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Técnico Legislativo
1. Lei Orgânica do Município: Título III- Capítulo I- Integralidade das Seções: III, IV, V, VI, VII............ 1
2. Regimento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande-Resolução n. 1.109, de 17 de dezembro
de 2009 com suas alterações. .................................................................................................................. 8
3. Regimento Interno do Tribunal de Contas/MS-Resolução Normativa n. 76, de 11/12/2013:
Integralidade dos Títulos IV, V e VI. ....................................................................................................... 47
4. Direito Administrativo: Atos Administrativos: conceito e requisitos: atributos; classificação; espécies;
motivação; validade e invalidade; revogação; controle jurisdicional; ....................................................... 83
5. Conhecimentos de Técnicas Legislativas: Conceito de Técnica legislativa; Estilo de redação; Partes
do Ato; Preâmbulo; Título; Epígrafe; Ementa; Autoria e Fundamento Legal; Cláusulas Justificativas;
Cláusula de Execução ou mandado de cumprimento; Organização dos dispositivos; Artigos, numeração
e desdobramentos; Caput; Parágrafos; Incisos e Alíneas; Vigência; Cláusula de revogação; Fecho;
Assinatura; Resoluções; Referenda; Certidão. ....................................................................................... 99
6. Resolução n. 1.245, de 27/06/2017, publicado no DIOGRANDE de 30/06/2017, páginas 17 a 21:
artigos 1º, 2º e 13 e 14. ........................................................................................................................ 109
7. Constituição Federal de 1988: Título III-Da Organização do Estado-Capítulo VI- Da Administração
Pública: artigos 37 ao 39. ..................................................................................................................... 110
. 1
Apostila gerada especialmente para: Heitor Álef Gonçalves Ribeiro 034.798.741-93
1. Lei Orgânica do Município: Título III- Capítulo I- Integralidade das
Seções: III, IV, V, VI, VII.
Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br
Prezados, iremos disponibilizar nessa apostila apenas os Títulos, Capítulo, Seções e artigos exigidos
em seu edital.
[...]
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
CAPÍTULO I
DO PODER LEGISLATIVO
[...]
SEÇÃO III
DOS VEREADORES
Art. 26. Os vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e
na circunscrição do Município, competindo à Mesa da Câmara, mesmo que necessário o ingresso na
Justiça, a defesa dessa prerrogativa, sem prejuízo da ação do interessado.
§ 1º Os vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em
razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam
informações.
§ 2º Os Vereadores terão acesso às repartições públicas municipais para se informarem sobre
qualquer assunto de natureza administrativa.
Art. 30. No ato da posse e no término do mandato, os Vereadores deverão apresentar declaração
pública de bens.
Art. 31. Não será de qualquer modo subvencionada viagem de integrante do Poder Executivo ao
exterior, salvo se no desempenho de missão temporária, de caráter cultural ou de interesse do Município,
mediante prévia designação pelo Prefeito. (Emenda n. 28, de 14/07/09)
Parágrafo único. Tratando-se de viagem de Vereador para os casos especificados neste artigo, a
designação prévia será feita pela Presidência do Poder Legislativo. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
SEÇÃO IV
DAS REUNIÕES
SEÇÃO V
DAS COMISSÕES
Art. 33. A Câmara Municipal terá comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com
as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 1º Na constituição da Mesa e de cada comissão é assegurada, tanto quanto possível, a
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Câmara.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a competência do
Plenário, salvo se houver recurso de um quinto dos membros da Câmara; (Emenda n. 02, de 1º/10/91)
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; III- convocar secretários do município
e dirigentes de autarquias, de empresas públicas, de sociedades de economia mista e de fundações
instituídas ou mantidas pelo Poder Público Municipal para prestar informações sobre assuntos inerentes
a suas atribuições;
IV- receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou
omissões das autoridades ou entidades públicas;
V- solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI- apreciar programas de obras, planos municipais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre
eles emitir parecer.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais além de outros previstos no regimento interno, serão criadas pela Câmara Municipal,
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo
certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
§ 4º Durante o recesso, haverá uma comissão representativa da Câmara Municipal, eleita na última
sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento interno, cuja composição
reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária. (NR)
SEÇÃO VI
DO PROCESSO LEGISLATIVO
SUBSEÇÃO I
DISPOSIÇÃO GERAL
SUBSEÇÃO III
DAS LEIS
Art. 36. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer Vereador ou Comissão, ao
Prefeito e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta lei.
Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Prefeito as leis que:
I - fixem ou modifiquem o efetivo da Guarda Municipal;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica, ou aumento
de sua remuneração;
b) servidores públicos do Município, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e
aposentadoria;
c) criação, estruturação e extinção das secretarias e órgãos da administração pública municipal. (NR)
(Emenda n. 28, de 14/07/09)
Art. 39. O Prefeito Municipal poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
§ 1º Se, no caso deste artigo, a Câmara não se manifestar em até quarenta e cinco dias, sobre a
proposição, será esta incluída na ordem do dia, sobrestando-se todas as demais deliberações legislativas,
com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação. (Emenda
n. 28, de 14/07/09)
§ 2º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 3º Os prazos do § 1º não correm nos períodos de recesso da Câmara, nem se aplicam aos projetos
de código. (NR)
Art. 40. Os projetos de lei com prazo de aprovação deverão constar, obrigatoriamente, da ordem do
dia, para discussão e votação, pelo menos nas duas últimas sessões antes do término do prazo.
Art. 41. O projeto de lei será enviado à sanção ou promulgação, se aprovado, ou ao arquivo, se
rejeitado.
Art. 43. Sempre que o parecer da comissão, na sua maioria, for pela rejeição do projeto, caberá recurso
ao plenário para deliberar sobre o parecer, antes de se analisar o mérito. (Emenda n. 28, de 14/07/09)
Parágrafo único. (Revogado) (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
Art. 44. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos Membros da Câmara
Municipal.
Art. 45. As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá solicitar a delegação da Câmara.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva da Câmara Municipal, a matéria
reservada a lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização da Procuradoria-Geral do Município, a carreira e a garantia de seus Membros; (Emenda
n. 28, de 14/07/09)
II - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamento.
§ 2º A delegação ao Prefeito Municipal terá a forma de resolução da Câmara, que especificará seu
conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pela Câmara Municipal, esta a fará em votação
única, vedada qualquer emenda. (NR)
Art. 46. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta dos membros da Câmara
Municipal.
Parágrafo único. São objetos de Leis Complementares, as seguintes matérias:
I - Código Tributário Municipal;
II - Código de Obras; (Emenda n. 28, de 14/07/09)
III - Código de Polícia Administrativa; (Emenda n. 20, 06/12/05)
IV - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
V - Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo;
VI - Plano Diretor;
VII - Estatuto dos Funcionários Públicos;
VIII - Estatuto do Magistério;
IX - Regime Próprio de Previdência Social; (Emenda n. 28, de 14/07/09)
X - (Suprimido) (Emenda n. 05, de 14/07/95)
XI - Código Administrativo de Processo Fiscal;
XII - Código Sanitário; (Emenda n. 28, de 14/07/09)
XIII - demais Códigos, Estatutos e Consolidações. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
Art. 49. As resoluções e os decretos legislativos observarão, no que couber, as normas do processo
legislativo. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
Art. 50. Nas matérias de competência exclusiva da Câmara Municipal, após a aprovação final, a
proposição será promulgada pelo seu Presidente.
SEÇÃO VII
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Art. 51. A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das
entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação
das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo,
e pelo sistema de controle interno, de cada Poder. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
Art. 52. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada que utilize, arrecade,
guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos quais o Município responda,
ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária. (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
Art. 53. O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com o auxílio do Tribunal de
Contas do Estado, que emitirá parecer prévio sobre todas as contas do Prefeito e da Mesa da Câmara a
ele enviadas, dentro de sessenta dias seguintes ao encerramento do exercício financeiro. (Emenda n.
28, de 14/07/09)
Parágrafo único. O parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas sobre todas as contas que o
Prefeito e a Mesa da Câmara devem anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois
terços dos Membros da Câmara Municipal. (NR)
Art. 54. O auxílio do Tribunal de Contas do Estado, no controle externo da administração financeira do
Município, observará a competência disposta no art. 77 e incisos da Constituição Estadual.
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pela Câmara Municipal, que
solicitará, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabíveis.
§ 2º Se a Câmara Municipal ou o Poder Executivo, no prazo de noventa dias, não efetivar as medidas
previstas no parágrafo anterior, o Tribunal de Contas decidirá a respeito.
§ 3º Os danos causados ao erário pelo ato impugnado ou sustado serão imediatamente apurados e
cobrados a tantos quantos forem os servidores responsáveis pela operação ou pelo ato,
independentemente das penalidades administrativas cabíveis.
§ 4º As decisões do Tribunal de que resultar imputação de débito ou multa terão eficácia de título
executivo. (NR)
Art. 55. As contas do Município ficarão durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, na Câmara Municipal, em local de fácil acesso, para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei. (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 1º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 2º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 3º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
I - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
II - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
III - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 4º (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
I - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
II - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
III - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
IV - (Revogado) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
§ 5º (Revogado). (NR) (Emenda n. 28, de 14/07/09)
Art. 56. A comissão permanente incumbida de emitir parecer sobre os projetos de lei relativos ao plano
plurianual, ao orçamento anual, às diretrizes orçamentárias e aos créditos adicionais, diante de indícios
Art. 57. Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, de forma integrada, sistema de controle interno
com a finalidade de:
I- avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de
governo e do orçamento do Município;
II- comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e entidades da administração municipal, bem como da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
III- exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres
do Município;
IV- apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou
ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades da administração pública municipal perante o Tribunal de
Contas do Estado.
[...]
Questões
01. Acerca da Lei Orgânica do Município de Campo Grande-MS, julgue o item abaixo:
A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na
mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos Membros da Câmara Municipal.
( ) Certo ( ) Errado
02. Acerca da Lei Orgânica do Município de Campo Grande-MS, julgue o item abaixo:
A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante proposta de metade, no mínimo, dos Membros da
Câmara Municipal.
( ) Certo ( ) Errado
03. Acerca da Lei Orgânica do Município de Campo Grande-MS, julgue o item abaixo:
Respostas
REGIMENTO INTERNO1
TÍTULO I
DA CÂMARA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câmara Municipal de Campo Grande e tem
sua sede na Avenida Ricardo Brandão n. 1600, Jatiúka Park, na Capital do Estado de Mato Grosso do
Sul.
§ 1º As sessões da Câmara não serão realizadas fora de sua sede à exceção das sessões solenes e
itinerantes.
§ 2º Havendo motivo relevante ou de força maior, a Câmara poderá, por deliberação da Mesa, “ad
referendum” da maioria absoluta dos Vereadores, reunir-se em outro edifício ou em ponto diverso no
Município de Campo Grande.
§ 3º Quaisquer autoridades ou pessoas, somente serão admitidas no recinto reservado aos
Vereadores, quando expressamente convidadas pela Mesa.
CAPÍTULO II
DAS SESSÕES PREPARATÓRIAS E DA POSSE
Art. 5º Às dezessete horas do dia primeiro de janeiro do primeiro ano de cada legislatura, os
Vereadores diplomados reunir-se-ão em sessão preparatória, na sede da Câmara, independentemente
de convocação, para a solenidade de posse.
Art. 6º Assumirá a direção dos trabalhos o último Presidente da Câmara, se reeleito e, na sua falta,
sucessivamente dentre os Vereadores presentes, o que haja exercido mais recentemente em caráter
efetivo, a Presidência, a 1ª, 2a ou 3a Vice-Presidência, a 1ª, 2ª ou 3ª Secretaria. Na falta de todos estes,
a Presidência será ocupada pelo Vereador mais idoso da nova legislatura, ou ainda, declinando este da
prerrogativa, pelo mais idoso dentre os que aceitarem. (NR) (Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)
TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DA COMPOSIÇÃO, DA ELEIÇÃO DA MESA E DA POSSE DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
Seção I
Da Composição da Mesa
Art. 11. A Mesa Diretora da Câmara compõe-se dos cargos de Presidente, Primeiro Secretário,
Segundo Secretário e Terceiro Secretário. (NR) (Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)
Parágrafo único. Para substituir o Presidente em sua ausência, licença ou impedimento, haverá um
1º Vice-Presidente, um 2º Vice-Presidente e um 3° Vice-Presidente, que não integrarão a Mesa Diretora.
(Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)
Seção II
Da Eleição da Mesa
Art. 12. Para eleição da Mesa, por período de dois anos, será utilizado o sistema de chapas,
apresentadas antes do início da votação pelos candidatos, em requerimento escrito ao Presidente dos
Trabalhos, contendo os nomes, seguidos dos cargos, Pela Ordem, daqueles que comporão as mesmas.
§ 1º A votação far-se-á por chamada nominal dos Vereadores, em ordem alfabética, pelo Presidente,
o qual determinará ao 1º Secretário a contagem dos votos, seguida da proclamação dos eleitos.
§ 2º Se nenhuma chapa obtiver maioria absoluta de votos, proceder-se-á, imediatamente, nova
votação nominal, considerando-se eleita a mais votada ou, no caso de empate, será eleita a chapa cujo
Presidente for o mais idoso.
§ 3º Os Vereadores eleitos para a Mesa serão empossados mediante termo lavrado pelo 1º Secretário
provisório, na sessão em que se realizar sua eleição e entrarão imediatamente em exercício.
CAPÍTULO II
DA INAUGURAÇÃO DA SESSÃO LEGISLATIVA E DA
RENOVAÇÃO DA MESA
Seção I
Da Inauguração da Sessão Legislativa Anual
Art. 13. No dia 2 de fevereiro, obedecido o § 2º do Art. 4º deste Regimento, a Câmara reunir-se-á às
09:00 horas, em Sessão Solene, para inauguração da Sessão Legislativa, salvo no início de cada
legislatura, quando a primeira sessão legislativa será instalada no dia 15 de fevereiro.
Art. 14. A sessão inaugural terá cunho solene e festivo e o Presidente facultará a palavra a ser seguida
na seguinte ordem:
Art. 16. Na sessão referida no Art. 14 deste Regimento, o Prefeito Municipal apresentará mensagem
do Poder Executivo aos representantes do povo com assento na Câmara.
Seção II
Da Renovação da Mesa
Art. 17. A eleição para renovação da Mesa será realizada até o dia 22 de dezembro do último ano do
mandato da Mesa e a posse dos eleitos dar-se-á no dia 1º de janeiro do ano subsequente. (NR)
Parágrafo único. A eleição para renovação da Mesa observará o disposto no Art. 12 e seguintes deste
Regimento, sendo permitida a recondução de membro da Mesa para o mesmo cargo. (NR) (Resolução
n. 1.197, de 1º/07/2014)
Art. 18. Constituída a nova Mesa, encerrar-se-á a sessão quando o Presidente anunciará para o dia 2
de fevereiro às 09:00 horas, a Sessão Solene de Instalação da Sessão Legislativa anual.
Art. 19. O suplente de Vereador convocado somente poderá ser eleito para cargo da Mesa quando
não seja possível preenchê-lo de outro modo.
Parágrafo único. Quando o Vereador titular reassumir, será feita nova eleição para o cargo da mesa,
que estiver sendo ocupado pelo Suplente, para mandato coincidente com os demais.
Art. 21. A renúncia do Vereador ao cargo que ocupa na Mesa será feita mediante justificativa escrita
e será tida como aceita mediante a simples leitura em Plenário.
Art. 22. A destituição de membro da Mesa ocorrerá quando comprovadamente desidioso, ineficiente
ou quando tenha se prevalecido do cargo para fins ilícitos dependendo de representação formalizada por
qualquer Vereador, acolhida por deliberação do Plenário, pelo voto de 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara.
Art. 23. Para o preenchimento do cargo vago na Mesa, haverá eleição suplementar na primeira sessão
ordinária seguinte àquela na qual se verificar a vaga, ou em sessão extraordinária para esse fim
convocada.
Art. 24. Os membros da Mesa não poderão fazer parte de qualquer Comissão Permanente, exceção
feita à Segunda e Terceira Secretaria que ficarão impedidas de nelas funcionar, no curso do exercício da
Primeira Secretaria, nos casos de impedimento, licença ou ausência do Primeiro Secretário. (NR)
(Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)
Parágrafo único. Os Vices-Presidentes poderão pertencer às Comissões, ficando todavia
impedidos, de nelas funcionar no curso do exercício da Presidência, nos casos de impedimento, licença
ou ausência do Presidente.
Art. 25. É defeso ao membro da Mesa falar de sua cadeira sobre assunto alheio às incumbências do
cargo; sempre que pretender propor ou discutir matéria ou participar de debates, o membro da Mesa
deixará o assento que nela ocupar.
Art. 26. A Mesa Diretora é órgão de direção dos trabalhos legislativos e administrativos da Câmara.
Seção II
Da Competência Específica dos Membros da Mesa
Art. 28. O Presidente da Câmara é a mais alta autoridade da Mesa, dirigindo-a e ao Plenário, bem
como a todos os serviços auxiliares do Legislativo, em conformidade com as atribuições que lhe conferem
este Regimento.
CAPÍTULO IV
DA VICE-PRESIDÊNCIA
Art. 30. Os Vices-Presidentes da Câmara, salvo o disposto no artigo 31 e na hipótese de atuação como
membro efetivo da Mesa nos casos de competência privativa desse órgão, não possuem atribuições
próprias, limitando-se a substituir o Presidente nos casos previstos no parágrafo único do Art. 11.
Art. 32. Sempre que tiver que se ausentar do Município por mais de 10 dias, o Presidente passará o
exercício ao 1º Vice-Presidente, ou, na ausência deste, na seguinte ordem, 2º Vice-Presidente e 3º Vice-
Presidente. (NR) (Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)
Parágrafo único. O substituto do Presidente fará juz a todos os direitos e vantagens a este
assegurados, quando no exercício da Presidência.
CAPÍTULO V
DA SECRETARIA DA MESA
Art. 33. Os titulares das Secretarias terão as designações de 1º, 2º e 3º Secretários. (NR) (Resolução
n. 1.159, de 21/12/2012)
CAPÍTULO VI
DAS COMISSÕES
Seção I
Disposições Preliminares
Seção II
Das Comissões Permanentes
Art. 36. Iniciados os trabalhos da 1ª e 3ª Sessões Legislativas de cada Legislatura, a Mesa Diretora
providenciará, dentro do prazo improrrogável de cinco dias, a constituição das Comissões Permanentes,
de acordo com o previsto no inciso II do Art. 15. (NR)
§ 1º Constituídas com, no mínimo, 5 (cinco) integrantes, as Comissões
Permanentes reunir-se-ão para eleger os respectivos Presidentes e Vice-Presidentes e prefixar os dias
e horas em que se reunirão ordinariamente. (Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)
§ 2º O Presidente será substituído pelo Vice-Presidente.
Seção III
Da Competência das Comissões Permanentes
Art. 39. Às Comissões Permanentes, no âmbito de suas atribuições, cabe, nos termos do Art. 33, § 2º,
I da LOM, discutir e votar projetos de lei, exceto quanto a:
I- lei complementar;
II- projetos de iniciativa de comissão;
III- projetos de códigos, estatutos e consolidações;
IV- projetos de iniciativa popular;
V- projetos que tenham recebido pareceres divergentes;
VI- projetos em regime de urgência;
VII- alienação ou concessão de bens imóveis municipais;
VIII- projetos de resolução que alterem o Regimento Interno;
IX- autorização para operação externa de natureza financeira de interesse do Município;
X- fixação, por proposta do Prefeito, de limites globais para o montante da dívida consolidada do
Município;
XI- projetos que disponham sobre limites globais e condições para as operações de crédito externo e
interno do Município, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo Poder Público Municipal;
XII- projetos que disponham sobre limites e condições para a concessão de garantia do Município em
operações de crédito externo e interno;
XIII- projetos que estabeleçam limites globais e condições para o montante da dívida mobiliária do
Município;
XIV- suspensão de execução, no todo ou em parte, de lei municipal declarada inconstitucional por
decisão definitiva do Tribunal de Justiça do Estado;
XV- projetos que instituam os impostos previstos no Art. 90 da LOM;
XVI- proposta de emenda à Lei Orgânica;
XVII- projetos de Lei de Diretrizes Orçamentárias, do Plano Plurianual e do Orçamento anual.
§ 1º Nas matérias em que as Comissões Permanentes sejam competentes para discutir e votar,
encerrada a apreciação conclusiva, a decisão da Comissão será comunicada ao Presidente da Câmara
para ciência do Plenário.
§ 2º No prazo de 3 (três) dias, contado a partir da ciência do plenário referida no parágrafo anterior,
poderá ser interposto recurso para discussão e votação da matéria pelo Plenário da Câmara.
§ 3º O recurso, assinado por um quinto dos membros da Câmara, será dirigido ao Presidente da Casa.
§ 4º Esgotado o prazo previsto no § 2º, sem interposição de recurso, o projeto será, conforme o caso,
encaminhado à sanção, remetido à Câmara, promulgado ou arquivado por esta.
Seção IV
Da Competência Específica de Cada Comissão
Art. 41. À Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final compete manifestar-se em todas as
proposições que tramitem na Casa quanto aos aspectos constitucional, legal e regimental.
§ 1º Quando a Comissão emitir parecer pela inconstitucionalidade ou injuridicidade de qualquer
proposição, será esta considerada rejeitada definitivamente, por despacho do Presidente da Câmara,
salvo não sendo unânime o parecer, caso em que caberá recurso interposto nos termos do Art. 43 da
LOM.
§ 2º Tratando-se de inconstitucionalidade parcial, a Comissão poderá oferecer emenda corrigindo o
vício.
§ 3º A Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final manifestar-se-á sobre o mérito da proposição,
assim entendida a colocação do assunto sob o prisma da conveniência, utilidade e oportunidade, nos
seguintes casos:
I- organização administrativa e de pessoal da Prefeitura e da Câmara;
II- criação de entidade de administração indireta e fundação;
III- aquisição, alienação e concessão de bens imóveis do Município;
IV- licença para processar Prefeito e Vereador;
V- concessão de licença ao Prefeito;
VI- alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos municipais;
VII- reforma da Lei Orgânica;
VIII- perda de mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores;
IX- concessão de título honorífico;
X- declaração de utilidade pública.
Art. 42. Compete à Comissão de Finanças e Orçamento opinar quanto ao mérito, sobre:
I- matéria tributária e empréstimos públicos;
II- fixação ou alteração da remuneração do Prefeito e dos Vereadores, bem como da verba de
representação do Prefeito, do Vice-Prefeito, do Presidente e 1º Secretário da Câmara;
III- projetos de lei orçamentária, plano plurianual, lei de diretrizes orçamentárias e abertura de crédito;
IV- concessão de anistia ou isenção fiscal;
V- qualquer proposição que concorra para aumentar ou diminuir a receita ou despesa pública;
VI- Código Tributário Municipal;
VII- Código Administrativo de Processo Fiscal.
Art. 43. Compete à Comissão de Obras e Serviços Públicos opinar, quanto ao mérito, nas matérias
referentes a:
I- Plano Diretor;
II- Código de Obras ou de Edificações;
III- Código de Polícia Administrativa;
IV- Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo;
V- Matéria referida no inciso III do § 3º do Art. 41;
VI- quaisquer obras ou serviços públicos.
Art. 44. Compete à Comissão de Educação, Cultura e Desporto opinar, quanto ao mérito, sobre
assuntos educacionais, culturais e desportivos.
Art. 45. Compete à Comissão de Saúde opinar, quanto ao mérito, nos assuntos relacionados com a
saúde pública, saneamento básico e vigilância sanitária.
Art. 46. Compete a Comissão Permanente de Assistência Social e do Idoso opinar, quanto ao mérito:
(Resolução n. 1.167, de 07/05/2013)
Art. 47. Compete à Comissão de Defesa do Consumidor opinar quanto ao mérito, nas matérias
referentes ao Código Administrativo de Processo Fiscal e nas matérias relacionadas direta ou
indiretamente com os interesses do consumidor, inclusive como contribuinte do erário público.
Art. 49. Compete à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos opinar, quanto ao mérito, nos
seguintes casos:
I- aspectos e direitos relativos ao índio, à criança, ao adolescente, ao idoso, ao negro, à mulher, e a
outras minorias étnicas e sociais;
II- aspectos relativos à defesa e garantia dos direitos do cidadão.
Art. 53. Compete à Comissão do Meio Ambiente opinar quanto ao mérito, nas matérias relacionadas
direta ou indiretamente com o Meio Ambiente, e, especialmente, sobre as constantes na Seção II do
Capítulo III, Título V da Lei Orgânica Municipal.
Art. 53-A. Compete a Comissão de Cultura opinar, quanto ao mérito, sobre assuntos culturais.
(Resolução n. 1.127, de 12/07/2011)
Art. 53-B. Compete à Comissão Permanente de Juventude opinar, quanto ao mérito, nas matérias
referentes a: (Resolução n. 1.163, de 27/03/2013)
I- assuntos inerentes à política municipal antidrogas, englobando as medidas para a prevenção do uso
indevido, tratamento, recuperação, reinserção social, redução dos danos sociais e à saúde de usuários e
dependentes de drogas; (Resolução n. 1.179, de 24/09/2013)
II- propor e acompanhar ações de conscientização da sociedade sobre a ameaça representada pelo
uso indevido de drogas e suas consequências. (NR) (Resolução n. 1.179, de 24/09/2013)
Art. 53-F. Compete à Comissão Permanente de Acessibilidade opinar quanto ao mérito sobre assuntos
de acessibilidade. (Resolução n. 1.236, de 06/12/2016)
Seção V
Das Reuniões das Comissões
I- se ordinárias, nos dias e horários por elas estabelecidos no início da sessão legislativa, salvo
deliberação em contrário;
II- se extraordinárias, mediante convocação especial para dia, horário e fim indicados, observando-se,
no que for aplicável, o disposto neste Regimento sobre a convocação de sessões extraordinárias da
Câmara.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, a reunião de Comissão Permanente ou Temporária não
poderá coincidir com o tempo reservado à Ordem do Dia das sessões ordinárias da Câmara.
Art. 57. As deliberações conclusivas nas Comissões serão tomadas pelo processo nominal e maioria
de votos.
Art. 58. As reuniões serão públicas, salvo os casos expressos neste Regimento ou quando o deliberar
a Comissão.
Art. 59. Os trabalhos das Comissões iniciar-se-ão, salvo deliberação em contrário, pela leitura e
discussão da ata da reunião anterior que, se aprovada, será assinada pelos respectivos Presidentes.
Art. 60. É facultado a qualquer Vereador assistir às reuniões das Comissões, discutir o assunto em
debate, pelo prazo por elas prefixado, enviar-lhes, por escrito, informações ou esclarecimentos, bem
como apresentar emendas.
Parágrafo único. As informações ou esclarecimentos apresentados serão anexados aos pareceres,
se o autor o requerer e a Comissão o deferir.
Art. 61. O estudo de qualquer matéria poderá ser feito em reunião conjunta de duas ou mais
Comissões, por iniciativa de qualquer delas, aceita pelas demais, sob a direção do Presidente mais idoso.
Parágrafo único. Nas reuniões conjuntas observar-se-ão as seguintes normas:
I- cada Comissão deverá estar presente pela maioria de seus membros;
II- o estudo da matéria será em conjunto, mas a votação far-se-á separadamente;
III- cada Comissão poderá ter o seu relator se não preferir relator único;
IV- o parecer das Comissões poderá ser em conjunto, desde que consigne a manifestação de cada
uma delas, ou em separado, se essa for a orientação preferida, mencionando, em qualquer caso, os votos
vencidos, os em separado, os pelas conclusões e os com restrições.
Art. 63. Das reuniões das Comissões lavrar-se-ão atas das quais constarão:
Art. 64. As reuniões ordinárias ou extraordinárias das Comissões durarão o tempo necessário aos
seus fins salvo deliberação em contrário.
Seção VI
Da Presidência das Comissões
Art. 67. Se, por qualquer motivo, o Presidente deixar de fazer parte da Comissão ou renunciar ao
cargo, proceder-se-á nova indicação ou, em não havendo consenso, será feita eleição para escolha de
seu sucessor, nos termos do Art. 15 deste Regimento, salvo se faltar menos de três meses para o término
da legislatura, caso em que será substituído pelo Vice-Presidente.
Seção VIII
Dos Impedimentos e Ausências nas Comissões
Art. 69. Nenhum Vereador poderá presidir reunião de Comissão quando se debater ou votar matéria
da qual seja autor ou relator.
Parágrafo único. Não poderá o autor de proposição ser dela relator, ainda que substituto ou parcial.
Art. 70. Sempre que um membro de Comissão não puder comparecer às reuniões, deverá comunicar
o fato ao seu Presidente.
§ 1º Se, por falta de comparecimento de membro efetivo ou de suplente, estiver sendo prejudicado o
trabalho de qualquer Comissão, o respectivo Presidente solicitará ao Líder da Bancada do membro faltoso
que indique o substituto.
§ 2º Cessará a substituição logo que o titular, ou o suplente, voltar ao exercício.
Seção IX
Dos Trabalhos nas Comissões
Art. 71. Os trabalhos das Comissões serão iniciados com a presença da maioria absoluta de seus
membros e obedecerão à seguinte ordem:
I- discussão e votação da ata da reunião anterior;
II- expediente:
a) sinopse da correspondência e outros documentos afetos à Comissão;
b) comunicação das matérias distribuídas aos Relatores.
III- Ordem do dia:
a) conhecimento, exame e instrução de matéria de natureza legislativa, fiscalizatória ou informativa,
ou outros assuntos da alçada da Comissão;
b) discussão e votação dos pareceres e respectivas proposições sujeitas à aprovação do Plenário da
Câmara;
c) discussão e votação de projetos de lei e respectivos pareceres que dispensarem a aprovação do
Plenário da Câmara.
Parágrafo único. Essa ordem poderá ser alterada pela Comissão para tratar de matéria em regime de
urgência ou no caso de comparecimento de Secretário Municipal ou de qualquer autoridade, ou ainda no
caso de realização de audiência pública.
Art. 72. As Comissões Permanentes poderão estabelecer regras e condições específicas para a
organização e o bom andamento dos seus trabalhos, observadas as normas fixadas neste Regimento.
Seção X
Art. 73. É de dez dias o prazo para qualquer Comissão Permanente pronunciar-se, a contar da data
do recebimento da matéria pelo seu Presidente.
§ 1º O prazo a que se refere este artigo será duplicado à Comissão de Finanças e Orçamento, em
se tratando de proposta orçamentária e do processo de prestação de contas do Executivo.
§ 2º Nos casos de projetos de código, leis complementares, estatutos e consolidações o prazo será de
10 (dez) dias, exceto para a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final que observará o § 2º do
Art. 200 deste Regimento.
§ 3º Todos os prazos mencionados neste artigo serão reduzidos pela metade quando se tratar de
matéria em regime de urgência, de emendas e subemendas a ela relacionadas.
Art. 74. O Presidente da Comissão terá vinte e quatro horas para designar relator.
Art. 75. O relator tem, para apresentar o relatório, a metade do prazo atribuído à Comissão.
Art. 76. É facultado ao Presidente da Comissão, avocar para si a proposição para relatar, caso em
que, terá o prazo de cinco dias para fazê-lo.
Parágrafo único. Os cinco dias restantes serão divididos entre os demais membros da Comissão.
Art. 77. Sempre que qualquer Comissão requerer ao Presidente da Mesa Diretora que solicite
informações ao Prefeito sobre o que julgar necessário ao melhor exame da proposição, o prazo para
emissão do parecer será suspenso, retornando a contagem tão logo seja recebida a informação.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos em que as Comissões realizem
diligências em quaisquer órgãos públicos.
Art. 78. Decorrido o prazo sem que tenha sido emitido o parecer, a matéria que estiver em tramitação
poderá ser incluída na Ordem do Dia para que o Plenário se manifeste em substituição às Comissões.
Art. 79. A Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final manifestar-se-á sempre em primeiro lugar
e a Comissão de Finanças e Orçamento por último.
Art. 80. Somente a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final manifestar-se-á sobre o veto.
Seção XI
Das Comissões Temporárias
Seção XII
Das Comissões Parlamentares de Inquérito
Art. 82. As Comissões Parlamentares de Inquérito serão criadas na forma do § 3º do Art. 33 da Lei
Orgânica do Município.
§ 1º O Presidente, no prazo de quarenta e oito horas contado da criação da CPI, baixará ato de sua
constituição, especificando o fato a ser investigado, os Vereadores que a constituirão, observada a
composição partidária, e o prazo de sua duração que não será superior a cento e vinte dias, prorrogáveis
a juízo do Plenário, desde que não ultrapasse a legislatura na qual foi criada.
§ 2º A Comissão Parlamentar de Inquérito poderá requisitar técnicos especializados para realizar as
perícias indispensáveis ao completo esclarecimento do assunto.
§ 3º No exercício de suas atribuições a Comissão poderá, dentro e fora da Câmara, observada a
legislação específica, diligenciar, ouvir indiciados, inquirir testemunhas, requisitar informações e
Seção XIII
Disposições Gerais
Art. 83. Aplicam-se à tramitação das proposições submetidas à deliberação conclusiva das
Comissões, as disposições relativas a turnos, prazos, emendas e demais formalidades e méritos exigidos
para as matérias submetidas à apreciação do Plenário da Câmara.
Art. 84. Durante o recesso, haverá uma Comissão Representativa da Câmara, eleita na última sessão
ordinária do período legislativo, com as atribuições que lhe forem especialmente deferidas, na
oportunidade, por ato da Mesa Diretora.
Art. 85. Assegurar-se-á nas Comissões, tanto quanto possível, a representação proporcional dos
partidos políticos.
Art. 86. Nas Comissões Permanentes cada partido ou bloco parlamentar terá tantos suplentes quantos
forem seus membros efetivos, sempre que possível.
Art. 87. O Vereador participará como membro efetivo em, no mínimo, duas Comissões. (NR)
(Resolução n. 1.159, de 21/12/2012)
Art. 88. Poderão participar dos trabalhos das comissões, desde que solicitados pelo seu Presidente,
técnicos de reconhecida competência ou representante de entidade que tenha legítimo interesse no
esclarecimento da matéria, sem ônus no caso deste último.
Parágrafo único. Se houver ônus a participação só pode ocorrer havendo concordância da
Presidência da Câmara.
Seção XIV
Da Audiência Pública
Art. 89. A audiência pública poderá ser realizada pela Mesa Diretora ou Comissão para:
I - instruir matéria sob apreciação da Comissão pertinente; II - tratar de assunto de interesse público
relevante.
§ 1º A audiência pública poderá ser solicitada por entidade da sociedade civil à Mesa Diretora ou às
Comissões.
§ 2 º A audiência pública será realizada mediante publicação do edital de convocação no Diário Oficial
de Campo Grande-MS para o chamamento dos cidadãos e entidades interessadas.
TÍTULO III
DOS VEREADORES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Seção I
Do Exercício do Mandato
Art. 91. O Vereador é agente político investido de mandato parlamentar para representar e atender os
interesses do povo na Câmara Municipal.
Seção II
Da Perda do Mandato e da Falta de Decoro
Art. 93. Perderá o mandato o Vereador que infringir o disposto nos arts. 27 e 28 da LOM.
§ 1º Considera-se atentatório do decoro parlamentar usar, em discurso ou proposição, expressões que
configurem crimes contra a honra ou contenham incitamento à prática de crimes.
§ 2º É incompatível com o decoro parlamentar:
I- o abuso das prerrogativas legais asseguradas ao Vereador;
II- a percepção de vantagens indevidas;
III- a prática de irregularidades graves no desempenho do mandato ou de encargos dele decorrentes.
Seção III
Das Penalidades por Falta de Decoro
Art. 94. As infrações definidas no artigo anterior, acarretam as seguintes penalidades, em ordem de
gradação:
I- censura;
II- suspensão temporária do exercício do mandato, não excedente a trinta dias, sem remuneração;
III- perda do mandato.
Art. 96. Considera-se incurso na sanção de suspensão temporária do exercício do mandato, por falta
de decoro parlamentar, o Vereador que:
Art. 97. A perda do mandato aplicar-se-á nos casos e na forma previstos no Art. 28 da Lei Orgânica
Municipal.
CAPÍTULO II
DAS LICENÇAS
CAPÍTULO III
DA CONVOCAÇÃO DO SUPLENTE
Art. 99. Dar-se-á a convocação de suplente nos casos de vaga, de afastamento do exercício do
mandato para investidura nos cargos referidos no Art. 29, I e III da Lei Orgânica do Município ou de licença
por prazo superior a cento e vinte dias conforme prevê o Art. 56, § 1º da Constituição Federal. (NR)
(Resolução n. 1.206, de 04/02/2015)
CAPÍTULO IV
DA VACÂNCIA
Art. 101. A declaração de renúncia do Vereador ao mandato deve ser dirigida por escrito à Mesa
Diretora e independe de aprovação da Câmara mas somente se tornará efetiva e irretratável depois de
lida no pequeno expediente e publicada no Diário Oficial do Município.
CAPÍTULO V
DAS LIDERANÇAS
Seção I
Da Indicação dos Líderes
Art. 102. Líder é o porta voz de uma representação partidária com prerrogativas constantes deste
Regimento e será substituído, em sua ausência ou impedimento, pelo Vice-Líder.
§ 1º A indicação dos Líderes partidários será feita no início da primeira e da terceira sessões
legislativas de cada Legislatura, e comunicada à Mesa Diretora em documento subscrito pela maioria dos
membros da respectiva bancada, podendo a mesma maioria substituí-los em qualquer oportunidade.
Seção II
Da Competência dos Líderes
Seção III
Do Líder do Prefeito
Art. 104. O Líder do Governo na Câmara Municipal de Vereadores será o Vereador escolhido e
indicado pelo Poder Executivo, sendo vedado acumular com a Liderança da Bancada, salvo na hipótese
em que o Líder do Poder Executivo for o único representante de sua Bancada.
CAPITULO VI
DO NOME PARLAMENTAR
Art. 105. Ao assumir o exercício do mandato, o Vereador, ou o Suplente convocado escolherá o nome
parlamentar com que deverá figurar nas publicações e registros da Casa.
Parágrafo único. Ao Vereador é licito, a qualquer tempo, mudar o seu nome parlamentar para o que
dirigirá comunicação escrita à Mesa Diretora, vigorando a alteração a partir daí.
TÍTULO IV
DAS SESSÕES
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 107. As sessões poderão ser prorrogadas a requerimento verbal de qualquer Vereador, aprovado
pelo Plenário em votação simbólica, pelo tempo necessário à conclusão da matéria em discussão.
Parágrafo único. O requerimento verbal deverá ser proposto até quinze minutos antes do
encerramento da sessão e não comporta discussão.
Art. 108. As gravações de todas as sessões serão conservadas na íntegra por 90 (noventa) dias, com
exceção da posse dos Vereadores que será armazenada durante toda a Legislatura.
Art. 109. A Câmara somente se reunirá quando tenha comparecido à sessão, pelo menos, um terço
dos Vereadores que a compõem.
Parágrafo único. Não havendo número legal, o Presidente aguardará quinze minutos e, caso o
quorum não se complete, fará lavrar ata com o registro dos nomes dos Vereadores presentes, declarando
prejudicada a realização da sessão.
Art. 110. Se, ao iniciar a sessão ordinária ou extraordinária, verificar-se a ausência dos Membros da
Mesa, assumirá a Presidência, o Vereador mais idoso presente, que designará qualquer dos demais
Vereadores para as funções de Secretário “ad hoc”.
Seção I
Da Realização das Sessões Ordinárias
Seção II
Da Ordem do Dia
Art. 112. Na Ordem do Dia, verificar-se-á previamente o número de Vereadores presentes e a mesma
só será iniciada mediante a presença da maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 1º Nenhuma proposição poderá ser posta em discussão sem que tenha sido incluída na Ordem do
Dia com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas do início da sessão.
§ 2º Nas sessões em que deva ser apreciada a proposta orçamentária, nenhuma outra matéria figurará
na Ordem do Dia.
§ 3º O Presidente determinará ao 1º Secretário a leitura de proposição:
I- constante da pauta e aprovada conclusivamente pelas Comissões Permanentes.
II- sujeita à deliberação do Plenário, para caso de oferecimento de emendas, na forma do artigo 162.
Art. 113. A ausência às votações equipara-se, para todos os efeitos à ausência às sessões, ressalvada
a que se verificar a título de obstrução parlamentar legítima, assim considerada a que for aprovada pelo
Líder e comunicada à Mesa Diretora.
Art. 115. Esgotado o tempo da sessão ou ultimados a Ordem do Dia e a Palavra Livre, o Presidente a
encerrará, convocando antes a sessão seguinte.
Art. 116. Se o término do tempo da sessão ocorrer quando iniciada uma votação, esta será ultimada
independentemente de pedido de prorrogação.
Art. 117. Estando em apreciação matéria em regime de urgência especial, esta só sairá da pauta
quando votada.
Art. 118. É lícito ao Presidente, de ofício ou a requerimento de Vereador, com recurso de sua decisão
ao Plenário retirar da pauta proposição em desacordo com as exigências regimentais.
Seção IV
Das Sessões Extraordinárias
Seção V
Da Suspensão e do Levantamento das Sessões
Art. 120. Suspensão é a interrupção da sessão por tempo certo, por conveniência técnica, por falta de
quórum para deliberação ou para recepção de personalidade ilustre.
§ 1º A suspensão da sessão não determinará a prorrogação compensatória do tempo destinado a
qualquer de suas fases.
§ 2º Na hipótese da falta de quórum para deliberação, o Presidente aguardará quinze minutos antes
de passar à fase seguinte da sessão.
Art. 122. Fora dos casos expressos nos artigos 120 e 121, só mediante deliberação do Plenário,
poderá a sessão ser suspensa ou levantada.
CAPÍTULO II
DA DISCIPLINA DOS DEBATES
Seção I
Disposições Preliminares
Art. 123. Os debates deverão realizar-se com dignidade e ordem cumprindo ao Vereador atender às
seguintes determinações regimentais:
I- falará de pé, exceto se tratando do Presidente e, quando impossibilitado de fazê-lo, requererá ao
Presidente autorização para falar sentado;
Art. 124. O Vereador a que for dada a palavra deverá inicialmente declarar a que título se pronuncia e
não poderá:
I- usar da palavra com finalidade diferente do motivo alegado;
II- desviar-se da matéria em debate;
III- falar sobre matéria vencida;
IV- usar de linguagem imprópria;
V- ultrapassar o prazo que lhe competir;
VI- deixar de atender as advertências do Presidente.
Seção II
Do Uso da Palavra
Art. 126. Quando mais de 1 (um) Vereador solicitar a palavra simultaneamente, o Presidente concedê-
la-á na seguinte forma:
I- ao autor da proposição em debate;
II- ao relator do parecer em apreciação;
III- ao autor da emenda;
IV- alternadamente, a quem seja pró ou contra a matéria em debate.
Seção III
Da Interrupção do Discurso
Art. 127. Quando o Presidente estiver com a palavra, no exercício de suas funções, durante as sessões
plenárias, não poderá ser interrompido, nem aparteado.
Art. 128. O Presidente solicitará ao orador, por iniciativa própria ou a pedido de qualquer Vereador,
que interrompa o seu discurso nos seguintes casos:
I- para leitura de requerimento de urgência;
II- para comunicação importante à Câmara;
III- para recepção de visitantes;
IV- para votação de requerimento de prorrogação da sessão;
V- para atender questão de ordem;
Art. 129. Para o aparte, ou interrupção do orador por outro para indagação ou comentário
relativamente à matéria em debate observar-se-á o seguinte:
I- o aparte deverá ser expresso em termos corteses e não poderá exceder a 2 (dois) minutos;
II- não serão permitidos apartes paralelos, sucessivos ou sem licença do orador;
III- não é permitido apartear o orador que fala em questão de ordem, em explicação pessoal, para
encaminhamento de votação ou para declaração de voto;
IV- o aparteante permanecerá de pé quando aparteia e enquanto ouve a resposta do aparteado.
Art. 130. Em qualquer fase dos trabalhos da sessão, poderá o Vereador falar Pela Ordem, para
reclamar a inobservância de norma expressa neste Regimento.
Parágrafo único. O Presidente não poderá recusar a palavra ao Vereador que solicitar Pela Ordem,
mas poderá interrompê-lo e cassar-lhe a palavra se não indicar desde logo o artigo regimental
desobedecido ou considerá-la inoportuna.
Art. 131. Questão de Ordem é toda dúvida, levantada em Plenário, sobre a interpretação deste
Regimento, na sua prática ou relacionada com as Constituições Federal, Estadual ou com a Lei Orgânica
do Município.
§ 1º Durante a Ordem do Dia só poderá ser levantada questão de ordem atinente à matéria que nela
figure.
§ 2º Nenhum Vereador poderá exceder do prazo de três minutos para formular questão de ordem.
§ 3º Durante a votação, a palavra para formular questão de ordem só poderá ser concedida uma vez
ao Relator da Comissão específica da matéria e uma vez a um Vereador, de preferência ao autor da
proposição.
§ 4º A questão de ordem deve ser objetiva, claramente formulada, com a indicação precisa das
disposições regimentais que se pretende elucidar sob pena de as repelir sumariamente o Presidente.
Art. 132. Considera-se simples precedente a decisão sobre questão de ordem, só adquirindo força
obrigatória quando incorporada ao Regimento através de resolução.
Art. 133. Cabe ao Presidente resolver as questões de ordem, não sendo lícito a qualquer Vereador
opor-se à decisão, sem prejuízo de recurso ao Plenário.
§ 1º O recurso será encaminhado à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, para parecer
oral e imediato.
§ 2º O Plenário, em face do parecer, decidirá o caso concreto.
Art. 134. Os casos não previstos neste Regimento serão resolvidos soberanamente pelo Plenário e
serão anotados em livro próprio pelo 1º Secretário, apenas para fins de registro.
Seção V
Dos Prazos para Uso da Palavra
CAPÍTULO III
DA ATA
Art. 136. Lavrar-se-á ata com a sinopse dos trabalhos de cada sessão, cuja redação obedecerá a
padrão uniforme.
§ 1º As atas serão organizadas em anais por ordem cronológica, encadernadas por sessão legislativa
e recolhidas ao arquivo.
§ 2º Da ata constará a lista nominal de presença e de ausência às sessões ordinárias e extraordinárias
da Câmara.
Art. 139. As proposições deverão ser redigidas em termos claros de forma articulada, acompanhadas
de justificativa e conter ementa indicativa do assunto a que se referem, excetuando, quanto a esta última,
as especificadas nos incisos VII, VIII, IX, X, XI, XII e XIII do artigo anterior.
Art. 140. Considera-se autor da proposição, para efeitos regimentais, o seu primeiro signatário.
§ 1º Ao signatário da proposição só é lícito dela retirar sua assinatura antes de iniciada a sua discussão.
§ 2º Nos casos de proposição dependendo de número mínimo de subscritores, se com a retirada de
assinaturas esse limite não for alcançado, o Presidente a devolverá ao primeiro signatário, dando
conhecimento ao Plenário.
§ 3º A proposição será retirada da Ordem do Dia quando seu autor não se encontrar em Plenário.
Art. 141. Sempre que a matéria elencada no Art. 138 fizer remissão à legislação federal, estadual ou
municipal, fica o autor dá proposição, obrigado a anexar-lhe o respectivo diploma legal, sob pena de não
se iniciar a sua tramitação. (Resolução n. 1.216, de 15/07/2015)
Parágrafo único. Caberá ao Presidente da Mesa Diretora, devolver a matéria ao autor, se não estiver
satisfeita a exigência contida no caput deste artigo. (NR) (Resolução n. 1.216, de 15/07/2015)
Seção I
Da Tramitação
Art. 142. De toda e qualquer proposição protocolada na Casa, será dado conhecimento ao Plenário
pelo 1º Secretário, durante o Pequeno Expediente.
Art. 143. Em seguida as proposições serão encaminhadas, por despacho do Presidente da Mesa
Diretora, à Procuradoria Municipal para receberem pareceres técnicos, no prazo improrrogável de cinco
dias úteis e, após, às Comissões Permanentes.
Art. 144. Quando, por extravio ou retenção indevida, não for possível o andamento de qualquer
proposição, a Mesa Diretora a reconstituirá pelos meios ao seu alcance, de ofício ou a requerimento de
qualquer Vereador.
Art. 145. A proposição não será submetida à discussão e votação sem parecer das Comissões afetas,
salvo se houver transcorrido o prazo para sua apreciação, caso em que as Comissões oferecerão parecer
oral em Plenário para sua inserção na Ordem do Dia.
Parágrafo único. Será considerada prejudicada a proposição sempre que possua objeto idêntico ao
de outra em tramitação que tenha sido anteriormente protocolada.
Art. 147. Dada a redação final, ou dispensada esta, a Mesa Diretora expedirá o autógrafo ao projeto
de lei, no prazo de 03 (três) dias úteis, exceto nos casos de Código para enviá-lo à sanção, promulgação
e publicação do Executivo.
§ 1º Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do Prefeito importará sanção.
§ 2º O veto será apreciado, dentro de trinta dias, a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado
pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores.
§ 3º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado para promulgação, ao Prefeito Municipal.
§ 4º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 2º, o veto será colocado na Ordem do Dia
da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 5º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Prefeito Municipal, nos casos
dos §§ 1º e 3º, o Presidente da Câmara a promulgará e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao 1º
Vice-Presidente fazê-lo.
§ 6º A manutenção do veto não restaura matéria suprimida ou modificada pela Câmara.
§ 7º Na apreciação do veto é vedado introduzir qualquer modificação ao texto vetado.
§ 8º Cabe ao Presidente da Câmara a promulgação e publicação das Resoluções e Decretos
Legislativos, no prazo de quarenta e oito horas da sua aprovação.
Seção II
Do Regime de Urgência
Art. 148. As proposições poderão tramitar em regime de urgência especial ou de urgência simples.
§ 1º O regime de urgência especial implica a dispensa de exigências regimentais, exceto quorum e
pareceres obrigatórios das Comissões Competentes e da Procuradoria Municipal, assegurando à
proposição, inclusão, com prioridade, na Ordem do Dia.
§ 2º O regime de urgência simples implica a impossibilidade de adiamento de apreciação da matéria
e exclui os pedidos de vista e de audiência de Comissão a que não esteja afeto o assunto assegurando
à proposição inclusão, em segunda prioridade, na Ordem do Dia.
Art. 149. A concessão de urgência especial dependerá de assentimento de 2/3 (dois terços) dos
membros da Câmara Municipal, mediante provocação por escrito, da Mesa Diretora ou de Comissão,
quando autores da proposição em assunto de sua competência privativa ou especialidade, ou ainda por
proposta de pelo menos 2/3 (dois terços) dos membros da Edilidade.
§ 1º O Plenário somente concederá a urgência especial, quando a proposição atenda aos seguintes
requisitos:
I- por seus objetivos exija apreciação pronta, sem o que perderá a oportunidade ou a eficácia;
II- esteja instruída com o parecer da Procuradoria Municipal.
§ 2º Concedida a urgência especial para projeto ainda sem parecer, serão consultadas,
imediatamente, as Comissões pertinentes para que se pronunciem de forma oral, após o que a proposição
estará apta para discussão e votação, na mesma sessão.
§ 3º Caso não seja possível obter-se de imediato o parecer das Comissões competentes, o projeto
passará a tramitar no regime de urgência simples.
Art. 150. O regime de urgência simples será concedido pelo Plenário por requerimento de qualquer
Vereador, quando se tratar de matéria de relevante interesse público que exige, por sua natureza, a pronta
deliberação do Plenário.
§ 1º Serão incluídos no regime de urgência simples independentemente de manifestação do
Plenário, as seguintes matérias:
I- A proposta orçamentária, a partir do escoamento da metade do prazo de que disponha o
Legislativo para apreciá-la;
II- Os projetos de Lei do Executivo, sujeitos à apreciação em quarenta e cinco dias serão
automaticamente incluídos na Ordem do Dia do 45º dia, com ou sem pareceres, sobrestando-se a
deliberação quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votação;
III- o veto, no 30º dia para sua apreciação, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.
§ 2º O prazo do inciso II não corre no período de recesso, nem se aplica aos projetos de código,
estatuto e consolidações.
I- concessão de licença ao Prefeito para afastar-se do cargo ou ausentar-se do Município por mais
de dez dias;
II- aprovação ou rejeição do parecer prévio sobre as contas do Município, proferido pelo Tribunal de
Contas do Estado;
III- fixação da remuneração do Prefeito, bem como da sua verba de representação e a do Vice-
Prefeito;
IV- alteração territorial do Município;
V- perda de mandato do Prefeito e dos Vereadores;
VI- concessão de honrarias.
§ 2º Destinam-se as resoluções a regular as matérias de caráter político ou administrativo relativos a
assuntos de economia interna da Câmara, tais como:
I- fixação da remuneração dos Vereadores, bem como da verba de representação do Presidente e do
1º Secretário;
II- concessão de licença a Vereador para desempenhar missão temporária de caráter cultural ou de
interesse do Município;
III- criação de Comissão Especial;
IV- criação, transformação ou extinção de cargos, empregos ou funções do Poder Legislativo, bem
como a fixação e alteração da remuneração dos funcionários;
V- criação de honraria;
VI- qualquer matéria de natureza regimental.
Art. 152. A iniciativa dos projetos de lei cabe a qualquer Vereador, à Mesa Diretora da Câmara, às
Comissões Permanentes, ao Prefeito e aos cidadãos, ressalvados os casos de iniciativa privativa do
Executivo e da Mesa Diretora do Legislativo, conforme determinação constitucional, legal ou deste
Regimento.
Art. 153. Substitutivo é o projeto de lei, de resolução ou de decreto legislativo apresentado para
substituir outro já formalizado sobre o mesmo assunto.
Parágrafo único. Não é permitido mais de um substitutivo ou substitutivo parcial ao mesmo projeto.
Art. 154. Veto é a oposição formal e justificada do Prefeito a projeto de lei aprovado pela Câmara, por
considerá-lo inconstitucional, ilegal, ou contrário ao interesse público.
Art. 155. Parecer é o pronunciamento de Comissão Permanente sobre matéria que lhe haja sido
regimentalmente distribuída.
Parágrafo único. O parecer poderá ser acompanhado de emenda ou projeto substitutivo.
Art. 156. Indicação é a proposição escrita pela qual o Vereador sugere medidas de interesse público
sem parecer das Comissões, independente de deliberação do Plenário.
CAPÍTULO III
DOS REQUERIMENTOS
Art. 157. Requerimento é todo pedido verbal ou escrito de Vereador ou de Comissão, feito ao
Presidente da Câmara ou por seu intermédio, à Mesa Diretora, sobre assunto de interesse público ou
pessoal do Vereador.
Art. 158. O requerimento poderá ser verbal ou escrito independendo de pareceres técnicos e das
Comissões, a saber:
§ 1º Será verbal e decidido pelo Presidente da Câmara o requerimento que solicite:
CAPÍTULO IV
DAS EMENDAS
Art. 161. As emendas poderão ser apresentadas diretamente à Comissão, por qualquer de seus
Membros, ou por qualquer Vereador, a partir do recebimento da proposição principal, até o término da
sua discussão pelo órgão técnico.
Parágrafo único. A emenda somente será considerada como de Comissão quando apresentada pela
maioria de seus Membros, sobre matéria de seu campo temático.
Art. 162. As emendas de Plenário serão apresentadas às proposições constantes da Ordem do Dia
ou, quando em segunda discussão ainda não encerrada, devendo neste último caso, trazer a assinatura
de, pelo menos, 1/3 (um terço) dos membros da Câmara.
Art. 164. Qualquer proposição poderá receber emendas durante a sua tramitação, as quais serão
apreciadas pelas Comissões Permanentes em conjunto, ou separadamente, na mesma sessão em que
a referida proposição estiver pautada.
§ 1º Se a emenda for proposta na fase da Ordem do Dia, o parecer de que trata o caput deste artigo,
será oral, em Plenário.
§ 2º Não sendo possível os pareceres das Comissões estas terão o prazo máximo de 48 (quarenta e
oito) horas para se manifestar desde que ouvido o Plenário que poderá reduzi-lo.
CAPÍTULO V
DAS DISCUSSÕES
Seção I
Disposições Gerais
Art. 165. Discussão é o debate de proposição constante da Ordem do Dia, pelo Plenário, antes de se
passar a sua votação.
§ 1º Não estão sujeitos à discussão:
I- as indicações;
II- os requerimentos a que se refere o Art. 158, com exceção daqueles previstos em seu § 2º, inciso IV
e § 3º.
§ 2º- O Presidente declarará prejudicada a discussão:
I- de qualquer projeto com objetivo idêntico ao de outro que já tenha sido aprovado antes, ou rejeitado
na mesma sessão legislativa, excetuando-se aqueles subscritos pela maioria absoluta dos Membros da
Câmara Municipal.
II- da proposição original, quando tiver substitutivo aprovado;
III- de emenda ou subemenda idêntica a outra já aprovada ou rejeitada;
IV- de requerimento repetitivo.
§ 3º A discussão será feita sobre o conjunto da proposição e das emendas, se houver.
§ 4º O Presidente, aquiescendo o Plenário poderá anunciar o debate por títulos, capítulos, seções ou
grupos de artigos.
§ 5º Havendo mais de um requerimento subscrito pelo mesmo autor, poderá a Mesa Diretora colocá-
los conjuntamente em discussão.
Art. 167. Terão 2 (duas) discussões todas as proposições não incluídas no artigo anterior.
§ 1º Em nenhuma hipótese a segunda discussão ocorrerá na mesma sessão que tenha ocorrido a
primeira discussão.
§ 2º Os projetos de lei rejeitados em 1ª discussão e votação, serão arquivados.
Seção II
Do Adiamento da Discussão
Art. 169. A discussão, salvo nos projetos em regime de urgência, poderá ser adiada, mediante
deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Vereador ou Comissão para os seguintes fins:
I - audiência de Comissão que sobre ela, regimentalmente, não se tenha manifestado;
II pedido de vista para reexame por membro de uma ou mais Comissões por motivo justificado, pelo
prazo de até quinze dias, prorrogáveis por igual período;
III - ser realizada em dia determinado, não excedente de 30 (trinta) dias;
IV - preenchimento de formalidade essencial;
V - diligência considerada imprescindível ao seu esclarecimento.
§ 1º O requerimento previsto na alínea "b" somente poderá ser recebido quando:
I - a superveniência de fato novo possa justificar a alteração do parecer proferido;
II - houver dúvidas quanto à omissão ou engano manifesto no parecer;
III - a própria comissão, pela maioria de seus membros, julgue necessário o reexame.
§ 2º O adiamento, aprovado será sempre por tempo determinado não excedente a trinta dias, não
podendo ultrapassar o período da sessão legislativa.
Seção III
Da Dispensa da Discussão
Art. 170. As proposições com todos os pareceres favoráveis poderão ter a discussão dispensada por
deliberação do Plenário, mediante requerimento do autor.
Parágrafo único. A dispensa da discussão deverá ser requerida ao ser anunciada a matéria e não
prejudica a apresentação de emendas.
Seção IV
Do Encerramento da Discussão
CAPÍTULO VI
DAS VOTAÇÕES
Art. 172. As votações, salvo disposição em contrário, serão tomadas por maioria de votos, presente a
maioria absoluta dos membros da Câmara.
Seção I
Do Quorum para Aprovação
Art. 173. Dependerão do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara, a aprovação e
a alteração das seguintes matérias:
I - Regimento Interno da Câmara;
II - Leis Complementares de que trata o Parágrafo único do Art. 46 da LOM;
III - Criação, reclassificação, reenquadramento ou extinção de cargos, fixação, aumento e alteração
de vencimentos dos Servidores;
IV - Obtenção e concessão de empréstimos e operações de crédito;
V - Perda de mandato de Vereador;
VI - Rejeição de veto;
Art. 174. Dependerão do voto favorável de dois terços dos Membros da Câmara, a aprovação e a
alteração das seguintes matérias:
I - concessão de direito real de uso e concessão administrativa de uso;
II - denominação de prédios, vias e logradouros públicos;
III - concessão de anistia, isenção e remissão tributárias ou previdenciárias e incentivos fiscais, bem
como moratória e privilégios;
IV - concessão de títulos honoríficos e honrarias;
V - alienação de bens imóveis;
VI - rejeição do parecer prévio do tribunal de Contas do Estado, sobre as contas que o Município deve,
anualmente, prestar;
VII alteração territorial do Município;
VIII - criação, organização e supressão de distritos;
IX - recebimento de denúncia contra o Prefeito e Vereadores, para apuração de crime de
responsabilidade;
X - aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doação sem encargo.
Art. 175. Ressalvada a hipótese da obstrução parlamentar legítima prevista no Art. 113, o Vereador
não poderá recusar-se a votar.
Art. 176. O Vereador estará impedido de votar quando tiver interesse pessoal na matéria, caso em
que sua presença será computada para efeito de quorum.
Parágrafo único. No curso da votação é facultado ao Vereador impugná-la perante o Plenário ao
constatar que dela esteja participando Vereador impedido de votar.
Art. 177. Quando se esgotar o tempo regimental da sessão, esta considerar-se-á prorrogada até ser
concluída a votação da matéria em causa.
Art. 178. Considerar-se-á qualquer matéria em fase de votação a partir do momento em que o
Presidente declarar encerrada a discussão.
Seção II
Do Voto Público
Seção III
Dos Processos de Votação
Art. 181. O processo simbólico será a regra geral para as votações, somente sendo abandonado por
impositivo legal ou regimental ou por solicitação de qualquer Vereador.
§ 1º Do resultado da votação simbólica qualquer Vereador poderá requerer verificação mediante
votação nominal, não podendo o Presidente indeferí-lo.
§ 2º Não se admitirá segunda verificação de resultado da votação.
§ 3º O Presidente, em caso de dúvida, poderá, de ofício, repetir a votação simbólica para a recontagem
dos votos.
Art. 182. A votação será nominal nos casos em que seja exigido o quorum de maioria absoluta e dois
terços, previstos nos arts. 173 e 174.
Art. 184. Terão preferência para votação as emendas supressivas e as emendas substitutivas.
Art. 185. O Vereador poderá, ao votar, fazer declaração de voto, que consiste em indicar as razões
pelas quais adota determinada posição em relação ao mérito da matéria.
Art. 186. Enquanto o Presidente não tenha proclamado o resultado da votação, o Vereador que já
tenha votado poderá retificar o seu voto.
TÍTULO VI
DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL E DOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE
CAPÍTULO I
DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL
Seção I
Do Orçamento
Art. 187. A Comissão Permanente de Finanças e Orçamento prevista no § 1º do Art. 99 da LOM passa
a denominar-se Comissão Permanente de Finanças, Orçamento e Fiscalização e terá como finalidade:
I - Examinar e emitir parecer sobre os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual, às Diretrizes
Orçamentárias, ao Orçamento Anual e aos Créditos Adicionais, assim como sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Prefeito Municipal;
II - É sem prejuízo da atuação das demais Comissões da Casa ou de Vereadores isolados, exercer a
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Município e das entidades da
Administração Direta e Indireta, quanto à legalidade, legitimidade e economicidade de seus atos;
III - Exercerá, ainda, a fiscalização das aplicações das verbas de subvenções, convênios, acordos,
ajustes, renúncias de receita ou outros instrumentos congêneres com qualquer pessoa física ou jurídica,
podendo ainda examinar as prestações das contas previstas no artigo 52 da LOM e finalmente exercer
todas as atribuições previstas na Sessão VII do Título III da LOM que trata da Fiscalização Contábil,
Financeira e Orçamentária, sem prejuízo da atuação de outras Comissões ou de Vereadores isolados.
Art. 188. Ao chegar à Comissão, projeto de lei ou outro expediente tratando de matéria de sua
competência o Presidente da Comissão designará um relator que atuará de acordo com as disposições
deste capítulo.
Art. 189. Serão apreciados pela Comissão emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual e Créditos
Adicionais que:
I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias;
II - que indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesas, excluídas as que incida sobre:
a) dotação para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida municipal;
c) transferência tributária para autarquias e fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público
Municipal.
II - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões;
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei;
Parágrafo único. Todas as emendas serão encaminhadas em formulário único a ser elaborado pela
Comissão.
Art. 190. As emendas ao Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias somente serão apreciadas quando
compatíveis com o Plano Plurianual.
Art. 191. O Relator das Contas do Prefeito Municipal e da Mesa Diretora da Câmara apresentará, no
prazo de 15 dias, a contar do recebimento das mesmas, parecer que concluirá por um projeto de Decreto
Legislativo, ao qual poderão ser apresentadas emendas na Comissão, no prazo de quinze dias, a partir
da publicação da abertura do prazo no órgão oficial e leitura no Plenário do mesmo.
§ 1º O prazo começa a correr da publicação no Diário Oficial.
Art. 192. As propostas de modificações das matérias a que se refere o § 5º do artigo 99 da LOM,
enviadas pelo Prefeito Municipal, serão recebidas até o início da respectiva votação na Comissão e
apreciadas como emendas.
Art. 193. As mensagens do Prefeito Municipal, encaminhando os projetos de lei relativos ao Plano
Plurianual, à Lei de Diretrizes Orçamentárias, ao Orçamento Anual e aos Créditos Adicionais, serão
recebidas pelo Presidente da Casa e encaminhadas ao Presidente da Comissão mencionada, em 48
horas após ser dado conhecimento ao Plenário da Casa e, por escrito, a cada Vereador.
Parágrafo único. Serão encaminhadas cópias das proposições elencadas no caput deste artigo,
concomitantemente, à Procuradoria Municipal e à Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, para
elaboração de parecer, observados os prazos regimentais.
Art. 194. O prazo de tramitação das proposições de que trata este capítulo será o seguinte:
I - Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias a ser recebido pela Casa, no prazo do inciso II, do § 9º,
do artigo 98 da LOM, combinado com o inciso II, do § 2º, do artigo 35 das Disposições Transitórias da
Constituição Federal:
a) até cinco dias para publicação no Diário Oficial do Município de Campo Grande ou outro Jornal
Diário, do aviso de seu recebimento, contados da data de protocolo da Proposição na Casa;
b) quinze dias para apresentação de emendas, perante a Comissão, a contar da publicação referida
na letra anterior;
c) até cinco dias para comunicação a Casa em sessão Plenária, do recebimento das emendas e
distribuição destas, a partir do encerramento do prazo para sua apresentação;
d) até vinte dias para que a Comissão encaminhe à Mesa Diretora da Casa o seu Parecer sobre o
Projeto e as emendas, a contar da comunicação referida na letra anterior;
II - Projeto de Lei Orçamentária Anual, a ser recebido pela Casa no prazo do inciso II do § 9º do artigo
98 da LOM, combinado com o inciso III, do § 2º, do artigo 35 das Disposições Transitórias da Constituição
Federal:
a) até cinco dias para publicação no Diário Oficial do Município de Campo Grande ou outro Jornal
Diário, do aviso de seu recebimento, contados da data de protocolo da Proposição na Casa;
b) vinte dias para apresentação de emendas, perante a Comissão, contados da publicação prevista na
letra anterior;
c) até cinco dias para comunicação a Casa, em Sessão Plenária, do recebimento das emendas e
distribuição destas aos Vereadores, a partir do encerramento do prazo para apresentação;
d) até vinte dias para que a Comissão encaminhe à Mesa Diretora o seu Parecer sobre o Projeto e as
emendas, a contar da comunicação referida na letra anterior;
III - Projeto de Créditos Adicionais:
a) até três dias, para publicação no Diário Oficial do Município de Campo Grande ou outro Jornal Diário
do aviso de seu recebimento, contados da data de protocolo da Proposição na Casa;
b) até cinco dias, para apresentação das emendas perante a Comissão, a contar da publicação do
inciso anterior;
c) até três dias, para comunicação a Casa em Sessão Plenária do recebimento das emendas e
distribuição destas aos Vereadores;
d) até dez dias, contados do recebimento das emendas, para que a Comissão encaminhe à Mesa
Diretora o seu parecer sobre as mesmas e sobre o Projeto.
Parágrafo único. O Projeto do Plano Plurianual obrigatório, nos termos do inciso XI, do artigo 67 da
LOM, a ser encaminhado a Casa até 4 meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e
devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Aplicam-se os prazos estabelecidos no
Art. 194, inciso I.
Art. 195. O Parecer da Comissão sobre as emendas referidas no artigo anterior, será conclusivo, salvo
requerimento para que a emenda seja submetida a votos, apresentado à Mesa Diretora até a discussão
da matéria em Plenário, proibida a apresentação do mesmo após o início da votação.
Art. 196. Votada a matéria pelo Plenário a Comissão Permanente de Orçamento, Finanças e
Fiscalização terá o prazo de cinco dias para a elaboração de sua redação final.
Art. 197. A votação de todas as matérias de que trata este capítulo, pelo Plenário, dar-se-á de acordo
com as disposições próprias do Regimento, desde que não colidam com o aqui disposto.
Art. 198. No exame dos Projetos de Lei ou outros expedientes de que trata este capítulo, a Comissão,
preliminarmente examinará a compatibilidade dos mesmos com os dispostos no artigo 100 da LOM.
Art. 199. As contas do Município ficarão durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer
contribuinte, na Câmara Municipal, em local de fácil acesso, para exame e apreciação, o qual poderá
questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei.
Seção II
Das Codificações
§ 7º A Mesa Diretora destinará sessões exclusivas para a discussão e votação dos projetos referidos
no caput deste artigo.
Art. 202. Na discussão do projeto os oradores disporão de dez minutos para uso da palavra, salvo o
Relator da Comissão que disporá de quinze minutos.
CAPÍTULO III
DOS PROCEDIMENTOS DE CONTROLE
Seção I
Do Julgamento das Contas
Art. 203. Recebido o Parecer Prévio do Tribunal de Contas, independentemente de leitura em Plenário,
o Presidente fará distribuir cópia do mesmo, bem como do balanço anual, a todos os Vereadores,
enviando o processo à Comissão de Finanças e Orçamento que terá 20 (vinte) dias para apresentar ao
Plenário seu pronunciamento, acompanhado do projeto de decreto legislativo pela aprovação ou rejeição
do parecer.
§ 1º Até 10 (dez) dias, depois do recebimento do processo, a Comissão de Finanças e Orçamento
receberá pedidos escritos dos Vereadores solicitando informações sobre itens determinados da prestação
de contas.
Art. 204. O projeto de decreto legislativo apresentado pela Comissão de Finanças e Orçamento sobre
a prestação de contas, será submetido a uma única discussão e votação assegurando-se aos Vereadores
debater a matéria.
Parágrafo único. Não se admitirão emendas ao projeto de decreto legislativo.
Art. 205. O parecer prévio emitido pelo Tribunal de Contas sobre todas as contas que o Prefeito e a
Mesa Diretora da Câmara devem anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços
dos Membros da Câmara Municipal.
Art. 206. Na sessão em que for apreciado o parecer prévio, a Ordem do Dia será destinada
exclusivamente à sua discussão e votação.
Seção II
Do Processo Destituitório
Art. 207. Sempre que qualquer Vereador propuser a destituição de membro da Mesa, o Plenário,
conhecendo da representação, deliberará, preliminarmente, em face da prova documental oferecida por
antecipação pelo representante, sobre o processamento da matéria.
§ 1º Caso o Plenário se manifeste pelo processamento da representação, esta será autuada pelo 1º
Secretário e o Presidente ou o seu substituto legal, se for ele o denunciado, determinará a notificação do
acusado para oferecer defesa no prazo de 15 (quinze) dias e arrolar testemunhas até o máximo de 03
(três), sendo-lhe enviada cópia da peça acusatória e dos documentos que a tenham instruído.
§ 2º Se houver defesa, anexada a mesma com os documentos que a acompanharem aos autos, o
Presidente mandará notificar o representante para confirmar a representação ou retirá-la, no prazo de 5
(cinco) dias úteis.
§ 3º Se não houver defesa, ou, se havendo, o representante confirmar a acusação, será sorteado
relator para o processo e convocar-se-á sessão extraordinária para a apreciação da matéria, na qual
serão inquiridas as testemunhas de defesa e de acusação, até o máximo de 3 (três) para cada lado.
§ 4º Não poderá funcionar como relator Membro da Mesa.
§ 5º Na sessão, o relator, que se servirá de funcionário efetivo da Câmara para coadjuvá-lo, inquirirá
as testemunhas perante o Plenário, podendo qualquer Vereador formular-lhes perguntas, do que se
lavrará assentada.
§ 6º Finda a inquirição, o Presidente da Câmara concederá 30 (trinta) minutos para se manifestarem
individualmente o representante, o acusado e o relator, seguindo-se a votação da matéria pelo Plenário.
§ 7º Se o Plenário decidir por 2/3 (dois terços) de votos dos Vereadores, pela destituição, será
elaborado projeto de resolução pelo Presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final e o
Presidente da Câmara declarará destituído o Membro da Mesa.
TÍTULO VII
DO REGIMENTO INTERNO E DA ORDEM REGIMENTAL
CAPÍTULO I
DA ALTERAÇÃO OU REFORMA DO REGIMENTO
Art. 208. O Regimento Interno poderá ser modificado ou reformado por projeto de resolução subscrito
por 1/3 dos Vereadores, da Mesa Diretora ou de Comissão Temporária para esse fim criada, aplicando-
se à sua tramitação as normas estabelecidas para os demais projetos de resolução.
TÍTULO VIII
DA PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL
CAPÍTULO I
DA INICIATIVA POPULAR DE LEI
Art. 209. A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara de projeto de lei subscrito
por cinco por cento do total do eleitorado, quando for do interesse do Município, e de cinco por cento do
eleitorado residente na cidade, no distrito ou no bairro, respectivamente, quando se tratar do interesse
específico das mencionadas unidades geográficas, obedecidas as seguintes condições:
CAPÍTULO II
DE OUTRAS FORMAS DE PARTICIPAÇÃO
Art. 210. A participação da sociedade civil poderá, ainda, ser exercida através do oferecimento de
pareceres técnicos, exposições e propostas oriundas de entidades científicas e culturais, de associações
e sindicatos e demais instituições representativas.
Parágrafo único. A contribuição da sociedade civil será examinada por Comissão cuja área de
atuação tenha pertinência com a matéria contida no documento recebido.
TÍTULO IX
DA ADMINISTRAÇÃO
CAPÍTULO I
DOS SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E DE PESSOAL
Art. 212. As reclamações sobre irregularidade nos serviços administrativos deverão ser encaminhadas
à Mesa Diretora, para providência dentro de setenta e duas horas.
TÍTULO X
DO ASSESSORAMENTO INSTITUCIONAL
CAPÍTULO I
DA PROCURADORIA MUNICIPAL
Art. 214. Toda proposição sujeita a deliberação da Câmara uma vez protocolada e conhecida do
Plenário, será despachada pela Presidência à Procuradoria Municipal que dará parecer técnico, sem
análise de mérito, no prazo improrrogável de cinco dias úteis, contados a partir do recebimento da
proposição no setor.
TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 215. Nos dias de sessão deverão estar hasteadas, no edifício e no recinto do Plenário, as
bandeiras do País, do Estado e do Município.
Art. 216. Não haverá expediente no Legislativo nos dias de ponto facultativo decretado no Município.
Art. 217. Na contagem dos prazos regimentais, observar-se-á no que for aplicável, a legislação
processual civil.
Art. 218. À data de vigência deste Regimento, ficarão prejudicados quaisquer projetos de resolução
em tramitação sobre matéria regimental e revogados todos os precedentes firmados sob o império do
Regimento anterior.
Art. 219. É vedado dar denominação de pessoas vivas a qualquer das dependências ou edifícios da
Câmara.
Questões
01. Acerca do Regimento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande/MS, julgue o item abaixo:
Compete à Comissão de Defesa do Consumidor opinar quanto ao mérito, nas matérias referentes ao
Código Administrativo de Processo Fiscal e nas matérias relacionadas direta ou indiretamente com os
interesses do consumidor, inclusive como contribuinte do erário público.
( ) Certo ( ) Errado
02. Acerca do Regimento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande/MS, julgue o item abaixo:
A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes
orçamentárias.
( ) Certo ( ) Errado
03. Acerca do Regimento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande/MS, julgue o item abaixo:
Respostas
[...]
TITULO IV
DO PROCESSO NO TRIBUNAL
CAPITULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Seção I
Do Jurisdicionado e do Interessado
Art. 79. Para os efeitos deste Regimento, jurisdicionado é a pessoa física ou jurídica, pública ou
privada, compreendida nas disposições dos arts. 76 e 77 da Constituição Estadual, e do art. 20 da Lei
Complementar n. 160, de 2012, que, estando sujeita ao controle externo do Tribunal, integre a relação
jurídica decorrente do referido controle.
§ 1º O interessado:
I- compreende a pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que, embora não integre a relação
jurídica decorrente do controle externo do Tribunal, seja ou possa ser afetada pelos efeitos do ato singular
ou colegiado sobre a matéria do processo;
II- poderá intervir em qualquer fase do processo, inclusive na recursal, hipótese em que ingressará no
processo no estado em que ele se encontrar.
§ 2º As referências feitas ao jurisdicionado compreendem, conforme o caso, o interessado.
§ 3º O jurisdicionado poderá ser representado no Tribunal por procurador devidamente constituído,
exceto para a prática de ato que por sua natureza seja indelegável, observado, quanto ao advogado,
também o disposto no art. 106.
Seção II
Dos Princípios e Garantias Processuais
Art. 81. Sem prejuízo do disposto no art. 80, são assegurados ao jurisdicionado o direito:
I- a qualquer das providências compreendidas nas disposições do art. 105;
II- à retirada dos autos do processo do Tribunal, por intermédio do seu advogado (art. 106).
CAPÍTULO II
DA ATIVIDADE PROCESSUAL
Disposições Iniciais
Seção I
Da Distribuição de Processos aos Conselheiros
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 83. A distribuição de processos aos Conselheiros obedecerá ao princípio da publicidade e aos
critérios da alternância e do sorteio.
§ 1º A distribuição de processos relativos às contas anuais do Governador do Estado será feita aos
Conselheiros mediante rodízio anual, observado o critério de antiguidade no cargo; havendo idênticas
antiguidades, pelo critério de maior idade.
§ 2º Na distribuição dos demais processos será realizado sorteio, para definir o Conselheiro relator:
I - da matéria de um processo específico, nos casos de:
a) recurso, exceto de embargos de declaração (art. 156, caput, I e II, e § 1º);
b) exceção de incompetência de Conselheiro ou de órgão colegiado, bem como de impedimento ou
de suspeição de Conselheiro (art. 167);
c) pedido de revisão;
d) consulta;
e) matéria de natureza administrativa interna;
f) ato de pessoal sujeito à apreciação pelo Tribunal, para o fim de registro, observadas as disposições
dos arts. 84, parágrafo único, II, b; 145 e 146;
II - das matérias de todos os processos relacionados com as Unidades Jurisdicionadas integrantes de
Lista (art. 86).
§ 3º Para os fins do disposto no § 2º, compete ao:
I- Presidente (art. 19) realizar o sorteio dos processos específicos relacionados com as matérias
compreendidas nas disposições do inciso I, a a e, do referido parágrafo, exceto no caso de recurso de
embargos de declaração;
II- Tribunal Pleno (art. 16) realizar os sorteios, na última sessão plenária dos biênios pares, para definir
cada Conselheiro relator das matérias de todos os processos relacionados com as Unidades
Jurisdicionadas integrantes da Lista (art. 86) que lhe for sorteada; (Redação dada pela Resolução Nº 25,
de 9 de novembro de 2015)
III- setor administrativo de protocolo, automaticamente, a distribuição dos processos relativos aos atos
de pessoal sujeitos ao registro (§ 2º, I, f) e aos demais casos, observadas as disposições do § 5º;
§ 4º Na distribuição de processos mediante sorteio, nos termos do § 2º, I, a a f, observadas as
disposições dos §§ 3º, III, e 5º, deverá ser rigorosamente cumprido o princípio da alternância de relatoria
entre os Conselheiros.
Subseção II
Disposições Especiais
Art. 84. À distribuição e à relatoria de processos são aplicáveis as seguintes regras especiais:
I- o Conselheiro relator (arts. 3º e 4º) atuará no processo a ele distribuído até a solução da matéria no
Juízo Singular ou em órgão colegiado, observadas as demais disposições deste artigo;
II- se na realização de despesa pública atuar mais de um jurisdicionado, a definição do relator dar-se-
á de acordo com o vínculo do Conselheiro com a Unidade Jurisdicionada que liberou o recurso financeiro;
III - nos casos de:
a) licença do Conselheiro relator por período superior a quarenta e cinco dias, ou de vacância do cargo,
o Presidente do Tribunal, nos termos do art. 19, X, “b” do Regimento Interno, designará Auditores para,
conforme a necessidade, impulsionar os processos ou relatar as matérias de processos, até o retorno do
licenciado ou a posse do novo Conselheiro, observado o disposto nos artigos 27, II, “b”, e 28, II,” b”, desta
Resolução; (Redação dada pela Resolução nº 58, de 28 de junho de 2017)
b) substituição eventual, para efeito de quórum ou para completar composição do Tribunal Pleno ou
das Câmaras, o Presidente do Tribunal ou da Câmara, conforme o caso, designará Auditor, para substituir
Conselheiro, observado o critério de rodízio, para ler os processos incluídos em pauta, mantendo-se
inalterado o relatório e o posicionamento expressado, com a respectiva responsabilidade e voto assinado
pelo Conselheiro relator originário ausente; (Redação dada pela Resolução nº 58, de 28 de junho de
2017)
c) é facultado ao Conselheiro relator, nos termos da alínea “b” deste inciso, solicitar que os processos
a cargo de sua relatoria sejam retirados da pauta em que se fará ausente, devendo constituir nova pauta
por solicitação do mesmo; (Incluído pela Resolução nº 58, de 28 de junho de 2017).
IV- na inviabilidade de aplicação do disposto no inciso III, a e b, o Presidente do Tribunal poderá
designar outro Conselheiro para a prática dos atos compreendidos naquelas regras;
V- o Conselheiro que apreciou ou julgou a matéria no Juízo Singular, ou que proferiu o voto vencedor
no ato colegiado recorrido, está impedido de relatar a matéria do recurso interposto ou do pedido de
revisão; todavia, ele poderá proferir voto, inclusive de vista, no julgamento da matéria do recurso ou do
pedido de revisão;
VI- a vedação disposta no inciso V, primeira parte, não é aplicável ao caso de interposição do recurso
de embargos de declaração;
VII- os processos distribuídos ao Conselheiro empossado no cargo de Presidente do Tribunal, bem
como os processos que deviam ser a ele distribuídos por Unidades Jurisdicionadas integrantes da Lista
que lhe foi antes sorteada, serão automaticamente redistribuídos ao Conselheiro que deixar a
Presidência.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no inciso I do caput, será observado o seguinte:
I- os processos em andamento, relacionados com as Unidades Jurisdicionadas integrantes de Lista
que for sorteada para outro Conselheiro, continuarão com o Conselheiro ao qual foram distribuídos,
cabendo-lhe dar continuidade à relatoria das respectivas matérias;
II- nos casos de:
a) contrato, incumbe ao Conselheiro relator da matéria compreendida na primeira fase (art. 120, caput,
I) relatar também as matérias compreendidas nas segunda e terceira fases (art. 120, caput, II e III, e §
2º);
b) contratação de pessoa por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público (CF, art. 37, caput, IX), caberá ao Conselheiro que relatou a matéria relativa
ao ato de contratação relatar, também, a matéria do termo aditivo eventualmente firmado (art. 145, §§ 1º
e 2º).
Art. 85. O Conselheiro relator que constatar vício insanável na autuação e formalização de processo,
ou na sua tramitação, poderá extingui-lo a qualquer momento, para que a matéria não seja
equivocadamente levada à apreciação, ao julgamento ou à deliberação, conforme o caso.
Seção II
Da Distribuição de Processos no Âmbito da Auditoria
Art. 87. A distribuição de processos no âmbito da Auditoria (art. 25) será estabelecida em ato normativo.
Parágrafo único. O ato normativo poderá também estabelecer, sem prejuízo de dispor sobre outras
matérias, a:
I - tramitação processual no âmbito interno da Auditoria;
II - atuação dos Auditores nos processos.
Seção III
Do Recebimento e da Juntada de Documentos e de Outras Peças aos Autos e do
Desentranhamento
Art. 88. O Tribunal receberá documento ou outra peça que lhe for encaminhado somente quando
acompanhado de expediente:
I - devidamente assinado pelo remetente;
II - no qual estejam expressos:
a) as indicações da sua origem, do assunto e da sua destinação;
b) a qualificação completa do jurisdicionado;
c) o número do processo em tramitação, a cujo processo o documento ou outra peça encaminhado se
refira.
§ 1º O documento ou outra peça:
I - poderá ser recebido por qualquer dos meios previstos na Lei Complementar n. 160, de 2012, neste
Regimento ou em ato normativo;
Art. 89. Nenhum documento ou outra peça será juntado ou desentranhado dos autos sem:
I- a autorização ou determinação prévia do Conselheiro relator ou, conforme o caso, do servidor ao
qual foi delegada competência no âmbito do seu Gabinete ou da unidade de auxílio técnico e
administrativo a ele vinculada;
II- o termo apropriado para a finalidade, que descreverá o documento ou a peça e o motivo da
providência tomada.
§ 1º No termo de desentranhamento constará o registro da folha correspondente ao documento ou a
outra peça retirado dos autos e da sua destinação, vedada a permanência nos autos de cópia ou de parte
do material desentranhado.
§ 2º As disposições deste artigo são também aplicáveis aos casos de apensamento e de
desapensamento de processo.
§ 3º A manifestação ou o parecer de Auditor, do representante do Ministério Público de Contas ou de
servidor competente de unidade de auxílio técnico e administrativo será juntado aos autos do processo
pelo respectivo subscritor.
Art. 90. Transcorrido o prazo para a juntada de documento ou de outra peça aos autos, o jurisdicionado
somente poderá fazê-lo no caso de novo documento ou peça.
Parágrafo único. Será considerado novo documento ou peça aquele destinado a fazer prova de fato:
I- ocorrido depois de transcorrido o prazo estabelecido para o jurisdicionado cumprir a exigência;
II- que o jurisdicionado teve conhecimento oficial somente depois de transcorrido o prazo para o
cumprimento da exigência.
Art. 91. O documento ou outra peça que o jurisdicionado encaminhar ao Tribunal ser-lhe-á devolvido,
se o encaminhamento não cumprir os requisitos estabelecidos em ato normativo pertinente.
Seção IV
Dos Atos e Termos Processuais e da Organização dos Autos
Art. 92. Os atos e termos processuais, inclusive para os fins de recebimento dos instrumentos de
defesa e dos recursos cabíveis:
I- poderão ser escritos ou registrados manualmente ou por meio de processo mecânico ou eletrônico,
com tinta indelével quando grafados em livros ou folhas avulsas; II - deverão:
a) conter somente o indispensável às suas respectivas finalidades;
b) ser datados e assinados por quem de direito, sob pena de invalidade;
III- não deverão conter cotas interlineares ou marginais nem rasuras.
§ 1º O ato processual, exceto o despacho de mero expediente, terá como conteúdo mínimo:
I- seu enunciado explícito, a matéria de referência e a indicação precisa das disposições
constitucionais, legais ou regulamentares a que ele se reportar;
II- a indicação das ocorrências relacionadas com a matéria de interesse e dos elementos contábeis,
financeiros ou jurídicos que serviram ou poderão servir de base para o exame da matéria;
III- a manifestação técnica da autoridade competente, conforme o caso.
§ 2º Os atos e termos processuais serão instrumentalizados em autos e organizados em volumes, com
suas folhas numeradas, rubricadas e dispostas em ordem cronológica de eventos e juntadas.
§ 3º Determinados documentos dos autos de processo poderão ser substituídos em qualquer fase da
instrução, a requerimento do jurisdicionado, desde que deles fiquem cópias autenticadas e a medida não
prejudique a instrução e a segurança processuais.
§ 4º A autenticação de cópias de documentos será feita pelo servidor competente do Cartório.
Art. 94. À intimação de ato processual são aplicáveis as disposições dos arts. 49, 50, 54 e 55 da Lei
Complementar n. 160, de 2012, e as desta Seção.
§ 1º As referências feitas à intimação compreendem, conforme o caso, qualquer outra comunicação
de ato.
§ 2º Independentemente do modo ou forma em que a intimação seja instrumentalizada ou veiculada,
nela deverão constar os elementos suficientes para a identificação do intimado e o objeto ou a finalidade
do ato.
Art. 95. A intimação de ato processual será feita ou determinada pelo Conselheiro relator, exceto
quanto ao disposto no parágrafo único e nos arts. 98 e 99.
Parágrafo único. Se na fase de instrução processual a intimação tiver a finalidade de remessa de
documentos, dados ou informações faltantes, integrantes de relação estabelecida em lei ou ato normativo
que obrigar a remessa:
I- caberá ao chefe da unidade de auxílio técnico e administrativo competente efetivá-la de ofício, no
prazo de trinta dias (art. 110, caput);
II- será fixado o prazo de trinta dias para o cumprimento do objeto da intimação pelo jurisdicionado (art.
110, caput, I).
Art. 97. Não consumada a intimação de ato processual por outro modo ou forma, será expedido edital,
publicado duas vezes consecutivas no DOTCE/MS.
Parágrafo único. Transcorrido o prazo estabelecido no edital, será considerada perfeita e acabada a
intimação, com os efeitos que lhe são próprios.
Art. 98. No caso de matéria a ser apreciada, julgada ou deliberada por Câmara ou pelo Tribunal Pleno,
o jurisdicionado será intimado do ato colegiado, a ser praticado na sessão, por meio da publicação da
pauta no DOTCE/MS.
Parágrafo Único. Publicada a pauta da sessão no DOTCE/MS (art. 62, § 3º), o Tribunal considerará o
jurisdicionado devidamente intimado, ainda que a matéria do processo incluído naquela pauta:
(Retificação de parágrafo §1º para parágrafo único de acordo com o Anexo I da Portaria TC/MS Nº 9, de
27 de fevereiro de 2014).
I- não for apreciada, julgada ou deliberada em decorrência do cancelamento da sessão ou da
suspensão de atos na sessão;
II- for apreciada, julgada ou deliberada na sessão ou em sessões subsequentes.
Art. 99. Apreciada, julgada ou deliberada a matéria por Câmara ou pelo Tribunal Pleno, o jurisdicionado
será intimado do resultado processual pela publicação do instrumento de formalização do ato colegiado
no DOTCE/MS.
Art. 100. Se a intimação de um mesmo ato processual for realizada por mais de um modo ou forma,
em datas distintas, será considerado como horário ou data de sua consumação o que primeiro ocorrer
(LC nº 160, de 2012, arts. 50 e 55).
Seção VI
Das Nulidades e dos Vícios Processuais
Art. 102. São nulos os despachos, decisões e outros atos praticados ou termos firmados:
I - por:
a) Conselheiro, Auditor, órgão, autoridade ou outro servidor do Tribunal sem competência para praticar
o ato ou firmar o termo;
b) Conselheiro ou Auditor impedido, ou declarado suspeito;
II- sem motivação;
III- em que seus elementos constitutivos ou informativos não sejam suficientes para determinar a
matéria do processo, seja quanto às suas partes essenciais ou ao seu todo.
§ 1º Às disposições deste artigo são aplicáveis, todavia, as seguintes regras:
I- a ausência, inexatidão ou insuficiência de fundamentos legais são consideradas supridas pela
adequada descrição dos fatos, que possibilite, conforme o caso, o exercício de defesa ou a interposição
de recurso;
II- a falta de intimação ou de outra comunicação de ato é sanada ou suprida diante da ocorrência de
qualquer dos casos referidos no art. 105, caput, I e II, e § 1º, I e II, a, b e c, observado o disposto no §
2º do presente artigo e no art. 96, II, a, 1 e 2, e b;
III- são reputados válidos os atos e termos, inclusive despachos e decisões, praticados em situação
de emergência sem a observância de algum requisito formal, se não havia, na oportunidade, outra forma
de alcançar seus resultados, desde que não ocasionem prejuízo ao jurisdicionado;
IV- a nulidade de ato ou termo, inclusive de despacho ou decisão, somente prejudicará os atos
posteriores que dele diretamente dependerem ou forem consequência.
§ 2º Nos casos do § 1º, II, o vício será considerado sanado a partir do momento em que, alternativa
ou cumulativamente, o jurisdicionado ou seu procurador:
I- tomar ciência da matéria do processo ou dos atos processuais praticados até aquele momento, por
qualquer dos meios previstos nos arts. 105, caput, I e II, e § 1º, I e II, a, b e c, e 106;
II- for comunicado formalmente dos elementos necessários para a prática do ato que lhe couber.
Art. 103. São competentes para declarar a nulidade de ato ou termo, inclusive de despacho ou decisão:
I- o Tribunal Pleno, em qualquer caso;
II- a Câmara ou o Conselheiro relator, conforme o caso.
Parágrafo único. Ao declarar a nulidade, o órgão colegiado ou o Conselheiro indicará o ato ou termo
atingido pela declaração, inclusive despacho ou decisão, ordenando as providências necessárias para o
prosseguimento do processo ou a solução de sua matéria.
Art. 104. O vício pela incorreção ou omissão que não importar a nulidade do ato será sanado de ofício,
ou a requerimento do jurisdicionado ou do representante do Ministério Público de Contas.
§ 1º Será dispensável o saneamento se o vício não influir na solução da matéria.
§ 2º Podendo decidir sobre o mérito a favor de quem aproveitaria a declaração de nulidade, o
Conselheiro, a Câmara ou o Tribunal Pleno poderá abster-se de:
I - declará-la ou de mandar repetir os atos ou termos nulos, inclusive despachos;
II - suprir a omissão.
Seção VII
Do Acesso do Jurisdicionado aos Autos de Processo e do Fornecimento de Cópias de
Documentos ou Certidões
Seção VIII
Da Retirada de Autos de Processo do Tribunal
Art. 106. O Conselheiro relator poderá deferir pedido escrito para a retirada dos autos de processo do
Tribunal, exclusivamente ao advogado regularmente constituído pelo jurisdicionado, pelo prazo de cinco
dias.
§ 1º No prazo estabelecido para o cumprimento do objeto de intimação, ou para a apresentação de
defesa ou interposição de recurso, o pedido independe de deferimento.
§ 2º Se houver mais de um jurisdicionado com interesse e legitimidade na matéria e o prazo lhes for
comum, será dada vista dos autos no Cartório e os autos não poderão ser retirados.
§ 3º Será indeferido o pedido para a retirada dos autos se estes estiverem na Secretaria das Sessões,
para a inclusão do processo na pauta de sessão de órgão colegiado.
§ 4º Deferido o pedido, caberá ao Cartório:
I- requisitar os autos ao órgão ou à unidade de auxílio técnico e administrativo em que eles se
encontrem, ou ao Ministério Público de Contas;
II- entregar os autos ao advogado requerente, mediante recibo.
Art. 107. Se os autos do processo retirados do Tribunal não forem devolvidos no prazo de cinco dias
(art. 106, caput), o Conselheiro relator ou o Presidente do Tribunal, conforme o caso:
I- intimará o advogado para devolvê-los até às dezessete horas do segundo dia útil contado da data
da intimação;
II- comunicará a falta cometida pelo advogado:
a) à Seção da Ordem dos Advogados do Brasil-OAB em que ele estiver inscrito;
b) ao Ministério Público de Contas, para as providências cabíveis;
III- requererá, se necessária, a medida judicial cabível para obter a devolução.
Parágrafo único. As comunicações referidas no inciso II, a e b, serão feitas, ainda que ocorrida a
devolução dos autos do processo ao Tribunal.
Art. 108. Para controlar a retirada e a devolução de autos ao Tribunal, o Cartório manterá registro de
carga, no qual constarão, no mínimo:
I- os nomes e as assinaturas dos advogados, os números e as seções estaduais de suas respectivas
inscrições na OAB, seus endereços profissionais e os números de seus telefones profissionais fixos e
móveis;
II- o número ou quantitativo de folhas dos autos;
III- as datas em que os autos deverão ser devolvidos;
IV- as datas e os horários das efetivas devoluções.
CAPÍTULO III
DA TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA DE PROCESSOS
Disposições Iniciais
Art. 109. Protocoladas e autuadas as peças constitutivas do processo pelo setor administrativo de
protocolo, a chefia daquele setor encaminhará os autos, conforme o caso:
I- ao Gabinete do Conselheiro relator;
II- diretamente à unidade de auxílio técnico e administrativo vinculada ao Gabinete do Conselheiro
relator, para os fins das disposições dos arts. 83, § 2º, II, e 86 (Unidades Jurisdicionadas integrantes de
Lista apropriada);
III- à autoridade ou à unidade de auxílio técnico e administrativo indicada em ato normativo pertinente;
IV- ao Gabinete do Presidente.
Parágrafo único. No procedimento de autuação dos documentos recebidos e da formalização do
processo, a chefia do setor administrativo de protocolo deverá:
I- observar as particularidades de distribuição do processo a Conselheiro, nos termos dos arts. 83, 84
e 86;
II- verificar se o processo não estará sujeito à tramitação especial (arts. 114 a 148).
Seção I
Da Instrução Processual
Art. 110. Recebidos os autos do processo pela unidade de auxílio técnico e administrativo competente,
caberá inicialmente à sua chefia, se necessário, no prazo de trinta dias:
I- intimar de ofício o jurisdicionado, para, no prazo de trinta dias, remeter os documentos, dados ou
informações faltantes, nos termos do parágrafo único do art. 95; (Inserção do vocábulo do, de acordo com
o Anexo I da Portaria TC/MS Nº 9, de 27.02.2014).
II- solicitar ao Conselheiro relator que determine:
a) a inspeção definida no art. 29 da Lei Complementar n. 160, de 2012, inclusive na modalidade de
diligência (art. 175, § 1º), para propiciar o adequado exercício do controle externo pelo Tribunal;
b) liminarmente, a aplicação de medida cautelar (art. 148);
c) a intimação do jurisdicionado, para que ele preste outros esclarecimentos ou informações, ou
apresente outros documentos ou dados, não compreendidos nas disposições do inciso I.
§ 1º Nos casos do disposto no caput, I e II, c, vencido o prazo sem o cumprimento do objeto da
intimação pelo jurisdicionado, este não mais poderá praticar o ato (LC n. 160, de 2012, art. 54, § 2º),
observado, no que couber, o disposto no art. 190.
§ 2º A intimação referida no inciso I do caput não prejudica a inflição da multa e o cumprimento das
prescrições do art. 46, §§ 1º e 2º, da Lei Complementar n. 160, de 2012.
Seção II
Do Saneamento dos Elementos dos Autos, do Encerramento da Instrução Processual e do
Desfecho do Exame da Matéria
Art. 112. Ao receber os autos do Ministério Público de Contas, o Conselheiro relator despachará,
conforme o caso, para:
I- em saneando processualmente os elementos dos autos, determinar a fiscalização apropriada (art.
175), inclusive na modalidade de diligência (art. 175, § 1º), visando à adequada instrução do feito;
II- encerrar a instrução processual, se não subsistirem pendências.
Parágrafo único. Encerrada a instrução processual, se o Conselheiro relator entender que:
I- há irregularidades nos atos praticados pelo jurisdicionado, ou sob a responsabilidade dele, mandará
intimá-lo para apresentar defesa sobre os pontos elencados no seu despacho, para o fim de estabelecer
o contraditório (LC n. 160, de 2012, art. 53, p. único), observado o disposto no art. 113;
II- não há irregularidades nos atos praticados pelo jurisdicionado, ou sob a responsabilidade dele:
a) procederá nos termos do art. 62, caput, I e II, se a matéria estiver sujeita à apreciação ou ao
julgamento colegiado por Câmara ou pelo Tribunal Pleno;
b) decidirá singularmente a matéria objeto de apreciação ou julgamento, se ela estiver no âmbito da
competência do Juízo Singular (art. 10); feito isso, mandará juntar o instrumento decisório aos autos do
processo e publicar sua decisão no DOTCE/MS.
Seção III
Do Exercício do Direito de Defesa
Art. 113. No caso do art. 112, parágrafo único, I, é facultado ao jurisdicionado apresentar defesa, no
prazo de trinta dias contados da data da sua intimação, podendo ele:
I- prestar esclarecimentos, informações ou justificativas sobre a irregularidade apontada pelo Tribunal,
quanto a erro de fato ou ao descumprimento de disposição ou requisito constitucional, legal ou
regulamentar, ou de determinada formalidade;
II- expor as razões de fato e de direito pelas quais ele entende que os atos que praticou são regulares
e, portanto, lícitos;
III- apresentar dados ou documentos que possam comprovar suas alegações e requerer a juntada
deles aos autos;
IV- requerer a realização de diligência (art. 175, § 1º) ou perícia.
§ 1º Expirado o prazo estabelecido, a omissão do jurisdicionado implicará a declaração de revelia.
§ 2º Se das razões de defesa do jurisdicionado o Conselheiro relator entender que, para o melhor
exame da matéria, será imprescindível a manifestação de unidade de auxílio técnico e administrativo
competente, da Auditoria ou do Ministério Público de Contas, ele despachará no sentido de determinar
ou solicitar a manifestação no prazo de trinta dias.
CAPÍTULO IV
DA TRAMITAÇÃO ESPECIAL DE PROCESSOS
Seção I
Da Emissão de Parecer Prévio sobre as Contas Anuais de Governo
Subseção I
Do Parecer Prévio sobre as Contas Anuais do Governador do Estado
Art. 114. À emissão de Parecer Prévio sobre as contas prestadas anualmente pelo Governador do
Estado, nos termos do art. 77, I, da Constituição Estadual, e dos arts. 21, I, e 32 da Lei Complementar n.
160, de 2012, são também aplicáveis as seguintes regras:
I- o Presidente constituirá uma Comissão Especial, composta de até cinco servidores do Tribunal
indicados pelo Conselheiro relator, para elaborar manifestação técnica sobre as matérias do processo,
no prazo de quinze dias;
II- elaborada a manifestação técnica pela Comissão Especial, os autos do processo serão
encaminhados direta e inicialmente à Auditoria e, na sequência, ao Ministério Público de Contas, para a
emissão dos pareceres cabíveis;
III- ao Auditor competente e ao representante do Ministério Público de Contas é estabelecido o prazo
de dez dias para cada um deles emitir o respectivo parecer.
Parágrafo único. A manifestação técnica referida no inciso I poderá ser substituída pelo relatório do
instrumento de fiscalização utilizado para monitorar as contas de governo do exercício financeiro de
referência.
Art. 115. De posse dos autos provindos do Ministério Público de Contas, o Conselheiro relator deverá,
no prazo de quinze dias:
I- sanear o feito, encerrar a instrução processual, relatar a matéria e emitir o seu parecer sobre a
apreciação das contas de governo prestadas;
II- proceder nos termos do art. 62, caput, I e II, observado o disposto no art. 57.
Subseção II
Do Parecer Prévio sobre as Contas Anuais dos Prefeitos Municipais
Art. 117. À emissão de Parecer Prévio sobre as contas prestadas anualmente pelos Prefeitos
Municipais (LC n. 160, de 2012, arts. 21, I, e 33) são também aplicáveis as disposições dos arts. 16,
caput, I, b; 111, 118 e 119, no que couber.
Subseção III
Disposições Especiais
Art. 118. O Tribunal receberá as prestações de contas anuais do Governador do Estado e dos Prefeitos
Municipais:
I- apresentadas nos prazos estabelecidos;
II- que estejam devidamente instruídas com os documentos, dados, registros e informações
necessários para propiciar a:
a) análise técnica de seus respectivos conteúdos;
b) emissão dos necessários Pareceres Prévios para os Poderes Legislativos do Estado e dos
Municípios, conforme o caso.
Parágrafo único. Se as prestações anuais das contas de governo não estiverem instruídas com os
documentos, dados, registros e informações necessários, o Tribunal poderá emitir Parecer Prévio
contrário à aprovação das referidas contas pelos respectivos Poderes Legislativos.
Seção II
Do Controle Externo dos Atos de Contratação Pública e de Execução do Objeto do Contrato
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 120. O controle externo dos atos de contratação pública e de execução do objeto do contrato será
exercido, pelo Tribunal, nos âmbitos das seguintes fases:
I- primeira fase, na qual serão realizados o exame e o julgamento da matéria relativa à regularidade
do procedimento:
a) licitatório, inclusive, conforme o caso, da formalização ou da adesão à ata de registro de preços;
b) de dispensa ou de inexigibilidade de licitação;
II- segunda fase, na qual serão realizados o exame e o julgamento da matéria relativa à regularidade
do contrato administrativo firmado, quanto ao teor do seu termo ou do instrumento que o substituiu, tal
como carta contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de
serviço;
III- terceira fase, na qual serão realizados o exame e o julgamento da matéria relativa à regularidade
dos atos de execução do objeto do contrato, especialmente quanto:
a) ao cumprimento dos prazos e condições pactuados no instrumento contratual, observado, quanto
ao termo aditivo e a outras eventuais alterações das cláusulas contratuais, o disposto no § 4º;
b) à atestação da regularidade do recebimento parcial ou total do bem móvel ou imóvel, da obra ou do
serviço, especialmente quanto aos seus aspectos de conformidade, qualidade e quantidade;
c) aos dispêndios financeiros realizados e à despesa pendente de liquidação.
§ 1º Os julgamentos das matérias nos âmbitos das primeira, segunda e terceira fases são juridicamente
distintos; todavia, em decorrência da cronologia dos eventos:
I- a matéria compreendida no âmbito da fase subsequente não poderá ser julgada antes do julgamento
da matéria compreendida no âmbito da fase antecedente;
II- será sobrestado o julgamento de matéria no âmbito da fase subsequente, se houver matéria
compreendida no âmbito da fase antecedente na pendência de julgamento.
§ 2º Competirá ao Conselheiro que relatou a matéria no âmbito da primeira fase relatar também as
matérias nos âmbitos das segunda fase e terceira fase (art. 84, p. único, II, a).
§ 3º O sobrestamento do julgamento de matéria no âmbito de determinada fase (§ 1º, II), bem como a
suspensão de determinado trâmite processual, não obstam:
I- a aplicação de medida cautelar, nos termos dos arts. 56, 57 e 58 da Lei Complementar n. 160, de
2012, e do art. 148 deste Regimento;
II- os exames e manifestações das unidades de auxílio técnico e administrativo competentes e, no que
couber, os exames e pareceres da Auditoria ou do Ministério Público de Contas, que sejam necessários
para evitar a paralisação de qualquer outro trâmite processual.
§ 4º Os documentos relativos ao termo aditivo de contrato e a outras eventuais alterações das
cláusulas contratuais serão:
I- recebidos no prazo e nos termos estabelecidos em ato normativo;
Subseção II
Do Controle do Procedimento Licitatório Gerador de Uma Só Contratação
Subseção III
Do Controle do Procedimento Licitatório Gerador de Mais de Uma Contratação
Art. 122. Tratando-se de único procedimento licitatório gerador da contratação de mais de uma pessoa
física ou jurídica:
I- os documentos relativos à matéria compreendida no âmbito da primeira fase (procedimento licitatório
ou dispensa ou inexigibilidade de licitação) serão recebidos e autuados com a formalização de processo
único;
II- o julgamento da matéria compreendida no âmbito da primeira fase será isolado e específico para
decidir sobre a regularidade do procedimento licitatório ou da dispensa ou da inexigibilidade da licitação;
III- os documentos relativos às matérias compreendidas nos âmbitos:
a) da segunda fase (contrato) serão recebidos e autuados com a formalização de processos distintos
do processo relativo à matéria compreendida no âmbito da primeira fase, considerando cada uma das
contratações;
b) da terceira fase (execução do objeto do contrato) serão recebidos e juntados aos autos de cada um
dos processos relativos às matérias compreendidas no âmbito da segunda fase (alínea a);
Subseção IV
Disposição Complementar
Art. 123. No caso de obra pública, a execução do objeto do contrato estendida no tempo poderá ser
objeto de fiscalização periódica ou sequencial, operacionalizada por meio dos instrumentos previstos,
observadas as disposições dos arts. 4º, caput, I, d, e 175 a 182, no que couber.
Seção III
Da Denúncia
Art. 124. Observado o disposto no art. 40 da Lei Complementar n. 160, de 2012, são requisitos de
admissibilidade da denúncia:
I- a indicação do nome do denunciante e sua qualificação;
II- as informações necessárias para a compreensão do ato ou fato denunciado, com os apontamentos
sobre:
a) os indícios ou a efetividade da ocorrência de ilícito;
b) as circunstâncias de tempo ou lugar do ilícito, exceto se, pelas informações recebidas, for avaliado
que o denunciante não tinha meios de apontá-las com exatidão ou segurança;
c) os elementos de convicção, observado, no que couber, o disposto nas alíneas a e b;
d) a autoria conhecida ou, conforme o caso, a autoria presumida;
III- a sua referência com matéria de competência do Tribunal.
§ 1º No caso do inciso I do caput, a denúncia formulada por pessoa jurídica deverá estar acompanhada
de cópia do ato de sua constituição e do documento comprobatório da habilitação do signatário para
representá-la.
§ 2º Os documentos relativos à denúncia serão recebidos no setor administrativo de protocolo e,
imediata e sequencialmente:
I- protocolados, sem autuação e formalização de processo;
II- encaminhados ao Gabinete da Presidência.
§ 3º Cabe ao Presidente exercer o juízo de admissibilidade da denúncia (art. 19, caput, XIII, a).
§ 4º Se o Presidente não admitir a denúncia, mandará remeter cópia da sua decisão ao denunciante.
Art. 125. Admitida a denúncia, o Presidente indicará se a tramitação processual será ou não sigilosa e
encaminhará o material ao setor administrativo de protocolo, para a prática imediata e sucessiva dos atos
de:
I- digitalização e autuação dos documentos e de formalização do processo específico;
II- remessa dos autos do processo à assessoria jurídica do Tribunal, para a emissão de parecer
preparatório sobre a matéria denunciada, exceto quanto ao disposto no § 2º.
§ 1º No caso do inciso II do caput, observadas as disposições do § 2º, a assessoria jurídica do Tribunal,
assim que emitir seu parecer, encaminhará os autos do processo imediatamente ao Conselheiro relator.
§ 2º Se o denunciante houver peticionado para que seja aplicada liminarmente medida cautelar, e
tratar-se de efetivo caso de urgência, o Presidente determinará ao setor administrativo de protocolo:
I- as providências compreendidas nas disposições do inciso I do caput;
II- a remessa imediata dos autos do processo ao Conselheiro relator, independentemente de qualquer
outra tramitação interna.
Art. 126. Observadas as prescrições do art. 125, o Conselheiro relator, ao receber os autos do
processo, poderá, alternativa ou cumulativamente:
I- aplicar medida cautelar, inclusive liminarmente, consoante o disposto no art. 148 (LC n. 160, de
2012, arts. 56 a 58);
II- acionar o instrumento de inspeção, nos termos dos arts. 175 a 179 e 182 deste Regimento, e do art.
29 da Lei Complementar n. 160, de 2012;
Art. 127. De posse dos autos do processo retornados do Ministério Público de Contas, se o Conselheiro
relator constatar que da apuração da denúncia:
I- não foi comprovada a ocorrência de ilícito, ele: a) encerrará a instrução processual;
b) elaborará seu relatório, bem como o voto escrito para ser proferido em sessão do Tribunal Pleno,
no sentido do arquivamento do processo;
c) procederá nos termos do art. 62, caput, I e II;
II- foi comprovada a ocorrência de ilícito, ele mandará intimar o denunciado para apresentar defesa no
prazo de trinta dias.
Parágrafo único. Para os fins do disposto no caput, I, b e c, deverá ser observada a regulação das
sessões reservadas, nos termos dos arts. 60 ou 61, conforme o caso.
Art. 128. Apresentada ou não a defesa pelo denunciado, no prazo da intimação (art. 127, II), o
Conselheiro relator tomará as mesmas providências previstas no art. 127, I, a, b e c, observadas as
disposições do parágrafo único daquele artigo.
Art. 129. Em qualquer caso, se a decisão do Tribunal Pleno reconhecer a ocorrência de:
I- desfalque ou outra espécie de desvio de bens, ou outro ilícito, que resultou dano ao erário,
determinará as providências necessárias para viabilizar o ressarcimento;
II- dolo, má-fé ou simples motivação política na denúncia, submeterá a matéria ao Ministério Público
de Contas, para a tomada das medidas cabíveis contra o denunciante.
Art. 130. Havendo em tramitação processo relativo à matéria de prestação de contas ou de apreciação
de ato de pessoal sujeito ao registro, cuja matéria esteja relacionada com o ato ou fato denunciado, o
Conselheiro relator poderá determinar:
I- o sobrestamento da apreciação ou do julgamento da matéria do processo em tramitação, até que
seja apurado o ato ou fato denunciado;
II- que os atos de apreciação ou de julgamento de ambas as matérias sejam praticados em conjunto,
em caráter prioritário.
Art. 131. Se o ato ou fato denunciado justificar a revisão de contas já apreciadas ou julgadas, a matéria
poderá ser conhecida como pedido de revisão, observados os requisitos, prazo e demais disposições dos
arts. 73 e 74 da Lei Complementar n. 160, de 2012.
Seção IV
Da Representação
Art. 132. Serão autuados como representação os documentos ou expedientes encaminhados por
pessoas ou agentes públicos referidos no art. 133, comunicando a ocorrência de ilícito administrativo do
qual tiveram conhecimento em virtude do exercício do cargo, emprego ou função que ocupam.
Parágrafo único. À representação são aplicáveis as disposições relativas à denúncia (arts. 124 a 131),
no que couber.
Seção V
Do Pedido de Informação e da Proposição de Averiguação Prévia
Art. 135. Admitido o Pedido de Informação, o Presidente determinará o seu protocolo e, no prazo de
48 horas, mandará intimar o jurisdicionado para que ele preste, no prazo de vinte dias, as informações
pedidas e apresente os documentos ou dados comprobatórios da veracidade delas.
§ 1º No caso de inconsistência das informações prestadas pelo jurisdicionado, ou se ele não houver
atendido tempestivamente ao objeto da intimação, o Pedido de Informação será convertido em
Proposição de Averiguação Prévia.
§ 2º A conversão referida no § 1º não prejudicará:
I- a inflição da multa cabível pela intempestividade no atendimento do objeto da intimação, nos termos
do art. 46 da Lei Complementar n. 160, de 2012;
II- a aplicação de qualquer outra sanção cabível ao desatendimento do objeto da intimação.
Seção VI
Da Consulta
Subseção I
Disposições Gerais
Art. 136. Cabe ao Tribunal responder à consulta do jurisdicionado (LC n. 160, de 2012, art. 21, XVI),
observados os requisitos de admissibilidade.
§ 1º São requisitos de admissibilidade da consulta:
I- formalização por escrito, com a indicação do nome, a qualificação do consulente e a demonstração
do seu interesse e legitimidade;
II- referência com a matéria de competência do Tribunal;
III- não referência a caso concreto;
IV- descrição clara da matéria consultada, circunscrevendo situação determinável e a indicação precisa
da controvérsia ou dúvida;
V- prestação das informações necessárias para elucidar os aspectos controvertidos ou duvidosos da
matéria e, na parte do pedido, que as perguntas sejam formuladas em quesitos;
VI- a declaração do consulente, sob as penas da lei, de que ele, o Poder, o órgão ou a entidade sob a
sua gestão ou responsabilidade não:
Subseção II
Do Juízo de Admissibilidade, da Solução e do Reexame de Consulta
Art. 137. Compete ao Presidente exercer o juízo de admissibilidade da consulta (art. 19, caput, XIII, a),
observado o disposto no art. 136, § 1º.
§ 1º Se o Presidente:
I- não admitir a consulta, determinará o arquivamento do pedido e mandará comunicar sua decisão ao
consulente;
II- verificar que as questões formuladas:
a) já foram respondidas em consulta anterior, mandará remeter cópia do Parecer-C ao consulente;
b) são objeto de processo relativo a outra consulta em tramitação no Tribunal, mandará juntar aos seus
autos as peças da consulta posterior.
§ 2º Admitida a consulta, o Presidente:
I- poderá determinar à assessoria jurídica do Tribunal a emissão de parecer preparatório sobre a
matéria consultada;
II- sorteará o Conselheiro para relatar a matéria (art. 83, § 2º, I, d);
III- submeterá a matéria ao Ministério Público de Contas, para a emissão de parecer no prazo de trinta
dias.
§ 3º Emitido o parecer, o Ministério Público de Contas poderá encaminhar os autos diretamente ao
Gabinete do Conselheiro relator (§ 2º, II).
Art. 138. A solução de consulta compete ao Tribunal Pleno (art. 16) e o instrumento de sua formalização
é o Parecer-C (art. 72).
Parágrafo único. Para os fins de deliberação pelo Tribunal Pleno, a solução da consulta do
jurisdicionado prescindirá de publicação prévia no DOTCE/MS, observado o disposto no art. 65, IV, c, e,
no que couber, nos arts. 62 e 66.
Art. 139. É facultado ao consulente ou a outro jurisdicionado com legítimo interesse, que discordar da
solução da consulta, pedir o seu reexame, no prazo de quinze dias contados da data da publicação do
Parecer-C no DOTCE/MS.
§ 1º Ao pedido de reexame de consulta são aplicáveis as disposições dos arts. 136, §1º e §2º, e 137,
§1º, I, §2º, III, e §3º, no que couber. (Redação dada pelo Anexo I da Portaria TC/MS Nº 9, de 27 de
fevereiro de 2014).
§ 2º Se o Presidente admitir o pedido de reexame:
I- submetê-lo-á ao Conselheiro que relatou a matéria do processo de solução da consulta objeto do
pedido de reexame;
II- sorteará outro Conselheiro para relatar a matéria, na inviabilidade de aplicar a regra do inciso I.
§ 3º O pedido de reexame será deliberado pelo Tribunal Pleno, independentemente de instrução
processual.
Art. 140. Os efeitos da solução da consulta formalizada no Parecer-C serão produzidos a contar da
data de sua publicação no DOTCE/MS.
Art. 142. Em caso concreto de apreciação, julgamento ou deliberação sobre matéria compreendida no
âmbito de solução anterior de consulta, o Tribunal poderá não penalizar o jurisdicionado que haja
observado o entendimento firmado em abstrato.
Subseção IV
Da Divergência Entre Soluções de Consultas
Art. 143. No caso da existência de soluções divergentes sobre a mesma matéria, fundadas em
idênticas regras ou situações jurídicas, prevalecerá o entendimento firmado no Parecer-C mais recente.
§ 1º O Tribunal Pleno poderá, todavia, em face da importância da matéria, deliberar sobre a
uniformização do entendimento.
§ 2º Para os fins do disposto neste artigo, cabe a qualquer Conselheiro, ao representante do Ministério
Público de Contas ou ao jurisdicionado suscitar o fato da existência de soluções divergentes de consultas
sobre a mesma hipótese.
§ 3º Suscitada a divergência, o Presidente determinará à assessoria jurídica do Tribunal a
manifestação no prazo de vinte dias.
§ 4º Confirmada pela assessoria jurídica do Tribunal a divergência suscitada, o Presidente sorteará
Conselheiro para relatar a matéria (art. 83, § 2º, I, d) e mandará remeter-lhe os autos.
§ 5º Relatada a matéria, serão aplicáveis ao caso as disposições dos arts. 62, caput, I e II; 65 e 138.
§ 6º Uniformizado o entendimento da matéria pelo Tribunal Pleno e formalizado o Parecer-C, os efeitos
do ato serão contados da data estabelecida naquele instrumento ou da sua publicação no DOTCE/MS,
conforme o caso.
Seção VII
Do Relatório-Destaque
Art. 144. Será elaborado Relatório-Destaque quando, no transcorrer de quaisquer atividades relativas
aos instrumentos de fiscalização utilizados, for detectado fato relevante que mereça ser destacado.
§ 1º O Relatório-Destaque poderá ser elaborado ainda que as atividades relativas ao instrumento de
fiscalização em andamento não estejam finalizadas.
§ 2º O Conselheiro receptor do Relatório-Destaque examinará a matéria nele destacada e se entendê-
la:
I - efetivamente relevante, determinará ao setor administrativo de protocolo:
a) a autuação das peças do material recebido e a formalização de processo de Relatório-Destaque;
b) o apensamento dos autos desse processo aos autos de outro acaso em andamento, que se refira à
matéria de prestação de contas ou de ato de pessoal na qual a matéria do Relatório-Destaque esteja
compreendida ou relacionada;
II- sem a relevância apontada, poderá, sem prejuízo do disposto nos arts. 180, 181 e 182, determinar
o arquivamento do relatório recebido ou tomar outras medidas que entender úteis.
§ 3º Cumpridas as etapas previstas no § 2º, I, a e b, o processo relativo ao Relatório-Destaque seguirá
a tramitação ordinária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 109 a 113, exceto no caso de
necessidade de tramitação processual sigilosa.
§ 4º Se não for necessário aplicar liminarmente medida cautelar (art. 148), ou submeter a matéria à
Auditoria ou a unidade de auxílio técnico e administrativo competente, o Conselheiro relator mandará
encaminhar os autos ao Ministério Público de Contas, para a emissão de parecer no prazo de quinze
dias.
§ 5º Para os fins do disposto no § 3º:
I- o julgamento da matéria relativa à prestação de contas ou a apreciação do ato de pessoal sujeito ao
registro serão sobrestados, até o julgamento da matéria relativa ao Relatório-Destaque;
Seção VIII
Da Apreciação de Ato de Pessoal Sujeito ao Registro
Art. 145. Para os fins de apreciação de ato de pessoal sujeito ao registro, nos termos constitucionais
e do art. 34 da Lei Complementar n. 160, de 2012, o setor administrativo de protocolo, por meio de
mecanismo eletrônico apropriado:
I- autuará os documentos recebidos do jurisdicionado e formalizará processo específico, observado o
disposto no art. 146 quanto ao concurso público e ao ato de nomeação de pessoa nele aprovada;
II- distribuirá o processo a Conselheiro, nos termos do art. 83, §§ 2º, I, f, e 3º, III;
III- encaminhará os autos do processo diretamente à unidade de auxílio técnico e administrativo
competente, para o exame da matéria.
§ 1º As disposições deste artigo são também aplicáveis aos casos de contratações por tempo
determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, consoante o
disposto no art. 37, caput, IX, da Constituição Federal.
§ 2º No caso do § 1º, compete ao Conselheiro que relatou a matéria relativa ao ato de contratação
relatar, também, a matéria do termo aditivo eventualmente firmado (art. 84, p. único, II, b).
§ 3º A unidade de auxílio técnico e administrativo competente poderá, se previamente autorizada pelo
Conselheiro relator, determinar o arquivamento do processo a que se referem as disposições do § 1º,
quando a contratação não ultrapassar o prazo de seis meses.
Art. 147. Observadas as prescrições dos arts. 145 e 146, o processo relativo à apreciação de ato de
pessoal seguirá a tramitação ordinária, nos termos dos arts. 109 a 113, no que couber.
Seção IX
Das Medidas Cautelares
Art. 148. As medidas cautelares serão aplicadas ou determinadas pelo Conselheiro relator,
incidentalmente, de ofício ou atendendo ao pedido, nas matérias em que se pretender assegurar a
efetividade do controle externo (LC n. 160, de 2012, arts. 56 a 58).
§1º A medida cautelar poderá ser:
I- requerida pelo Procurador-Geral do Ministério Público de Contas ou pelo jurisdicionado ou
interessado;
II- aplicada:
a) a qualquer tempo, independente da fase ou instância em que se encontrar o processo, inclusive
como ato inaugural de processo de iniciativa do Tribunal, nos termos dos arts. 134 e 135 (Pedido de
Informação e Proposição de Averiguação Prévia) e do art. 144 (Relatório-Destaque);
b) liminarmente, pelo Conselheiro relator, independentemente de prévia manifestação do
jurisdicionado por ela afetado; III - revogada a qualquer tempo.
CAPÍTULO V
DOS RECURSOS
Disposições Iniciais
Art. 149. Observado o disposto nos arts. 66 a 71 da Lei Complementar n. 160, de 2012, à disciplina
dos recursos ordinário, de embargos de declaração e de agravo são acrescidas as disposições deste
Capítulo.
Art. 150. Às matérias relativas aos recursos são aplicáveis as seguintes regras:
I- a petição do recurso:
a) poderá ser recebida, no Tribunal:
1. em folhas de papel datilografadas ou impressas eletronicamente, hipótese em que o material será
digitalizado para o processamento eletrônico;
2. por meio de material gravado em instrumento ou mídia de armazenamento de dados, tal como CD-
ROM ou pen drive (memória USB flash-drive);
3. pela remessa eletrônica (LC n. 160, de 2012, art. 50, I, II e III), nos termos da regulamentação
pertinente;
4. pela via postal, nos casos a que se referem os itens 1 e 2, observado, no que couber, o disposto no
§ 2º do art. 88;
b) será juntada aos autos do processo correspondente, independentemente do meio utilizado para a
sua veiculação, remessa ou recebimento;
II- o recurso interposto será submetido ao juízo de admissibilidade (inc. IV);
III- não caberá recurso contra ato relativo à auditoria operacional;
IV- a decisão em juízo de admissibilidade de recurso compete ao Presidente e é irrecorrível, consoante
o disposto, respectivamente, nos arts. 9º, VIII, a, e 72, II, da Lei Complementar n. 160, de 2012; V - se o
Presidente:
a) admitir o recurso, distribuirá o processo a Conselheiro, nos termos dos arts. 152, caput; 156, caput,
I e II, e § 1º, e 161, caput, conforme o caso;
b) não admitir o recurso, mandará publicar a decisão denegatória no DOTCE/MS;
VI- é facultado ao recorrente desistir do recurso interposto, até o momento de início da sessão em que
esteja previsto o seu julgamento pelo Tribunal Pleno.
§ 1º A petição do recurso somente será protocolada no Tribunal se contiver, no mínimo:
I- o nome e a qualificação do recorrente;
II- o número do processo ao qual a matéria recursal se refira;
III- os fundamentos de fato e de direito;
IV- o pedido;
V- a data e a assinatura do recorrente.
§ 2º Para os fins do disposto no § 1º, III, no caso de embargos de declaração será exigida do recorrente
a exposição, clara e precisa, do ponto obscuro, contraditório ou omisso apontado como razão do recurso.
§ 3º Aos recursos são também aplicáveis as disposições do art. 92, caput, II, a, e III, no que couber.
Seção I
Do Recurso Ordinário
Art. 151. Cabe recurso ordinário ao Tribunal Pleno (art. 16), nos termos do art. 69 da Lei Complementar
n. 160, de 2012, contra:
I - ato de Conselheiro que apreciou ou julgou a matéria do processo no exercício do Juízo Singular;
II - ato colegiado:
a) de qualquer das Câmaras, que apreciou, julgou ou deliberou sobre a matéria do processo;
Art. 152. Admitido o recurso, o Presidente sorteará o Conselheiro para relatar a matéria, distribuir-lhe-
á o processo e mandará remeter-lhe os autos, observado o disposto no art. 84, caput, V, primeira parte.
§ 1º O recurso ordinário admitido será recebido nos efeitos devolutivo e suspensivo (LC n. 160, de
2012, art. 68).
§ 2º Sendo diversas as pessoas que se manifestaram nos autos, antes da decisão recorrida, e opostos
seus interesses, a interposição do recurso por quaisquer delas ensejará a intimação das demais, para o
oferecimento de contrarrazões no prazo comum de sessenta dias.
§ 3º Se o recurso houver sido interposto:
I- pelo jurisdicionado, o Conselheiro relator submeterá a matéria ao Ministério Público de Contas, para
a emissão de parecer no prazo de trinta dias, dispensada nova manifestação do recorrente;
II- por representante do Ministério Público de Contas, o Conselheiro relator mandará intimar o
jurisdicionado para oferecer contrarrazões no prazo de trinta dias, dispensada, no caso, nova
manifestação do recorrente.
Art. 153. No caso de recurso interposto pelo jurisdicionado, o Conselheiro relator poderá determinar,
antes das providências previstas no art. 152, § 3º, I, a manifestação da unidade de auxílio técnico e
administrativo competente ou, conforme o caso, da Auditoria.
Parágrafo único. A unidade de auxílio técnico e administrativo competente, ou a Auditoria, se
manifestará no prazo de trinta dias.
Seção II
Do Recurso de Embargos de Declaração
Art. 155. Ao recurso de embargos de declaração previsto nas disposições do art. 70 da Lei
Complementar n. 160, de 2012, são também aplicáveis as regras estabelecidas nesta Seção.
Art. 156. Admitido o recurso (art. 150, caput, IV), o Presidente distribuirá o processo ao Conselheiro
que, conforme o caso:
I- relatou a matéria objeto da decisão singular ou colegiada recorrida, observado o disposto no art. 84,
caput, VI;
II- foi designado para redigir o acórdão objeto dos embargos, nos casos do art. 5º, observada a
disposição do art. 73, § 5º, segunda parte.
§ 1º Na inviabilidade de cumprimento do disposto no caput, I e II, o Presidente do Tribunal designará
Conselheiro para relatar a matéria dos embargos de declaração.
§ 2º O recurso de embargos de declaração admitido será:
I- recebido nos efeitos devolutivo e suspensivo (LC n. 160, de 2012, art. 68);
II- julgado nos termos do art. 157.
§ 3º No processamento da matéria dos embargos de declaração não haverá:
I- instrução em unidade de auxílio técnico e administrativo ou na Auditoria;
II- manifestação do Ministério Público de Contas, exceto quando o recurso interposto puder produzir
efeitos modificativos ao ato recorrido.
Art. 157. O Conselheiro relator dos embargos de declaração deverá, no prazo de vinte dias:
I- julgá-lo, se o ato estiver no âmbito da competência do Juízo Singular;
Seção III
Do Recurso de Agravo
Art. 159. O recurso de agravo é cabível no caso e no prazo previstos no art. 71, caput e § 1º, da Lei
Complementar n. 160, de 2012, observadas as disposições desta Seção.
Art. 160. É facultado ao agravante instruir a matéria do recurso com as peças que entender úteis.
Parágrafo único. Tratando-se de processo físico, serão exigidas do agravante a cópia da decisão
agravada e a prova da sua intimação.
Art. 161. Admitido o recurso, o Presidente sorteará o Conselheiro para relatar a matéria, distribuir-lhe-
á o processo e mandará remeter-lhe os autos, observadas as disposições do art. 84, caput, V, primeira
parte.
Parágrafo único. O recurso de agravo será:
I- recebido somente no efeito devolutivo; todavia, o Conselheiro relator poderá atribuir-lhe efeito
suspensivo, em decisão fundamentada, nos termos do art. 71, § 2º, da Lei Complementar n. 160, de 2012;
II- julgado pelo Tribunal Pleno (art. 16).
CAPÍTULO VI
DO PEDIDO DE REVISÃO
Art. 164. Cabe pedido de revisão ao Tribunal Pleno, nos termos do art. 73 da Lei Complementar n.
160, de 2012, contra ato de apreciação ou julgamento compreendido nas disposições do art. 173, I e II.
§ 1º Havendo responsabilidade solidária na matéria, o pedido de revisão por um dos responsáveis
aproveita aos demais, inclusive àquele julgado à revelia, no que concerne às circunstâncias objetivas.
§ 2º Ao pedido de revisão são também aplicáveis as disposições dos arts. 92, caput, II, a e b, e III, e
150, caput, I, a, 1 a 4, e § 1º.
Art. 165. Assim que protocoladas, as peças do pedido de revisão serão autuadas com a formalização
de processo específico; feito isso:
CAPÍTULO VII
DAS EXCEÇÕES
CAPÍTULO VIII
DAS MATÉRIAS PARA APRECIAÇÃO, JULGAMENTO OU DELIBERAÇÃO URGENTE
Art. 168. Às matérias que possam ser apreciadas, julgadas ou deliberadas em regime de urgência, por
Câmara ou pelo Tribunal Pleno, são aplicáveis as seguintes regras:
I- o pedido de urgência poderá ser formulado pelo Presidente ou por qualquer outro Conselheiro;
II- a relatoria da matéria caberá ao Conselheiro que pediu urgência, inclusive quando formulado pelo
Presidente;
III- o Conselheiro relator exporá a matéria, valendo como relatório o resumo da sua exposição;
IV- cumprida qualquer das providências previstas nos incisos II e III, a matéria será submetida ao
representante do Ministério Público de Contas;
V- serão orais e na própria sessão:
a) o relatório do Conselheiro relator;
b) o parecer do representante do Ministério Público de Contas;
c) os votos dos Conselheiros.
§1º Exceto diante de caso ou situação excepcional, o regime de urgência não será cabível para a
tramitação:
I- processual referida nos arts. 114 e 117 (contas anuais de governo do Governador do Estado e dos
Prefeitos Municipais);
II- dos processos relativos às matérias de prestações de contas de gestão dos Poderes Legislativos e
Judiciário, do próprio Tribunal de Contas, do Ministério Público e da Defensoria Pública (art. 16, caput, II,
a, 1).
§ 2º A matéria sobre a qual foi requerido o regime de urgência somente poderá ser retirada da sessão
por deliberação da Câmara ou do Tribunal Pleno.
CAPÍTULO IX
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES
Art. 169. Observado o disposto nos arts. 41 a 48 da Lei Complementar n. 160, de 2012, às matérias
relativas às infrações e sanções são aplicáveis, também, as disposições deste Capítulo.
Art. 170. As sanções previstas no art. 44 da Lei Complementar n. 160, de 2012, serão aplicadas pelo
Tribunal consoante os seguintes critérios:
I- as multas compreendidas nas disposições do art. 45, I, da Lei em referência, serão aplicadas entre
o mínimo de dez e o máximo de 1.800 UFERMS;
II- as multas compreendidas nas disposições do art. 45, II, da Lei em referência, serão aplicadas entre
o mínimo de cinco e o máximo de cem por cento do valor do dano ao erário.
§ 1º A multa compreendida nas disposições do art. 46 da Lei Complementar n. 160, de 2012, será
aplicada:
I- em decorrência de ausência ou de remessa intempestiva:
a) de documento, dado ou informação;
b) da integralidade do conjunto de documentos, dados ou informações, que deviam ser enviados ao
mesmo tempo;
II- por meio de mecanismo apropriado, inclusive eletrônico;
III- pela determinação do Conselheiro relator no exercício do Juízo Singular, ou do órgão colegiado
competente.
CAPÍTULO X
DA EFETIVIDADE DO CONTROLE EXTERNO DO TRIBUNAL
Seção I
Disposições Gerais
Art. 171. Se da efetividade do controle externo do Tribunal resultar demonstrada a regularidade, ainda
que com ressalva, das contas prestadas pelo jurisdicionado, ser-lhe-á dada quitação (LC n. 160, de 2012,
arts. 59, caput, I e II, e §§ 1º, 2º e 3º, e 60).
Art. 172. No caso de apuração de irregularidade nas contas prestadas pelo jurisdicionado, ou dele
tomadas, inclusive quanto às contratações públicas (LC n. 160, de 2012, arts. 42, 59, caput, III, e 61),
compete ao Conselheiro, à Câmara ou ao Tribunal Pleno, conforme a respectiva competência:
I- aplicar:
a) medida cautelar (art. 148), inclusive liminarmente, observado o disposto nos arts. 56, 57 e 58 da Lei
Complementar n. 160, de 2012;
b) as sanções cabíveis, nos termos do art. 77, VIII, da Constituição Estadual, e do art. 44 da Lei
Complementar n. 160, de 2012, observadas as disposições dos arts. 45 a 48 dessa Lei e, no que couber,
as deste Regimento;
II- impugnar despesas, para os fins de ressarcimento de dano ao erário;
III- determinar:
a) o ressarcimento do dano causado ao erário, consoante o disposto no art. 77, § 3º, da Constituição
Estadual, e no art. 61, I, da Lei Complementar n. 160, de 2012;
b) a correção das irregularidades sanáveis, assinando prazo para o jurisdicionado adotar as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, nos termos do art. 77, IX, da Constituição
Estadual, e do art. 61, II, da Lei Complementar n. 160, de 2012;
IV- recomendar à pessoa responsabilizada pela prática de irregularidade, ou a quem a haja sucedido
ou sucedê-la no cargo ou na função (LC n. 160, de 2012, art. 59, §§ 1º, II, e 3º), a adoção das medidas
necessárias para:
a) a correção das impropriedades identificadas;
b) prevenir a ocorrência futura de impropriedades semelhantes ou assemelhadas;
V- representar ao Poder competente:
a) sobre as irregularidades ou os abusos apurados, nos termos do art. 77, XI, da Constituição Estadual;
b) visando à intervenção no Estado ou em Município, nos casos previstos no art. 79 da Constituição
Estadual, e nos arts. 32, § 2º, e 33, § 2º, da Lei Complementar n. 160, de 2012;
VI- sustar a execução do ato impugnado, se não houver sido atendida a determinação feita ao
jurisdicionado, comunicando a decisão ao Poder Legislativo estadual ou municipal, consoante o disposto
no art. 77, X, da Constituição Estadual.
§1º Para os fins do disposto no caput, I, b, II e III, a, na Decisão Singular (art. 70) ou no Acórdão (art.
73) será:
I- fixado o prazo de sessenta dias para o cumprimento da decisão;
Seção II
Da Consumação do Controle Externo pelo Tribunal
Art. 173. A efetividade do controle externo do Tribunal será consumada pelo ato singular de
Conselheiro ou pelo ato colegiado de Câmara ou do Tribunal Pleno que, em caráter definitivo, nos termos
do art. 72 da Lei Complementar n. 160, de 2012:
I- apreciar:
a) as contas de governo prestadas ou tomadas (arts. 114 a 117);
b) a legalidade de ato de pessoal, para o fim de registro (arts. 145, 146 e 147);
II- julgar as contas de gestão prestadas ou tomadas, inclusive quanto às contratações públicas,
consoante as disposições:
a) das Constituições Federal e Estadual, bem como da Lei Complementar n. 160, de 2012, de outras
leis aplicáveis e dos respectivos atos normativos de regulamentação;
b) deste Regimento;
III- deliberar sobre a solução de consulta;
IV- julgar outras matérias ou deliberar sobre outras questões compreendidas no âmbito da
competência do Tribunal;
V- determinar a extinção ou o arquivamento do processo:
a) em relação ao qual foi cumprida a decisão instrumentalizada na Decisão Singular ou no Acórdão,
observado, no que couber, o disposto no art. 174, § 4º;
b) compreendido nas disposições dos arts. 4º, § 1º, I, a,1, e 10, § 1º, I, a;
c) relativo à matéria objeto de decisão judicial transitada em julgado.
Parágrafo único. Para os fins do disposto neste artigo:
I- serão também arquivados os relatórios de fiscalização, consoante as disposições dos arts. 144, §
2º, II, e 181, caput, II, b, e § 3º;
II- deverá ser também observada a definitividade:
a) das decisões contra as quais não couberem recursos ou não hajam sido interpostos, nos prazos
previstos, os recursos cabíveis (LC n. 160, de 2012, art. 72, I, a e b);
b) sobre o juízo de admissibilidade:
1. dos recursos e do pedido de revisão (LC n. 160, de 2012, art. 72, II);
2. de denúncia e de consulta, consoante as disposições, respectivamente, dos arts. 124, § 3º, e 137,
§§ 1º, I, e 2º.
TÍTULO V
DA FISCALIZAÇÃO
CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
Art. 175. A fiscalização, que propicia o controle direto e coordenado do Tribunal sobre os Poderes,
órgãos e entidades jurisdicionados, será operacionalizada por meio dos seguintes instrumentos:
I- auditoria, inspeção, monitoramento e acompanhamento, consoante as definições dos arts. 28 a 31
da Lei Complementar n. 160, de 2012;
II- tomada de contas especial, nos termos dos arts. 21, VII, e 38, § 3º, da Lei referida no inciso I.
§ 1º As diligências:
I- estão compreendidas no âmbito do instrumento de inspeção;
II- serão destinadas a coletar dos jurisdicionados, sem demora ou maiores formalidades, os
documentos, dados e informações para suprir omissões ou lacunas, ou para esclarecer dúvidas, nos
termos do art. 29 da Lei Complementar n. 160, de 2012.
§ 2º O Tribunal poderá determinar regime de urgência (art. 168) aos procedimentos relativos ao
instrumento de fiscalização acionado para atender à solicitação do Poder Legislativo.
Art. 176. As atividades relativas à fiscalização por meio dos instrumentos de auditoria, inspeção,
monitoramento e acompanhamento serão:
I- iniciadas pela determinação de Conselheiro, que estabelecerá o prazo para a conclusão dos
trabalhos, observado o disposto no § 5º;
II- presididas em todas as suas fases pelo Conselheiro que mandou iniciá-las ou por aquele que, legal
ou regimentalmente, substituí-lo;
III- desempenhadas por servidores do Tribunal, competentes para as respectivas finalidades e
especialmente designados, observadas as disposições dos §§ 1º, 2º e 3º.
§ 1º As atividades relativas a cada instrumento de fiscalização serão desempenhadas, conforme o
caso ou a necessidade, por servidor designado ou por equipe ou grupo de trabalho, nos termos do ato do
Conselheiro que determinar a fiscalização.
§ 2º Para os fins do disposto no § 1º, será designado servidor ocupante de cargo efetivo no Tribunal,
devidamente qualificado, para desempenhar individualmente as atividades ou para coordenar a equipe
ou o grupo de trabalho constituído.
§ 3º Sem prejuízo das prescrições do inciso III do caput e dos §§ 1º e 2º, o servidor designado ou a
equipe ou o grupo de trabalho constituído poderá ser assessorado: I - rotineiramente, por outros
servidores do Tribunal; II - para determinados casos ou situações, por:
a) servidores de quaisquer dos Poderes da União, dos Estados ou dos Municípios;
b) outras pessoas, ainda que não integrantes do quadro de servidores do Tribunal ou dos Poderes
referidos na alínea a.
§ 4º Para os efeitos do disposto no § 3º, I e II:
I- o assessoramento previsto está condicionado a que os servidores ou pessoas que o prestem ou
devam prestá-lo:
a) possuam a qualificação e os conhecimentos técnicos exigidos para o desempenho das atividades;
b) atuem efetiva e exclusivamente nas atividades-meio de execução dos trabalhos de cada instrumento
de fiscalização, e somente em caráter temporário;
c) observem as diretrizes estabelecidas pelo:
1. Tribunal ou pelo Conselheiro competente, conforme o caso;
2. servidor designado ou pelo coordenador da equipe ou do grupo de trabalho constituído, sem prejuízo
do disposto no item 1;
II- se for necessária a assunção de obrigação financeira para a execução dos trabalhos, o Conselheiro
que determinou a fiscalização solicitará ao Presidente as providências cabíveis para que seja firmada e
cumprida a obrigação.
§ 5º Vencido o prazo estabelecido para a conclusão dos trabalhos (caput, I), poderá ser solicitada ao
Conselheiro competente uma prorrogação; neste caso, findo o prazo prorrogado sem que os trabalhos
hajam sido concluídos, o Conselheiro:
I- poderá determinar a substituição parcial ou total dos servidores designados;
II- estabelecerá, conforme o caso ou a necessidade, novo cronograma ou somente novo prazo para
propiciar a conclusão.
§ 6º Para o fim de fiscalização da execução do objeto do contrato de obra pública estendida no tempo,
nos termos do art. 123, o Tribunal Pleno poderá autorizar, excepcionalmente: a aplicação apenas parcial
da regra estabelecida no § 2º do presente artigo, para atender ao disposto no inciso II deste parágrafo;
II- que o servidor, tecnicamente habilitado e designado para desempenhar as atividades do instrumento
utilizado para a fiscalização da obra, não seja ocupante de cargo efetivo no Tribunal.
Seção II
Dos Requisitos e Formalidades dos Instrumentos de Fiscalização
Art. 177. Os instrumentos de fiscalização previstos nas disposições deste Capítulo serão utilizados
para dar cumprimento, conforme o caso:
I - a plano de fiscalização;
II - à determinação:
a) do Tribunal Pleno, em qualquer caso;
Art. 178. As atividades relativas a cada instrumento de fiscalização serão precedidas do planejamento
necessário para:
I- efetivar o levantamento prévio de documentos, dados e informações relevantes para a execução dos
trabalhos:
a) nos arquivos do Tribunal e do jurisdicionado, especialmente nos respectivos bancos de dados;
b) nas repartições de quaisquer Poderes, entidades e órgãos públicos e, se factível, em quaisquer
entes privados;
II- fixar os pontos compreendidos nas disposições do art. 177, § 1º, II, inclusive quanto à metodologia
a ser utilizada.
Seção III
Do Desempenho das Atividades Relativas aos Instrumentos de Fiscalização
Art. 179. Nos termos do art. 22 da Lei Complementar n. 160, de 2012, os servidores do Tribunal
designados para desempenhar as atividades relativas a cada instrumento de fiscalização:
I- são competentes para solicitar os documentos, dados ou informações necessários;
II- deverão ter:
a) livre ingresso e permanência em quaisquer dos locais de situação dos Poderes, órgãos ou entidades
sujeitos à jurisdição do Tribunal;
b) acesso aos documentos, dados e demais fontes de informações necessários para atingir a finalidade
pretendida, inclusive aos sistemas eletrônicos de processamento de dados.
§ 1º As disposições do caput, I e II, são aplicáveis aos servidores e pessoas referidos no art. 176, §§
3º e 6º, observada, todavia, a reserva de competência dos servidores do Tribunal para a prática de
determinados atos.
§ 2º Obstaculizados por qualquer causa, ou de qualquer modo, a fiscalização ou o exercício das
prerrogativas dos servidores do Tribunal, conforme as previsões constitucionais, legais e regulamentares,
o servidor designado ou o coordenador da equipe ou do grupo de trabalho constituído:
I- tomará as medidas necessárias para solucionar o impasse e assim dar início ou continuidade aos
trabalhos, no estrito âmbito de sua competência;
II- solicitará ao Conselheiro competente a tomada das medidas cabíveis, se não obtiver a solução do
impasse.
Seção IV
Do Encerramento e dos Relatórios das Atividades Relativas aos Instrumentos de Auditoria,
Monitoramento ou Acompanhamento
Art. 181. Ao receber o relatório do instrumento de fiscalização utilizado (art. 180, caput), o Conselheiro:
I - poderá inicialmente solicitar ao seu autor que, no prazo de cinco dias: a) preste os esclarecimentos
necessários para sanar dúvidas;
b) manifeste-se sobre eventuais pontos omitidos;
II determinará:
a) as providências previstas no § 1º, se estiverem relatadas irregularidades em tese ou efetivamente
sancionáveis;
b) o seu arquivamento, se não for caso compreendido nas disposições da alínea a;
§ 1º Para os fins do disposto no caput, II, a, o Conselheiro encaminhará as peças do relatório que
entender necessárias ao setor administrativo de protocolo, para que este:
I- verifique se já tramita no Tribunal outro processo que se refira ao mesmo objeto e, feito isso:
a) se for positiva a verificação, que efetive a juntada das peças recebidas aos autos do outro processo
em tramitação;
b) se for negativa a verificação, que formalize processo ou processos apropriados para ensejar os
posteriores atos de apreciação ou julgamento de suas matérias;
II- preste outras informações ou tome outras providências, que entender úteis para a adequada
tramitação processual.
§ 2º É vedado ao setor administrativo de protocolo, sem a devida autorização ou determinação do
Conselheiro ou de servidor credenciado do seu Gabinete:
I- formalizar processo com a autuação de peças oriundas de relatório de qualquer instrumento de
fiscalização;
II- juntar peça de relatório de qualquer instrumento de fiscalização aos autos de outro processo em
tramitação no Tribunal (art. 89, I).
§ 3º Exaurida a utilidade do relatório do instrumento de fiscalização utilizado, com as providências
compreendidas nas disposições deste artigo, o Conselheiro competente determinará o seu arquivamento.
Seção V
Do Encerramento e do Relatório das Atividades Relativas ao Instrumento de Inspeção
Art. 182. No caso de fiscalização operacionalizada pelo instrumento de inspeção (LC n. 160, de 2012,
art. 29):
I- as atividades a ele relativas serão encerradas com a juntada, aos autos do processo que lhe deu
origem, do relatório apropriado que o Conselheiro competente recebeu, examinou e mandou juntar aos
autos;
II- deverão ser também observadas as disposições dos arts. 180, §§ 1º, 2º e 3º, e 181, caput, I, a e b,
no que couber.
CAPÍTULO III
DA TOMADA DE CONTAS ESPECIAL
Seção I
Da Definição e dos Pressupostos para a Tomada de Contas Especial
Art. 183. Tomada de contas especial é o instrumento de fiscalização utilizado pelo Tribunal para obter
e examinar os documentos, dados e informações relativos às contas não prestadas por quem devia fazê-
lo, de cujas contas não prestadas o Poder, órgão, entidade ou autoridade competente deixou de realizar
a necessária tomada de contas.
Parágrafo único. Consoante a definição inscrita no caput, para a instauração da tomada de contas
especial é assim necessário que não hajam sido tomadas as contas pelo Poder, órgão, entidade ou
autoridade que devia tomá-las, observadas as disposições dos arts. 184, 185 e 186.
Art. 184. Sempre que determinado Poder, órgão, entidade, autoridade ou pessoa deixar de prestar
tempestivamente as contas a que está obrigado, o Tribunal deverá tomar as medidas cabíveis para a
tomada de contas (LC n. 160, de 2012, art. 24, II), observado o disposto nos arts. 185 e 186.
Parágrafo único. A tomada de contas será também realizada nos casos:
I- de prestação incompleta de contas, pela falta de documentos exigidos, cujas contas são
consideradas não prestadas (LC n. 160, de 2012, art. 37);
II- em que seja necessária a medida por qualquer outra causa.
Art. 185. Tomada de contas é o procedimento por meio do qual, ainda que sob outra denominação:
I- o Poder Legislativo do Estado ou de Município instaura para obter os documentos, dados e
informações relativos às contas anuais de governo do Poder Executivo correspondente, cujas contas não
hajam sido prestadas tempestivamente por quem devia fazê-lo, e disponibiliza ao Tribunal o material
obtido;
II- a Comissão de Orçamento e Finanças do Poder Legislativo, ou outra Comissão competente,
instaura para obter os documentos, dados e informações relativos às contas anuais do referido Poder,
cujas contas não hajam sido prestadas tempestivamente por quem devia fazê-lo, e disponibiliza ao
Tribunal o material obtido;
III- o jurisdicionado competente instaura de ofício, para obter de determinada pessoa, inclusive de outro
jurisdicionado, os documentos, dados e informações relativos às contas que aquela pessoa estava
obrigada a prestar-lhe e deixou de fazê-lo tempestivamente, e disponibiliza ao Tribunal o material obtido.
Subseção II
Da Solicitação e da Determinação da Tomada de Contas
Art. 186. Solicitação da tomada de contas é o ato, praticado no âmbito de procedimento do Tribunal,
por meio do qual é solicitado ao Poder Legislativo ou à Comissão a que se referem as disposições do art.
185, I e II, a tomada de contas de quem devia ter prestado contas e deixou de fazê-lo.
§ 1º Determinação da tomada de contas é o ato, praticado no âmbito de procedimento do Tribunal, por
meio do qual é determinado ao jurisdicionado referido no art. 185, III, a tomada de contas que ele deixou
de realizar de ofício, da pessoa, inclusive de outro jurisdicionado, que não lhe prestou contas.
§ 2º Ao solicitar ou determinar a tomada de contas, consoante o disposto no caput e no § 1º, o Tribunal
explicitará ao Poder Legislativo, à Comissão ou ao jurisdicionado, conforme o caso, que:
I- os documentos, dados e informações objeto da solicitação ou da determinação serão recebidos no
prazo de noventa dias;
II- na inviabilidade da obtenção dos documentos, dados e informações objeto da solicitação ou
determinação, que seja encaminhada, no prazo previsto no inciso I, a cópia do procedimento instaurado
para os fins devidos, com o relato minucioso:
a) dos atos e fatos relativos às contas não prestadas, especialmente em relação às eventuais
irregularidades apuradas e aos respectivos responsáveis;
b) das medidas tomadas para prevenir a ocorrência ou o agravamento de dano ao erário, ou para
interrompê-lo;
III- preste outras informações ou apresente outros dados ou documentos que entender úteis.
§ 3º Em qualquer caso, o ato de solicitação ou de determinação da tomada de contas explicitará que,
no mínimo, os documentos, dados e informações a ser obtidos e disponibilizados são os previstos nas
disposições legais e dos atos normativos que disciplinam a remessa obrigatória deles ao Tribunal.
Subseção III
Disposição Especial
Art. 187. Na falta da instauração da necessária tomada de contas, será apurada a responsabilidade
solidária da autoridade ou do dirigente omisso, nos termos do art. 63, II, a e b, da Lei Complementar n.
160, de 2012, sem prejuízo da instauração da tomada de contas especial.
Art. 188. Compete ao Tribunal Pleno, de ofício ou a pedido de Conselheiro ou do Ministério Público de
Contas, instaurar a tomada de contas especial (LC n. 160, de 2012, art. 38, § 3º).
§ 1º Para os fins de celeridade e economia processual, o ato do Tribunal Pleno que instaurar a tomada
de contas especial poderá ser praticado no âmbito do procedimento já existente, por meio do qual foram
constatadas as faltas da prestação de contas e da tomada de contas.
§ 2º No âmbito do procedimento em que é praticado o ato colegiado de instauração da tomada de
contas especial será:
I- informado se existe em tramitação processo relativo à matéria da mesma natureza;
II- estabelecido o prazo para que sejam realizados os trabalhos.
§ 3º À tomada de contas especial são aplicáveis as disposições dos arts. 176, 178, 179, 180 e 181,
caput, I, a e b, e § 2º, no que couber. (Retificação de parágrafo §4º para parágrafo §3º de acordo com o
Anexo I da Portaria TC/MS Nº 9, de 27 de fevereiro de 2014).
Seção IV
Disposição Final
Art. 189. Tomadas as contas, nos termos dos arts. 183 a 188 e consoante o disposto na Lei
Complementar n. 160, de 2012, as matérias a elas relativas serão processadas, bem como apreciadas
ou julgadas, consoante as disposições do Título IV, arts. 79 a 135 e 145 a 148, no que couber.
TÍTULO VI
DOS PRAZOS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 190. Observado o disposto nos arts. 54 e 55 da Lei Complementar n. 160, de 2012, às matérias
relativas aos prazos são também aplicáveis as seguintes regras:
I- a contagem de prazo só terá início ou vencimento em dia de expediente normal no Tribunal;
II- a data de início das férias coletivas do Tribunal suspenderá o curso do prazo; o que lhe sobejar
recomeçará a correr do primeiro dia útil seguinte ao término delas;
III- o prazo será prorrogado até o primeiro dia útil seguinte, se o seu vencimento ocorrer em dia sem
expediente no Tribunal ou em dia que o expediente for encerrado antes do horário previsto;
IV- no caso de inexistência de prazo específico, o Conselheiro relator poderá fixá-lo de ofício, devendo
fixar prazo razoável para a prática do ato;
V- atendendo a circunstâncias especiais, o Conselheiro poderá prorrogar o prazo uma vez, até igual
prazo daquele originalmente estabelecido ou do ato que o fixou especificamente, vedada a prorrogação
para a apresentação de defesa, a interposição de recurso ou o pedido de revisão (art. 4º, caput, II, a, 2;
e LC n. 160, de 2012, art. 54, § 2º);
VI- figurando nos autos de processo mais de um jurisdicionado, pessoas físicas ou jurídicas, será
comum o prazo estabelecido para o exercício de faculdade ou o cumprimento de determinação do
Tribunal, independentemente da constituição de procuradores distintos (arts. 152, § 2º; 162, § 1º, II, e
165, § 4º).
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II do caput são aplicáveis as disposições dos arts. 86 e 87
da Lei Complementar n. 160, de 2012, no que couber.
§ 2º Os prazos para a prática de atos no âmbito interno do Tribunal, não previstos em lei ou neste
Regimento, poderão ser:
I- estabelecidos em ato normativo;
II- fixados especificamente para atender a determinados casos ou situações.
CAPÍTULO II
DOS PRAZOS ESPECÍFICOS
Art. 191. Os prazos compreendidos nas disposições deste Regimento e da Lei Complementar n. 160,
de 2012, são sintetizados ou estabelecidos, conforme o caso, nos seguintes termos:
Art. 192. Para o controle dos prazos estabelecidos na Lei Complementar n. 160, de 2012, neste
Regimento e nos atos normativos pertinentes, o Tribunal manterá os registros apropriados para a
finalidade.
§ 1º Compete:
I - ao Cartório (arts. 70, § 2º; 77, § 3º, e 174, §§ 3º, I, e 4º) o controle dos prazos relativos aos atos:
a) singulares de apreciação ou de julgamento praticados por Conselheiro, no exercício do Juízo
Singular;
b) colegiados de apreciação, julgamento ou deliberação praticados por Câmara ou pelo Tribunal Pleno;
II- ao Coordenador da Auditoria, o controle dos prazos no âmbito interno daquele órgão;
III- aos chefes:
a) dos demais órgãos do Tribunal, o controle dos prazos estabelecidos para o desempenho de suas
atividades internas;
b) das unidades de auxílio técnico vinculadas aos Gabinetes dos Conselheiros, o controle dos prazos
estabelecidos para o recebimento de documentos, dados ou informações faltantes, nos casos e para os
fins do disposto nos arts. 95, parágrafo único; 110, caput, I, e 170, §§ 1º e 2º (LC n. 160, de 2012, art.
46);
c) das demais unidades de auxílio técnico e administrativo, o controle dos prazos estabelecidos para
o desempenho de suas atividades internas;
IV - aos órgãos ou autoridades indicados em atos normativos pertinentes, os controles dos prazos nos
âmbitos de suas respectivas áreas de atuação.
§ 2º O controle dos prazos no âmbito dos Gabinetes dos Conselheiros será feito pelos respectivos
Chefes de Gabinete, ou por servidores designados para realizar a tarefa, sob a supervisão de cada
Conselheiro.
§ 3º Sem prejuízo do disposto no § 1º, I a IV, compete ao Corregedor-Geral (art. 22) o controle
complementar dos prazos nos órgãos internos e unidades de auxílio técnico ou administrativo
compreendidos nas disposições em referência.
Art. 193. No caso do art. 192, § 3º, esgotado o prazo estabelecido e permanecendo a matéria ou o
processo sem tramitação interna regular, o Corregedor-Geral intimará o servidor responsável para:
I- justificar o atraso;
II- praticar os atos necessários para resolver o atraso e impulsionar o processo, no prazo que
estabelecer.
§ 1º Se o:
I- Corregedor-Geral não acolher a justificativa de atraso do servidor intimado, determinará a anotação
do fato na ficha funcional do faltoso, sem prejuízo de que ele deverá cumprir o objeto da intimação e
realizar a tarefa pendente;
II- servidor intimado não realizar no prazo a tarefa pendente, o Corregedor-Geral:
a) avocará o processo e, conforme o caso:
1. designará outro servidor que exercer cargo ou função equivalente, para realizar a tarefa;
2. constituirá comissão especial com três Auditores Estaduais de Controle Externo para realizar a
tarefa, no caso de necessidade ou de vantagem em relação ao disposto no item 1; (Redação dada pelo
Anexo I da Portaria TC/MS Nº 9, de 27 de fevereiro de 2014).
b) tomará as medidas cabíveis para a penalização do comportamento ilícito do servidor.
§ 2º No caso do § 1º, II, a, 2, os membros da comissão especial realizarão a tarefa sem prejuízo do
exercício de suas funções típicas, e o fato será objeto de assentamento honroso nos registros de dados
funcionais de cada um deles.
[...]
Questões
01. Acerca do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, julgue o
item abaixo:
02. Acerca do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, julgue o
item abaixo:
Respostas
O que qualifica o ato como administrativo é o fato que sua repercussão jurídica produz efeitos a uma
determinada sociedade, devendo existir uma regulação pelo direito público. Para que esse ato seja
caracterizado, é necessário que ele seja emanado por um agente público, quer dizer, alguém que esteja
investido de munus público, podendo atuar em nome da Administração.
Esse ato deve alcançar a finalidade pública, onde serão definidas prerrogativas, que digam respeito à
supremacia do interesse público sobre o particular, em virtude da indisponibilidade do interesse público.
Embora existam divergências, a doutrina mais moderna entende que os atos administrativos podem
ser delegados, assim os particulares recebem a delegação pelo Poder Público para prática dos referidos
atos.
Para Hely Lopes Meirelles: “toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que,
agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e
declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria”.2
Requisitos:
São as condições necessárias para a existência válida do ato. Do ponto de vista da doutrina
tradicional (e majoritária nos concursos públicos), os requisitos dos atos administrativos são cinco:
Competência: o ato deve ser praticado por sujeito capaz, trata-se de requisito vinculado. Para que um
ato seja válido deve-se verificar se foi praticado por agente competente.
No Direito Administrativo quem define as competências de cada agente é a lei, que deverá limitar sua
atuação e fazer as atribuições de cada agente.
O ato deve ser praticado por agente público, assim considerado todo aquele que atue em nome do
Estado, podendo ser de qualquer título, mesmo que não ganhe remuneração, por prazo determinado ou
vínculo de natureza permanente.
Podem ser englobados como agentes, os agentes políticos, que são os detentores de mandatos
eletivos, secretários e ministros de Estado, considerando ainda os membros da magistratura e do
Ministério Público. Os atos ainda poderão ser praticados por particulares em colaboração com o poder
público, podendo se considerar aqueles que exercem função estatal, sem vínculo definido, como acontece
com jurados e mesários, por exemplo.
Além da competência para a prática do ato, se faz necessário que não exista impedimento e suspeição
para o exercício da atividade.
Deve-se ter em mente que toda a competência é limitada, não sendo possível um agente que contenha
competência ilimitada, tendo em vista o dever de observância da lei para definir os critérios de legitimação
para a prática de atos.
Finalidade: O ato administrativo somente visa a uma finalidade, que é a pública; se o ato praticado
não tiver essa finalidade, ocorrerá abuso de poder.
Você deve estar se perguntando, qual seria a forma correta dos atos administrativos?
Simples, os atos devem ser escritos, mesmo que não haja dispositivo legal que estabeleça essa
obrigatoriedade, em língua portuguesa. Há, contudo, exceções que são definidas por lei específica, que
é o caso de uma semáforo que se manifesta através de sinais. Ex: quando se acende a luz verde, significa
que os condutores de veículos podem seguir.
Não esquecer:
A forma não configura a essência do ato, mas apenas o instrumento necessário para que a conduta
administrativa atinja seus objetivos. Valendo-se, portanto, do princípio da instrumentalidade das formas,
sabe-se que a forma não é essencial para à prática do ato, mas apenas o meio, definido em lei, em
que o poder público conseguirá atingir seus objetivos.
Difere-se de motivação, pois este é a explicação por escrito das razões que levaram à prática do ato.
Objeto lícito: É o conteúdo ato, o resultado que se visa receber com sua expedição. Todo e qualquer
ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas referentes
a pessoas, coisas ou atividades voltadas à ação da Administração Pública.
Entende-se por objeto, aquilo que o ato dispõe, o efeito causado pelo ato administrativo, em
decorrência de sua prática. Trata-se do objeto como a disposição da conduta estatal, aquilo que fica
decidido pela prática do ato.
Atributos são prerrogativas que existem por conta dos interesses que a Administração representa, são
as qualidades que permitem diferenciar os atos administrativos dos outros atos jurídicos. Decorrem do
princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.
Por este princípio, o ato administrativo goza de prerrogativas conferidas pela doutrina. Tais regras,
diferenciam os atos administrativos dos outros que sejam praticados pelo poder público e das atividades
de particulares regularizadas pelo direito privado.
São eles:
Caso não seja cumprida a obrigação imposta pelo administrativo, o poder público, se valerá dos meios
indiretos de coação, realizando, de modo indireto o ato desrespeitado.
Dentre as inúmeras formas de classificação dos atos, a doutrina traz as que são mais relevantes:
Simples: depende de uma única manifestação. Assim, a manifestação de vontade de um único órgão,
mesmo que seja de órgão colegiado, torna o ato perfeito, portanto, a vontade para manifestação do ato
deve ser unitária, obtida através de votação em órgão colegiado ou por manifestação de um agente em
órgãos singulares.
Complexo: decorre da manifestação de dois ou mais órgãos; de duas ou mais vontades que se unem
para formar um único ato. Neste tipo, somam-se as vontades dos órgãos públicos independentes, em
mesmo nível de hierarquia, de modo que tenham a mesma força, não se falando em dependência de uma
relação com a outra. Aqui, os atos que formarão o ato complexo serão expedidos por órgãos públicos
distintos.
Composto: manifestação de dois ou mais órgãos, em que um edita o ato principal e o outro será
acessório. Como se nota, é composto por dois atos, geralmente decorrentes do mesmo órgão público,
em patamar de desigualdade, de modo que o segundo ato deve contar com o que ocorrer com o primeiro.
Exemplo: nomeação de ministro do Superior Tribunal feito pelo Presidente da República e que
depende de aprovação do Senado. A nomeação é o ato principal e a aprovação o acessório.
Atos unilaterais: Dependem de apenas a vontade de uma das partes. Exemplo: licença
Gerais: os atos gerais tem a finalidade de normatizar suas relações e regulam uma situação jurídica
que abrange um número indeterminado de pessoas, portanto abrange todas as pessoas que se
encontram na mesma situação, por tratar-se de imposição geral e abstrata para determinada relação.
Esses atos dependem de publicação para que possam produzir efeitos e devem prevalecer sobre a
vontade individual.
Exemplo: a Administração cria uma norma interna para que os servidores se reúnam todas as
segundas com o chefe. Como se percebe, o ato não individualiza nenhum sujeito específico, e será
aplicado de forma ampla a todos aqueles que estiverem nesse local.
Individuais: são aqueles destinados a um destinatário certo, impondo a norma abstrata ao caso
concreto. Nesse momento, seus destinatários são individualizados, pois a norma é geral restringindo seu
âmbito de atuação.
Não se fala em atividade em geral, mas sim de modo específico de quais agentes devem se submeter
às disposições da conduta.
- Atos de império: Atos onde o poder público age de forma imperativa sobre os administrados,
impondo-lhes obrigações. Exemplos de atos de império: A desapropriação e a interdição de atividades.
A Administração Pública atua com prerrogativa de poder público, valendo-se da supremacia do
interesse público sobre o privado. Aqui, o poder público impõe obrigações, aplica penalidades, sem que
Se os atos praticados contrariarem às normas vigentes, eles poderão ser anulados pela Administração
ou pelo Judiciário, podendo ainda ocorrer a sua revogação por motivos de interesse público, se forem
justificadas devidamente.
- Atos de gestão: são aqueles realizados pelo poder público, sem as prerrogativas do Estado, sendo
que a Administração irá atuar em situação de igualdade com o particuar. Nesses casos, a atividade será
regulada pelo direito privado, de modo que o Estado não irá se valer das prerrogativas que tenham relação
com a supremacia do interesse público.
Trata-se de condutas que não restringem ou ainda que não admitem que o ente estatal possa se valer
dos meios coercitivos para que haja uma execuão.
- Atos de expediente: São aqueles destinados a dar andamento aos processos e papéis que tramitam
no interior das repartições. Os atos de gestão (praticados sob o regime de direito privado).
Exemplo: contratos de locação em que a Administração é locatária) não são atos administrativos, mas
são atos da Administração. Para os autores que consideram o ato administrativo de forma ampla
(qualquer ato que seja da administração como sendo administrativo), os atos de gestão são atos
administrativos.
Quanto ao regramento:
- Atos vinculados: Possui todos seus elementos determinados em lei, não existindo possibilidade de
apreciação por parte do administrador quanto à oportunidade ou à conveniência. Cabe ao administrador
apenas a verificação da existência de todos os elementos expressos em lei para a prática do ato. Caso
todos os elementos estejam presentes, o administrador é obrigado a praticar o ato administrativo; caso
contrário, ele estará proibido da prática do ato.
- Atos discricionários: O administrador pode decidir sobre o motivo e sobre o objeto do ato, devendo
pautar suas escolhas de acordo com as razões de oportunidade e conveniência. A discricionariedade é
sempre concedida por lei e deve sempre estar em acordo com o princípio da finalidade pública. O poder
judiciário não pode avaliar as razões de conveniência e oportunidade (mérito), apenas a legalidade, os
motivos e o conteúdo ou objeto do ato.
- Constitutivo: Gera uma nova situação jurídica aos destinatários. Pode ser outorgado um novo direito,
como permissão de uso de bem público, ou impondo uma obrigação, como cumprir um período de
suspensão.
Exemplo: autorização para usode bem público a um particular que pretende montar um show na
cidade.
- Modificativo: Altera a situação já existente, sem que seja extinta, não retirando direitos ou
obrigações. A alteração do horário de atendimento da repartição é exemplo desse tipo de ato.
- Extintivo: Pode também ser chamado desconstitutivo, é o ato que põe termo a um direito ou dever
existente. Cite-se a demissão do servidor público.
- Internos: Destinados a produzir seus efeitos no âmbito interno da Administração Pública, não
atingindo terceiros, como as circulares e pareceres.
Via de regra, não dependem de publicação oficial, tendo em vista sua destinação interna aqueles que
estão vinculados à estrutura da entidades.
Exemplo: circular que exige que os servidores usem sapatos pretos fechados.
- Externos: Têm como destinatárias pessoas além da Administração Pública, e, portanto, necessitam
de publicidade para que produzam adequadamente seus efeitos.
Quanto à validade:
- Válido: É o que atende a todos os requisitos legais: competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
Pode estar perfeito, pronto para produzir seus efeitos ou estar pendente de evento futuro.
- Nulo: É o que nasce com vício insanável, ou seja, um defeito que não pode ser corrigido. Não produz
qualquer efeito entre as partes. No entanto, em face dos atributos dos atos administrativos, ele deve ser
observado até que haja decisão, seja administrativa, seja judicial, declarando sua nulidade, que terá efeito
retroativo, ex tunc, entre as partes. Por outro lado, deverão ser respeitados os direitos de terceiros de
boa-fé que tenham sido atingidos pelo ato nulo.
Cite-se a nomeação de um candidato que não tenha nível superior para um cargo que o exija. A partir
do reconhecimento do erro, o ato é anulado desde sua origem. Porém, as ações legais eventualmente
praticadas por ele, durante o período em que atuou, permanecerão válidas.
- Anulável: É o ato que contém defeitos, porém, que podem ser sanados, convalidados. Ressalte-se
que, se mantido o defeito, o ato será nulo; se corrigido, poderá ser "salvo" e passar a ser válido. Atente-
se que nem todos os defeitos são sanáveis, mas sim aqueles expressamente previstos em lei.
- Inexistente: É aquele que apenas aparenta ser um ato administrativo, mas falta a manifestação de
vontade da Administração Pública. São produzidos por alguém que se faz passar por agente público, sem
sê-lo, ou que contém um objeto juridicamente impossível.
Os atos inexistentes não podem ser convalidados, sendo que os seus efeitos que já foram produzidos,
não poderão ser ressalvados, ,mesmo que em relação aos destinatários de boa-fé.
Exemplo do primeiro caso é a multa emitida por falso policial; do segundo, a ordem para matar alguém.
Quanto à exequibilidade:
- Perfeito: É aquele que completou seu processo de formação, estando apto a produzir seus efeitos.
Perfeição não se confunde com validade. Esta é a adequação do ato à lei; a perfeição refere-se às
etapas de sua formação.
- Imperfeito: Não completou seu processo de formação, portanto, não está apto a produzir seus
efeitos, faltando, por exemplo, a homologação, publicação, ou outro requisito apontado pela lei.
- Consumado: É o ato que já produziu todos os seus efeitos, nada mais havendo para realizar.
Exemplifique-se com a exoneração ou a concessão de licença para doar sangue.
Existem diversas classificações que trata das espécies dos atos administrativos. Ainda considerando
a simplicidade do presente trabalho, trataremos apenas das principais espécies apresentadas pela
doutrina.
Para facilitar o estudo, dividimos a análise do ato administrativo utilizando dois critérios distintos: o
conteúdo e a forma.
1. Autorização: ato administrativo unilateral, discricionário e precário pelo qual a Administração faculta
ao particular o uso de bem público (autorização de uso), ou a prestação de serviço público (autorização
de serviço público), ou o desempenho de atividade material, ou a prática de ato que, sem esse
consentimento, seriam legalmente proibidos (autorização como ato de polícia).
2. Licença: é o ato administrativo unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta àquele que
preencha os requisitos legais o exercício de uma atividade. A diferença entre licença e autorização é
nítida, porque o segundo desses institutos envolve interesse, “caracterizando-se como ato discricionário,
ao passo que a licença envolve direitos, caracterizando-se como ato vinculado”. Na autorização, o Poder
Público aprecia, discricionariamente, a pretensão do particular em face do interesse público, para outorga
ou não a autorização, como ocorre no caso de consentimento para porte de arma; na licença, cabe à
autoridade tão somente verificar, em cada caso concreto, se foram preenchidos os requisitos legais
exigidos para determinada outorga administrativa e, em caso afirmativo, expedir o ato, sem possibilidade
de recusa; é o que se verifica na licença para construir e para dirigir veículos automotores. A autorização
é ato constitutivo e a licença é ato declaratório de direito preexistente.
3. Admissão: é ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração reconhece ao particular, que
preencha os requisitos legais, o direito à prestação de um serviço público. É ato vinculado, tendo em vista
que os requisitos para outorga da prestação administrativa são previamente definidos, de modo que todos
os que os satisfaçam tenham direito de obter o benefício. São exemplos a admissão nas escolas públicas,
nos hospitais e nos estabelecimentos de assistência social.
5. Aprovação: é ato unilateral e discricionário pelo qual se exerce o controle a priori ou a posteriori do
ato administrativo. No controle a priori, equivale à autorização para a prática do ato; no controle a
posteriori equivale ao seu referendo. É ato discricionário, porque o examina sob os aspectos de
conveniência e oportunidade para o interesse público; por isso mesmo, constitui condição de eficácia do
ato.
7. Parecer: é o ato pelo qual os órgãos consultivos da Administração emitem opinião sobre assuntos
técnicos ou jurídicos de sua competência. O parecer pode ser facultativo, obrigatório e vinculante. O
8. Visto: é o ato administrativo unilateral pelo qual a autoridade competente atesta a legitimidade
formal de outro ato jurídico. Não significa concordância com o seu conteúdo, razão pela qual é incluído
entre os atos de conhecimento, que são meros atos administrativos e não encerram manifestações de
vontade. Exemplo de visto é o exigido para encaminhamento de requerimento de servidores subordinados
a autoridade de superior instância; a lei normalmente impõe o visto do chefe imediato, para fins de
conhecimento e controle formal, não equivalendo à concordância ou deferimento do seu conteúdo.
Quanto à forma, os atos administrativos podem ser classificados em decreto, resolução e portaria,
circular, despacho, alvará.
1. Decretos: São atos emanados pelos chefes do Poder Executivo, tais como, prefeitos, governadores
e o Presidente da República. Podem ser dirigidos abstratamente às pessoas em geral (decreto geral), ou
a pessoas, ou a um grupo de pessoas determinadas. (decreto individual). O decreto geral é ato normativo,
apresentado efeitos e conteúdos semelhantes à lei.
2. Resoluções e Portarias: São atos emanados por autoridades superiores, mas não os chefes do
Poder Executivo. Ou seja, é a forma pelo qual as autoridades de nível inferior aos Chefes do Poder
Executivo fixam normas gerais para disciplinar conduta de seus subordinados. Embora possam produzir
efeitos externos, as resoluções e portarias não podem contrariar os regulamentos e os regimentos,
limitando-se a explicá-los.
4. Despacho: Quando a administração, por meio de um despacho, aprova parecer proferido por órgão
técnico sobre determinado assunto de interesse geral, este despacho é denominado de despacho
normativo. O despacho normativo deverá ser observado por toda administração, valendo como solução
para todos os casos que se encontram na mesma situação.
5. Alvará: é instrumento pelo qual a Administração se vale para conferir ao administrado uma licença
ou autorização. Ou seja, é o formato pelo qual são emitidas as licenças e autorizações. Como se pode
notar, enquanto as licenças e autorizações representam o conteúdo, o alvará representa a forma.
Ainda cabe trazer ao estudo a classificação apresentada por Hely Lopes Meirelles, onde podemos
agrupar os atos administrativos em 5 cinco tipos:
a) Atos normativos: São aqueles que contém um comando geral do Executivo visando o cumprimento
de uma lei. Podem apresentar-se com a característica de generalidade e abstração (decreto geral que
regulamenta uma lei), ou individualidade e concreção (decreto de nomeação de um servidor).
Os atos normativos se subdividem em:
Regulamentos – São atos normativos posteriores aos decretos, que visam especificar as disposições
de lei, assim como seus mandamentos legais. As leis que não forem executáveis, dependem de
regulamentos, que não contrariem a lei originária. Já as leis auto-executáveis independem de
regulamentos para produzir efeitos.
Instruções normativas – Possuem previsão expressa na Constituição Federal, em seu artigo 87, inciso
II. São atos administrativos privativos dos Ministros de Estado.
Regimentos – São atos administrativos internos que emanam do poder hierárquico do Executivo ou da
capacidade de auto-organização interna das corporações legislativas e judiciárias. Desta maneira, se
destinam à disciplina dos sujeitos do órgão que o expediu.
Resoluções – São atos administrativos inferiores aos regimentos e regulamentos, expedidos pelas
autoridades do executivo.
Deliberações – São atos normativos ou decisórios que emanam de órgãos colegiados provenientes de
acordo com os regulamentos e regimentos das organizações coletivas. Geram direitos para seus
beneficiários, sendo via de regra, vinculadas para a Administração.
São eles:
Instruções – orientação do subalterno pelo superior hierárquico em desempenhar determinada função;
Portarias – atos emanados pelos chefes de órgãos públicos aos seus subalternos que determinam a
realização de atos especiais ou gerais;
c) Atos negociais: São todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração apta
a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condições
impostas ou consentidas pelo Poder Público.
Licença – ato definitivo e vinculado (não precário) em que a Administração concede ao Administrado
a faculdade de realizar determinada atividade.
Aprovação - análise pela própria administração de atividades prestadas por seus órgãos;
Homologação - análise da conveniência e legalidade de ato praticado pelos seus órgãos como meio
de lhe dar eficácia;
Dispensa - ato administrativo que exime o particular do cumprimento de certa obrigação até então
conferida por lei. Ex. Dispensa de prestação do serviço militar;
Renúncia - ato administrativo em que o poder Público extingue de forma unilateral um direito próprio,
liberando definitivamente a pessoa obrigada perante a Administração Pública. A sua principal
característica é a irreversibilidade depois de consumada.
d) Atos enunciativos: São todos aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar
um fato, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, constantes de registros, processos e arquivos
públicos, sendo sempre, por isso, vinculados quanto ao motivo e ao conteúdo.
Atestado - são atos pelos quais a Administração Pública comprova um fato ou uma situação de que
tenha conhecimento por meio dos órgãos competentes;
e) Atos punitivos: São aqueles que contêm uma sanção imposta pela lei e aplicada pela
Administração, visando punir as infrações administrativas ou condutas irregulares de servidores ou de
particulares perante a Administração.
Esses atos são aplicados para aqueles que desrespeitam as disposições legais, regulamentares ou
ordinatórias dos bens ou serviços.
Quanto à sua atuação os atos punitivos podem ser de atuação externa e interna. Quando for interna,
compete à Administração punir disciplinarmente seus servidores e corrigir os serviços que contenham
defeitos, por meio de sanções previstas nos estatutos, fazendo com que se respeite as normas
administrativas.
MOTIVAÇÃO
É a exposição dos motivos, trata-se de demonstração por escrito que os pressupostos existiram. A
motivação corresponde as formalidades do ato, está contida em parecer, laudo, relatório.
A doutrina majoritária, entende que a motivação é obrigatória, como o caso de ato vinculado, tendo em
vista que a Administração deve demonstrar que o ato está em conformidade com os motivos apontados
em lei, além dos casos de atos discricionários, pois sem ela não haveria meios de conhecer e controlar a
legitimidade dos motivos que ensejaram a Administração para a prática do ato.
Desta forma, reconhece-se que a motivação é necessária tanto para os atos vinculados como para os
atos discricionários, já que configura garantia de legalidade. Sua obrigatoriedade engloba os atos
administrativos que neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses, além dos que imponham deveres,
encargos ou sanções.
A defesa da doutrina majoritária, pela motivação está embasada no art. 50 da Lei nº 9.784/1999, de
modo que configura um princípio implícito na Constituição Federal, que vela pela cidadania, já que a Carta
Magna considera que o direito à informação é a garantia fundamental que contempla todas as pessoas (
art. 5º, XXXIII).
SÚMULA 346
A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
SÚMULA 473
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais,
porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
Um ponto muito discutido pela doutrina diz respeito é o caráter vinculado ou discricionário da anulação.
Os que defendem que deve-se anular, embasam esse entendimento no princípio da legalidade e outros
defender como a faculdade de invocar o princípio da predominância do interesse público sobre o
particular.
O entendimento por nós defendido, em regra, tem o dever de anular os atos ilegais.
Quando se revoga um ato, diz-se que a Administração perdeu o interesse na manutenção deste, ainda
que não exista vício que o tome. Trata-se de ato discricionário, referente ao mérito administrativo, por set
um ato legal, todos os atos já foram produzidos de forma lícita, de modo que a revogação não irá retroagir,
contudo mantem-se os efeitos já produzidos (ex nunc).
Não há limite temporal para a revogação de atos administrativos, não se configurando a decadência,
no prazo quinquenal, tendo em vista o entendimento que o interesse público pode ser alterado a qualquer
tempo.
Não existe efeito repristinatório, ou seja, a retirada do ato, por razões de conveniência e oportunidade.
Questões
01. (SEJUS/PI - Agente Penitenciário – NUCEPE/2017). Sobre a revogação dos atos administrativos,
assinale a alternativa INCORRETA.
(A) Nem todos os atos administrativos podem ser revogados.
(B) A revogação de ato administrativo é realizada, ordinariamente, pelo Poder Judiciário, cabendo-lhe
ainda examinar os aspectos de validade do ato revogador.
(C) Considerando que a revogação atinge um ato que foi praticado em conformidade com a lei, seus
efeitos são ex nunc.
(D) Pode a Administração Pública se arrepender da revogação de determinado ato.
(E) O fundamento jurídico da revogação reside no poder discricionário da Administração Pública
04. (TRT/14ª Região (RO e AC) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – FCC/2016). Sobre atos
administrativos, considere:
I. Os atos administrativos vinculados comportam anulação e revogação.
II. Em regra, os atos administrativos que integram um procedimento podem ser revogados.
III. A competência para revogar é intransferível, salvo por força de lei.
07. (TJ/RS - Juiz de Direito Substituto – FAURGS/2016). No que se refere aos atos administrativos,
assinale a alternativa correta.
(A) Em face de sua competência para apreciar a legalidade de quaisquer atos administrativos para fins
de registro, a declaração de invalidade ou anulação por vícios legais desses atos é exclusiva do Poder
Legislativo respectivo.
(B) O direito da Administração de anular seus próprios atos de que decorram efeitos favoráveis aos
destinatários prescreve em 3 (três) anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada
má-fé.
(C) A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode
revogá-los por motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
(D) Têm natureza política e são excluídos de apreciação pelo Poder Judiciário os atos administrativos
dotados de vinculação resultantes do exercício do poder de polícia administrativa que limitam ou
disciplinam direito, interesse ou liberdade dos administrados.
(E) Os atos administrativos eivados de vício que os tornem ilegais somente podem ser declarados
inválidos ou revogados pelo Poder Judiciário.
10. (PC/CE - Delegado de Polícia Civil de 1ª Classe – VUNESP/2015). São atos administrativos
ordinatórios, entre outros,
(A) os Decretos, os Despachos, os Regimentos e as Resoluções.
(B) os Despachos, os Avisos, as Portarias e as Ordens de Serviço.
(C) os Decretos, as Instruções, os Provimentos e os Regimentos.
(D) as Instruções, as Deliberações, as Portarias e os Regulamentos.
(E) os Regulamentos, as Instruções, os Regimentos e as Deliberações.
11. (PC/CE - Inspetor de Polícia Civil de 1ª Classe – VUNESP/2015). Diz-se que os atos
administrativos são vinculados quando
(A) observam corretamente os princípios constitucionais da moralidade administrativa.
(B) a lei estabelece que, diante de determinados requisitos, a Administração deve agir de forma
determinada.
(C) o administrador público os pratica ultrapassando os limites regrados pelo sistema jurídico vigente.
(D) a autoridade competente deixa de observar dispositivo constitucional obrigatório, quando deveria
fazê-lo.
(E) a lei estabelece várias situações passíveis de apreciação subjetiva pela autoridade competente.
13. (DPE/MA - Defensor Público – FCC/2015). No que tange à competência para revogar atos
administrativos, é correto afirmar que
(A) a revogação de atos que se sabem eivados de nulidade é possível, desde que devidamente
motivada por razões de interesse público.
(B) a competência para revogar é sempre delegável.
(C) atos já exauridos podem ser revogados, desde seja expressamente atribuído efeito retroativo ao
ato revocatório.
(D) atos ineficazes, porque ainda não implementada condição deflagradora de sua eficácia, estão
sujeitos à revogação.
(E) é possível revogar atos vinculados, desde que sua edição seja de competência autoridade que
editará o ato revocatório
14. (DPE/RS - Defensor Público Sobre atos administrativos – FCC) É correto afirmar:
(A) A autoexecutoriedade é um atributo de alguns atos administrativos que autoriza a execução
coercitiva, independente da concorrência da função jurisdicional.
(B) A autoexecutoriedade constitui atributo dos atos administrativos negociais, que, como contratos,
dependem da concorrência de vontade do administrado.
(C) A arguição de invalidade de ato administrativo por vícios ou defeitos impede a imediata execução
e afasta a imperatividade.
(D) Todos os atos administrativos possuem como atributos a presunção de legitimidade, a
imperatividade e a autoexecutoriedade.
(E) A administração deverá fazer prova da legalidade do ato administrativo quando sobrevier
impugnação pelo destinatário.
15. (IF-BA - Assistente em Administração - FUNRIO) O ato administrativo pelo qual os órgãos
consultivos da Administração emitem opinião sobre assuntos técnicos ou jurídicos de sua competência é
(A) a homologação.
(B) o visto.
(C) o parecer.
(D) o relatório.
(E) a declaração.
16. (TCE/GO - Analista de Controle Externo - FCC/2014) Enzo, servidor público e chefe de
determinada repartição pública, na mesma data, editou dois atos administrativos distintos, quais sejam,
uma certidão e uma licença. No que concerne às espécies de atos administrativos, tais atos são
classificados em
(A) ordinatórios e negociais, respectivamente.
(B) enunciativos.
(C) negociais.
(D) enunciativos e negociais, respectivamente.
(E) normativos e ordinatórios, respectivamente.
17. (TRT - 18ª Região (GO)Prova: Juiz do Trabalho – FCC). No que tange à validade dos atos
administrativos
(A) é possível convalidar ato administrativo praticado com vício de finalidade, desde que se evidencie
que tal decisão não acarrete prejuízo a terceiros.
(B) todos os atos administrativos praticados com vício de competência devem ser anulados, pois se
trata de elemento essencial à validade dos atos administrativos.
(C) o descumprimento, pelo administrado, dos requisitos referentes ao desfrute de uma dada situação
jurídica, justifica a anulação do ato administrativo que gerou referida situação.
(D) a caducidade é a extinção de ato administrativo em razão da superveniência de legislação que
tornou inadmissível situação anteriormente consentida, com base na legislação então aplicável.
18. (METRÔ/DF - Advogado – IADES). Quanto aos poderes administrativos, à organização do Estado
e aos atos administrativos, assinale a alternativa correta.
(A) Se o ato já exauriu seus efeitos, não pode ser revogado.
(B) De acordo com o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça, o prazo decadencial de cinco
anos, previsto na legislação de regência, para que a Administração Pública promova o exercício da
autotutela, é aplicável apenas aos atos anuláveis, não aos atos nulos.
(C) A Administração Pública não pode declarar a nulidade de seus próprios atos, mas tão somente
revogá-los. A declaração de nulidade somente pode ser feita pelo Poder Judiciário.
(D) Quanto às prerrogativas com que atua a Administração, os atos administrativos podem ser
classificados como simples, complexos e compostos.
(E) A revogação pode atingir os atos administrativos discricionários ou vinculados e deverá ser
emanada da mesma autoridade competente para a prática do ato originário, objeto da revogação.
Respostas
01. Resposta: B
Revogação é a retirada do ato administrativo em decorrência da sua inconveniência ou inoportunidade
em face dos interesses públicos. Somente se revoga ato válido que foi praticado de acordo com a lei.
02. Resposta: D
- Atos vinculados: Possui todos seus elementos determinados em lei, não existindo possibilidade de
apreciação por parte do administrador quanto à oportunidade ou à conveniência. Cabe ao administrador
apenas a verificação da existência de todos os elementos expressos em lei para a prática do ato. Caso
todos os elementos estejam presentes, o administrador é obrigado a praticar o ato administrativo; caso
contrário, ele estará proibido da prática do ato.
- Atos discricionários: O administrador pode decidir sobre o motivo e sobre o objeto do ato, devendo
pautar suas escolhas de acordo com as razões de oportunidade e conveniência. A discricionariedade é
sempre concedida por lei e deve sempre estar em acordo com o princípio da finalidade pública. O poder
judiciário não pode avaliar as razões de conveniência e oportunidade (mérito), apenas a legalidade, os
motivos e o conteúdo ou objeto do ato.
03. Resposta: C
A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-
los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
O ato administrativo também pode ser anulado pelo Poder Judiciário
04. Resposta: A
Segundo a obra de Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo, 2014. p. 262:
"Só quem pratica o ato, ou quem tenha poderes, implícitos ou explícitos, para dele conhecer de ofício
ou por via de recurso, tem competência legal para revogá-lo por motivos de oportunidade ou conveniência,
competência essa intransferível, a não ser por força de lei, e insuscetível de ser contrasteada em seu
exercício por outra autoridade administrativa".”
05. Resposta: A
Os atos administrativos enquadram-se na categoria dos atos jurídicos. Logo, são manifestações
humanas, e não meros fenômenos da natureza. Ademais, são sempre manifestações unilaterais de
vontade (as bilaterais compõem os chamados contratos administrativos).
06. Resposta: D
A anulação (também chamada de invalidação) é a retirada, desfazimento ou supressão do ato
administrativo, em razão de ele ter sido produzido em desconformidade com a lei ou com o ordenamento
jurídico. Quando é a Administração quem anula o seu próprio ato, dizemos que ela agiu com base no seu
poder de autotutela, consagrado nas seguintes Súmulas do STF:
Súmula 346: a Administração Pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.
08. Resposta: E
Para Hely Lopes.
Ato Administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo
nessa qualidade, tenha por fim IMEDIATO adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar
direitos ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.
09. Resposta: D
Lembre-se da dica: COM - FI – FO – M - OB
Competência: o ato deve ser praticado por sujeito capaz, trata-se de requisito vinculado. Para que um
ato seja válido deve-se verificar se foi praticado por agente competente.
Finalidade: O ato administrativo somente visa a uma finalidade, que é a pública; se o ato praticado
não tiver essa finalidade, ocorrerá abuso de poder;
Forma: é o requisito vinculado que envolve a maneira de exteriorização e demais procedimentos
prévios que forem exigidos com a expedição do ato administrativo. Via de regra, os atos devem ser
escritos, permitindo de maneira excepcional atos gestuais, verbais ou provindos de forças que não sejam
produzidas pelo homem, mas sim por máquinas, que são os casos dos semáforos, por exemplo.
Motivo: Este integra os requisitos dos atos administrativos tendo em vista a defesa de interesses
coletivos. Por isso existe a teoria dos motivos determinantes;
Objeto lícito: É o conteúdo ato, o resultado que se visa receber com sua expedição. Todo e qualquer
ato administrativo tem por objeto a criação, modificação ou comprovação de situações jurídicas referentes
a pessoas, coisas ou atividades voltadas à ação da Administração Pública.
10. Resposta: B
Atos ordinatórios são aqueles que tem por objetivo disciplinar o funcionamento da Administração e a
conduta funcional dos seus agentes, representando exercício do poder hierárquico do Estado. São
espécies de atos ordinatórios: as portarias, as instruções, os avisos, as circulares, as ordens de serviço,
os ofícios e os despachos.
11. Resposta: B
Alexandre Mazza narra:
“Fala--se em poder vinculado ou poder regrado quando a lei atribui determinada competência definindo
todos os aspectos da conduta a ser adotada, sem atribuir margem de liberdade para o agente público
escolher a melhor forma de agir. Onde houver vinculação, o agente público é um simples executor da
vontade legal. O ato resultante do exercício dessa competência é denominado de ato vinculado. Exemplo
de poder vinculado é o de realização do lançamento tributário (art. 3º do CTN).”
12. Resposta: B
Atos Gerais - São aqueles expedidos sem destinatários determinados, possuem finalidade normativa,
atingindo todos os sujeitos que se encontrem na mesma situação de fato, abrangida por seus preceitos.
Apresenta cunho normativo, não se sabe quem o ato vai atingir por não ter individualização. Ex.: Ato que
concede promoção a uma categoria profissional.
Atos Individuais – São aqueles voltados a destinatários certos. Apresenta cunho ordinário e
enunciativo, sem caráter normativo.
Ex: Secretaria de Esportes convoca seus diretores para participarem de reunião.
14. Resposta: A
A assertiva está plenamente correta já que a autoexecutoriedade autoriza a execução do administrativo
sem o aval do Poder Judiciário.
15. Resposta: C
O enunciado da questão apresenta o conceito de parecer sendo este o ato pelo qual os órgãos
consultivos da Administração emitem opiniões sobre assuntos de sua competência.
16. Resposta: D
Os atos praticados pelo servidor são atos enunciativos e negociais. Atos enunciativos: São todos
aqueles em que a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião sobre
determinado assunto, constantes de registros, processos e arquivos públicos, sendo sempre, por isso,
vinculados quanto ao motivo e ao conteúdo. Atos negociais: São todos aqueles que contêm uma
declaração de vontade da Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir
certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público.
17. Resposta: D
O Prof. José dos Santos Carvalho Filho cita o seguinte exemplo: "uma permissão para uso de um bem
público; se, supervenientemente, é editada lei que proíbe tal uso privativo por particular, o ato anterior, de
natureza precária, sofre caducidade, extinguindo-se."
Outro exemplo é apresentado pela Prof. Maria Sylvia Di Pietro: "a caducidade de permissão para
explorar parque de diversões em local que, em face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível
com aquele tipo de uso".
18. Resposta: A
Não há que se falar em revogar um ato se ele já produziu seus efeitos. O objetivo da revogação é
retirar do ato a possibilidade de produção de seus efeitos.
A Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, foi instituída com a finalidade de atender a
determinação contida no parágrafo único do artigo 59 da Constituição Federal sobre a necessidade de
edição de uma lei complementar que tratasse sobre a elaboração, a alteração, a redação e a consolidação
das leis, visando, deste modo, estabelecer diretrizes para a organização do ordenamento jurídico.
Neste contexto, editada a Lei Complementar nº 95, ela possui dois eixos complementares: o que
disciplina as normas técnicas para a feitura das leis e a proposta de que as leis devam estar organizadas
em Códigos, no que seria a Consolidação das Leis Federais Brasileiras.
O conceito de que as leis pertencem a um ordenamento jurídico é importante por indicar que as leis
adentram em uma estrutura já existente. E, por isso, devem observar as diretrizes propostas que
legitimam essas inovações criadas pelo processo legislativo.
Técnica legislativa: é o conjunto de preceitos visando à adaptação da lei escrita à sua finalidade
específica, que é a direção das ações humanas, em conformidade com a organização jurídica da
sociedade. (F. Geny)
Competência legislativa: A Constituição Federal traz a competência de cada ente, sobre cada
matéria.
b) Exposição de Motivos
Trata-se de justificativa típica de codificações, elaborada pelos autores do anteprojeto de código, cuja
finalidade é expor as fontes inspiradoras da nova legislação, os princípios e teorias que o orientam entre
outras influências.
Se estudamos sobre técnica legislativa temos que ver os significados de epígrafe, ementa, preâmbulo,
artigo, inciso, alíneas e item.
Estruturação lógica
Num texto legal observa-se que o primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito
de aplicação, observados os seguintes princípios:
– excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto;
– a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou
conexão;
– o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica quanto o possibilite o
conhecimento técnico ou científico da área respectiva;
– o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a subsequente se
destine a complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por remissão expressa.
O corpo da lei contém a matéria legislativa propriamente dita -- as disposições que inovam na ordem
jurídica.
Sobre o prazo de vigência da lei devemos esclarecer que será indicada de forma expressa e de modo
a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento.
Se uma lei tem cláusula de vigência ela também poderá ter uma cláusula de revogação. Ela deverá
enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.
Esse escrito é o que denominamos fecho da lei e consiste em referenciar dois acontecimentos
importantes da História brasileira: a declaração da independência e a proclamação da República.
Apostila gerada especialmente para: Heitor Álef Gonçalves Ribeiro 034.798.741-93
. 101
Assim como todo documento a lei se finda com a assinatura e referenda. A assinatura é de suma
importância, pois dá validade ao ato legislativo. A assinatura aposta será a do Chefe de Estado.
Num texto normativo notamos ainda a existência de anexos. Normalmente estão inseridos ao final. Os
anexos geralmente consistem em tabelas, gráficos, fórmulas matemáticas, etc.
Vigência
A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que
dela se tenha amplo conhecimento.
A cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" é reservada às leis de pequena repercussão.
A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á
com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente à
sua consumação integral.
As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula “esta lei entra em vigor após
decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial”.
Vacatio legis: intervalo entre a publicação e a vigência (produção dos efeitos) da lei. Durante a vacatio
legis continuam em vigor as normas anteriores.
Ex: Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de noventa dias, a partir da data de sua
publicação.
Cláusula de Revogação
A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais revogadas.
É vedada a cláusula de revogação genérica: “Revogam-se as disposições em contrário”.
Assinatura e Referenda
A assinatura do Chefe de Estado é requerida para a validade do ato legislativo.
Este também deve ser referendado pelo Ministro de Estado a cuja área esteja afeita a matéria (CF,
art. 87, parágrafo único, I), o qual passa a ser corresponsável por sua execução e observância.
Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o
parágrafo único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece normas para a consolidação dos atos
normativos que menciona.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1o A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis obedecerão ao disposto nesta
Lei Complementar.
Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar aplicam-se, ainda, às medidas provisórias e
demais atos normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem como, no que couber, aos
decretos e aos demais atos de regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo.
Art. 2o (VETADO)
§ 1o (VETADO)
§ 2o Na numeração das leis serão observados, ainda, os seguintes critérios:
I - as emendas à Constituição Federal terão sua numeração iniciada a partir da promulgação da
Constituição;
II - as leis complementares, as leis ordinárias e as leis delegadas terão numeração sequencial em
continuidade às séries iniciadas em 1946.
Art. 4º A epígrafe, grafada em caracteres maiúsculos, propiciará identificação numérica singular à lei
e será formada pelo título designativo da espécie normativa, pelo número respectivo e pelo ano de
promulgação.
Art. 5º A ementa será grafada por meio de caracteres que a realcem e explicitará, de modo conciso e
sob a forma de título, o objeto da lei.
Art. 6º O preâmbulo indicará o órgão ou instituição competente para a prática do ato e sua base legal.
Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplicação, observados
os seguintes princípios:
I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto;
II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência
ou conexão;
III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica quanto o possibilite o
conhecimento técnico ou científico da área respectiva;
IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a subsequente
se destine a complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por remissão expressa.
Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para
que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação"
para as leis de pequena repercussão.
§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-
se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subsequente
à sua consumação integral.
§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor
após decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial’
Seção II
Da Articulação e da Redação das Leis
Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios:
I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura "Art.", seguida de numeração
ordinal até o nono e cardinal a partir deste;
II - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os incisos em
alíneas e as alíneas em itens;
III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico "§", seguido de numeração ordinal até o nono
e cardinal a partir deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão "parágrafo único" por
extenso;
IV - os incisos serão representados por algarismos romanos, as alíneas por letras minúsculas e os
itens por algarismos arábicos;
Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, observadas,
para esse propósito, as seguintes normas:
I - para a obtenção de clareza:
a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar sobre
assunto técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria da área em que se esteja
legislando;
b) usar frases curtas e concisas;
c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e adjetivações
dispensáveis;
d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, dando preferência ao
tempo presente ou ao futuro simples do presente;
e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos de caráter estilístico;
II - para a obtenção de precisão:
a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do objetivo da
lei e a permitir que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance que o legislador pretende dar
à norma;
b) expressar a ideia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o emprego
de sinonímia com propósito meramente estilístico;
c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto;
d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte do território nacional,
evitando o uso de expressões locais ou regionais;
e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a primeira referência no
texto seja acompanhada de explicitação de seu significado;
f) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número de lei e nos
casos em que houver prejuízo para a compreensão do texto;
g) indicar, expressamente o dispositivo objeto de remissão, em vez de usar as expressões ‘anterior’,
‘seguinte’ ou equivalentes;
III - para a obtenção de ordem lógica:
a) reunir sob as categorias de agregação - subseção, seção, capítulo, título e livro - apenas as
disposições relacionadas com o objeto da lei;
b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou princípio;
c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma enunciada no caput do
artigo e as exceções à regra por este estabelecida;
d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, alíneas e itens.
Seção III
Da Alteração das Leis
CAPÍTULO III
DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS ATOS NORMATIVOS
Seção I
Da Consolidação das Leis
Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e consolidações, integradas por volumes
contendo matérias conexas ou afins, constituindo em seu todo a Consolidação da Legislação Federal.
§ 1º A consolidação consistirá na integração de todas as leis pertinentes a determinada matéria num
único diploma legal, revogando-se formalmente as leis incorporadas à consolidação, sem modificação do
alcance nem interrupção da força normativa dos dispositivos consolidados.
§ 2º Preservando-se o conteúdo normativo original dos dispositivos consolidados, poderão ser feitas
as seguintes alterações nos projetos de lei de consolidação:
I – introdução de novas divisões do texto legal base;
II – diferente colocação e numeração dos artigos consolidados;
III – fusão de disposições repetitivas ou de valor normativo idêntico;
IV – atualização da denominação de órgãos e entidades da administração pública;
V – atualização de termos antiquados e modos de escrita ultrapassados;
VI – atualização do valor de penas pecuniárias, com base em indexação padrão;
VII – eliminação de ambiguidades decorrentes do mau uso do vernáculo;
VIII – homogeneização terminológica do texto;
IX – supressão de dispositivos declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal,
observada, no que couber, a suspensão pelo Senado Federal de execução de dispositivos, na forma
do art. 52, X, da Constituição Federal;
X – indicação de dispositivos não recepcionados pela Constituição Federal;
XI – declaração expressa de revogação de dispositivos implicitamente revogados por leis
posteriores.
§ 3º As providências a que se referem os incisos IX, X e XI do § 2º deverão ser expressa e
fundadamente justificadas, com indicação precisa das fontes de informação que lhes serviram de base.
Art. 14. Para a consolidação de que trata o art. 13 serão observados os seguintes procedimentos:
I – O Poder Executivo ou o Poder Legislativo procederá ao levantamento da legislação federal em vigor
e formulará projeto de lei de consolidação de normas que tratem da mesma matéria ou de assuntos a ela
vinculados, com a indicação precisa dos diplomas legais expressa ou implicitamente revogados;
II – a apreciação dos projetos de lei de consolidação pelo Poder Legislativo será feita na forma do
Regimento Interno de cada uma de suas Casas, em procedimento simplificado, visando a dar celeridade
aos trabalhos;
III – revogado.
§ 1º Não serão objeto de consolidação as medidas provisórias ainda não convertidas em lei.
§ 2º A Mesa Diretora do Congresso Nacional, de qualquer de suas Casas e qualquer membro ou
Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional poderá formular
projeto de lei de consolidação.
§ 3º Observado o disposto no inciso II do caput, será também admitido projeto de lei de consolidação
destinado exclusivamente à:
I – declaração de revogação de leis e dispositivos implicitamente revogados ou cuja eficácia ou
validade encontre-se completamente prejudicada;
II – inclusão de dispositivos ou diplomas esparsos em leis preexistentes, revogando-se as disposições
assim consolidadas nos mesmos termos do § 1º do art. 13.
Art. 15. Na primeira sessão legislativa de cada legislatura, a Mesa do Congresso Nacional promoverá
a atualização da Consolidação das Leis Federais Brasileiras, incorporando às coletâneas que a integram
as emendas constitucionais, leis, decretos legislativos e resoluções promulgadas durante a legislatura
imediatamente anterior, ordenados e indexados sistematicamente.
Seção II
Da Consolidação de Outros Atos Normativos
Art. 16. Os órgãos diretamente subordinados à Presidência da República e os Ministérios, assim como
as entidades da administração indireta, adotarão, em prazo estabelecido em decreto, as providências
necessárias para, observado, no que couber, o procedimento a que se refere o art. 14, ser efetuada a
triagem, o exame e a consolidação dos decretos de conteúdo normativo e geral e demais atos normativos
inferiores em vigor, vinculados às respectivas áreas de competência, remetendo os textos consolidados
à Presidência da República, que os examinará e reunirá em coletâneas, para posterior publicação.
Art. 17. O Poder Executivo, até cento e oitenta dias do início do primeiro ano do mandato presidencial,
promoverá a atualização das coletâneas a que se refere o artigo anterior, incorporando aos textos que as
integram os decretos e atos de conteúdo normativo e geral editados no último quadriênio.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 18. Eventual inexatidão formal de norma elaborada mediante processo legislativo regular não
constitui escusa válida para o seu descumprimento.
Art. 18 - A (VETADO)
Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de noventa dias, a partir da data de sua
publicação.
Questões
05. (AL/PE - Analista Legislativo - FCC/2014) A Lei Complementar nº 95/1998 dispõe sobre a
elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis, conforme determina o parágrafo único do
artigo 59 da Constituição Federal. Nos termos desta Lei Complementar, a unidade básica de articulação
dos textos legais denomina-se
(A) Comando.
(B) Artigo.
(C) Inciso.
(D) Alínea.
(E) Item.
06. (AL/PE - Analista Legislativo - FCC/2014) O artigo 13, §1º, da Lei Complementar nº 95/1998
dispõe que a consolidação consistirá na integração de todas as leis pertinentes a determinada matéria
num único diploma legal, revogando-se formalmente as leis incorporadas à consolidação, sem
modificação do alcance nem interrupção da força normativa dos dispositivos consolidados. É regra
atinente a essa consolidação de leis que a
(A) homogeneização terminológica do texto deve ser expressa e fundadamente justificada.
(B) formulação do projeto de lei é de competência exclusiva do Poder Legislativo.
(C) medida provisória, convertida ou não em lei, não pode ser objeto de consolidação.
(D) diferente colocação e numeração de artigos consolidados é vedada.
(E) apreciação do projeto de lei pelo Poder Legislativo será mediante procedimento simplificado.
08. (MJ - Analista Técnico – Administrativo - FUNRIO/2009) A Lei Complementar n° 95, quando
trata das técnicas de elaboração, redação e alteração das Leis, determina que a epígrafe deve ser
(A) redigida em caracteres minúsculos
(B) identificada por um código de barras.
(C) grafada em caracteres maiúsculos.
(D) codificada por letras e algarismos.
10. (MPE/CE - Promotor de Justiça - FCC/2009) A elaboração de texto legal deve observar regras
técnicas estabelecidas na Lei Complementar nº 95, de 26/02/1998, entre as quais a indicação de sua
vigência, "de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo
conhecimento, reservada a cláusula 'entra em vigor na data de sua publicação' para as leis de pequena
repercussão",
(A) contudo, nos Estados estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia
sempre 90 (noventa) dias depois de oficialmente publicada.
(B) por isto não mais vigoram as disposições da Lei de Introdução ao Código Civil, a respeito da vacatio
legis.
(C) entretanto, salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país 45 (quarenta e cinco)
dias depois de oficialmente publicada.
(D) logo, ao Juiz caberá estabelecer o momento em que a lei entrará em vigor, caso não estabelecido
prazo razoável de vacatio legis.
(E) por este motivo, são inconstitucionais as leis ordinárias que não estabelecem prazo de vacatio ou
não determinem a entrada em vigor na data de sua publicação.
Respostas
Dispõe sobre o Regulamento Interno que organiza a Estrutura Administrativa da Câmara Municipal de
Campo Grande e dá outras providências.
TÍTULO I
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Esta Resolução estabelece o Regulamento Interno da Câmara Municipal de Campo Grande
que dispõe sobre a sua organização administrativa.
Art. 2º A operacionalização dos serviços administrativos da Câmara Municipal reger se-á por este
Regulamento Interno, com observância aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência, nos termos do caput do art. 37 da Constituição Federal, e ainda:
I - descentralização: visa dar agilidade a ação administrativa, mediante definição das atribuições de
cada unidade operacional e da delegação de competências.
§ 1º O Presidente da Câmara Municipal poderá delegar competência para a emissão de atos
administrativos de gestão.
§ 2º O ato de delegação deve indicar com clareza o servidor delegado e as atribuições objeto da
delegação.
[...]
Seção IV
Do Gabinete da Presidência
Subseção I
Da Diretoria Legislativa
[...]
Neste item, abordaremos todos os artigos da seção I e II, do Capítulo VII “Da Administração
Pública”, constante no Título III da Constituição Federal “Da Organização do Estado”. Iniciamos
pela seção I “Disposições Gerais”:
Artigo 37- A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Posteriormente, o artigo 37 estabelece que deverá ser obedecido o princípio da impessoalidade. Este
estabelece que a Administração Pública, através de seus órgãos, não poderá, na execução das
atividades, estabelecer diferenças ou privilégios, uma vez que deve imperar o interesse social e não o
interesse particular. De acordo com os ensinamentos de Maria Sylvia Zanella Di Pietro, o princípio da
impessoalidade estaria intimamente relacionado com a finalidade pública. De acordo com a autora, “a
Administração não pode atuar com vista a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que
é sempre o interesse público que deve nortear o seu comportamento”.4
Ato contínuo, o artigo estudado apresenta o princípio da publicidade. Este tem por objetivo a divulgação
de atos praticados pela Administração Pública, obedecendo, todavia, às questões sigilosas. De acordo
com as lições do eminente doutrinador Hely Lopes Meirelles, “o princípio da publicidade dos atos e
contratos administrativos, além de assegurar seus efeitos externos, visa a propiciar seu conhecimento e
controle pelos interessados e pelo povo em geral, através dos meios constitucionais...”5.
Por derradeiro, o último princípio a ser abarcado pelo artigo 37 da Constituição da República Federativa
do Brasil é o da eficiência. De acordo com os ensinamentos de Hely Lopes Meirelles, o princípio da
eficiência “impõe a todo agente público realizar as atribuições com presteza, perfeição e rendimento
funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que já não se contenta em ser
desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados positivos para o serviço público e satisfatório
atendimento das necessidades da comunidade e de seus membros”. 6
Outrossim, DI PIETRO explicita que o princípio da eficiência possui dois aspectos: “o primeiro pode
ser considerado em relação ao modo de atuação do agente público, do qual se espera o melhor
desempenho possível de suas atribuições, para lograr os melhores resultados, e o segundo, em relação
ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a Administração Pública, também com o mesmo objetivo
de alcançar os melhores resultados na prestação do serviço público”.7
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei;
Este inciso demonstra a possibilidade de acesso aos cargos, empregos e funções públicas, mediante
o preenchimento dos requisitos estabelecidos pela lei. Não obstante ainda permite o ingresso dos
estrangeiros aos cargos públicos, obedecendo às disposições legais. Quando o inciso dispõe que os
cargos, funções e empregos públicos são acessíveis, dependendo, todavia, de preenchimento de
requisitos legais, estamos nos referindo, por exemplo, à aprovação em concurso público, dentre outras
condições.
4
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005.
5
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005.
6
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005.
7
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 2005.
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual
período;
Este inciso expressa o prazo de validade dos concursos públicos. De acordo com ele, o concurso
público será válido por até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período. Como é possível perceber,
o prazo de validade do concurso não será necessariamente dois anos - poderá ser de 1 dia a 2 anos,
dependendo do que for estabelecido no edital de abertura do concurso. Isso corre pelo fato de que o
prazo estabelecido pelo inciso será de até 2 anos, não podendo ultrapassar esse lapso temporal. Todavia,
o inciso apresenta a possibilidade de prorrogação do prazo de validade do concurso público por uma vez,
pelo mesmo período que o inicial. Desta maneira, se o prazo de validade do concurso é de um ano e 2
meses, a prorrogação também deverá ser de um ano e dois meses, ou seja, a prorrogação deverá
obedecer ao mesmo prazo de validade inicialmente disposto para o concurso público.
O prazo improrrogável previsto no edital de convocação diz respeito ao período de prorrogação, pois
após este não há mais possibilidade de prorrogar o prazo de validade do concurso. Desta maneira,
durante o prazo improrrogável é possível a realização de novo concurso público visando ao
preenchimento da vaga semelhante. Todavia, os aprovados em concurso anterior terão prioridade frente
aos novos concursados para assumir o cargo ou carreira.
Este inciso denota a possibilidade de admissão de funcionários para ocupação de cargos de confiança,
que devem ser ocupados por servidores ocupantes de cargos efetivos e que se limitem apenas às
atribuições de direção, chefia e assessoramento.
Tal regra se justifica pelo fato de que não se deve permitir a admissão de pessoas estranhas nos
cargos de chefia, direção e assessoramento.
Neste inciso estamos diante do desdobramento do direito de liberdade de associação, pois garante ao
servidor público civil o direito à livre associação sindical. Conforme explicita o artigo 5.º, XX, da
Constituição da República Federativa do Brasil - 1988, “ninguém poderá ser compelido a associar-se ou
a permanecer associado”.
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica;
Este inciso garante o direito de greve aos servidores públicos, que porventura queiram fazer
reivindicações sobre os direitos da classe trabalhadora. Todavia, de acordo com o inciso em questão, tal
direito deverá ser exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica. A Lei nº 7783/89 - que
disciplina o direito de greve dos servidores públicos - traz, em seu bojo, as atividades públicas que não
Assim, é garantido o direito de greve aos servidores públicos, havendo, todavia, restrições ao seu
exercício, para que a luta pelos direitos da classe trabalhadora não gere lesões à sociedade devido à
interrupção da prestação de serviços básicos.
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de
deficiência e definirá os critérios de sua admissão;
De acordo com o inciso, a lei reservará uma determinada porcentagem dos cargos e empregos
públicos para as pessoas portadoras de deficiências. De acordo com o artigo 5.º, § 2.º, da Lei nº 8112/90,
aos portadores de deficiências serão reservadas até 20% das vagas oferecidas em concursos públicos
para ingresso em cargos públicos. Exemplo: em um determinado concurso no qual estejam sendo
oferecidas 100 vagas, no próprio edital de abertura do mesmo, por força da Lei supracitada, deverá
constar que 20 vagas serão destinadas a portadores de deficiências físicas.
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender à necessidade
temporária de excepcional interesse público;
Conforme denota o inciso, é admissível a contratação de servidores públicos por tempo determinado,
desde que seja para suprir necessidade temporária de excepcional interesse público. De acordo com a
Lei nº 8745/93 indica como casos de excepcional interesse público:
I- assistência a situações de calamidade pública;
II - assistência a emergências em saúde pública
III - realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; (Redação dada pela Lei nº 9.849, de 1999).
IV - admissão de professor substituto e professor visitante;
V - admissão de professor e pesquisador visitante estrangeiro;
( )
Além de outras atividades trazidos no inciso VI.
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4.º do art. 39 somente poderão
ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada
revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;
Conforme consta do inciso em questão, a remuneração dos servidores obedecerá ao disposto no artigo
7.º, inciso XXX, da Constituição Federal, que dispõe os direitos tutelados aos servidores públicos. Tal
artigo garante aos servidores públicos o seguinte direito: “XXX- proibição de diferença de salários, de
exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil”.
Não obstante a garantia de tal direito aos servidores públicos, ainda se demonstra presente no inciso
a garantia de revisão anual das remunerações dos servidores públicos, sempre na mesma data e sem
distinção de índices.
Este inciso explicita o teto para o pagamento dos servidores da Administração Pública, seja na esfera
federal, estadual ou municipal. A regra geral estabelecida é que a remuneração e os subsídios dos
ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional,
dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie
remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer
outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal. O outro teto limita a remuneração nos Municípios ao subsídio do Prefeito e nos Estados, a do
Governador. No Poder Legislativo, a limitação está alicerçada no subsídio dos Deputados Estaduais.
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores
aos pagos pelo Poder Executivo;
Este inciso demonstra a limitação existente entre os Poderes da União. Nos cargos semelhantes
existentes nos Poderes, os vencimentos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser
superiores aos pagos pelo Poder Executivo.
De acordo com o eminente doutrinador Hely Lopes Meirelles, equiparar significa “a previsão, em lei,
de remuneração igual à determinada carreira ou cargo. Assim, não significa equiparação a existência de
duas ou mais leis estabelecendo, cada uma, valores iguais para os servidores por elas abrangidos. Já,
vincular não significa remuneração igual, mas atrelada a outra, de sorte que a alteração da remuneração
do cargo vinculante provoca, automaticamente, a alteração da prevista para o cargo vinculado”. 8().
Desta maneira, a Constituição proíbe que haja equiparação das remunerações dos servidores dos
Poderes, retirando a iniciativa dos mesmos para a fixação da remuneração.
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem
acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores;
Este inciso é claro em explicitar que a concessão de acréscimos pecuniários não serão computados
nem acumulados para fins de concessão de acréscimos ulteriores. Logo, é possível extrair dessa
assertiva que os acréscimos concedidos aos servidores não serão utilizados na base de cálculo para
concessão de outros acréscimos no futuro.
Este inciso se refere à irredutibilidade dos vencimentos e subsídios dos ocupantes de cargos e
empregos públicos, ou seja, da impossibilidade de redução no valor da remuneração dos mesmos.
Todavia o próprio inciso traz em sua parte final algumas ressalvas, em que há possibilidade de redução
dos subsídios e vencimentos. São elas:
8
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005
Desta maneira, será possível a redução dos vencimentos e subsídios nos casos supracitados. Um
exemplo de redução a ser citado é o desconto do Imposto de Renda dos subsídios e vencimentos dos
servidores públicos.
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade
de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI.
a) a de dois cargos de professor;
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico;
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas;
O inciso XVI e suas alíneas trazem a proibição de acumulação remunerada de cargos públicos, exceto
se houver compatibilidade de horários – somente nos cargos descritos acima.
É importante salientar a necessidade da compatibilidade de horários, pois se forem incompatíveis não
será possível a acumulação de cargos públicos nos casos supracitados. Ademais, cabe ressaltar que nos
casos em que é admitida a cumulação de cargos é necessária a observância do inciso XI, ou seja, das
regras pertinentes ao teto de vencimento ou subsídio.
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta
ou indiretamente, pelo poder público;
Este inciso demonstra que a acumulação de cargos não é aplicável somente aos órgãos da
Administração Pública Direta (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), mas também aos órgãos da
Administração Pública Indireta (Autarquias, Fundações, Empresas Públicas, Sociedades de Economia
Mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo Poder Público).
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência
e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
A Fazenda Pública é o órgão estatal que cuida das arrecadações do Estado. Diante disso, possui
servidores públicos especialmente destinados para fiscalizarem e controlarem todos os fatos que
guardem relação com tributos.
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa
pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação;
De acordo com MEIRELLES, “Autarquias são pessoas jurídicas de Direito Público, de natureza
meramente administrativa, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras e serviços
descentralizados da entidade estatal que as criou. Funcionam e operam na forma estabelecida na lei
instituidora e nos termos de seu regulamento. As autarquias podem desempenhar atividades
educacionais, previdenciárias e quaisquer outras outorgadas pela entidade estatal-matriz, mas sem
subordinação hierárquica, sujeitas apenas ao controle finalístico de sua administração e da condução de
seus agentes”.
O doutrinador supracitado explicita que Fundações são pessoas jurídicas de Direito Público ou
pessoas jurídicas de Direito Privado, devendo a lei definir as respectivas áreas de atuação, conforme o
inciso XIX, do artigo 37 da CF, na redação dada pela Emenda Constitucional nº 19/98. No primeiro caso,
elas são criadas por lei, à semelhança das autarquias; no segundo, a lei apenas autoriza sua criação,
devendo o Poder Executivo tomar as providências necessárias à sua instituição.
Ademais, o autor traz uma sucinta abordagem das entidades empresarias que englobam as empresas
públicas e as sociedades de economia mista. De acordo com o doutrinador, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de Direito Privado, com a finalidade de prestar
serviço público que possa ser explorado no modo empresarial, ou de exercer atividade econômica de
relevante interesse coletivo. Sua criação deve ser autorizada por lei específica, cabendo ao Poder
Executivo as providências complementares para sua instituição.9.
Este inciso demonstra a necessidade de autorização do Poder Legislativo na criação das autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, bem como na participação de qualquer
delas em empresa privada. Esta condição explicitada pelo inciso em questão demonstra uma das
atribuições do Poder Legislativo - que é a fiscalizatória.
Este inciso traz, em seu bojo, o instituto da licitação: as obras, serviços, compras e alienações serão
contratadas mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas
da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e
econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Todavia, o próprio inciso demonstra que existirão casos expressos em lei nos quais será dispensado
o processo licitatório. As regras referentes ao processo licitatório, bem como os casos de dispensa do
mesmo estão previstos na lei nº 8666/93.
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
atividades essenciais ao funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas,
terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive
com o compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
Visando a um maior controle das receitas tributárias, este inciso demonstra que as administrações
tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios - atividades essenciais ao
funcionamento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específicas - terão recursos prioritários
9
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2005.
§ 1.º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou
imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Este parágrafo proíbe que nos atos, programas, serviços e campanhas de órgãos públicos constem
nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou serviços públicos.
O parágrafo em questão busca extinguir a promoção de políticos por atos ou programas realizados,
podendo somente constar conteúdo educativo.
§ 2.º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da
autoridade responsável, nos termos da lei.
O parágrafo 2.º traz dois casos de nulidade, que também ensejarão a punição da autoridade
responsável. De acordo com o parágrafo, se não houver a observância dos incisos II e III, artigo 37,
operar-se-ão os efeitos supracitados. Desta maneira, explicita os incisos II e III, do artigo 37:
Desta maneira, se não forem obedecidas as regras referentes à investidura em cargos públicos, bem
como o prazo de validade dos concursos públicos, haverá não somente a nulidade do ato, como também
a punição da autoridade.
§ 3.º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta,
regulando especialmente:
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção
de serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos
serviços;
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado
o disposto no art. 5.º, X e XXXIII;
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou
função na administração pública.
Este inciso tem por escopo assegurar a aplicação do princípio da eficiência declarado no caput do
artigo 27 da Constituição Federal, permitindo que os usuários da Administração Pública participem da
mesma e efetuem sua fiscalização.
§ 4.º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
§ 5.º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor
ou não, que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
Artigo 23 – As ações destinadas a levar a efeito as sanções previstas nesta lei podem ser propostas:
I - até cinco anos após o término do exercício do mandato, cargo em comissão ou de função de
confiança.
II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com
demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego.
Assim, de acordo com o inciso V, do artigo 23, da Lei 8429/92, as ações para apuração dos atos de
improbidade somente poderão ser propostas até cinco anos após o término do exercício do mandato do
cargo em comissão ou de função de confiança. Após esse prazo, a ação não poderá mais ser proposta.
§ 6.º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito
de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Neste parágrafo estamos diante da responsabilidade do Estado por atos praticados pelos seus
funcionários. A primeira explicita que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem
a terceiros - está cuidando da responsabilidade objetiva. Esta espécie de responsabilidade expressa que
na eventualidade do cometimento de uma conduta danosa por um funcionário em detrimento de um
particular, haverá indenização, independentemente da comprovação de dolo (vontade de cometer a
conduta danosa) ou culpa (quando o agente agiu por imprudência, negligência ou imperícia). Desta
maneira, a responsabilidade objetiva exige somente a prova do nexo de causalidade entre a conduta
danosa e o resultado, ou seja, é necessário que se prove que a conduta praticada pelo funcionário causou
determinado dano, não havendo discussão de culpa ou dolo acerca do fato.
Todavia, a segunda parte do parágrafo traz o instituto da responsabilidade civil subjetiva ao explicitar
que será assegurado o direito de regresso do Estado contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Assim, comprovada a ocorrência de dano ao particular pela conduta do funcionário público, e
posteriormente pagar a indenização, o Estado poderá ajuizar ação de regresso contra o funcionário,
visando ao recebimento da indenização paga ao particular. Entretanto, a responsabilidade aqui é diversa,
pois será necessária a prova de que o funcionário cometeu a conduta, imbuído por dolo ou culpa.
Tendo em vista que a Administração Pública é dotada de várias informações privilegiadas, o inciso
supracitado traz a necessidade de edição de uma lei que disponha sobre os requisitos e as restrições ao
ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações
privilegiadas.
§ 8.º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta
e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder
público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à
lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos
dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.
O parágrafo 8.º trata da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta. Cabe recordar que a administração direta é composta pela União,
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput
deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei.
De acordo com este parágrafo, as parcelas de caráter indenizatório, previstas em lei, que integram a
remuneração dos servidores não serão computadas para efeito do limite remuneratório estipulado no
inciso XI deste artigo.
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito
Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite
único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa
inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal
Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais
e dos Vereadores.
O texto legal acima traz o teto remuneratório que deverá ser obedecido pelos Estados e pelo Distrito
Federal, cabendo aos mesmos fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e
Lei Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de
Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros
do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados
Estaduais e Distritais e dos Vereadores.
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
ou função;
Se o servidor público passar a exercer mandato eletivo federal (Presidente da República), estadual
(Governador do Estado) ou Distrital, deverá se afastar do cargo exercido, retomando-o no término do
mandato.
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
O servidor investido no cargo de Prefeito deverá se afastar do cargo. Todavia, o inciso em questão
traz um privilégio ao servidor investido neste cargo, qual seja, a opção pela remuneração. Em que pese
esteja o servidor afastado do cargo, ele poderá optar pela remuneração do cargo que exercia ou pela
remuneração de Prefeito. Cabe ressaltar que no término do mandato o cargo será retomado.
Caso haja compatibilidade de horários, o servidor público receberá as vantagens de seu cargo,
emprego ou função, além da remuneração de Vereador. Todavia, se houve incompatibilidade entre o
cargo exercido pelo funcionário e o mandato de Vereador, o mesmo deverá optar pela remuneração a ser
recebida.
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de
serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
Este inciso demonstra que o tempo de afastamento do cargo público para o exercício de mandato
eletivo deverá ser contado para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por antiguidade. Todavia,
não será contado para promoção por merecimento por motivos óbvios, haja vista que o mesmo não
desempenhou suas funções no período em que estava exercendo o mandato eletivo.
De acordo com este inciso, mesmo que o servidor público esteja afastado de seu cargo para o exercício
de mandato eletivo, os valores dos benefícios previdenciários serão determinados como se estivesse no
exercício do seu cargo.
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua
competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública
direta, das autarquias e das fundações públicas.
Com base nesse parâmetro foi promulgada a Lei nº 8.112/90, que demarcou a opção da União pelo
regime estatutário, no qual os servidores são admitidos sob regime de Direito Público, podem alcançar
estabilidade e possuem direitos e deveres estabelecidos por lei (e que podem, portanto, ser alterados
unilateralmente pelo Estado-Legislador).
§ 1.º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório
observará:
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira;
II - os requisitos para a investidura;
III - as peculiaridades dos cargos.
Significa dizer que quanto maior o grau de dificuldade, tanto para ingressar no cargo, quanto para
desenvolver as funções inerentes a ele, melhor deverá ser a remuneração correspondente.
§ 2.º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos
para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes
federados.
Essas escolas possuem como objetivo a atualização e a formação dos servidores públicos,
melhorando os níveis de desempenho e eficiência dos ocupantes de cargos e funções do serviço público,
estimulando e promovendo a especialização profissional, preparando servidores para o exercício de
funções superiores e para a intervenção ativa nos projetos voltados para a elevação constante dos
padrões de eficácia e eficiência do setor público.
§ 3.º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7.º, IV, VII, VIII, IX, XII,
XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
admissão quando a natureza do cargo o exigir.
Vamos conferir o que consta nos referidos incisos, do artigo 7.º da Constituição Federal:
Ao falar em parcela única, fica clara a intenção de vedar a fixação dos subsídios em duas partes: uma
fixa e outra variável, tal como ocorria com os agentes políticos na vigência da Constituição de 1967. E,
ao vedar expressamente o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de
representação ou outra espécie remuneratória, também fica clara a intenção de extinguir, para as mesmas
categorias de agentes públicos, o sistema remuneratório que compreende o padrão fixado em lei mais as
vantagens pecuniárias de variada natureza previstas na legislação estatutária.
§ 5.º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação
entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto
no art. 37, XI.
§ 7.º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de
recursos orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e
fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e
desenvolvimento, modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a
forma de adicional ou prêmio de produtividade.
Esses cursos são importantes para obter o envolvimento e o comprometimento de todos os agentes
públicos com a qualidade e produtividade, quaisquer que sejam os cargos, funções ou empregos
ocupados, minimizar os desperdícios e os erros, inovar nas maneiras de atender às necessidades do
§ 8.º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do
§ 4.º.
Ou seja, por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional,
abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecidos, em qualquer caso,
os tetos remuneratórios dispostos no art. 37, X da Constituição Federal.
Questões
01. (TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa – CESPE/2016). No que
diz respeito aos agentes públicos, assinale a opção correta
(A) Permite-se que os gestores locais do Sistema Único de Saúde admitam agentes comunitários de
saúde e agentes de combate às endemias por meio de contratação direta.
(B) Não se permite o acesso de estrangeiros não naturalizados a cargos, empregos e funções públicas.
(C) O prazo de validade de qualquer concurso público é de dois anos, prorrogável por igual período.
(D) As funções de confiança somente podem ser exercidas pelos servidores ocupantes de cargo
efetivo.
(E) Como os cargos em comissão destinam-se à atribuição de confiança, não há previsão de
percentual mínimo de preenchimento desses cargos por servidores efetivos.
02. (SUPEL/RO - Engenharia Civil – FUNCAB/2016). Os agentes públicos cujos cargos são providos
por nomeação política, sem concurso público, com atribuições de direção, chefia e assessoramento e que
são passíveis de exoneração imotivada são os:
(A) ocupantes de cargo comissionado.
(B) contratados temporários.
(C) empregados públicos.
(D) agentes honoríficos.
(E) agentes políticos.
06. (TC/DF - Técnico de Administração - CESPE/2014) No que se refere aos agentes públicos e aos
dispositivos da Lei Complementar n.º 840/2011, julgue os seguintes itens.
Em obediência ao princípio da soberania nacional, os estrangeiros somente poderão ocupar funções
públicas de caráter transitório e sem vínculo estatutário.
correta ( ) errada ( )
07. (SEPLAG/MG - Gestor de Transportes e Obras – Direito - IBFC/2014) Caio, servidor público, foi
eleito para exercer o mandato eletivo de Vereador. Nessa hipótese, a Constituição da República dispõe
que Caio:
(A) Deverá ficar afastado de seu cargo, percebendo cumulativamente as vantagens de seu cargo de
servidor com a remuneração do cargo eletivo.
(B) Deverá perceber somente a remuneração do cargo de Vereador, pois não lhe é permitido optar a
remuneração que pretende receber, se houver incompatibilidade de horários.
(C) Perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, desde que
haja compatibilidade de horários.
(D) Será imediatamente afastado de seu cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração,
independentemente da possibilidade de cumular o exercício das duas funções.
09. (DPE/MS - Defensor Público – VUNESP/2014). Os cargos, empregos e funções públicas são
acessíveis
(A) aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros,
na forma da lei.
(B) aos brasileiros e aos estrangeiros, igualmente, nos termos específicos previstos nas leis de cada
ente federativo.
(C) aos brasileiros que preencham os requisitos previstos em lei, excluindo-se qualquer forma de
acesso por estrangeiros.
(D) aos brasileiros que preencham os requisitos legais e aos estrangeiros, se houver reciprocidade em
favor dos brasileiros no exterior.
11. (Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Analista Legislativo – Direito - Prefeitura do Rio de
Janeiro/2014). O regime jurídico funcional que visa disciplinar a categoria dos servidores temporários
denomina- se:
(A) regime especial
(B) regime jurídico único
(C) regime jurídico híbrido
Respostas
01. Resposta: D
Constituição Federal:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
( )
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e
os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.
02. Resposta: A
CF/88
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
( )
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de
provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na
forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre
nomeação e exoneração.
( )
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e
os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e
assessoramento.
03. Resposta: D
Conhecidos popularmente como “cargos de confiança”, os cargos em comissão ou comissionados
estão reservados a atribuições de direção, chefia e assessoramento (art. 37, V, da CF). Qualquer outra
atribuição de função a comissionados – e que não envolva direção, chefia ou assessoramento – deve ser
considerada como inconstitucional.
04. Resposta: E.
CF/88
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de
remuneração de pessoal do serviço público.
05. Resposta: D
Art. 37 da CF: IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público;
07. Resposta: C
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego
ou função;
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens
de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
08. Resposta: E
Ascensão Funcional: Inconstitucionalidade - O STF decidiu, em 1999, pela inconstitucionalidade da
ascensão funcional, forma de provimento derivado de cargo público, sem concurso público, onde um
servidor galgava cargo público de carreira distinta da carreira à qual pertencia o cargo anterior. Essa
decisão retirou a ascensão funcional do estatuto federal (lei 8112/90) em 1999, mas o STF reitera agora
que essa decisão na verdade tem efeito ex tunc, alcançando ascensões funcionais ocorridas antes
mesmo da referida declaração, uma vez que essa forma de provimento não se coaduna com a
Constituição Federal de 1988."
09. Resposta: A
Art. 37 I, CF os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham
os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
10. Resposta: A.
a) CORRETO. A CF não veda a realização de novo concurso, porém deve ser observado o disposto
no art. 37, IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em
concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos
concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
b) ERRADO. Art. 37, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
c) ERRADO.
11. Resposta: A
Hely Lopes Meirelles ensina que “os contratados por prazo determinado são os servidores públicos
submetidos ao regime jurídico administrativo especial da lei prevista no art. 37, IX, da Carta Magna, bem
como ao regime geral de previdência social.”
12. Resposta: A
Artigo 37, II CF - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo
ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em
lei de livre nomeação e exoneração.
13. Resposta: E
Art. 37 da CF: IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a
necessidade temporária de excepcional interesse público;
Embora os agentes públicos temporários tenham um contrato com o Poder Público, não se trata do
“contrato de trabalho” propriamente dito. Nesta linha, vale destacar que estes também não ocupam cargo
público. Ou seja, não estão sujeitos ao regime estatutário.
Todavia, eles exercem função pública remunerada temporária, tendo o seu vínculo funcional com a
administração pública jurídico-administrativa.