno,
o jurisdicionado será intimado do ato colegiado, a ser praticado na sessão, por meio da publicação da
pauta no DOTCE/MS.
Parágrafo Único. Publicada a pauta da sessão no DOTCE/MS (art. 62, § 3º), o Tribunal considerará o
jurisdicionado devidamente intimado, ainda que a matéria do processo incluído naquela pauta:
(Retificação de parágrafo §1º para parágrafo único de acordo com o Anexo I da Portaria TC/MS Nº 9, de
27 de fevereiro de 2014).
I- não for apreciada, julgada ou deliberada em decorrência do cancelamento da sessão ou da
suspensão de atos na sessão;
II- for apreciada, julgada ou deliberada na sessão ou em sessões subsequentes.

Art. 99. Apreciada, julgada ou deliberada a matéria por Câmara ou pelo Tribunal Pleno, o jurisdicionado
será intimado do resultado processual pela publicação do instrumento de formalização do ato colegiado
no DOTCE/MS.

Art. 100. Se a intimação de um mesmo ato processual for realizada por mais de um modo ou forma,
em datas distintas, será considerado como horário ou data de sua consumação o que primeiro ocorrer
(LC nº 160, de 2012, arts. 50 e 55).

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Art. 101. Em qualquer caso, a intimação de ato processual será certificada nos autos do processo. A
certificação registrará:
I - os dados relativos:
a) ao número, à data e à página do DOTCE/MS, no caso de intimação realizada por meio de
correspondência eletrônica veiculada naquele instrumento de publicidade (LC n. 160, de 2012, arts. 49 e
50, I e II);
b) à data de sua disponibilização, no caso de intimação realizada por meio de correspondência
eletrônica veiculada no portal do Tribunal (LC n. 160, de 2012, art. 50, III); II - a prova:
a) do recebimento da intimação pelo jurisdicionado, com a indicação:
1. do local, da data e da hora do recebimento, no caso de remessa por meio de correspondência física
(LC n. 160, de 2012, art. 50, II);
2. da data e da hora do recebimento, no caso de remessa por meio de correspondência eletrônica (LC
n. 160, de 2012, art. 50, II);
b) de sua efetivação pela autoridade competente, no caso do art. 50, IV, da Lei Complementar n. 160,
de 2012.

Seção VI
Das Nulidades e dos Vícios Processuais

Art. 102. São nulos os despachos, decisões e outros atos praticados ou termos firmados:
I - por:
a) Conselheiro, Auditor, órgão, autoridade ou outro servidor do Tribunal sem competência para praticar
o ato ou firmar o termo;
b) Conselheiro ou Auditor impedido, ou declarado suspeito;
II- sem motivação;
III- em que seus elementos constitutivos ou informativos não sejam suficientes para determinar a
matéria do processo, seja quanto às suas partes essenciais ou ao seu todo.
§ 1º Às disposições deste artigo são aplicáveis, todavia, as seguintes regras:
I- a ausência, inexatidão ou insuficiência de fundamentos legais são consideradas supridas pela
adequada descrição dos fatos, que possibilite, conforme o caso, o exercício de defesa ou a interposição
de recurso;
II- a falta de intimação ou de outra comunicação de ato é sanada ou suprida diante da ocorrência de
qualquer dos casos referidos no art. 105, caput, I e II, e § 1º, I e II, a, b e c, observado o disposto no §
2º do presente artigo e no art. 96, II, a, 1 e 2, e b;
III- são reputados válidos os atos e termos, inclusive despachos e decisões, praticados em situação
de emergência sem a observância de algum requisito formal, se não havia, na oportunidade, outra forma
de alcançar seus resultados, desde que não ocasionem prejuízo ao jurisdicionado;
IV- a nulidade de ato ou termo, inclusive de despacho ou decisão, somente prejudicará os atos
posteriores que dele diretamente dependerem ou forem consequência.
§ 2º Nos casos do § 1º, II, o vício será considerado sanado a partir do momento em que, alternativa
ou cumulativamente, o jurisdicionado ou seu procurador:
I- tomar ciência da matéria do processo ou dos atos processuais praticados até aquele momento, por
qualquer dos meios previstos nos arts. 105, caput, I e II, e § 1º, I e II, a, b e c, e 106;
II- for comunicado formalmente dos elementos necessários para a prática do ato que lhe couber.

Art. 103. São competentes para declarar a nulidade de ato ou termo, inclusive de despacho ou decisão:
I- o Tribunal Pleno, em qualquer caso;
II- a Câmara ou o Conselheiro relator, conforme o caso.
Parágrafo único. Ao declarar a nulidade, o órgão colegiado ou o Conselheiro indicará o ato ou termo
atingido pela declaração, inclusive despacho ou decisão, ordenando as providências necessárias para o
prosseguimento do processo ou a solução de sua matéria.

Art. 104. O vício pela incorreção ou omissão que não importar a nulidade do ato será sanado de ofício,
ou a requerimento do jurisdicionado ou do representante do Ministério Público de Contas.
§ 1º Será dispensável o saneamento se o vício não influir na solução da matéria.
§ 2º Podendo decidir sobre o mérito a favor de quem aproveitaria a declaração de nulidade, o
Conselheiro, a Câmara ou o Tribunal Pleno poderá abster-se de:
I - declará-la ou de mandar repetir os atos ou termos nulos, inclusive despachos;
II - suprir a omissão.

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§ 3º Se o Conselheiro ou o órgão colegiado não puder sanar o vício, mandará retornar os autos do
processo ao órgão ou unidade de auxílio técnico e administrativo de origem, para o suprimento da falha
ou a correção da irregularidade.
§ 4º As disposições deste artigo são também aplicáveis aos casos de inexatidões materiais devidas a
lapso manifesto e a erros de escrita ou de cálculo, existentes em qualquer documento ou instrumento do
Tribunal, observado, no que couber, o disposto nos arts. 4º, caput, IV, e 78, I.

Seção VII
Do Acesso do Jurisdicionado aos Autos de Processo e do Fornecimento de Cópias de
Documentos ou Certidões

Art. 105. São assegurados ao jurisdicionado:


I- o acesso aos documentos e demais peças dos autos de processo;
II- o fornecimento de cópias de documentos ou de outras peças;
III- a expedição de certidões.
§1º O acesso aos documentos e demais peças dos autos poderá ser disponibilizado ao jurisdicionado
ou ao seu procurador:
I- nas dependências do Tribunal;
II- além das dependências do Tribunal, por meio:
a) de material gravado em instrumento ou mídia de armazenamento de dados, tal como CD-ROM ou
pen drive (memória USB flash-drive);
b) do portal eletrônico do Tribunal (LC n. 160, de 2012, art. 50, III);
c) da remessa do material ao seu endereço eletrônico cadastrado no Tribunal, observadas as
disposições do art. 96, I, e seu parágrafo único (LC n. 160, de 2012, arts. 23, 49, I a IV, e 50, II).
§ 2º A decisão sobre o pedido do jurisdicionado compete ao:
I- Conselheiro relator, nos termos do art. 4º, caput, II, a, 1, observado o disposto no § 3º;
II- Presidente do Tribunal: a) nos casos de:
1. ausência do Conselheiro relator, por motivo legal ou regimentalmente previsto, observado, também,
o disposto no § 3º;
2. processo relativo à matéria julgada em caráter definitivo;
b) enquanto o processo não for distribuído a Conselheiro.
§ 3º No prazo estabelecido para o cumprimento do objeto de intimação, ou para a apresentação de
defesa ou interposição de recurso, o pedido para o acesso aos autos pelo jurisdicionado ou seu
procurador independe de deferimento.
§ 4º Do acesso aos autos ou do fornecimento de cópias de documentos ou de outras peças será feito
o registro, contendo, no mínimo, a:
I- identificação da pessoa que obteve o acesso, independentemente do modo ou forma que ele
ocorreu;
II- indicação das cópias dos documentos ou de outras peças fornecidas;
III- data e a hora do acesso, ou da entrega das cópias em referência.
§ 5º Nos casos do disposto no caput, II e III, e no § 1º, II, a, o fornecimento do material por meio físico
ou a expedição da certidão ocasionará a cobrança da taxa incidente ou das custas cabíveis.

Seção VIII
Da Retirada de Autos de Processo do Tribunal

Art. 106. O Conselheiro relator poderá deferir pedido escrito para a retirada dos autos de processo do
Tribunal, exclusivamente ao advogado regularmente constituído pelo jurisdicionado, pelo prazo de cinco
dias.
§ 1º No prazo estabelecido para o cumprimento do objeto de intimação, ou para a apresentação de
defesa ou interposição de recurso, o pedido independe de deferimento.
§ 2º Se houver mais de um jurisdicionado com interesse e legitimidade na matéria e o prazo lhes for
comum, será dada vista dos autos no Cartório e os autos não poderão ser retirados.
§ 3º Será indeferido o pedido para a retirada dos autos se estes estiverem na Secretaria das Sessões,
para a inclusão do processo na pauta de sessão de órgão colegiado.
§ 4º Deferido o pedido, caberá ao Cartório:
I- requisitar os autos ao órgão ou à unidade de auxílio técnico e administrativo em que eles se
encontrem, ou ao Ministério Público de Contas;
II- entregar os autos ao advogado requerente, mediante recibo.

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§ 5º Devolvidos os autos ao Tribunal, será dada a baixa da sua carga.

Art. 107. Se os autos do processo retirados do Tribunal não forem devolvidos no prazo de cinco dias
(art. 106, caput), o Conselheiro relator ou o Presidente do Tribunal, conforme o caso:
I- intimará o advogado para devolvê-los até às dezessete horas do segundo dia útil contado da data
da intimação;
II- comunicará a falta cometida pelo advogado:
a) à Seção da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB em que ele estiver inscrito;
b) ao Ministério Público de Contas, para as providências cabíveis;
III- requererá, se necessária, a medida judicial cabível para obter a devolução.
Parágrafo único. As comunicações referidas no inciso II, a e b, serão feitas, ainda que ocorrida a
devolução dos autos do processo ao Tribunal.

Art. 108. Para controlar a retirada e a devolução de autos ao Tribunal, o Cartório manterá registro de
carga, no qual constarão, no mínimo:
I- os nomes e as assinaturas dos advogados, os números e as seções estaduais de suas respectivas
inscrições na OAB, seus endereços profissionais e os números de seus telefones profissionais fixos e
móveis;
II- o número ou quantitativo de folhas dos autos;
III- as datas em que os autos deverão ser devolvidos;
IV- as datas e os horários das efetivas devoluções.

CAPÍTULO III
DA TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA DE PROCESSOS
Disposições Iniciais

Art. 109. Protocoladas e autuadas as peças constitutivas do processo pelo setor administrativo de
protocolo, a chefia daquele setor encaminhará os autos, conforme o caso:
I- ao Gabinete do Conselheiro relator;
II- diretamente à unidade de auxílio técnico e administrativo vinculada ao Gabinete do Conselheiro
relator, para os fins das disposições dos arts. 83, § 2º, II, e 86 (Unidades Jurisdicionadas integrantes de
Lista apropriada);
III- à autoridade ou à unidade de auxílio técnico e administrativo indicada em ato normativo pertinente;
IV- ao Gabinete do Presidente.
Parágrafo único. No procedimento de autuação dos documentos recebidos e da formalização do
processo, a chefia do setor administrativo de protocolo deverá:
I- observar as particularidades de distribuição do processo a Conselheiro, nos termos dos arts. 83, 84
e 86;
II- verificar se o processo não estará sujeito à tramitação especial (arts. 114 a 148).

Seção I
Da Instrução Processual

Art. 110. Recebidos os autos do processo pela unidade de auxílio técnico e administrativo competente,
caberá inicialmente à sua chefia, se necessário, no prazo de trinta dias:
I- intimar de ofício o jurisdicionado, para, no prazo de trinta dias, remeter os documentos, dados ou
informações faltantes, nos termos do parágrafo único do art. 95; (Inserção do vocábulo do, de acordo com
o Anexo I da Portaria TC/MS Nº 9, de 27.02.2014).
II- solicitar ao Conselheiro relator que determine:
a) a inspeção definida no art. 29 da Lei Complementar n. 160, de 2012, inclusive na modalidade de
diligência (art. 175, § 1º), para propiciar o adequado exercício do controle externo pelo Tribunal;
b) liminarmente, a aplicação de medida cautelar (art. 148);
c) a intimação do jurisdicionado, para que ele preste outros esclarecimentos ou informações, ou
apresente outros documentos ou dados, não compreendidos nas disposições do inciso I.
§ 1º Nos casos do disposto no caput, I e II, c, vencido o prazo sem o cumprimento do objeto da
intimação pelo jurisdicionado, este não mais poderá praticar o ato (LC n. 160, de 2012, art. 54, § 2º),
observado, no que couber, o disposto no art. 190.
§ 2º A intimação referida no inciso I do caput não prejudica a inflição da multa e o cumprimento das
prescrições do art. 46, §§ 1º e 2º, da Lei Complementar n. 160, de 2012.

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§ 3º A unidade de auxílio técnico e administrativo competente se manifestará sobre a matéria, no prazo
de trinta dias:
I- independentemente da ação ou omissão do jurisdicionado intimado, nos casos do disposto no caput,
I e II, c;
II- assim que encerrada a inspeção determinada ou cessados os efeitos da medida cautelar aplicada,
nos casos das disposições do caput, II, a e b.
§ 4º Tão logo se manifestar sobre a matéria (§ 3º), a unidade administrativa de auxílio técnico e
administrativo competente encaminhará os autos:
I - primeiramente, à Auditoria, se for exigida a manifestação daquele órgão;
II - ao Ministério Público de Contas, em todos os casos.
§5º Os prazos descritos neste artigo poderão ser prorrogados pelo Conselheiro relator, por igual
período, mediante proposição fundamentada da unidade de auxílio técnico e administrativo competente.
(Incluído pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016.)

Art. 111. Ao Auditor e ao representante do Ministério Público de Contas é estabelecido o prazo de


trinta dias para cada um deles emitir o respectivo parecer.
Parágrafo único. Se na análise da matéria for entendida a necessidade de complementar a instrução
processual, qualquer das autoridades referidas no caput poderá solicitar ao Conselheiro relator a
determinação de diligência para cumprir a finalidade (art. 175, § 1º).

Seção II
Do Saneamento dos Elementos dos Autos, do Encerramento da Instrução Processual e do
Desfecho do Exame da Matéria

Art. 112. Ao receber os autos do Ministério Público de Contas, o Conselheiro relator despachará,
conforme o caso, para:
I- em saneando processualmente os elementos dos autos, determinar a fiscalização apropriada (art.
175), inclusive na modalidade de diligência (art. 175, § 1º), visando à adequada instrução do feito;
II- encerrar a instrução processual, se não subsistirem pendências.
Parágrafo único. Encerrada a instrução processual, se o Conselheiro relator entender que:
I- há irregularidades nos atos praticados pelo jurisdicionado, ou sob a responsabilidade dele, mandará
intimá-lo para apresentar defesa sobre os pontos elencados no seu despacho, para o fim de estabelecer
o contraditório (LC n. 160, de 2012, art. 53, p. único), observado o disposto no art. 113;
II- não há irregularidades nos atos praticados pelo jurisdicionado, ou sob a responsabilidade dele:
a) procederá nos termos do art. 62, caput, I e II, se a matéria estiver sujeita à apreciação ou ao
julgamento colegiado por Câmara ou pelo Tribunal Pleno;
b) decidirá singularmente a matéria objeto de apreciação ou julgamento, se ela estiver no âmbito da
competência do Juízo Singular (art. 10); feito isso, mandará juntar o instrumento decisório aos autos do
processo e publicar sua decisão no DOTCE/MS.

Seção III
Do Exercício do Direito de Defesa

Art. 113. No caso do art. 112, parágrafo único, I, é facultado ao jurisdicionado apresentar defesa, no
prazo de trinta dias contados da data da sua intimação, podendo ele:
I- prestar esclarecimentos, informações ou justificativas sobre a irregularidade apontada pelo Tribunal,
quanto a erro de fato ou ao descumprimento de disposição ou requisito constitucional, legal ou
regulamentar, ou de determinada formalidade;
II- expor as razões de fato e de direito pelas quais ele entende que os atos que praticou são regulares
e, portanto, lícitos;
III- apresentar dados ou documentos que possam comprovar suas alegações e requerer a juntada
deles aos autos;
IV- requerer a realização de diligência (art. 175, § 1º) ou perícia.
§ 1º Expirado o prazo estabelecido, a omissão do jurisdicionado implicará a declaração de revelia.
§ 2º Se das razões de defesa do jurisdicionado o Conselheiro relator entender que, para o melhor
exame da matéria, será imprescindível a manifestação de unidade de auxílio técnico e administrativo
competente, da Auditoria ou do Ministério Público de Contas, ele despachará no sentido de determinar
ou solicitar a manifestação no prazo de trinta dias.

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§ 3º Sem prejuízo de outros requisitos, ao instrumento de defesa são aplicáveis as disposições dos
arts. 92, caput, II e III, e 150, caput, I, a, 1 a 4, e b, e § 1º.

CAPÍTULO IV
DA TRAMITAÇÃO ESPECIAL DE PROCESSOS
Seção I
Da Emissão de Parecer Prévio sobre as Contas Anuais de Governo
Subseção I
Do Parecer Prévio sobre as Contas Anuais do Governador do Estado

Art. 114. À emissão de Parecer Prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo Governador do
Estado, nos termos do art. 77, I, da Constituição Estadual, e dos arts. 21, I, e 32 da Lei Complementar n.
160, de 2012, são também aplicáveis as seguintes regras:
I- o Presidente constituirá uma Comissão Especial, composta de até cinco servidores do Tribunal
indicados pelo Conselheiro relator, para elaborar manifestação técnica sobre as matérias do processo,
no prazo de quinze dias;
II- elaborada a manifestação técnica pela Comissão Especial, os autos do processo serão
encaminhados direta e inicialmente à Auditoria e, na sequência, ao Ministério Público de Contas, para a
emissão dos pareceres cabíveis;
III- ao Auditor competente e ao representante do Ministério Público de Contas é estabelecido o prazo
de dez dias para cada um deles emitir o respectivo parecer.
Parágrafo único. A manifestação técnica referida no inciso I poderá ser substituída pelo relatório do
instrumento de fiscalização utilizado para monitorar as contas de governo do exercício financeiro de
referência.

Art. 115. De posse dos autos provindos do Ministério Público de Contas, o Conselheiro relator deverá,
no prazo de quinze dias:
I- sanear o feito, encerrar a instrução processual, relatar a matéria e emitir o seu parecer sobre a
apreciação das contas de governo prestadas;
II- proceder nos termos do art. 62, caput, I e II, observado o disposto no art. 57.

Art. 116. Para os fins do disposto nesta Subseção:


I- os prazos estabelecidos para a tramitação processual (arts. 114 e 115) são improrrogáveis;
II- às matérias aqui disciplinadas são também aplicáveis as disposições dos arts. 16, I, a; 118 e 119.

Subseção II
Do Parecer Prévio sobre as Contas Anuais dos Prefeitos Municipais

Art. 117. À emissão de Parecer Prévio sobre as contas prestadas anualmente pelos Prefeitos
Municipais (LC n. 160, de 2012, arts. 21, I, e 33) são também aplicáveis as disposições dos arts. 16,
caput, I, b; 111, 118 e 119, no que couber.

Subseção III
Disposições Especiais

Art. 118. O Tribunal receberá as prestações de contas anuais do Governador do Estado e dos Prefeitos
Municipais:
I- apresentadas nos prazos estabelecidos;
II- que estejam devidamente instruídas com os documentos, dados, registros e informações
necessários para propiciar a:
a) análise técnica de seus respectivos conteúdos;
b) emissão dos necessários Pareceres Prévios para os Poderes Legislativos do Estado e dos
Municípios, conforme o caso.
Parágrafo único. Se as prestações anuais das contas de governo não estiverem instruídas com os
documentos, dados, registros e informações necessários, o Tribunal poderá emitir Parecer Prévio
contrário à aprovação das referidas contas pelos respectivos Poderes Legislativos.

Art. 119. Para os fins do disposto nesta Seção, os Pareceres Prévios:


I- declararão expressamente se os:

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a) elementos integrantes das contas prestadas demonstram adequadamente as posições financeira,
orçamentária e patrimonial do Estado ou do Município, conforme o caso;
b) atos ou fatos de natureza financeira, orçamentária e patrimonial, bem como seus resultados, estão
registrados em conformidade com os princípios e demais regras de contabilidade pública;
II- serão acompanhados de informações objetivas sobre a fiel observância, pelos respectivos
governantes gestores:
a) das disposições constitucionais, legais e regulamentares pertinentes, especialmente dos princípios
estabelecidos nos arts. 37, caput, e 70, caput, da Constituição Federal;
b) do cumprimento dos planos plurianuais, das diretrizes orçamentárias e dos orçamentos anuais;
III- serão conclusivos, com teor favorável ou contrário à aprovação das contas pelos Poderes
Legislativos do Estado e de cada Município, conforme o caso.
Parágrafo único. Os Conselheiros, as demais autoridades e os servidores que atuam nas áreas
técnicas do Tribunal tomarão as cautelas necessárias para o cumprimento dos prazos:
I- de sessenta dias, previsto no art. 77, I, da Constituição Estadual, e no art. 32, § 3º, da Lei
Complementar n. 160, de 2012, para a emissão de Parecer Prévio sobre as contas anuais prestadas pelo
Governador do Estado;
II- limite configurado no último dia do exercício em que as contas foram prestadas, para a emissão de
Pareceres Prévios sobre as contas anuais dos Prefeitos Municipais (LC n. 160, de 2012, art. 33, § 3º).

Seção II
Do Controle Externo dos Atos de Contratação Pública e de Execução do Objeto do Contrato
Subseção I
Disposições Gerais

Art. 120. O controle externo dos atos de contratação pública e de execução do objeto do contrato será
exercido, pelo Tribunal, nos âmbitos das seguintes fases:
I- primeira fase, na qual serão realizados o exame e o julgamento da matéria relativa à regularidade
do procedimento:
a) licitatório, inclusive, conforme o caso, da formalização ou da adesão à ata de registro de preços;
b) de dispensa ou de inexigibilidade de licitação;
II- segunda fase, na qual serão realizados o exame e o julgamento da matéria relativa à regularidade
do contrato administrativo firmado, quanto ao teor do seu termo ou do instrumento que o substituiu, tal
como carta contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de
serviço;
III- terceira fase, na qual serão realizados o exame e o julgamento da matéria relativa à regularidade
dos atos de execução do objeto do contrato, especialmente quanto:
a) ao cumprimento dos prazos e condições pactuados no instrumento contratual, observado, quanto
ao termo aditivo e a outras eventuais alterações das cláusulas contratuais, o disposto no § 4º;
b) à atestação da regularidade do recebimento parcial ou total do bem móvel ou imóvel, da obra ou do
serviço, especialmente quanto aos seus aspectos de conformidade, qualidade e quantidade;
c) aos dispêndios financeiros realizados e à despesa pendente de liquidação.
§ 1º Os julgamentos das matérias nos âmbitos das primeira, segunda e terceira fases são juridicamente
distintos; todavia, em decorrência da cronologia dos eventos:
I- a matéria compreendida no âmbito da fase subsequente não poderá ser julgada antes do julgamento
da matéria compreendida no âmbito da fase antecedente;
II- será sobrestado o julgamento de matéria no âmbito da fase subsequente, se houver matéria
compreendida no âmbito da fase antecedente na pendência de julgamento.
§ 2º Competirá ao Conselheiro que relatou a matéria no âmbito da primeira fase relatar também as
matérias nos âmbitos das segunda fase e terceira fase (art. 84, p. único, II, a).
§ 3º O sobrestamento do julgamento de matéria no âmbito de determinada fase (§ 1º, II), bem como a
suspensão de determinado trâmite processual, não obstam:
I- a aplicação de medida cautelar, nos termos dos arts. 56, 57 e 58 da Lei Complementar n. 160, de
2012, e do art. 148 deste Regimento;
II- os exames e manifestações das unidades de auxílio técnico e administrativo competentes e, no que
couber, os exames e pareceres da Auditoria ou do Ministério Público de Contas, que sejam necessários
para evitar a paralisação de qualquer outro trâmite processual.
§ 4º Os documentos relativos ao termo aditivo de contrato e a outras eventuais alterações das
cláusulas contratuais serão:
I- recebidos no prazo e nos termos estabelecidos em ato normativo;

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II- juntados de imediato aos autos do processo de referência;
III- examinados assim que juntados aos autos, para que, com a urgência necessária, possa ser julgada
a licitude do aditivo firmado ou de outra alteração feita.

Art. 120 A. As normas relacionadas ao encaminhamento de informações, dados, documentos e


demonstrativos ao Tribunal de Contas, serão estabelecidas em regulamento próprio. (Redação dada pela
Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
I - (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
II - (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
a); (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
b) (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
§ 1º. (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
§ 2º. (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
§ 3º: (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
a); (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
b). (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
§ 4º. (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
§ 5º. (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)
§ 6º. (Revogado pela Resolução nº 52, de 14 de dezembro de 2016)

Subseção II
Do Controle do Procedimento Licitatório Gerador de Uma Só Contratação

Art. 121. No caso de procedimento licitatório gerador de uma só contratação:


I- os documentos relativos às matérias compreendidas nos âmbitos da primeira fase (procedimento
licitatório ou dispensa ou inexigibilidade de licitação) e da segunda fase (contrato) serão:
a) recebidos simultaneamente no Tribunal, nos termos do ato normativo de regulamentação da
remessa de documentos pelos jurisdicionados;
b) autuados com a formalização de processo único;
II- os julgamentos das matérias compreendidas nos âmbitos da primeira e segunda fases serão feitos
em conjunto, observado o disposto no art. 120, §§ 1º, 2º e 3º;
III- os documentos relativos à matéria compreendida no âmbito da terceira fase (execução do objeto
do contrato) serão recebidos e juntados aos autos do processo único, formalizado nos termos do inciso I,
b;
IV- o julgamento da matéria compreendida no âmbito da terceira fase, observado o disposto no art.
120, §§ 1º, 2º e 3º:
a) poderá ser feito em conjunto com as matérias compreendidas nos âmbitos da primeira e segunda
fases (inc. II), se, pelo desfecho da tramitação processual, for factível tal proceder;
b) deverá ser feito isoladamente, se não for factível o julgamento conjunto previsto nas disposições da
alínea a.

Subseção III
Do Controle do Procedimento Licitatório Gerador de Mais de Uma Contratação

Art. 122. Tratando-se de único procedimento licitatório gerador da contratação de mais de uma pessoa
física ou jurídica:
I- os documentos relativos à matéria compreendida no âmbito da primeira fase (procedimento licitatório
ou dispensa ou inexigibilidade de licitação) serão recebidos e autuados com a formalização de processo
único;
II- o julgamento da matéria compreendida no âmbito da primeira fase será isolado e específico para
decidir sobre a regularidade do procedimento licitatório ou da dispensa ou da inexigibilidade da licitação;
III- os documentos relativos às matérias compreendidas nos âmbitos:
a) da segunda fase (contrato) serão recebidos e autuados com a formalização de processos distintos
do processo relativo à matéria compreendida no âmbito da primeira fase, considerando cada uma das
contratações;
b) da terceira fase (execução do objeto do contrato) serão recebidos e juntados aos autos de cada um
dos processos relativos às matérias compreendidas no âmbito da segunda fase (alínea a);

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IV- os julgamentos das matérias compreendidas nos âmbitos das segunda e terceira fases,
considerando os processos relativos a cada uma das contratações (inc. III, a e b) e observado o disposto
no art. 120, §§ 1º, 2º e 3º:
a) poderão ser feitos em conjunto, se, pelo desfecho da tramitação processual, for factível tal proceder;
b) deverão ser feitos isoladamente, se não for factível o julgamento conjunto previsto nas disposições
da alínea a.

Subseção IV
Disposição Complementar

Art. 123. No caso de obra pública, a execução do objeto do contrato estendida no tempo poderá ser
objeto de fiscalização periódica ou sequencial, operacionalizada por meio dos instrumentos previstos,
observadas as disposições dos arts. 4º, caput, I, d, e 175 a 182, no que couber.

Seção III
Da Denúncia

Art. 124. Observado o disposto no art. 40 da Lei Complementar n. 160, de 2012, são requisitos de
admissibilidade da denúncia:
I- a indicação do nome do denunciante e sua qualificação;
II- as informações necessárias para a compreensão do ato ou fato denunciado, com os apontamentos
sobre:
a) os indícios ou a efetividade da ocorrência de ilícito;
b) as circunstâncias de tempo ou lugar do ilícito, exceto se, pelas informações recebidas, for avaliado
que o denunciante não tinha meios de apontá-las com exatidão ou segurança;
c) os elementos de convicção, observado, no que couber, o disposto nas alíneas a e b;
d) a autoria conhecida ou, conforme o caso, a autoria presumida;
III- a sua referência com matéria de competência do Tribunal.
§ 1º No caso do inciso I do caput, a denúncia formulada por pessoa jurídica deverá estar acompanhada
de cópia do ato de sua constituição e do documento comprobatório da habilitação do signatário para
representá-la.
§ 2º Os documentos relativos à denúncia serão recebidos no setor administrativo de protocolo e,
imediata e sequencialmente:
I- protocolados, sem autuação e formalização de processo;
II- encaminhados ao Gabinete da Presidência.
§ 3º Cabe ao Presidente exercer o juízo de admissibilidade da denúncia (art. 19, caput, XIII, a).
§ 4º Se o Presidente não admitir a denúncia, mandará remeter cópia da sua decisão ao denunciante.

Art. 125. Admitida a denúncia, o Presidente indicará se a tramitação processual será ou não sigilosa e
encaminhará o material ao setor administrativo de protocolo, para a prática imediata e sucessiva dos atos
de:
I- digitalização e autuação dos documentos e de formalização do processo específico;
II- remessa dos autos do processo à assessoria jurídica do Tribunal, para a emissão de parecer
preparatório sobre a matéria denunciada, exceto quanto ao disposto no § 2º.
§ 1º No caso do inciso II do caput, observadas as disposições do § 2º, a assessoria jurídica do Tribunal,
assim que emitir seu parecer, encaminhará os autos do processo imediatamente ao Conselheiro relator.
§ 2º Se o denunciante houver peticionado para que seja aplicada liminarmente medida cautelar, e
tratar-se de efetivo caso de urgência, o Presidente determinará ao setor administrativo de protocolo:
I- as providências compreendidas nas disposições do inciso I do caput;
II- a remessa imediata dos autos do processo ao Conselheiro relator, independentemente de qualquer
outra tramitação interna.

Art. 126. Observadas as prescrições do art. 125, o Conselheiro relator, ao receber os autos do
processo, poderá, alternativa ou cumulativamente:
I- aplicar medida cautelar, inclusive liminarmente, consoante o disposto no art. 148 (LC n. 160, de
2012, arts. 56 a 58);
II- acionar o instrumento de inspeção, nos termos dos arts. 175 a 179 e 182 deste Regimento, e do art.
29 da Lei Complementar n. 160, de 2012;

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III- determinar a manifestação das unidades de auxílio técnico e administrativo competentes, ou, se for
o caso, da Auditoria, observadas, no que couberem, as disposições do inciso II.
§ 1º Tratando-se de tramitação sigilosa do processo, o Conselheiro relator:
I- encaminhará os autos diretamente ao chefe da unidade de auxílio técnico e administrativo
competente, ao Coordenador da Auditoria ou ao Procurador-Geral de Contas, conforme o caso;
II- poderá credenciar servidor do seu Gabinete para o acesso aos autos, estabelecendo para o
credenciado a responsabilidade pelo sigilo exigido (LC n. 160, art. 81); neste caso, caberá à unidade
administrativa de tecnologia da informação liberar o acesso.
§ 2º Nos casos deste artigo, as medidas e outras providências necessárias serão tomadas ou
cumpridas nos prazos estabelecidos:
I- nas disposições deste Regimento ou de ato normativo pertinente;
II- pelo Conselheiro relator, no caso da inspeção por ele determinada.
§ 3º Se o Conselheiro relator julgar desnecessárias as medidas ou providências compreendidas nas
disposições do caput, I, II e III, ou se o que foi determinado já houver sido cumprido, ele submeterá a
matéria ao exame do Ministério Público de Contas, para a emissão de parecer no prazo de quinze dias.

Art. 127. De posse dos autos do processo retornados do Ministério Público de Contas, se o Conselheiro
relator constatar que da apuração da denúncia:
I- não foi comprovada a ocorrência de ilícito, ele: a) encerrará a instrução processual;
b) elaborará seu relatório, bem como o voto escrito para ser proferido em sessão do Tribunal Pleno,
no sentido do arquivamento do processo;
c) procederá nos termos do art. 62, caput, I e II;
II- foi comprovada a ocorrência de ilícito, ele mandará intimar o denunciado para apresentar defesa no
prazo de trinta dias.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, I, b e c, deverá ser observada a regulação das
sessões reservadas, nos termos dos arts. 60 ou 61, conforme o caso.

Art. 128. Apresentada ou não a defesa pelo denunciado, no prazo da intimação (art. 127, II), o
Conselheiro relator tomará as mesmas providências previstas no art. 127, I, a, b e c, observadas as
disposições do parágrafo único daquele artigo.

Art. 129. Em qualquer caso, se a decisão do Tribunal Pleno reconhecer a ocorrência de:
I- desfalque ou outra espécie de desvio de bens, ou outro ilícito, que resultou dano ao erário,
determinará as providências necessárias para viabilizar o ressarcimento;
II- dolo, má-fé ou simples motivação política na denúncia, submeterá a matéria ao Ministério Público
de Contas, para a tomada das medidas cabíveis contra o denunciante.

Art. 130. Havendo em tramitação processo relativo à matéria de prestação de contas ou de apreciação
de ato de pessoal sujeito ao registro, cuja matéria esteja relacionada com o ato ou fato denunciado, o
Conselheiro relator poderá determinar:
I- o sobrestamento da apreciação ou do julgamento da matéria do processo em tramitação, até que
seja apurado o ato ou fato denunciado;
II- que os atos de apreciação ou de julgamento de ambas as matérias sejam praticados em conjunto,
em caráter prioritário.

Art. 131. Se o ato ou fato denunciado justificar a revisão de contas já apreciadas ou julgadas, a matéria
poderá ser conhecida como pedido de revisão, observados os requisitos, prazo e demais disposições dos
arts. 73 e 74 da Lei Complementar n. 160, de 2012.

Seção IV
Da Representação

Art. 132. Serão autuados como representação os documentos ou expedientes encaminhados por
pessoas ou agentes públicos referidos no art. 133, comunicando a ocorrência de ilícito administrativo do
qual tiveram conhecimento em virtude do exercício do cargo, emprego ou função que ocupam.
Parágrafo único. À representação são aplicáveis as disposições relativas à denúncia (arts. 124 a 131),
no que couber.

Art. 133. Têm legitimidade para representar ao Tribunal de Contas os:

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I- Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;
II- Senadores da República, Deputados Federais e Estaduais, Vereadores e magistrados;
III- membros do Ministério Público Estadual, inclusive do Ministério Público de Contas;
IV- Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
V- responsáveis:
a) pelos órgãos de controle interno de quaisquer pessoas jurídicas sujeitas à jurisdição do Tribunal;
b) pelas unidades de auxílio técnico e administrativo do Tribunal, bem como o Coordenador da
Auditoria;
VI- servidores públicos e autoridades dos órgãos e entidades da administração pública federal,
estadual e municipal;
VII- outros órgãos, entidades ou pessoas que detenham a prerrogativa de representação por força de
suas respectivas competências ou atribuições legais.

Seção V
Do Pedido de Informação e da Proposição de Averiguação Prévia

Art. 134. O Conselheiro ou o representante do Ministério Público de Contas poderá:


I- formular Pedido de Informação, com a finalidade de obter do jurisdicionado os esclarecimentos
necessários sobre ato ou fato sujeito ao controle externo do Tribunal;
II- propor a Averiguação Prévia, com a finalidade de executar qualquer dos instrumentos de
fiscalização previstos nos arts. 26 e 28 a 31 da Lei Complementar n. 160, de 2012, observado o disposto
nos arts. 175 a 189 deste Regimento, no que couber.
§ 1º A Proposição de Averiguação Prévia poderá ser feita, conforme o caso, independentemente da
formulação prévia de Pedido de Informação.
§ 2º O Pedido de Informação ou a Proposição de Averiguação Prévia será deliberado pelo Tribunal
Pleno, quanto à sua admissibilidade, na mesma sessão em que for apresentado.
§ 3º Se a matéria do Pedido de Informação ou da Proposição de Averiguação Prévia for objeto de outro
processo em tramitação no Tribunal, os documentos e outras peças de qualquer deles serão juntados
aos autos do processo que esteja tramitando.

Art. 135. Admitido o Pedido de Informação, o Presidente determinará o seu protocolo e, no prazo de
48 horas, mandará intimar o jurisdicionado para que ele preste, no prazo de vinte dias, as informações
pedidas e apresente os documentos ou dados comprobatórios da veracidade delas.
§ 1º No caso de inconsistência das informações prestadas pelo jurisdicionado, ou se ele não houver
atendido tempestivamente ao objeto da intimação, o Pedido de Informação será convertido em
Proposição de Averiguação Prévia.
§ 2º A conversão referida no § 1º não prejudicará:
I- a inflição da multa cabível pela intempestividade no atendimento do objeto da intimação, nos termos
do art. 46 da Lei Complementar n. 160, de 2012;
II- a aplicação de qualquer outra sanção cabível ao desatendimento do objeto da intimação.

Seção VI
Da Consulta
Subseção I
Disposições Gerais

Art. 136. Cabe ao Tribunal responder à consulta do jurisdicionado (LC n. 160, de 2012, art. 21, XVI),
observados os requisitos de admissibilidade.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da consulta:
I- formalização por escrito, com a indicação do nome, a qualificação do consulente e a demonstração
do seu interesse e legitimidade;
II- referência com a matéria de competência do Tribunal;
III- não referência a caso concreto;
IV- descrição clara da matéria consultada, circunscrevendo situação determinável e a indicação precisa
da controvérsia ou dúvida;
V- prestação das informações necessárias para elucidar os aspectos controvertidos ou duvidosos da
matéria e, na parte do pedido, que as perguntas sejam formuladas em quesitos;
VI- a declaração do consulente, sob as penas da lei, de que ele, o Poder, o órgão ou a entidade sob a
sua gestão ou responsabilidade não:

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a) é objeto de fiscalização compreendida nas disposições dos arts. 28, 29 e 31 da Lei Complementar
n. 160, de 2012, cuja fiscalização abranja a matéria consultada;
b) foi intimado para apresentar dados ou documentos, prestar esclarecimentos ou informações, cumprir
recomendação feita anteriormente pelo Tribunal, pagar multa ou cumprir outra espécie de sanção,
relativamente à matéria abrangida pela consulta;
c) tem participação em processo relativo à matéria pendente de solução no Tribunal, ou em órgão
judiciário, no que esteja abrangido pela matéria consultada;
d) figurou como destinatário direto ou indireto de ato de apreciação, deliberação ou julgamento anterior
do Tribunal, no qual foi tratada matéria idêntica ou similar àquela objeto da consulta.
§ 2º É facultado ao consulente:
I- juntar documentos, laudos, pareceres e trabalhos doutrinários ou técnicos, bem como cópias de
decisões de outros Tribunais de Contas ou de órgãos judiciários;
II- expor a interpretação que ele dá à matéria, com os elementos de convicção;
III- requerer urgência na solução da consulta, no caso de necessidade comprovada, cabendo ao
Conselheiro incumbido de relatar a matéria decidir sobre o pedido.

Subseção II
Do Juízo de Admissibilidade, da Solução e do Reexame de Consulta

Art. 137. Compete ao Presidente exercer o juízo de admissibilidade da consulta (art. 19, caput, XIII, a),
observado o disposto no art. 136, § 1º.
§ 1º Se o Presidente:
I- não admitir a consulta, determinará o arquivamento do pedido e mandará comunicar sua decisão ao
consulente;
II- verificar que as questões formuladas:
a) já foram respondidas em consulta anterior, mandará remeter cópia do Parecer-C ao consulente;
b) são objeto de processo relativo a outra consulta em tramitação no Tribunal, mandará juntar aos seus
autos as peças da consulta posterior.
§ 2º Admitida a consulta, o Presidente:
I- poderá determinar à assessoria jurídica do Tribunal a emissão de parecer preparatório sobre a
matéria consultada;
II- sorteará o Conselheiro para relatar a matéria (art. 83, § 2º, I, d);
III- submeterá a matéria ao Ministério Público de Contas, para a emissão de parecer no prazo de trinta
dias.
§ 3º Emitido o parecer, o Ministério Público de Contas poderá encaminhar os autos diretamente ao
Gabinete do Conselheiro relator (§ 2º, II).

Art. 138. A solução de consulta compete ao Tribunal Pleno (art. 16) e o instrumento de sua formalização
é o Parecer-C (art. 72).
Parágrafo único. Para os fins de deliberação pelo Tribunal Pleno, a solução da consulta do
jurisdicionado prescindirá de publicação prévia no DOTCE/MS, observado o disposto no art. 65, IV, c, e,
no que couber, nos arts. 62 e 66.

Art. 139. É facultado ao consulente ou a outro jurisdicionado com legítimo interesse, que discordar da
solução da consulta, pedir o seu reexame, no prazo de quinze dias contados da data da publicação do
Parecer-C no DOTCE/MS.
§ 1º Ao pedido de reexame de consulta são aplicáveis as disposições dos arts. 136, §1º e §2º, e 137,
§1º, I, §2º, III, e §3º, no que couber. (Redação dada pelo Anexo I da Portaria TC/MS Nº 9, de 27 de
fevereiro de 2014).
§ 2º Se o Presidente admitir o pedido de reexame:
I- submetê-lo-á ao Conselheiro que relatou a matéria do processo de solução da consulta objeto do
pedido de reexame;
II- sorteará outro Conselheiro para relatar a matéria, na inviabilidade de aplicar a regra do inciso I.
§ 3º O pedido de reexame será deliberado pelo Tribunal Pleno, independentemente de instrução
processual.

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Subseção III
Dos Efeitos da Consulta

Art. 140. Os efeitos da solução da consulta formalizada no Parecer-C serão produzidos a contar da
data de sua publicação no DOTCE/MS.

Art. 141. A solução da consulta formalizada no Parecer-C terá o caráter de orientação.

Art. 142. Em caso concreto de apreciação, julgamento ou deliberação sobre matéria compreendida no
âmbito de solução anterior de consulta, o Tribunal poderá não penalizar o jurisdicionado que haja
observado o entendimento firmado em abstrato.

Subseção IV
Da Divergência Entre Soluções de Consultas

Art. 143. No caso da existência de soluções divergentes sobre a mesma matéria, fundadas em
idênticas regras ou situações jurídicas, prevalecerá o entendimento firmado no Parecer-C mais recente.
§ 1º O Tribunal Pleno poderá, todavia, em face da importância da matéria, deliberar sobre a
uniformização do entendimento.
§ 2º Para os fins do disposto neste artigo, cabe a qualquer Conselheiro, ao representante do Ministério
Público de Contas ou ao jurisdicionado suscitar o fato da existência de soluções divergentes de consultas
sobre a mesma hipótese.
§ 3º Suscitada a divergência, o Presidente determinará à assessoria jurídica do Tribunal a
manifestação no prazo de vinte dias.
§ 4º Confirmada pela assessoria jurídica do Tribunal a divergência suscitada, o Presidente sorteará
Conselheiro para relatar a matéria (art. 83, § 2º, I, d) e mandará remeter-lhe os autos.
§ 5º Relatada a matéria, serão aplicáveis ao caso as disposições dos arts. 62, caput, I e II; 65 e 138.
§ 6º Uniformizado o entendimento da matéria pelo Tribunal Pleno e formalizado o Parecer-C, os efeitos
do ato serão contados da data estabelecida naquele instrumento ou da sua publicação no DOTCE/MS,
conforme o caso.

Seção VII
Do Relatório-Destaque

Art. 144. Será elaborado Relatório-Destaque quando, no transcorrer de quaisquer atividades relativas
aos instrumentos de fiscalização utilizados, for detectado fato relevante que mereça ser destacado.
§ 1º O Relatório-Destaque poderá ser elaborado ainda que as atividades relativas ao instrumento de
fiscalização em andamento não estejam finalizadas.
§ 2º O Conselheiro receptor do Relatório-Destaque examinará a matéria nele destacada e se entendê-
la:
I - efetivamente relevante, determinará ao setor administrativo de protocolo:
a) a autuação das peças do material recebido e a formalização de processo de Relatório-Destaque;
b) o apensamento dos autos desse processo aos autos de outro acaso em andamento, que se refira à
matéria de prestação de contas ou de ato de pessoal na qual a matéria do Relatório-Destaque esteja
compreendida ou relacionada;
II- sem a relevância apontada, poderá, sem prejuízo do disposto nos arts. 180, 181 e 182, determinar
o arquivamento do relatório recebido ou tomar outras medidas que entender úteis.
§ 3º Cumpridas as etapas previstas no § 2º, I, a e b, o processo relativo ao Relatório-Destaque seguirá
a tramitação ordinária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 109 a 113, exceto no caso de
necessidade de tramitação processual sigilosa.
§ 4º Se não for necessário aplicar liminarmente medida cautelar (art. 148), ou submeter a matéria à
Auditoria ou a unidade de auxílio técnico e administrativo competente, o Conselheiro relator mandará
encaminhar os autos ao Ministério Público de Contas, para a emissão de parecer no prazo de quinze
dias.
§ 5º Para os fins do disposto no § 3º:
I- o julgamento da matéria relativa à prestação de contas ou a apreciação do ato de pessoal sujeito ao
registro serão sobrestados, até o julgamento da matéria relativa ao Relatório-Destaque;

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II- poderão ser continuados os exames das demais matérias do processo de prestação de contas, ou
de apreciação de ato de pessoal sujeito ao registro, no tanto que tais exames não dependerem ou
influírem na decisão da matéria do processo do Relatório-Destaque.
§ 6º Em qualquer caso, a tramitação processual e o julgamento da matéria relativa ao processo do
Relatório-Destaque serão prioritários, observado, no que couber, o disposto no art. 168.

Seção VIII
Da Apreciação de Ato de Pessoal Sujeito ao Registro

Art. 145. Para os fins de apreciação de ato de pessoal sujeito ao registro, nos termos constitucionais
e do art. 34 da Lei Complementar n. 160, de 2012, o setor administrativo de protocolo, por meio de
mecanismo eletrônico apropriado:
I- autuará os documentos recebidos do jurisdicionado e formalizará processo específico, observado o
disposto no art. 146 quanto ao concurso público e ao ato de nomeação de pessoa nele aprovada;
II- distribuirá o processo a Conselheiro, nos termos do art. 83, §§ 2º, I, f, e 3º, III;
III- encaminhará os autos do processo diretamente à unidade de auxílio técnico e administrativo
competente, para o exame da matéria.
§ 1º As disposições deste artigo são também aplicáveis aos casos de contratações por tempo
determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, consoante o
disposto no art. 37, caput, IX, da Constituição Federal.
§ 2º No caso do § 1º, compete ao Conselheiro que relatou a matéria relativa ao ato de contratação
relatar, também, a matéria do termo aditivo eventualmente firmado (art. 84, p. único, II, b).
§ 3º A unidade de auxílio técnico e administrativo competente poderá, se previamente autorizada pelo
Conselheiro relator, determinar o arquivamento do processo a que se referem as disposições do § 1º,
quando a contratação não ultrapassar o prazo de seis meses.

Art. 146. Tratando-se de nomeação de pessoa em decorrência de aprovação em concurso público, os


documentos relativos:
I- ao concurso público realizado serão autuados com a formalização de processo único; neste caso, a
apreciação será específica para examinar e decidir sobre a legalidade do procedimento;
II- aos atos de nomeação serão autuados com a formalização de processos distintos do processo
relativo à matéria do concurso público, considerando cada um dos nomeados; neste caso:
a) a distribuição dos processos será feita mediante sorteio aos Conselheiros, nos termos do art. 83, §§
2º, I, f, 3º, III, 4º e 5º;
b) a apreciação será específica para examinar e decidir sobre a legalidade do ato de nomeação de
cada pessoa aprovada.
Parágrafo único. Para os efeitos das disposições do caput, I, segunda parte, e II, b, a apreciação do
ato de nomeação de pessoa será sobrestada, até que seja apreciada a matéria relativa ao concurso
público.

Art. 147. Observadas as prescrições dos arts. 145 e 146, o processo relativo à apreciação de ato de
pessoal seguirá a tramitação ordinária, nos termos dos arts. 109 a 113, no que couber.

Seção IX
Das Medidas Cautelares

Art. 148. As medidas cautelares serão aplicadas ou determinadas pelo Conselheiro relator,
incidentalmente, de ofício ou atendendo ao pedido, nas matérias em que se pretender assegurar a
efetividade do controle externo (LC n. 160, de 2012, arts. 56 a 58).
§1º A medida cautelar poderá ser:
I- requerida pelo Procurador-Geral do Ministério Público de Contas ou pelo jurisdicionado ou
interessado;
II- aplicada:
a) a qualquer tempo, independente da fase ou instância em que se encontrar o processo, inclusive
como ato inaugural de processo de iniciativa do Tribunal, nos termos dos arts. 134 e 135 (Pedido de
Informação e Proposição de Averiguação Prévia) e do art. 144 (Relatório-Destaque);
b) liminarmente, pelo Conselheiro relator, independentemente de prévia manifestação do
jurisdicionado por ela afetado; III - revogada a qualquer tempo.

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§2º Aplicada a medida cautelar, o Conselheiro relator mandará intimar o jurisdicionado para
manifestação no prazo de cinco dias.
§3º Transcorrido o prazo para a manifestação do jurisdicionado, com ou sem a apresentação dela, o
Conselheiro relator deverá, em relação à matéria:
I- submetê-la ao exame do Ministério Público de Contas, para manifestação no prazo de cinco dias;
II- julgá-la em caráter prioritário.
§4º Serão sobrestados os atos do processo relativo à matéria sobre a qual foi aplicada ou determinada
medida cautelar, até que ela seja julgada.

CAPÍTULO V
DOS RECURSOS
Disposições Iniciais

Art. 149. Observado o disposto nos arts. 66 a 71 da Lei Complementar n. 160, de 2012, à disciplina
dos recursos ordinário, de embargos de declaração e de agravo são acrescidas as disposições deste
Capítulo.

Art. 150. Às matérias relativas aos recursos são aplicáveis as seguintes regras:
I- a petição do recurso:
a) poderá ser recebida, no Tribunal:
1. em folhas de papel datilografadas ou impressas eletronicamente, hipótese em que o material será
digitalizado para o processamento eletrônico;
2. por meio de material gravado em instrumento ou mídia de armazenamento de dados, tal como CD-
ROM ou pen drive (memória USB flash-drive);
3. pela remessa eletrônica (LC n. 160, de 2012, art. 50, I, II e III), nos termos da regulamentação
pertinente;
4. pela via postal, nos casos a que se referem os itens 1 e 2, observado, no que couber, o disposto no
§ 2º do art. 88;
b) será juntada aos autos do processo correspondente, independentemente do meio utilizado para a
sua veiculação, remessa ou recebimento;
II- o recurso interposto será submetido ao juízo de admissibilidade (inc. IV);
III- não caberá recurso contra ato relativo à auditoria operacional;
IV- a decisão em juízo de admissibilidade de recurso compete ao Presidente e é irrecorrível, consoante
o disposto, respectivamente, nos arts. 9º, VIII, a, e 72, II, da Lei Complementar n. 160, de 2012; V - se o
Presidente:
a) admitir o recurso, distribuirá o processo a Conselheiro, nos termos dos arts. 152, caput; 156, caput,
I e II, e § 1º, e 161, caput, conforme o caso;
b) não admitir o recurso, mandará publicar a decisão denegatória no DOTCE/MS;
VI- é facultado ao recorrente desistir do recurso interposto, até o momento de início da sessão em que
esteja previsto o seu julgamento pelo Tribunal Pleno.
§ 1º A petição do recurso somente será protocolada no Tribunal se contiver, no mínimo:
I- o nome e a qualificação do recorrente;
II- o número do processo ao qual a matéria recursal se refira;
III- os fundamentos de fato e de direito;
IV- o pedido;
V- a data e a assinatura do recorrente.
§ 2º Para os fins do disposto no § 1º, III, no caso de embargos de declaração será exigida do recorrente
a exposição, clara e precisa, do ponto obscuro, contraditório ou omisso apontado como razão do recurso.
§ 3º Aos recursos são também aplicáveis as disposições do art. 92, caput, II, a, e III, no que couber.

Seção I
Do Recurso Ordinário

Art. 151. Cabe recurso ordinário ao Tribunal Pleno (art. 16), nos termos do art. 69 da Lei Complementar
n. 160, de 2012, contra:
I - ato de Conselheiro que apreciou ou julgou a matéria do processo no exercício do Juízo Singular;
II - ato colegiado:
a) de qualquer das Câmaras, que apreciou, julgou ou deliberou sobre a matéria do processo;

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b) do próprio Tribunal Pleno, que apreciou, julgou ou deliberou sobre a matéria do processo no âmbito
da sua competência originária (art. 16), ou em decorrência de declinação de competência por Câmara
(art. 13, § 1º) ou de avocação (art. 16, p. único, V).
Parágrafo único. Havendo responsabilidade solidária na matéria objeto do recurso, a interposição
deste por um dos responsáveis aproveitará aos demais, inclusive àquele julgado à revelia, no que
concerne às circunstâncias objetivas.

Art. 152. Admitido o recurso, o Presidente sorteará o Conselheiro para relatar a matéria, distribuir-lhe-
á o processo e mandará remeter-lhe os autos, observado o disposto no art. 84, caput, V, primeira parte.
§ 1º O recurso ordinário admitido será recebido nos efeitos devolutivo e suspensivo (LC n. 160, de
2012, art. 68).
§ 2º Sendo diversas as pessoas que se manifestaram nos autos, antes da decisão recorrida, e opostos
seus interesses, a interposição do recurso por quaisquer delas ensejará a intimação das demais, para o
oferecimento de contrarrazões no prazo comum de sessenta dias.
§ 3º Se o recurso houver sido interposto:
I- pelo jurisdicionado, o Conselheiro relator submeterá a matéria ao Ministério Público de Contas, para
a emissão de parecer no prazo de trinta dias, dispensada nova manifestação do recorrente;
II- por representante do Ministério Público de Contas, o Conselheiro relator mandará intimar o
jurisdicionado para oferecer contrarrazões no prazo de trinta dias, dispensada, no caso, nova
manifestação do recorrente.

Art. 153. No caso de recurso interposto pelo jurisdicionado, o Conselheiro relator poderá determinar,
antes das providências previstas no art. 152, § 3º, I, a manifestação da unidade de auxílio técnico e
administrativo competente ou, conforme o caso, da Auditoria.
Parágrafo único. A unidade de auxílio técnico e administrativo competente, ou a Auditoria, se
manifestará no prazo de trinta dias.

Art. 154. Cumpridas as etapas processuais pertinentes e eliminadas as pendências, o Conselheiro


relator:
I- encerrará a instrução processual;
II- elaborará o seu relatório e o voto para, posterior e respectivamente, leitura e proferimento na sessão
de julgamento do Tribunal Pleno;
III- procederá nos termos do art. 62, caput, I e II.

Seção II
Do Recurso de Embargos de Declaração

Art. 155. Ao recurso de embargos de declaração previsto nas disposições do art. 70 da Lei
Complementar n. 160, de 2012, são também aplicáveis as regras estabelecidas nesta Seção.

Art. 156. Admitido o recurso (art. 150, caput, IV), o Presidente distribuirá o processo ao Conselheiro
que, conforme o caso:
I- relatou a matéria objeto da decisão singular ou colegiada recorrida, observado o disposto no art. 84,
caput, VI;
II- foi designado para redigir o acórdão objeto dos embargos, nos casos do art. 5º, observada a
disposição do art. 73, § 5º, segunda parte.
§ 1º Na inviabilidade de cumprimento do disposto no caput, I e II, o Presidente do Tribunal designará
Conselheiro para relatar a matéria dos embargos de declaração.
§ 2º O recurso de embargos de declaração admitido será:
I- recebido nos efeitos devolutivo e suspensivo (LC n. 160, de 2012, art. 68);
II- julgado nos termos do art. 157.
§ 3º No processamento da matéria dos embargos de declaração não haverá:
I- instrução em unidade de auxílio técnico e administrativo ou na Auditoria;
II- manifestação do Ministério Público de Contas, exceto quando o recurso interposto puder produzir
efeitos modificativos ao ato recorrido.

Art. 157. O Conselheiro relator dos embargos de declaração deverá, no prazo de vinte dias:
I- julgá-lo, se o ato estiver no âmbito da competência do Juízo Singular;

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II- elaborar o seu relatório e o voto para, posterior e respectivamente, leitura e proferimento na sessão
da sua Câmara ou do Tribunal Pleno, conforme o caso, se o julgamento estiver no âmbito da competência
de órgão colegiado.

Art. 158. Para os fins do disposto nesta Seção:


I- os efeitos dos embargos de declaração providos se limitarão a sanar a obscuridade, omissão ou
contradição apontada, salvo se algum outro aspecto atinente à matéria do processo houver de ser
apreciado ou julgado como consequência necessária;
II- se o Conselheiro ou o órgão colegiado declarar os embargos de declaração manifestamente
protelatórios, deverá aplicar multa ao embargante, nos termos do art. 70, § 3º, da Lei Complementar n.
160, de 2012.

Seção III
Do Recurso de Agravo

Art. 159. O recurso de agravo é cabível no caso e no prazo previstos no art. 71, caput e § 1º, da Lei
Complementar n. 160, de 2012, observadas as disposições desta Seção.

Art. 160. É facultado ao agravante instruir a matéria do recurso com as peças que entender úteis.
Parágrafo único. Tratando-se de processo físico, serão exigidas do agravante a cópia da decisão
agravada e a prova da sua intimação.

Art. 161. Admitido o recurso, o Presidente sorteará o Conselheiro para relatar a matéria, distribuir-lhe-
á o processo e mandará remeter-lhe os autos, observadas as disposições do art. 84, caput, V, primeira
parte.
Parágrafo único. O recurso de agravo será:
I- recebido somente no efeito devolutivo; todavia, o Conselheiro relator poderá atribuir-lhe efeito
suspensivo, em decisão fundamentada, nos termos do art. 71, § 2º, da Lei Complementar n. 160, de 2012;
II- julgado pelo Tribunal Pleno (art. 16).

Art. 162. Cabe ao Conselheiro relator comunicar imediatamente a interposição do recurso ao


Conselheiro que proferiu a decisão agravada, para manifestação no prazo de dez dias.
§ 1º Se o Conselheiro que proferiu a decisão agravada comunicar que:
I- reformou inteiramente sua decisão, o relator considerará prejudicado o agravo;
II- manteve sua decisão, o relator, se necessário, mandará intimar determinados jurisdicionados, para
o oferecimento de contrarrazões no prazo comum de cinco dias.
§ 2º No caso do § 1º, II, vencido o prazo estabelecido, com ou sem a manifestação dos intimados, o
Conselheiro relator submeterá a matéria ao Ministério Público de Contas, para a emissão de parecer no
prazo de dez dias.

Art. 163. Cumpridas as etapas processuais pertinentes e eliminadas as pendências, o Conselheiro


relator:
I- encerrará a instrução processual;
II- elaborará o seu relatório e o voto para, posterior e respectivamente, leitura e proferimento na sessão
de julgamento do Tribunal Pleno, observado, no que couber, o disposto no art. 162, § 1º, I;
III- procederá nos termos do art. 62, caput, I e II.

CAPÍTULO VI
DO PEDIDO DE REVISÃO

Art. 164. Cabe pedido de revisão ao Tribunal Pleno, nos termos do art. 73 da Lei Complementar n.
160, de 2012, contra ato de apreciação ou julgamento compreendido nas disposições do art. 173, I e II.
§ 1º Havendo responsabilidade solidária na matéria, o pedido de revisão por um dos responsáveis
aproveita aos demais, inclusive àquele julgado à revelia, no que concerne às circunstâncias objetivas.
§ 2º Ao pedido de revisão são também aplicáveis as disposições dos arts. 92, caput, II, a e b, e III, e
150, caput, I, a, 1 a 4, e § 1º.

Art. 165. Assim que protocoladas, as peças do pedido de revisão serão autuadas com a formalização
de processo específico; feito isso:

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I- os autos do processo serão apensados aos do processo que se refira à matéria da qual é pedida a
revisão;
II- o material autuado será encaminhado ao Gabinete do Presidente, para a decisão sobre a
admissibilidade do pedido (art. 19, caput, XIII, b).
§ 1º Se o Presidente:
I- admitir o pedido, sorteará o Conselheiro para relatar a matéria, distribuir-lhe-á o processo e mandará
remeter-lhe os autos, observado o disposto no art. 84, caput, V, primeira parte;
II- não admitir o pedido, mandará publicar a decisão denegatória no DOTCE/MS.
§ 2º O pedido de revisão admitido poderá ser recebido no efeito suspensivo pelo Conselheiro relator
(LC n. 160, de 2012, art. 74).
§ 3º No caso de necessidade, o Conselheiro relator comunicará à Secretaria Geral a admissão do
pedido de revisão, para:
I- que aquele órgão tome as providências cabíveis para a suspensão dos atos de execução judicial
eventualmente promovida para o recebimento de dívida; II - quaisquer outros fins.
§ 4º Sendo diversas as pessoas alcançadas pelos efeitos do ato recorrido, antes do julgamento do
pedido de revisão, e opostos os seus interesses, o pedido formulado por qualquer delas ensejará a
intimação das outras, para manifestação no prazo comum de quinze dias.
§ 5º Se o pedido de revisão houver sido formulado:
I- pelo jurisdicionado, o relator submeterá a matéria ao Ministério Público de Contas, para a emissão
de parecer no prazo de trinta dias, dispensada nova manifestação do autor;
II- por representante do Ministério Público de Contas, o relator mandará intimar o jurisdicionado para
apresentar defesa no prazo de trinta dias, dispensada nova manifestação do requerente (Redação dada
pelo Anexo I da Portaria TC/MS Nº 9, de 27 de fevereiro de 2014).

Art. 166. Cumpridas as etapas processuais pertinentes e eliminadas as pendências, o Conselheiro


relator:
I- encerrará a instrução processual, observado o disposto no § 1º, no que couber;
II- elaborará o seu relatório e o voto para, posterior e respectivamente, leitura e proferimento na sessão
de julgamento do Tribunal Pleno;
III - procederá nos termos do art. 62, caput, I e II.
§ 1º Se o relator entender que, para o melhor exame da matéria, será necessária a manifestação de
unidade de auxílio técnico e administrativo competente, da Auditoria ou do Ministério Público de Contas,
ele, antes de encerrar a instrução processual, determinará ou solicitará a manifestação ou o parecer no
prazo de cinco dias.
§ 2º Ao peticionário é facultado desistir do pedido de revisão, até o momento do início do seu
julgamento.

CAPÍTULO VII
DAS EXCEÇÕES

Art. 167. É facultado ao jurisdicionado arguir, em qualquer instância ou fase processual, a


incompetência, o impedimento ou a suspeição de Conselheiro ou de órgão singular ou colegiado,
conforme o caso.
§ 1º Serão exigidas do excipiente:
I- a arguição fundamentada e devidamente instruída;
II- o protocolo do instrumento da exceção no Tribunal, na primeira oportunidade que lhe couber falar
nos autos.
§ 2º Assim que protocolado o instrumento veiculador da exceção:
I- será feita a sua juntada aos autos do processo pertinente;
II- os autos do processo serão encaminhados ao Gabinete do Presidente, para os fins do disposto no
inciso III;
III- o Presidente do Tribunal sorteará o Conselheiro para relatar a matéria, distribuir-lhe-á o processo
e mandará remeter-lhe os autos.
§ 3º Distribuído o processo, o seu curso será de imediato suspenso, até a solução da matéria pelo
Tribunal Pleno (art. 16).
§ 4º O Conselheiro relator da matéria relativa à exceção, na ordem abaixo:
I- solicitará a manifestação do Conselheiro ou do Presidente do órgão colegiado arguido, no prazo de
cinco dias, observado, no que couber, o disposto no § 5º;

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II- submeterá a matéria ao Ministério Público de Contas, para a emissão de parecer no prazo de cinco
dias.
§ 5º Se o Conselheiro ou o órgão colegiado arguido reconhecer a incompetência, o impedimento ou a
suspeição, conforme o caso, o Conselheiro relator considerará prejudicada a exceção.
§ 6º Cumpridas as etapas processuais pertinentes e eliminadas as pendências, o Conselheiro relator:
I- encerrará a instrução processual;
II- elaborará o seu relatório e o voto para, posterior e respectivamente, leitura e proferimento na sessão
de julgamento do Tribunal Pleno, observado, no que couber, o disposto no § 5º;
III- procederá nos termos do art. 62, caput, I e II.
§ 7º A exceção arguida será decidida pelo Tribunal Pleno na mesma sessão em que o Conselheiro
relator proferir o seu voto.

CAPÍTULO VIII
DAS MATÉRIAS PARA APRECIAÇÃO, JULGAMENTO OU DELIBERAÇÃO URGENTE

Art. 168. Às matérias que possam ser apreciadas, julgadas ou deliberadas em regime de urgência, por
Câmara ou pelo Tribunal Pleno, são aplicáveis as seguintes regras:
I- o pedido de urgência poderá ser formulado pelo Presidente ou por qualquer outro Conselheiro;
II- a relatoria da matéria caberá ao Conselheiro que pediu urgência, inclusive quando formulado pelo
Presidente;
III- o Conselheiro relator exporá a matéria, valendo como relatório o resumo da sua exposição;
IV- cumprida qualquer das providências previstas nos incisos II e III, a matéria será submetida ao
representante do Ministério Público de Contas;
V- serão orais e na própria sessão:
a) o relatório do Conselheiro relator;
b) o parecer do representante do Ministério Público de Contas;
c) os votos dos Conselheiros.
§1º Exceto diante de caso ou situação excepcional, o regime de urgência não será cabível para a
tramitação:
I- processual referida nos arts. 114 e 117 (contas anuais de governo do Governador do Estado e dos
Prefeitos Municipais);
II- dos processos relativos às matérias de prestações de contas de gestão dos Poderes Legislativos e
Judiciário, do próprio Tribunal de Contas, do Ministério Público e da Defensoria Pública (art. 16, caput, II,
a, 1).
§ 2º A matéria sobre a qual foi requerido o regime de urgência somente poderá ser retirada da sessão
por deliberação da Câmara ou do Tribunal Pleno.

CAPÍTULO IX
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES

Art. 169. Observado o disposto nos arts. 41 a 48 da Lei Complementar n. 160, de 2012, às matérias
relativas às infrações e sanções são aplicáveis, também, as disposições deste Capítulo.

Art. 170. As sanções previstas no art. 44 da Lei Complementar n. 160, de 2012, serão aplicadas pelo
Tribunal consoante os seguintes critérios:
I- as multas compreendidas nas disposições do art. 45, I, da Lei em referência, serão aplicadas entre
o mínimo de dez e o máximo de 1.800 UFERMS;
II- as multas compreendidas nas disposições do art. 45, II, da Lei em referência, serão aplicadas entre
o mínimo de cinco e o máximo de cem por cento do valor do dano ao erário.
§ 1º A multa compreendida nas disposições do art. 46 da Lei Complementar n. 160, de 2012, será
aplicada:
I- em decorrência de ausência ou de remessa intempestiva:
a) de documento, dado ou informação;
b) da integralidade do conjunto de documentos, dados ou informações, que deviam ser enviados ao
mesmo tempo;
II- por meio de mecanismo apropriado, inclusive eletrônico;
III- pela determinação do Conselheiro relator no exercício do Juízo Singular, ou do órgão colegiado
competente.

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§ 2º A multa prevista nas disposições do § 1º deverá ter o valor do seu recolhimento comprovado,
para que os dados, informações ou documentos extemporaneamente remetidos pelo jurisdicionado sejam
protocolados ou autuados pelo Tribunal (LC. N. 160, art. 46, § 2º).
§ 3º As sanções relativas às restrições de direito previstas no:
I- art. 44, II, da Lei Complementar n. 160, de 2012, poderão ser aplicadas nos casos de sanções
decorrentes da prática de infração grave;
II- art. 44, III, da Lei Complementar n. 160, de 2012, serão aplicadas por meio de decisões proferidas
nas matérias de processos instaurados para tal finalidade.
§ 4º Nos termos do art. 48 da Lei Complementar n. 160, de 2012, as sanções constantes de outras
previsões legais poderão ser aplicadas:
I- cumulativamente;
II- na mesma decisão que sancionar comportamento ilícito compreendido nas disposições deste artigo.
§ 5º Na fixação da multa o Tribunal levará em conta, dentre outros fatores:
I- as condições do exercício do cargo ou da função pelo jurisdicionado, o seu grau de instrução e sua
qualificação profissional;
II- a relevância da falta;
III- a culpa ou o dolo com que o jurisdicionado agiu ou se omitiu no cumprimento do dever jurídico.

CAPÍTULO X
DA EFETIVIDADE DO CONTROLE EXTERNO DO TRIBUNAL
Seção I
Disposições Gerais

Art. 171. Se da efetividade do controle externo do Tribunal resultar demonstrada a regularidade, ainda
que com ressalva, das contas prestadas pelo jurisdicionado, ser-lhe-á dada quitação (LC n. 160, de 2012,
arts. 59, caput, I e II, e §§ 1º, 2º e 3º, e 60).

Art. 172. No caso de apuração de irregularidade nas contas prestadas pelo jurisdicionado, ou dele
tomadas, inclusive quanto às contratações públicas (LC n. 160, de 2012, arts. 42, 59, caput, III, e 61),
compete ao Conselheiro, à Câmara ou ao Tribunal Pleno, conforme a respectiva competência:
I- aplicar:
a) medida cautelar (art. 148), inclusive liminarmente, observado o disposto nos arts. 56, 57 e 58 da Lei
Complementar n. 160, de 2012;
b) as sanções cabíveis, nos termos do art. 77, VIII, da Constituição Estadual, e do art. 44 da Lei
Complementar n. 160, de 2012, observadas as disposições dos arts. 45 a 48 dessa Lei e, no que couber,
as deste Regimento;
II- impugnar despesas, para os fins de ressarcimento de dano ao erário;
III- determinar:
a) o ressarcimento do dano causado ao erário, consoante o disposto no art. 77, § 3º, da Constituição
Estadual, e no art. 61, I, da Lei Complementar n. 160, de 2012;
b) a correção das irregularidades sanáveis, assinando prazo para o jurisdicionado adotar as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, nos termos do art. 77, IX, da Constituição
Estadual, e do art. 61, II, da Lei Complementar n. 160, de 2012;
IV- recomendar à pessoa responsabilizada pela prática de irregularidade, ou a quem a haja sucedido
ou sucedê-la no cargo ou na função (LC n. 160, de 2012, art. 59, §§ 1º, II, e 3º), a adoção das medidas
necessárias para:
a) a correção das impropriedades identificadas;
b) prevenir a ocorrência futura de impropriedades semelhantes ou assemelhadas;
V- representar ao Poder competente:
a) sobre as irregularidades ou os abusos apurados, nos termos do art. 77, XI, da Constituição Estadual;
b) visando à intervenção no Estado ou em Município, nos casos previstos no art. 79 da Constituição
Estadual, e nos arts. 32, § 2º, e 33, § 2º, da Lei Complementar n. 160, de 2012;
VI- sustar a execução do ato impugnado, se não houver sido atendida a determinação feita ao
jurisdicionado, comunicando a decisão ao Poder Legislativo estadual ou municipal, consoante o disposto
no art. 77, X, da Constituição Estadual.
§1º Para os fins do disposto no caput, I, b, II e III, a, na Decisão Singular (art. 70) ou no Acórdão (art.
73) será:
I- fixado o prazo de sessenta dias para o cumprimento da decisão;

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II- assinalado que o valor da multa aplicada pela prática de infração deverá ser pago em favor do Fundo
Especial de Modernização e Aperfeiçoamento do Tribunal de Contas (FUNTC), nos termos do art. 83 da
Lei Complementar n. 160, de 2012;
III- determinado que o valor da despesa impugnada deverá ser ressarcido ao Poder, órgão ou entidade
ao qual foi causado o dano;
IV- estabelecido o termo inicial para que, no caso de ressarcimento de dano ao erário:
a) seja atualizada a moeda, considerando como termo inicial:
1. a data do pagamento da despesa impugnada;
2. o primeiro dia do exercício financeiro seguinte ao da ocorrência da despesa impugnada, se não
houver sido identificada com exatidão a data do pagamento, especialmente no caso de tomada de contas
ou de tomada de contas especial;
b) sejam aplicados os juros legais, considerando como termo inicial a data do trânsito em julgado da
decisão que impugnou a despesa e determinou o ressarcimento.
§2º Tratando-se de contrato, sem prejuízo do disposto no caput, I, a, compete ao Conselheiro, à
Câmara ou ao Tribunal Pleno, conforme o caso:
I- representar ao Poder Legislativo estadual ou municipal, conforme o caso, para que seja sustado o
ato impugnado, nos termos do art. 77, § 1º, da Constituição Estadual, e do art. 21, § 1º, da Lei
Complementar n. 160, de 2012;
II - decidir:
a) a respeito da matéria, nos casos do art. 77, § 2º, da Constituição Estadual, e do art. 21, § 2º, da Lei
Complementar n. 160, de 2012, se os entes compreendidos naquelas disposições não houverem
efetivado, no prazo de noventa dias, as medidas previstas;
b) sobre os efeitos que a decisão da matéria compreendida em determinada fase afetem ou possam
afetar a decisão da matéria relativa à outra ou às outras fases, observado o disposto nos arts. 120, 121 e
122, no que couber.

Seção II
Da Consumação do Controle Externo pelo Tribunal

Art. 173. A efetividade do controle externo do Tribunal será consumada pelo ato singular de
Conselheiro ou pelo ato colegiado de Câmara ou do Tribunal Pleno que, em caráter definitivo, nos termos
do art. 72 da Lei Complementar n. 160, de 2012:
I- apreciar:
a) as contas de governo prestadas ou tomadas (arts. 114 a 117);
b) a legalidade de ato de pessoal, para o fim de registro (arts. 145, 146 e 147);
II- julgar as contas de gestão prestadas ou tomadas, inclusive quanto às contratações públicas,
consoante as disposições:
a) das Constituições Federal e Estadual, bem como da Lei Complementar n. 160, de 2012, de outras
leis aplicáveis e dos respectivos atos normativos de regulamentação;
b) deste Regimento;
III- deliberar sobre a solução de consulta;
IV- julgar outras matérias ou deliberar sobre outras questões compreendidas no âmbito da
competência do Tribunal;
V- determinar a extinção ou o arquivamento do processo:
a) em relação ao qual foi cumprida a decisão instrumentalizada na Decisão Singular ou no Acórdão,
observado, no que couber, o disposto no art. 174, § 4º;
b) compreendido nas disposições dos arts. 4º, § 1º, I, a,1, e 10, § 1º, I, a;
c) relativo à matéria objeto de decisão judicial transitada em julgado.
Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo:
I- serão também arquivados os relatórios de fiscalização, consoante as disposições dos arts. 144, §
2º, II, e 181, caput, II, b, e § 3º;
II- deverá ser também observada a definitividade:
a) das decisões contra as quais não couberem recursos ou não hajam sido interpostos, nos prazos
previstos, os recursos cabíveis (LC n. 160, de 2012, art. 72, I, a e b);
b) sobre o juízo de admissibilidade:
1. dos recursos e do pedido de revisão (LC n. 160, de 2012, art. 72, II);
2. de denúncia e de consulta, consoante as disposições, respectivamente, dos arts. 124, § 3º, e 137,
§§ 1º, I, e 2º.

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Art. 174. Consumada a efetividade do controle externo do Tribunal (art. 173), a autoridade competente
deverá certificá-la nos autos do processo.
§ 1º A definitividade do ato singular ou colegiado do Tribunal não vedará a posterior prática dos atos
necessários para cumprir os fins previstos:
I - nas Constituições Federal e Estadual, bem como na Lei Complementar n. 160, de 2012, em outras
leis aplicáveis e nos respectivos atos normativos de regulamentação; II - neste Regimento.
§ 2º Observadas as disposições do caput e do § 1º, os autos serão encaminhados à unidade de auxílio
técnico e administrativo competente, para as providências cabíveis.
§ 3º Para os fins do disposto neste artigo, são aplicáveis, dentre outras, as seguintes regras:
I- nos casos de irregularidades sanáveis ou de contas de governo ou de gestão consideradas regulares
com ressalva, inclusive quanto às contratações públicas, caberá ao Cartório fazer os registros apropriados
para o acompanhamento das correções recomendadas (LC n. 160, de 2012, art. 31);
II- tratando-se de ato de pessoal, se o resultado da sua apreciação houver sido:
a) favorável ao registro, caberá à unidade de auxílio técnico e administrativo competente fazer os
registros internos apropriados e comunicar o fato ao jurisdicionado;
b) contrário ao registro, a unidade de auxílio técnico e administrativo competente fará as anotações
internas devidas e comunicará o fato ao jurisdicionado, para a devida ciência e o cumprimento de eventual
determinação.
§ 4º Caberá também ao Cartório:
I- verificar o cumprimento das decisões do Tribunal, especialmente quanto à efetividade:
a) do pagamento, em favor do FUNTC, do valor da multa aplicada;
b) do ressarcimento do valor do dano causado ao erário;
c) da cobrança judicial do valor não ressarcido tempestivamente ao erário, mediante a propositura da
ação de execução do título, nos termos do art. 78, caput e § 1º, I e II, da Lei Complementar n. 160, de
2012;
II– comunicar à Secretaria Geral sobre a falta de:
a) pagamento do valor da multa em favor do FUNTC, para que sejam tomadas as medidas necessárias
para a cobrança judicial da dívida do jurisdicionado apenado (LC n. 160, de 2012, art. 78, caput, e § 1º, I
e II); (Alteração da Nomenclatura de item 1 para item a de acordo com o Anexo I da Portaria TC/MS Nº
9, de 27 de fevereiro de 2014).
b) ressarcimento do valor do dano ao erário ao qual o dano foi causado, consoante o disposto na alínea
b do inciso I; (Alteração da Nomenclatura de item 2 para item b de acordo com o Anexo I da Portaria
TC/MS Nº 9, de 27 de fevereiro de 2014).
c) propositura da ação de execução do título, caso não haja ocorrido o ressarcimento tempestivo do
valor do dano ao erário; (Alteração da Nomenclatura de item 3 para item c, de acordo com o Anexo I da
Portaria TC/MS Nº 9, de 27 de fevereiro de 2014).
III - prestar ao Conselheiro relator ou ao Presidente, conforme o caso, as informações que entender
úteis, para quaisquer dos efeitos compreendidos nas disposições deste artigo.

TÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO
CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO

Art. 175. A fiscalização, que propicia o controle direto e coordenado do Tribunal sobre os Poderes,
órgãos e entidades jurisdicionados, será operacionalizada por meio dos seguintes instrumentos:
I- auditoria, inspeção, monitoramento e acompanhamento, consoante as definições dos arts. 28 a 31
da Lei Complementar n. 160, de 2012;
II- tomada de contas especial, nos termos dos arts. 21, VII, e 38, § 3º, da Lei referida no inciso I.
§ 1º As diligências:
I- estão compreendidas no âmbito do instrumento de inspeção;
II- serão destinadas a coletar dos jurisdicionados, sem demora ou maiores formalidades, os
documentos, dados e informações para suprir omissões ou lacunas, ou para esclarecer dúvidas, nos
termos do art. 29 da Lei Complementar n. 160, de 2012.
§ 2º O Tribunal poderá determinar regime de urgência (art. 168) aos procedimentos relativos ao
instrumento de fiscalização acionado para atender à solicitação do Poder Legislativo.

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CAPÍTULO II
DA AUDITORIA, DA INSPEÇÃO, DO MONITORAMENTO E DO ACOMPANHAMENTO
Seção I
Disposições Gerais

Art. 176. As atividades relativas à fiscalização por meio dos instrumentos de auditoria, inspeção,
monitoramento e acompanhamento serão:
I- iniciadas pela determinação de Conselheiro, que estabelecerá o prazo para a conclusão dos
trabalhos, observado o disposto no § 5º;
II- presididas em todas as suas fases pelo Conselheiro que mandou iniciá-las ou por aquele que, legal
ou regimentalmente, substituí-lo;
III- desempenhadas por servidores do Tribunal, competentes para as respectivas finalidades e
especialmente designados, observadas as disposições dos §§ 1º, 2º e 3º.
§ 1º As atividades relativas a cada instrumento de fiscalização serão desempenhadas, conforme o
caso ou a necessidade, por servidor designado ou por equipe ou grupo de trabalho, nos termos do ato do
Conselheiro que determinar a fiscalização.
§ 2º Para os fins do disposto no § 1º, será designado servidor ocupante de cargo efetivo no Tribunal,
devidamente qualificado, para desempenhar individualmente as atividades ou para coordenar a equipe
ou o grupo de trabalho constituído.
§ 3º Sem prejuízo das prescrições do inciso III do caput e dos §§ 1º e 2º, o servidor designado ou a
equipe ou o grupo de trabalho constituído poderá ser assessorado: I - rotineiramente, por outros
servidores do Tribunal; II - para determinados casos ou situações, por:
a) servidores de quaisquer dos Poderes da União, dos Estados ou dos Municípios;
b) outras pessoas, ainda que não integrantes do quadro de servidores do Tribunal ou dos Poderes
referidos na alínea a.
§ 4º Para os efeitos do disposto no § 3º, I e II:
I- o assessoramento previsto está condicionado a que os servidores ou pessoas que o prestem ou
devam prestá-lo:
a) possuam a qualificação e os conhecimentos técnicos exigidos para o desempenho das atividades;
b) atuem efetiva e exclusivamente nas atividades-meio de execução dos trabalhos de cada instrumento
de fiscalização, e somente em caráter temporário;
c) observem as diretrizes estabelecidas pelo:
1. Tribunal ou pelo Conselheiro competente, conforme o caso;
2. servidor designado ou pelo coordenador da equipe ou do grupo de trabalho constituído, sem prejuízo
do disposto no item 1;
II- se for necessária a assunção de obrigação financeira para a execução dos trabalhos, o Conselheiro
que determinou a fiscalização solicitará ao Presidente as providências cabíveis para que seja firmada e
cumprida a obrigação.
§ 5º Vencido o prazo estabelecido para a conclusão dos trabalhos (caput, I), poderá ser solicitada ao
Conselheiro competente uma prorrogação; neste caso, findo o prazo prorrogado sem que os trabalhos
hajam sido concluídos, o Conselheiro:
I- poderá determinar a substituição parcial ou total dos servidores designados;
II- estabelecerá, conforme o caso ou a necessidade, novo cronograma ou somente novo prazo para
propiciar a conclusão.
§ 6º Para o fim de fiscalização da execução do objeto do contrato de obra pública estendida no tempo,
nos termos do art. 123, o Tribunal Pleno poderá autorizar, excepcionalmente: a aplicação apenas parcial
da regra estabelecida no § 2º do presente artigo, para atender ao disposto no inciso II deste parágrafo;
II- que o servidor, tecnicamente habilitado e designado para desempenhar as atividades do instrumento
utilizado para a fiscalização da obra, não seja ocupante de cargo efetivo no Tribunal.

Seção II
Dos Requisitos e Formalidades dos Instrumentos de Fiscalização

Art. 177. Os instrumentos de fiscalização previstos nas disposições deste Capítulo serão utilizados
para dar cumprimento, conforme o caso:
I - a plano de fiscalização;
II - à determinação:
a) do Tribunal Pleno, em qualquer caso;

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b) dos Conselheiros relatores, se eles entenderem que tais instrumentos deverão ser utilizados para
determinados fins de controle externo, especialmente para prevenir a ocorrência ou o agravamento de
dano ao erário, ou para interrompê-lo.
§ 1º O plano de fiscalização referido no inciso I do caput:
I - será:
a) proposto pela unidade de auxílio técnico e administrativo competente e encaminhado diretamente à
Presidência;
b) submetido pela Presidência à deliberação do Tribunal Pleno (art. 16);
II - fixará o objeto, o objetivo ou finalidade e o cronograma de cada instrumento de fiscalização nele
compreendido.
§ 2º Caberá a qualquer Conselheiro apresentar emendas ao plano de fiscalização proposto.
§ 3º A determinação do Tribunal Pleno (caput, II, a) será especialmente feita quando o resultado da
Averiguação Prévia levada a efeito (art. 134, caput, II, e § 2º) indicar a necessidade de utilização de
qualquer dos instrumentos de fiscalização previstos.

Art. 178. As atividades relativas a cada instrumento de fiscalização serão precedidas do planejamento
necessário para:
I- efetivar o levantamento prévio de documentos, dados e informações relevantes para a execução dos
trabalhos:
a) nos arquivos do Tribunal e do jurisdicionado, especialmente nos respectivos bancos de dados;
b) nas repartições de quaisquer Poderes, entidades e órgãos públicos e, se factível, em quaisquer
entes privados;
II- fixar os pontos compreendidos nas disposições do art. 177, § 1º, II, inclusive quanto à metodologia
a ser utilizada.

Seção III
Do Desempenho das Atividades Relativas aos Instrumentos de Fiscalização

Art. 179. Nos termos do art. 22 da Lei Complementar n. 160, de 2012, os servidores do Tribunal
designados para desempenhar as atividades relativas a cada instrumento de fiscalização:
I- são competentes para solicitar os documentos, dados ou informações necessários;
II- deverão ter:
a) livre ingresso e permanência em quaisquer dos locais de situação dos Poderes, órgãos ou entidades
sujeitos à jurisdição do Tribunal;
b) acesso aos documentos, dados e demais fontes de informações necessários para atingir a finalidade
pretendida, inclusive aos sistemas eletrônicos de processamento de dados.
§ 1º As disposições do caput, I e II, são aplicáveis aos servidores e pessoas referidos no art. 176, §§
3º e 6º, observada, todavia, a reserva de competência dos servidores do Tribunal para a prática de
determinados atos.
§ 2º Obstaculizados por qualquer causa, ou de qualquer modo, a fiscalização ou o exercício das
prerrogativas dos servidores do Tribunal, conforme as previsões constitucionais, legais e regulamentares,
o servidor designado ou o coordenador da equipe ou do grupo de trabalho constituído:
I- tomará as medidas necessárias para solucionar o impasse e assim dar início ou continuidade aos
trabalhos, no estrito âmbito de sua competência;
II- solicitará ao Conselheiro competente a tomada das medidas cabíveis, se não obtiver a solução do
impasse.

Seção IV
Do Encerramento e dos Relatórios das Atividades Relativas aos Instrumentos de Auditoria,
Monitoramento ou Acompanhamento

Art. 180. No caso de fiscalização instrumentalizada em auditoria, monitoramento ou acompanhamento


(LC n. 160, arts. 28, 30 e 31), as atividades relativas a cada instrumento utilizado serão encerradas com
a elaboração e a entrega de relatório apropriado ao Conselheiro competente.
§ 1º Ainda que não hajam sido finalizadas as atividades relativas ao instrumento de fiscalização
utilizado, será elaborado Relatório-Destaque para a descrição de fato relevante detectado, observadas
as disposições do art. 144.
§ 2º O relatório das atividades relativas ao instrumento de fiscalização utilizado:

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I- será elaborado, conforme o caso, pelo servidor designado ou pelo coordenador da equipe ou do
grupo de trabalho constituído;
II- exporá claramente cada ato ou fato de interesse examinado, com a indicação precisa das
regularidades e irregularidades apuradas;
III- será protocolado para os fins do disposto no art. 181.
§ 3º Se o autor do relatório não puder se manifestar tempestivamente sobre as regularidades e
irregularidades apuradas, poderá solicitar ao Conselheiro a prorrogação do prazo para cumprir o encargo.

Art. 181. Ao receber o relatório do instrumento de fiscalização utilizado (art. 180, caput), o Conselheiro:
I - poderá inicialmente solicitar ao seu autor que, no prazo de cinco dias: a) preste os esclarecimentos
necessários para sanar dúvidas;
b) manifeste-se sobre eventuais pontos omitidos;
II determinará:
a) as providências previstas no § 1º, se estiverem relatadas irregularidades em tese ou efetivamente
sancionáveis;
b) o seu arquivamento, se não for caso compreendido nas disposições da alínea a;
§ 1º Para os fins do disposto no caput, II, a, o Conselheiro encaminhará as peças do relatório que
entender necessárias ao setor administrativo de protocolo, para que este:
I- verifique se já tramita no Tribunal outro processo que se refira ao mesmo objeto e, feito isso:
a) se for positiva a verificação, que efetive a juntada das peças recebidas aos autos do outro processo
em tramitação;
b) se for negativa a verificação, que formalize processo ou processos apropriados para ensejar os
posteriores atos de apreciação ou julgamento de suas matérias;
II- preste outras informações ou tome outras providências, que entender úteis para a adequada
tramitação processual.
§ 2º É vedado ao setor administrativo de protocolo, sem a devida autorização ou determinação do
Conselheiro ou de servidor credenciado do seu Gabinete:
I- formalizar processo com a autuação de peças oriundas de relatório de qualquer instrumento de
fiscalização;
II- juntar peça de relatório de qualquer instrumento de fiscalização aos autos de outro processo em
tramitação no Tribunal (art. 89, I).
§ 3º Exaurida a utilidade do relatório do instrumento de fiscalização utilizado, com as providências
compreendidas nas disposições deste artigo, o Conselheiro competente determinará o seu arquivamento.

Seção V
Do Encerramento e do Relatório das Atividades Relativas ao Instrumento de Inspeção

Art. 182. No caso de fiscalização operacionalizada pelo instrumento de inspeção (LC n. 160, de 2012,
art. 29):
I- as atividades a ele relativas serão encerradas com a juntada, aos autos do processo que lhe deu
origem, do relatório apropriado que o Conselheiro competente recebeu, examinou e mandou juntar aos
autos;
II- deverão ser também observadas as disposições dos arts. 180, §§ 1º, 2º e 3º, e 181, caput, I, a e b,
no que couber.

CAPÍTULO III
DA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL
Seção I
Da Definição e dos Pressupostos para a Tomada de Contas Especial

Art. 183. Tomada de contas especial é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para obter
e examinar os documentos, dados e informações relativos às contas não prestadas por quem devia fazê-
lo, de cujas contas não prestadas o Poder, órgão, entidade ou autoridade competente deixou de realizar
a necessária tomada de contas.
Parágrafo único. Consoante a definição inscrita no caput, para a instauração da tomada de contas
especial é assim necessário que não hajam sido tomadas as contas pelo Poder, órgão, entidade ou
autoridade que devia tomá-las, observadas as disposições dos arts. 184, 185 e 186.

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Seção II
Da Necessidade da Tomada de Contas
Subseção I
Disposições Gerais

Art. 184. Sempre que determinado Poder, órgão, entidade, autoridade ou pessoa deixar de prestar
tempestivamente as contas a que está obrigado, o Tribunal deverá tomar as medidas cabíveis para a
tomada de contas (LC n. 160, de 2012, art. 24, II), observado o disposto nos arts. 185 e 186.
Parágrafo único. A tomada de contas será também realizada nos casos:
I- de prestação incompleta de contas, pela falta de documentos exigidos, cujas contas são
consideradas não prestadas (LC n. 160, de 2012, art. 37);
II- em que seja necessária a medida por qualquer outra causa.

Art. 185. Tomada de contas é o procedimento por meio do qual, ainda que sob outra denominação:
I- o Poder Legislativo do Estado ou de Município instaura para obter os documentos, dados e
informações relativos às contas anuais de governo do Poder Executivo correspondente, cujas contas não
hajam sido prestadas tempestivamente por quem devia fazê-lo, e disponibiliza ao Tribunal o material
obtido;
II- a Comissão de Orçamento e Finanças do Poder Legislativo, ou outra Comissão competente,
instaura para obter os documentos, dados e informações relativos às contas anuais do referido Poder,
cujas contas não hajam sido prestadas tempestivamente por quem devia fazê-lo, e disponibiliza ao
Tribunal o material obtido;
III- o jurisdicionado competente instaura de ofício, para obter de determinada pessoa, inclusive de outro
jurisdicionado, os documentos, dados e informações relativos às contas que aquela pessoa estava
obrigada a prestar-lhe e deixou de fazê-lo tempestivamente, e disponibiliza ao Tribunal o material obtido.

Subseção II
Da Solicitação e da Determinação da Tomada de Contas

Art. 186. Solicitação da tomada de contas é o ato, praticado no âmbito de procedimento do Tribunal,
por meio do qual é solicitado ao Poder Legislativo ou à Comissão a que se referem as disposições do art.
185, I e II, a tomada de contas de quem devia ter prestado contas e deixou de fazê-lo.
§ 1º Determinação da tomada de contas é o ato, praticado no âmbito de procedimento do Tribunal, por
meio do qual é determinado ao jurisdicionado referido no art. 185, III, a tomada de contas que ele deixou
de realizar de ofício, da pessoa, inclusive de outro jurisdicionado, que não lhe prestou contas.
§ 2º Ao solicitar ou determinar a tomada de contas, consoante o disposto no caput e no § 1º, o Tribunal
explicitará ao Poder Legislativo, à Comissão ou ao jurisdicionado, conforme o caso, que:
I- os documentos, dados e informações objeto da solicitação ou da determinação serão recebidos no
prazo de noventa dias;
II- na inviabilidade da obtenção dos documentos, dados e informações objeto da solicitação ou
determinação, que seja encaminhada, no prazo previsto no inciso I, a cópia do procedimento instaurado
para os fins devidos, com o relato minucioso:
a) dos atos e fatos relativos às contas não prestadas, especialmente em relação às eventuais
irregularidades apuradas e aos respectivos responsáveis;
b) das medidas tomadas para prevenir a ocorrência ou o agravamento de dano ao erário, ou para
interrompê-lo;
III- preste outras informações ou apresente outros dados ou documentos que entender úteis.
§ 3º Em qualquer caso, o ato de solicitação ou de determinação da tomada de contas explicitará que,
no mínimo, os documentos, dados e informações a ser obtidos e disponibilizados são os previstos nas
disposições legais e dos atos normativos que disciplinam a remessa obrigatória deles ao Tribunal.

Subseção III
Disposição Especial

Art. 187. Na falta da instauração da necessária tomada de contas, será apurada a responsabilidade
solidária da autoridade ou do dirigente omisso, nos termos do art. 63, II, a e b, da Lei Complementar n.
160, de 2012, sem prejuízo da instauração da tomada de contas especial.

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Seção III
Da Instauração da Tomada de Contas Especial

Art. 188. Compete ao Tribunal Pleno, de ofício ou a pedido de Conselheiro ou do Ministério Público de
Contas, instaurar a tomada de contas especial (LC n. 160, de 2012, art. 38, § 3º).
§ 1º Para os fins de celeridade e economia processual, o ato do Tribunal Pleno que instaurar a tomada
de contas especial poderá ser praticado no âmbito do procedimento já existente, por meio do qual foram
constatadas as faltas da prestação de contas e da tomada de contas.
§ 2º No âmbito do procedimento em que é praticado o ato colegiado de instauração da tomada de
contas especial será:
I- informado se existe em tramitação processo relativo à matéria da mesma natureza;
II- estabelecido o prazo para que sejam realizados os trabalhos.
§ 3º À tomada de contas especial são aplicáveis as disposições dos arts. 176, 178, 179, 180 e 181,
caput, I, a e b, e § 2º, no que couber. (Retificação de parágrafo §4º para parágrafo §3º de acordo com o
Anexo I da Portaria TC/MS Nº 9, de 27 de fevereiro de 2014).

Seção IV
Disposição Final

Art. 189. Tomadas as contas, nos termos dos arts. 183 a 188 e consoante o disposto na Lei
Complementar n. 160, de 2012, as matérias a elas relativas serão processadas, bem como apreciadas
ou julgadas, consoante as disposições do Título IV, arts. 79 a 135 e 145 a 148, no que couber.

TÍTULO VI
DOS PRAZOS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 190. Observado o disposto nos arts. 54 e 55 da Lei Complementar n. 160, de 2012, às matérias
relativas aos prazos são também aplicáveis as seguintes regras:
I- a contagem de prazo só terá início ou vencimento em dia de expediente normal no Tribunal;
II- a data de início das férias coletivas do Tribunal suspenderá o curso do prazo; o que lhe sobejar
recomeçará a correr do primeiro dia útil seguinte ao término delas;
III- o prazo será prorrogado até o primeiro dia útil seguinte, se o seu vencimento ocorrer em dia sem
expediente no Tribunal ou em dia que o expediente for encerrado antes do horário previsto;
IV- no caso de inexistência de prazo específico, o Conselheiro relator poderá fixá-lo de ofício, devendo
fixar prazo razoável para a prática do ato;
V- atendendo a circunstâncias especiais, o Conselheiro poderá prorrogar o prazo uma vez, até igual
prazo daquele originalmente estabelecido ou do ato que o fixou especificamente, vedada a prorrogação
para a apresentação de defesa, a interposição de recurso ou o pedido de revisão (art. 4º, caput, II, a, 2;
e LC n. 160, de 2012, art. 54, § 2º);
VI- figurando nos autos de processo mais de um jurisdicionado, pessoas físicas ou jurídicas, será
comum o prazo estabelecido para o exercício de faculdade ou o cumprimento de determinação do
Tribunal, independentemente da constituição de procuradores distintos (arts. 152, § 2º; 162, § 1º, II, e
165, § 4º).
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II do caput são aplicáveis as disposições dos arts. 86 e 87
da Lei Complementar n. 160, de 2012, no que couber.
§ 2º Os prazos para a prática de atos no âmbito interno do Tribunal, não previstos em lei ou neste
Regimento, poderão ser:
I- estabelecidos em ato normativo;
II- fixados especificamente para atender a determinados casos ou situações.

CAPÍTULO II
DOS PRAZOS ESPECÍFICOS

Art. 191. Os prazos compreendidos nas disposições deste Regimento e da Lei Complementar n. 160,
de 2012, são sintetizados ou estabelecidos, conforme o caso, nos seguintes termos:

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. 78
I- 24 horas ─ para que, antes do horário previsto para o início da sessão na qual a ata da última sessão
realizada deverá ser discutida e aprovada, seja dado conhecimento do teor da referida ata aos
Conselheiros e ao Ministério Público de Contas (art. 68, § 2º, II);
II- 48 horas:
a) de antecedência mínima, para a convocação de sessões administrativas, extraordinárias e
reservadas (arts. 55, § 3º, II; 58, parágrafo único, II, e 60, § 1º, II);
b) para que, antes do horário previsto para o início da sessão marcada ou convocada, seja:
1. publicada no DOTCE/MS a pauta dos processos relativos às matérias que serão apreciadas,
julgadas ou deliberadas na referida sessão (art. 62, § 3º);
2. disponibilizado, em meio eletrônico, o teor dos votos que o Conselheiro proferirá sobre as matérias
por ele relatadas em cada processo incluído na pauta, para conhecimento dos demais Conselheiros, dos
Auditores e dos membros do Ministério Público de Contas (art. 66, caput);
c) para o Presidente mandar intimar o jurisdicionado para prestar as informações pedidas e apresentar
os dados comprobatórios da veracidade delas, no caso de Pedido de Informação admitido pelo Tribunal
Pleno (art. 135, caput);
III- 72 horas de antecedência mínima ─ para a convocação de sessão especial (art. 59, p. único);
IV- a primeira sessão ordinária do Tribunal Pleno subsequente à data da publicação do ato normativo
─ para que o órgão delibere sobre a Resolução expedida diretamente pelo Presidente, em face de
urgência comprovada (art. 74, § 4º);
V- até a segunda sessão da mesma espécie, subsequente à da retirada dos autos de processo da
sessão ─ para o Conselheiro devolvê-los ao plenário da Câmara ou do Tribunal Pleno, no caso de pedido
de vista (art. 48, § 2º); VI - até o segundo dia útil:
a) anterior à data da sessão marcada ou convocada, para a entrega dos autos à Secretaria das
Sessões, no caso de pauta suplementar destinada a incluir processo relativo à matéria que prescinda de
publicação prévia no DOTCE/MS (arts. 62, § 4º, segunda parte, e 65);
b) às dezessete horas, para o recebimento, em devolução, dos autos do denominado processo físico
retirados do Tribunal pelo advogado e não devolvidos no prazo estabelecido, contado o prazo da data da
intimação (art. 107, I); VII - até cada:
a) terça-feira, para a entrega dos autos à Secretaria das Sessões, relativamente à matéria que será
apreciada, julgada ou deliberada por Câmara, para a inclusão do processo na pauta da sessão ordinária
da terça-feira da semana subsequente (art. 62, § 1º, I);
b) quarta-feira, a entrega dos autos à Secretaria das Sessões, relativamente à matéria que será
apreciada, julgada ou deliberada pelo Tribunal Pleno, para a inclusão do processo na pauta da sessão
ordinária da quarta-feira da semana subsequente (art. 62, § 1º, II);
VIII- cinco dias ─ para:
a) que possam ser protocolados no Tribunal os recursos de embargos de declaração (art. 155) ou de
agravo (art. 159), contado o prazo da data da ciência da decisão (LC n. 160, arts. 70, § 1º, e 71, § 1º);
b) o Tribunal receber:
1. do jurisdicionado intimado, a manifestação sobre a aplicação de medida cautelar (art. 148, § 2º);
2. dos jurisdicionados intimados, as contrarrazões ao agravo, consoante a determinação do
Conselheiro relator (art. 162, § 1º, II), considerando o prazo comum para todos eles;
c) a unidade de auxílio técnico e administrativo competente ou a Auditoria se manifestar, no caso de
pedido de revisão em que o Conselheiro relator determinou a manifestação (art. 166, § 1º);
d) o Conselheiro ou o Presidente do órgão colegiado arguido se manifestar, no caso de arguição de
incompetência, impedimento ou suspeição (art. 167, § 4º, I);
e) o advogado do jurisdicionado permanecer com os autos do processo físico retirados do Tribunal a
seu pedido (art. 106, caput);
f) a substituição, pelo original, do documento enviado ao Tribunal por meio de fac-símile ou instrumento
assemelhado, sob pena de desconsideração do seu conteúdo;
g) o Ministério Público de Contas emitir o parecer, nos casos de:
1. aplicação de medida cautelar, com ou sem a manifestação do jurisdicionado (art. 148, § 3º, I);
2. pedido de revisão em que o Conselheiro solicitou a manifestação (art. 166, § 1º);
3. arguição de incompetência, impedimento ou suspeição de Conselheiro ou de órgão singular ou
colegiado, conforme o caso (art. 167, § 4º, II);
h) o autor do relatório de fiscalização prestar esclarecimentos, ou se manifestar sobre eventuais pontos
omitidos (art. 181, caput, I, a e b);
IX- dez dias ─ para:
a) o Auditor emitir o parecer sobre as contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado (art.
114, III);

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. 79
b) o Conselheiro que proferiu a decisão agravada se manifestar sobre a matéria do recurso de agravo
interposto (art. 162, caput);
c) o Ministério Público de Contas emitir o parecer, nos casos:
1. das contas prestadas anualmente pelo Governador do Estado (art. 114, III);
2. de interposição do recurso de agravo (art. 162, § 2º);
X- quinze dias ─ para:
a) o Presidente convocar sessão especial destinada a deliberar sobre a lista tríplice de nomes de
Auditores, ou de Procuradores de Contas (art. 8º, III, b), para o posterior encaminhamento ao Governador
do Estado, visando à nomeação de Conselheiro para ocupar cargo vacante (Constituição Estadual, art.
80, § 3º, I);
b) o registro, na Secretaria Geral, das chapas com os nomes dos Conselheiros concorrentes aos
cargos diretivos do Tribunal (art. 23, p. único, II);
c) a Comissão Especial constituída pelo Presidente se manifestar sobre as matérias relativas à
prestação de contas anual do Governador do Estado (art. 114, I);
d) o Conselheiro relator sanear o feito, encerrar a instrução processual, relatar a matéria, emitir seu
parecer e proceder nos termos do art. 62, caput, I e II, relativamente à apreciação das contas prestadas
pelo Governador do Estado (art. 115);
e) o Tribunal:
1. receber as manifestações dos intimados (art. 165, § 4º), relativamente ao pedido de revisão do
jurisdicionado, considerando o prazo comum para todos eles;
2. dar conhecimento à autoridade competente, para os fins devidos, da falsidade de documento ou de
assinatura em documento público ou particular;
3. representar ao Ministério Público a prática de ato ou a ocorrência de fato tipificado como crime;
f) que possa ser protocolado no Tribunal o pedido de reexame de consulta formulado pelo consulente
(art. 139, caput), contado o prazo da data da publicação do Parecer-C no DOTCE/MS;
g) o Ministério Público de Contas emitir o parecer sobre as matérias relativas ao processo de denúncia
(art. 126, § 3º) e ao Relatório-Destaque (art. 144, § 4º);
XI- vinte dias ─ para:
a) o Conselheiro relator proceder nos termos do art. 157, no caso de interposição de recurso de
embargos de declaração;
b) a assessoria jurídica do Tribunal se manifestar sobre a divergência de soluções de consultas
suscitada pelo jurisdicionado (art. 143, § 3º);
c) o Tribunal receber do:
1. jurisdicionado as informações necessárias para o seu cadastramento, bem como para a atualização
dos seus dados cadastrais modificados (LC n. 160, de 2012, art. 23, I e II);
2. jurisdicionado intimado as informações e os documentos ou dados comprobatórios da veracidade
delas, no caso de Pedido de Informação admitido (art. 135, caput, segunda parte);
3. Coordenador da Auditoria ou do Procurador-Geral de Contas, conforme o caso, a lista tríplice de
nomes habilitados para concorrer ao cargo vacante de Conselheiro a ser provido por Auditor ou por
membro do Ministério Público de Contas (art. 8º, I);
XII- trinta dias ─ para:
a) que possam ser protocolados no Tribunal:
1. os instrumentos de defesa dos jurisdicionados, consoante o disposto nos arts. 113, caput; 127, II, e
165, § 5º, II;
2. outros instrumentos de defesa dos jurisdicionados, caso não haja outro prazo específico
estabelecido em lei ou ato normativo, ou neste Regimento;
b) a unidade de auxílio técnico e administrativo competente:
1. intimar o jurisdicionado para remeter os documentos, dados ou informações faltantes (arts. 95, p.
único, I, e 110, caput);
2. solicitar ao Conselheiro relator da matéria as providências compreendidas nas disposições do art.
110, caput, II, a, b e c;
3. manifestar-se sobre a matéria do processo, no caso do § 3º do art. 110;
c) a unidade de auxílio técnico e administrativo competente ou, conforme o caso, a Auditoria, se
manifestar sobre as razões do recurso ordinário interposto pelo jurisdicionado (art. 153, p. único);
d) o Tribunal receber do jurisdicionado intimado:
1. os documentos, dados ou informações faltantes (arts. 95, parágrafo único, II, e 110, caput, I);
2. outros esclarecimentos ou informações, ou outros documentos ou dados (art. 110, caput, II, c);
3. as contrarrazões ao recurso ordinário interposto por representante do Ministério Público de Contas
e admitido (art. 152, § 3º, II);

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. 80
e) a Auditoria se manifestar sobre a matéria de processo, nos casos do art. 110, §4º, I, e do caput do
art. 111;
f) a realização da diligência (art. 175, § 1º) ou da perícia, deferida ao requerente (art. 113, IV);
g) o recebimento do laudo ou relatório da perícia realizada consoante o disposto na alínea f, permitida
a prorrogação do prazo pelas circunstâncias ou singularidade do caso;
h) o Tribunal prestar as informações solicitadas ou requisitadas pela Assembleia Legislativa ou por
suas comissões, bem como pelas Câmaras Municipais, para o exercício dos seus respectivos controles
externos (Constituição Estadual, art. 77, VII, e LC n. 160, art. 80), contado o prazo da data do recebimento
do pedido;
i) o Tribunal receber de pessoa com interesse e legitimidade o pedido para obter documentos e outras
peças que serão eliminados (art. 197, § 1º);
j) o representante do Ministério Público de Contas emitir o parecer, nos casos:
1. do disposto no caput do art. 111 (instrução processual), observada a disposição do art. 110, § 4º, II;
2. das disposições do art. 137, § 2º, III (consulta);
3. do disposto nos arts. 152, § 3º, I (recurso ordinário), e 165, § 5º, I (pedido de revisão);
XIII- sessenta dias ─ para:
a) que o jurisdicionado possa cumprir o objeto da intimação relativa à Decisão Singular (art. 70) ou ao
Acórdão (art. 73), nos termos do art. 172, § 1º, I, observadas as disposições do caput, I, b, II e III, a, desse
mesmo artigo;
b) que possam ser protocolados no Tribunal:
1. o recurso ordinário (art. 151; e LC n. 160, de 2012, art. 69, p. único);
2. o pedido de parcelamento do valor de multa (art. 195, caput, II);
c) o Tribunal receber:
1. das pessoas intimadas nos termos do art. 152, § 2º, as contrarrazões ao recurso ordinário interposto;
2. a prestação anual das contas do Governador do Estado, contado o prazo da data da abertura da
sessão legislativa (LC n. 160, de 2012, art. 32, caput);
d) o Tribunal Pleno apreciar e emitir o parecer prévio sobre as contas do Governador do Estado,
contado o prazo do dia seguinte ao do recebimento da prestação de contas (art. 119, p. único, I; LC n.
160, de 2012, art. 32, § 3º; Constituição Estadual, art. 77, I);
e) o Presidente do Tribunal aguardar o retorno do Conselheiro licenciado, para que ele lavre o acórdão
pendente (arts. 4º, caput, VI; 5º e 73, § 1º); findo o prazo, será designado outro Conselheiro para cumprir
o encargo (art. 73, § 3º);
XIV- noventa dias ─ para: a) o Tribunal receber:
1. as prestações anuais de contas dos Prefeitos Municipais, contado o prazo da data do encerramento
do exercício financeiro (LC n. 160, de 2012, art. 33, caput);
2. os documentos, dados e informações objeto da solicitação ou da determinação feita para a tomada
de contas (art. 186, § 2º, I);
b) o Tribunal aguardar, no caso de irregularidade de contrato, a efetivação das medidas incumbidas
ao Poder Legislativo, ou por este solicitadas ao Poder Executivo, nos termos do art. 77, §§ 1º e 2º, da
Constituição Estadual, e do art. 21, § 2º, da Lei Complementar n. 160, de 2012;
XV- até a última sessão de cada ano-calendário ímpar ─ para o Tribunal Pleno deliberar sobre as
Listas de Unidades Jurisdicionadas elaboradas pelo Presidente e sorteá-las aos Conselheiros (arts. 16,
p. único, IV, b; 19, caput, XII; 83, §§ 2º, II, e 3º, II, e 86, I, b);
XVI- até o último dia do exercício financeiro ─ para o Tribunal apreciar e emitir parecer prévio sobre as
contas anuais de governo prestadas pelos Prefeitos Municipais (LC n. 160, art. 33, § 3º); XVII - dois anos
─ para:
a) que possa ser protocolado no Tribunal o pedido de revisão, contado o prazo da data do trânsito em
julgado do ato singular ou colegiado que apreciou ou julgou a matéria (art. 164; e LC n. 160, de 2012, art.
73, § 1º);
b) a realização:
1. da eleição dos membros do Corpo Diretivo do Tribunal (art. 23);
2. do sorteio para a integração dos Conselheiros nas Câmaras, na mesma sessão de eleição referida
no item 1 (art. 11, § 1º).
Parágrafo único. Para os efeitos do disposto no inciso I do caput, as disposições relativas à ata de
sessão são também aplicáveis à ata de reunião, no que couber.

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CAPÍTULO III
DO CONTROLE DOS PRAZOS

Art. 192. Para o controle dos prazos estabelecidos na Lei Complementar n. 160, de 2012, neste
Regimento e nos atos normativos pertinentes, o Tribunal manterá os registros apropriados para a
finalidade.
§ 1º Compete:
I - ao Cartório (arts. 70, § 2º; 77, § 3º, e 174, §§ 3º, I, e 4º) o controle dos prazos relativos aos atos:
a) singulares de apreciação ou de julgamento praticados por Conselheiro, no exercício do Juízo
Singular;
b) colegiados de apreciação, julgamento ou deliberação praticados por Câmara ou pelo Tribunal Pleno;
II- ao Coordenador da Auditoria, o controle dos prazos no âmbito interno daquele órgão;
III- aos chefes:
a) dos demais órgãos do Tribunal, o controle dos prazos estabelecidos para o desempenho de suas
atividades internas;
b) das unidades de auxílio técnico vinculadas aos Gabinetes dos Conselheiros, o controle dos prazos
estabelecidos para o recebimento de documentos, dados ou informações faltantes, nos casos e para os
fins do disposto nos arts. 95, parágrafo único; 110, caput, I, e 170, §§ 1º e 2º (LC n. 160, de 2012, art.
46);
c) das demais unidades de auxílio técnico e administrativo, o controle dos prazos estabelecidos para
o desempenho de suas atividades internas;
IV - aos órgãos ou autoridades indicados em atos normativos pertinentes, os controles dos prazos nos
âmbitos de suas respectivas áreas de atuação.
§ 2º O controle dos prazos no âmbito dos Gabinetes dos Conselheiros será feito pelos respectivos
Chefes de Gabinete, ou por servidores designados para realizar a tarefa, sob a supervisão de cada
Conselheiro.
§ 3º Sem prejuízo do disposto no § 1º, I a IV, compete ao Corregedor-Geral (art. 22) o controle
complementar dos prazos nos órgãos internos e unidades de auxílio técnico ou administrativo
compreendidos nas disposições em referência.

Art. 193. No caso do art. 192, § 3º, esgotado o prazo estabelecido e permanecendo a matéria ou o
processo sem tramitação interna regular, o Corregedor-Geral intimará o servidor responsável para:
I- justificar o atraso;
II- praticar os atos necessários para resolver o atraso e impulsionar o processo, no prazo que
estabelecer.
§ 1º Se o:
I- Corregedor-Geral não acolher a justificativa de atraso do servidor intimado, determinará a anotação
do fato na ficha funcional do faltoso, sem prejuízo de que ele deverá cumprir o objeto da intimação e
realizar a tarefa pendente;
II- servidor intimado não realizar no prazo a tarefa pendente, o Corregedor-Geral:
a) avocará o processo e, conforme o caso:
1. designará outro servidor que exercer cargo ou função equivalente, para realizar a tarefa;
2. constituirá comissão especial com três Auditores Estaduais de Controle Externo para realizar a
tarefa, no caso de necessidade ou de vantagem em relação ao disposto no item 1; (Redação dada pelo
Anexo I da Portaria TC/MS Nº 9, de 27 de fevereiro de 2014).
b) tomará as medidas cabíveis para a penalização do comportamento ilícito do servidor.
§ 2º No caso do § 1º, II, a, 2, os membros da comissão especial realizarão a tarefa sem prejuízo do
exercício de suas funções típicas, e o fato será objeto de assentamento honroso nos registros de dados
funcionais de cada um deles.

[...]

Questões

01. Acerca do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, julgue o
item abaixo:

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É facultado ao jurisdicionado arguir, em qualquer instância ou fase processual, a incompetência, o
impedimento ou a suspeição de Conselheiro ou de órgão singular ou colegiado, conforme o caso.
( ) Certo ( ) Errado

02. Acerca do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, julgue o
item abaixo:

Ao Auditor e ao representante do Ministério Público de Contas é estabelecido o prazo de vinte dias


para cada um deles emitir o respectivo parecer.
( ) Certo ( ) Errado

Respostas

01. Resposta: Certo.


Art. 167. É facultado ao jurisdicionado arguir, em qualquer instância ou fase processual, a
incompetência, o impedimento ou a suspeição de Conselheiro ou de órgão singular ou colegiado,
conforme o caso.

02. Resposta: Errado.


Art. 111. Ao Auditor e ao representante do Ministério Público de Contas é estabelecido o prazo de
trinta dias para cada um deles emitir o respectivo parecer.

4. Direito Administrativo: Atos Administrativos: conceito e requisitos:


atributos; classificação; espécies; motivação; validade e invalidade;
revogação; controle jurisdicional;

Ato administrativo é toda manifestação lícita e unilateral de vontade da Administração ou de quem


lhe faça às vezes, que agindo nesta qualidade tenha por fim imediato adquirir, transferir, modificar ou
extinguir direitos e obrigações.
Os atos administrativos podem ser praticados pelo Estado ou por alguém que esteja em nome dele.
Logo, pode-se concluir que os atos administrativos não são definidos pela condição da pessoa que os
realiza. Tais atos são regidos pelo Direito Público.
Deve-se diferenciar o conceito de ato administrativo do conceito de ato da Administração. Este último
é ato praticado por órgão vinculado à estrutura do Poder Executivo.
Nem todo ato praticado pela Administração será ato administrativo, ou seja, há circunstâncias em que
a Administração se afasta das prerrogativas que possui, equiparando-se ao particular.

O que qualifica o ato como administrativo é o fato que sua repercussão jurídica produz efeitos a uma
determinada sociedade, devendo existir uma regulação pelo direito público. Para que esse ato seja
caracterizado, é necessário que ele seja emanado por um agente público, quer dizer, alguém que esteja
investido de munus público, podendo atuar em nome da Administração.

Esse ato deve alcançar a finalidade pública, onde serão definidas prerrogativas, que digam respeito à
supremacia do interesse público sobre o particular, em virtude da indisponibilidade do interesse público.

Embora existam divergências, a doutrina mais moderna entende que os atos administrativos podem
ser delegados, assim os particulares recebem a delegação pelo Poder Público para prática dos referidos
atos.

Conceitos de acordo com alguns doutrinadores:

Para Hely Lopes Meirelles: “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que,
agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”.2

2 Direito administrativo brasileiro, p. 145.

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Para Maria Sylvia Zanella di Pietro ato administrativo é a “declaração do Estado ou de quem o
represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito
público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário”.3

Requisitos:

São as condições necessárias para a existência válida do ato. Do ponto de vista da doutrina
tradicional (e majoritária nos concursos públicos), os requisitos dos atos administrativos são cinco:

Competência: o ato deve ser praticado por sujeito capaz, trata-se de requisito vinculado. Para que um
ato seja válido deve-se verificar se foi praticado por agente competente.
No Direito Administrativo quem define as competências de cada agente é a lei, que deverá limitar sua
atuação e fazer as atribuições de cada agente.

O ato deve ser praticado por agente público, assim considerado todo aquele que atue em nome do
Estado, podendo ser de qualquer título, mesmo que não ganhe remuneração, por prazo determinado ou
vínculo de natureza permanente.

Podem ser englobados como agentes, os agentes políticos, que são os detentores de mandatos
eletivos, secretários e ministros de Estado, considerando ainda os membros da magistratura e do
Ministério Público. Os atos ainda poderão ser praticados por particulares em colaboração com o poder
público, podendo se considerar aqueles que exercem função estatal, sem vínculo definido, como acontece
com jurados e mesários, por exemplo.

Além da competência para a prática do ato, se faz necessário que não exista impedimento e suspeição
para o exercício da atividade.
Deve-se ter em mente que toda a competência é limitada, não sendo possível um agente que contenha
competência ilimitada, tendo em vista o dever de observância da lei para definir os critérios de legitimação
para a prática de atos.

Finalidade: O ato administrativo somente visa a uma finalidade, que é a pública; se o ato praticado
não tiver essa finalidade, ocorrerá abuso de poder.

Forma: é o requisito vinculado que envolve a maneira de exteriorização e demais procedimentos


prévios que forem exigidos com a expedição do ato administrativo. Via de regra, os atos devem ser
escritos, permitindo de maneira excepcional atos gestuais, verbais ou provindos de forças que não sejam
produzidas pelo homem, mas sim por máquinas, que são os casos dos semáforos, por exemplo.

A forma específica se dá pelo fato de que os atos administrativos decorrem de um processo


administrativo prévio, que se caracterize por uma série de atos concatenados, com um propósito certo. A
exigência de forma para a prática dos atos da Administração Pública decorre do Princípio da Solenidade,
que pertence à atuação estatal, como forma de garantia de que os cidadãos serão contemplados com
essa ação.

Você deve estar se perguntando, qual seria a forma correta dos atos administrativos?

Simples, os atos devem ser escritos, mesmo que não haja dispositivo legal que estabeleça essa
obrigatoriedade, em língua portuguesa. Há, contudo, exceções que são definidas por lei específica, que
é o caso de uma semáforo que se manifesta através de sinais. Ex: quando se acende a luz verde, significa
que os condutores de veículos podem seguir.
Não esquecer:

A forma não configura a essência do ato, mas apenas o instrumento necessário para que a conduta
administrativa atinja seus objetivos. Valendo-se, portanto, do princípio da instrumentalidade das formas,
sabe-se que a forma não é essencial para à prática do ato, mas apenas o meio, definido em lei, em
que o poder público conseguirá atingir seus objetivos.

3 Direito administrativo, p. 196.

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. 84
Motivo: Este integra os requisitos dos atos administrativos tendo em vista a defesa de interesses
coletivos. Por isso existe a teoria dos motivos determinantes;
O motivo será válido, sem irregularidades na prática do ato administrativo, exigindo-se que o fato
narrado no ato praticado seja real e tenha acontecido da forma como estava descrito na conduta estatal.

Difere-se de motivação, pois este é a explicação por escrito das razões que levaram à prática do ato.

Objeto lícito: É o conteúdo ato, o resultado que se visa receber com sua expedição. Todo e qualquer
ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas referentes
a pessoas, coisas ou atividades voltadas à ação da Administração Pública.

Entende-se por objeto, aquilo que o ato dispõe, o efeito causado pelo ato administrativo, em
decorrência de sua prática. Trata-se do objeto como a disposição da conduta estatal, aquilo que fica
decidido pela prática do ato.

ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO

Atributos são prerrogativas que existem por conta dos interesses que a Administração representa, são
as qualidades que permitem diferenciar os atos administrativos dos outros atos jurídicos. Decorrem do
princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.

Por este princípio, o ato administrativo goza de prerrogativas conferidas pela doutrina. Tais regras,
diferenciam os atos administrativos dos outros que sejam praticados pelo poder público e das atividades
de particulares regularizadas pelo direito privado.

São eles:

1. Presunção de Legitimidade: É a presunção de que os atos administrativos devem ser


considerados válidos, até que se demonstre o contrário, a bem da continuidade da prestação dos serviços
públicos. Isso não significa que os atos administrativos não possam ser contrariados, no entanto, o ônus
da prova é de quem alega.

O atributo de presunção de legitimidade confere maior celeridade à atuação administrativa, já que


depois da prática do ato, estará apto a produzir efeitos automaticamente, como se fosse válido, até que
se declare sua ilegalidade por decisão administrativa ou judicial.

2. Imperatividade: É o poder que os atos administrativos possuem de gerar unilateralmente


obrigações aos administrados, independente da concordância destes. É a prerrogativa que a
Administração possui para impor determinado comportamento a terceiros.

3. Exigibilidade ou Coercibilidade: É o poder que possuem os atos administrativos de serem exigidos


quanto ao seu cumprimento sob ameaça de sanção. A imperatividade e a exigibilidade, em regra, nascem
no mesmo momento.
Excepcionalmente o legislador poderá diferenciar o momento temporal do nascimento da
imperatividade e o da exigibilidade. No entanto, a imperatividade é pressuposto lógico da exigibilidade,
ou seja, não se poderá exigir obrigação que não tenha sido criada.

Caso não seja cumprida a obrigação imposta pelo administrativo, o poder público, se valerá dos meios
indiretos de coação, realizando, de modo indireto o ato desrespeitado.

4. Autoexecutoriedade: É o poder de serem executados materialmente pela própria administração,


independentemente de recurso ao Poder Judiciário. A autoexecutoriedade é atributo de alguns atos
administrativos, ou seja, não existe em todos os atos (Exemplo: Procedimento tributário, desapropriação,
etc.). Poderá ocorrer em dois casos:
a) Quando a lei expressamente prever;
b) Quando estiver tacitamente prevista em lei (nesse caso deverá haver a soma dos seguintes
requisitos:
- situação de urgência; e
- inexistência de meio judicial idôneo capaz de, a tempo, evitar a lesão.

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CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Dentre as inúmeras formas de classificação dos atos, a doutrina traz as que são mais relevantes:

Quanto à formação: Os atos se dividem em simples, complexo e compostos.

Simples: depende de uma única manifestação. Assim, a manifestação de vontade de um único órgão,
mesmo que seja de órgão colegiado, torna o ato perfeito, portanto, a vontade para manifestação do ato
deve ser unitária, obtida através de votação em órgão colegiado ou por manifestação de um agente em
órgãos singulares.

Complexo: decorre da manifestação de dois ou mais órgãos; de duas ou mais vontades que se unem
para formar um único ato. Neste tipo, somam-se as vontades dos órgãos públicos independentes, em
mesmo nível de hierarquia, de modo que tenham a mesma força, não se falando em dependência de uma
relação com a outra. Aqui, os atos que formarão o ato complexo serão expedidos por órgãos públicos
distintos.

Exemplo: Decreto do prefeito referendado pelo secretário.

Composto: manifestação de dois ou mais órgãos, em que um edita o ato principal e o outro será
acessório. Como se nota, é composto por dois atos, geralmente decorrentes do mesmo órgão público,
em patamar de desigualdade, de modo que o segundo ato deve contar com o que ocorrer com o primeiro.
Exemplo: nomeação de ministro do Superior Tribunal feito pelo Presidente da República e que
depende de aprovação do Senado. A nomeação é o ato principal e a aprovação o acessório.

Quanto a manifestação de vontade:

Atos unilaterais: Dependem de apenas a vontade de uma das partes. Exemplo: licença

Atos bilaterais: Dependem da anuência de ambas as partes. Exemplo: contrato administrativo;

Atos multilaterais: Dependem da vontade de várias partes. Exemplo: convênios.

Quanto aos destinatários

Gerais: os atos gerais tem a finalidade de normatizar suas relações e regulam uma situação jurídica
que abrange um número indeterminado de pessoas, portanto abrange todas as pessoas que se
encontram na mesma situação, por tratar-se de imposição geral e abstrata para determinada relação.
Esses atos dependem de publicação para que possam produzir efeitos e devem prevalecer sobre a
vontade individual.

Exemplo: a Administração cria uma norma interna para que os servidores se reúnam todas as
segundas com o chefe. Como se percebe, o ato não individualiza nenhum sujeito específico, e será
aplicado de forma ampla a todos aqueles que estiverem nesse local.

Individuais: são aqueles destinados a um destinatário certo, impondo a norma abstrata ao caso
concreto. Nesse momento, seus destinatários são individualizados, pois a norma é geral restringindo seu
âmbito de atuação.
Não se fala em atividade em geral, mas sim de modo específico de quais agentes devem se submeter
às disposições da conduta.

Exemplo: promoção de servidor público

Quanto à supremacia do poder público:

- Atos de império: Atos onde o poder público age de forma imperativa sobre os administrados,
impondo-lhes obrigações. Exemplos de atos de império: A desapropriação e a interdição de atividades.
A Administração Pública atua com prerrogativa de poder público, valendo-se da supremacia do
interesse público sobre o privado. Aqui, o poder público impõe obrigações, aplica penalidades, sem que

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se tenha que recorrer aos meios judiciais, em razão da aplicação das regras que exorbitam o direito
privado, em prol do interesse da coletividade.

Se os atos praticados contrariarem às normas vigentes, eles poderão ser anulados pela Administração
ou pelo Judiciário, podendo ainda ocorrer a sua revogação por motivos de interesse público, se forem
justificadas devidamente.

Exemplo: autos de infração, por descumprimento das normas de trânsito.

- Atos de gestão: são aqueles realizados pelo poder público, sem as prerrogativas do Estado, sendo
que a Administração irá atuar em situação de igualdade com o particuar. Nesses casos, a atividade será
regulada pelo direito privado, de modo que o Estado não irá se valer das prerrogativas que tenham relação
com a supremacia do interesse público.
Trata-se de condutas que não restringem ou ainda que não admitem que o ente estatal possa se valer
dos meios coercitivos para que haja uma execuão.

Exemplo: a alienação de um imóvel público inservível.

- Atos de expediente: São aqueles destinados a dar andamento aos processos e papéis que tramitam
no interior das repartições. Os atos de gestão (praticados sob o regime de direito privado).

Exemplo: contratos de locação em que a Administração é locatária) não são atos administrativos, mas
são atos da Administração. Para os autores que consideram o ato administrativo de forma ampla
(qualquer ato que seja da administração como sendo administrativo), os atos de gestão são atos
administrativos.

Quanto à natureza do ato:

- Atos-regra: Traçam regras gerais (regulamentos).

- Atos subjetivos: Referem-se a situações concretas, de sujeito determinado.

- Atos-condição: Somente surte efeitos caso determinada condição se cumpra.

Quanto ao regramento:

- Atos vinculados: Possui todos seus elementos determinados em lei, não existindo possibilidade de
apreciação por parte do administrador quanto à oportunidade ou à conveniência. Cabe ao administrador
apenas a verificação da existência de todos os elementos expressos em lei para a prática do ato. Caso
todos os elementos estejam presentes, o administrador é obrigado a praticar o ato administrativo; caso
contrário, ele estará proibido da prática do ato.

- Atos discricionários: O administrador pode decidir sobre o motivo e sobre o objeto do ato, devendo
pautar suas escolhas de acordo com as razões de oportunidade e conveniência. A discricionariedade é
sempre concedida por lei e deve sempre estar em acordo com o princípio da finalidade pública. O poder
judiciário não pode avaliar as razões de conveniência e oportunidade (mérito), apenas a legalidade, os
motivos e o conteúdo ou objeto do ato.

Quanto aos efeitos:

- Constitutivo: Gera uma nova situação jurídica aos destinatários. Pode ser outorgado um novo direito,
como permissão de uso de bem público, ou impondo uma obrigação, como cumprir um período de
suspensão.

Exemplo: autorização para usode bem público a um particular que pretende montar um show na
cidade.

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- Declaratório: Simplesmente afirma ou declara uma situação já existente, seja de fato ou de direito.
Não cria, transfere ou extingue a situação existente, apenas a reconhece. Também é dito enunciativo. É
o caso da expedição de uma certidão de tempo de serviço.

- Modificativo: Altera a situação já existente, sem que seja extinta, não retirando direitos ou
obrigações. A alteração do horário de atendimento da repartição é exemplo desse tipo de ato.

- Extintivo: Pode também ser chamado desconstitutivo, é o ato que põe termo a um direito ou dever
existente. Cite-se a demissão do servidor público.

Quanto à abrangência dos efeitos:

- Internos: Destinados a produzir seus efeitos no âmbito interno da Administração Pública, não
atingindo terceiros, como as circulares e pareceres.
Via de regra, não dependem de publicação oficial, tendo em vista sua destinação interna aqueles que
estão vinculados à estrutura da entidades.

Exemplo: circular que exige que os servidores usem sapatos pretos fechados.

- Externos: Têm como destinatárias pessoas além da Administração Pública, e, portanto, necessitam
de publicidade para que produzam adequadamente seus efeitos.

Exemplos: a fixação do horário de atendimento e a ocupação de bem privado pela Administração


Pública.

Quanto à validade:

- Válido: É o que atende a todos os requisitos legais: competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
Pode estar perfeito, pronto para produzir seus efeitos ou estar pendente de evento futuro.

- Nulo: É o que nasce com vício insanável, ou seja, um defeito que não pode ser corrigido. Não produz
qualquer efeito entre as partes. No entanto, em face dos atributos dos atos administrativos, ele deve ser
observado até que haja decisão, seja administrativa, seja judicial, declarando sua nulidade, que terá efeito
retroativo, ex tunc, entre as partes. Por outro lado, deverão ser respeitados os direitos de terceiros de
boa-fé que tenham sido atingidos pelo ato nulo.
Cite-se a nomeação de um candidato que não tenha nível superior para um cargo que o exija. A partir
do reconhecimento do erro, o ato é anulado desde sua origem. Porém, as ações legais eventualmente
praticadas por ele, durante o período em que atuou, permanecerão válidas.

- Anulável: É o ato que contém defeitos, porém, que podem ser sanados, convalidados. Ressalte-se
que, se mantido o defeito, o ato será nulo; se corrigido, poderá ser "salvo" e passar a ser válido. Atente-
se que nem todos os defeitos são sanáveis, mas sim aqueles expressamente previstos em lei.

- Inexistente: É aquele que apenas aparenta ser um ato administrativo, mas falta a manifestação de
vontade da Administração Pública. São produzidos por alguém que se faz passar por agente público, sem
sê-lo, ou que contém um objeto juridicamente impossível.
Os atos inexistentes não podem ser convalidados, sendo que os seus efeitos que já foram produzidos,
não poderão ser ressalvados, ,mesmo que em relação aos destinatários de boa-fé.

Exemplo do primeiro caso é a multa emitida por falso policial; do segundo, a ordem para matar alguém.

Quanto à exequibilidade:

- Perfeito: É aquele que completou seu processo de formação, estando apto a produzir seus efeitos.
Perfeição não se confunde com validade. Esta é a adequação do ato à lei; a perfeição refere-se às
etapas de sua formação.

- Imperfeito: Não completou seu processo de formação, portanto, não está apto a produzir seus
efeitos, faltando, por exemplo, a homologação, publicação, ou outro requisito apontado pela lei.

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- Pendente: Para produzir seus efeitos, sujeita-se a condição ou termo, mas já completou seu ciclo de
formação, estando apenas aguardando o implemento desse acessório, por isso não se confunde com o
imperfeito. Condição é evento futuro e incerto, como o casamento. Termo é evento futuro e certo, como
uma data específica.

- Consumado: É o ato que já produziu todos os seus efeitos, nada mais havendo para realizar.
Exemplifique-se com a exoneração ou a concessão de licença para doar sangue.

ESPÉCIES DE ATO ADMINISTRATIVO

Existem diversas classificações que trata das espécies dos atos administrativos. Ainda considerando
a simplicidade do presente trabalho, trataremos apenas das principais espécies apresentadas pela
doutrina.
Para facilitar o estudo, dividimos a análise do ato administrativo utilizando dois critérios distintos: o
conteúdo e a forma.

Quanto ao conteúdo, os atos administrativos podem ser classificados em autorização, licença,


admissão, permissão, aprovação, homologação, parecer e visto.

1. Autorização: ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração faculta
ao particular o uso de bem público (autorização de uso), ou a prestação de serviço público (autorização
de serviço público), ou o desempenho de atividade material, ou a prática de ato que, sem esse
consentimento, seriam legalmente proibidos (autorização como ato de polícia).

2. Licença: é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que
preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade. A diferença entre licença e autorização é
nítida, porque o segundo desses institutos envolve interesse, “caracterizando-se como ato discricionário,
ao passo que a licença envolve direitos, caracterizando-se como ato vinculado”. Na autorização, o Poder
Público aprecia, discricionariamente, a pretensão do particular em face do interesse público, para outorga
ou não a autorização, como ocorre no caso de consentimento para porte de arma; na licença, cabe à
autoridade tão somente verificar, em cada caso concreto, se foram preenchidos os requisitos legais
exigidos para determinada outorga administrativa e, em caso afirmativo, expedir o ato, sem possibilidade
de recusa; é o que se verifica na licença para construir e para dirigir veículos automotores. A autorização
é ato constitutivo e a licença é ato declaratório de direito preexistente.

3. Admissão: é ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece ao particular, que
preencha os requisitos legais, o direito à prestação de um serviço público. É ato vinculado, tendo em vista
que os requisitos para outorga da prestação administrativa são previamente definidos, de modo que todos
os que os satisfaçam tenham direito de obter o benefício. São exemplos a admissão nas escolas públicas,
nos hospitais e nos estabelecimentos de assistência social.

4. Permissão: em sentido amplo, designa o ato administrativo unilateral, discricionário, gratuito ou


oneroso, pelo qual a Administração Pública faculta a execução de serviço público ou a utilização privativa
de bem público. O seu objeto é a utilização privativa de bem público por particular ou a execução de
serviço público.

5. Aprovação: é ato unilateral e discricionário pelo qual se exerce o controle a priori ou a posteriori do
ato administrativo. No controle a priori, equivale à autorização para a prática do ato; no controle a
posteriori equivale ao seu referendo. É ato discricionário, porque o examina sob os aspectos de
conveniência e oportunidade para o interesse público; por isso mesmo, constitui condição de eficácia do
ato.

6. Homologação: é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a


legalidade de um ato jurídico. Ela se realiza sempre a posteriori e examina apenas o aspecto de
legalidade, no que se distingue da aprovação. É o caso do ato da autoridade que homologa o
procedimento da licitação.

7. Parecer: é o ato pelo qual os órgãos consultivos da Administração emitem opinião sobre assuntos
técnicos ou jurídicos de sua competência. O parecer pode ser facultativo, obrigatório e vinculante. O

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parecer é facultativo quando fica a critério da Administração solicitá-lo ou não, além de não ser vinculante
para quem o solicitou. Se foi indicado como fundamento da decisão, passará a integrá-la, por
corresponder à própria motivação do ato. O parecer é obrigatório quando a lei o exige como pressuposto
para a prática do ato final. A obrigatoriedade diz respeito à solicitação do parecer (o que não lhe imprime
caráter vinculante). O parecer é vinculante quando a Administração é obrigada a solicitá-lo e a acatar a
sua conclusão. Por exemplo, para conceder aposentadoria por invalidez, a Administração tem que ouvir
o órgão médico oficial e não pode decidir em desconformidade com a sua decisão. Se a autoridade tiver
dúvida ou não concordar com o parecer, deverá pedir novo parecer. Apesar do parecer ser, em regra, ato
meramente opinativo, que não produz efeitos jurídicos, o STF tem admitido a responsabilização de
consultores jurídicos quando o parecer for vinculante para a autoridade administrativa, desde que
proferido com má-fé ou culpa.

8. Visto: é o ato administrativo unilateral pelo qual a autoridade competente atesta a legitimidade
formal de outro ato jurídico. Não significa concordância com o seu conteúdo, razão pela qual é incluído
entre os atos de conhecimento, que são meros atos administrativos e não encerram manifestações de
vontade. Exemplo de visto é o exigido para encaminhamento de requerimento de servidores subordinados
a autoridade de superior instância; a lei normalmente impõe o visto do chefe imediato, para fins de
conhecimento e controle formal, não equivalendo à concordância ou deferimento do seu conteúdo.

Quanto à forma, os atos administrativos podem ser classificados em decreto, resolução e portaria,
circular, despacho, alvará.

1. Decretos: São atos emanados pelos chefes do Poder Executivo, tais como, prefeitos, governadores
e o Presidente da República. Podem ser dirigidos abstratamente às pessoas em geral (decreto geral), ou
a pessoas, ou a um grupo de pessoas determinadas. (decreto individual). O decreto geral é ato normativo,
apresentado efeitos e conteúdos semelhantes à lei.

2. Resoluções e Portarias: São atos emanados por autoridades superiores, mas não os chefes do
Poder Executivo. Ou seja, é a forma pelo qual as autoridades de nível inferior aos Chefes do Poder
Executivo fixam normas gerais para disciplinar conduta de seus subordinados. Embora possam produzir
efeitos externos, as resoluções e portarias não podem contrariar os regulamentos e os regimentos,
limitando-se a explicá-los.

3. Circular: É o instrumento usado para a transmissão de ordens internas uniformes, incumbindo de


certos serviços ou atribuições a certos funcionários. É o ato que envolve a decisão da Administração
sobre assuntos de interesse individual ou coletivo submetido a sua apreciação.

4. Despacho: Quando a administração, por meio de um despacho, aprova parecer proferido por órgão
técnico sobre determinado assunto de interesse geral, este despacho é denominado de despacho
normativo. O despacho normativo deverá ser observado por toda administração, valendo como solução
para todos os casos que se encontram na mesma situação.

5. Alvará: é instrumento pelo qual a Administração se vale para conferir ao administrado uma licença
ou autorização. Ou seja, é o formato pelo qual são emitidas as licenças e autorizações. Como se pode
notar, enquanto as licenças e autorizações representam o conteúdo, o alvará representa a forma.

Ainda cabe trazer ao estudo a classificação apresentada por Hely Lopes Meirelles, onde podemos
agrupar os atos administrativos em 5 cinco tipos:

a) Atos normativos: São aqueles que contém um comando geral do Executivo visando o cumprimento
de uma lei. Podem apresentar-se com a característica de generalidade e abstração (decreto geral que
regulamenta uma lei), ou individualidade e concreção (decreto de nomeação de um servidor).
Os atos normativos se subdividem em:

Regulamentos – São atos normativos posteriores aos decretos, que visam especificar as disposições
de lei, assim como seus mandamentos legais. As leis que não forem executáveis, dependem de
regulamentos, que não contrariem a lei originária. Já as leis auto-executáveis independem de
regulamentos para produzir efeitos.

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Regulamentos executivos: são os editados para a fiel execução da lei, é um ato administrativo que não
tem o foto de inovar o ordenamento jurídico, sendo praticado para complementar o texto legal. Os
regulamentos executivos são atos normativos que complementam os dispositivos legais, sem que ivovem
a ordem jurídica, com a criação de direitos e obrigações.

Regulamentos autônomos: agem em substituição a lei e visam inovar o ordenamento jurídico,


determinando normas sobre matérias não disciplinadas em previsão legislativa. Assim, podem ser
considerados atos expedidos como substitutos da lei e não facilitadores de sua aplicação, já que são
editados sem contemplar qualquer previsão anterior.

Nosso ordenamento diverge acercada da possibilidade ou não de serem expedidos regulamentos


autônomos, em decorrência do princípio da legalidade.

Instruções normativas – Possuem previsão expressa na Constituição Federal, em seu artigo 87, inciso
II. São atos administrativos privativos dos Ministros de Estado.

Regimentos – São atos administrativos internos que emanam do poder hierárquico do Executivo ou da
capacidade de auto-organização interna das corporações legislativas e judiciárias. Desta maneira, se
destinam à disciplina dos sujeitos do órgão que o expediu.

Resoluções – São atos administrativos inferiores aos regimentos e regulamentos, expedidos pelas
autoridades do executivo.

Deliberações – São atos normativos ou decisórios que emanam de órgãos colegiados provenientes de
acordo com os regulamentos e regimentos das organizações coletivas. Geram direitos para seus
beneficiários, sendo via de regra, vinculadas para a Administração.

b) Atos ordinatórios: São os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta


funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico, isto é, podem ser expedidos por chefes de
serviços aos seus subordinados. Logo, não obrigam aos particulares.

São eles:
Instruções – orientação do subalterno pelo superior hierárquico em desempenhar determinada função;

Circulares – ordem uniforme e escrita expedida para determinados funcionários ou agentes;

Avisos – atos de titularidade de Ministros em relação ao Ministério;

Portarias – atos emanados pelos chefes de órgãos públicos aos seus subalternos que determinam a
realização de atos especiais ou gerais;

Ofícios – comunicações oficiais que são feitas pela Administração a terceiros;

Despachos administrativos - decisões tomadas pela Administração.

c) Atos negociais: São todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração apta
a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condições
impostas ou consentidas pelo Poder Público.

Licença – ato definitivo e vinculado (não precário) em que a Administração concede ao Administrado
a faculdade de realizar determinada atividade.

Autorização – ato discricionário e precário em que a Administração confere ao administrado a


faculdade de exercer determinada atividade.

Permissão - ato discricionário e precário em que a Administração confere ao administrado a faculdade


de promover certa atividade nas situações determinadas por ela;

Aprovação - análise pela própria administração de atividades prestadas por seus órgãos;

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Visto - é a declaração de legitimidade de deerminado ato praticado pela própria Administração como
maneira de exequibilidade;

Homologação - análise da conveniência e legalidade de ato praticado pelos seus órgãos como meio
de lhe dar eficácia;

Dispensa - ato administrativo que exime o particular do cumprimento de certa obrigação até então
conferida por lei. Ex. Dispensa de prestação do serviço militar;

Renúncia - ato administrativo em que o poder Público extingue de forma unilateral um direito próprio,
liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração Pública. A sua principal
característica é a irreversibilidade depois de consumada.

d) Atos enunciativos: São todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar
um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, constantes de registros, processos e arquivos
públicos, sendo sempre, por isso, vinculados quanto ao motivo e ao conteúdo.

Atestado - são atos pelos quais a Administração Pública comprova um fato ou uma situação de que
tenha conhecimento por meio dos órgãos competentes;

Certidão – tratam-se de cópias ou fotocópias fiéis e autenticadas de atos ou fatos existentes em


processos, livros ou documentos que estejam na repartição pública;

Pareceres - são manifestações de órgãos técnicos referentes a assuntos submetidos à sua


consideração.

e) Atos punitivos: São aqueles que contêm uma sanção imposta pela lei e aplicada pela
Administração, visando punir as infrações administrativas ou condutas irregulares de servidores ou de
particulares perante a Administração.
Esses atos são aplicados para aqueles que desrespeitam as disposições legais, regulamentares ou
ordinatórias dos bens ou serviços.
Quanto à sua atuação os atos punitivos podem ser de atuação externa e interna. Quando for interna,
compete à Administração punir disciplinarmente seus servidores e corrigir os serviços que contenham
defeitos, por meio de sanções previstas nos estatutos, fazendo com que se respeite as normas
administrativas.

MOTIVAÇÃO

É a exposição dos motivos, trata-se de demonstração por escrito que os pressupostos existiram. A
motivação corresponde as formalidades do ato, está contida em parecer, laudo, relatório.

A doutrina majoritária, entende que a motivação é obrigatória, como o caso de ato vinculado, tendo em
vista que a Administração deve demonstrar que o ato está em conformidade com os motivos apontados
em lei, além dos casos de atos discricionários, pois sem ela não haveria meios de conhecer e controlar a
legitimidade dos motivos que ensejaram a Administração para a prática do ato.

Desta forma, reconhece-se que a motivação é necessária tanto para os atos vinculados como para os
atos discricionários, já que configura garantia de legalidade. Sua obrigatoriedade engloba os atos
administrativos que neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses, além dos que imponham deveres,
encargos ou sanções.

A defesa da doutrina majoritária, pela motivação está embasada no art. 50 da Lei nº 9.784/1999, de
modo que configura um princípio implícito na Constituição Federal, que vela pela cidadania, já que a Carta
Magna considera que o direito à informação é a garantia fundamental que contempla todas as pessoas (
art. 5º, XXXIII).

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EXTINÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO

ANULAÇÃO OU INVALIDAÇÃO (DESFAZIMENTO): É a retirada, o desfazimento do ato


administrativo em decorrência de sua invalidade, ou seja, é a extinção de um ato ilegal, determinada pela
Administração ou pelo judiciário, com eficácia retroativa – ex tunc.
A anulação pode acontecer por via judicial ou por via administrativa. Ocorrerá por via judicial quando
alguém solicita ao Judiciário a anulação do ato. Ocorrerá por via administrativa quando a própria
Administração expede um ato anulando o antecedente, utilizando-se do princípio da autotutela, ou seja,
a Administração tem o poder de rever seus atos sempre que eles forem ilegais ou inconvenientes. Quando
a anulação é feita por via administrativa, pode ser realizada de ofício ou por provocação de terceiros.
A anulação de um ato não pode prejudicar terceiro de boa-fé.

Vejamos o que consta nas Súmulas 346 e 473 do STF:

SÚMULA 346
A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

SÚMULA 473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Um ponto muito discutido pela doutrina diz respeito é o caráter vinculado ou discricionário da anulação.
Os que defendem que deve-se anular, embasam esse entendimento no princípio da legalidade e outros
defender como a faculdade de invocar o princípio da predominância do interesse público sobre o
particular.

O entendimento por nós defendido, em regra, tem o dever de anular os atos ilegais.

REVOGAÇÃO: É a retirada do ato administrativo em decorrência da sua inconveniência ou


inoportunidade em face dos interesses públicos. Somente se revoga ato válido que foi praticado de acordo
com a lei. A revogação somente poderá ser feita por via administrativa.

Quando se revoga um ato, diz-se que a Administração perdeu o interesse na manutenção deste, ainda
que não exista vício que o tome. Trata-se de ato discricionário, referente ao mérito administrativo, por set
um ato legal, todos os atos já foram produzidos de forma lícita, de modo que a revogação não irá retroagir,
contudo mantem-se os efeitos já produzidos (ex nunc).

Não há limite temporal para a revogação de atos administrativos, não se configurando a decadência,
no prazo quinquenal, tendo em vista o entendimento que o interesse público pode ser alterado a qualquer
tempo.
Não existe efeito repristinatório, ou seja, a retirada do ato, por razões de conveniência e oportunidade.

Questões

01. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário – NUCEPE/2017). Sobre a revogação dos atos administrativos,
assinale a alternativa INCORRETA.
(A) Nem todos os atos administrativos podem ser revogados.
(B) A revogação de ato administrativo é realizada, ordinariamente, pelo Poder Judiciário, cabendo-lhe
ainda examinar os aspectos de validade do ato revogador.
(C) Considerando que a revogação atinge um ato que foi praticado em conformidade com a lei, seus
efeitos são ex nunc.
(D) Pode a Administração Pública se arrepender da revogação de determinado ato.
(E) O fundamento jurídico da revogação reside no poder discricionário da Administração Pública

02. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário – NUCEPE/2017). Assinale a alternativa CORRETA sobre os


atos administrativos.

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(A) Atos individuais, também chamados de normativos, são aqueles que se voltam para a regulação
de situações jurídicas concretas, com destinatários individualizados, como instruções normativas e
regulamentos.
(B) Em razão do formalismo que o caracteriza, o ato administrativo deve sempre ser escrito, sendo
juridicamente insubsistentes comandos administrativos verbais.
(C) Aprovação é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública reconhece a legalidade
de um ato jurídico.
(D) Tanto os atos vinculados como os atos discricionários podem ser objeto de controle pelo Poder
Judiciário.
(E) Os provimentos são exclusivos dos órgãos colegiados, servindo especificamente para demonstrar
sua organização e seu funcionamento.

03. (CONFERE - Assistente Administrativo VII - INSTITUTO CIDADES/2016). A anulação do ato


administrativo:
(A) Pode ser decretada à revelia pelo administrador público.
(B) Pode ser decretada somente pelo poder judiciário, desde que exista base legal para isso.
(C) Pode ser decretada tanto pelo poder judiciário como pela administração pública competente.
(D) Não pode ser decretada em hipótese alguma, pois o ato administrativo tem força de lei.

04. (TRT/14ª Região (RO e AC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2016). Sobre atos
administrativos, considere:
I. Os atos administrativos vinculados comportam anulação e revogação.
II. Em regra, os atos administrativos que integram um procedimento podem ser revogados.
III. A competência para revogar é intransferível, salvo por força de lei.

Está correto o que se afirma em


(A) III, apenas.
(B) I, II e III.
(C) I e III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) II, apenas.

05. (Câmara Municipal de Atibaia/SP - Advogado – CAIP-IMES/2016). Assinale a alternativa


incorreta.
Os atos administrativos:
(A) decorrem de manifestação bilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa
qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou
impor obrigações aos administrados, apenas.
(B) decorrem de manifestação unilateral de vontade da Administração Pública no exercício da função
administrativa típica.
(C) decorrem de manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa
qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos ou
impor obrigações aos administrados ou a si própria.
(D) decorrem de manifestação unilateral de vontade da Administração Pública, portanto são de
exclusividade do Poder Executivo no exercício da função típica. Contudo, os demais poderes (Judiciário
e Legislativo) também podem exercê-los, atipicamente.

06. (Prefeitura de Goiânia/GO - Auditor de Tributos – CS-UFG/2016). Os atos administrativos,


segundo lição de Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, podem ser definidos como “manifestação ou
declaração de vontade da administração pública, nessa qualidade, ou de particulares no exercício de
prerrogativas públicas, que tenha por fim imediato a produção de efeitos jurídicos determinados, em
conformidade com interesse público e sob regime predominante de direito público (2015, p. 480/481).
Diante disso, no tocante à extinção dos atos administrativos, conclui-se que
(A) a caducidade, que na maioria das vezes funciona como uma sanção, é a forma de extinção
decorrente da desobediência pelo beneficiário dos requisitos outrora impostos.
(B) a revogação é a extinção do ato quando, no âmbito da discricionariedade administrativa, tenha se
tornado inoportuno e inconveniente. São suscetíveis de revogação, por exemplo, os atos consumados.
(C) a cassação ocorre quando surge novo diploma legislativo, com requisitos diferentes daqueles que
fundamentaram a edição do ato, obstando, desse modo, a permanência dele no mundo jurídico.

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(D) a anulação é a retirada do ato, do mundo jurídico, pela constatação de um vício, sanável ou não,
relativo à legalidade e legitimidade. Sendo o vício insanável, a anulação é obrigatória.

07. (TJ/RS - Juiz de Direito Substituto – FAURGS/2016). No que se refere aos atos administrativos,
assinale a alternativa correta.
(A) Em face de sua competência para apreciar a legalidade de quaisquer atos administrativos para fins
de registro, a declaração de invalidade ou anulação por vícios legais desses atos é exclusiva do Poder
Legislativo respectivo.
(B) O direito da Administração de anular seus próprios atos de que decorram efeitos favoráveis aos
destinatários prescreve em 3 (três) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé.
(C) A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
(D) Têm natureza política e são excluídos de apreciação pelo Poder Judiciário os atos administrativos
dotados de vinculação resultantes do exercício do poder de polícia administrativa que limitam ou
disciplinam direito, interesse ou liberdade dos administrados.
(E) Os atos administrativos eivados de vício que os tornem ilegais somente podem ser declarados
inválidos ou revogados pelo Poder Judiciário.

08. (CNMP -Técnico do CNMP – Administração – FCC/2015). Ato administrativo é:


(A) realização material da Administração em cumprimento de alguma decisão administrativa.
(B) sinônimo de fato administrativo.
(C) manifestação bilateral de poder da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por
fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, declarar direitos e impor obrigações aos
administrados.
(D) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que visa impor obrigações aos
administrados ou a si própria ou alguma realização material em cumprimento a uma decisão de si própria.
(E) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha
por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor
obrigações aos administrados ou a si própria.

09. (DPE/PE - Estagiário de Direito - DPE-PE/2015). São elementos do ato administrativo:


(A) presunção de legalidade, economicidade, eficiência e motivação.
(B) competência, forma e vinculação.
(C) presunção de legitimidade e impessoalidade.
(D) competência, forma, objeto, finalidade e motivo
(E) vinculação e discricionariedade.

10. (PC/CE - Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe – VUNESP/2015). São atos administrativos
ordinatórios, entre outros,
(A) os Decretos, os Despachos, os Regimentos e as Resoluções.
(B) os Despachos, os Avisos, as Portarias e as Ordens de Serviço.
(C) os Decretos, as Instruções, os Provimentos e os Regimentos.
(D) as Instruções, as Deliberações, as Portarias e os Regulamentos.
(E) os Regulamentos, as Instruções, os Regimentos e as Deliberações.

11. (PC/CE - Inspetor de Polícia Civil de 1ª Classe – VUNESP/2015). Diz-se que os atos
administrativos são vinculados quando
(A) observam corretamente os princípios constitucionais da moralidade administrativa.
(B) a lei estabelece que, diante de determinados requisitos, a Administração deve agir de forma
determinada.
(C) o administrador público os pratica ultrapassando os limites regrados pelo sistema jurídico vigente.
(D) a autoridade competente deixa de observar dispositivo constitucional obrigatório, quando deveria
fazê-lo.
(E) a lei estabelece várias situações passíveis de apreciação subjetiva pela autoridade competente.

12. (UFRB - Assistente em Administração – FUNRIO/2015). Quanto a seus destinatários, os atos


administrativos se classificam em

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(A) simples e compostos.
(B) gerais e individuais.
(C) fechados e abertos.
(D) unilaterais e complexos.
(E) internos e especiais.

13. (DPE/MA - Defensor Público – FCC/2015). No que tange à competência para revogar atos
administrativos, é correto afirmar que
(A) a revogação de atos que se sabem eivados de nulidade é possível, desde que devidamente
motivada por razões de interesse público.
(B) a competência para revogar é sempre delegável.
(C) atos já exauridos podem ser revogados, desde seja expressamente atribuído efeito retroativo ao
ato revocatório.
(D) atos ineficazes, porque ainda não implementada condição deflagradora de sua eficácia, estão
sujeitos à revogação.
(E) é possível revogar atos vinculados, desde que sua edição seja de competência autoridade que
editará o ato revocatório

14. (DPE/RS - Defensor Público Sobre atos administrativos – FCC) É correto afirmar:
(A) A autoexecutoriedade é um atributo de alguns atos administrativos que autoriza a execução
coercitiva, independente da concorrência da função jurisdicional.
(B) A autoexecutoriedade constitui atributo dos atos administrativos negociais, que, como contratos,
dependem da concorrência de vontade do administrado.
(C) A arguição de invalidade de ato administrativo por vícios ou defeitos impede a imediata execução
e afasta a imperatividade.
(D) Todos os atos administrativos possuem como atributos a presunção de legitimidade, a
imperatividade e a autoexecutoriedade.
(E) A administração deverá fazer prova da legalidade do ato administrativo quando sobrevier
impugnação pelo destinatário.

15. (IF-BA - Assistente em Administração - FUNRIO) O ato administrativo pelo qual os órgãos
consultivos da Administração emitem opinião sobre assuntos técnicos ou jurídicos de sua competência é
(A) a homologação.
(B) o visto.
(C) o parecer.
(D) o relatório.
(E) a declaração.

16. (TCE/GO - Analista de Controle Externo - FCC/2014) Enzo, servidor público e chefe de
determinada repartição pública, na mesma data, editou dois atos administrativos distintos, quais sejam,
uma certidão e uma licença. No que concerne às espécies de atos administrativos, tais atos são
classificados em
(A) ordinatórios e negociais, respectivamente.
(B) enunciativos.
(C) negociais.
(D) enunciativos e negociais, respectivamente.
(E) normativos e ordinatórios, respectivamente.

17. (TRT - 18ª Região (GO)Prova: Juiz do Trabalho – FCC). No que tange à validade dos atos
administrativos
(A) é possível convalidar ato administrativo praticado com vício de finalidade, desde que se evidencie
que tal decisão não acarrete prejuízo a terceiros.
(B) todos os atos administrativos praticados com vício de competência devem ser anulados, pois se
trata de elemento essencial à validade dos atos administrativos.
(C) o descumprimento, pelo administrado, dos requisitos referentes ao desfrute de uma dada situação
jurídica, justifica a anulação do ato administrativo que gerou referida situação.
(D) a caducidade é a extinção de ato administrativo em razão da superveniência de legislação que
tornou inadmissível situação anteriormente consentida, com base na legislação então aplicável.

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(E) os atos praticados por agente incompetente estão sujeitos à revogação pela autoridade que detém
a competência legal para sua prática.

18. (METRÔ/DF - Advogado – IADES). Quanto aos poderes administrativos, à organização do Estado
e aos atos administrativos, assinale a alternativa correta.
(A) Se o ato já exauriu seus efeitos, não pode ser revogado.
(B) De acordo com o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, o prazo decadencial de cinco
anos, previsto na legislação de regência, para que a Administração Pública promova o exercício da
autotutela, é aplicável apenas aos atos anuláveis, não aos atos nulos.
(C) A Administração Pública não pode declarar a nulidade de seus próprios atos, mas tão somente
revogá-los. A declaração de nulidade somente pode ser feita pelo Poder Judiciário.
(D) Quanto às prerrogativas com que atua a Administração, os atos administrativos podem ser
classificados como simples, complexos e compostos.
(E) A revogação pode atingir os atos administrativos discricionários ou vinculados e deverá ser
emanada da mesma autoridade competente para a prática do ato originário, objeto da revogação.

Respostas

01. Resposta: B
Revogação é a retirada do ato administrativo em decorrência da sua inconveniência ou inoportunidade
em face dos interesses públicos. Somente se revoga ato válido que foi praticado de acordo com a lei.

02. Resposta: D
- Atos vinculados: Possui todos seus elementos determinados em lei, não existindo possibilidade de
apreciação por parte do administrador quanto à oportunidade ou à conveniência. Cabe ao administrador
apenas a verificação da existência de todos os elementos expressos em lei para a prática do ato. Caso
todos os elementos estejam presentes, o administrador é obrigado a praticar o ato administrativo; caso
contrário, ele estará proibido da prática do ato.

- Atos discricionários: O administrador pode decidir sobre o motivo e sobre o objeto do ato, devendo
pautar suas escolhas de acordo com as razões de oportunidade e conveniência. A discricionariedade é
sempre concedida por lei e deve sempre estar em acordo com o princípio da finalidade pública. O poder
judiciário não pode avaliar as razões de conveniência e oportunidade (mérito), apenas a legalidade, os
motivos e o conteúdo ou objeto do ato.

03. Resposta: C
A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-
los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
O ato administrativo também pode ser anulado pelo Poder Judiciário

04. Resposta: A
Segundo a obra de Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo, 2014. p. 262:
"Só quem pratica o ato, ou quem tenha poderes, implícitos ou explícitos, para dele conhecer de ofício
ou por via de recurso, tem competência legal para revogá-lo por motivos de oportunidade ou conveniência,
competência essa intransferível, a não ser por força de lei, e insuscetível de ser contrasteada em seu
exercício por outra autoridade administrativa".”

05. Resposta: A
Os atos administrativos enquadram-se na categoria dos atos jurídicos. Logo, são manifestações
humanas, e não meros fenômenos da natureza. Ademais, são sempre manifestações unilaterais de
vontade (as bilaterais compõem os chamados contratos administrativos).

06. Resposta: D
A anulação (também chamada de invalidação) é a retirada, desfazimento ou supressão do ato
administrativo, em razão de ele ter sido produzido em desconformidade com a lei ou com o ordenamento
jurídico. Quando é a Administração quem anula o seu próprio ato, dizemos que ela agiu com base no seu
poder de autotutela, consagrado nas seguintes Súmulas do STF:

Súmula 346: a Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.

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07. Resposta: C
Súmula 473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

08. Resposta: E
Para Hely Lopes.
Ato Administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo
nessa qualidade, tenha por fim IMEDIATO adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.

Para Maria Sylvia.


É a declaração de vontade do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos,
com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e se sujeita a controle do Poder Judiciário.

Para Celso Antônio.


É a declaração de vontade do Estado ou de lhe faça as vezes, no exercício de prerrogativas Públicas,
manifestada mediante providências jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento e
sujeitas a controle de legitimidade dos órgãos jurisdicionais.

09. Resposta: D
Lembre-se da dica: COM - FI – FO – M - OB
Competência: o ato deve ser praticado por sujeito capaz, trata-se de requisito vinculado. Para que um
ato seja válido deve-se verificar se foi praticado por agente competente.
Finalidade: O ato administrativo somente visa a uma finalidade, que é a pública; se o ato praticado
não tiver essa finalidade, ocorrerá abuso de poder;
Forma: é o requisito vinculado que envolve a maneira de exteriorização e demais procedimentos
prévios que forem exigidos com a expedição do ato administrativo. Via de regra, os atos devem ser
escritos, permitindo de maneira excepcional atos gestuais, verbais ou provindos de forças que não sejam
produzidas pelo homem, mas sim por máquinas, que são os casos dos semáforos, por exemplo.
Motivo: Este integra os requisitos dos atos administrativos tendo em vista a defesa de interesses
coletivos. Por isso existe a teoria dos motivos determinantes;
Objeto lícito: É o conteúdo ato, o resultado que se visa receber com sua expedição. Todo e qualquer
ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas referentes
a pessoas, coisas ou atividades voltadas à ação da Administração Pública.

10. Resposta: B
Atos ordinatórios são aqueles que tem por objetivo disciplinar o funcionamento da Administração e a
conduta funcional dos seus agentes, representando exercício do poder hierárquico do Estado. São
espécies de atos ordinatórios: as portarias, as instruções, os avisos, as circulares, as ordens de serviço,
os ofícios e os despachos.

11. Resposta: B
Alexandre Mazza narra:
“Fala--se em poder vinculado ou poder regrado quando a lei atribui determinada competência definindo
todos os aspectos da conduta a ser adotada, sem atribuir margem de liberdade para o agente público
escolher a melhor forma de agir. Onde houver vinculação, o agente público é um simples executor da
vontade legal. O ato resultante do exercício dessa competência é denominado de ato vinculado. Exemplo
de poder vinculado é o de realização do lançamento tributário (art. 3º do CTN).”

12. Resposta: B
Atos Gerais - São aqueles expedidos sem destinatários determinados, possuem finalidade normativa,
atingindo todos os sujeitos que se encontrem na mesma situação de fato, abrangida por seus preceitos.
Apresenta cunho normativo, não se sabe quem o ato vai atingir por não ter individualização. Ex.: Ato que
concede promoção a uma categoria profissional.
Atos Individuais – São aqueles voltados a destinatários certos. Apresenta cunho ordinário e
enunciativo, sem caráter normativo.
Ex: Secretaria de Esportes convoca seus diretores para participarem de reunião.

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13. Resposta: D
Um ato administrativo pode ser ineficaz por algumas razões, ou não está formado ou foi extinto. Dessa
forma, os atos que apresentam condição deflagadora de eficácia, estão sujeitos à revogação.

14. Resposta: A
A assertiva está plenamente correta já que a autoexecutoriedade autoriza a execução do administrativo
sem o aval do Poder Judiciário.

15. Resposta: C
O enunciado da questão apresenta o conceito de parecer sendo este o ato pelo qual os órgãos
consultivos da Administração emitem opiniões sobre assuntos de sua competência.

16. Resposta: D
Os atos praticados pelo servidor são atos enunciativos e negociais. Atos enunciativos: São todos
aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre
determinado assunto, constantes de registros, processos e arquivos públicos, sendo sempre, por isso,
vinculados quanto ao motivo e ao conteúdo. Atos negociais: São todos aqueles que contêm uma
declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir
certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público.

17. Resposta: D
O Prof. José dos Santos Carvalho Filho cita o seguinte exemplo: "uma permissão para uso de um bem
público; se, supervenientemente, é editada lei que proíbe tal uso privativo por particular, o ato anterior, de
natureza precária, sofre caducidade, extinguindo-se."
Outro exemplo é apresentado pela Prof. Maria Sylvia Di Pietro: "a caducidade de permissão para
explorar parque de diversões em local que, em face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível
com aquele tipo de uso".

18. Resposta: A
Não há que se falar em revogar um ato se ele já produziu seus efeitos. O objetivo da revogação é
retirar do ato a possibilidade de produção de seus efeitos.

5. Conhecimentos de Técnicas Legislativas: Conceito de Técnica


legislativa; Estilo de redação; Partes do Ato; Preâmbulo; Título;
Epígrafe; Ementa; Autoria e Fundamento Legal; Cláusulas
Justificativas; Cláusula de Execução ou mandado de cumprimento;
Organização dos dispositivos; Artigos, numeração e desdobramentos;
Caput; Parágrafos; Incisos e Alíneas; Vigência; Cláusula de
revogação; Fecho; Assinatura; Resoluções; Referenda; Certidão.

A Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, foi instituída com a finalidade de atender a
determinação contida no parágrafo único do artigo 59 da Constituição Federal sobre a necessidade de
edição de uma lei complementar que tratasse sobre a elaboração, a alteração, a redação e a consolidação
das leis, visando, deste modo, estabelecer diretrizes para a organização do ordenamento jurídico.
Neste contexto, editada a Lei Complementar nº 95, ela possui dois eixos complementares: o que
disciplina as normas técnicas para a feitura das leis e a proposta de que as leis devam estar organizadas
em Códigos, no que seria a Consolidação das Leis Federais Brasileiras.
O conceito de que as leis pertencem a um ordenamento jurídico é importante por indicar que as leis
adentram em uma estrutura já existente. E, por isso, devem observar as diretrizes propostas que
legitimam essas inovações criadas pelo processo legislativo.

Técnica legislativa: é o conjunto de preceitos visando à adaptação da lei escrita à sua finalidade
específica, que é a direção das ações humanas, em conformidade com a organização jurídica da
sociedade. (F. Geny)

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É por meio da técnica legislativa que busca-se melhorar o Direito do ponto de vista de sua qualidade
técnica de sua coerência e de sua compreensão.

Competência legislativa: A Constituição Federal traz a competência de cada ente, sobre cada
matéria.

Art. 22, CF – competência legislativa privativa da União


Art. 23, CF – competência legislativa comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (leis
complementares – forma de cooperação)
Art. 24, CF - competência legislativa concorrente – União dita normas gerais. Estados podem
suplementá-las

Estilo de Redação de um texto normativo:


- Usar frases impositivas
- construir as orações na ordem direta, evitando adjetivações dispensáveis buscar a uniformidade do
tempo verbal (preferência tempo presente ou futuro simples do presente)
- Observar regras de pontuação
- articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do objetivo da lei
- evitar o emprego de expressão ou palavra que possibilite duplo sentido ao texto
- usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a primeira referência no texto
seja acompanhada de explicitação de seu significado
- grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número de lei e nos
casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto
- indicar, expressamente, o dispositivo objeto de remissão, preterindo o uso das expressões "anterior",
"seguinte" ou equivalentes

Cláusulas Justificativas e Cláusula de Execução ou mandado de cumprimento


Clausulas justificativas são as razões que o levaram a autoridade a editar o ato. O seu emprego é
usual apenas para os atos do Poder Executivo.
São causas de justificativa:
a) Considerandos
São justificativas utilizadas pela autoridade quando o ato legislativo for de grande importância para a
nação; quando o ato legislativo trouxer grandes reformas para o seio da sociedade e também, quando
provocar um grande impacto na opinião pública.

b) Exposição de Motivos
Trata-se de justificativa típica de codificações, elaborada pelos autores do anteprojeto de código, cuja
finalidade é expor as fontes inspiradoras da nova legislação, os princípios e teorias que o orientam entre
outras influências.

Ordem de Execução ou Mandado de Cumprimento - é a parte que encerra o preâmbulo e corresponde


a uma fórmula imperativa, que determina o cumprimento do ato legislativo elaborado.
São espécies de Ordem de Execução:
a)”Decreta”, “Resolve”, “Determina” = fórmulas usadas geralmente em atos legislativos do emanados
do Poder Executivo;
b)”Faço saber...” e “O Congresso Nacional decreta e seu sanciono...” = fórmulas empregadas
geralmente nas leis.

A lei é estruturada em três partes básicas:


- parte preliminar
- parte normativa
- parte final

Vamos estudá-las uma a uma.

A parte preliminar compreende a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação


do âmbito de aplicação das disposições normativas.
A parte normativa é o texto das normas, o conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada.

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Já a parte final compreende as disposições pertinentes às medidas necessárias à implementação das
normas de conteúdo substantivo, as disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a
cláusula de revogação, quando couber.

Se estudamos sobre técnica legislativa temos que ver os significados de epígrafe, ementa, preâmbulo,
artigo, inciso, alíneas e item.

A epígrafe revela a categoria normativa da disposição e sua localização no tempo.


Por ementa entendemos que o resumo da lei.
O preâmbulo indicará o órgão ou instituição competente para a prática do ato e sua base legal.
Artigo nada mais é que a unidade básica de articulação do texto normativo. Em sentido legal, quer
dizer parte, juntura, articulação de assuntos de um ato legislativo. Muitas vezes é indicado pela
abreviatura “art.”, seguida de numeração ordinal até o nono e cardinal a partir deste.
Os artigos desdobram-se em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas
e as alíneas em itens.
Parágrafo é a imediata subdivisão do artigo, ou disposição acessória do trecho onde figura. Sua função
é explicar, restringir ou modificar a disposição principal (caput = cabeça do artigo) do artigo, ao qual se
liga intimamente. Podemos representar graficamente o parágrafo com o seguinte símbolo §. Havendo um
único parágrafo o denominamos de “parágrafo único”, nesse caso não usamos símbolo, ou seja, deve ser
escrito por extenso.
O inciso é um elemento discriminativo do artigo ou do parágrafo. É representado por algarismos
romanos, sendo particularmente útil para grandes enumerações.
A alínea é empregada para desdobrar incisos. É representada por letras minúsculas.
O item constitui desdobramento da alínea. É grafado com algarismos arábicos.

Estruturação lógica

Num texto legal observa-se que o primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito
de aplicação, observados os seguintes princípios:
– excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto;
– a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou
conexão;
– o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica quanto o possibilite o
conhecimento técnico ou científico da área respectiva;
– o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a subsequente se
destine a complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por remissão expressa.

O corpo da lei contém a matéria legislativa propriamente dita -- as disposições que inovam na ordem
jurídica.
Sobre o prazo de vigência da lei devemos esclarecer que será indicada de forma expressa e de modo
a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento.
Se uma lei tem cláusula de vigência ela também poderá ter uma cláusula de revogação. Ela deverá
enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.

No final de uma lei sempre notamos a indicação dos seguintes escritos:


“Brasília, 18 de novembro de 2003; 182º da Independência e 115º da República”

Esse escrito é o que denominamos fecho da lei e consiste em referenciar dois acontecimentos
importantes da História brasileira: a declaração da independência e a proclamação da República.
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Assim como todo documento a lei se finda com a assinatura e referenda. A assinatura é de suma
importância, pois dá validade ao ato legislativo. A assinatura aposta será a do Chefe de Estado.

Num texto normativo notamos ainda a existência de anexos. Normalmente estão inseridos ao final. Os
anexos geralmente consistem em tabelas, gráficos, fórmulas matemáticas, etc.

Vigência
A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que
dela se tenha amplo conhecimento.
A cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" é reservada às leis de pequena repercussão.
A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á
com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à
sua consumação integral.
As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula “esta lei entra em vigor após
decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial”.
Vacatio legis: intervalo entre a publicação e a vigência (produção dos efeitos) da lei. Durante a vacatio
legis continuam em vigor as normas anteriores.
Ex: Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de noventa dias, a partir da data de sua
publicação.

Cláusula de Revogação
A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.
É vedada a cláusula de revogação genérica: “Revogam-se as disposições em contrário”.

Assinatura e Referenda
A assinatura do Chefe de Estado é requerida para a validade do ato legislativo.
Este também deve ser referendado pelo Ministro de Estado a cuja área esteja afeita a matéria (CF,
art. 87, parágrafo único, I), o qual passa a ser corresponsável por sua execução e observância.

Vejamos o que dispõe a norma:

LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998

Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o
parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos
normativos que menciona.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis obedecerão ao disposto nesta
Lei Complementar.
Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar aplicam-se, ainda, às medidas provisórias e
demais atos normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem como, no que couber, aos
decretos e aos demais atos de regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo.

Art. 2o (VETADO)
§ 1o (VETADO)
§ 2o Na numeração das leis serão observados, ainda, os seguintes critérios:
I - as emendas à Constituição Federal terão sua numeração iniciada a partir da promulgação da
Constituição;
II - as leis complementares, as leis ordinárias e as leis delegadas terão numeração sequencial em
continuidade às séries iniciadas em 1946.

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CAPÍTULO II
DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS LEIS
Seção I
Da Estruturação das Leis

Art. 3º A lei será estruturada em três partes básicas:


I - parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a
indicação do âmbito de aplicação das disposições normativas;
II - parte normativa, compreendendo o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a
matéria regulada;
III - parte final, compreendendo as disposições pertinentes às medidas necessárias à implementação
das normas de conteúdo substantivo, às disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e
a cláusula de revogação, quando couber.

Art. 4º A epígrafe, grafada em caracteres maiúsculos, propiciará identificação numérica singular à lei
e será formada pelo título designativo da espécie normativa, pelo número respectivo e pelo ano de
promulgação.

Art. 5º A ementa será grafada por meio de caracteres que a realcem e explicitará, de modo conciso e
sob a forma de título, o objeto da lei.

Art. 6º O preâmbulo indicará o órgão ou instituição competente para a prática do ato e sua base legal.

Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplicação, observados
os seguintes princípios:
I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto;
II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência
ou conexão;
III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica quanto o possibilite o
conhecimento técnico ou científico da área respectiva;
IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a subsequente
se destine a complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por remissão expressa.

Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para
que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação"
para as leis de pequena repercussão.
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-
se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente
à sua consumação integral.
§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor
após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial’

Art. 9º A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais


revogadas.
Parágrafo único. (VETADO)

Seção II
Da Articulação e da Redação das Leis

Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios:
I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura "Art.", seguida de numeração
ordinal até o nono e cardinal a partir deste;
II - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os incisos em
alíneas e as alíneas em itens;
III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico "§", seguido de numeração ordinal até o nono
e cardinal a partir deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão "parágrafo único" por
extenso;
IV - os incisos serão representados por algarismos romanos, as alíneas por letras minúsculas e os
itens por algarismos arábicos;

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. 103
V - o agrupamento de artigos poderá constituir Subseções; o de Subseções, a Seção; o de Seções, o
Capítulo; o de Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro e o de Livros, a Parte;
VI - os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão grafados em letras maiúsculas e identificados por
algarismos romanos, podendo estas últimas desdobrar-se em Parte Geral e Parte Especial ou ser
subdivididas em partes expressas em numeral ordinal, por extenso;
VII - as Subseções e Seções serão identificadas em algarismos romanos, grafadas em letras
minúsculas e postas em negrito ou caracteres que as coloquem em realce;
VIII - a composição prevista no inciso V poderá também compreender agrupamentos em Disposições
Preliminares, Gerais, Finais ou Transitórias, conforme necessário.

Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, observadas,
para esse propósito, as seguintes normas:
I - para a obtenção de clareza:
a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar sobre
assunto técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria da área em que se esteja
legislando;
b) usar frases curtas e concisas;
c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e adjetivações
dispensáveis;
d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, dando preferência ao
tempo presente ou ao futuro simples do presente;
e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos de caráter estilístico;
II - para a obtenção de precisão:
a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do objetivo da
lei e a permitir que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance que o legislador pretende dar
à norma;
b) expressar a ideia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o emprego
de sinonímia com propósito meramente estilístico;
c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto;
d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte do território nacional,
evitando o uso de expressões locais ou regionais;
e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a primeira referência no
texto seja acompanhada de explicitação de seu significado;
f) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número de lei e nos
casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto;
g) indicar, expressamente o dispositivo objeto de remissão, em vez de usar as expressões ‘anterior’,
‘seguinte’ ou equivalentes;
III - para a obtenção de ordem lógica:
a) reunir sob as categorias de agregação - subseção, seção, capítulo, título e livro - apenas as
disposições relacionadas com o objeto da lei;
b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou princípio;
c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma enunciada no caput do
artigo e as exceções à regra por este estabelecida;
d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, alíneas e itens.

Seção III
Da Alteração das Leis

Art. 12. A alteração da lei será feita:


I - mediante reprodução integral em novo texto, quando se tratar de alteração considerável;
II – mediante revogação parcial;
III - nos demais casos, por meio de substituição, no próprio texto, do dispositivo alterado, ou acréscimo
de dispositivo novo, observadas as seguintes regras:
a) revogado;
b) é vedada, mesmo quando recomendável, qualquer renumeração de artigos e de unidades
superiores ao artigo, referidas no inciso V do art. 10, devendo ser utilizado o mesmo número do artigo ou
unidade imediatamente anterior, seguido de letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas forem
suficientes para identificar os acréscimos;

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. 104
c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, vetado, declarado inconstitucional
pelo Supremo Tribunal Federal ou de execução suspensa pelo Senado Federal em face de decisão do
Supremo Tribunal Federal, devendo a lei alterada manter essa indicação, seguida da expressão
‘revogado’, ‘vetado’, ‘declarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal
Federal’, ou ‘execução suspensa pelo Senado Federal, na forma do art. 52, X, da Constituição Federal’;
d) é admissível a reordenação interna das unidades em que se desdobra o artigo, identificando-se o
artigo assim modificado por alteração de redação, supressão ou acréscimo com as letras ‘NR’ maiúsculas,
entre parênteses, uma única vez ao seu final, obedecidas, quando for o caso, as prescrições da alínea
"c”.
Parágrafo único. O termo ‘dispositivo’ mencionado nesta Lei refere-se a artigos, parágrafos, incisos,
alíneas ou itens.

CAPÍTULO III
DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS ATOS NORMATIVOS
Seção I
Da Consolidação das Leis

Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e consolidações, integradas por volumes
contendo matérias conexas ou afins, constituindo em seu todo a Consolidação da Legislação Federal.
§ 1º A consolidação consistirá na integração de todas as leis pertinentes a determinada matéria num
único diploma legal, revogando-se formalmente as leis incorporadas à consolidação, sem modificação do
alcance nem interrupção da força normativa dos dispositivos consolidados.
§ 2º Preservando-se o conteúdo normativo original dos dispositivos consolidados, poderão ser feitas
as seguintes alterações nos projetos de lei de consolidação:
I – introdução de novas divisões do texto legal base;
II – diferente colocação e numeração dos artigos consolidados;
III – fusão de disposições repetitivas ou de valor normativo idêntico;
IV – atualização da denominação de órgãos e entidades da administração pública;
V – atualização de termos antiquados e modos de escrita ultrapassados;
VI – atualização do valor de penas pecuniárias, com base em indexação padrão;
VII – eliminação de ambiguidades decorrentes do mau uso do vernáculo;
VIII – homogeneização terminológica do texto;
IX – supressão de dispositivos declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal,
observada, no que couber, a suspensão pelo Senado Federal de execução de dispositivos, na forma
do art. 52, X, da Constituição Federal;
X – indicação de dispositivos não recepcionados pela Constituição Federal;
XI – declaração expressa de revogação de dispositivos implicitamente revogados por leis
posteriores.
§ 3º As providências a que se referem os incisos IX, X e XI do § 2º deverão ser expressa e
fundadamente justificadas, com indicação precisa das fontes de informação que lhes serviram de base.

Art. 14. Para a consolidação de que trata o art. 13 serão observados os seguintes procedimentos:
I – O Poder Executivo ou o Poder Legislativo procederá ao levantamento da legislação federal em vigor
e formulará projeto de lei de consolidação de normas que tratem da mesma matéria ou de assuntos a ela
vinculados, com a indicação precisa dos diplomas legais expressa ou implicitamente revogados;
II – a apreciação dos projetos de lei de consolidação pelo Poder Legislativo será feita na forma do
Regimento Interno de cada uma de suas Casas, em procedimento simplificado, visando a dar celeridade
aos trabalhos;
III – revogado.
§ 1º Não serão objeto de consolidação as medidas provisórias ainda não convertidas em lei.
§ 2º A Mesa Diretora do Congresso Nacional, de qualquer de suas Casas e qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional poderá formular
projeto de lei de consolidação.
§ 3º Observado o disposto no inciso II do caput, será também admitido projeto de lei de consolidação
destinado exclusivamente à:
I – declaração de revogação de leis e dispositivos implicitamente revogados ou cuja eficácia ou
validade encontre-se completamente prejudicada;
II – inclusão de dispositivos ou diplomas esparsos em leis preexistentes, revogando-se as disposições
assim consolidadas nos mesmos termos do § 1º do art. 13.

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§ 4º (VETADO)

Art. 15. Na primeira sessão legislativa de cada legislatura, a Mesa do Congresso Nacional promoverá
a atualização da Consolidação das Leis Federais Brasileiras, incorporando às coletâneas que a integram
as emendas constitucionais, leis, decretos legislativos e resoluções promulgadas durante a legislatura
imediatamente anterior, ordenados e indexados sistematicamente.

Seção II
Da Consolidação de Outros Atos Normativos

Art. 16. Os órgãos diretamente subordinados à Presidência da República e os Ministérios, assim como
as entidades da administração indireta, adotarão, em prazo estabelecido em decreto, as providências
necessárias para, observado, no que couber, o procedimento a que se refere o art. 14, ser efetuada a
triagem, o exame e a consolidação dos decretos de conteúdo normativo e geral e demais atos normativos
inferiores em vigor, vinculados às respectivas áreas de competência, remetendo os textos consolidados
à Presidência da República, que os examinará e reunirá em coletâneas, para posterior publicação.

Art. 17. O Poder Executivo, até cento e oitenta dias do início do primeiro ano do mandato presidencial,
promoverá a atualização das coletâneas a que se refere o artigo anterior, incorporando aos textos que as
integram os decretos e atos de conteúdo normativo e geral editados no último quadriênio.

CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 18. Eventual inexatidão formal de norma elaborada mediante processo legislativo regular não
constitui escusa válida para o seu descumprimento.

Art. 18 - A (VETADO)

Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de noventa dias, a partir da data de sua
publicação.

Questões

01. (Câmara Municipal de Descalvado/SP - Assistente de Comunicação - VUNESP/2015) Segundo


a LC n° 95/98,
(A) a numeração do artigo é arábica até o art. 9, depois, emprega-se o algarismo romano.
(B) as alíneas são desdobramentos dos itens.
(C) com propósito estilístico, o redator da lei deve usar sinônimos para evitar repetição de palavras no
mesmo período.
(D) parágrafo é a imediata divisão do artigo. É a disposição secundária que explica, modifica ou
restringe a regra principal expressa no caput do artigo.
(E) os artigos podem ser desdobrados em um encadeamento assim disposto: Parágrafos ou Alíneas;
Incisos ou Itens.

02. (Câmara Municipal de Descalvado/SP - Assistente de Comunicação - VUNESP/2015) A LC n°


95/98 afirma que “embora o legislador disponha de margem relativamente ampla de discricionariedade
para eleger os critérios de sistematização da lei, não pode subsistir dúvida de que esses critérios devem
guardar adequação com a matéria”. Considerando as regras básicas de sistematização, é correto afirmar
que
(A) matérias que guardem afinidade subjetiva devem ser tratadas em um mesmo contexto.
(B) os procedimentos devem ser disciplinados segundo o contexto em que surgiram.
(C) a sistemática da lei deve ser concebida de modo a permitir que ela forneça resposta à questão
legislativa a ser disciplinada e não a qualquer outra indagação.
(D) deve-se guardar fidelidade básica com o sistema eleito, mas os critérios devem ser misturados
quando, a juízo do legislador, facilitar o entendimento do leigo.
(E) institutos diversos devem ser tratados separadamente.

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03. (Prefeitura de Balneário Camboriú/SC - Analista Legislativo - FEPESE/2015) É correto afirmar
sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis.
(A) Os assuntos de mesmo teor deverão estar previstos em mais de uma lei.
(B) As codificações devem versar sobre um único objeto.
(C) A previsão de consolidação das leis impõe que a lei deverá reunir matérias diversas no mesmo
texto.
(D) A lei é geral, impessoal e abstrata, sendo desnecessária a previsão específica do seu âmbito de
aplicação.
(E) O primeiro artigo do texto da lei indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplicação.

04. (TCM/SP - Agente de Fiscalização – Biblioteconomia - FGV/2015) Segundo a Lei Complementar


nº 95, de 26/02/1998, a lei deve ser estruturada em três partes: parte preliminar, parte normativa e parte
final. A parte normativa:
(A) compreende o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a matéria regulada;
(B) indica o órgão ou instituição competente para a prática do ato e sua base legal;
(C) sintetiza o conteúdo da lei, a fim de permitir, de modo imediato, o conhecimento da matéria
legislada;
(D) compreende a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação do âmbito de
aplicação;
(E) determina a data em que a norma entra em vigor e indica o objeto da lei.

05. (AL/PE - Analista Legislativo - FCC/2014) A Lei Complementar nº 95/1998 dispõe sobre a
elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do
artigo 59 da Constituição Federal. Nos termos desta Lei Complementar, a unidade básica de articulação
dos textos legais denomina-se
(A) Comando.
(B) Artigo.
(C) Inciso.
(D) Alínea.
(E) Item.

06. (AL/PE - Analista Legislativo - FCC/2014) O artigo 13, §1º, da Lei Complementar nº 95/1998
dispõe que a consolidação consistirá na integração de todas as leis pertinentes a determinada matéria
num único diploma legal, revogando-se formalmente as leis incorporadas à consolidação, sem
modificação do alcance nem interrupção da força normativa dos dispositivos consolidados. É regra
atinente a essa consolidação de leis que a
(A) homogeneização terminológica do texto deve ser expressa e fundadamente justificada.
(B) formulação do projeto de lei é de competência exclusiva do Poder Legislativo.
(C) medida provisória, convertida ou não em lei, não pode ser objeto de consolidação.
(D) diferente colocação e numeração de artigos consolidados é vedada.
(E) apreciação do projeto de lei pelo Poder Legislativo será mediante procedimento simplificado.

07. (Prefeitura de Goianésia/GO - Procurador do Município - CS-UFG/2014) Ao tratar da


estruturação das leis, a Lei Complementar n. 95/1998 dispõe que a lei será estruturada em três partes
básicas: preliminar, normativa e final. Na parte preliminar, a epígrafe, grafada em caracteres maiúsculos,
propiciará identificação numérica singular à lei e
(A) será formada pelo título designativo da espécie normativa, pelo número respectivo e pelo ano de
promulgação.
(B) será grafada por meio de caracteres que a realcem e explicitará, de modo conciso e sob a forma
de título, o objeto da lei.
(C) indicará o órgão ou a instituição competente para a prática do ato e sua base legal.
(D) indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplicação.

08. (MJ - Analista Técnico – Administrativo - FUNRIO/2009) A Lei Complementar n° 95, quando
trata das técnicas de elaboração, redação e alteração das Leis, determina que a epígrafe deve ser
(A) redigida em caracteres minúsculos
(B) identificada por um código de barras.
(C) grafada em caracteres maiúsculos.
(D) codificada por letras e algarismos.

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(E) escrita no formato convencional de frase.

09. (MJ - Analista Técnico – Administrativo - FUNRIO/2009) Ao tratar da articulação e da redação


das Leis, a Lei Complementar n° 95 determina que as disposições normativas precisam ser redigidas com
clareza, precisão e ordem lógica. Nas normas para a obtenção de clareza, diz o texto da Lei que, quanto
ao tempo verbal a ser usado em todo o texto legal, deve-se dar preferência
(A) ao futuro do presente, simples ou composto
(B) ao tempo presente e às formas impessoais do infinitivo.
(C) ao tempo presente ou ao futuro simples do presente.
(D) ao futuro do presente e às formas impessoais do infinitivo.
(E) ao futuro composto do presente ou ao gerúndio.

10. (MPE/CE - Promotor de Justiça - FCC/2009) A elaboração de texto legal deve observar regras
técnicas estabelecidas na Lei Complementar nº 95, de 26/02/1998, entre as quais a indicação de sua
vigência, "de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo
conhecimento, reservada a cláusula 'entra em vigor na data de sua publicação' para as leis de pequena
repercussão",
(A) contudo, nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia
sempre 90 (noventa) dias depois de oficialmente publicada.
(B) por isto não mais vigoram as disposições da Lei de Introdução ao Código Civil, a respeito da vacatio
legis.
(C) entretanto, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco)
dias depois de oficialmente publicada.
(D) logo, ao Juiz caberá estabelecer o momento em que a lei entrará em vigor, caso não estabelecido
prazo razoável de vacatio legis.
(E) por este motivo, são inconstitucionais as leis ordinárias que não estabelecem prazo de vacatio ou
não determinem a entrada em vigor na data de sua publicação.

Respostas

01. Resposta: “D”


Art. 10, inciso II, c.c. art. 11, da Lei Complementar nº 95/98.

02. Resposta: “E”


Observando o que dispõe o art. 7º, da Lei Complementar nº 95/98, vislumbra-se que institutos diversos
que ser tratados separadamente, não contendo a lei matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada
por afinidade, pertinência ou conexão.

03. Resposta: “E”


Art. 7º, caput, da Lei Complementar nº 95/98.

04. Resposta: “A”


Art. 3º, II, da Lei Complementar nº 95/98:
(...)
II - parte normativa, compreendendo o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a
matéria regulada.

05. Resposta: “B”


Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios:
I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura "Art.", seguida de numeração
ordinal até o nono e cardinal a partir deste.

06. Resposta: “E”


Art. 14. Para a consolidação de que trata o art. 13 serão observados os seguintes procedimentos:
(...)
II – a apreciação dos projetos de lei de consolidação pelo Poder Legislativo será feita na forma do
Regimento Interno de cada uma de suas Casas, em procedimento simplificado, visando a dar celeridade
aos trabalhos.

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07. Resposta: “A”
Art. 4º, da Lei Complementar nº 95/98: “A epígrafe, grafada em caracteres maiúsculos, propiciará
identificação numérica singular à lei e será formada pelo título designativo da espécie normativa, pelo
número respectivo e pelo ano de promulgação”.

08. Resposta: “C”


É o que disciplina o art. 4º, da Lei Complementar nº 95/98.

09. Resposta: “C”


Art. 11, inciso I, alínea “d”, da Lei Complementar nº 95/98: “d) buscar a uniformidade do tempo verbal
em todo o texto das normas legais, dando preferência ao tempo presente ou ao futuro simples do
presente”.

10. Resposta: “C”


Dispõe o art. 1º da Lei de Introdução ao Código Civil:
“Art. 1o. Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois
de oficialmente publicada”.
Deste modo, não sendo indicada de forma expressa pelo texto legal a vigência da norma, esta começa
a vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco) dias depois de oficialmente publicada.

6. Resolução n. 1.245, de 27/06/2017, publicado no DIOGRANDE de


30/06/2017, páginas 17 a 21: artigos 1º, 2º e 13 e 14.

RESOLUÇÃO n. 1.245, DE 27 DE JUNHO DE 2017.

Dispõe sobre o Regulamento Interno que organiza a Estrutura Administrativa da Câmara Municipal de
Campo Grande e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE. Faço saber que a Câmara


Municipal aprovou e eu promulgo a seguinte Resolução:

TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º Esta Resolução estabelece o Regulamento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande
que dispõe sobre a sua organização administrativa.

Art. 2º A operacionalização dos serviços administrativos da Câmara Municipal reger se-á por este
Regulamento Interno, com observância aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, nos termos do caput do art. 37 da Constituição Federal, e ainda:
I - descentralização: visa dar agilidade a ação administrativa, mediante definição das atribuições de
cada unidade operacional e da delegação de competências.
§ 1º O Presidente da Câmara Municipal poderá delegar competência para a emissão de atos
administrativos de gestão.
§ 2º O ato de delegação deve indicar com clareza o servidor delegado e as atribuições objeto da
delegação.

[...]
Seção IV
Do Gabinete da Presidência

Art. 13. Ao Gabinete da Presidência, vinculado a Presidência, compete:


I - assistir ao Presidente no exercício de sua função e nas suas representações funcionais e sociais;
II - auxiliar o Presidente na ordenação e execução dos trabalhos da Mesa Diretora e, organizar,
controlar e acompanhar suas audiências;

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III - preparar os expedientes destinados às reuniões da Mesa Diretora;
IV - receber, encaminhar e promover o atendimento das solicitações dos Vereadores, atuando na
ligação entre o Plenário e Mesa Diretora com os serviços internos da Câmara;
V - organizar o expediente que será submetido e lido nas Sessões e os expedientes a serem
encaminhados à Mesa Diretora;
VI - planejar e coordenar as atividades de função legislativa da Câmara Municipal, diretamente e
através da Diretoria Legislativa que lhe é vinculada, promovendo o devido processo legislativo, com
observância ao Regimento Interno.

Subseção I
Da Diretoria Legislativa

Art. 14. À Diretoria Legislativa, diretamente subordinada ao Gabinete da Presidência, através da


Coordenadoria de Apoio Legislativo que lhe é vinculada, compete:
I - receber, registrar e encaminhar os projetos despachados às Comissões, dar encaminhamento aos
documentos devolvidos pelos relatores ou outros membros de Comissão e, organizar a documentação a
ser submetida ao Plenário;
II - receber as proposições apresentadas e lidas em Plenário pelos Vereadores, promovendo-lhes o
encaminhamento e tramitação regimental;
III - prestar informações sobre a situação dos projetos e documentos em tramitação nas
Comissões ou recolhida em arquivo;
IV - elaborar e fazer a divulgação, em tempo hábil, da ordem do dia das sessões;
V - elaborar a pauta regimental, incluindo as proposições recebidas e processadas;
VI - providenciar os autógrafos das proposições aprovadas, para serem submetidas à assinatura da
Mesa Diretora ou do Presidente;
VII - controlar os prazos das proposições em pauta encaminhadas às Comissões Técnicas;
VIII - orientar a organização do arquivo da documentação referente ao processo legislativo;
IX - manter controle do fluxo de respostas às solicitações oficiais;
X - elaborar as folhas de presença dos Vereadores, colher as assinaturas e anotar as eventuais
ausências;
XI - providenciar cópias, conferir e organizar os documentos lidos e encaminhados à Mesa durante a
sessão, para serem juntados à ata;
XII - elaborar as correspondências decorrentes das proposições apresentadas e aprovadas em
Plenário;
XIII - fazer a revisão dos apontamentos dos registros das sessões, conferindo a fidelidade do
pensamento emitido, o entrosamento dos textos, a correção gramatical, a clareza de expressão, a fluência
lógica das palavras, sem prejuízo do estilo do orador;
XIV - lavrar as atas com a sinopse dos trabalhos de cada sessão, cuja redação obedecerá a padrão
uniforme, da qual deve constar a lista nominal de presença e de ausência;
XV - organizar as atas em anais por ordem cronológica, cuja encadernação será por sessão legislativa,
para posterior arquivo.

[...]

7. Constituição Federal de 1988: Título III-Da Organização do Estado-


Capítulo VI- Da Administração Pública: artigos 37 ao 39.

Neste item, abordaremos todos os artigos da seção I e II, do Capítulo VII “Da Administração
Pública”, constante no Título III da Constituição Federal “Da Organização do Estado”. Iniciamos
pela seção I “Disposições Gerais”:

Artigo 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

A Administração Pública direta se constitui dos serviços prestados da estrutura administrativa da


União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Já a Administração Pública indireta compreende os

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serviços prestados pelas autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas
públicas.
É importante frisar que ambas as espécies de Administração Pública deverão se pautar nos cinco
princípios estabelecidos pelo “caput” do artigo 37 da Constituição da República Federativa do Brasil de
1988 (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência).
O princípio da legalidade, um dos mais importantes princípios consagrados no ordenamento jurídico
brasileiro, consiste no fato de que o administrador somente poderá fazer o que a lei permite. É importante
demonstrar a diferenciação entre o princípio da legalidade estabelecido ao administrado e ao
administrador. Como já explicitado, para o administrador o princípio da legalidade estabelece que ele
somente poderá agir dentro dos parâmetros legais, conforme os ditames estabelecidos pela lei. Já o
princípio visto sob a ótica do administrado, explicita que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer
alguma coisa senão em virtude lei. Esta interpretação encontra abalizamento no artigo 5.º, II, da
Constituição Federal de 1988.

Posteriormente, o artigo 37 estabelece que deverá ser obedecido o princípio da impessoalidade. Este
estabelece que a Administração Pública, através de seus órgãos, não poderá, na execução das
atividades, estabelecer diferenças ou privilégios, uma vez que deve imperar o interesse social e não o
interesse particular. De acordo com os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da
impessoalidade estaria intimamente relacionado com a finalidade pública. De acordo com a autora, “a
Administração não pode atuar com vista a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que
é sempre o interesse público que deve nortear o seu comportamento”.4
Ato contínuo, o artigo estudado apresenta o princípio da publicidade. Este tem por objetivo a divulgação
de atos praticados pela Administração Pública, obedecendo, todavia, às questões sigilosas. De acordo
com as lições do eminente doutrinador Hely Lopes Meirelles, “o princípio da publicidade dos atos e
contratos administrativos, além de assegurar seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e
controle pelos interessados e pelo povo em geral, através dos meios constitucionais...”5.
Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo 37 da Constituição da República Federativa
do Brasil é o da eficiência. De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da
eficiência “impõe a todo agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento
funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser
desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório
atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”. 6

Outrossim, DI PIETRO explicita que o princípio da eficiência possui dois aspectos: “o primeiro pode
ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor
desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados, e o segundo, em relação
ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo
de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”.7

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

Este inciso demonstra a possibilidade de acesso aos cargos, empregos e funções públicas, mediante
o preenchimento dos requisitos estabelecidos pela lei. Não obstante ainda permite o ingresso dos
estrangeiros aos cargos públicos, obedecendo às disposições legais. Quando o inciso dispõe que os
cargos, funções e empregos públicos são acessíveis, dependendo, todavia, de preenchimento de
requisitos legais, estamos nos referindo, por exemplo, à aprovação em concurso público, dentre outras
condições.

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de


provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;
O inciso deixa clara a necessidade de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas
e títulos para a investidura em cargo ou emprego público. É importante salientar que o concurso público

4
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005.
5
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005.
6
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005.
7
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005.

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levará em consideração a natureza e a complexidade do cargo ou emprego público. Desta maneira, não
se poderá exigir do candidato ao cargo de gari, conhecimentos exigidos ao cargo de magistrado, pois
seria uma afronta ao estabelecido no inciso em questão. Todavia, o inciso apresenta como exceção à
necessidade de aprovação em concurso público as nomeações para cargo em comissão, declarado como
de livre nomeação ou exoneração. Logo, as pessoas que, porventura, forem nomeadas para cargos em
comissão - também denominados cargos de confiança - não necessitarão de aprovação prévia em
concurso público, pois a lei declarou esses cargos como de livre nomeação e exoneração. Portanto, os
agentes públicos nomeados em cargo de provimento em comissão não possuem estabilidade, ou seja,
poderão ser exonerados sem necessidade de procedimento administrativo ou sentença judicial transitada
em julgado.

III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;

Este inciso expressa o prazo de validade dos concursos públicos. De acordo com ele, o concurso
público será válido por até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período. Como é possível perceber,
o prazo de validade do concurso não será necessariamente dois anos - poderá ser de 1 dia a 2 anos,
dependendo do que for estabelecido no edital de abertura do concurso. Isso corre pelo fato de que o
prazo estabelecido pelo inciso será de até 2 anos, não podendo ultrapassar esse lapso temporal. Todavia,
o inciso apresenta a possibilidade de prorrogação do prazo de validade do concurso público por uma vez,
pelo mesmo período que o inicial. Desta maneira, se o prazo de validade do concurso é de um ano e 2
meses, a prorrogação também deverá ser de um ano e dois meses, ou seja, a prorrogação deverá
obedecer ao mesmo prazo de validade inicialmente disposto para o concurso público.

IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso


público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para
assumir cargo ou emprego, na carreira;

O prazo improrrogável previsto no edital de convocação diz respeito ao período de prorrogação, pois
após este não há mais possibilidade de prorrogar o prazo de validade do concurso. Desta maneira,
durante o prazo improrrogável é possível a realização de novo concurso público visando ao
preenchimento da vaga semelhante. Todavia, os aprovados em concurso anterior terão prioridade frente
aos novos concursados para assumir o cargo ou carreira.

V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e


os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento;

Este inciso denota a possibilidade de admissão de funcionários para ocupação de cargos de confiança,
que devem ser ocupados por servidores ocupantes de cargos efetivos e que se limitem apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Tal regra se justifica pelo fato de que não se deve permitir a admissão de pessoas estranhas nos
cargos de chefia, direção e assessoramento.

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

Neste inciso estamos diante do desdobramento do direito de liberdade de associação, pois garante ao
servidor público civil o direito à livre associação sindical. Conforme explicita o artigo 5.º, XX, da
Constituição da República Federativa do Brasil - 1988, “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou
a permanecer associado”.

VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;

Este inciso garante o direito de greve aos servidores públicos, que porventura queiram fazer
reivindicações sobre os direitos da classe trabalhadora. Todavia, de acordo com o inciso em questão, tal
direito deverá ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. A Lei nº 7783/89 - que
disciplina o direito de greve dos servidores públicos - traz, em seu bojo, as atividades públicas que não

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podem ser interrompidas durante o curso da paralisação. De acordo com a lei supracitada, são atividades
ou serviços essenciais:

Art. 10 - São considerados serviços ou atividades essenciais:


I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e
combustíveis;
II - assistência médica e hospitalar;
III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
IV - funerários;
V - transporte coletivo;
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo;
VII - telecomunicações;
VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;
IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais;
X - controle de tráfego aéreo;
XI - compensação bancária.

Assim, é garantido o direito de greve aos servidores públicos, havendo, todavia, restrições ao seu
exercício, para que a luta pelos direitos da classe trabalhadora não gere lesões à sociedade devido à
interrupção da prestação de serviços básicos.

VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;

De acordo com o inciso, a lei reservará uma determinada porcentagem dos cargos e empregos
públicos para as pessoas portadoras de deficiências. De acordo com o artigo 5.º, § 2.º, da Lei nº 8112/90,
aos portadores de deficiências serão reservadas até 20% das vagas oferecidas em concursos públicos
para ingresso em cargos públicos. Exemplo: em um determinado concurso no qual estejam sendo
oferecidas 100 vagas, no próprio edital de abertura do mesmo, por força da Lei supracitada, deverá
constar que 20 vagas serão destinadas a portadores de deficiências físicas.

IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público;

Conforme denota o inciso, é admissível a contratação de servidores públicos por tempo determinado,
desde que seja para suprir necessidade temporária de excepcional interesse público. De acordo com a
Lei nº 8745/93 indica como casos de excepcional interesse público:
I- assistência a situações de calamidade pública;
II - assistência a emergências em saúde pública
III - realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; (Redação dada pela Lei nº 9.849, de 1999).
IV - admissão de professor substituto e professor visitante;
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro;
( )
Além de outras atividades trazidos no inciso VI.

X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4.º do art. 39 somente poderão
ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;

Conforme consta do inciso em questão, a remuneração dos servidores obedecerá ao disposto no artigo
7.º, inciso XXX, da Constituição Federal, que dispõe os direitos tutelados aos servidores públicos. Tal
artigo garante aos servidores públicos o seguinte direito: “XXX- proibição de diferença de salários, de
exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil”.
Não obstante a garantia de tal direito aos servidores públicos, ainda se demonstra presente no inciso
a garantia de revisão anual das remunerações dos servidores públicos, sempre na mesma data e sem
distinção de índices.

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XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e
aos Defensores Públicos;

Este inciso explicita o teto para o pagamento dos servidores da Administração Pública, seja na esfera
federal, estadual ou municipal. A regra geral estabelecida é que a remuneração e os subsídios dos
ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer
outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal. O outro teto limita a remuneração nos Municípios ao subsídio do Prefeito e nos Estados, a do
Governador. No Poder Legislativo, a limitação está alicerçada no subsídio dos Deputados Estaduais.

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo;

Este inciso demonstra a limitação existente entre os Poderes da União. Nos cargos semelhantes
existentes nos Poderes, os vencimentos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de


remuneração de pessoal do serviço público;

De acordo com o eminente doutrinador Hely Lopes Meirelles, equiparar significa “a previsão, em lei,
de remuneração igual à determinada carreira ou cargo. Assim, não significa equiparação a existência de
duas ou mais leis estabelecendo, cada uma, valores iguais para os servidores por elas abrangidos. Já,
vincular não significa remuneração igual, mas atrelada a outra, de sorte que a alteração da remuneração
do cargo vinculante provoca, automaticamente, a alteração da prevista para o cargo vinculado”. 8().
Desta maneira, a Constituição proíbe que haja equiparação das remunerações dos servidores dos
Poderes, retirando a iniciativa dos mesmos para a fixação da remuneração.

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;

Este inciso é claro em explicitar que a concessão de acréscimos pecuniários não serão computados
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. Logo, é possível extrair dessa
assertiva que os acréscimos concedidos aos servidores não serão utilizados na base de cálculo para
concessão de outros acréscimos no futuro.

XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis,


ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos artigos 39, § 4.º, 150, II, 153, III, e 153, §
2.º, I;

Este inciso se refere à irredutibilidade dos vencimentos e subsídios dos ocupantes de cargos e
empregos públicos, ou seja, da impossibilidade de redução no valor da remuneração dos mesmos.
Todavia o próprio inciso traz em sua parte final algumas ressalvas, em que há possibilidade de redução
dos subsídios e vencimentos. São elas:

8
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005

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- Artigo 37, XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos
da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes
políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não,
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal,
em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o
subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o
subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no
âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e
aos Defensores Públicos;
- Artigo 37, XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
- Artigo 39, § 4.º - O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os
Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela
única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou
outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no artigo 37, X e XI.
- Artigo 150 - Sem prejuízos de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedada à União, aos
Estados, aos Municípios e ao Distrito Federal: II- instituir tratamento desigual entre os contribuintes que
se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;
- Artigo 153- Compete à União instituir impostos sobre: III- renda e proventos de qualquer natureza;
- Artigo 153 – Compete à União instituir impostos sobre: § 2.º - O imposto previsto no inciso III: I- será
informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei.

Desta maneira, será possível a redução dos vencimentos e subsídios nos casos supracitados. Um
exemplo de redução a ser citado é o desconto do Imposto de Renda dos subsídios e vencimentos dos
servidores públicos.

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade
de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;

O inciso XVI e suas alíneas trazem a proibição de acumulação remunerada de cargos públicos, exceto
se houver compatibilidade de horários – somente nos cargos descritos acima.
É importante salientar a necessidade da compatibilidade de horários, pois se forem incompatíveis não
será possível a acumulação de cargos públicos nos casos supracitados. Ademais, cabe ressaltar que nos
casos em que é admitida a cumulação de cargos é necessária a observância do inciso XI, ou seja, das
regras pertinentes ao teto de vencimento ou subsídio.
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta
ou indiretamente, pelo poder público;

Este inciso demonstra que a acumulação de cargos não é aplicável somente aos órgãos da
Administração Pública Direta (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), mas também aos órgãos da
Administração Pública Indireta (Autarquias, Fundações, Empresas Públicas, Sociedades de Economia
Mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público).

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência
e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

A Fazenda Pública é o órgão estatal que cuida das arrecadações do Estado. Diante disso, possui
servidores públicos especialmente destinados para fiscalizarem e controlarem todos os fatos que
guardem relação com tributos.

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Desta maneira, visando assegurar a moralidade da administração pública, os servidores admitidos nos
cargos de fiscal terão livre acesso a informações - dentro da sua área de competência e jurisdição.

XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação;

De acordo com MEIRELLES, “Autarquias são pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza
meramente administrativa, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras e serviços
descentralizados da entidade estatal que as criou. Funcionam e operam na forma estabelecida na lei
instituidora e nos termos de seu regulamento. As autarquias podem desempenhar atividades
educacionais, previdenciárias e quaisquer outras outorgadas pela entidade estatal-matriz, mas sem
subordinação hierárquica, sujeitas apenas ao controle finalístico de sua administração e da condução de
seus agentes”.
O doutrinador supracitado explicita que Fundações são pessoas jurídicas de Direito Público ou
pessoas jurídicas de Direito Privado, devendo a lei definir as respectivas áreas de atuação, conforme o
inciso XIX, do artigo 37 da CF, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/98. No primeiro caso,
elas são criadas por lei, à semelhança das autarquias; no segundo, a lei apenas autoriza sua criação,
devendo o Poder Executivo tomar as providências necessárias à sua instituição.
Ademais, o autor traz uma sucinta abordagem das entidades empresarias que englobam as empresas
públicas e as sociedades de economia mista. De acordo com o doutrinador, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de Direito Privado, com a finalidade de prestar
serviço público que possa ser explorado no modo empresarial, ou de exercer atividade econômica de
relevante interesse coletivo. Sua criação deve ser autorizada por lei específica, cabendo ao Poder
Executivo as providências complementares para sua instituição.9.

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades


mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

Este inciso demonstra a necessidade de autorização do Poder Legislativo na criação das autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, bem como na participação de qualquer
delas em empresa privada. Esta condição explicitada pelo inciso em questão demonstra uma das
atribuições do Poder Legislativo - que é a fiscalizatória.

XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações


serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos
os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições
efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Este inciso traz, em seu bojo, o instituto da licitação: as obras, serviços, compras e alienações serão
contratadas mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas
da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Todavia, o próprio inciso demonstra que existirão casos expressos em lei nos quais será dispensado
o processo licitatório. As regras referentes ao processo licitatório, bem como os casos de dispensa do
mesmo estão previstos na lei nº 8666/93.

XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas,
terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive
com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

Visando a um maior controle das receitas tributárias, este inciso demonstra que as administrações
tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios - atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas - terão recursos prioritários

9
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005.

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para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento de
cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.

§ 1.º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Este parágrafo proíbe que nos atos, programas, serviços e campanhas de órgãos públicos constem
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou serviços públicos.
O parágrafo em questão busca extinguir a promoção de políticos por atos ou programas realizados,
podendo somente constar conteúdo educativo.

§ 2.º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.

O parágrafo 2.º traz dois casos de nulidade, que também ensejarão a punição da autoridade
responsável. De acordo com o parágrafo, se não houver a observância dos incisos II e III, artigo 37,
operar-se-ão os efeitos supracitados. Desta maneira, explicita os incisos II e III, do artigo 37:

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de


provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração;
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;

Desta maneira, se não forem obedecidas as regras referentes à investidura em cargos públicos, bem
como o prazo de validade dos concursos públicos, haverá não somente a nulidade do ato, como também
a punição da autoridade.

§ 3.º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta,
regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção
de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado
o disposto no art. 5.º, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou
função na administração pública.
Este inciso tem por escopo assegurar a aplicação do princípio da eficiência declarado no caput do
artigo 27 da Constituição Federal, permitindo que os usuários da Administração Pública participem da
mesma e efetuem sua fiscalização.

§ 4.º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

De acordo com o parágrafo em questão, os atos de improbidade administrativa importarão a


suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
A lei nº 8.429/92 traz, em seu conteúdo, a responsabilidade aplicada aos agentes públicos que
cometerem atos de improbidade contra a Administração Pública. Cabe ressaltar que o próprio parágrafo
4.º demonstra que, além da responsabilidade civil aplicada ao transgressor, poderá ser ajuizada a ação
penal correspondente ao crime, para que ocorra a consequente punição do mesmo.

§ 5.º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor
ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.

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Este parágrafo demonstra que lei infraconstitucional estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as
respectivas ações de ressarcimento.
Preliminarmente, é importante salientar que prescrição consiste na perda do direito de ação pelo
decurso do tempo. Assim, ultrapassado o lapso temporal exigido para o ingresso da ação, haverá
prescrição e a ação não poderá ser proposta.
A Lei nº 8429/92, em seu artigo 23, traz o prazo exigido para o ajuizamento de ações que visem apurar
os atos de improbidade. Dispõe o referido artigo:

Artigo 23 – As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício do mandato, cargo em comissão ou de função de
confiança.
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com
demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.

Assim, de acordo com o inciso V, do artigo 23, da Lei 8429/92, as ações para apuração dos atos de
improbidade somente poderão ser propostas até cinco anos após o término do exercício do mandato do
cargo em comissão ou de função de confiança. Após esse prazo, a ação não poderá mais ser proposta.

§ 6.º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Neste parágrafo estamos diante da responsabilidade do Estado por atos praticados pelos seus
funcionários. A primeira explicita que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem
a terceiros - está cuidando da responsabilidade objetiva. Esta espécie de responsabilidade expressa que
na eventualidade do cometimento de uma conduta danosa por um funcionário em detrimento de um
particular, haverá indenização, independentemente da comprovação de dolo (vontade de cometer a
conduta danosa) ou culpa (quando o agente agiu por imprudência, negligência ou imperícia). Desta
maneira, a responsabilidade objetiva exige somente a prova do nexo de causalidade entre a conduta
danosa e o resultado, ou seja, é necessário que se prove que a conduta praticada pelo funcionário causou
determinado dano, não havendo discussão de culpa ou dolo acerca do fato.
Todavia, a segunda parte do parágrafo traz o instituto da responsabilidade civil subjetiva ao explicitar
que será assegurado o direito de regresso do Estado contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Assim, comprovada a ocorrência de dano ao particular pela conduta do funcionário público, e
posteriormente pagar a indenização, o Estado poderá ajuizar ação de regresso contra o funcionário,
visando ao recebimento da indenização paga ao particular. Entretanto, a responsabilidade aqui é diversa,
pois será necessária a prova de que o funcionário cometeu a conduta, imbuído por dolo ou culpa.

§ 7.º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da


administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.

Tendo em vista que a Administração Pública é dotada de várias informações privilegiadas, o inciso
supracitado traz a necessidade de edição de uma lei que disponha sobre os requisitos e as restrições ao
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações
privilegiadas.

§ 8.º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta
e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder
público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à
lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos
dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.

O parágrafo 8.º trata da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta. Cabe recordar que a administração direta é composta pela União,

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Estados, Distrito Federal e Municípios, enquanto a indireta é composta por autarquias, fundações,
sociedades de economia mista e empresas públicas. Desta maneira, de acordo com o parágrafo
supracitado, a autonomia poderá ser ampliada por contrato firmado, cabendo, todavia, à lei dispor sobre
o prazo de duração do contrato, controles e critério de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e
responsabilidade dos dirigentes e a remuneração do pessoal.

§ 9.º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e


suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios
para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

Este parágrafo estende o mandamento expresso no inciso XI às empresas públicas e às sociedades


de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito
Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral.

§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos


artigos 42 e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos
acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei
de livre nomeação e exoneração.

§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput
deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.

De acordo com este parágrafo, as parcelas de caráter indenizatório, previstas em lei, que integram a
remuneração dos servidores não serão computadas para efeito do limite remuneratório estipulado no
inciso XI deste artigo.

§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito
Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite
único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais
e dos Vereadores.

O texto legal acima traz o teto remuneratório que deverá ser obedecido pelos Estados e pelo Distrito
Federal, cabendo aos mesmos fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e
Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados
Estaduais e Distritais e dos Vereadores.

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
ou função;

Se o servidor público passar a exercer mandato eletivo federal (Presidente da República), estadual
(Governador do Estado) ou Distrital, deverá se afastar do cargo exercido, retomando-o no término do
mandato.

II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;

O servidor investido no cargo de Prefeito deverá se afastar do cargo. Todavia, o inciso em questão
traz um privilégio ao servidor investido neste cargo, qual seja, a opção pela remuneração. Em que pese
esteja o servidor afastado do cargo, ele poderá optar pela remuneração do cargo que exercia ou pela
remuneração de Prefeito. Cabe ressaltar que no término do mandato o cargo será retomado.

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. 119
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens
de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

Caso haja compatibilidade de horários, o servidor público receberá as vantagens de seu cargo,
emprego ou função, além da remuneração de Vereador. Todavia, se houve incompatibilidade entre o
cargo exercido pelo funcionário e o mandato de Vereador, o mesmo deverá optar pela remuneração a ser
recebida.

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

Este inciso demonstra que o tempo de afastamento do cargo público para o exercício de mandato
eletivo deverá ser contado para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por antiguidade. Todavia,
não será contado para promoção por merecimento por motivos óbvios, haja vista que o mesmo não
desempenhou suas funções no período em que estava exercendo o mandato eletivo.

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados


como se no exercício estivesse.

De acordo com este inciso, mesmo que o servidor público esteja afastado de seu cargo para o exercício
de mandato eletivo, os valores dos benefícios previdenciários serão determinados como se estivesse no
exercício do seu cargo.

Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas.

Com base nesse parâmetro foi promulgada a Lei nº 8.112/90, que demarcou a opção da União pelo
regime estatutário, no qual os servidores são admitidos sob regime de Direito Público, podem alcançar
estabilidade e possuem direitos e deveres estabelecidos por lei (e que podem, portanto, ser alterados
unilateralmente pelo Estado-Legislador).

§ 1.º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório
observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.

Significa dizer que quanto maior o grau de dificuldade, tanto para ingressar no cargo, quanto para
desenvolver as funções inerentes a ele, melhor deverá ser a remuneração correspondente.

§ 2.º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos
para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes
federados.

Essas escolas possuem como objetivo a atualização e a formação dos servidores públicos,
melhorando os níveis de desempenho e eficiência dos ocupantes de cargos e funções do serviço público,
estimulando e promovendo a especialização profissional, preparando servidores para o exercício de
funções superiores e para a intervenção ativa nos projetos voltados para a elevação constante dos
padrões de eficácia e eficiência do setor público.

§ 3.º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7.º, IV, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir.

Vamos conferir o que consta nos referidos incisos, do artigo 7.º da Constituição Federal:

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- Salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene,
transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo
vedada sua vinculação para qualquer fim;
- Garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
- Décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
- Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
- Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
- Duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
- Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
- Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
- Gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
- Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
- Licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
- Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
- Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
- Proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de
sexo, idade, cor ou estado civil;

§ 4.º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários


Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado
o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie
remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.

Ao falar em parcela única, fica clara a intenção de vedar a fixação dos subsídios em duas partes: uma
fixa e outra variável, tal como ocorria com os agentes políticos na vigência da Constituição de 1967. E,
ao vedar expressamente o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, também fica clara a intenção de extinguir, para as mesmas
categorias de agentes públicos, o sistema remuneratório que compreende o padrão fixado em lei mais as
vantagens pecuniárias de variada natureza previstas na legislação estatutária.

§ 5.º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto
no art. 37, XI.

§ 6.º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e


da remuneração dos cargos e empregos públicos.

O inciso XI do artigo 37 da Constituição refere-se aos tetos remuneratórios, quais sejam:


- Teto máximo: Subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal;
- Teto nos municípios: O subsídio do Prefeito;
- Teto nos Estados e no Distrito Federal: O subsídio mensal do Governador;
- Teto no âmbito do Poder Executivo: O subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do
Poder Legislativo;
- Teto no judiciário: O subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo
Tribunal Federal, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos
Defensores Públicos.

§ 7.º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e
fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a
forma de adicional ou prêmio de produtividade.

Esses cursos são importantes para obter o envolvimento e o comprometimento de todos os agentes
públicos com a qualidade e produtividade, quaisquer que sejam os cargos, funções ou empregos
ocupados, minimizar os desperdícios e os erros, inovar nas maneiras de atender às necessidades do

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cidadão, simplificar procedimentos, inclusive de gestão, e proceder às transformações essenciais à
qualidade com produtividade.

§ 8.º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do
§ 4.º.

Ou seja, por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional,
abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecidos, em qualquer caso,
os tetos remuneratórios dispostos no art. 37, X da Constituição Federal.

Questões

01. (TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – CESPE/2016). No que
diz respeito aos agentes públicos, assinale a opção correta
(A) Permite-se que os gestores locais do Sistema Único de Saúde admitam agentes comunitários de
saúde e agentes de combate às endemias por meio de contratação direta.
(B) Não se permite o acesso de estrangeiros não naturalizados a cargos, empregos e funções públicas.
(C) O prazo de validade de qualquer concurso público é de dois anos, prorrogável por igual período.
(D) As funções de confiança somente podem ser exercidas pelos servidores ocupantes de cargo
efetivo.
(E) Como os cargos em comissão destinam-se à atribuição de confiança, não há previsão de
percentual mínimo de preenchimento desses cargos por servidores efetivos.

02. (SUPEL/RO - Engenharia Civil – FUNCAB/2016). Os agentes públicos cujos cargos são providos
por nomeação política, sem concurso público, com atribuições de direção, chefia e assessoramento e que
são passíveis de exoneração imotivada são os:
(A) ocupantes de cargo comissionado.
(B) contratados temporários.
(C) empregados públicos.
(D) agentes honoríficos.
(E) agentes políticos.

03. (IBGE - Analista - Processos Administrativos e Disciplinares – FGV/2016). Em matéria de


regime jurídico dos agentes públicos, especificamente quanto aos cargos em comissão e às funções de
confiança, a Constituição da República dispõe que:
(A) ambos são exercidos por cinquenta por cento de servidores de carreira e cinquenta por cento de
pessoas não concursadas com livre nomeação e exoneração;
(B) ambos são exercidos exclusivamente por servidores de carreira e destinam-se apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento;
(C) os cargos em comissão são providos exclusivamente por pessoas não concursadas, com livre
nomeação e exoneração e para atribuições de direção, chefia e assessoramento;
(D) as funções de confiança são exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo;
(E) os cargos em comissão são providos exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo.

04. (TRT/9R/PR – Analista Judiciário – FCC/2015) No que se refere às regras constitucionais


aplicáveis à Administração pública, é VEDADO
(A) promover a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos sempre na mesma data.
(B) contratar servidor ou pessoal por tempo determinado.
(C) exigir qualificação técnica e econômica, indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações,
para contratar com o Poder Público.
(D) acumular dois cargos ou empregos privativos de profissionais da saúde, caso haja compatibilidade
de horário.
(E) vincular ou equiparar espécie remuneratória para efeito de remuneração pessoal do serviço
público.

05. (Prefeitura de Caieiras/ SP - Assistente Legislativo – VUNESP/2015). A contratação por tempo


determinado
(A) é admitida durante todo o período eleitoral.
(B) é admitida em todas as circunstâncias em que haja interesse público.

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(C) depende da discricionariedade e vontade do administrador público.
(D) é admitida para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público.
(E) não é admitida pela Constituição Federal.

06. (TC/DF - Técnico de Administração - CESPE/2014) No que se refere aos agentes públicos e aos
dispositivos da Lei Complementar n.º 840/2011, julgue os seguintes itens.
Em obediência ao princípio da soberania nacional, os estrangeiros somente poderão ocupar funções
públicas de caráter transitório e sem vínculo estatutário.
correta ( ) errada ( )

07. (SEPLAG/MG - Gestor de Transportes e Obras – Direito - IBFC/2014) Caio, servidor público, foi
eleito para exercer o mandato eletivo de Vereador. Nessa hipótese, a Constituição da República dispõe
que Caio:
(A) Deverá ficar afastado de seu cargo, percebendo cumulativamente as vantagens de seu cargo de
servidor com a remuneração do cargo eletivo.
(B) Deverá perceber somente a remuneração do cargo de Vereador, pois não lhe é permitido optar a
remuneração que pretende receber, se houver incompatibilidade de horários.
(C) Perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, desde que
haja compatibilidade de horários.
(D) Será imediatamente afastado de seu cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração,
independentemente da possibilidade de cumular o exercício das duas funções.

08. (UFBA - Analista Administrativo - Administração –IADES/2014). A vacância do cargo público


não decorre de
(A) exoneração.
(B) demissão.
(C) falecimento.
(D) readaptação.
(E) ascensão.

09. (DPE/MS - Defensor Público – VUNESP/2014). Os cargos, empregos e funções públicas são
acessíveis
(A) aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros,
na forma da lei.
(B) aos brasileiros e aos estrangeiros, igualmente, nos termos específicos previstos nas leis de cada
ente federativo.
(C) aos brasileiros que preencham os requisitos previstos em lei, excluindo-se qualquer forma de
acesso por estrangeiros.
(D) aos brasileiros que preencham os requisitos legais e aos estrangeiros, se houver reciprocidade em
favor dos brasileiros no exterior.

10. (CEASA/CAMPINAS – Advogado – SHDIAS/2014) Entre os princípios e regras constitucionais


aplicáveis aos servidores públicos, é CORRETO afirmar:
(A) Pela Constituição Federal, não há impedimento à Administração que, durante o prazo de validade
de um concurso de ingresso no serviço público, outro seja aberto, levado a efeito e classificados os
aprovados.
(B) Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os
requisitos em lei e aos estrangeiros naturalizados, na forma da lei.
(C) O concurso restrito ou interno somente tem respaldo constitucional quando utilizado para elevação
de servidores na carreira ou para ascensão funcional, na forma da lei.
(D) A Constituição Federal, com a redação da Emenda Constitucional 19/98 estipulou como prazo de
validade do concurso o prazo de dois anos, não podendo ser inferior a tal período.

11. (Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Analista Legislativo – Direito - Prefeitura do Rio de
Janeiro/2014). O regime jurídico funcional que visa disciplinar a categoria dos servidores temporários
denomina- se:
(A) regime especial
(B) regime jurídico único
(C) regime jurídico híbrido

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(D) regime trabalhista

12. (SC/CE - Analista de Desenvolvimento Urbano - Engenharia Agronômica – FUNCAB/2013).


A respeito do regime jurídico dos servidores públicos, é correto afirmar:
(A) Os cargos em comissão, de ocupação transitória, são de livre nomeação e exoneração.
(B) Somente podem ser contratados sob o regime estatutário.
(C) Seus litígios com a Administração Pública serão dirimidos pela Justiça do Trabalho, tanto no caso
de emprego, quanto no de cargo público.
(D) Os servidores temporários possuem vínculo trabalhista obrigatoriamente disciplinado pela CLT.
(E) Inexiste vedação ao chamado nepotismo cruzado.

13. (CGU - Analista de Finanças e Controle – ESAF/2012). Acerca da contratação temporária,


assinale a opção incorreta.
(A) O regime de previdência aplicável aos contratados temporários é o Regime Geral da Previdência
Social - RGPS.
(B) A discussão da relação de emprego entre o contratado temporário e a Administração Pública deve
se dar na justiça comum.
(C) Nem sempre é exigido processo seletivo simplificado prévio para a efetivação da contratação
temporária.
(D) O requisito da temporariedade deve estar presente na situação de necessidade pública e não na
atividade para a qual se contrata.
(E) O regime jurídico dos servidores contratados por tempo determinado é o trabalhista.

Respostas

01. Resposta: D
Constituição Federal:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
( )
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e
os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

02. Resposta: A
CF/88
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
( )
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração.
( )
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e
os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.

03. Resposta: D
Conhecidos popularmente como “cargos de confiança”, os cargos em comissão ou comissionados
estão reservados a atribuições de direção, chefia e assessoramento (art. 37, V, da CF). Qualquer outra
atribuição de função a comissionados – e que não envolva direção, chefia ou assessoramento – deve ser
considerada como inconstitucional.

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Tais cargos são acessíveis sem concurso público, mas providos por nomeação política. De igual modo,
a exoneração é ad nutum, podendo os comissionados ser desligados do cargo imotivadamente, sem
necessidade de garantir contraditório, ampla defesa e direito ao devido processo legal.

04. Resposta: E.
CF/88
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público.

05. Resposta: D
Art. 37 da CF: IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público;

06. Resposta: ERRADA


Valendo-se do que está disciplinado no artigo 37, inciso I, da Constituição Federal, a questão de fato
está errada, Vejamos:
Art. 37, I, CF – Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;

07. Resposta: C
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens
de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

08. Resposta: E
Ascensão Funcional: Inconstitucionalidade - O STF decidiu, em 1999, pela inconstitucionalidade da
ascensão funcional, forma de provimento derivado de cargo público, sem concurso público, onde um
servidor galgava cargo público de carreira distinta da carreira à qual pertencia o cargo anterior. Essa
decisão retirou a ascensão funcional do estatuto federal (lei 8112/90) em 1999, mas o STF reitera agora
que essa decisão na verdade tem efeito ex tunc, alcançando ascensões funcionais ocorridas antes
mesmo da referida declaração, uma vez que essa forma de provimento não se coaduna com a
Constituição Federal de 1988."

09. Resposta: A
Art. 37 I, CF os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.

10. Resposta: A.
a) CORRETO. A CF não veda a realização de novo concurso, porém deve ser observado o disposto
no art. 37, IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
b) ERRADO. Art. 37, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
c) ERRADO.

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d) ERRADO. Art. 37, III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável
uma vez, por igual período.

11. Resposta: A
Hely Lopes Meirelles ensina que “os contratados por prazo determinado são os servidores públicos
submetidos ao regime jurídico administrativo especial da lei prevista no art. 37, IX, da Carta Magna, bem
como ao regime geral de previdência social.”

12. Resposta: A
Artigo 37, II CF - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração.

13. Resposta: E
Art. 37 da CF: IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público;
Embora os agentes públicos temporários tenham um contrato com o Poder Público, não se trata do
“contrato de trabalho” propriamente dito. Nesta linha, vale destacar que estes também não ocupam cargo
público. Ou seja, não estão sujeitos ao regime estatutário.
Todavia, eles exercem função pública remunerada temporária, tendo o seu vínculo funcional com a
administração pública jurídico-administrativa.

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