Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
Quando cremos que Jesus Cristo, sendo Deus se fez homem, morreu em
nosso favor e ressuscitou dentre os mortos, nós somos salvos! (Rm 10.9-10).
E com certeza a salvação é o que de mais importante pode acontecer na vida
de qualquer pessoa, ser perdoado por Deus e receber o dom da Vida Eter-
na (Mt 16.26). A partir daí, existe algo que é obrigatório: a transformação
de vida (Rm 12.2), afinal, se de fato houve uma conversão, significa que
nós morremos para a vida que nós tínhamos (2Co 5.14, Rm 6.2), incluindo
conceitos, crenças e prioridades (1Co 1.20-21, 2Co 5.17), para viver uma
vida nova em Cristo (Rm 6.8-11). Mas a questão é: como isso funciona na
prática?
Uma das primeiras coisas que acontecem logo após a conversão é desco-
brirmos que agora, nosso maior propósito de vida é fazer a vontade de Deus
(1Co 6.20), descobrir o que Ele espera de nós (Ef 5.15-17). E na verdade
não se trata de nenhum segredo. Jesus deixou isso bem claro em João 15.16,
onde Ele diz: “Vocês não me escolheram, mas eu os escolhi para irem e da-
rem fruto, e fruto que permaneça, a fim de que o Pai vos conceda tudo o que
pedirem em meu nome.” (NVI)
Jesus nos escolheu para darmos fruto e fruto que permaneça! Essa é a
vontade de Deus pra nossas vidas! Mas do que se trata esse fruto? Talvez
possa se pensar que sejam vidas que conhecerão a Jesus através de nós, mas
na verdade não, fruto aqui está no singular, trata-se de apenas um fruto, o
fruto do Espírito.
O fruto do Espírito
Dentre tudo aquilo que nós podemos desejar na vida, nada supera o fruto
do Espírito Santo! Por mais que a gente não se dê conta, aquilo que nós mais
buscamos com todo nosso esforço, seja em estudo ou trabalho, é o que nós
encontramos no fruto do Espírito. E o que é o fruto do Espírito? Em Gálatas
5 diz que o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5.22-23).
O segredo é que quando nós entregamos nossa vida a Jesus Cristo, o Es-
pírito Santo passou a habitar dentro de nós (1Co 6.19), e é somente através
da ação Dele que o fruto é gerado em nossas vidas (João 16.13-14). O fruto
do Espírito independe das circunstâncias. Uma vez gerado e desenvolvido,
ele permanece por toda a vida (Gl 6.8).
Amor
A primeira delas é o amor, que além de ser a principal virtude do fruto
do Espírito (1Co 13.13), é também, como nós já falamos em um outro vídeo,
o maior mandamento bíblico: "amar a Deus sobre todas as coisas e ao pró-
ximo como a ti mesmo” (Mt 22.36-39).
A Bíbia diz que esse amor foi derramando em nossos corações através
do Espírito Santo (Rm 5.5). É o amor incondicional, que deve ser pratica-
do sempre que houver uma necessidade, seja em favor de alguém que você
gosta, seja em favor de alguém que você não gosta (Rm 12.20). É o Espírito
Santo quem vai mostrar o que devemos fazer e por quem devemos fazer. Se
trata de atitude e não de sentimento (1Jo 5.3).
Alegria
Ao contrário do que muitos pensam, alegria é diferente de felicidade.
Felicidade depende das circunstâncias, por isso é algo temporário. Já a ale-
gria, permanece inclusive nos momentos de tristeza (2Co 7.4), na verdade
são as tribulações e experiências de tristeza que nos preparam e aumentam
nossa capacidade de desenvolver a alegria (Tg 1.2-4).
Paciência (ou longanimidade)
Na verdade, a palavra que descreve melhor esta virtude é longanimida-
de, que traz a ideia de ânimo longo, pois a paciência como fruto do Espírito
não é uma espera passiva (Tt 3.14), mas sim a capacidade de resistir (Pv
16.32), e permanecer firme (Jd 1.21), mesmo quando existem afrontas e
adversidades (Tg 5.10, Jo 16.33). É não cansar-se de fazer o bem, mesmo
quando só se recebe o mal em troca (Rm 12.21). É ter a conficção que no
tempo certo o que está sendo plantado será colhido (2Pe 3.15, Gl 6.9).
Enquanto de um lado a ansiedade faz com que uma pessoa se torne im-
produtiva e inquieta, tentando resolver uma situação fora do seu controle,
a longanimidade faz com que você prepare a terra e plante as sementes, en-
quanto espera pela chuva (Tg 5.7, Ec 11.4).
Provérbios 16.32 (ARA)
Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que
domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade.
Bondade
Bondade é praticar o bem, não com a intenção de agradar as pessoas, mas
para fazer o que é correto e justo! (Sl 15, Ef 5.9-10). A bondade é demons-
trada quando nós repudiamos a mentira (Hb 1.8-9) e dizemos a verdade ao
próximo (Ef 4.25), mesmo que isso gere um certo desconforto. Exatamente
como o Espírito Santo faz conosco, ele nos ensina, mas principalmente nos
repreende e nos corrige (2Tm 3.16). E nosso crescimento espiritual aconte-
ce quando nós aceitamos a repreensão e entendemos que ela acontece para
o nosso próprio bem (Hb 12.11). Aí sim se torna possível praticar uma das
atitudes mais difíceis descritas pela Bíblia: fazer ao outro o que gostaríamos
que ele fizesse por nós (Lc 6.31).
Salmo 15 (NVI)
Senhor, quem habitará no teu santuário? Quem poderá
morar no teu santo monte? Aquele que é íntegro em sua
conduta e pratica o que é justo, que de coração fala a
verdade e não usa a língua para difamar, que nenhum mal
faz ao seu semelhante e não lança calúnia contra o seu
próximo, que rejeita quem merece desprezo, mas honra os
que temem ao Senhor, que mantém a sua palavra, mesmo
quando sai prejudicado, que não empresta o seu dinheiro
visando lucro nem aceita suborno contra o inocente.
Quem assim procede nunca será abalado!
Mansidão
Mansidão é a capacidade de ser pacífico e agir com serenidade mesmo
em situações irritantes ou desagradáveis (1Pe 2.23). Além disso, o princi-
pal aspecto da mansidão como fruto do Espírito é deixar-se guiar por Deus
(Sl 27.11, Sl 139-24), sem resistir à Sua vontade, assim como uma ovelha
é guiada pelo pastor (Jo 10.27-28). E um grande exemplo disso é Moisés,
que foi extremamente relutante em fazer a vontade de Deus no início (Ex
4.13), mas que depois se tornou o homem mais manso que viveu em seu
tempo (Nm 12.3), fruto da sua obediência. Por isso que a mansidão deve ser
desenvolvida primeiramente em nosso relacionamento com Deus (Jo 14.23),
deixar-se guiar por Deus, para só depois refletir em nosso comportamento
com o próximo (Tt 3.2).
Domínio próprio
Por último, o domínio próprio. Talvez uma das virtudes mais desejadas
no fruto do Espírito, seja a capacidade de controlar a si mesmo (Tg 3.2, 1Co
6.12), afinal, uma das maiores batalhas que o ser humano enfrenta é contra os
seus próprios desejos (Tg 1.14), contra aquilo que a carne deseja (Gl 17-21),
e nós falamos sobre isso no vídeo "Para que serve o Jejum?". Quando não
existe domínio próprio nós caminhamos para longe do propósito de Deus (Rm
8.8) e praticamente tornamos impossível uma vida em santidade (Hb 12.14).
Conclusão
Quadro filológico1
pistis Fé Fidelidade
1
Quadro extraído da matéria Doutrina do Espírito Santo do Centro de Ensino Teológico Saber e Fé.