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V. 1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Reitor: Prof. Dr. José Arimatéia Dantas Lopes
Vice-Reitora: Prof.ª Dr.ª Nadir do Nascimento Nogueira
Superintendente de Comunicação Social:
Prof.ª Dr.ª Jacqueline Lima Dourado
CONSELHO EDITORIAL
Prof. Dr. Ricardo Alaggio Ribeiro (Presidente)
Prof. Dr. Antônio Fonseca dos Santos Neto
Prof.ª Ma. Francisca Maria Soares Mendes
Prof. Dr. José Machado Moita Neto
Prof. Dr. Solimar Oliveira Lima
Prof.ª Dr.ª Teresinha de Jesus Mesquita Queiroz
Prof. Dr. Viriato Campelo
Revisão: Edilce Madeiro de Lima
FICHA CATALOGRÁFICA
Serviço de Processamento Técnico da Universidade Federal do Piauí
Biblioteca Comunitária Jornalista Carlos Castelo Branco
Nascimento,
Seminário RegionalFrancisco
de Educação Alcides do.
Ambiental e Escolas Sustentáveis (2015 :
N244c A cidade sob o fogo: modernização e violência policial
Teresina, PI)
S471a em Teresina
Anais (1937–1945)
do Seminário / Francisco
Regional Alcides doAmbiental
de Educação Nascimento. e Escolas
- 2. ed. – Teresina: EDUFPI, 2015.
Sustentáveis, Teresina, 20 a 22 de maio de 2015 / Organização, Maria Majaci
Moura358 p.: il. ... [et al.]. – Teresina : EDUFPI, 2015.
da Silva
330 p.
ISBN 978-85-7463-297-7
Evento1.realizado
Teresina no - História.
Colégio 2. História
Técnico de–Teresina,
Estado Novo. 3.
promovido pela
Revolução
Universidade 1930 do
Federal – Piauí.
Piauí,4.com
Teresina
o apoio– Modernização.
de instituições I.Federais,
Titulo.
Estaduais e ONGs.
CDD – 981.22
ISSN 2448-4261
COMISSÕES ............................................................... 05
APRESENTAÇÃO ........................................................ 09
PROGRAMAÇÃO ........................................................ 11
CENTRAL
COMISSÃO ORGANIZADORA:
COMISSÃO CIENTIFICA
COMISSÃO EXECUTIVA
ASSESSORES
5
PABLO LAFAYETE DOS S. DELFINO
RENATA DO VALE GOMES
RUDSON BRENO MOREIRA RESENDE
THALIA DA COSTA ROCHA
WILBENI ALEXANDRE E SILVA LIMA
PARCEIROS
ATIVIDADES PARALELAS:
Lançamento de livro
Exposição de Stands de livros
Feira da Economia Solidária
Stands Institucionais
6
APRESENTAÇÃO
A Comissão organizadora
7
PROGRAMAÇÃO SEMEARES 2015
ABERTURA SOLENE
HORÁRIO: 18h00min – Apresentação de atividades artísticas
18h30min – 19h30min: Composição da Mesa e Pronunciamentos
19h30min – CONFERÊNCIA: Educação Ambiental e Escolas
Sustentáveis. Profª. Dra. DULCE MARIA PEREIRA – UFOP
20h40min – Café com prosa
9
COMUNICAÇÃO ORAL
ANÁLISE DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS SOBRE
CONSUMO AMBIENTALMENTE RESPONSÁVEL DOS
PROFESSORES DO PROGRAMA ESCOLA 12
SUSTENTÁVEL DO MUNICÍPIO DE TERESINA- PIAUÍ
INTRODUÇÃO
1
Professor Adjunto do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Federal
do Piauí (UFPI) e Professor do Mestrado em Desenvolvimento e meio Ambiente da UFPI.
2
Bióloga, Mestra em Desenvolvimento e Meio e Meio Ambiente pela UFPI.
12
Ambiente Humano, celebrada em Estocolmo, em 1972, pode se perceber
que uma das formas de minimizar seria através da Educação Ambiental,
objeto de discussão da Conferência Intergovernamental sobre Educação
Ambiental, realizada na cidade de Tbilisi (Geórgia), em 1977.
A Educação Ambiental seria capaz de orientar os
comportamentos e valores da sociedade para reduzir a degradação do
meio ambiente. A sensibilização do homem frente aos problemas
ambientais, causados pelo seu modo de vida, geraria atitudes
comportamentais direcionadas ao uso dos recursos naturais de forma
racional. Seiffert (2007) diz que a Educação Ambiental é capaz de
modelar o caráter e valores ambientais de indivíduos atingidos por ela.
Essa forma de educação promoveria uma melhoria na qualidade
de vida, pois atua diretamente no comportamento do homem em
questões como poluição ambiental, redução da produção de lixo,
consumo consciente evitando desperdícios, reciclagem e
reaproveitamento de materiais, o que provoca, consequentemente, a
redução de doenças causadas pela poluição, além de diminuir a pressão
sobre os recursos ambientais.
A educação ambiental deve ser orientada para resolução de
problemas ambientais. Dessa forma, alguns temas são de fundamental
importância para diminuir a pressão sobre o meio ambiente. De acordo
com Furriela (2001), as pressões ambientais estão, de uma forma ou
de outra, ligadas à questão do consumo, desde a retirada dos recursos
naturais para a produção de bens ou serviços, até sua utilização e
destinação de seus resíduos. Portanto, torna-se importante que as
questões de consumo sejam discutidas no ambiente escolar de forma a
orientar os hábitos de consumo e formar cidadãos comprometidos com
a sustentabilidade ambiental.
Para Alberto Johwan Oh (2009), o conhecimento transmitido
na escola deve estar adequado à realidade de modo a capacitar o aluno
para as complexidades do mundo real, ajudando a desenvolver uma
visão global das questões ambientais. A Educação Ambiental nas
escolas deve estar pautada na construção da cidadania dos alunos, para
que os mesmos possam interagir com o meio ambiente de forma
responsável. Sendo assim, haverá a promoção do desenvolvimento
local, o que favorece uma maximização dos recursos humanos, naturais
e tecnológicos, gerando oportunidades sociais.
Carvalho (2001) considera que todos os grupos sociais devam
ser educados para a conservação ambiental, no entanto, as crianças
são um grupo prioritário. Nesse sentido, as crianças passarão a
13
reconhecer as necessidades e a promover a mobilização dos seus
familiares e da comunidade nesse processo. Ao considerar a Educação
Ambiental como uma política pública para o desenvolvimento local, a
Secretaria de Educação Municipal de Teresina (SEMEC) desenvolve,
junto às escolas municipais, projetos de educação ambiental e
sustentabilidade, como o projeto Escola Sustentável.
Sabendo que a Educação Ambiental promovida nos projetos
ambientais deve contribuir para a sensibilização da coletividade sobre
as questões ambientais e sua organização na defesa da qualidade do
meio ambiente, surge o seguinte questionamento: como o programa
de Educação Ambiental Escola Sustentável, desenvolvido atualmente
em dez escolas municipais de Teresina, para os alunos de ensino
fundamental, contribui nas questões pertinentes ao consumo
ambientalmente responsável?
Os projetos de educação ambiental são muito importantes, pois
segundo Carvalho (2001, p. 3) “a internalização de um ideário
ecologista emancipatório não se dá apenas por um convencimento
racional sobre a urgência da crise ambiental, mas, sobretudo, implica
numa vinculação afetiva com os valores éticos e estéticos dessa visão
do mundo.” Portanto, surge a importância da análise do projeto Escola
Sustentável desenvolvido nas escolas municipais de Teresina,
observando a sua contribuição para internalização da problemática
ambiental e desenvolvimento de práticas sustentáveis para a
conservação da natureza e desenvolvimento local.
Segundo o PCN Meio Ambiente (1998), ao escolher o conteúdo
referente à temática ambiental local, os problemas ganham significado
prático para os alunos, pois proporcionam aos mesmos uma
participação nas discussões, fomentando, dessa forma, o debate.
A pesquisa objetiva analisar a relação entre educação ambiental
e as práticas pedagógicas desenvolvidas pelos professores sobre
consumo ambientalmente responsável no ensino fundamental das
escolas municipais promotoras do projeto de Educação Ambiental
Escola Sustentável, em Teresina, PI. Para alcançar o objetivo, serão
verificada a adesão e a participação dos professores nos projetos de
educação ambiental realizados nas escolas municipais promotoras do
projeto Escola Sustentável e, a partir disso, elencamos os seguintes
objetivos específicos: Identificar se os professores discutem as práticas
de consumo ambientalmente responsável com seus alunos e que
estratégias didáticas utilizam nesse processo; verificar como os
professores abordam nas disciplinas a problemática ambiental e sua
14
contribuição para resolução dos problemas; averiguar quais são os
problemas ambientais mais abordados no ambiente escolar pelos
professores envolvidos no programa;
METODOLOGIA
1.1. Procedimentos
Os procedimentos metodológicos foram divididos em três etapas
com o intuito de melhor sistematizar o andamento da pesquisa. A
primeira etapa consiste em pesquisa bibliográfica e documental . A
segunda etapa em delimitação da amostra e aplicação dos questionários
aos professores da rede municipal do ensino de Teresina. A terceira
etapa se constitui na tabulação e processamento de análise dos dados.
15
delimitada uma amostra de 40% das escolas envolvidas no Programa
Escola Sustentável.
De acordo com Vieira (2009), a amostra da presente pesquisa
pode ser classificada como amostra não probabilística ou de
conveniência, pois a escolha foi realizada para facilitar o acesso do
pesquisador, tendo como critério a localidade das escolas. As escolas
envolvidas no programa podem ser divididas em dois grupos: as de
Fundamental menor, cujo ensino envolve do 1º ao 5º ano, e as de
Fundamental maior, que trabalham com alunos do 6º ao 9º ano. As
escolas selecionadas para o desenvolvimento da pesquisa estão
localizadas na Zona Norte do município de Teresina, as quais foram:
• Escola Municipal Domingos Afonso Mafrense (Fundamental
menor);
• Escola Municipal Eurípedes de Aguiar (Fundamental maior);
• Escola Municipal Mocambinho (Fundamental maior);
• Escola Municipal Cerqueira Dantas (Fundamental menor).
Coleta de dados
O instrumento de coleta de dados utilizado foi o questionário,
com questões abertas orientadas pelos objetivos da pesquisa. Segundo
Vieira (2009), o questionário é um instrumento de pesquisa constituído
por uma série de questões sobre determinado tema.
Foram aplicados os questionários de acordo com a classificação
da escola. Nas escolas de Ensino Fundamental maior, as áreas
abordadas foram língua portuguesa, geografia e matemática, nas de
Ensino Fundamental menor, com os professores polivalentes no total
de cinco questionários por escola.
Os professores foram categorizados para apresentação dos
resultados com o intuito de preservar sua identidade. Dessa forma, os
professores do Ensino Fundamental Maior, por atuarem cada um em
apenas uma área do ensino, receberam as classificações A1, A2, A3,
A4, A5, A6, A7, A8, A9 e A10. Os professores do Ensino Fundamental
Menor, por serem polivalentes e trabalharem com todas as disciplinas,
foram classificados em P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9 e P10. Essa
classificação não obedece à ordem da escola apresentada no texto, foi
realizada de forma aleatória.
• Perfil dos professores participantes do Programa Escola
Sustentável.
Os professores que participaram da pesquisa apresentam idades
entre 21 e 50 anos de idade. Todos os professores fazem parte do quadro
16
efetivo da Rede Municipal de Ensino de Teresina no Piauí. Dentre os
professores pesquisados, alguns possuíam pós-graduação em nível de
especialização e mestrado.
RESULTADOS E ANÁLISES
17
O gráfico mostra que a maior parte dos professores participantes
da pesquisa aborda a temática ambiental dentro da sua disciplina.
Podemos afirmar que esses professores abordam o tema transversal
meio ambiente, levando em consideração que não apenas os professores
polivalentes e de geografia afirmaram discutir o tema, como também
os professores de matemática e língua portuguesa.
O gráfico apresenta os problemas ambientais e a quantidade de
vezes que foram citados pelos professores do Ensino Fundamental
Maior e Menor que afirmaram discutir questões sobre os problemas
ambientais. O problema ambiental citado com mais frequência foi sobre
o uso racional da água, seguido por poluição atmosférica e dos
mananciais.
18
seguintes questionamentos: você discute na sua disciplina a importância
de um consumo ambientalmente responsável? Como você trabalha na
escola a temática do consumo ambientalmente responsável? Como você
poderia desenvolver o tema consumo ambientalmente responsável
dentro da disciplina que você leciona?
Os resultados serão apresentados e discutidos separadamente
para o melhor entendimento das questões, seguindo os resultados e
análise na ordem que os questionamentos foram apresentados acima.
19
Quadro 1
Quadro 2
20
(FURRIELA, 2001). As formas de abordagens dos professores
participantes do programa concentram-se apenas nos itens 1, 2, 3, 7 e
10. Os itens 4, 5, 6, 8 e 9 não foram identificados nas respostas dos
professores do Ensino Fundamental Maior e Menor. Temas como
legislação ambiental e suas possibilidades de ação, parcerias com
instituições públicas que trabalham com os encaminhamentos das
questões ambientais, atividades das ONGs ambientais, aulas passeios
para percepção dos problemas ambientais locais e práticas de
agricultura orgânica não têm feito parte das atividades pedagógicas
dos professores do Programa Escola Sustentável.
Furriela (2001) afirma que as atividades educacionais
relacionadas com o consumo devem estar presentes em todas as
disciplinas do Ensino Fundamental e que o meio ambiente, por se tratar
de um tema transversal, engloba a questão do consumo. Os professores
A3, A7 e P4 afirmam que não trabalharam essa temática com os alunos,
estando os mesmos em desacordo com a proposta do PCN meio
ambiente.
O PCN meio ambiente (1998, p. 202 e 203) apresenta os
objetivos dos conteúdos que trabalham a questão ambiental. Segundo
o PCN meio ambiente (1998), os conteúdos devem: 1) contribuir com
a conscientização de que os problemas ambientais dizem respeito a
todos os cidadãos e só podem ser solucionados mediante uma postura
participativa; 2) proporcionar possibilidades de sensibilização e
motivação para um envolvimento afetivo; 3) possibilitar o
desenvolvimento de atitudes e a aprendizagem de procedimentos e
valores fundamentais para o exercício pleno da cidadania, ressaltando-
se a participação no gerenciamento do ambiente; 4) apresentar uma
visão integrada da realidade, desvendando as interdependências entre
a dinâmica ambiental local e a planetária, desnudando as implicações
e causas dos problemas ambientais; 5) ser relevantes na problemática
ambiental do Brasil. As propostas pedagógicas dos professores, as quais
abordam a temática consumo, devem seguir essas orientações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
21
Ambiental. Os professores da rede municipal de Teresina não possuem
formação continuada que abranja a temática socioambiental, a qual é
uma exigência da presente na Lei de Educação ambiental e das
diretrizes curriculares para a Educação ambiental.
A relação entre as práticas pedagógicas dos professores sobre
consumo ambientalmente responsável, dentro das atividades de
educação ambiental no ambiente escolar, mostrou que não existe
conhecimento profundo dos problemas ambientais originados pelas
formas de consumo e que o desenvolvimento de atividades relacionadas
ao tema ainda são realizadas de forma irregular.
A problemática do consumo ambientalmente responsável tem
se apresentado de forma insatisfatória. A temática do Consumo ainda
é trabalhada de forma não sistemática e com a utilização de poucas
atividades que envolvam os alunos com suas realidades locais.
Concluímos que, embora o Programa Escola Sustentável esteja
em atividade na escola, muitos professores não o conhecem e, dessa
forma, não trabalham a questão socioambiental conforme é proposto
pelo programa. Essa falta de inserção dos professores ao programa
compromete a efetividade do mesmo, pois os professores são a base
para a formação da consciência de cidadãos socioambientalmente
comprometidos, que são fundamentais para que uma escola possa se
constituir como sustentável.
Durante a realização da pesquisa, percebemos que existem
poucos estudos sobre a redução do consumo e práticas que envolva
essa atividade escolar no âmbito escolar. A importância da redução do
consumo tem sido negligenciada desde a Conferência de Estocolmo
por ter uma relação direta com a economia e não ser de interesse dos
países desenvolvidos.
As pesquisas e estudos científicos voltados para a temática do
consumo têm sido desenvolvidos em sua grande maioria para o
marketing empresarial, em que o foco é conhecer o consumidor e,
assim, propor novas estratégias que os alcancem.
Durante a fase de investigação da presente pesquisa para a
aquisição do referencial teórico, percebemos que não existem pesquisas
sobre a relação das atividades escolares e o consumo ou problemas
ambientais gerados pelo consumo em Teresina, bem como não existem
pesquisas sobre a formação dos professores e a educação ambiental no
município. A pesquisa, por ser um estudo pioneiro nessa área, servirá
como um norteador para pesquisas futuras sobre o consumo e a
problemática ambiental no ambiente escolar.
22
Sugerimos como proposta para resolução dos problemas
encontrados pela pesquisa a criação de um curso de formação
continuada em Educação Ambiental para os professores do município
de Teresina. Outra proposta seria a inclusão nos PPPs de atividades
escolares voltadas para a Educação ambiental.
Propomos, ainda, que o projeto do Programa Escola Sustentável
tenha uma maior abertura, a fim de que possa ser construído dentro
do ambiente escolar pela comunidade que forma a escola, para que a
mesma se sinta parte do Programa e tenha conhecimento do mesmo,
bem como possa ajustar as atividades e uso das tecnologias oferecidas
pelo Programa para a resolução dos problemas de ordem
socioambiental que existem na escola e em seu entorno.
REFERÊNCIAS
23
SILVA, M. A. S. M. e . Sobre a Análise do Discurso. Perfil (Assis), Assis - SP,
2005. FATEC, Ourinhos, SP.
SILVA, J. A. Representações sociais de meio ambiente de alunos de 8ª serie
do ensino fundamental em escolas publicas de Teresina-PI. in: II Encontro
de pesquisa em educação da UFPI, 2002, Teresina-PI. Anais do II Encontro
de pesquisa em educação da UFPI, 2002.
24
GESTÃO ENERGÉTICA SUSTENTÁVEL PARA
COLÉGIO TÉCNICO DE TERESINA COM BASE NO
PIMVP
3
Engenheira Eletricista e aluna do Curso de Especialização em Automação de Processos
Industriais da UFPI. E-mail: cristianasleite@gmail.com.
4
Engenheiro Eletricista, Especialista em Gestão Ambiental e Aluno do Programa de Pós-
Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da UFPI. E-mail: eng.osvaldo@live.com.
5
Engenheiro Químico, Doutor em Engenharia Química e professor do Curso de Engenharia
de Produção/UFPI. E-mail: pinheiro@ufpi.edu.br.
6
Engenheiro Eletricista, Doutor em Engenharia Elétrica e professor do Curso de Engenharia
Elétrica/UFPI. E-mail: fabiorocha@ufpi.edu.br
25
INTRODUÇÃO
26
Energética que deverá atingir uma economia total de 54.222 GWh em
2023, a partir de um total de 3.906 GWh já contabilizado até 2014
pelo Programa de Conservação de Energia Elétrica (Procel), que
representará 68% de toda a energia gerada no nordeste no ano de 2013
(EPE, 2014b). Porém, é importante observar que as avaliações, por si
só, não conduzem ao desempenho ambiental esperado. São requeridas,
ainda, medidas e ações posteriores, executadas de forma planejada e
estruturada, com metas e responsáveis bem definidos, com
acompanhamento por parte da administração e, na melhor das
hipóteses, sendo parte de um Sistema de Gestão Ambiental.
Projetos que objetivam a redução do consumo de energia são
considerados Projetos de Eficiência Energética (PEE). De acordo com
a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de
Energia (ABESCO, 2014), PEE são um conjunto de medidas bem
definidas que, quando implantadas, levarão a uma redução,
previamente determinada, do consumo de energia ativa ou reativa de
uma organização, mantendo-se os níveis de produção e da qualidade
do produto final. Apontado como referência pela Agência Nacional
de Energia Elétrica (ANEEL), o Volume I do Protocolo Internacional
da Medição e Verificação do Desempenho Energético (PIMVP) (EVO,
2007), de responsabilidade da Organização para Avaliação de Eficiência
(Efficiency Valuation Organization – EVO), descreve, dentre outros
aspectos, as práticas comuns de medição, cálculo e relatório de
economia obtida por PEE nas instalações do usuário final e deve ser
utilizado para quantificar os benefícios decorrentes de sua implantação.
Como será mostrado posteriormente, esse protocolo pode servir ainda
como base para o monitoramento contínuo do uso de energia elétrica,
inerente a um Sistema de Gestão Energética.
De acordo com o último Balanço Energético Nacional (BEN),
publicação anual de responsabilidade da EPE que contém a
contabilidade da oferta e demanda de energia do Brasil, no ano de
2013, as edificações residenciais, comerciais e públicas utilizaram 48,5%
de toda a energia consumida no país (EPE, 2014a). Segundo Lamberts,
Dutra e Pereira (2014) o potencial técnico de economia em edificações
existentes é estimado em 30%, enquanto que em prédios novos (quando
se considera a eficiência energética nas edificações desde a fase de
projeto) pode alcançar até 50%. Nas universidades não é diferente.
Nesse contexto, dada à diversidade e complexidade desses sistemas,
tendo em vista que não é possível gerenciar o que não se pode medir,
deve-se apresentar técnicas e métodos para definir objetivos e ações
27
para melhorar o seu desempenho ambiental e controlar os resultados,
auxiliando os gestores nas análises de PEE, conscientizando a
comunidade acadêmica, pressupondo que o desenvolvimento desse tipo
de projeto em universidades deve objetivar mais do que a verificação
de indicadores gerenciais.
As Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental,
de responsabilidade do Ministério da Educação e Cultura (MEC),
publicadas no Diário Oficial da União em 15 de junho de 2012, por
sua vez, estabelece no seu Artigo 14 que a Educação Ambiental nas
instituições de ensino, além de outras atribuições, deve contemplar
ainda o estímulo à constituição de instituições de ensino como Espaços
Educadores Sustentáveis, integrando: Proposta Curricular (com
temática da Educação Ambiental de forma transversal), Gestão
Democrática e Edificações, tornando-as referências de Sustentabilidade
Socioambiental (MEC, 2012). As instituições de ensino devem ser,
portanto, exemplo de sustentabilidade para toda a comunidade e
incentivar mudanças concretas na realidade social articulando três
eixos: edificações, currículo e gestão.
Este artigo busca responder se é possível sugerir um Sistema de
gestão do uso de energia para o Colégio Técnico de Teresina (CTT)
que seja viável para a instituição, tendo como objetivo geral elaborar
uma proposta de gestão do uso de energia. Dessa forma, os objetivos
específicos são: 1) caracterizar o consumo energético do CTT; 2)
estabelecer uma Linha Base para o monitoramento do desempenho
energético; 3) sugerir estratégias de gestão para o aumento da eficiência
energética. A hipótese principal é que se pode utilizar o PIMVP para a
Gestão Energética do CTT para torná-la eficiente.
MATERIAIS E MÉTODOS
28
Ultrapassagem, Reativo Excedente, Multas e Juros), sugerindo-se
estratégias de gestão energética.
Para a eliminação das Perdas Evitáveis, utilizou-se os valores
medidos como possíveis benefícios de um projeto de engenharia e
gestão, com custo estimado com base em projetos semelhantes, e
analisou-se sua viabilidade técnico-econômica e aderência estratégica.
Para a gestão dos Custos Gerenciáveis, seguindo as orientações do
primeiro volume do PIMVP, utilizou-se os dados disponíveis nas faturas
de energia para medição do consumo de Energia Elétrica de toda a
instalação, e a medição das Variáveis Independentes em cada um dos
Ciclos de Medição, dentro do Ano Base. As variáveis independentes
foram definidas em função da atividade fim da instituição e o Ciclo de
medição foi definido como sendo o intervalo compreendido entre as
leituras dos medidores realizadas pela concessionária de energia, tendo
o seu grau de correlação determinado com base no Coeficiente de
Correlação de Pearson. Já o Ano Base, período de tempo necessário
para caracterização do consumo energético, foi definido como o ano
de 2014.
Ao final desse diagnóstico energético foi utilizada a variável
independente de melhor correlação com o consumo de energia
(utilizou-se como exemplo o consumo de energia ativa no horário de
ponta do sistema) para definir uma Linha Base, determinada por
Regressão Linear, para o monitoramento do consumo energético da
instituição e verificação do desempenho de possíveis PEE que poderão
ser implantados na organização, ou para a criação de índices que podem
ser utilizados para a Gestão Energética.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
29
Propiciar a elaboração, sistematização e socialização do
conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico
permanentemente adequado ao saber contemporâneo e
à realidade social, formando recursos que contribuam para
o desenvolvimento econômico, político, social e cultural
local, regional e nacional (UFPI, 2014).
31
independentes no número de dias de medição e o número de dias
letivos em cada mês, além da média das temperaturas na cidade de
Teresina apresentadas pelo banco de dados do Instituto Nacional de
Meteorologia (INMET), disponibilizado para consulta gratuita na
internet, para efeito de comparação, tendo em vista que em prédios
públicos, aproximadamente, 45% da energia consumida é devida ao
sistema de climatização (Lamberts et. al., 2014). Todas as análises
estatísticas que seguirão foram elaboradas com o auxílio da Planilha
eletrônica Microsoft Excel®.
A análise de correlação apresentada na Tabela 3 sugere que
existe uma correlação fraca do consumo de Energia Ativa nos horários
ponta e fora-ponta com o número de dias de consumo e com o número
de dias letivos e moderada com a temperatura média mensal.
Analisando-se somente esse parâmetro poderíamos sugerir a
utilização da última variável para a gestão do consumo de energia
ativa, porém sugere-se utilizar uma variável que possua uma melhor
correlação com o consumo de energia e que reflita a atividade fim da
instituição. Vale ressaltar que o PIMVP não determina um intervalo
de tempo mínimo para a determinação da Linha Base de Projetos de
Eficiência Energética, nem tampouco critérios estatísticos. Dessa
forma, desde que aceito pela administração, as Linhas Base definidas
nesse período de um ano poderiam ser utilizadas para a gestão
energética do CTT, estimulando a Eficiência Energética, uma vez
que após a execução de PEE a área de estudo com as características
de consumo antigas deixam de existir.
A Análise de Regressão mostra que existe linearidade entre
essas duas variáveis com uma precisão de, aproximadamente, 99%
(valor-P = 0,012). A equação que descreve a variação do consumo de
energia ativa na ponta em função da variação da temperatura média
mensal de janeiro a dezembro de 2014, que podem ser utilizadas pela
administração conforme as orientações do PIMVP, é mostrada no
Gráfico 3. Entretanto, o coeficiente R² que determina o percentual
da variação do consumo que pode ser explicado pela variação da
variável independente, também apresentado no mesmo gráfico, afirma
que apenas 48,67% da variação consumo de Energia Ativa pode ser
explicada pela variação da média da temperatura mensal. Isso se dá
em função da correlação entre as duas variáveis ser apenas moderada,
porém, vale ressaltar que se estudou um período curto de tempo,
dessa forma, faz-se necessária a continuidade dos estudos para a
determinação de uma variável que melhor se correlaciona com o
32
consumo de energia e que apresente uma correlação forte (R e” 0,80).
Podem ser estudadas por exemplo, o número de aulas programadas
ou o número de aulas ministradas.
Seguindo as orientações do protocolo, para a verificação do
desempenho energético de um determinado mês, utilizando-se a
equação da linha base mostrada no Gráfico 3, poder-se-ia afirmar
que, se fossem mantidas as características de consumo do ano anterior,
o CTT deveria ter consumido um valor “y” de energia, resultado da
imagem da temperatura média mensal naquele mês (variável “x”) na
equação da linha base. Dessa forma, o consumo evitado seria igual à
diferença entre esse consumo estimado de energia e o consumo
medido no mês. A partir daí, poder-se-ia então, determinar a redução
percentual além dos benefícios de um possível Projeto de Eficiência
Energética que, por ventura tenha sido executado, ou ainda servir de
índice para o monitoramento do consumo, atribuição de um Sistema
de Gestão Energética.
CONCLUSÃO
33
utilizando-se a média das temperaturas mensais em Teresina-PI como
variável independente, com uma correlação moderada (R = 0,67), e
definindo-se os doze meses de cada ano como o ano base para o
monitoramento do consumo energético. Entretanto, O uso de energia
é apenas um dos aspectos ambientais gerenciáveis em uma
organização. Deve-se, portanto, implantar um Sistema de Gestão
Ambiental na Universidade, que englobe a Gestão Energética e
objetive a melhoria contínua de todos os aspectos ambientais
gerenciáveis: emissões atmosféricas, lançamentos em corpos d’água,
lançamentos no solo, uso de matérias-primas, uso de recursos naturais,
energia emitida (calor, radiação, vibração) e emissão de resíduos e
subprodutos, por exemplo.
A UFPI deve ser, portanto, exemplo de sustentabilidade para
toda a comunidade e incentivar mudanças concretas na realidade
social não só através de sua atividade fim (ensino, pesquisa e
extensão), mas também com a articulação da gestão e a infraestrutura
das edificações. As medidas propostas devem, portanto, ser encaradas
como Projetos de Investimento de Aderência Estratégica, uma vez
que se encontram alinhadas com a missão e a visão da UFPI para o
próximo quinquênio e com as determinações do Governo Federal,
sobretudo no que diz respeito à Educação Ambiental e à Gestão
Ambiental.
REFERÊNCIAS
34
LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F.O.R. Eficiência energética na
arquitetura. 3.ed. Rio de Janeiro, 2014.
MARQUES, M. C. S.; HADDAD J.; GUARDIA, E. C. Eficiência Energética
– Teoria & Prática. 1ª ed. Itajubá: FUPAI, 2007.
MEC, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Resolução nº 2, de
15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educação Ambiental. Brasília, 2012.
UFPI, UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ. PDI – Plano de
Desenvolvimento Institucional 2015-2019. Teresina, 2014.
TABELAS E GRÁFICOS
35
Tabela 2: Medição do consumo e das variáveis independentes do
CTT de janeiro a dezembro de 2014.
36
Gráfico 1: Variação das despesas com energia elétrica do CMPP de
janeiro a junho de 2014.
37
Gráfico 3: Linha Base da Energia Ativa do CTT de janeiro a
dezembro de 2014.
38
A CONCEPÇÃO TEOLÓGICA DA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E SUAS VERTENTES DIVINAS
7
Licenciado em Filosofia pelo Instituto de Estudos Superiores do Maranhão-IESMA. Bacharel
em teologia pela Faculdade Entre Rios do Piauí-FAERPI, Especialista em Filosofia
Contemporânea pela Faculdade do Médio Parnaíba-FAMEP. Professor Tutor Universidade
Federal do Piauí-UFPI/CEAD. Coordenador dos Núcleos de Ouvidoria e Comissão Própria
de Avaliação-CPA da Faculdade do Médio Parnaíba-FAMEP.
39
INTRODUÇÃO
8
Pelo espírito evangélico vivido por Santo Agostinho, o mundo já não é mais o mesmo diante.
Aqui se toma real consciência sobre a importância ao Meio Ambiente.
40
Mas, na filosofia de Agostinho, a noção mais aproximativa do
homem a Deus, consiste em saber o que ele não é; pois ele nada é do
que se pode imaginar da base ao ápice da criação. Em sua pequenez, o
filósofo africano coloca:
9
AGOSTINHO, 2009, XII 1,1.
10
GILSON. p.357
11
AGOSTINHO. 2009, IV 16,29
41
Mas, se tal suposição é contraditória, conclui-se que Deus teria
criado o universo do nada. Entre o divino e a mutável, portanto, a oposição
é irredutível, porém, o problema apenas torna mais difícil saber como o
eterno e imutável podem ter produzido o temporal e o mutável.12 Ele se
refere a esta hipótese e as suas causas sacrílegas, quando condena os que a
defendem, enquanto a aplicam à natureza da alma humana. Pensa o Bispo:
12
GILSON. p.358
13
AGOSTINHO. 2007. VII.II,3
14
REALE. ANTISERI. p.450
15
AGOSTINHO. Confissões. XI,5,7
42
Exemplificando melhor o exposto, o homem sabe “gerar” (os
filhos) e sabe produzir (os artefatos), mas não sabe “criar”, porque é um
ser finito. Deus “gera” de sua própria substância o Filho, que, como tal, é
idêntico ao Pai, ao passo que “cria” o cosmo do nada. Portanto, há uma
diferença enorme entre “criação” e “geração”, porque, diferentemente da
primeira, esta última pressupõe a vir ( a ser) por outorga de ser por parte
do criador para “o que absolutamente não existia.16
Pelo contrário, o Deus criador criou até a própria matéria. De
modo que, o ato criador significa, portanto, a produção do Ser daquilo
que é e essa produção é possível unicamente por Deus, porque, somente
Ele é o Ser e , assim, só ele pode conceder o ser a todas as coisas que
são. Para Agostinho, o homem é a razão de ser do cosmos físico, do
que ele chama de as coisas ou o exterior; ora, por tudo o que dissemos,
a sua reflexão do tempo, se é exatamente o momento lógico em que se
transcende a oposição entre subjetivo e o objetivo17.
Mas, a objetividade do mundo se faz complexo de atos mediante
os quais o homem, ao medir o tempo o descobre como a marca de ser
própria do mundo, marca que o homem tem em comum com este, mas
que compartilha acompanhando-a do dom, que para nosso Doutor é
graça, o dom de transcender alcançando o que é presente, o Deus eterno,
isto é, sempre o mesmo em seu ser, que obviamente, como essência
suprema, menos ainda do que qualquer outra essência é imune a qualquer
contrário, com o que se esclarece não ostentar o tempo este estatuto.
Assim, Agostinho confirma em suas reflexões o que realmente
diz o primeiro livro da Bíblia, no livro da Gênesis. Para nosso Doutor,
não existe nada que não deva sua existência a Deus criador. O mundo
começou quando foi tirado do nada pela palavra de Deus; todos os
seres existentes, toda a natureza, toda a história humana tem suas raízes
neste acontecimento primordial: é a gênesis pela qual o mundo foi
constituído18.
CONCLUSÃO
16
REALE. ANTISERI. p.450
17
SOUSA NETO, p.28.
18
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA §338
43
seres existentes, toda a natureza, toda a história humana tem suas raízes
neste acontecimento primordial: é a gênesis pela qual o mundo foi
constituído e o tudo começou.19
Portanto, para Santo Agostinho o tempo não é apenas uma
sucessão de instantes separados, é um contínuo, e, como tal, é
indivisível. O tempo, para ser estudado na sua metafísica não deve
dividir-se no “antes” e “depois”, mas considerar-se na sua síntese de
continuidade.
Entretanto, se o lado teológico da doutrina da criação em
relação ao Meio Ambiente, então a ela deve corresponder também o
lado antropológico, ou seja, o modo agradável de viver a existência20
só pode ser conseguido através de um relacionamento descontraído
entre natureza e pessoa, caracterizado por perdão, paz e uma simbiose
de sobrevivência. À morada das pessoas no sistema natural da terra
corresponde, por seu lado, a morada do Espírito na alma e no corpo
da pessoa, por meio da qual é anulada a autoalienação da pessoa. Desta
maneira, em suma, a conversão da relação para com a natureza, que
hoje simplesmente é vital, acham-se muitas vezes coisas promissoras
nas tradições mais antigas da teologia cristã.
REFERÊNCIAS:
19
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA §338
20
MOLTMANN,1992.p.11
44
COLETA SELETIVA EM CAMPO MAIOR PIAUÍ:
UMA VISÃO SOCIAL E AMBIENTAL
INTRODUÇÃO
21
Graduanda em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas. Universidade Estadual do Piauí
– UESPI/Campus Heróis do Jenipapo. Email: mikaelirs@gmail.com
22
Professora Substituta UESPI/Campus Heróis do Jenipapo. Doutora em Desenvolvimento
em Meio Ambiente
45
correta e acabam sendo depositados em locais impróprios. Para
diminuir a quantidade de lixo descartado, algumas atitudes são
adotadas como reciclagem e coleta seletiva. Outros fatores também
podem estar associados a estas mudanças, segundo Mafaldo et al (2011),
por conta das mudanças climáticas e dos problemas ambientais e de
saúde que estamos passando atualmente, nos fazendo pensar sobre o
modo que agimos para com a natureza, como por exemplo, o destino
correto dos resíduos que produzimos.
Com relação ao homem e à forma com que trata a natureza,
Wildner et al (2012), descreve:
MÉTODOS
1ª Etapa
Reunião com os representantes da secretaria e da associação
de catadores, onde foi abordado o assunto e as atividades a serem
executadas para o desenvolvimento do projeto de implantação da coleta
seletiva.
2ª Etapa
Visita à sede da associação de catadores e conversa com os
catadores a fim de estabelecermos uma proximidade entre a divulgação
48
e execução do trabalho, informando-se sobre a forma com que
desenvolviam o trabalho e o tipo de material coletado.
3ª Etapa
Divulgação do projeto por meio de redes sociais, panfletos,
cartazes e palestras em escolas. Os panfletos e os cartazes foram
distribuídos nos bairros, em algumas residências e preferencialmente
associações de bairro e pontos comerciais. Nas escolas, as palestras
foram feitas de forma aleatória dando preferência a escolas de bairros
diferentes, afim de que a informação seja repassada para toda a cidade,
para que possa mobilizar a população de forma geral, desde crianças,
adolescentes e adultos.
4ª Etapa
Por fim, foram estabelecidas parcerias com pontos comerciais,
no que diz respeito à doação de matérias, sendo estes, locais de
produção diária de resíduos recicláveis, gerando benefício mútuo. Nesse
caso, foi disponibilizado o telefone de contato de alguns catadores para
facilitar e agilizar essa ação.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
49
Com essas medidas, foi possível mapear o fluxo de descarte de
materiais, identificar e estabelecer parcerias com os principais geradores
de resíduos, propor ações e estratégias de descarte consciente e avaliar
a taxa de geração de material reciclável produzido mensalmente em
Campo Maior, além de possibilitar o planejamento do gerenciamento
dos resíduos produzidos pela população, contribuindo assim para
reforçar e incentivar a separação do lixo aumentando dessa forma a
renda dos catadores e diminuindo a quantidade de rejeites destinados
ao aterro.
O desenvolvimento desse trabalho possibilitou minimizar a
poluição do solo, onde a população passou a se preocupar mais com a
destinação dos materiais por ela produzidos; o aumento da vida útil
dos aterros sanitários, onde este deixou de receber os materiais
recicláveis, tendo estes materiais outra destinação como a associação
de catadores; diminuição do desperdício; fortalecimento da associação
de catadores com melhorias nas condições de trabalho e qualidade de
vida.
Durante o desenvolvimento do trabalho, foi observado que a
população já possuía um conhecimento prévio sobre a importância da
coleta seletiva tanto para meio ambiente como para a comunidade,
incluindo o aspecto social e econômico, mostrando-se bem receptiva
em relação a campanha.
Gusson (2014), pensando numa forma para amenizar os
problemas ambientais causados pela devastação dos recursos naturais
e pelo acúmulo e descarte desse resíduo sólido, diz que hoje a sociedade
de modo geral tem mudado algumas ações, ainda que de forma tímida.
Propõe ainda que a perspectiva de mudança na educação ambiental
busca não só a conservação dos meios naturais, mas principalmente a
valorização e o respeito pela natureza, pois entende-se que a sociedade
é parte do meio ambiente e a interação com o mesmo precisa ser
repensada.
Rodrigues (1998) enfatiza que a natureza é um recurso, um
bem aproveitável, quando se verifica a possibilidade de seu
esgotamento, inicia-se uma preocupação com este recurso, que devido
à sua exploração em larga escala está ficando cada vez mais escasso.
No entanto, a sociedade atual utiliza em seu desenvolvimento
o modelo capitalista, deixando, na maioria das vezes, a natureza em
último plano, esquecendo-se que ela também é capaz de gerar lucros
e que se usada de maneira correta e sustentável pode se tornar um
bem infinito.
50
Santos (2008, p. 116), em seus estudos, falou sobre o destino
dos resíduos, que grandes são os danos causados ao meio ambiente
pelo acúmulo irregular desses resíduos e pelos sistemas utilizados para
seu gerenciamento. Desde o momento de geração até o destino último
dos resíduos, uma série de medidas necessitam ser empreendidas para
evitar problemas de ordem ambiental, social, de saúde pública,
econômica e até mesmo de estética paisagística. Entre essas medidas,
destacam-se o acondicionamento, a coleta, o transporte, o tratamento
e a disposição final.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
51
REFERÊNCIAS
52
MOBILIDADE DENTRO DA UFPI: O USO DA
BICICLETA POR ALUNOS DA RESIDÊNCIA
UNIVERSITÁRIA QUE ESTUDAM NO CENTRO DE
CIÊNCIAS AGRÁRIAS
INTRODUÇÃO
23
Graduanda em Engenharia Civil, na Universidade Federal do Piauí; E-mail para contato:
mikelymenezes@hotmail.com.
24
Graduanda em Letras, Licenciatura Português-Francês, na Universidade Federal do Piauí;
colaboradora de Iniciação Científica do Projeto de Pesquisa Teseu, o labirinto e seu nome. E-
mail para contato: geyzacosta7@hotmail.com
25
Campus Ministro Petrônio Portela está localizado em Teresina/ Piauí, no Bairro Ininga,
externo a esse espaço em aglomerado de Centros Acadêmicos, está o Centro de Ciências Agrarias
a uma distância aproximada de 3km, onde o recorte da pesquisa se constitui ao longo do
processo.
26
A Residência Universitária, doravante REU, é uma das assistências disponibilizada pelo
programa de apoio estudantil vinculado a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários
(PRAEC), está localizada dentro do Campus Ministro Petrônio Portela, em frente ao Centro
de Tecnologias (CT).
53
estudam no Centro de Ciências Agrícolas, este fica aproximadamente
a três quilômetros distante de onde residem, a mobilidade de bicicleta
pode ser de caráter econômico e funcional para esses estudantes, sem
deixar de ser sustentável para o planeta. Como ponto de partida para
essa análise, serão discutidos quais os maiores benefícios e quais as
maiores dificuldades encontradas por esses alunos na execução do
deslocamento utilizando-se bicicletas.
MÉTODOS
27
O Código de Trânsito Brasileiro durante a escrita será referenciando em sua sigla como
C.T.B.
54
deslocamentos inter-centros acadêmicos e b) levantar as concepções
sobre o processo de formação de público ciclista dentro do campus
universitário.
Diante do conhecimento dos tipos de modais para deslocamento
de pessoas e mercadorias apresentados em seminários na disciplina
acima, foi possível constatar que para a redução dos impactos
ambientais e sociais da mobilidade motorizada existente é necessário
a implantação de uma mobilidade sustentável. Tomando isso como
partida, junto à leitura de artigos e pesquisas relacionados ao tema,
planejou-se um roteiro englobando pontos importantes que não
fugissem ao ambiente de pesquisa e a obtenção de resultados simples e
reais.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
55
qualquer tentativa de roubo, mas que se preocupa com sua segurança
e de sua bicicleta, pois no seu centro não há bicicletários para guardá-
la. O gasto com revisão de sua bicicleta é semestral ficando em torno
de R$ 40,00 (quarenta reais), afirma também ter noções do CTB que
protege o ciclista no trânsito. Seria de grande valia uma melhor
infraestrutura dentro da UFPI que melhor atendesse os alunos ciclistas
presentes na mesma.
O terceiro a ser entrevistado foi T. S. de S., assim como os demais
estudantes de veterinária no 6º período em andamento, já mora na
Residência Universitária há três anos e desloca-se desde o início do
curso de ônibus até o Centro de Ciências Agrárias. Ao ser indagado
porque não se locomove de bicicleta ao invés de ônibus, responde que
mesmo consciente que teria algumas vantagens como viabilidade
econômica e a prática de uma atividade física, atribui como contra
partida a falta de segurança e de ciclovias no campus. Acrescentou
ainda que por ser sedentário, trocaria o ônibus por uma bicicleta se
houvesse infraestrutura adequada e segura. E que seu principal
problema no transporte coletivo é no não cumprimento de horários
das linhas de ônibus.
MAIORES BENEFÍCIOS
56
MAIORES DIFICULDADES
CONSIDERAÇÕES FINAIS
28
Segundo o Código De Transito Brasileiro no Anexo I Dos Conceitos E Definições:
BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao estacionamento de bicicletas.
57
deslocamento possível. Uma combinação de vários modais oferecidos
estrategicamente é mais interessante do que grandes projetos que criam
infraestrutura para dar vazão a um único meio de transporte, em
especial se ele for o carro. A inserção de outro modal torna-se atrativo
por possibilitar dar vazão a mais de um meio de transporte. O trânsito
nos dá a falsa impressão de que a maioria das pessoas locomovem-se
fazendo uso de veículos automotores. Na verdade, os carros ocupam
a maioria dos espaços das vias públicas, mas levam a minoria das
pessoas que se locomovem por elas.
O que ainda não perceberam é que a bicicleta como meio de
deslocamento dentro da Universidade Federal do Piauí traz uma gama
de benefícios a comunidade acadêmica.
Pensando dessa forma, o primeiro passo para adaptar a bicicleta
como modal nos campus da Universidade é integrar a infraestrutura
cicloviária ao transporte público existente, criando bicicletários em
todos os centros, restaurantes universitários e residências universitárias.
Assim, parte dos deslocamentos podem ser realizados utilizando as
bicicletas e parte de transporte público. Outra medida importante é
reduzir gradativamente a velocidade máxima permitida em vias da
Universidade a fim de tornar essas vias seguras e agradáveis ao uso de
bicicletas ou mesmo por pedestres de forma que todos se adaptassem,
inclusive os motoristas de transportes motorizados Quando a
velocidade máxima é reduzida, a via fica automaticamente mais segura,
por conseguinte, encorajadora ao uso de outras formas de locomoção
sustentáveis e menos agressivas em vários aspectos.
REFERÊNCIAS
58
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E
MICROBIOLÓGICAS DO RIO PARNAÍBA NO
PERÍODO CHUVOSO - EM FLORIANO/PI
* Graduados em Farmácia
** Graduada em Enfermagem
*** Graduando em Biomedicina
**** Orientadores
59
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
60
A determinação dos pontos de coleta foi feita com o uso do GPS
(GARMIN Etrex h®), as amostras foram acondicionadas em frascos de
cor âmbar e conservadas em uma caixa térmica até chegarem aos
laboratórios de microbiologia e de físico-química da FAESF-PI, onde
permaneceram mantidas sob-refrigeração até o momento das análises.
Para as análises físico-químicas e Microbiológicas utilizaram-
se técnicas adotadas no Manual da Fundação Nacional de Saúde –
FUNASA (2009). Foram analisados os seguintes parâmetros físico-
químicos: temperatura (C°), pH, alcalinidade total (mg/L), cloreto
(mg/L) e dureza (mg/L) e microbiológicos utilizou-se a técnica de
tubos múltiplos de 1:1 da tabela 2 e foi realizado a técnica de pourplate
em meio seletivo e diferencial em triplicata para a confirmação da
Escherichia coli (ANDREOLI et al., 2003).
Depois da realização das análises, os resultados foram
comparados com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA)n°357/2005 e nº274/2000 e da Portaria nº 2.914/2011
do Ministério da Saúde.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
61
As análises das alcalinidades expressas na tabela variaram entre
26 e 28 mg/L. Cruz et al (2007), diz que os valores encontrados de
concentração é proveniente de matéria orgânica em decomposição,
pois os íons de bicarbonatos provem dessa reação.(dentro ou fora dos
padrões).
Os resultados dos teores de cloretos situaram-se na faixa de 4 a
4,4 mg/L, encontrando-se dentro dos padrões estabelecidos pela
portaria nº 2.914/2011 segundo Brasil (2011), que estabelece o limite
máximo permitido de cloretos seja de 250mg/L. Segundo CETESB
(2005), os limites fixados para o valor máximo permitido de
concentração dos cloreto, baseiam-se em relação ao gosto por motivo
de toxicidade.
Os resultados da dureza situaram-se na faixa de 16 a 18mg/L,
indicando teores aceitáveis de dureza, conforme a portaria nº 2.914/
2011. Segundo Brasil (2011), a qual estabelece o limite de 500 mg/L.
Cruz et al (2007) relata que ocorre um aumento na concentração da
dureza no período chuvoso, devido a um maior carreamento nos leitos
para os rios, que ocorrem por causa da maior concentração de chuvas
nesse período.
De acordo com Richter e Netto (2000), para o controle do sistema
de abastecimento é necessário a determinação de coliformes. Sua
presença é um indicativo da contaminação da água por esgotos
domésticos, podendo ocasionar diversas doenças de transmissão hídrica.
Os pontos Pa1, Pa2 e Pa3 tiveram resultados > 16, para o número
mais provável de bactérias e já no meio de diferenciação utilizando o
meio Mac Conkey, foram encontradas uma variação de 05 a 18 UFC
de Escherichia coli (Tabela 2). De acordo com a portaria nº 2.914/2011,
segundo Brasil (2011), quando confrontadas com os valores de
potabilidade todas as outras amostras encontram-se impróprias para o
consumo humano, mas para a balneabilidade encontra-se adequada
de acordo com a resolução do CONAMA nº 274.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
62
CONAMA nº357/2005 e da portaria nº 2.914/2011 segundo Brasil
(2011).
As análises dos resultados microbiológicos demonstram que as
águas do rio Parnaíba são impróprias para o consumo humano de
acordo com a portaria nº2.914/2011,mas para a balneabilidade
encontra-se adequada de acordo com a resolução do CONAMA nº
274.
É essencial a promoção de ações direcionadas para se evitar a
poluição, para promoção de uma melhor qualidade dos corpos d’água
e da diminuição na contaminação através dos esgotos nas águas do rio
Parnaíba. Na cidade está sendo implantado um sistema de saneamento
básico, uma ação que contribuirá para melhorar a qualidade da água
devido à canalização dos esgotos que cortam a cidade e se interligam
aos mesmos, em que a população despeja seus dejetos domésticos e
fecais que são lançados diretamente no rio contribuindo para a sua
poluição.
Esse estudo é a primeira abordagem realizada que engloba os
índices Físico-Químicos e Microbiológicos do rio Parnaíba na cidade
de Floriano-Pi, no período chuvoso, servindo de referência para
comparar índices futuros com os encontrados.
REFERÊNCIAS
63
PORTARIA%20No%202.914%2012_12_2011_qualidade%20da%20agua.pdf>.Acesso
em: 12 Abril 2012.
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2012.
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Janeiro: GMA, 2006. Disponível em:<http://www.firjan.org.br/data/pages/
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INFORMAÇÕES confiáveis sobre a qualidade dos recursos hídricos. Reunião,
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REIS, J. A.; HOFFMANN, P.; HOFFMANN, F. L. Ocorrência de bactérias
aeróbias mesófilas, coliformes totais, fecais, e Escherichia coli, em amostras de
águas minerais envasadas, comercializadas no município de São José do Rio
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2006.
TEIXEIRA, J. C. Vigilância da qualidade da água para consumo humano –
utopia ou realidade? Estudo de caso: Juiz de Fora – MG. Associação Brasileira
de Engenharia Sanitária e Ambiental, Rio de Janeiro, p. 1-4, 2005.
64
CARTA DE PRINCÍPIOS E PROJETO AÇÃO: A
INTER E A TRANSDISCIPLINARIDADE NO
CONTEXTO ESCOLAR
INTRODUÇÃO
29
O Colégio Sidarta pautou-se no Modelo para Prioridades Educacionais em uma Sociedade
de Informação da Escola do Futuro (1997), nos princípios de Gardner (Projeto Zero), nas
ideias de pesquisadores que defendem o ensino para a compreensão, o aprender a aprender e a
aprendizagem com sentido e significado.
30
Citando o Projeto Sidarta (2000, p. 19) “O objetivo da visão transdisciplinar é a articulação
dos saberes, o estudo do universal, a restituição ao homem de sua integridade, a contínua
educação e formação que remeta ao conhecimento e ao respeito da totalidade aberta do Ser
humano, à compreensão da Natureza e do mundo em que vivemos. A visão transdisciplinar
implica em uma nova lógica, em um nova consciência do real, em uma interpelação ética e em
uma metafísica. Ela abarca a relação do homem com o ambiente (ecorelação), com o outro(s)
(heterorelação) e com nosso interior (autorelação), enquanto o nosso si mesmo, a nossa essência,
a nossa verdadeira natureza. Nesse sentido, ela remete a um processo contínuo de ecoformação,
de heteroformação e de autoformação”.
31
Segundo o Projeto Sidarta (2000, p.1) “A Educação permeada pela transdisciplinaridade
amplia o universo do que é educar uma vez que compreende o educador como um mediador
de sentido e de significado. Para a transdisciplinaridade o educador é um mediador de sentido
e de significado. Nesse contexto, o educador enquanto mediador de significado é aquele que
responde as perguntas o que? e porque? Ele nos remete a um conteúdo disciplinar, multidisciplinar
ou interdisciplinar. O educador, enquanto mediador de sentido, é aquele que responde as
perguntas para que? para quem? em nome do que? em nome de quem? Ele nos remete à interpelação
ética e metafísica.”
66
“Espaçonave Terra navegando”. A intenção ao se escolher esse
tema era possibilitar a construção de uma representação mais
abrangente sobre planeta. Os indivíduos das diferentes espécies são
viajantes/passageiros da Espaçonave Terra que navega pela Via-Láctea
e, consequentemente, pelo Universo. Partindo-se deste pressuposto, o
projeto pedagógico tinha por base um tema gerador: “Espaçonave Terra
navegando”. A intenção ao se escolher esse tema era possibilitar a
construção de uma representação mais abrangente sobre planeta e
demais espécies viventes. Assim, temáticas relativas à sustentabilidade
e à biodiversidade constituíam-se como foco do ensino, respaldadas
pela Teoria dos Sistemas.
A metodologia de ensino, baseada no sentido e significado do
aprender, levou os estudantes a “vivenciar experiências concretas,
refletir sobre elas, descobrir o que realmente aprendeu e compreendeu,
comunicar aos outros o seu conhecimento e, finalmente, trabalhar
cooperativamente e individualmente” (FISCHMMAN, 1997, p. 6).
A metodologia de ensino estava assentada em 4 etapas distintas:
sensibilização, investigação e descoberta, atividades criativas, da
informação ao conhecimento (Quadro 1).
68
os momentos de planejamento e avaliação das metas ocorriam com
frequência, pois a equipe de gestores (incluindo a mantenedora, a
direção, a coordenação de currículo e a pedagógica) fazia reuniões
com os professores semanalmente. Para atingir as metas do projeto
pedagógico entre as diversas condições destacavam-se: o planejamento
estratégico, o trabalho em equipe, profissionais bem preparados,
planejamento de ensino e das aulas. O trabalho pedagógico não ocorria
de forma solitária. Era resultado de uma equipe que se pautava no
princípio da solidariedade.
O objetivo da ação educativa era dar sentido e significado ao
conhecimento permitindo as ações empreendedoras. A proposta
pedagógica era baseada em 4 vetores: Autenticidade na identidade;
Identidade na alteridade; Qualidade na formação; e Emancipação na
criação respaldados pelos quatro pilares da Educação – Aprender a
conhecer; Aprender a fazer; Aprender a viver em conjunto; Aprender
a ser – conforme o relatório da Unesco para a Educação no século
XXI (DELORS, 1999).
70
Fonte: Planejamento elaborado por Scabello (2002).
71
O planejamento da disciplina de geografia articulava-se aos
demais componentes curriculares. E para colocar em prática o ensino
desses conteúdos foi escolhido o método interdisciplinar do estudo do
meio.
32
A estação ecológica é uma área, da Unidade de Conservação, que permite a visitação pública,
especialmente com função educativa e a pesquisa científica. Nesta área ficam proibidas ações
que interfiram na fauna e flora. A estação experimental, por sua vez, trata-se daquela área em
que é permitida a realização de experiências.
72
avaliação homogeneizante. Ele tem por finalidade proporcionar o
contato direto com determinada realidade que se deseja estudar
(PONTUSCHKA; LOPES, 2009).
Os estudantes participaram de todo o processo incluindo
planejamento, elaboração do orçamento e do caderno de pesquisa de
campo. Percebeu-se na prática que “[...] o estudo do meio pode tornar
mais significativo processo ensino-aprendizagem e proporcionar aos
seus atores o desenvolvimento de um olhar crítico e investigativo sobre
a aparente naturalidade do viver social” (PONTUSCHKA; LOPES,
2009, p. 174).
O estudo do meio necessita de um planejamento flexível, mas
deve respeitar as etapas fundamentais:
73
RESULTADOS E DISCUSSÃO
74
Esta Carta de Princípios, na série seguinte, ganhou o status de
carta de intenções. Os estudantes, de acordo com o projeto pedagógico,
realizaram um intercâmbio visitando o Colégio Marista localizado em
Curitiba, PR. Neste intercâmbio puderam evidenciar o trabalho social
realizado pelo Colégio Santa Maria e, sensibilizados com essas ações
solidárias refletiram sobre as possibilidades de intervenção no entorno
e nos bairros localizados nas imediações do Colégio Sidarta.
Assim, no 9º ano os estudantes elaboraram, utilizando as
ferramentas propostas pela metodologia científica, projeto de
intervenção denominado projeto-ação. Desta forma, a equipe do
Colégio Sidarta tentou:
REFERÊNCIAS
75
OS OBSTÁCULOS PARA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL: UMA INVESTIGAÇÃO A PARTIR DA
ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ ALEXANDRE EM
PARNAÍBA – PI.
INTRODUÇÃO
77
Dessa forma, a coleta de dados ocorreu através de uma
entrevista focalizada com quatro professores das séries de 2º a 5º ano,
com perguntas abertas para ajudar em um maior esclarecimento sobre
a temática. O presente trabalho tem como objetivo investigar como os
professores das séries iniciais da escola campo de pesquisa utilizam a
Educação Ambiental em sua prática pedagógica em sala de aula.
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL
78
ambientais e a ludicidade encontra-se como uma forma de promover a
EA, pois não basta apenas consciência, é preciso participação que para
Brose significa também mudança de postura e comportamento:
METODOLOGIA
80
A pesquisa teve a finalidade de investigar de que forma os
professores da Escola Municipal José Alexandre na cidade de Parnaíba
nas turmas de 2º ao 5º ano trabalham em sua prática pedagógica a
temática Educação Ambiental, entendendo a importância do tema para
desenvolvimento sustentável da cidade. Na Tabela 1 demonstra-se o
perfil dos colaboradores da amostra investigada.
81
RESULTADOS E DISCUSSÃO
82
aspecto cultural ou ambiental, dessa forma, o turismo educacional passa
a ser uma atividade que relaciona turismo, lazer e aprendizado.
O Turismo Pedagógico aproxima os estudantes com o meio,
um jeito de ensinar diferenciado. Segundo Goeldner (2002, p. 1910)
“O turismo eleva os níveis da experiência e do reconhecimento humano
e as realizações em muitas áreas da aprendizagem, pesquisa e atividade
artística.” Além de ampliar os conhecimentos dos discentes, o turismo
pedagógico possibilita uma aproximação maior entre o professor e
aluno, estabelecendo dessa forma uma relação afetiva entre ambos. As
viagens também fazem com que seja possível o professor analisar
melhor o comportamento do aluno e saber as deficiências do mesmo.
Por se tratar de uma prática facilitadora de aprendizagem, o
turismo pedagógico pode ser uma excelente ferramenta de educação
ambiental. Os discentes vão a campo, entram em contato com a
natureza, estabelecem uma maior aproximação da fauna e flora,
vivenciam o local, sentem a fragilidade do ambiente, podendo então
dessa forma despertar uma preocupação ecológica. Durante o trajeto
os alunos poderão ser sensibilizados, ficando atentos à questão do lixo,
do barulho, do respeito aos animais, desenvolvendo uma consciência
de preservação do meio ambiente e o que é melhor, de uma maneira
prazerosa.
Assim “nesse contexto, o professor atinge seus objetivos
didáticos de forma lúdica, pois as atividades pedagógicas são
desenvolvidas com brincadeiras e entretenimento.”. (PERINOTTO,
2008). Portanto, promover viagens de cunho pedagógico traz vantagens
tanto para os destinos receptores, quanto para o aprendizado dos
estudantes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
83
os fatos do dia a dia para tentarmos solucioná-los. É preciso pensar
globalmente, mas agir localmente.
O percurso traçado por esta pesquisa foi um desafio que
começou a partir de observações, em que tinha como objetivo investigar
as práticas pedagógicas de ensino dos professores nas séries iniciais,
no que se refere à Educação ambiental enquanto tema transversal.
Durante os dias em que a pesquisa foi realizada não houve
dificuldades no acesso à escola e às professoras, pois tanto a direção da
instituição como as docentes foram receptivas durante todo o período
de realização do trabalho.
Por meio da pesquisa de caráter qualitativo podemos perceber
que alguns educadores sentem dificuldades ao desenvolver a disciplina
devido à falta de conhecimento da temática ou ainda por não adotarem
práticas efetivas que priorizem a questão ambiental como essencial no
currículo escolar
Faz-se necessário um conhecimento amplo e não fragmentado
de concepções éticoambientais de práticas educativas que propiciem
uma compreensão real e crítica da situação atual numa visão global,
para com isso despertar atitudes que visem dinâmicas e sensibilização,
cuja participação envolva todos: escolas, professores, alunos, família e
comunidade.
Nosso trabalho de investigação não é algo que se encerra por
aqui, não é definitivo e nem tampouco está acabado, pois educar
ambientalmente significa estar constantemente envolvido em um
processo contínuo que apenas vai se transformando com o passar do
tempo; vai evoluindo.
REFERÊNCIAS
85
PERCEPÇÃO DOS ALUNOS E PROFESSORES DA
ESCOLA MUNICIPAL JUSTINO LUZ SOBRE OS
RESÍDUOS SÓLIDOS PRODUZIDOS NA ESCOLA
86
1 INTRODUÇÃO
87
entre outros aspectos, à proteção da saúde. As prefeituras devem
implantar a coleta seletiva de do lixo reciclável nas residências, além
de sistemas de compostagem para resíduos orgânicos, como restos de
alimentos, o que reduz a quantidade elevada para os aterros, benefícios
ambientais e econômicos. (MARTINS, 2009)..
A coleta dos resíduos é uma etapa essencial na limpeza urbana
municipal e é caracterizada pela remoção regular do lixo acumulado,
coletado, transportado, tratado e encaminhado para a disposição final.
A execução desse serviço evita a proliferação de vetores causadores de
doenças, como ratos, baratas, moscas entre outros, problemas sanitários
para a população e mau cheiro. O não recolhimento dos resíduos é
visível à população, que fica incomodada e passa a criticar a
administração pública (MANO, 2010).
A população tem um papel de extrema importância para que a
coleta seja executada de maneira desejada. A observação dos dias e do
horário da coleta e o correto acondicionamento melhoram a eficiência
e a qualidade da coleta. O aterro sanitário é a tecnologia de disposição
de resíduos sólidos urbana mais indicada ao cenário brasileiro, na qual
são utilizados critérios de engenharia que garantem o correto
recebimento e tratamento dos resíduos, com menor impacto ambiental
e proteção da saúde pública.
A partir desse novo cenário, os municípios têm a importante missão
social de transformar suas práticas ambientais. O poder público municipal
é o principal agente dessa mudança, com a oportunidade de elevar sua
cidade a novos patamares na gestão de resíduos e com diversas obrigações
a serem cumpridas. A gestão de resíduos sólidos é um crescente desafio
para a sociedade atual, especialmente para a administração pública, em
razão da quantidade e da diversidade de resíduos, do crescimento
populacional e do consumo, da expansão de áreas urbanas. Diante desse
novo momento proposto aos municípios, são necessários motivação e
comprometimento da gestão municipal com a temática ambiental para
viabilizar a transformação necessária. (ALVES, 2000).
Depreende-se que é papel dos professores ministrar aulas com
atividades práticas sobre reaproveitamento dos Resíduos Sólidos
gerados na escola, para que com isso os alunos mudem de atitude,
haja vista a evidência dos problemas encontrados diariamente com a
falta de educação em relação ao meio ambiente.
Essa tomada de atitude frente ao modo como tanto alunos
quanto professores interagem com o tratamento ao lixo é imprescindível
já que segundo Mano et al. (2010, p 67)
88
Os Resíduos Sólidos são um dos maiores problemas no
ambiente da atualidade, pois os modelos de consumo
adotados pela maioria das sociedades moder nas
provocam o aumento contínuo e exagerado na quantidade
de Resíduos Sólidos produzido. Com isso vem uma
preocupação que leva a um conceito atual sobre o
desenvolvimento sustentável que é o desenvolvimento
capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade de atender as necessidades das
futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os
recursos para o futuro, mas será que vai ser suficiente
mesmo?
2 METODOLOGIA
90
de sensibilização e mobilização capazes de influenciar os vários
segmentos da sociedade, inclusive os profissionais da área e a população
como um todo. Este papel de sensibilização e mobilização cabe a
Educação Ambiental como:
Desta maneira, primeiramente foram realizadas visitas a escola
para apresentação da proposta do estudo e dos procedimentos a serem
desenvolvidos, apresentados à equipe gestora. Para coletar os dados
foi realizado um levantamento caracterizando todos os resíduos na
escola como na cantina, nas salas de aula, no pátio durante e depois
do recreio e o procedimento seguinte foi realizar a segregação correta
e a qualificação destes resíduos.
Também foram coletados dados sobre os pontos de geração,
manuseio, coleta interna e externa, armazenamento e destinação final
de todos os resíduos. Palestra de sensibilização do meio ambiente e
conscientização sobre o correto manuseio dos “lixos” foram aplicadas
durante o decorrer do trabalho, também uma campanha com apoio de
toda equipe da escola para a conscientização e a redução da utilização
de materiais descartáveis e papel no qual diminuirá na quantidade de
resíduos gerados no dia a dia escolar
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
91
Figura 01: O que você entende por resíduos sólidos?
.
92
A existência de projetos de cunho ambiental revela que as
escolas estão incluindo em seu conteúdo programático o trabalho
com temas transversais como o Meio Ambiente, assim como está
previsto nos PCNs. Contudo, pode-se concluir que apesar de
trabalharem esta temática, não estão inserindo no ensino de
educação ambiental o tema dos RS de maneira a modificar as
atitudes dos alunos em relação ao que fazer com o lixo como ficou
claro no gráfico 1, em que a maioria dos alunos desconheciam este
conceito de RS.
Em trabalho realizado por Oliveira et al (2010, p. 243) em que
os alunos foram questionados sobre RS, o que é, seus prejuízos e
descarte, os alunos demonstraram não saber lidar com esta temática e
o mesmo afirmou que “os alunos, em geral, viram-se surpreendidos
com a situação que lhes foi apresentada e precisavam refletir mais sobre
as atividades que acabaram de participar.”
Pode-se dizer que mesmo a escola trabalhando a temática como
feito na pesquisa de Oliveira et.al. (2010), já existiu dificuldade dos
alunos em formularem respostas sobre a temática, mais difícil ainda
ficará para aquelas instituições que sequer abordam o assunto em seus
projetos e em sala de aula.
Indagou-se se a escola possui algum tipo de processo de
separação de lixo produzido pela comunidade escolar, e a maioria diz
que não existe este processo e uma minoria afirma que já ocorre a
coleta seletiva.
93
A coleta seletiva já vem sendo implantada em muitas escolas e
estabelecimentos privados e públicos em geral, contudo não existem
ainda muitos lugares para o descarte de RS, em sua grande maioria,
estes são jogados no lixo comum, prejudicando o ambiente e as pessoas
que trabalham com a separação de materiais recicláveis, colocando
em risco a saúde do meio ambiente e da população em geral (REIS
JÚNIOR, 2003).
O fato é que o trabalho com a educação Ambiental deve existir
na educação formal sob o aspecto de ação transformadora, pois
implica levar os alunos a perceberem suas relações com a educação,
a sociedade, com o trabalho e com a natureza em um processo de
aprendizagem que é contínuo e envolve todos os âmbitos da vida
humana. Sobre isso, Quintas (2000 p.15 apud MACEDO, 2008)
corrobora afirmando que:
94
Gráfico 4: Como os alunos são instruídos a lidar com o lixo
eletrônico?
95
Constatou-se que os alunos, em sua maioria, se isentam da
responsabilidade de preservar o ambiente em que estão limpos e
contribuir com o tratamento dos resíduos sólidos que a escola produz.
E eles crêem que esta incumbência é apenas do âmbito dos funcionários,
quando na verdade, ao se tratar de destinar o lixo ao lixo é uma questão
de consciência ambiental e também de higiene.
Assim, a responsabilidade parte de cada indivíduo consciente
de seu papel para a preservação ambiental, contudo, faltam políticas
de informação e incentivo para que as instituições e as pessoas
descartem corretamente este material. Poucas são as campanhas que
tratam deste assunto, esta incumbência é tanto dos gestores,
funcionários quanto dos alunos.
A partir do exposto, percebemos a necessidade de realizar uma
intervenção que informasse e instruísse a comunidade escolar quanto
à importância de saber lidar com os RS, assim a segunda parte da
pesquisa foi direcionada à conscientização e mudança do perfil dos
alunos quanto à relação com os resíduos sólidos.
96
do RS, esta posição se destacou, principalmente, entre os alunos do 6º
ano. Os mesmos disseram que iriam evitar jogar lixo no chão e dessa
forma manter a escola limpa. Seguidas às palestras foi notável a
mudança percebida em relação a postura dos alunos, a escola passou a
ser visivelmente mais limpa e organizada, os alunos passaram a separar
o lixo e a manter a escola organizada.
Assim, a intervenção buscou conscientizar alunos e professores
a fazerem sua parte no que diz respeito ao tratamento dado ao RS,
tanto na perspectiva de que estes devem ser cidadãos ativos e com uma
consciência ambiental de proteção e preservação do meio ambiente,
bem como cidadãos também engajados na mudança de atitudes nos
lugares em que se encontram, tendo em vista que fazer o descarte
adequado dos RS é também um meio de preservação da saúde pessoal
dos alunos
Avaliou-se a intervenção como satisfatória, tendo em vista que a
participação dos alunos e professores nas palestras e oficinas foi bastante
intensa, acreditando-se que a semente da preservação foi implantada e
como pesquisador, quis-se transmitir informações de maneira extensiva
e que saísse apenas das cadeiras acadêmicas, visando envolver a
comunidade escolar na luta para a preservação do meio ambiente, a
partir do conhecimento sobre RS, na escola Justino Luz para que novas
tomadas de atitudes possam surgir, sobretudo nas escolas.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
97
REFERÊNCIAS
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de iniciação científica - ISSN 21-76-8498, Vol. 5, No 5 (2009).
98
A RECICLAGEM EM EVENTOS EDUCACIONAIS
INTRODUÇÃO
100
É claro que com uma população consciente e educada a
mudança de comportamento resultaria numa reciclagem eficiente, pois
apesar de haver coleta seletiva em Teresina, os pontos existentes
aparecem timidamente e a própria população não se revela adepta da
separação do lixo, uma vez que a coleta feita pelos caminhões nos
bairros recolhe sacos com todos os materiais misturados. Espalhar
lixeiros diferenciados em poucos pontos da cidade e não adotar medidas
de conscientização visando à mudança de comportamento da
população não resolve o problema do lixo e muito menos esclarece
sobre a importância da reciclagem e reutilização de materiais.
101
sujo e sem graça.”. Além disso, se a reciclagem não faz parte do
cotidiano desse público, fazê-los incorporar essa ideia ao projeto seria
mais uma batalha. Graças aos preços exorbitantes das lojas de
decoração, todos repensaram suas opiniões e começaram a pesquisar
sobre suas temáticas levando em consideração o reaproveitamento de
materiais e consequente barateamento dos elementos decorativos.
Um dos materiais usados foi a garrafa plástica, muito utilizada
como abóbora. A abóbora pequena, de plástico, custava oito reais na
loja, enquanto que a confecção com garrafa pet se gastaria apenas com
a tinta, de baixo custo. Fantasmas de papel custavam 14 reais a dúzia,
já a confecção de fantasmas com guardanapos custaria menos de um
real pelo menos umas 4 dúzias. Diversos outros materiais foram usados,
como madeira, sobras de papel, jornais velhos, revistas usadas, garrafas
de vidro e de plástico, folhas secas e gravetos.
O primeiro evento, ocorrido pela manhã, contou com a
exposição dos trabalhos e explicação das temáticas pelos alunos, que
também presenteavam os visitantes com folhetos e pequena lembranças.
É claro que essas lembranças viraram lixo, inclusive jogadas no chão.
Os alunos foram orientados, então, a recolher esse descarte e
reaproveitar na decoração da festa que aconteceria à noite. Graças à
reutilização desse material, outro gasto foi evitado.
A mudança de comportamento, no entanto, não acontece tão
rápido. Apesar de todos terem sido avisados que teriam que deixar a
sala limpa e organizada e retirar o material utilizado com cuidado para
que fosse reaproveitado na festa, as lixeiras estavam abarrotadas. Ao
ver a situação, foi solicitado que pegassem o material descartado para
reutilizar, quando muitos disseram: “ mas isso é lixo, não dá para
aproveitar...”. A mudança cultural leva tempo e a conscientização
acontece às vezes bem devagar. O conceito de lixo como algo que não
pode ser reutilizado ainda habita o pensamento desses jovens
estudantes.
Para Marodin e Morais (2004), a reciclagem deve ser vista
não como um fim, mas como o início de um ciclo em que podemos
preservar o meio ambiente, havendo a participação consciente e a
transformação de hábitos. Transformar hábitos, eis o grande problema
da população.
Dias (2006) já dizia que a população urbana ocupa 2% da área
do mundo, mas consome três quartos de seus recursos. O crescimento
econômico, pois, atrelado ao crescimento populacional, é responsável
pela grande quantidade de lixo gerada no planeta.
102
A conscientização ambiental, mais uma vez, seria a grande
solução do problema do lixo no planeta, e essa só é possível através da
educação. Como bem afirma Lavorato (2008), a conscientização
ambiental de massa só será possível com a percepção e entendimento
do real valor do meio ambiente natural em nossas vidas. O meio
ambiente é o fundamento invisível das diferenças socioeconômicas
entre os países desenvolvidos e os que estão em desenvolvimento,
afetando de forma direta e irreversível a vida dos brasileiros. Preservar
o meio ambiente é preservar a própria vida, e o contrário, fragilizar o
meio ambiente, é fragilizar também a economia, o emprego, a saúde...
Afinal, de que adianta ser um país competitivo por ter recursos hídricos
e uma biodiversidade incrível se a população não sabe como administrar
toda essa riqueza?
CONCLUSÃO
103
REFERÊNCIAS
Abdala, Willer José dos Santos; Rodrigues, Francisco Mendes; Andrade, João
Bosco Ladislau de. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E COLETA SELETIVA:
IMPORTÂNCIA E CONTEXTUALIZAÇÃO NO MUNDO ATUAL.
Revista Travessias, nº 2, p. 3. Disponível em: http://www.unioeste.br/prppg/
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CURRIE, K. Meio ambiente: interdisciplinaridade na prática. Campinas-SP:
Papirus, 2005.
DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental: Responsabilidade social e
sustentabilidade. São Paulo: Atlas, 2006.
GUIMARÃES, M. A dimensão ambiental na educação. Campinas-SP:
Papirus, 2006.
JAMES, Barbara. Lixo e reciclagem. São Paulo: Scipione, 1997.
LAVORATO, Marilena Lino de Almeida. A importância da consciência
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www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=/gestão/index/artigos/
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MARODIN, V.S. MORAIS, G. A. Educação ambiental com os temas
geradores lixo e água. Belo Horizonte: UEMS, 2008.
104
POSTERES
A INSERÇÃO DAS DISCUSSÕES BIOÉTICAS NA GRADE
ESCOLAR COMO FORMA DE DESPERTAR A
108
CONSCIÊNCIA ÉTICO-AMBIENTAL NOS ALUNOS DE
NÍVEL MÉDIO.
106
CONSCIENTIZAÇÃO DA COMUNIDADE PARA
IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA NO MUNICIPIO DE 206
CAMPO MAIOR/PI
107
A INSERÇÃO DAS DISCUSSÕES BIOÉTICAS
NA GRADE ESCOLAR COMO FORMA DE
DESPERTAR A CONSCIÊNCIA ÉTICO-
AMBIENTAL NOS ALUNOS DE NÍVEL MÉDIO.
INTRODUÇÃO
108
de todo esse progresso, os benefícios oriundos dessas descobertas e
invenções não chegou a todos os setores da sociedade, ou melhor, não
houve uma melhora na qualidade de vida de grande parte da população
mundial (GARRAFA; COSTA; OSELKA, 2000). Mesmo com todo o
progresso científico e tecnológico alguns problemas sociais ainda
persistem, tais como a exclusão social, a fome, diferenças entre os sexos,
aborto, guerras civis, entre outros. Na verdade, além dos antigos
problemas, o avanço tecnocientífico trouxera questões novas e bem
mais complexas, a saber, a engenharia genética, mapeamento do
genoma humano, transplante de células-tronco, a energia nuclear e as
descobertas nanotecnológicas.
O que não evoluiu com a mesma rapidez que as descobertas
tecnocientíficas foram as discussões éticas sobre sua legitimação e
fundamentação moral. A velocidade com a qual as novas ciências e as
novas tecnologias são lançadas no meio acadêmico impossibilita a
devida discussão de sua validade e justificação moral. Outro agravante
para a problemática é o fato de que os agentes envolvidos serem quase
que exclusivamente provenientes das áreas de ciências exatas e médicas,
restringindo o debate ao campo técnico. Os artigos e trabalhos
produzidos nessa área apontam somente para a produção científica e
sua relação com as possíveis aplicações industriais. Para MARTINS
(2005), tais produções em momento algum fazem referência a
preocupações relativas às consequências que podem ser geradas para a
sociedade e para o meio ambiente. No entanto, é na sociedade e no
meio ambiente que irão materializar-se os impactos decorrentes do
uso dessas novas tecnologias. E defendemos que tais impactos devem
ser devidamente estudados, não apenas pelos técnicos e especialistas,
mas sim por representantes de toda sociedade.
METODOLOGIA
109
principais teses e discussões levantadas em torno da bioética atualmente,
para tal, lançaremos mão de artigos e livros publicados de 2010 até a
data atual. Essa fase objetivou montar um repertório de pesquisa basilar
para consulta e análise do tema.
Em segundo lugar, faremos as discussões em sala de aula,
levando em consideração os temas mais recorrentes para a bioética na
atualidade e que suscitarão questões mais provocativas, tentando
mostrar ao aluno que a necessidade de refletir sobre essa problemática,
que tem influência direta em sua vida social.
Em um terceiro momento será solicitado aos alunos a
elaboração de um trabalho final, o tema será de escolha livre. Todos os
trabalhos serão apresentados em um seminário integrado.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
110
desenvolvimento científico e tecnológico e valores morais. O termo
bioética também foi utilizado por pesquisadores do Instituto Kennedy,
porém referindo-se a implicações ético morais envolvidas no campo
biomédico. A regulamentação do termo e da disciplina só fora
devidamente explicitada em 2005, com a elaboração da Declaração
Universal sobre Bioética e Direitos Humanos.
Desde sua regulamentação, a bioética praticamente perpassa
todas as áreas da academia, constituindo-se como referencial teórico
que investiga e analisa os dilemas morais colocados pelo
desenvolvimento das ciências em geral e suas implicações para vida
humana, tanto atual quanto futura.
Como sua abrangência é considerável, suas discussões abarcam
também a esfera educacional, contribuindo para a compreensão dos
problemas éticos que não encontram fácil solução, mas que devem ser
devidamente discutidos. É necessário que a escola seja entendida como
espaço de conscientização ético-politica e nela sejam colocadas questões
que suscitem nos alunos reflexões críticas acerca dos temas mais atuais
que emergem do desenvolvimento científico-tecnológico. E propomos
a disciplina de Filosofia como momento em que essas discussões devem
acontecer, justamente por seu caráter multidisciplinar e crítico.
Observando também o que é proposto pela LDB 9394/1996 que afirma
que um dos objetivos da disciplina de Filosofia é preparar o educando
para o exercício da cidadania.
A importância desse estudo fundamenta-se na tese de que as
discussões bioéticas devem ser realizadas também no ambiente escolar
e que estas devem criar nos jovens uma consciência bioética, ou seja,
uma consciência de responsabilidade para com a vida em geral, seja
dos iguais, dos homens em geral, tanto os imediatos quanto aqueles
irão habitar nosso planeta nos séculos seguintes, também os animais e
o meio ambiente.
O marco teórico fundamenta-se em duas vertentes. A primeira
parte da tese de que a escola não pode omitir-se de contribuir para a
conscientização dos seus alunos e que seu papel é formar cidadãos
plenos. Como afirma MORIN (2000), a escola não poderia ficar alheia
aos fatos da vida, hipertrofiando as competências técnicas em
detrimento de algo mais sublime, a formação ética. O autor afirma
que a supervalorização da técnica limita a cidadania e ocasiona a
incapacidade de refletir mais cuidadosamente sobre qualquer assunto
que fuja das especificidades técnicas. Nossa sociedade compartilha a
crença de que a ciência é a única capaz de responder aos anseios sociais,
111
por isso a cada dia, mais a ciência isola-se em sua prática sem tematizar
os assuntos de forma mais complexa e interdisciplinar. No entanto, o
que pretendemos discutir é se a responsabilidade e o poder de escolha
restringe-se apenas aos técnicos e especialistas das ciências. MORIN
sustenta que é finalidade da escola intervir para a construção de uma
consciência ética que ultrapasse as fronteiras nacionais e que transforme
o educando em um cidadão.
Outro autor que corrobora essa tese é Gandotti (2000). Para
ele, é necessário colocar em prática aquilo que o “Relatório para a Unesco
da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI” já assegurava
ao afirmar que são quatro os pilares da educação: aprender a conhecer,
aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser.
113
Defendemos nessa pesquisa a introdução dessas duas
abordagens por entendermos que as duas complementam-se e que são
igualmente necessárias para a elevação da consciência política e ética
de alunos no nível médio.
CONCLUSÃO
REFERENCIAS
114
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instrumentos. Tradução de Nicolás Nyimi Campanário. 2 ed. São Paulo:
Edições Loyola, 2007.
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São Paulo: Paz e Terra, 1996.
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intervenção. In: Garrafa V, Pessini, L. (org). Bioética: poder e injustiça. São
Paulo: Loyola; 2003.
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ético. Educ. Soc. [online]. 2001, vol.22, n.76, pp. 232-257.
115
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS E
MICROBIOLÓGICAS DOS RIACHOS NO PERÍODO
CHUVOSO QUE CORTAM A CIDADE DE
FLORIANO/PI
*Graduados em Farmácia
**Graduada em Enfermagem
***Graduando em Biomedicina
**** Orientadores
116
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODOS
117
para o laboratório de química e de microbiologia da Faculdade de
Ensino Superior de Floriano (FAESF)- PI. As análises foram iniciadas
3 horas após a coleta.
Para as análises físico-químicas, utilizou-se técnicas adotadas
no Manual da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA (2009).Foram
analisados os seguintes parâmetros físico-químicos: temperatura (º)C,
pH, alcalinidade total (mg/L),cloreto(mg/L) e dureza (mg/L).
Para a análise microbiológica, utilizou-se a técnica de tubos
múltiplos de 1:1 da tabela 2 do Manual da FUNASA (2009),foi feito
também uma cultura em placa de petri, utilizando-se a técnica de
pourplate em meio seletivo e diferencial em triplicata para a confirmação
da Escherichia coli (ANDREOLI et al., 2003).Utilizou-se dois meios de
cultura:CVB (Caldo Verde Brilhante Bile a 2%) para o teste confirmativo
do grupo coliformes totais e um meio de diferenciação com o Ágar
Mac Conkey para a visualização de colônias típicas (vermelho-violeta
com halo turvo) para confirmação de Escherichia coli.
Depois de analisadas as amostras, os resultados foram
comparados com a resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA)n°357/2005 e nº274/2000 e da Portaria nº 2.914/2011
do Ministério da Saúde, pois a população que vive próxima a alguns
riachos utiliza essa água para consumo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS
Para CETESB (2005), a água independentemente de sua
finalidade não pode conter microrganismos patogênicos e nem
substâncias em níveis tóxicos, pois podem ser prejudiciais para a
manutenção da vida aquática e para o consumo humano.
As temperaturas da água medidas localmente nos sete riachos
variaram de 18º a 24ºC.
Os valores de pH tiveram uma variação de 6,00 a 6,49, estando
dentro dos padrões estabelecidos pela resolução do CONAMA nº357/
2005, a qual estabelece um limite de 6,0 a 9,0.
Os valores da alcalinidade total foram indeterminados,
confirmando que não tem alcalinidade natural.
Quanto às análises de Cloreto, os valores variaram entre 0,00378
e 0,02017mg/L. Sendo assim, a água dos riachos encontra-se dentro
dos padrões estabelecidos, conforme a portaria nº2.914/2011, a qual
estabelece o limite de Cloreto de 250 mg/L.
118
Os resultados dos teores de dureza situaram-se na faixa de 14 a 59
mg/L. A análise indica teores aceitáveis de dureza, conforme a portaria
nº2.914/2011, a qual estabelece o limite de Cloreto de 500 mg/L.
ANÁLISES MICROBIOLÓGICAS
Os resultados microbiológicos dos sete riachos analisados (Tabela
2),conforme a portaria nº 2.914/2011, segundo Brasil (2011), em relação
à potabilidade, com exceção do pontoPd1 e Pd2, todas as outras amostras
encontram-se impróprias para o consumo humano. Resultado
semelhante foi obtido quando confrontado com resolução do CONAMA
nº 274 para balneabilidade, pois foram encontrados em alguns pontos
ao longo dos riachos 07 riachos, despejos de dejetos fecais.
De acordo com a (tabela 2), os riachos Pd1 e Pd2, apresentaram
a menor incidência de coliformes totais e nenhuma incidência para os
termotolerantes, podendo estar relacionado com a distância do riacho
para com as residências do bairro Taboca.
Os pontos, Pe1, Pe2 e Pe3 são os mais contaminados pela bactéria
Escherichia coli conforme a (Tabela 2), esse fato se deve a passagem do
riacho em uma área onde temos um grande conglomerado residencial.
SILVA e SILVA (2005) diz que a Escherichia coli é um fator determinante
na diarréia infantil, estando ligado a habitação precária, falta de água
potável e saneamento básico.
Segundo os dados SIM, a taxa de mortalidade por diarréia em
crianças menores de 5 anos por 100.000 habitantes na cidade de
Floriano, no ano de 2007, foram de 192 casos, já em 2008 não tivemos
nenhum caso. BRASIL (2009) afirma que houve uma redução de
93,9%nos casos de óbitos causados por diarréia, ou seja, entre 1980 á
2008 a taxa de mortalidade diminui de 32.704 para 1.988 casos, a cidade
de Floriano segue a mesma tendência, pois conseguiu zerar o numero
de casos em 2008
Para CETESB (2005), deve-se tomar providências imediatas
quando o corpo d´água está contaminado por Escherichia coli, pois sua
presença indica contaminação fecal recente, de humanos, animais
domésticos, selvagens, pássaros. Segundo o mesmo autor, a Escherichia
coli é uma bactéria termo tolerante mais utilizada para a determinação
e avaliação da qualidade da água.
As águas dos riachos em alguns pontos estão sendo utilizadas
pelas famílias que ali moram para o banho, lazer e lavagem das roupas,
apesar de terem água encanada, tendo um fator predisponente para
surto de diarreia em determinadas áreas.
119
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
121
APROVEITAMENTO DE RESÍDUOS NA
PRODUÇÃO DE BIOGÁS E NA
GERAÇÃO DE ENERGIA
INTRODUÇÃO
122
O tema é bastante relevante, tendo em vista que umas das
preocupações dos grandes centros urbanos é a questão do lixo. Tendo
uma destinação adequada, os resíduos urbanos deixariam de ser um
problema e viraria combustível para a produção de energia nas cidades.
O presente estudo tem como objetivo exemplificar o uso de
biocombustíveis renováveis a partir de aterro sanitário e o seu
aproveitamento na geração de energia elétrica, bem como demonstrar o
funcionamento e as principais vantagens e desvantagens do uso do Biogás.
MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
123
São exemplos de biomassa utilizados para a conversão de
energia: milho, cana-de-açúcar, madeira, palha, casca de arroz, estrume,
algas, lixo biodegradável, dentre outros. Apesar do carvão e do petróleo
serem igualmente provenientes de seres vivos, não são considerados
biomassa já que resultam de processos geológicos.
Claro que existem vária fontes de energia renováveis viáveis,
além da biomassa, como ressalta LEAL: (3)
2- Beneficiamento
Nesta parte, o biogás chega à usina e é imediatamente resfriado
e, simultaneamente recebe uma separação dos vapores nele contido, o
metano que é retirado por meio deste processo recebe em seguida o
processo de combustão, que poderá resultar tanto em calor ou frio para
a produção de energia mecânica ou elétrica, bem como o biogás ser
queimado e resultarem energia térmica.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
126
processo também possui suas desvantagens em relação ao meio
ambiente e à saúde da população, contudo as vantagens se sobressaem
às desvantagens.
Em um país onde a produção monumental de lixo gera enormes
impactos socioambientais, a geração de energia elétrica a partir dos
resíduos é uma ideia que merece atenção, investimentos e um ambiente
de negócios favorável à inclusão do biogás em nossa matriz energética.
Assim, faz-se necessário a criação de políticas públicas que
incentivem a geração de energia através de fontes renováveis, como
por exemplo, o biogás a partir do lixo.
O tema, sem dúvida, é bastante atual e relevante, recomenda-
se então futuros estudos para verificar a viabilidade econômica em
cada região do uso do biogás.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
127
FOLCLORE E EDUCAÇÃO AMBIENTAL:
PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES NO CONTEXTO
DA SALA DE AULA
INTRODUÇÃO
128
políticos, culturais e históricos pela interação de uma forma ou de outra
destes campos com o meio ambiente (SANTOS 1996).
Deste modo, o folclore, entendido como a tradição e usos
populares, constituído pelos costumes e tradições transmitidos de
geração em geração, pode ser um grande aliado para o ensino da
educação ambiental, de modo que o educador possa utilizar dos vários
recursos que ele oferece para trabalhar o tema. Dentre os recursos
oferecidos, destacam-se crenças, histórias populares, lendas, costumes,
cantigas de roda, brincadeiras etc.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO
129
que os conteúdos escolares devem ser trabalhados aliados aos saberes
já acumulados, mas precisam ser conduzidos de modo que contribuam
para a produção de novos conhecimentos, por isso a necessidade do
educador trabalhar, sobretudo, a integração entre ser humano e o
ambiente e considerar para seu ensino os conhecimentos das diferentes
áreas de conhecimentos. Ou seja, a EA vem a ser um mecanismo de
aproximação do homem com o meio em que ele vive.
Para a EA os recursos do folclore podem ser utilizados para as
práticas do professor em sala de aula, pois favorecem o aprendizado
do aluno, pressupondo que os mesmos já tenham conhecimento destas
diversas práticas culturais. Para Guimarães (1995, p.36), “Na EA essas
diversidades devem ser trabalhadas pelo educador, de modo que
sensibilize o educando de acordo com a sua realidade local, ou seja,
trabalhar a vivência imediata para chegar a uma vivência plena.”
Para que esses recursos possam ser usados como facilitadores
da aprendizagem é necessário que o professor saiba trabalhar com os
mesmos utilizando-se de meios que permitam a integração de um tema
ao outro, de modo que a EA e o Folclore possam criar atitudes de
preservação e defesa da Natureza de modo interdisciplinar.
Sobre essa interdisciplinaridade na EA, Cascino (2007, p.72),
relata que:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
131
BASSANI, M.A; BOLLMANN, H.A; MAIA, N.B.; MARTOS, H.L.;
BARRELA, W. (Orgs.) Indicadores ambientais:Conceitos e aplicações. São
Paulo: EDUC/ COMPED/ INEP, p. 47-57, 2001.
CASCINO, Fabio. Interdisciplinaridade. In: Educação Ambiental: princípios,
história, formação de professores.4º Ed. São Paulo: Senac, 2007. P 67-82.
FRANZIN, Adriana. Crianças aprendem sobre preservação ambiental
jogando. Disponível em: http://www.ebc.com.br/infantil/para-educadores/
2013/06/criancasaprendem-sobre-preservacao-ambiental-jogando.
GAZZINELLI, M. F. Representações do professor e implementação de
currículo de educação ambiental.Cadernos de Pesquisa,n. 115, p.173-194,
2002.
GOMES, R. A análise de dados em pesquisa qualitativa. In: MINAYO, M. C.
S. Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 14. ed. Rio de Janeiro:
Vozes, 1998.
GUIMARÃES, Mauro. A dimensão ambiental na educação. 10ª Ed.
Campinas- SP: Papirus, 2010. 96p.
SANTOS, Antônio Silveira Ribeiro Dos. Educação Ambiental no processo
educativo. Disponível em: http://www.aultimaarcadenoe.com/artigo51.htm
132
A CRIANÇA E O MEIO AMBIENTE: A
PERCEPÇÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
NO ENSINO
133
INTRODUÇÃO
Segundo Dias (2004, pág. 15) “O Brasil não tem uma política
educacional definida, muito menos uma política para a chamada
Educação Ambiental”. Dessa forma, se verifica que a necessidade da
implantação e reformulação do estudo da educação ambiental no Brasil
precisa ser aplicada de uma maneira mais coerente, assim, a presente
pesquisa visa buscar e estudar como a educação ambiental é
vislumbrada pelas crianças da educação infantil.
O estudo do meio ambiente sempre foi algo muito comentado
desde quanto foi sugerida em 1970, dando uma proposta de
conscientização sobre ações do homem com a natureza, porém, é
observado que nas últimas décadas vem sendo uma questão
esquecida para boa parcela da sociedade, independentemente de
classe social.
O meio ambiente embora esquecido por boa parte da sociedade,
ainda é na escola que se observa o levantamento de questões dos
problemas iminentes de padrões negativos ou positivos com relação à
postura ambiental que vem se desenvolvendo no interior de cada
indivíduo.
134
Deixa-se muitas vezes de agir de maneira correta até mesmo
por não termos nos deparado com algo relacionado às questões
ambientais, todo dia é dia de pensar no meio ambiente. Porém, os
seres humanos esquecem-se do real valor que ele nos oferece causando
impactos ambientais e não educando as gerações futuras para
preservação e conservação do meio ambiente.
A vivência do ser humano de forma harmoniosa é esquecida,
no entanto percebe-se que as crianças têm uma afinidade e uma
proximidade com o meio no sentido de preservar, conservar ou até
mesmo mantê-lo intocado.
METODOLOGIA
136
inicial: o que você entende sobre meio ambiente? E pedido que os
alunos respondessem em forma de desenho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
137
Fonte: dados da pesquisa, 2015.
Gráfico 01
14
Categorias Ambientais
9
8
138
Do total de desenhos analisados as categorias de preservação
teve um índice de 38% de desenhos que visaram à preservação dos
recursos naturais de forma sustentável. A Biodiversidade apresentou
24% de percepção sobre a liberdade dos animais. Na Qualidade
Ambiental, 22%, mostrando um espaço ideal de qualidade de vida
para a população. A categoria Poluição apresentou um percentual de
16%. Nesta categoria, a preocupação com meio ambiente foi exposta
levando-se como maior problema o Lixo doméstico e o derrame de
esgoto nos rios.
De acordo com os dados, é notória a sensibilização que as
crianças possuem em relação à preservação do meio ambiente, elas
almejam um ambiente ainda protegido onde os impactos ambientais
causados pelo homem não fazem parte desta realidade, tornando este
ambiente cada vez mais agradável e conservado de um bom uso para o
homem. Na categoria biodiversidade, destaca-se a natureza
139
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
M.B.D. Coutinho¹
G. A. Araújo Neto ²
INTRODUÇÃO
1
Aluna do programa de pós Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da UFPI,
Email: coutinhobiaa@yahoo.com.br
2
Orientador e Professor Departamento Filosofia/UFPI, Email: Gerson-albuquerque@uol.com.br
141
das disciplinas de português e de matemática. Em 2005, as demais
séries e regiões brasileiras também foram atendidas com livros de
português e matemática, e posteriormente todas as outras disciplinas
foram contempladas.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino médio
(PCN) trazem orientações nacionais sobre o currículo a ser trabalhado
no ensino médio. “Preconizam que ao problematizar o tema ambiente,
se torna necessário, além de explicitar os aspectos físicos, químicos e
biológicos que fazem o meio ambiente, ressaltar as relações sociais,
econômicas e culturais que permeiam o contexto ambiental” (SILVA,
2011).
Sob a perspectiva da transversalidade, proposta pelas
orientações das políticas educacionais como os Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCNs) e a Política Nacional de Educação Ambiental
(PNEA), (Lei 9.795/1999), acredita-se que pesquisas envolvendo
livros didáticos sejam pertinentes.
A racionalidade do saber ambiental é tratada por Leff (2012)
como constructos teóricos capazes de articular um conjunto de
formação lógica e discursiva acerca das descrenças e compromissos
sociais. Sob esse olhar, Leff (2011b) propõe a ampliação de perspectivas
e o alargamento de horizontes para o conjunto da produção humana
em sua diversidade. Tal diversidade se manifesta tanto na constituição
interna do campo científico, como nas formas de organização dos
saberes culturais, em suas múltiplas expressões – materiais e simbólicas
– como na manifestação dos sentidos do ser.
A consciência ambiental vai além do pensar, e é nesse intuito
que o homem, enquanto sujeito, interfere nos seus atos de agir. Ser
ecologicamente equilibrado, com enfoques ambientais, está além de
ser ou ter consciência ambiental. A formação do sujeito justo,
equilibrado e radicalmente formador de um pensamento complexo
perpassa a lógica do raciocínio.
O surgimento de novos paradigmas emergentes nos faz refletir
sobre a necessidade de adquirirmos uma consciência ambiental, na
tentativa de aprender a conviver com o meio ambiente, equilibrando e
tornando-o igualitário para todos. Partindo desse pressuposto, o
primeiro questionamento que se pode fazer quanto à concepção de
meio ambiente é o da compreensão da nossa própria existência. Para
Morin (2001), o conhecimento pertinente é aquele capaz de situar
qualquer informação em seu contexto. No entanto, isso tudo nos leva
a crer que o meio ambiente é tudo aquilo que nos envolve. E as
142
propriedades do meio circundante influem na visão homem /natureza,
uma vez que as características da flora, da fauna e dos hábitos
alimentares dos seres vivos interferem direta e indiretamente na
consolidação de um meio ambiente equilibrado.
Seguindo esta lógica, se busca um homem capacitado e voltado
prontamente a se tornar um Eco-Homem, um homem pensante, seguindo
o pensamento complexo, partindo de ideias simples, mas interligadas.
Convém ainda dizer que o material didático coerente com a reflexão
mencionada, seja capaz de articular o seu próprio paradigma com os
paradigmas do homem em ser sujeito ecológico.
143
O autor ainda nos fala:
144
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), nos dizem que
a interdisciplinaridade é uma competência crítico-analítica de
representação da realidade não disciplinar, pois não se insere em uma
única disciplina, já que seu objeto de investigação é mais
complexo,(2002. p.51). Surge, então, a necessidade de se pensar sob
uma perspectiva interdisciplinar.
O pensamento ecologizado já é um paradigma da nova era,
embora a ciência ainda o veja em fase de enraizamento, com pouca
solidez. Nesta conjectura, o homem busca todas as formas da ecologia
do saber e o vislumbra ao ambiente equilibrado com uma equidade
social, visando à melhoria e ao bem-estar de futuras gerações.
Neste constructo, observaram-se dois tipos de situação
apresentados nos capítulos. As reflexões aqui denominadas como sendo
reflexões diagnósticas e reflexões prognósticas. Nas reflexões
diagnósticas, a temática é baseada nos acontecimentos dos fatos
presentes com base nas informações e em dados colocados no texto.
Na situação de reflexão prognóstica, observaram-se os fatos baseados
no futuro, na causa iminente do acontecimento dos fatos, o que por
meio dos acontecimentos se prevê o futuro.
A conceituação para reflexões diagnósticas devem ser controladas
através de um processo de conhecimento sistemático das características
atuais da situação problema presente nos livros didáticos, tendo sempre
em mente os cenários alternativos mais próximos da situação desejada
possível (reflexões prognósticos) em função dos instrumentos didáticos
utilizados em sala de aula, entre este, – o livro como o principal.
RESULTADO E DISCUSSÕES
147
Quanto mais reflexões dentro do livro, maior a permissão de
debate no âmbito escolar no contexto em que a temática esteja inserida.
O livro A apresenta 28, reflexões prognósticas, deixando o leitor em
contato com os temas contemporâneos de forma a refletir junto com o
autor a problemática ambiental.
Podemos citar uma reflexão que diz: “por causa dos
aquecimentos das águas dos oceanos os furacões serão mais intensos”
(p.235). E Ainda, “As áreas afetadas pela seca aumentarão e diminuirão os
recursos de água potável para boa parte das pessoas: mais de 1 milhão de pessoas
poderão sofrer com a falta de água”(p.239). Essas reflexões de certa forma
ajudarão ao aluno leitor a refletir embora que não tenha uma postura
ética e social ainda frente aos problemas ambientais, mas começarão a
entrar em contato com os grandes temas contemporâneos que assolam
a nossa década: As questões Ambientais.
Por outro lado as reflexões diagnósticas trazem para o leitor
um momento de reflexão do que está sendo vivenciado por ele em
nível global e às vezes, em nível local, possibilitando o maior contato
com a realidade em que se encontra inserido. No livro B, a natureza é
mostrada mais pelas suas destruições do que pelas suas belezas. Os
livros relatam o conteúdo ambiental de forma estratégica. Apoia o
desenvolvimento do planeta de modo a dizer não existir outra solução
se não a degradação. “A natureza pode suportar a atividade exploradora da
humanidade, desde que não se ultrapasse determinados limites” (livro B, p.342),
mas que limites? Porque não se menciona, até que ponto se pode
degradar, e até que ponto a natureza suporta? O autor do livro B, ainda
ressalta: É preciso deixar claro que a espécie humana só pode sobreviver
explorando os recursos do ambiente (p.341).
O autor reforça: A utilização a longo prazo dos recursos
naturais de que a humanidade necessita demanda o desenvolvimento
de formas equilibradas para sua exploração, nesse sentido a ecologia
torna-se imprescindível: “é fundamental conhecer a estrutura e o
funcionamento dos ecossistemas para que possamos desenvolver
estratégias racionais de utilização dos recursos naturais” (Livro B, 341).
De certa forma, o autor parece não acreditar no processo de
degradação da natureza e destruição do planeta. “Fala-se que a espécie
humana, por agredir a natureza, está a caminho da autodestruição,”
[...] “Será que existem riscos reais e catastróficos causados pela poluição
ou pelo esgotamento de fontes de energia e outros importantes recursos
naturais”? O autor também menciona os anúncios de jornais que
veiculam assuntos desencontrados. Tais como: (LIVRO B, 2012, p. 341).
148
1. “Alguns estudiosos acreditam que a humanidade está muito
próxima do fim, por provocarem danos irreparáveis à natureza”.
2. Outros proclamam que esses “ambientalistas” são
exagerados e que a humanidade saberá solucionar todos os problemas
que criar.
GRÁFICO 01:
Reflexões diagnósticas e prognósticas presentes nas unidades
temáticas
149
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
150
SILVA, Silvana do Nascimento; BARBOSA, Jonei Cerqueira; EL-HANI,
Charbel Niño. Análise de um livro de biologia à luz da teoria de Brasil
Bernstein. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO
EM CIÊNCIAS, 2011, Campinas, SP. Atas.Campinas-SP, 2011. p.1-12
VELASCO, S. L. Perfil da lei da Política Nacional de Educação Ambiental.
Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, Fundação
Universidade do Rio Grande, v. 2, p. 1-7, 2002.
151
DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA
ESCOLA PÚBLICA
INTRODUÇÃO
152
• Mostrar a importância da participação da comunidade na
escola, de forma que o conhecimento aprendido gere maior
compreensão, integração e inserção no mundo.
• Ampliar a visão de conteúdo para além dos conceitos,
inserindo procedimentos, atitudes e valores como
conhecimentos tão relevantes quanto os conceitos
tradicionalmente abordados;
• Evidenciar a necessidade de tratar de temas sociais urgentes –
chamados Temas Transversais – no âmbito das diferentes áreas
curriculares e no convívio escolar;
E é diante dos fatos expostos que pretendeu – se investigar a
forma de trabalhar a Educação Ambiental nas escolas públicas estaduais
de Campo Maior como uma necessidade presente para obtenção de
resultados futuros.
Quanto a estas relações, o objetivo geral desta pesquisa foi
diagnosticar os avanços advindos com os PCNs em relação à
Educação Ambiental nas séries iniciais do Ensino Fundamental de
Campo Maior.
De forma específica, foram delimitados os seguintes objetivos:
Discutir os aspectos teóricos e históricos da Educação Ambiental na
escola; Observar a prática da Educação Ambiental nas escolas de
Ensino Fundamental (1ª a 4ª) de Campo Maior- Pi; Identificar as
principais dificuldades relacionadas a essa prática.
No sentido de alcançar os objetivos propostos utilizou – se
como metodologia inicialmente, uma pesquisa bibliográfica, pesquisa
de campo aplicação de questionário para o estabelecimento do
diagnóstico e levantamento de dados. No universo desta pesquisa
participou uma população que constou de 11 escolas, destas, a escola
Patronato Nossa Senhora de Lourdes foi trabalhada como amostra
intencional, em virtude de ser uma escola com enorme aceitação de
normas exposta pela direção católica, e por abrigar um corpo discente
e docente numeroso . Esta escola foi fundada em 07 de março de 1953
e está situada na Praça Antonio Rufino S/N em Campo Maior
possuindo um total de 17 professores e 407 alunos de 1ª a 4ª série do
Ensino Fundamental. A aplicação do questionário serviu para subsidiar
a pesquisa no tocante ao conhecimento do corpo docente e para
fomentar a construção de um plano de ação.
153
2. DESAFIOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO ÂMBITO
ESCOLAR.
154
redação com tema “Açude Grande”, com a participação de escolas de
ensino de 1ª a 4ª, 5º a 8ª e Ensino Médio (GOMES, 2002). Ainda em
1995, ressalta GOMES, “foi criado e mantido por 03(três) meses, o
programa educativo na Rádio AM local, intitulado “Natureza Viva””.
Em agosto de 1995, a Fundação PROMAC, fez uma denuncia
formal ao IBAMA, sobre um derramamento de óleo no Açude Grande.
Neste mesmo ano, foram produzidos folders educativos sobre o lixo e
informativos sobre o quadro atual da poluição, com a colaboração da
Fundação Nacional de Saúde. Tendo como produto final deste
movimento a construção de uma cartilha infantil. (GOMES, 1996).
O Art.225 encabeça as disposições sobre o meio ambiente:
Com visão nos PCNs é que se pode afirmar que a ideia – chave
dos temas transversais que constitui todo espírito desses referenciais é
reinserir a escola e toda a comunidade escolar no plano de vida real e
tratar de questões que importam e que estão presentes no cotidiano
dos alunos. É preciso que exista uma pedagogia na qual o individuo,
a partir de seus interesses, aspirações e desafios de mudança social,
155
reúna condições de pertencer à realidade que deve constituir, com base
na analise crítica de suas condições objetivas e subjetivas de existência.
O professor é o principal ator das mudanças educativas, mas ressaltando
a necessidade de mudanças na prática e elaboração do currículo escolar,
dando lugar às novas modalidades de atividades proposta pelos PCNs
em relação aos Temas Transversais. Sendo assim, a escola deverá estar
aberta às transformações de sua prática tradicional, permitindo uma
ampla participação dos professores no planejamento escolar e na
definição do projeto Político Pedagógico.
A incorporação da Educação Ambiental no currículo escolar
de forma transversal ou por meio de projetos pedagógicos abertos, de
modo a atingir a comunidade exige muito trabalho em conjunto do
coletivo escolar, a fim de integrar esta visão no projeto Pedagógico.
Segundo Medina, (1994) ressalta:
156
As mudanças devem começar dentro de cada um de nós.
Após uma revisão de nossos hábitos, tendências e
necessidades, podemos de certa forma, através da adoção
de novos comportamentos, dar a nossa contribuição para
diminuição da degradação ambiental e para a defesa e
promoção da qualidade de vida. (DIAS 2004, p. 248 –
249).
157
Indo mais além no interrogatório pergunta – se: Qual a
importância sobre Educação Ambiental no processo ensino –
aprendizagem? 85% dos pesquisados acredita que a percepção
Ambiental trabalhada de forma correta desenvolve o senso crítico das
crianças, 10% dizem não ver muita importância na Educação
Ambiental de forma significativa no processo ensino – aprendizagem,
5% não souberam ou não quiseram opinar.
Um bom percentual mostrado nas pesquisas acredita que a
inserção da educação ambiental no processo ensino aprendizagem
venha contribuir para um bom desenvolvimento do senso critico das
crianças, pois pô-las em contatos com temas atuais referentes ao meio
facilita aos questionamentos que envolvem educação x ambiente. E
diante da problemática ainda podemos observar alguns que de uma
forma ou de outra sempre encontra maneiras para colocar barreiras
que atormente mais ainda o meio em que vivemos (10%).
As disciplinas, hoje em dia, são vistas como fios entrelaçados
do mesmo tecido. Estamos conscientes de que todas as disciplinas são
interligadas, de que a interdisciplinaridade é um dos conceitos
fundamentais da educação, pergunta – se aos professores que trabalham
com ensino fundamental menor (1ª a 4ª): Que disciplinas estão ligadas
diretamente a Educação Ambiental? 80% ainda Acreditam que sem
sombra de dúvida é da Biologia e Ciências, 5% é da Química, 8%
Geografia e 5% da Redação e 2% de qualquer matéria curricular.
Sem sombra de dúvida não existe uma disciplina ideal para se
trabalhar a disciplina Educação Ambiental, embora a pesquisa mostre
um percentual para determinadas disciplinas como sendo ideais. A
mesma deve ser trabalhada em todas as disciplinas de forma continua
e permanente, buscando sempre informar os alunos de forma clara e
concreta, fazendo com que sejam capazes de se auto avaliarem, ainda
que de forma superficial no tocante ao meio ambiente.
Ainda em relação aos 2 % que afirmaram que Educação
Ambiental pode ser trabalhada em qualquer disciplina foi perguntado
como trabalhar esta Educação? . 60 % afirmaram que embora
acreditando for uma questão importante para o planeta não trabalha
porque não tem conhecimento do assunto, 25 % não dá tempo trabalhar,
pois tem que completar carga Horária da matriz curricular, 10 %
acredita que isso não surte efeito e apenas 5 % vê a Educação ambiental
como a única forma de inserir a sensibilização no aluno.
A Educação Ambiental apresenta – se como uma das
alternativas de transformação da educação no marco do novo
158
paradigma da sociedade e do conhecimento. Com visão na mudança
para um mundo melhor foi perguntado no questionário em que série
seria mais fácil trabalhar temas referente a ao meio ambiente e o
resultado foi : 60% dos pesquisados afirmaram que a melhor série pra
se trabalhar a Educação Ambiental é a de 5ª a 8ª série, em virtude
serem maiores e terem uma mente mais aberta no que se refere as
problemáticas ambientais, 25% afirmaram que 1ª a 4ª série seria a etapa
ideal, uma vez que ao conhecimento estava sendo inserido pela primeira
vez e que seria muito fácil trabalhar com quem não tem opinião
formada, 10% disseram que tanto faz toda série é possível de se trabalhar
a Educação Ambiental, 5% acreditam ser mais fácil inserir este tema
para o Ensino Médio em virtude de terem a conscientização dos
problemas que afligem o meio ambiente
De fato a melhor série para se trabalhar a Educação Ambiental
é de 1ª a 4ª, uma vez que inserir na cabeça dos pequeninos a realidade
sobre o meio ambiente tenderá a surtir mais efeito. Não se pode
conscientizar ninguém, porém a sensibilização do educando deverá
ser conseguida, por uma relação prazerosa dele com o processo de
ensino. Assim sendo destaca-se, na Educação Ambiental a importância
do aspecto lúdico e criativo das atividades e dos procedimentos para
envolver o educando, tanto em seu lado racional como emocional.
Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o
comportamento do homem em relação à natureza. E a aquisição e /
ou a construção de um plano de ação se faz necessário, e no intuito de
sugerir ações que possa minimizar esta problemática no tocante ao
meio ambiente, este, tem a finalidade de controlar e fiscalizar as
atividades exercidas pelo o homem na comunidade escolar. Tendo como
objetivo geral, redirecionar os olhos do sistema educacional para
importância de se trabalhar a educação ambiental de forma paralela,
permanente e continua na comunidade escolar.
E no seu campo mais especifico: formar grupos de apoio para
discussões de temas ambientais, construir através de práticas e
experiências um diagnóstico dos problemas encontrados na
comunidade escolar e de entorno, criar clubes de meio ambiente nas
escolas para solucionar problemas da comunidade escolar .
A educação ambiental enfatiza as regularidades, e busca manter
o respeito pelos diferentes ecossistemas e culturas humanas da Terra.
O dever de reconhecer as similaridades globais, enquanto se interagem
efetivamente com as especificidades locais, é resumido no seguinte
lema: Pensar globalmente, agir localmente.
159
Trabalhar Educação Ambiental é tarefa árdua, contudo se torna
necessária e urgente, uma vez, que o mundo caminha a largos passos
para o fim. A relação homem – natureza adquire, desse modo, um
novo significado, devido à crescente preocupação do homem com os
destinos do planeta que diante de ameaças de tão grande magnitude,
vê – se compelido a redirecionar estilos de vida predatória ao meio.
Por conseguinte o saber acumulado ao longo de gerações deve ser
direcionado à manutenção da vida, seja qual for o formato que
apresente. E assim pensar e atuar Educação Ambiental com vista à
transição para uma Nação que, sob ética da sustentabilidade, se a
ecologicamente correta, economicamente viável e socialmente justa, é
uma tarefa e um desafio para todos nós, cidadãos brasileiros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
160
Portanto a Educação ambiental nas séries iniciais do ensino
fundamental é de suma importância e a culminância de atitudes simples
podem minimizar os problemas mais encontrados na comunidade
escolar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
161
O USO DE HORTA COMO INSTRUMENTO DE
CONSCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL E ALIMENTAR
INTRODUÇÃO
MATERIAL E MÉTODO
163
Com área bem distribuída, ambiente amplo e arejado. Atende
a uma demanda muito grande de alunos de nível social médio-baixo,
distribuídos do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, na sede, e em
mais quatro anexos: Polos: Imbiribas
(fundado em 2003), Caraíbas, Vitória de Baixo e Bela Vista
(fundado em 2006) na zona rural. Entre os alunos 08(oito) são
portadores de necessidades especiais, embora a escola ainda não esteja
adaptada para atender estes alunos. A escola trabalha com o programa
Mais Educação, o que oportuniza os alunos passarem o dia todo na
escola. E ainda conta com a parceria dos amigos da escola na realização
das atividades escolares.
Sua estrutura física é uma das melhores do município,
atualmente o prédio está em reforma para um melhor atendimento
aos alunos, com piso de granizo, instalações hidráulicas e elétricas em
bom funcionamento, a escola possui adequações para atender os
portadores de necessidades especiais. A escola possui 08 salas de aulas,
(01) uma biblioteca, (01) uma diretoria, (01) uma sala de professores,
(01) um laboratório de informática, (01) uma cantina, (01) um banheiro
feminino coletivo, (01) um banheiro masculino coletivo, (02) banheiros
adaptados para alunos com necessidades especiais e (02) banheiros
para funcionários. Dispõe ainda de um pátio e uma quadra de esportes
na qual são desenvolvidas as atividades lúdicas e festivas da escola.
Os professores fazem uso de estratégias metodológicas atrativas,
visto que a escola dispõe de recursos tecnológicos, como TV, vídeo,
DVD, aparelho de som, data show, jogos diversos que são bons,
atualizados e coerentes com a realidade da escola e ainda
acompanhamento pedagógico de coordenadores.
A equipe é constituída por 78 funcionários, sendo (01) um diretor
titular, (01) um diretor adjunto, (02) coordenadores, (02) secretárias, (02)
auxiliares de secretaria, (01) uma bibliotecária, (01) um digitador, (03)
vigias, (06) seis auxiliares de serviços gerais, (10) dez professores diurno
(17) dezessete professores (1ª a 3ª série do Ensino Médio – SEDE) e 35
professores 1ª a 3ª série do Ensino Médio – PÓLOS.
O quadro de professores efetivos não é suficiente, portanto há vários
professores seletistas para suprir a necessidade, porém todos são
capacitados para atender nas diversas áreas do ensino oferecido pela escola.
Em relação ao quadro de pessoal de serviços gerais também não é suficiente
para atender a demanda da escola, pois a maioria delas está em precário
estado de saúde. Precisa-se ainda expandir o quadro de auxiliares para
atender a demanda dos polos. A relação da escola com a 2ª GRE – Gerencia
164
Regional da Educação é boa, porém deveria melhorar a lotação de
professores em tempo hábil nas áreas afins, menos rotatividade de
professores e mais contratação de funcionários. A participação da SEDUC
depende da GRE, pois a escola está jurisdicionada à GRE.
A escola atende a um público estudantil heterogêneo com
fatores socioeconômicos que influenciam no cotidiano escolar. Está
situada numa avenida movimentada e próxima a várias outras escolas.
A população contemplada pela escola em sua maioria vive em
condições socioeconômicas precárias. Vive da agricultura, pecuária e
piscicultura de subsistência e preserva suas tradições culturais, existem
pequenos comerciantes, funcionários públicos, outros possuem renda
familiar provenientes de aposentadorias, pensões e programas sociais.
Por isso a importância da implementação de um projeto voltado para
qualidade alimentar e ambiental através do uso de hortas sustentáveis.
A Abordagem metodológica que estruturou a investigação foi
norteada pelos aspectos de pesquisa qualitativa um tipo de pesquisa que
envolve a obtenção de dados descritivos obtidos no contato direto do
pesquisador com a situação estudada. Enfatizando mais o processo do
que o produto e se preocupando em retratar as perspectivas dos
participantes sendo empregados todos os métodos e técnicas de grupo
para lidar com a dimensão coletiva e interativa da investigação e também
técnicas de registro, de processamento e de exposição dos resultados.
Portanto, inicialmente a pesquisa consta de levantamento bibliográfico,
que constitui a base teórica para a fundamentação. No segundo momento
fez-se a limpeza do local, bem como realização das medições dos canteiros
e calculado o volume de matéria orgânica a ser empregada, preparação
do adubo e em seguida a montagem da estrutura da horta com registro
fotográfico para ilustração dos aspectos de desenvolvimento da mesma.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
165
Além de enriquecer a merenda escolar, estamos formando
cidadãos conscientes, responsáveis e atuantes na comunidade em que
vivem e ao mesmo tempo difundindo, incentivando, assim o trabalho
voluntário, contribuindo para o fortalecimento das atividades de
cooperação desenvolvidas na Escola. Durante as fases de análise do
solo, preparação e adubação dos canteiros, os alunos foram inseridos
na proposta de organização do espaço da horta, acompanhando, em
grupo, tudo o que estava sendo feito.
Hoje em dia, uma das preocupações mundiais é com a
preservação do meio ambiente. O Brasil é um país exportador de muitos
produtos chamados primários (agrícolas, pecuários, florestais, minerais
e outros) e diversos subprodutos estão ligados à expansão dos
agronegócios. Embora esse tipo de atividade seja responsável por quase
a metade das exportações do país, é preciso pensar nos impactos que
trazem para o ambiente: Uso de produtos químicos que contaminam
água, solo, ar e o próprio alimento, além da destruição de Biomas e a
diminuição da biodiversidade.
Estudos sobre o assunto verificaram que as iniciativas para o
resgate e manutenção da biodiversidade são simples de serem
viabilizadas, sendo que a conscientização ecológica através da educação
ambiental é o único caminho que poderá assegurar a verdadeira
qualidade de vida para as futuras gerações.
Toda ação educacional que integre questões ambientais, que
objetive mudanças de atitudes, que incentive a cooperação e a
solidariedade, que pratique o respeito e a tolerância e que busque
resgatar valores éticos hoje perdidos na nossa sociedade, pode ser
chamada de Educação Ambiental.
166
despertar a capacidade de adquirir hábitos saudáveis contribuindo para
melhorar e transformar o meio em que vivem.
Outro aspecto de grande relevância é a segurança Alimentar e
Nutricional, está assegurada na Constituição Federal em seus artigos
205 e 206 (1988) e é por isto que o acesso regular e permanente a
alimentos de qualidade é um direito do cidadão ao alimento saudável
e variado e a água potável, pois a fome e a desnutrição afetam a
qualidade de vida das pessoas, das nações e do planeta.
Relacionando o direito com a realidade; vemos que nem todos
têm acesso.
A cidade de Batalha é genuinamente agropecuária. São
inúmeros os fatores que contribuem para elevadas produções nesta área,
mas ainda existem famílias que não tem um acesso considerável a esses
produtos, e dentro dessas famílias há alunos que fazem parte da escola
em questão, que necessitam do complemento alimentar para obter um
melhor rendimento escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
167
CARACTERIZAÇÃO MICROBIOLÓGICA DA
ÁGUA DO RIO CORRENTE DE
MATÕES, MICROBACIA DO RIO GURGUÉIA – PI
INTRODUÇÃO
168
suma importância e aliado a diversos fatores ambientais podem nos
dá informações sobre o meio ambiente como um todo.
Estes parâmetros representados por meio de resultados
quantitativos devem ser comparados tanto com dados quantitativos
por amostragem sazonal e temporal, quanto com dados qualitativos,
viabilizando a seleção de indicadores mais relevantes que possam ser
utilizados em uma determinada bacia e que possa servir de modelo,
sendo que avaliação da qualidade da água com uso dos parâmetros
físicos, químicos e microbiológicos para uma região é importante,
uma vez que, irá proporcionar o conhecimento da situação atual do
rio em seus usos múltiplos prioritários. Logo, as análises destes
parâmetros das águas de rio por serem indicadores dos principais
impactos causados pela ação do homem, fornecem dados importantes
para a identificação e avaliação da qualidade da água (PROENÇA,
2004).
O rio Corrente dos Matões - PI, principal afluente do rio
Gurguéia, localizado na bacia do Alto Parnaíba, vem exibindo nos
últimos anos, uma forte expansão agrícola, com a implantação de
culturas anuais, monoculturas de soja e milho, com intensa mobilização
dos solos e que adotam o uso intensivo de fertilizantes químicos
fosfatados, visando corrigir a baixa fertilidade natural dos solos da
região (PAULA FILHO et al., 2012). Neste contexto, insere-se a
importância do estudo nesta microbacia, uma vez que atividades
agrícolas e pecuárias desenvolvidas próximo ao rio são despejadas
detritos carregados de matérias orgânicas, inorgânicas e eventuais
compostos químicos, que poderá ser responsável pelo desequilíbrio nos
processos naturais químicos e ecológicos deste corpo hídrico.
Neste sentido, objetivou-se com esse estudo analisar os
parâmetros microbiológicos das águas do rio Corrente dos Matões, no
período seco e chuvoso, visando contribuir com informações úteis para
a gestão dos recursos hídricos na região.
METODOLOGIA
169
predominantes são os Latossolos Amarelos e Neossolos Flúvicos
(Embrapa, 2006).
A vegetação da região é formada principalmente por plantas
herbáceas, arbustos e matas de cocais, característica peculiar a uma
área de transição cerrado - caatinga. De acordo com classificação
climática de Köppen, a região apresenta clima quente e semiúmido do
tipo AW’ e se caracteriza por possuir estação chuvosa entre os meses
de outubro e março.
As amostras de água na microbacia foram coletadas em dois
períodos, uma no período seco (Setembro de 2013) em oito pontos de
coleta e outra no período chuvoso (Fevereiro de 2014) em 09 pontos
de coleta, compreendendo nascentes, seguimentos intermediários e foz
do rio.
Em campo, as amostras de água foram coletadas com o auxilio
de garrafas de vidro esterilizadas e em seguida acondicionadas em
caixas de isopor contendo gelo e transportada para o laboratório, para
posteriormente serem processadas e analisadas nos laboratórios de
Química Geral e Analítica e de Microbiologia de Alimentos da
Universidade Federal do Piauí, Campus Profª. Cinobelina Elvas / Bom
Jesus.
A análise microbiológica (coliformes totais e termotolerantes)
da água foi realizada a pesquisa do Número Mais Provável (NMP) de
coliformes totais e coliformes termotolerantes pela técnica da
fermentação em tubos múltiplos - série de cinco tubos - teste presuntivo,
utilizando-se caldo Lauril Sulfato Triptose (35°C/24-48h) e teste
confirmativo para coliformes totais e E.Coli utilizando-se caldo Verde
Brilhante Bile (VB) (35°C/24-48h) e caldo E. coli (EC) (44,5°C/24h).
Para a realização do teste presuntivo, realizaram-se diluições
seriadas e adicionou-se 1,0 mL em uma série de 15 tubos de ensaio
contendo 10 mL de caldo Lauril Sulfato Triptose (LST), com tubos de
Durhan. Após essa etapa, incubaram-se os tubos a 35ºC/24h e
observou-se se que houve crescimento com produção de gás. Em caso
negativo, incubaram-se até completar 48 horas e repetiu-se a leitura,
passando para os itens subsequentes em caso de crescimento com
produção de gás.
Para a confirmação de coliformes totais a partir de cada tubo
positivo (LST), transferiu-se uma alçada bem carregada da cultura para
os tubos Caldo Verde Brilhante Bile (VB). Em seguida, levou-se para a
incubadora a 35ºC por 24/48 horas até haver o crescimento com
produção de gás, confirmativo de coliformes totais. Posteriormente,
170
anotou-se o número de tubos de (VB) com gás e determinou-se o
Número Mais provável (NMP) de coliformes totais/100 ml em uma
tabela de NMP apropriada às diluições inoculadas. A não ocorrência
de gás após 48 horas de incubação indicou-se ausência de coliformes
totais na amostra.
Para a confirmação de coliformes termotolerantes, foi
realizada a partir de cada tubo positivo (LST), transferindo-se uma
alçada bem carregada da cultura para tubos de Caldo E. Coli (EC) e
em seguida os tubos de ensaio foram incubados a 44,5ºC por 24 horas
em banho-maria, observando se houve crescimento com produção
de gás, confirmativo de coliformes fecais. Posteriormente, anotou-se
o número de tubos de EC com produção de gás e se determinou o
Número Mais Provável (NMP) de coliformes termotolerantes/100
ml em uma tabela de NM apropriada às diluições inoculadas (APHA,
2005).
Os dados microbiológicos da água do rio Corrente dos Matões
foram obtidos através da utilização de métodos de estatística descritiva.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
171
Para os valores médios do NMP de coliformes termotolerantes,
verificou-se que os maiores valores incidiram no período chuvoso, com
destaque para o ponto de amostragem P7 com 600 NMP/100 mL que
pode estar relacionado às atividades de criação de animais neste local.
Porém, não ultrapassaram os limites estabelecidos para águas de classe
2 pela Resolução CONAMA (2005). Zucco et al. (2012) conferiram
altas concentrações de coliformes termotolerantes numa bacia que sofre
influência eminente rural em ribeirão Concórdia, Lontras, SC, devido
principalmente à poluição de origem pontual, como o lançamento de
águas residuárias domésticas e às atividades de criação de animais.
Morais e Silva (2012) também verificaram aumento de
coliformes termotolerantes nas águas durante o período chuvoso, onde
foi atribuído à poluição difusa nos pontos monitorados em diagnóstico
ambiental no rio Poti em Teresina, Piauí. Igualmente, Cunha et al.
(2004), ao analisarem a qualidade microbiológica de quatro rios do
baixo curso do Amazonas, próximos às cidades de Macapá e Santana
(AP), identificaram a existência da relação entre precipitação e aumento
da concentração de coliformes termotolerantes. Segundo os autores,
nos períodos de precipitações intensas, houve um incremento da
poluição fecal nos rios monitorados, sobretudo, nos locais próximos a
áreas urbanas.
Por outro lado, os resultados verificados para o rio Corrente
dos Matões são significativamente inferiores àqueles obtidos para uma
bacia com uso predominantemente urbano como a do córrego André,
Mirassol, MT, cujos valores médios alcançados para coliformes
termotolerantes variaram entre 7400 a 9000 NMP/100 mL (BARROS
e SOUSA, 2012).
CONCLUSÃO
172
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
173
ANEXOS
*Classe 2 - limite para uso da água para à irrigação de hortaliças ou plantas frutíferas e à
recreação de contato primário (natação e mergulho); Número Mais Provável (NMP/100 mL);
(P1, P2, P3, P4) – pontos próximos à nascente do rio; (P5, P6, P7, P8) – seguimento intermediário
do rio e (P9) – foz do rio; - Ausência de coletas no período seco.
174
EDUCAÇÃO AMBIENTAL: UMA PROPOSTA
PARA REVER OS ASPECTOS DA
RECICLAGEM DO LIXO
INTRODUÇÃO
175
Mafaldo et al (2011), por conta das mudanças climáticas e os problemas
ambientais e de saúde que estamos passando atualmente nos fazem
pensar sobre o modo que agimos para com a natureza, como, por
exemplo o destino correto dos resíduos que produzimos.
Com relação ao homem e a forma que trata a natureza, Wildner
et al (2012), descreve:
176
Com isso, muitos produtos oriundos de vidro, plástico, papel e
alumínio podem ser retornados ao local de produção, pois o que antes
era descartado em lixões agora pode ser reaproveitado e acaba por
gerar empregos, além de contribuir para o meio ambiente (Wildner et
al (2012).
Com relação à questão ambiental, a mesma tem que ser
discutida em toda a extensão da sociedade civil, assim como, ações
devem ser exploradas por vários níveis como o individual, empresarial,
institucional, governamental, não-governamental, local, regional,
nacional e internacional (ALENCAR, 2005).
Medidas já são tomadas para amenizar a quantidade de resíduos
sólidos jogados em locai desapropriados, contudo uma alternativa
eficiente seria a educação ambiental.
177
desenvolvimento de atividades que propiciem reflexão,
participação e, acima de tudo, comprometimento pessoal
e mudança de atitudes para com a proteção da natureza.
Sendo assim, as escolas cumprem um papel fundamental,
ao lado das empresas e da mídia, de formar cidadãos
críticos e formadores de opiniões.
METODOLOGIA
Área de estudo
RESULTADOS / DISCUSSÃO
179
discussões com os alunos, pôde-se notar que após as informações
necessárias sobre o tema os alunos já tinham uma visão mais crítica do
assunto e até propuseram soluções para reduzir alguns dos problemas
detectados no seu ambiente de convívio.
Também foi visto que os alunos se mostraram entusiasmados
para com o tema, querendo aprender e possivelmente repassar o que
foi visto principalmente para seus pais e vizinhos a importância de
reciclagem.
Com relação ao circulo de debate foi visto uma maior interação
entre os alunos, na qual os mesmos tiveram um espaço maior para
falar. Perguntaram aos alunos sobre quais os tipos de degradação que
o meio ambiente tem sofrido com a ação humana, com isso percebeu-
se que dentre as citações o que mais colocaram foram: Poluição do ar
(16%), poluição da agua (52%), poluição da terra (8%) e desmatamento
(24%) (Gráfico 01). Percebeu-se que os alunos conhecem a realidade e
a situação que vivemos, e isto foi bem visto mediante o debate.
Santo et al (2011), descreve em seu trabalho que o ensino
ambiental foi interessante aos alunos porque se liga à realidade concreta
e tem o potencial de ligar conhecimentos à ação social. E isso é de
grande importância, não somente para a escola, que tem um grande
papel na vida do aluno, como para o próprio aluno, que não apenas
conhece, mas participa ativamente deste contexto social, uma vez que
o mesmo está inserido no meio ambiente e usufrui do mesmo.
Quanto à capacidade de criar produtos feitos de materiais
reciclados, percebeu-se a alta capacidade que os mesmos possuem em
transformar produtos antes jogados fora em algo criativo, onde cada
aluno procurou inovar, criar coisas que sejam realmente utilizável
mesmo que seja para decorar o ambiente de casa.
CONCLUSÃO
180
Acredita-se que a escolha do tema, foi de grande importância
para os alunos, uma vez que mesmo tendo um conhecimento proveio
do que seria meio ambiente e com isso trabalhando educação ambiental
isso os motivou a procurar mais conhecimento, principalmente quando
foram motivados a trabalhar a questão da reciclagem, pois os mesmos
acabaram gostando quando criaram produtos, visto por eles como
simples, mas inovadores vindos de matérias que poderiam ir ao lixo.
REFERÊNCIAS
181
A IMPORTÂNCIA DA CONTABILIDADE
AMBIENTAL PARA A CONTINUIDADE
DE UMA EMPRESA
INTRODUÇÃO
183
referência à pesquisa quando de uma referência aos objetivos propostos
fez-se uso da pesquisa exploratória e quando de uma menção a respeito
dos procedimentos técnicos adotou-se a pesquisa bibliográfica.
A importância desta metodologia reside no fato de o
pesquisador conhecer o que foi investigado sobre o tema desde os
aspectos históricos até as pesquisas mais recentes. Para realização deste
trabalho investigativo foi feito o levantamento de pesquisas referentes
ao tema com vista a dar subsídios à pesquisa sobre contabilidade
ambiental.
A pesquisa em contabilidade ambiental é relevante, porque
possibilita uma análise e a compreensão do papel do contador como
elemento essencial para a preservação ambiental, haja vista, que sua
atuação ocorre na perspectiva de oferecer visibilidade aos custos
ambientais para as empresas e instituições que utilizam os recursos
naturais em sua produção. Corroborando com essa ideia Ferreira (2006,
p. 59) afirma que “o desenvolvimento da contabilidade ambiental é o
resultado da necessidade de oferecer informação adequada às
características de uma gestão ambiental”.
184
Nos dias atuais a percepção de que as organizações estão
danificando o padrão de vida da sociedade por meio da exploração
dos recursos naturais de forma desordenada é uma realidade. Os
problemas acarretam-se pelo modo que esses recursos têm sido
consumidos ao longo de décadas, desde a Revolução Industrial.
Dessa maneira a contabilidade ambiental surge como
ferramenta para mensuração e geração de informações úteis e
relevantes, cujo objetivo principal é promover o crescimento econômico,
juntamente com o desenvolvimento sustentável da região em que as
empresas estão inseridas. Ganhando, assim, mais espaço dentro do
planejamento das entidades e a devida importância que ela desempenha
dentro de uma entidade, onde seu investimento dependa do meio
ambiente ou que de alguma maneira venha prejudicar a natureza.
A contabilidade ambiental é o registro do patrimônio ambiental
(bens, direitos e obrigações ambientais) de determinada entidade ou
empresa, e suas respectivas mutações - expressas monetariamente,
medindo qual o tamanho do seu patrimônio ambiental e de que modo
ele está sendo utilizado sob o ponto de vista econômico e financeiro,
sobre a proteção, preservação e sua recuperação. Essas informações
auxiliam os tomadores de decisão para qual melhor forma de conduzir
as operações da empresa no sentido de garantir que o ambiente não seja
prejudicado e que a empresa obtenha lucro garantindo sua continuidade.
Contabilidade ambiental é a contabilização dos benefícios e
danos que a invenção de um produto, ou serviço, pode trazer ao meio
ambiente. Seu objetivo é prover aos seus usuários, internos e externos,
informações e subsídios sobre eventos ambientais ocorridos numa
empresa, que causam modificações patrimoniais, bem como realizar
sua identificação, mensuração e evidenciação.
De acordo com Bergamini Júnior (1999, p. 98), a contabilidade
ambiental “tem o objetivo de registrar as transações da empresa que
impactam o meio ambiente e os efeitos das mesmas que afetam ou deveriam
afetar, a posição econômica e financeira dos negócios da empresa”.
Christophe (2012, p. 34) define contabilidade como sendo “um
sistema destinado a dar informações sobre a rarefação dos elementos
naturais, engendrado pelas atividades das empresas e sobre as medidas
tomadas para evitar a rarefação”.
Teixeira (2000) ressalta que há convergência das empresas em
informar a sociedade dados referentes à sua política ambiental que
envolve seus programas de gerenciamento ambiental, suas tecnologias
e o impacto em seu desempenho econômico e financeiro das ações
185
que envolvem essa política voltada para a dimensão ambiental. Para
tanto de mesma autoria o conhecimento de que:
187
sobre a natureza, a fim de que a população cada vez mais conscientizada
continue adquirindo seus produtos.
A necessidade de se preservar o meio ambiente deixou de ser
preocupação isolada de grupos ambientalistas e de organizações não
governamentais. Assim empresas que ligaram seus produtos a conceitos
de sustentabilidade ou ecologicamente corretos aumentaram
consideravelmente suas vendas ou melhoraram sua imagem frente à
sociedade. Desse modo o leque de oportunidades tende a aumentar
proporcionalmente à conscientização das pessoas e empresas com
questões relacionadas à sustentabilidade, mudanças climáticas e
aquecimento global.
188
resultados sustentáveis nas empresas. A mensuração dessas informações
é o modo mais coerente, pois o uso de parâmetros torna possível a
implantação de metas e a otimização de resultados.
A partir do momento em que as empresas adotam políticas
ambientais de proteção, recuperação e controle do meio ambiente, a
divulgação dos gastos e investimentos efetuados durante o exercício
social se torna imprescindível para a boa imagem dessas empresas.
Assim só aumenta a importância da contabilidade do meio
ambiente para as empresas em geral, devido a disponibilidade ou a
escassez de recursos naturais (renováveis e não renováveis) e poluição
do meio ambiente tornarem-se objetos de debate econômico, político
e social em todo o mundo, havendo um maior conhecimento por parte
da população mundial sobre a questão ambiental dentro das entidades
e a devida responsabilidade que todas as empresas devem tomar quando
em sua produção ou prestação de serviços utilizar-se de recursos
naturais e/ou meios advindos de forma direta ou indireta da natureza.
Com as pressões sociais e negociais identificadas no mundo
inteiro, aumenta-se a tendência das empresas em abrir para a sociedade
grande quantidade de dados sobre a política ambiental adotada, seus
programas de gerenciamento ambiental e o impacto de seu desempenho
ambiental em seu desempenho econômico financeiro. Desse modo a
entidade diminuirá seu risco financeiro futuro devido ao fato da
comunidade conhecer suas práticas ambientais e os programas que a
empresas desenvolvem para preservação do meio natural, garantindo
na sociedade uma boa imagem da empresa.
Uma entidade que seus produtos são ecologicamente corretos
irá atrair consumidores que estão cada vez mais conscientizados da
responsabilidade das empresas com a natureza. Uma política ambiental
com responsabilidade, além dos aspectos econômicos, é uma
importante ferramenta para construir uma boa imagem diante a
sociedade.
Em contrapartida as empresas que ignoram os padrões exigidos
na questão ambiental, especialmente aquelas cujas atividades trazem
danos ao meio natural, são duramente punidas, sendo pena maior a
imposta pelos consumidores que procuram deixar de adquirir seus
produtos, dando, preferência às corporações que priorizam pela
preservação ambiental.
Visto que o meio ambiente é patrimônio de todos, a
contabilidade ambiental surge com a finalidade social de mensurar
danos causados a natureza e fornecer dados relevantes para eliminar
189
ou suavizar tais impactos e quais serão seus custos sob o ponto de vista
econômico e financeiro. Nesse contexto pode-se afirmar que a
contabilidade ambiental constitui-se num guardião das ações
empresarias em favor do meio ambiente, considerando que as empresas
que exploram seus negócios demonstram preocupação em implementar
práticas ambientalmente corretas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
190
O mercado de consumo não aceita o descaso dos recursos
naturais, os consumidores cada dia mais procuram por produtos limpos.
Isso representa a grande importância da contabilidade do meio
ambiente, visto que nos últimos anos empresas que ligaram seus
produtos a conceitos de sustentabilidade ou ecologicamente corretos
aumentaram consideravelmente suas vendas ou melhoram sua imagem
frente à sociedade.
Desse modo o leque de oportunidades tende a aumentar
proporcionalmente à conscientização das pessoas e empresas com
questões relacionadas à sustentabilidade, mudanças climáticas,
aquecimento global, principalmente porque os detentores de recursos
não querem arriscar indefinidamente seus patrimônios em companhias
que se recusem a tomar medidas preventivas na área ambiental, pois
uma empresa que reconhece suas responsabilidades ambientais deverá
diminuir seu risco financeiro futuro resultante de incidentes ambientais.
REFERÊNCIAS
191
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
PARA O USO CONSCIENTE DO ÓLEO SATURADO
EM ESCOLAS DO ENSINO FUNDAMENTAL NA
CIDADE DE BENEDITINOS – PI
1 INTRODUÇÃO
193
Junir (2012), PCNs (1997) e outros que relatam a importância da
educação ambiental no processo ensino aprendizado dos alunos
visando uma educação consciente de seus deveres com o meio
ambiente.
Este trabalho está estruturado em cinco partes: a primeira,
relata um breve histórico sobre a educação ambiental; a segunda,
comenta o meio ambiente e os desafios do século XXI; a terceira,
discorre as gorduras saturada e suas consequências no meio ambiente;
a quarta, dar ênfase a metodologia da pesquisa de campo e
instrumentalização utilizada; e por fim, a última descreve as
concepções dos entrevistados das escolas da rede municipal de ensino
sobre educação ambiental.
Portanto, a presente pesquisa possui relevância social, uma vez
que pretende contribuir para a participação ativa dos indivíduos na
solução de problemas ambientais.
195
Sendo assim, a educação ambiental prove bem estar comum e
acima de tudo a consciência ambiental visto que a formação do cidadão
e fator decisivo na realidade socioambiental.
Muitos foram os encontros brasileiros sobre a educação
ambiental com políticas públicas e metodologias para tal formação
iniciadas desde 1991, a adoção de propostas sócias educativas foi o
marco dos encontros tendo como pontos direcionados a capacitação
de recursos humanos, material didático e as formas de trabalho na
comunidade e na escola. De acordo com Dias (1998) o mesmo
visava:
196
Os óleos e gorduras são substancias insolúveis em água
(hidrofóbicos) de origem animal, vegetal ou mesmo microbiana,
formada predominantemente de produtos de condensação entre
“glicerol” e “ácidos graxos” chamados triglicerídeos. Suas diferenças
presente no óleo (liquido) e a gordura (sólida), reside na proporção de
grupos acila saturados e insaturados presente nos triglicerídeos.
O óleo vegetal utilizado para a produção dos chamados óleos
de cozinha, obtidos por meio de vários tipos de plantas como buriti,
mamona, soja, canola, girassol, milho e outros terminam sendo grandes
causadores de danos ao meio ambiente.
Neste contexto a poluição pelo óleo faz encarecer o tratamento
de esgoto, agravar efeito estufa, no contato da água poluída com o mar
a reação química libera gás metano. Outro fator claramente e
reutilização excessiva do óleo nos processos de cocção produzindo
assim, radicais livres causadores de doenças degenerativas,
cardiovasculares e o envelhecimento precoce.
De acordo com o professor de Centro de Estudo Integrado sobre
Meio Ambiente e Mudanças Climáticas da Unidade Federal do Rio
de Janeiro – UFRJ, Alexandre D’Avingnon, a decomposição de óleo
de cozinha emite gás metano na atmosfera (RABELO, FERREIRA,
2008).
O metano é um dos principais gases que causam o efeito estufa,
que contribui para o aquecimento da terra. Um litro de óleo de cozinha,
que muitas vezes vai para o ralo da pia acaba chegando ao oceano
pelas redes de esgoto, contamina 1 milhão de litro de água os suficiente
para o homem usar durante 14 anos.
Para Filho apud ANAP Brasil (2013), parte desse problema
pode ser amenizada quando se trabalha educando e conscientizando
ambientalmente a população e os empresários. Desenvolvendo
campanha de coleta de óleo e gordura saturada saturado, a fim de
impossibilitar o seu lançamento as redes esgotos. Sendo assim, um
trabalho feito em parcerias com as escolas, entidades, instituições
privadas e a nível estadual e municipal dentre outras.
Um fator alarmante que deve ser ressaltado acerca do óleo de
cozinha, segundo estudiosos, é que o mesmo passa a ser um argente
poluente e causador de inúmeros problemas ambientais e doenças no
homem, e a simples ação do descarte do mesmo de forma certa, pode
acarretar inúmeros benefícios à população. Sua coleta de forma seletiva
impede o impacto ambiental e prejuízos à fauna e a flora, tornando-se
assim, um desafio sensibilizar e mobilizar os cidadãos de todas as classes
197
sociais a dar um destino certo ao resíduo de óleo de cozinha
conservando nesse simples ato a água, um dos recursos naturais
essenciais para nossa vida.
De acordo com Pitta Junior (2012), as principais formas de
reaproveitamento de óleos e gorduras saturados são de uma maneira
geral, produção de glicerina, padronização para composição de tintas,
produção de massa de vidraceiro, geração de energia elétrica por meio
de queima em caldeira, produção de biodiesel e outros.
O homem tem inúmeras possibilidades de transformar a
situação ambiental dos dias atuais, porém sua sensibilidade não aguçou
para os danos que o mesmo causa diariamente ao nosso planeta.
198
5 CONCEPÇÕES DOS ENTREVISTADOS DA ESCOLA
MUNICIPAL UNIDADE ESCOLAR RAIMUNDO ARAÚJO
PRADO E UNIDADE ESCOLAR SÃO BENEDITO SOBRE A
EDUCAÇÃO AMBIENTAL.
199
[...] meio ambiente é o espaço onde se desenvolve as
atividades humanas e a vida dos animais e vegetais. É um
sistema formado por elementos com o qual o homem
interage, se adaptando, transformando-o e utilizando-o
para satisfazer suas necessidades.
200
trabalhando com escolas, com comunidades, com crianças,
adultos. (MAY apud Carvalho (2002, p. 161).
201
Neste contexto escolar, meio ambiente e desenvolvimento
sustentável devem trilhar caminhos em comum, porque uma escola
comprometida com o meio ambiente possui alunos conscientes de
seu papel na preservação da natureza e na sustentabilidade do
planeta.
203
lentos, pois os problemas ambientais são visiveis e a solução só pode
ser concebida com a conscientização de cada cidadão. É necessário
intensisificar as discussões sobre a preservação e conservação do meio
ambiente, para assim, as gerações futuras viverem em um planeta
saudável.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
204
Acredita-se que após este trabalho as instituições citadas
promovam pralestra informativas, mini cursos de reciclagem do óleo
saturado e mostre a cada cidadão como acontece o processo de
coscientização e participação na proteção ao meio ambiente.
REFERÊNCIAS
205
CONSCIENTIZAÇÃO DA COMUNIDADE PARA
IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA NO
MUNICÍPIO DE CAMPO MAIOR/PI
1. INTRODUÇÃO
206
ano, e até 2020 o volume previsto é de 18 bilhões de toneladas/ ano
(UNEP-EEA, 2007). Pensando nesses dados o município de Campo
Maior/PI implantou na cidade um sistema de coleta seletiva que
conta com uma associação de catadores em parceria com a secretaria
de limpeza do município.
Os lixões, por sua vez, são locais de disposição final de resíduos
a céu aberto sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde
pública (SHIRAIWA et al., 2002; LOPES,2006). Para cobrir os
custos reais dos serviços, juntamente com os Recursos do Tesouro
Municipal, as prefeituras costumam remunerar as operações que
abrangem a limpeza da municipalidade por meio da cobrança de uma
Taxa de Coleta de Lixo (TCL), evitando-se o remanejamento de
recursos preciosos de outras áreas (MONTEIRO et al., 2001).
Conforme Mansur e Monteiro (1991) e Monteiro et al. (2001), para
efetuar a gestão adequada dos serviços de limpeza urbana, é necessária
a realização de um levantamento das características físicas dos
resíduos gerados no município: papel, papelão, vidros, garrafas
pets, alumínio etc.
A coleta seletiva, além de contribuir significativamente para a
sustentabilidade urbana, vem incorporando gradativamente um perfil
de inclusão social e geração de renda para os setores mais carentes e
excluídos do acesso aos mercados formais de trabalho (SINGER, 2002).
Entre as vantagens ambientais da coleta seletiva, destacam-se a redução
do uso de matéria prima virgem e a economia dos recursos naturais
renováveis e não renováveis, além da redução da disposição de lixo
nos aterros sanitários e dos impactos ambientais decorrentes (WAITE,
1995).
Para Oliveira (1998) há duas rotas principais para os resíduos,
sendo que a rota 1 corresponde à coleta, transporte e disposição final;
e a rota 2 à coleta seletiva, triagem, reciclagem e reuso, retorno ao
consumidor como novo produto, enviando um mínimo possível de
resíduo para os aterros, poupando os já escassos recursos da natureza.
A primeira experiência de coleta seletiva no Brasil ocorreu em
1985, em Niterói (RJ), em São Francisco, bairro residencial e de classe
média (EIGENHEER, 1993). Atualmente, menos de 10% dos
municípios brasileiros desenvolvem programas de coleta seletiva
(IBGE,2001; CEMPRE, 2000).
A responsabilidade pela destinação final do lixo é da prefeitura.
Mas nem sempre a coleta seletiva surge como iniciativa da própria
administração municipal. Frequentemente, observa-se a movimentação
207
de determinados segmentos da população que, tendo desenvolvido
maior consciência ambientalista, passam a cobrar dos órgãos
competentes posturas e procedimentos mais adequados, assumindo
participação ativa no processo de preservação e/ou de recuperação
ambiental. (CPLEA.Guia para prefeituras, 4.ed).
É importante o poder público local oferecer condições favoráveis
à instalação da central de triagem, assim como o fornecimento de
alguns equipamentos essenciais e assistência jurídica e administrativa
aos cooperados desta central, pelo menos até que consigam se
manter, suprindo assim as carências básicas que prejudicariam o
bom desempenho do local principalmente no início de sua operação
(MONTEIRO et al., 2001).
No ano de 2010, após longo processo de tramitação, foi
promulgada a lei 12.305 que propiciou à sociedade brasileira seu
principal instrumento de regulação e criação da Política Nacional
de Resíduos Sólidos PNRS (Brasil,2010). O Piauí ainda não dispõe
de uma legislação estadual que defina a política de resíduos sólidos
urbanos para o Estado. O município de Campo Maior/PI possui
um plano de gerenciamento de resíduos sólidos (PGIRS)
fornecendo subsídios a propostas adequadas à realidade de Campo
Maior para promoção do gerenciamento de cada tipo de resíduo
(PGIRS/CM).
Conforme Mansur e Monteiro (1991) e Monteiro et al. (2001),
para se efetuar a gestão adequada dos serviços de limpeza urbana, é
necessária a realização de um levantamento das características físicas
dos resíduos gerados no município. Campo Maior no ano de 2009 foi
fundada uma associação dos catadores de Campo Maior mais
pela falta de planejamento e conscientização da comunidade o
programa de coleta seletiva não teve êxito. No ano de 2015 com o
planejamento do PGIRS e a realização de um Fórum sobre a coleta
seletiva foi um ponta pé inicial para o começo das atividades.
“Entendem-se por Educação Ambiental os processos por meio
dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,
conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a
conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial
à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade” (Lei. N° 9.795/1999,
Art. 1° – institui a Política Nacional de Educação Ambiental).
O objetivo geral é minimizar os impactos ambientais
ocasionados pelo manejo inadequado dos resíduos sólidos urbanos no
município de Campo Maior Piauí.
208
O objetivo especifico e relatar a importância da implantação
do sistema de coleta seletiva para o município e estabelecer programas
e ações de Educação Ambiental conscientizando a população residente
acerca de sua responsabilidade socioambiental.
2. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO
209
bebidas, potes, panelas, talheres, matérias de ferro, alumínio, cobre, e
outros metais).
b) Papéis não recicláveis: adesivos, etiquetas, fita crepe, papel carbono,
fotografias, papel toalha, papel higiênico, papéis e guardanapos
engordurados, papéis metalizados, parafinados ou plastificados. Metais
não recicláveis: clipes, grampos, esponjas de aço, latas de tintas, latas
de combustível e pilhas. Plásticos não recicláveis: cabos de panela,
tomadas, isopor, adesivos, espuma, teclados de computador, acrílicos.
Vidros não recicláveis: espelhos, cristal, ampolas de medicamentos,
cerâmicas e louças, lâmpadas, vidros temperados planos. (Ib.Usp)
IV etapa: Visitas a comunidade escolares em 6 (seis) escolas de bairros
distintos para abranger todo o município, com o intuito de bate papo
com os alunos sobre a importância da coleta seletiva no município,
entrega de panfletos explicativos sobre quais materiais são recicláveis.
São as seguintes escolas: Briolanja (bairro Flores) escola 13 de março
(bairro de Fatima) Paulo Ferraz (São Luís e São João) Petrô nio Portela
(Cariri) Valdivino Tito (Centro) e CEPIT (Lourdes).
V etapa: Divulgação dos trabalhos em portais do município na internet,
entrevistas em rádios, criação de uma fanpage em redes sociais e
distribuições de cartazes em pontos estratégicos no município.
A implantação de coleta seletiva não é uma tarefa fácil porem
não é impossível. O primeiro passo para a realização do programa é
verificar a existência de pessoas interessadas em fazer esse trabalho.
Uma pessoa sozinha não conseguiria arcar com tudo por muito tempo,
e uma das principais razões para o sucesso de programas desse tipo é o
envolvimento das pessoas. (Guia pedagógico do lixo.2ed. SP). A
associação dos catadores de Campo Maior e formado por uma equipe
de 13 (treze) catadores que diariamente seguem uma rota de acordo
com o dia da coleta do lixo orgânico no munícipio para facilitar a
coleta do lixo recicláveis.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
210
É importante também a realização de treinamentos e
palestras de educação ambiental para multiplicadores (professores,
lideranças comunitárias, técnicos da prefeitura, dentre outros). A
ação deve ser contínua. (PGIRS/CM). Umas das etapas mais
importante do trabalho de implantação do sistema de coleta seletiva e
a sensibilização da população sobre a importância desse sistema de
reciclagem e o incentivo para a separação do lixo seco do úmido, além
de informar sobre a diminuição dos impactos ambientais causados
pela geração do lixo.
Marçal (2005) atenta para o fato de a escola representar um
espaço privilegiado para a ocorrência de discussões socioambientais e
principalmente no ensino fundamental, o qual se destina ao
fortalecimento da cidadania e instrução de valores fundamentais à
vida social. A realização das palestras nas escolas (imagem 1, 3 e 4)
teve por finalidade esse objetivo de conversar diretamente com as
crianças e adolescentes para junto com eles alertar a importância do
sistema de coleta seletiva na escola e na cidade e também o apoio dos
familiares, foram também realizadas dinâmicas com os alunos onde
objetivava mostrar a importância de ser sustentável para preserva o
meio ambiente.
Uma pesquisa realizada pelo instituto Polis (2007) é preciso
diferenciar os termos lixo de resíduos sólidos recicláveis. Quando
misturados, restos de alimentos, embalagens descartadas e objetos
inservíveis tornam - se lixo, que deve ter como destino ambientalmente
adequado o aterro sanitário. Esses mesmos materiais, quando
disponibilizados separadamente para a coleta seletiva (resíduos secos
e úmidos) tornam se materiais reaproveitáveis ou recicláveis. Na
imagem 2 mostra os catadores de material recicláveis fazendo a rota
diária porta a porta recolhendo e separando o lixo d os domicílios.
E o trabalho de divulgação e educação ambiental objetiva a facilidade
para que os catadores tenham em coletar o lixo sem precisar separa-lo
para que nenhum material seja desperdiçado e a estratégia e que os
catadores passem no mesmo dia da coleta do lixo orgânico para facilitar
a coleta.
Na dimensão econômica, destacam-se o aumento da vida útil
dos aterros, considerando-se a dificuldade de encontrar áreas adequadas
para a disposição final de resíduos, principalmente nas grandes cidades,
e a r edução dos custos dos programas de coleta seletiva para as
prefeituras (DEMAJOROVIC et al, 2006; VIVEIROS, 2006;BESEN,
2006). Podemos concluir que a coleta seletiva e bastante vantajosa pois
211
além de gerar rendas a famílias carentes, ela diminui vida nos at erros
já que menos lixo serão lançados e redução da matéria prima da fonte
geradora por meio da reciclagem do lixo.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
212
BESEN, G. R. ; RIBEIRO, H. ; JACOBI, P. R ; GÜNTHER, W.M.R.;
DEMAJOROVIC, J. Evaluation of sustainability of Municipal Programs of
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MANSUR, Gilson Leite; MONTEIRO, José Henrique R. Penido. O que é
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de Minas – MG (2003-2004). 2005. 237 f. Dissertação (Mestrado) -
Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2005
MONTEIRO, José Henrique Penido et al. Manual de Gerenciamento
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OLIVEIRA, José Flávio de (coord.). Guia Pedagógico do Lixo. 2 ed. São
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www.sebraemg.com.br/culturadacooperacao/cooperativismo/cooperativa
Acesso em: 15 mar. 2015.
213
SINGER, P. 2002. A recente ressurreição da economia solidária no Brasil. In
Santos, B.S. (ORG.) produzir para viver. Os caminhos da produção não
capitalista. Rio de janeiro: Civilização Brasileira. p 81-126.
VIVEIROS, M. Coleta Seletiva Solidária: desafios no caminho da retórica à
prática sustentável. Dissertação de Mestrado. São Paulo: PROCAM-USP,
2006.
Waite, H. 1995. Reciclagem do Plástico e suas aplicações industriais. USP/
SEBRAE SP, São Paulo, maio.
_____. Lei n. 9795 - 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental.
214
APLICAÇÃO DO GERENCIAMENTO DE
PROJETOS COMO FERRAMENTA NA
ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE
ECOTURISMO VOLTADA PARA PARTICIPAÇÃO
SOCIAL.
INTRODUÇÃO
215
corporações e que não vem ao longo dos tempos proporcionando as
comunidades locais o verdadeiro intitulamento social e econômico o
que não contribui de fato para a construção do desenvolvimento como
liberdade. (1)
A análise do tema faz com que gestores despertem para a
problemática da gestão de políticas públicas na área do ecoturismo.
Uma vez que, o planejamento adequado gera resultados mais rápidos
e desejados. A partir do exposto, o presente artigo busca analisar o
papel da participação social nas políticas públicas e suas possíveis
limitações, bem como a importância do uso do conceito de
gerenciamento de projetos na implementação dessas políticas.
O presente trabalho foi feito através de uma revisão da literatura
especializada nas áreas de ecoturismo e gestão.
MÉTODOS
RESULTADOS E DISCUSSÃO
216
A participação social constitui uma importante ferramenta para
o ecoturismo de uma região, entretanto, tem sido pouco utilizada como
explica Fadini abaixo:
218
específicas na parte inferior, agrupadas por níveis hierárquicos. Desse
modo, o trabalho do projeto é subdivido em partes menores e mais
facilmente gerenciáveis.
Este estudo se propôs a analisar a importância da participação
da sociedade na gestão de políticas voltadas para o ecoturismo.
Confirmou-se as limitações dessa participação, bem como indicou-se
possíveis soluções através da aplicação do conceito de Gerenciamento
de Projeto nas políticas públicas.
A literatura encontrada na área de ecoturismo aborda o tema,
mas pouco contribui para o crescimento da participação social no
processo de gestão. Por essa maneira, buscou-se complemento na área
de Administração e em algumas de suas técnicas.
Entretanto, antes de sair trabalhando no projeto e utilizando
suas técnicas, tem que se entender as reais necessidades dos grupos de
interesses (empresários, população local, ambientalistas, governo, etc).
Uma vez que, o resultado de um projeto não deve ser o objetivo do
gestor de projeto, mas sim de todos os envolvidos.
Assim, percebe-se que deve existir claramente a identificação
do público-alvo do projeto. E esse público-alvo, ou seja, os grupos de
interesse é que deve indicar os próximos passos do projeto. Por exemplo,
por meio de audiências e consultas públicas, fórum de debates, Mesas
de Negociação, canais de Ouvidoria. Com o propósito do foco ser nas
partes interessadas e no resultado, e não somente no planejamento em
si.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
219
planejamento para que isso ocorra de fato. Não esquecendo que o
projeto deve sempre ser voltado para o atendimento das partes
interessadas, isto é, empresários, população local, grupos ambientais,
governo, etc.
Assim, o artigo busca contribuir com a compreensão dessa
temática, abrindo caminho para trabalhos futuros na área de
participação social no ecoturismo. Uma vez que, estudos desta natureza
são importantes para gestores públicos que desejem implantar ou
aprimorar políticas públicas de ecoturismo em sua região. Desde que
haja o entendimento de que a prática de ecoturismo só vão funcionar
em sua plenitude, se os gestores voltarem sua atenção para as partes
interessadas.
REFERÊNCIAS
220
PEQUENAS QUEIMADAS URBANAS:
CONSEQUÊNCIAS À SAÚDE DA POPULAÇÃO
INTRODUÇÃO
222
diferentemente da definição adotada pela Organização Mundial da
Saúde em 1946: “Saúde é o estado de completo bem-estar físico,
mental e social, e não meramente a ausência de doenças” (RIBEIRO,
2001b).
No entanto o homem depende do meio ambiente, pois só pode
viver em ambientes com determinadas características e com certa
variedade de recursos disponíveis. Em razão da tecnologia e a ciência
atuais propiciarem à humanidade o poder de destruir o meio ambiente,
é necessário compreender como este funciona para que seja possível
viver de acordo com suas restrições (BOTKIN, 2011).
Queimar lixo nas cidades é crime ambiental, podendo render
ao infrator multa de R$ 500 a R$ 50 milhões. O que diz a Lei de Crimes
Ambientais (9.605 de 13 de fevereiro de 1998) em seu artigo 54: causar
poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana. (MARCIATRINDADE, 2013)
O presente trabalho foi elaborado com a finalidade de
demonstrar as consequências ocasionadas pelos atos inadequados da
população em estudo com o meio ambiente, através das pequenas
queimadas. Pois é muito importante o estudo em questão para melhorar
as condições de vida das pessoas e do meio em que vivemos, o qual
necessitamos entender os possíveis efeitos negativos que o homem pode
causar ao meio e a si mesmo, e que a longo prazo as pequenas atitudes
causam efeitos gigantescos afetando assim a qualidade de vida das
pessoas.
E muitas pessoas não sabem a real consequência de suas atitudes
no ciclo de vida dos seres vivos. Pois o homem está destruindo o seu
único meio de sobrevivência. Portanto necessitamos sensibilizar a
população em geral para que cada um possa fazer a sua parte, e procurar
meios alternativos para que o seu bem esta não prejudique o ambiente
e as futuras gerações.
O objetivo do estudo foi conhecer os hábitos comportamental
da população sobre o destino do lixo, e verificar o número de pessoas
que praticam as pequenas queimadas e relacionar com os problemas
de saúde na população, E verificar o número de pessoas que praticam
as pequenas queimadas e perceber o quanto as pessoas necessitam de
incentivos para as mudanças de atitudes que prejudicam também a
saúde e de todo o ambiente. Pois as pessoas necessitam de incentivos
para mudanças de atitudes na qual a sua postura pode levar a população
a refletir sobre esse problema.
223
METODOLOGIA
Desenho do estudo
A metodologia foi uma pesquisa de campo, exploratório
descritivo, com abordagem quantitativa.
Local da pesquisa
Município de Caxias, no bairro ponte. A escolha deste Bairro
foi devido a ser observado uma grande parte de moradores que
reclamavam da fumaça e de problemas respiratórios População
Moradores do Bairro Ponte. Total de 31 moradores.
Critérios de Inclusão
- Ter idade acima de 18 anos; -Morador a mais de 2 anos no
bairro -Ter capacidade mental de resposta -Terá direito a responder o
questionário apenas um morador por cada residência
Coleta de dados
A pesquisa desse estudo foi realizada por meio de uma pesquisa
visitas domiciliares com moradores da área em estudo.
Instrumento da Coleta
Para a obtenção dos dados aplicou-se um questionário
(Quadro-1 – ANEXO 1) contendo dez questões objetivas, que abordou
o tema queimadas inadequada do lixo. Esse questionário foi aplicado
com aos moradores, onde em cada local da entrevista teve-se um
tempo de trinta e cinco minutos para responder o questionário. Foi
solicitado aos mesmos que usassem o máximo de sinceridade nas
respostas.
A cada chegada em uma residência, foi apresentado o motivo
da visita, onde cada acadêmico estava devidamente caracterização,
utilizando crachá ou fardamento da instituição. Explicamos o objetivo
da pesquisa e foi pedida a possível colaboração do mesmo para
responder algumas questões sobre o tema abordado.
Após a coleta de dados, foi feito a entrega do folheto contendo
pedido de colaboração em Pról do Meio Ambiente e da Saúde, onde
informa como colaborar e as vantagens em colaborar. Conforme anexo
(Quadro-2 – ANEXO 2). Onde ficou em cada visita um folheto auto-
explicativo onde informação a cada morador as consequências
negativas da queima inadequada do lixo.
Analise dos dados
Inseridos em gráficos os dados.
224
RESULTADOS E DISCUSSÕES
225
A terceira questão indagou aos moradores qual o motivo que
os levam a queimar o lixo e a maioria responderam ser mais rápido e
prático, conforme gráfico-3.
Gráfico 3. Relato dos moradores sobre qual motivo que os levam a queimar
o lixo no Bairro Ponte segundo sexo, Caxias-MA
228
Grafico 9. Relato dos moradores se Seus vizinhos tem a pratica de queimar
o lixo no Bairro Ponte, segundo sexo, Caxias-MA
CONCLUSÃO
230
ambiente que aumentam a sua degradação, através da queima
inadequada que mesmo sendo aparentemente muito pequena para
causar danos, mas que ocasiona o aumento da temperatura, doenças
respiratórias aos seres humanos ou seja, prejuízos a todos os seres vivos,
e um total desequilíbrio ambiental.
Porém é preciso que se tenha maior atenção para essas práticas
humana e que melhore o processo de informação e incentivo as pessoas
para mudanças de seus hábitos com relação ao meio ambiente, para
que se tenham gerações futuras com atitudes diferentes das que
podemos observar até o momento, e que possam assegurar uma vida
mais digna e com mais segurança para o homem e o meio ambiente,
sem o qual não podemos viver.
Acredita-se que este comportamento seja pela cultura já trazida
dos pais e que os filhos carregam uma experiência social e cultural.
Essas visitas dentre várias atitudes que podem ser tomadas,
proporcionou a reflexão de alguns moradores, especialmente àqueles
que sofrem com doenças respiratórias.
A sensibilização ambiental, trabalhada nos Bairros junto a cada
morador tem a capacidade de disponibilizar conhecimentos, organizar
e problematizar o assunto abordado de modo a promover, um avanço
no desenvolvimento, e educação dos moradores do Bairro, para uma
melhor convivência em sociedade e um melhoramento no estilo de
vida, na sociedade, promovendo condições para que o mesmo
identifique outros moradores com práticas inadequadas e resolva
problemas a partir de diálogos e relatos de melhoramento na saúde.
As observações, sobre os fatos relacionados às pratica de queimadas
na área urbana, diálogos possibilita que aos moradores que eles
consigam tirar sua própria conclusão sobre o assunto e torne-se capaz
de questionar hábitos antigos.
REFERÊNCIAS
231
EDWARD A. Keller; Daniel b Botkin; Editora: LTC;. Ciência Ambiental - Terra,
Um Planeta Vivo - 7ª Ed. 2011.
LEITE, Marcelo. Direito civil em mapas mentais. Data. 2012.
Publicação:Imprenta: Niterói, RJ, Ponto, Impetus, 2012.
RIBEIRO, H. Fossil fuel energy impacts on health. Encyclopedia of Life
Support Systems. Unesco, 2001a. http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/
Queima de Lixo acesso em 11/12/2014 www.walmambiental.com.br acesso
em 12/11/2014 http://www.mma.gov.br/port/conama/legiano.2015 acesso em 13/
05/2015
232
DIFERENTES ABORDAGENS E CONTRIBUIÇÕES
DA AGROECOLOGIA EM ESCOLAS DE
ENSINO MÉDIO
INTRODUÇÃO
233
muito importante para a questão humana e seus aspectos socioculturais
(CAPORAL E COSTABEBER, 2007)
A escola é outro espaço importante para a formação de
indivíduos responsáveis e aptos a colaborar e decidir sobre questões
sociais, restabelecendo suas relações com o meio onde vive. A educação
ambiental torna-se então uma prática necessária para fortalecer as
relações homem–ambiente.
Assim, o processo educacional deve transmitir e difundir os
princípios e valores das diferentes visões e propostas para alcançar a
sustentabilidade. A educação ambiental implica num processo de
conscientização sobre os processos socioambientais emergentes, que
mobilizam a participação dos cidadãos na tomada de decisões, junto
com a transformação dos métodos de pesquisa e formação, a partir de
uma ótica holística e enfoques multidisciplinares (LEFF, 2001).
Nesse contexto, o resultado seria a conexão dos saberes
necessários para a construção significativa do conhecimento, em
módulos de aprendizagem, onde os conteúdos estão distribuídos de
forma interdisciplinar, gradativamente complexa e significativa para o
estudante (BICA et al., 2007).
Dentro do aspecto educacional, a ciência agroecologia vem
sendo introduzida de duas formas: como tema transversal as disciplinas
do ensino médio da rede pública que adotam uma metodologia
tradicional de ensino, e como tema gerador de conhecimento em escolas
agrícolas famílias.
As lutas por educação de qualidade fizeram surgir novas
experiências, as quais possibilitaram alternativas pensadas e geridas
pelos trabalhadores camponeses, movimentos sociais do campo e
instituições religiosas. Dentre as várias concepções de ensino que
trabalha a educação no/do campo destacou a contribuição da
pedagogia da alternância realizada pelas Escolas Família Agrícola –
EFAs.
A pedagogia da alternância baseia-se em dialogar com as
vertentes do ensino, estando em abertura tanto com o teórico quanto
com a empírica, ou seja, o educando em seu período de internato,
chamado de sessão, está em convívio constante com as aulas em sala, e
seus horários de atividades práticas, onde, de acordo com a estrutura
da EFA, eles irão desenvolver o que aprenderam.
O foco principal da unidade EFA é integrar as diversas fontes e
recursos de aprendizagem, integrando ao dia a dia da escola gerando
fonte de observação e pesquisa exigindo uma reflexão diária por parte
234
dos educadores e educandos envolvidos. As atividades desenvolvidas
permitirão a aplicação prática de conteúdos de diversas disciplinas.
O quadro educacional brasileiro é ainda bastante insatisfatório.
Sabemos que o problema da evasão e da repetência escolar no país
tem sido um dos maiores desafios enfrentados pelas redes de ensino
público, pois as causas e consequências da evasão e repetência escolar
estão ligadas a fatores sociais, culturais, políticos, econômicos e outros
(VIEIRA, 2009).
A formação na alternância tem como objetivo principal
possibilitar a educação em tempo integral, envolver as famílias na
educação dos filhos, fortalecer a prática do diálogo entre os diferentes
atores que participam dos processos de formação dos educandos. A
Pedagogia da alternância visa melhorar a vida escolar e familiar
tentando reduzir o índice de evasão provocado pelas escolas de ensino
médio tradicionais.
Existem na literatura diversos trabalhos que avaliaram a
agroecologia como temas geradores e como temas transversais nos
diferentes tipos de escolas do ensino médio, como: Miranda (2013);
Santos et al. (2012); Ferreira et al. (2009) e Fonseca (2008).
Entretanto, não foram encontrados estudos que façam a
comparação entre essas abordagens agroecológicas, principalmente no
estado do Piauí e que reflitam sobre seus resultados efetivos no processo
de ensino aprendizado.
Este trabalho tem como objetivo comparar as diferentes
abordagens agroecológicas no ensino médio e sua contribuição para o
processo ensino-aprendizagem
METODOLOGIA
235
apontada como abordagem social; questões referentes à conservação
do meio ambiente, chamada abordagem ambiental e questões de
conhecimento da agroecologia e agricultura orgânica, que foi a
concepção do entendimento conceitual desses temas.
Para os diretores as questões foram referentes às estatísticas das
escolas como: taxas de evasão e de repetência e comportamentais como
os percentuais de gestação precoce e da utilização de drogas ilícitas
por parte dos discentes.
Os dados foram transformados em percentuais utilizando o
programa computacional EXCEL, além disso, fez-se revisão de
literatura sobre a temática.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
236
percentual baixo (45%) dos discentes das escolas tradicionais que
declararam repassar os conteúdos aprendidos e a maioria (71%)
afirmou que se os assuntos curriculares não favorecem o convívio
familiar.
Esses resultados demonstram a importância do ensino
contextualizado tanto para o aprendizado como para a melhoria da
qualidade de vida dos familiares e das comunidades as quais estes
indivíduos estão inseridos, pois conseguem perceber que o exercício
da cidadania perpassa pelo respeito aos semelhantes em todos os
aspectos. Segundo Santos et al. (2012), o homem não vive
autenticamente enquanto não se acha integrado à sua realidade. Sem
essa integração, o processo se faz inorgânico e inoperante, pouco haverá
promoção de aprendizagem. Por outro lado, mostra uma desconexão
daquilo que é estudado com a realidade vivenciada pelo alunado das
escolas públicas tradicionais. Isso denota que as práticas pedagógicas
utilizadas são pouco atrativas ao público, esse fato pode ser umas das
explicações para as taxas de evasão escola e repetência (MEC, 2012),
existentes na rede pública estadual (4,1% e 15,5%, respectivamente)
serem geralmente superiores a regional (3,3% e 16,2%, respectivamente)
e a nacional (3,4% e 14,8%, respectivamente).
Ao serem questionados sobre conservação do meio ambiente
constatou-se que mais de 70% dos discentes dos dois segmentos das
escolas pesquisadas já haviam estudado sobre conservação ambiental.
Essa informação evidencia que as diretrizes dos Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN), no que se refere à inserção dessa
temática nos currículos, está sendo cumprida. Resultado semelhante
ao do presente estudo foi encontrado por Santos et al. (2012).
Os reflexos do aprendizado desses conteúdos são sentidos na
mudança de comportamento dos discentes em relação aos recursos
naturais, pois quando perguntados quais as práticas de conservação
estudadas foram realizadas, os discentes deram respostas homogêneas
tais como: jogar lixo no lixo e não desperdiçar água (mais de 25%)
seguida da rejeição à prática das queimadas (maior que 17%).
Entretanto, a prática de separação do lixo orgânico do não orgânico
ainda é pouco adotada, menos de 10% dos pesquisados informaram
ter essa preocupação, o que é compreensível, uma vez que ainda não
existem ações das esferas governamentais que possibilitem essa
prática. Santos et al. (2012), ao questionar os discentes do 3º e 4º
anos do ensino médio tradicional, quase 50% fizeram a mesma
afirmação desse estudo.
237
O desenvolvimento sustentável tem um componente educativo
formidável: a educação ambiental depende de uma consciência
ecológica e a formação da consciência depende da educação. É aqui
que entra em cena a ecopedagogia que promova um aprendizado do
sentido das coisas a partir da vida cotidiana (SANTOS et al., 2012).
Quando perguntado se a agricultura prejudica o meio-ambiente
mais de 65% dos entrevistados não relacionaram práticas agrícolas com
problemas ambientais. Esse dado tem duas vertentes a primeira que os
discentes das escolas tradicionais relacionaram as práticas agrícolas
apenas a produção de alimentos demonstrando falta de senso crítico
em relação aos sistemas de produção predominantes em nosso País e
que são abordados nas maiorias dos materiais didáticos adotados pelas
escolas públicas. Resultado semelhante foi encontrado por Ferreira et
al. (2009) em espaços educativos pertencentes ao Movimento
Camponês Popular (MCP) e 68% dos discentes também não
relacionaram práticas agrícolas modernas com problemas ambientais.
A segunda, em função da abordagem agroecológica vivenciada
pelos discentes das escolas famílias durante o tempo escola e a prática
da agricultura familiar vivenciada no tempo comunidade; justificam a
falta de correlação entre a agricultura e a devastação do meio ambiente,
pois pouco ou não se utiliza agrotóxico o que pode ser constatado pela
afirmação posterior em que 83% dos entrevistados dizem não concordar
com a utilização desses produtos para produção de alimentos.
Ao serem pesquisados sobre agroecologia e agricultura orgânica
66% dos discentes dos EFAs pesquisados afirmaram ter ouvido falar
de agroecologia enquanto que 97% ouviram falar de agricultura
orgânica isso demonstra que não só ouviram falar, mas que
conseguiram diferenciar conceitualmente agroecologia de agricultura
orgânica. Enquanto que 85% declararam que os principais instrumentos
de informação dessas temáticas foram a própria escola (33%) televisão
(23%) e jornais e/ou livros (18%).
Os pesquisados declaram já ter ouvido falar em agricultura
orgânica, demonstrando uma confusão conceitual sobre as temáticas
que talvez possa ser explicada pela forma como foram obtidas as
informações cerca de 40 % foi pelos meios de comunicação televisão
e/ou rádio e 26% em jornais e/ou livros, pois geralmente fornecem
informações generalizadas. Corroboram com esses resultados trabalhos
realizados por Ferreira et al. (2009) e Santos et al. (2012).
Diante do exposto compreende-se que não se trata de inserir
educação ambiental, filosofia, ética como disciplinas apenas para
238
compor o currículo da educação básica ou de inventar uma nova prática
pedagógica e sim de renovar as práticas pedagógicas já existentes que
já desenvolvem uma formação contextualizada, integral, aplicável
voltadas para as questões ambientais, sociais, políticas, éticas e
consequentemente para o desenvolvimento sustentável, como é o caso
das escolas famílias de formação por alternância. (FONSECA, 2008).
239
Quando perguntado se os docentes contextualizam os temas
de suas aulas com a realidade dos discentes 100% dos docentes disseram
que sim, mesmo que esporadicamente. Aproximadamente 90%
responderam acreditar que os discentes conversam sobre seu
aprendizado em suas casas e/ou comunidades.
As informações prestadas pelos docentes dos EFAs são
confirmadas pelo levantamento realizado nas próprias escolas, pois a
contextualização e a difusão de conteúdo refletiram em baixas das taxas
médias de evasão escolar (10%) e de reprovação (inferior a 1%). Em
relação às escolas tradicionais taxas médias de evasão escolar (23%) e
de reprovação (11,5%) foram às elevadas deixando de denotar as
informações prestadas pelos entrevistados. Esses valores são
preocupantes e repercutem diretamente na avaliação da qualidade do
ensino aprendizagem.
Essa realidade evidencia a eficiência na utilização da
agroecologia como tema gerador de conhecimento, pois a formação
integral, alternada entre a casa e o internato, em sintonia com os pilares
do novo paradigma da educação (aprender a ser, a fazer, a conhecer e
a conviver) possibilita enriquecer a experiência na convivência em
grupos, proporcionando a aquisição e o desenvolvimento de novas
capacidades cognitivas (aprender a aprender), permite apoderar-se de
conhecimentos gerais e particulares (saber ser e conhecer, autoafirmar)
e faculta aprimorar capacidades sociais (cooperar, dialogar, aprofundar
a democracia).
Como os protagonistas desse estudo são os jovens e a juventude
é vista como uma construção social, vista como uma “fase da vida”,
marcada pela instabilidade e incertezas necessitou-se ampliar a pesquisa
no sentido de perceber se as abordagens agroecológicas estão
relacionadas a diferenças comportamentais desses jovens,
especialmente no que se refere a utilização de drogas e gravidez precoce,
problemas tão recorrentes tanto nas juventudes urbanas como rurais.
Estudos sobre a juventude vêm se configurando numa
importante preocupação entre pesquisadores e profissionais de várias
áreas, uma vez que apontam para questões de âmbito sociocultural,
educacional e econômico. Os estudos sobre comportamento,
necessidades, direitos da juventude rural também vem sendo
implementados, permitindo a expansão de possibilidades de serem
estabelecidos novos diálogos sobre a temática (FONSECA, 2008).
Nesse aspecto, fez-se um levantamento nas escolas sobre o
número de casos que ocorreram em média por ano de gestação precoce
240
e se existe a utilização de drogas ilícitas por parte dos discentes.
Obviamente esses dados não são coletados e sistematizados
oficialmente, sendo fruto apenas da observação dos docentes e da
direção. Nas EFAs pesquisadas a quantidade máxima declarada foi 01
(um) caso por ano, em relação à utilização de drogas disseram não
haver usuários de drogas entre os discentes. Quanto às escolas de ensino
médio tradicionais afirmaram que em média 04 (quatro) adolescentes
ficam gestante por ano e ainda mais preocupante foram os dados
relacionados às drogas, cerca de 3% em média dos discentes são
usuários, embora isso não ocorra dentro do espaço escolar.
Os princípios agroecológicos pressupõem a articulação do
capital humano nos aspectos social, ambiental, ético, político, cultural
e financeiro de uma dada população. Quando esses elementos são
trabalhados conjuntamente tanto pela escola como pela família, eles
se tornam valores capazes de blindar os jovens das distorções presentes
na sociedade. Os projetos político pedagógicos das EFAs a
participação das famílias tem lugar de destaque. Nesses documentos,
ressalta-se que na associação, as famílias participam e assumem
responsabilidades no processo de gestão e no processo de ensino-
aprendizagem, especialmente nos períodos em que os jovens estão
no meio socioprofissional. Fato que não ocorre nas escolas
tradicionais onde escola e família está distanciada e em muitos casos
apresentam valores e crenças distintos levando o adolescente a
situações de vulnerabilidade.
Os resultados desse estudo corroboram com Bica et al. (2007)
quando afirmam que educação e agroecologia são caminhos que se
completem pois os processos de educação tradicional são realizados
numa perspectiva didática cartesiana que compreende apenas
transmissão e memorização de conhecimentos. O sujeito é eliminado
do processo, o qual é realizado de forma determinista e reducionista.
Projetos pedagógicos que utilizem agroecologia como tema gerador
remete a uma construção participativa do processo educacional que
reúne os diferentes atores. Baseando-se em teorias onde o estudante é
coresponsável por seu processo de aprendizagem, e que consideram as
experiências de vida e as decisões tomadas durante o amadurecimento
do ser para si e do processo de vir a ser. Pretende-se que as questões
sociais, ambientais, econômicas, políticas e culturais, façam parte de
projetos em que os jovens, as famílias e a comunidade, sejam os atores
do processo educacional.
241
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
242
LEFF, H. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade,
poder, 2001. In: SILVEIRA-FILHO, et al,. Horta escolar como alternativa de
educação ambiental e abordagem multidisciplinar. Resumos do VII Congresso
Brasileiro de Agroecologia – Fortaleza/CE, p. 1-5, 2011.
SANTOS, S. de S. I. dos. Ensino médio: debate atual sobre o abandono e a
evasão escolar. Trabalho de Conclusão de Curso-TCC, Maringá, p. 1-18, 2012.
TEIXEIRA, E. S. et al. Estudos sobre a pedagogia da Alternância no Brasil:
revisão de literatura e perspectiva para a formação, São Paulo-SP, v.34, n.2,
p. 1-16, 2009.
VIEIRA, E. F; da C. Evasão escolar no curso do programa nacional de
integração da educação profissional com a educação básica na modalidade
de educação de jovens e adultos (PROEJA). Seropédica-RJ, 61 f, 2009.
243
A IMPORTÂNCIA DO PROFISSIONAL
CONTROLLER PARA A DISSEMINAÇÃO DA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM UMA EMPRESA
INTRODUÇÃO
244
de informação, zelar pela continuidade da empresa, viabilizando as
sinergias existentes. Com essa percepção, por fim, faz as atividades
desenvolvidas em grupo alcançarem resultados superiores,
diferentemente se trabalhassem isoladas. Quem ocupar esta função deve
possuir uma visão ampla das operações de uma organização. É
considerado um funcionário estratégico no fornecimento desta visão
crítica. Seus questionamentos devem ir além das considerações legais,
chegando até mesmo ao nível ético.
A controladoria é uma ferramenta essencial para as empresas
no auxilio da tomada de decisões. Define-se como um órgão
administrativo que por intermédio de informações dá embasamento e
informações necessárias para o direcionamento do que se deve fazer e
como fazer, na gestão de uma organização.
Esta é uma pesquisa exploratória do tipo bibliográfica e
descritiva, onde foram investigados, analisados e interpretados os dados
na busca de informações acerca da profissão do Controller. A partir da
análise de casos concretos verificou-se os reflexos da controladoria dos
profissionais nas empresas onde procurou-se identificar as vantagens e
desvantagens da existência desse profissional para a empresa.
Busca-se fazer uma abordagem sobre a necessidade de se ter
um profissional competente dentro da empresa, que auxilie na tomada
de decisão, dando ênfase a posição da controladoria no organograma
da empresa. Como também definir o Controller como um profissional
que esteja apto a identificar e analisar a situação financeira e operacional
da empresa. O assunto também é de grande interesse para os
profissionais da área, para um melhor aperfeiçoamento na profissão.
A pesquisa exploratória leva o pesquisador a descoberta de
novos enfoques, percepções e terminologias que darão o suporte técnico
necessário a respostas da pesquisa. Piovesan e Temprani (1995)
entendem a pesquisa exploratória como uma forma de refletir acerca
da realidade de maneira que a aprendizagem só se concretiza quando
parte do conhecido e, este por sua vez, possibilita a ampliação do
conhecimento.
Nesse sentido, este trabalho procura definir o Controller como
um profissional que mede acumula e interpretar as informações dentro
da Administração da empresa nas funções de planejar, controlar, analisa
e organizar suas atividades. Também, faz-se uma análise do papel do
Profissional Controller para uma melhor compreensão e desempenho
do seu trabalho dentro da empresa, e contribuir de alguma forma para
a sua formação profissional. Na atualidade esse profissional vem
245
ganhando espaço na Auditoria Ambiental e realizando procedimentos
dentro da empresa visando a sustentabilidade.
As questões ambientais têm motivado especialistas dessa área
a assumir um comportamento ativo dentro das empresas. Na busca da
maximização de lucros a curto prazo e no atendimento as exigências
de mercado com regulamentação legal, nota-se uma conexão entre a
responsabilidade social e o lucro. A ética ambiental faz parte da missão
da empresa junto ao meio ambiente e essa postura hoje já é vista como
uma nova oportunidade de negócios em um competitivo mercado
produtivo.
A origem da Contabilidade vem desde os primórdios da
humanidade e sempre foi pautada à necessidade de registros do
comércio, pois à medida que o homem começava produzir para a
sua subsistência crescia a necessidade do mesmo em realizar trocas
entre produtos constituindo-se no comércio.
A necessidade da comercialização de produtos demandaram a
aferição de valores nos produtos e a descoberta do rendimento como
uma forma de aumentar a sua situação patrimonial. Volnei (2008, p.
2) assevera antigamente os homens procuravam se organizar para ter
o controle sobre os seus pertences e precisavam saber organizar tais
informações. Como o volume de tais informações eram cada vez mais
numerosas gerou a necessidade de registros, “gerando os primeiros
esboços para os estudos voltados para a contabilidade”.
Vale ressaltar que foi nos Estados Unidos, na virada do século
XIX para o século XX, houve várias procedimentos na criação dos
grupos conhecidos como business federation or combinations que
obtinham vantagens financeiras e econômicas de escala, mas
individualmente, as empresas conservavam sua autonomia de gestão e
controle.
E foram neste período, companhias como Dupont, United
States Steel, Standard Oil e mais tarde, a General Motors, se
constituíram em departamentos e divisões contando com um controle
centralizado (CHANDLER, 1962, p. 19).
No início do século XX, o avanço e a complexidade das
organizações, causada pela globalização e o ampliação dos negócios,
inclusive geograficamente, em outros países, fizeram com que a
importância da contabilidade financeira aumentasse, pois eram
imprescindíveis maiores checagens, mais balanços e maiores controles
internos para atender aos negócios. Assim, o processo por melhores
práticas gerenciais trouxe a reboque a necessidade de ter uma
246
contabilidade adequada e um maior controle sobre a informação
(WILLSON, ROEHL-ANDERSON & BRAGG, 1995, p. 20).
Nessa época surgiu a figura do controller, chamado na época
de comptroller, aparecendo em 1920 no organograma da administração
central da General Motors e em 1921 na Dupont como Treasure
Assistant Comptroller (CHANDLER, 1962, p. 109).
Mendes (1991, p. 16), apud Sathe1, apresenta que a função do
controller parece ter surgido antes de 1920, mais ou menos por volta
de 1880, quando diversas empresas de trens estabeleceram a função
“comptroller” como consequência de um erro de tradução do latim.
A função da controladoria é fornecer aos gestores das empresas
a informação que eles precisam para atingir os objetivos empresariais.
Na busca da otimização dos resultados econômicos da empresa,
durante as últimas cinco décadas, houve uma transformação
significativa nas funções do controller. Caggiano e Figueredo (1997)
asseveram que:
248
execução e controle. Peleias (2002, p.17), propõe objetivos de atuação
da Controladoria para que ela possa atuar no efetivo suporte ao processo
de gestão:
250
funcionário para a ação e a busca de soluções concretas para os problemas
ambientais que ocorrem principalmente no seu dia-a-dia, no seu local
de trabalho, na execução de sua tarefa, portanto onde ele tem poder de
atuação para a melhoria da qualidade ambiental dele e dos colegas.
Esse tipo de educação extrapola a simples aquisição de
conhecimento. Nas empresas industriais, por exemplo, a educação
ambiental é um instrumento eficaz no controle da poluição. Nesses
empreendimentos, o controle da poluição deve começar no processo,
estando também parte desta responsabilidade nas mãos dos
trabalhadores, pois mantem-se envolvidos diretamente na produção.
Portanto, não é somente na escola que a educação ambiental
acontece. Os recursos para o ensino-aprendizagem da educação para
o meio ambiente se encontram em todas as partes, como nas grandes,
médias, pequenas e microempresas; nas indústrias e fábricas.
Nesta década de 90, as perspectivas da educação ambiental em
empresas são muito positivas, considerando-se que as organizações
estão sendo estrategicamente sensibilizadas a adotar um novo modelo
de gestão empresarial contemplando a qualidade ambiental.
Em meio a tantas mudanças, no âmbito das empresas, a
Educação Ambiental assume um papel fundamental. Tem como
objetivo alcançar uma transformação profunda dos funcionários dentro
da organização, do presidente ao “chão-de-fábrica”, sobre questões
como o uso inteligente dos recursos naturais, condições mais seguras
sob o aspecto ambiental para os operários , redução das infrações
ambientais e destinação final adequada de rejeitos.
As iniciativas educacionais relacionadas à temática ambiental
estão aumentando a cada dia em todo País. Tanto os Fóruns de
Educação Ambiental, como as pesquisas na área revelam que as ações
e projetos promovidos pelos municípios, por exemplo, através de suas
secretarias, conselhos e de parcerias com escolas, associações de
cidadania, empresas e outros órgãos públicos, ganham destaque neste
quadro. A maioria dessas ações são precisas e se voltam para o
envolvimento das pessoas na solução de problemas, como o do lixo e
da arborização urbana, ou ações de capacitação de professores ou de
outros setores da população (JACOBI, 1999).
Todavia, o processo de sensibilização e conscientização para
as questões ambientais voltado para o público interno das empresas,
comunidade de seu entorno e clientes, especialmente, requer
persistência e continuidade de ações com este fim, como palestras,
gincanas, sessões de filmes ambientais etc., além da participação em
251
fóruns, conselhos, redes, comissões, coletivo educador, nos quais temas
como agricultura, educação, desenvolvimento, tecnologia e meio
ambiente norteiam as discussões (SILVA, 2006).
O autor exemplifica o caso da Embrapa Acre, que assim como
as outras Unidades da Empresa, tem investido em educação ambiental,
assim como na responsabilidade sócio-ambiental. É uma Empresa que
gera novas tecnologias, promove mudanças no modo de lidar com a
terra e os recursos naturais. O grande desafio é conciliar a melhoria da
qualidade de vida da população e fazer valer o conceito de
desenvolvimento sustentável. Informar a respeito dos danos ambientais
que nos afetam é um passo importante para sensibilizar e fazer com
que cada pessoa se sinta responsável por estes problemas e motivada a
cooperar para a redução dos danos, uma vez que mesmo atividades
rotineiras como tomar banho, comer e locomover-se deixam marcas
no meio ambiente.
“Entre estratégias adotadas pelas empresas em geral, pode-se
destacar os programas de educação ambiental no âmbito do setor
produtivo, visando dessa forma, auxiliar o desafio empresarial da
sustentabilidade. Neste contexto, existem alguns elementos
indispensáveis para o planejamento desses programas”.
(LAYRARGUES,2008).
A educação ambiental nas empresas tem um papel muito
importante porque desperta cada funcionário para a busca de soluções
concretas para problemas ambientais que ocorrem principalmente no
seu cotidiano, no seu local de trabalho, na execução de suas tarefas,
conferindo ao colaborador poder de atuação para a melhoria da
qualidade ambiental sua e de seus colegas, utilizando conscientemente
os recursos naturais. Mudar as atitudes ou a cultura de uma organização
não é uma tarefa fácil, mas é possível conseguir a colaboração dos
cidadãos conscientes para construir uma sociedade que vise a
sustentabilidade.
As atividades de gestão ambiental dão origem a algumas
situações favoráveis no Brasil, no que diz respeito a informações intra
e internacionais que facilitam processos entre clientes e serviços. Nesta
perspectiva, a sustentabilidade está ligada aos valores dos indivíduos e
do conhecimento através das atividades de cada organização, em um
processo de gestão ambiental, que necessita da contabilidade para
formar diretrizes.
Contratar ou celebrar ações voltadas ao meio ambiente são
estratégias usadas por algumas empresas para obtenção de lucro,
252
onde novos produtos surgem valorizando a qualidade e atendendo as
exigências da demanda de um mercado consciente com sua
responsabilidade social e valorizando a preservação da natureza.
As atividades produtivas começam a valorizar o meio ambiente
e novos valores são incorporados pelas empresas, dando origem a uma
gestão ambiental. Durante o planejamento dessa gestão, o Controller
atua como coordenador de todas as etapas, elaborando orçamentos
parciais e verificando se a produção está dentro da capacidade da
empresa. Dentre suas funções, podemos enfatizar a autoridade do
controller na organização em relação a execução de tarefas, direcionar
os recursos aos setores certos, afim de obter sinergia na empresa,
mensuração do resultado do processo, determinando pontos falhos e
apontando medidas e ações corretivas. Nesse aspecto, pode-se obter
ganho através do benchmarking.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
253
qualidade ambiental sua e de seus colegas, utilizando conscientemente
os recursos naturais. Mudar as atitudes ou a cultura de uma organização
não é uma tarefa fácil, mas é possível conseguir a colaboração dos
cidadãos conscientes para construir uma sociedade que vise a
sustentabilidade.
Dentro deste contexto, é clara a necessidade de mudar o
comportamento do homem em relação à natureza, no sentido de
promover sob um modelo de desenvolvimento sustentável (processo
que assegura uma gestão responsável dos recursos do planeta de forma
a preservar os interesses das gerações futuras e, ao mesmo tempo atender
as necessidades das gerações atuais), a compatibilização de práticas
econômicas e conservacionistas, com reflexos positivos evidentes junto
à qualidade de vida de todos.
Consideramos que são inerentes a crise, a erosão dos valores
básicos e a alienação e a não participação da quase totalidade dos
indivíduos na construção de seu futuro. É fundamental que as
comunidades planejem e implementem suas próprias alternativas às
políticas vigentes. Dentre essas alternativas está a necessidade de
abolição dos programas de desenvolvimento, ajustes e reformas
econômicas que mantêm o atual modelo de crescimento, com seus
terríveis efeitos sobre o ambiente e a diversidade de espécies, incluindo
a humana.
Um programa de educação ambiental para ser efetivo deve
promover, simultaneamente, o desenvolvimento de conhecimento, de
atitudes e de habilidades necessárias à preservação e melhoria da
qualidade ambiental, seja no ambiente das empresas, escolas, nos
espaços urbanos e rurais. A educação ambiental é ponto relevante para
mudança de valores e atitudes, por tratar da educação do ser humano
versus sua relação com o meio ambiente. Percebe-se que o
desenvolvimento sustentável se tornará efetiva realidade quando cada
parcela da sociedade contribuir seja na informação, na sensibilização,
na competência e/ou consciência ambiental.
REFERÊNCIAS
254
REAPROVEITAMENTO DE GARRAFAS PET PARA
CULTIVO DE HORTALIÇAS
255
poderão ser colhidas e utilizadas para o consumo próprio de seu “tutor”,
tornando seu organismo um pouco mais saudável, e o planeta um pouco
menos poluído.
INTRODUÇÃO
256
na indústria subiu de 120 toneladas para 360, isto alavancadas
principalmente pela indústria de refrigerante. Deste total 48% é
reciclado, com isso cerca de 4,7 bilhões de garrafas são descartadas na
natureza, contaminando rios, indo para lixões ou mesmo espalhadas
em terrenos baldios. O que mais tem preocupado os ambientalistas é
exatamente o descarte dessas garrafas no meio ambiente, o que tem
provocado muitos problemas, como por exemplo, as enchentes nas
cidades (ABIPET, 2008).
Apesar de 52% da produção ainda não ser reaproveitada,
especialistas também lembram que a própria reciclagem não é a melhor
opção. Para fazer a reciclagem do excedente atual, seriam necessários
224 milhões de quilowatts por hora de energia elétrica e 120 milhões
de litros de água. O ideal seria a redução do uso deste tipo de embalagem
combinado com a reutilização da embalagem, “A reciclagem tem um
custo muito alto para o ambiente”, diz Vault (2009), autora do livro
Ciclo de Vida de Embalagens para Bebidas no Brasil.
O ciclo dos produtos na cadeia comercial não termina após
serem usados pelos consumidores, esses são descartados muitas vezes
em lugares indevidos. Há muito se fala em reciclagem e
reaproveitamento dos materiais utilizados. Hoje, algumas empresas,
estimulando a responsabilidade ambiental, já possuem projetos de
recolhimento de embalagens direcionando-o para ser descartado ou
reutilizado. O crescimento do poder de consumo é um problema gerado
pelas novas tecnologias de fabricação, que garante a acessibilidade dos
consumidores aos produtos gerando uma preocupação com o meio
ambiente do novo perfil de consumidor (MUELLER, 2005).
Atualmente, são desenvolvidos projetos de implantação de
coleta seletiva, principalmente em escolas, para reutilização de lixo
reciclável na produção de diversos materiais como artesanatos, por
exemplo (BRITO, 2010)
O crescente uso de materiais de plástico tem-se agravado em
um grande problema ambiental, porque geram elevadas quantidades
de resíduos, apesar de representarem apenas 4% a 7% em massa do
lixo urbano, os plásticos ocupam de 15% a 20% do seu volume, e estes
causam diversos danos ao meio ambiente devido ao seu grande tempo
de meia vida, que geralmente demoram 400 anos para se degradarem,
e além do mais, quando queimados, produzem gases tóxicos. Portanto,
ressalta-se a importância de reaproveitamento desses materiais através
da reciclagem, de modo a reduzir o desperdício e a poluição do meio
ambiente (DIAS, 2006).
257
Nos últimos anos, houve algumas ações que promoveram
avanços na forma de pensar e agir, alertando as pessoas em relação ao
consumo. Uma das grandes dúvidas que surgem atualmente é de como
colocar a questão do excesso de consumo nos países desenvolvidos
como um motivo relevante no debate sobre a atual crise ambiental
mundial (JACOBI, 2006).
Mediante a carência do país que sofre com a falta de incentivo
e disseminação de políticas públicas ambientais que viabilizem a
execução dos projetos afins, surgem soluções alternativas como
iniciativas de organizações não governamentais ou mesmo da sociedade
civil, que para alcançarem resultados significativos devem ser executar
um trabalho contínuo (MUELLER, 2005).
Então, para reverter essas situações, a humanidade precisa
pensar na sustentabilidade ambiental, envolvendo todos os setores da
sociedade, entre eles o setor econômico, político, educacional e de
saúde. Pois, é através da sustentabilidade que se proporcionará
qualidade de vida, atendendo às necessidades do presente sem
comprometer a capacidade de gerações futuras. Para isso toda sociedade
precisa educar suas ações, estabelecer limites de consumo e isso envolve
não só os consumidores, mas também as empresas que devem
desenvolver produtos ecologicamente corretos e com materiais que não
agridam o meio ambiente (BRITO, 2010).
OBJETIVOS DA PESQUISA
RECURSOS METODOLÓGICOS
258
população de mais de 800 mil habitantes, Teresina é a 22ª cidade mais
populosa do Brasil, tal população encontra-se distribuída numa área
de 1.755,7 km², sendo a maior capital nordestina em área de extensão
territorial (IBGE, 2010).
Foi realizado com os alunos do primeiro período do ano de 2013,
do Curso de Licenciatura plena em Ciências da Natureza, dia vinte e
oito de agosto do corrente ano a partir das dezenove horas, no Espaço
Integrado de Ensino, situado na Universidade federal do Piauí, Campus
Ministro Petrônio Portela, ao lado da biblioteca Central desta instituição.
O referido projeto é do tipo pesquisa-ação, que é uma forma de
investigação baseada em uma autorreflexão coletiva, empreendida pelos
participantes de um grupo social de maneira a melhorar a racionalidade
e a justiça de suas próprias práticas sociais e educacionais, como também
o seu entendimento dessas práticas e de situações onde essas práticas
acontecem (KEMMIS e MC TAGGART, 1988, apud Elia e Sampaio,
2001, p.248). Buscou-se com isso, o envolvimento com a atividade prática
do cultivo de hortaliças, além do incentivo a sustentabilidade.
Inicialmente foi feita uma apresentação do projeto junto aos
alunos, após este momento ocorreram discussões no sentido de
viabilizar a execução do projeto. Esta experiência consistiu em cultivar,
como forma de demonstração, hortaliças em garrafas pet.
As hortaliças são as do tipo folhosas como: couve-manteiga,
cebolinha e coentro. A proposta foi desenvolvida juntamente com o
público alvo para que este, tendo a compreensão do processo de
produção e da ideia de sustentabilidade, pudessem a partir dali divulgar
a iniciativa fazendo com que mais pessoas reaproveitem garrafas pet
no cultivo de hortaliças.
O primeiro passo foi adquirir o material necessário para a
produção das mudas (sementes e adubo orgânico), e depois, foram
feitas as considerações importantes a respeito do plantio e cultivo das
hortaliças.
Todos se agruparam na frente do centro, onde cada um
“adotou” uma garrafa pet, cortou-a (umas horizontal outras
verticalmente) preparando-as para o plantio; decoraram-nas da forma
que lhes foi conveniente (alguns até nomearam a garrafa), e em seguida,
foi colocado o adubo disponibilizado.
Logo após esse processo, iniciou-se o plantio das sementes,
sendo as de cebolinha e coentro nas garrafas cortados horizontalmente
e as de couve-manteiga nas garrafas verticais. Dessa forma, uma a uma
foram plantadas por seus “tutores” e posteriormente regadas.
259
Todas as garrafas plantadas foram concentradas na parte
exterior do prédio, onde deverão ser cuidadas até que seu produto final
seja colhido. Após esse processo, as garrafas poderão servir de depósito
para outras sementes, e dessa forma, o ciclo continuará se
desenvolvendo, bastando apenas que hajam interessados em dar
continuidade a este projeto.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
260
REFERÊNCIAS
261
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL COMO ESTRATÉGIA
PARA DISSEMINAÇÃO DA INFORMAÇÃO SOBRE
A DENGUE NA UNIDADE INTEGRADA
MUNICIPAL JOSÉ GONÇALVES COSTA NO
POVOADO ALECRIM EM CAXIAS - MA
RESUMO
262
1 INTRODUÇÃO
264
A metodologia empregada foi pesquisa de campo utilizando-
se as técnicas de observação não participante, a aplicação de
questionários aos alunos dos 6º, 7º, 8º e 9º ano da UIMJGC. Também,
fez-se uso da pesquisa documental, quando de uma análise a respeito
do regimento da escola, relatórios e outros documentos como ofícios e
planejamento dos professores. Para uma averiguação dos questionários
serviu-se da análise de conteúdo segundo Bardin (1977).
265
com comprometimento com a vida e com o bem-estar de um todo,
seja local ou mundial. Apesar do estudo de ecologia, a educação
ambiental é distinta, esta última também abrangendo um âmbito bem
mais extenso, pois, busca um questionamento direto da conscientização
do indivíduo sobre suas decisões e percepções, além das relações
mantidas entre homem e meio ambiente.
Em objetivo requer uma educação que estimule uma formação
de cidadãos seguros e conscientes, que possam reconhecer não só os
seus direitos, mas também que saibam ver seus deveres em meio essa
grande sociedade desenfreada, que sejam responsáveis nas suas ações
e vontades de mudanças, pois mudanças é o pontapé inicial para que
haja transformação.
A educação ambiental tem que ter seu entendimento por cada
membro da instituição escolar como professores, alunos, diretores e
funcionários enquanto instrumento facilitador para a execução de
projetos pedagógicos.
Assim, a educação deve ser vista e trabalhada de maneira firme
e consciente entre alunos e professores ainda que também tornando
propício uma interação entre escola e comunidade, facilitando uma
influência mútua entre as diversas realidades com que os alunos se
apresentam. E isto a partir do desenvolvimento de conhecimentos dos
anos de escolaridade, quando há de levar-se em conta a formação do
indivíduo cidadão, para que com os conhecimentos obtidos no futuro
ele venha participar das decisões sobre o destino do país.
Cabe dizer ainda que, a Educação Ambiental tem um papel
muito importante no ensino de ciências naturais para educação e
construção do conhecimento científico do ser humano, principalmente
no que diz respeito aos princípios importantes e necessários, a
explicação e o entendimento em meio dos fenômenos circundantes.
Porém, para uma melhoria de vida, a sociedade necessita com
urgência de educadores que se disponham a lutar por uma educação
enquanto direito universal, e que esta mesma educação seja capaz de
construir uma sociedade com consciência crítica, integrada e em
movimento com os acontecimentos. Só por meio da compreensão da
importância da educação é que se pode chegar a uma sociedade justa
e de comum interesse.
A consciente responsabilidade requer uma atitude diferente
perante a vida, uma busca existencial. Hoje a sociedade enfrenta as
transformações decorrentes do novo mundo que prediz e demanda
novos valores, individuais e coletivos para que as relações entre os
266
homens devam ser fundamentadas no diálogo, na honestidade, no
respeito à individualidade e no respeito a todas as formas de vida.
No contexto educacional, a escola deve estar comprometida,
de forma que seus alunos saibam situar suas próprias metas com
consciência do que estão perpetrando, transpondo seus próprios limites
sem competições, adotando uma postura ética, assumindo suas próprias
opções, e buscando satisfazer suas necessidades diárias fortalecendo
sua autoestima.
A educação ambiental deve ser tratada em variadas disciplinas,
assim o papel estipulado ao professor não seria um simples acomode
de conteúdos curriculares, e sim uma relação ativa com os
acontecimentos atuais do cotidiano vivenciado diariamente pelos
alunos. E isto é possível dizer quando do ato de colocar em prática
conhecimentos sociais contraídos e situar uma conexão com as demais
áreas do conhecimento. Vincular os conteúdos estabelecidos é a forma
adequada de rompimento com os padrões tradicionais de fazer e
relacioná-los, desse modo a educação ambiental trata das relações entre
o homem e a natureza e o seu estudo promovido e em coerência com
outras matérias.
267
tem procurado contribuir para com a diminuição dos quadros de
contaminação notadamente visíveis, considerando aqui como em fito
o município de Caxias - MA.
A Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) tem um
projeto de educação ambiental cujo propósito é envolver a maior
quantidade de informações sobre o que é, qual agente causador,
principais formas de contágio, os sintomas e prevenção da doença,
para que assim haja uma orientação verdadeira e efetiva quanto ao
combate à dengue.
Esse projeto é desenvolvido com a colaboração e participação
do ensino básico de escolas da rede pública, onde ocorrem visitas ao
laboratório de entomologia médica que fornece vagas e possibilidade
para a aquisição de experiência prática com manuseio de microscópio,
e os alunos terem oportunidade de participar das diversas atividades
informativas sobre a dengue.
E desta maneira acredita-se que o contato direto dos alunos
com estudantes universitários, incentiva a aptidão cientifica das crianças
e dos adolescentes, ainda que também uma atenção para a questão de
que ao término da visita são aplicados questionários com perguntas
referentes ao inseto e a doença.
Com a aplicação do questionário a intenção é de avaliar o
conhecimento dos estudantes antes da inspeção e depois, quando da
intenção que o aluno seja um atuante multiplicador de seu
conhecimento por onde incidirem tanto no âmbito familiar como em
outros demais lugares. Dando sequência à assertiva acima, quanto à
professora, esta se diga satisfeita com a realização do projeto de
educação ambiental como aqui considerado e feliz de ter contribuído
para saúde da população do município.
268
O comércio é feito através de pequenos comerciantes que
vendem gêneros alimentícios, insumos agrícolas e roupas. Também a
população pode dispor de uma padaria, uma papelaria e uma
lanchonete. As atividades de lazer são realizadas no Clube de Festa do
Alecrim que acontecem esporadicamente. As festas religiosas
acontecem no templo da Igreja Evangélica da Congregação Canaã da
Igreja Assembleia de Deus.
A Unidade Integrada Municipal é a única escola que atende a
comunidade. Essa instituição tem 05 salas de aula, uma sala de
informática que também funciona como biblioteca, uma secretaria,
cantina, 02 banheiros para os alunos e alunas e 01 banheiro para os
demais funcionários. A escola é arborizada e tem uma horta escolar.
Os dados desta pesquisa foram coletados através de questionário
que foi aplicado com a escolha dos participantes de forma aleatória.
Foram escolhidos 10 alunos das turmas de 6º, 8º e 9º ano. Os alunos
do 7º ano não puderam integrar porque estavam participando da
Olimpíada de Matemática.
Os alunos do 6º e do 8º ano tiveram respostas semelhantes e
demonstraram um conhecimento parcial sobre o que é a dengue quando
responderam à pergunta “o que é a dengue”, somente 20% tendo
respondido que era uma doença transmissível. A indicação da sua
gravidade não foi detectada nas respostas desses alunos. Os alunos do
9º ano por sua vez, em um total de 20%, demonstraram saber que a
dengue é uma doença grave, mas não fizeram menção a sua forma de
transmissão.
Em relação à pergunta “como a dengue é transmitida” dos
alunos das 03 turmas correspondentes ao 6º, 8º e 9º ano somente 01
(3%) destas turmas respondeu que era o mosquito. Da mesma forma
somente 01 (3%) fez referência à água como um fator importante para
a transmissão. Registra-se que 10% fizeram referência ao mosquito
como vetor da transmissão da dengue.
Em se tratando dos sintomas da doença somente 3 (10%)
identificaram a febre com dor de cabeça como um dos principais
sintomas da dengue. Do total de alunos somente 02 (6,6%)
mencionaram a dor no corpo como o único sintoma conhecido.
Quando perguntado sobre a biologia do mosquito no quesito
forma de reprodução somente 3(10%) identificaram o ambiente como
“água limpa e parada” como o meio propício para a reprodução do
mosquito Aedes aegypti. No que se refere a outras formas e modalidades
de condições apropriadas para a reprodução do mosquito da dengue
269
somente 1(3%) indicou “poças de água e vasos de plantas” como um
meio. Outros 3% responderam que era “a existência de pneus cheios
de água, latas e caixas de água”.
Houveram respostas significativas quando perguntado o que
cada um fazia para evitar a presença do mosquito na sua casa. As
respostas mais expressivas dos alunos do 8º ano tratavam: da
substituição da água por pedras nos vasos de plantas; do esvaziamento
dos depósitos não deixando água parada; não deixando baldes e caixas
de água destampados; virando litros de água; e, queimando sacos
plásticos.
Em relação à resposta queimar sacos plásticos é uma medida
eficaz, porque evita o acúmulo de água parada que favorece a
reprodução do mosquito da dengue, mas, por outro lado, provoca a
poluição do ar.
Os alunos do 6º ano quando perguntados sobre as medidas
preventivas acerca da presença do mosquito na sua casa responderam:
tampando os caixotes; evitar os pneus e vasos com água. Dois alunos
desse ano responderam de forma coerente a essa pergunta, a saber:
“Utilizar água da forma correta. Tampar os caixotes bem, retirar a
água parada dos vasos e pneus, além de tampar as caixas de água”; e,
“não deixando água parada, colocando garrafas de boca para baixo”.
Quando solicitado respostas à pergunta sobre qual atitude
tomaria caso fosse constada a dengue em algum membro de sua família
a 80% dos alunos do 8º e 9º ano responderam que encaminhariam a
pessoa da família ao médico ou a um hospital. Um aluno respondeu
fazendo referências à rotina de casa o que assumiria os afazeres
domésticos. Em relação aos alunos do 6º ano 90% responderam que
conduziriam o parente ao médico, ao hospital ou ao posto de saúde.
Um aluno respondeu que ficaria triste.
Quando questionados sobre terem recebido alguma informação
sobre a dengue 4(40%) alunos do 6º ano responderam que sim, 6 (60%)
alunos do 8º ano responderam que sim e do 9º ano 8 (80%) responderam
sim também. Os alunos identificaram os meios de comunicação como
os responsáveis pela veiculação de informações sobre a dengue e que
chegaram até a eles. Pode-se perceber que o potencial que tem uma
campanha educativa veicula nos meios de comunicação em um trabalho
de prevenção da dengue.
Ao serem arguidos sobre as atividades desenvolvidas na escola
relativa a medidas de prevenção da dengue 5(50%) dos alunos do 6º
ano responderam que sim, dois disseram que a escola não desenvolvia
270
atividades e um aluno registrou que não tinha conhecimento de tais
atividades. Quanto aos alunos do 8º ano 8 (80%) disseram que tinham
conhecimento, um disse e outro mencionou uma ação que poderia ter
sido realizada na escola que era o recolhimento de sacos plásticos. E
os alunos do 9º ano 7 (70%) alunos disseram que sim e 2(20%) disseram
que não. Um aluno do 9 º ano respondeu que a escola poderia fazer o
trabalho através de vacina, essa resposta demonstra total
desconhecimento acerca dos avanços científicos nas pesquisas sobre a
cura e prevenção da dengue. Não existe vacina.
No que se refere às ações desenvolvidas pela família dos alunos
na prevenção da dengue 4(40%) alunos do 6º ano disseram que em sua
casa há uma preocupação com a prevenção da dengue, 2 (20%) disseram
que não e o restante respondeu que não sabia. Os aluno do 8º ano
7(70%) responderam nesse quesito que não havia essa preocupação
em sua casa e 2 (20%) afirmaram que não sabiam. Quanto aos alunos
do 9º 2(20%) disseram que sim, outro aluno afirmou que sua casa era
muito cuidada, mas não era possível evitar o mosquito da dengue e
4(40%) responderam que não.
Quando abordados acerca da participação da comunidade na
prevenção da dengue na escola, em casa e na própria comunidade os
entrevistados responderam: 2(20%) alunos do 6º ano que não sabiam,
mas o restante deu respostas específicas, a saber: tampando os caixotes
e preservar a água; tampar os caixotes bem, os vasos e as caixas de
água; com a comunidade e em casa assim como na escola, podemos
retirar as águas acumuladas em pneus; se não podemos pegar dengue
e ela mata; não acumular lixo nas ruas e esvaziar todos os recipientes
com água; não deixar água parada colocando as garrafas de cabeça
para baixo; tampando os caixotes e preservar a água. Pode-se perceber
que há uma similaridade das respostas que se resumem ao diminuir as
condições propícias para a reprodução do mosquito.
Em relação aos alunos do 8º ano 01(10%) dos alunos deu uma
resposta coerente relativa a um trabalho colaborativo entre comunidade
e escola fundamentado na prevenção da dengue, a saber: “em casa
podemos cuidar para que não haja mosquito, na escola podemos reunir
os alunos para cuidar do meio ambiente e a comunidade podemos
alertar sobre o mosquito”. Em relação a prevenção 05 (50%) alunos
mencionaram a necessidade de evitar a água parada em diversos tipos
de recipientes como caixas de água, baldes, latas e/ou outros recipientes
que acumulam água da chuva. Outro aluno disse que “devemos tampar
baldes, virar latas e levar os pneus a locais propícios”. Este último aluno
271
demonstrou um conhecimento adequado para a prevenção da dengue
principalmente no que deve ser feito em relação aos pneus.
Em relação aos alunos do 9º ano eles responderam de forma
semelhante, mas deve-se registar a fala do aluno que abordou a
necessidade da conscientização da população. No seu texto o aluno
diz: “sempre os melhores meios para se prevenir a dengue é
conscientizar a população para não deixe a água se acumular em locais
que o mosquito possa se reproduzir”. Os outros alunos demonstraram
uma preocupação em relação à água deixada em diversos recipientes.
Um aluno mostrou desconhecimento em relação à dengue, porque ele
sugere tomar vacina contra dengue, ainda não existindo a vacina.
Outros alunos afirmaram a necessidade de não deixar acumular o lixo,
limpar os vasos de flores, tampar a caixa de água e manter o ambiente
limpo.
É no depoimento do aluno do 9º ano que se resume a
importância da educação ambiental nesse processo: “Se todos nós
fizéssemos a nossa parte o mosquito não invadiria a escola nossa casa
nem a comunidade. Não jogar lixo na rua, não deixar resto de água
nos litros e outras coisas para evitar a dengue”. Mesmo não
conceituando a educação ambiental ele trata dos elementos que a
compõem como o trabalho colaborativo no cuidado com o meio
ambiente.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
272
Para tanto é preciso considerar o aprimoramento de um
conhecimento amplo quando a respeito do mosquito Aedes aegypti, do
engajamento das principais formas de se contrair a doença, do
esclarecimento acerca dos sintomas, dos tratamentos, da prevenção e
do combate à doença, numa ação integrada da escola e da comunidade
e da Secretaria de Saúde do município. E isto quando da importância
de ações próprias da redução e da eliminação da ocorrência dos casos
de dengue tanto na escola como na comunidade em que esta instituição
localiza-se.
Em vistas de outras propostas é possível inserir programas já
utilizados na área de conscientização e prevenção do foco da doença,
bem como se criar ações de modo que ativas e eficazes para com a
eliminação da dengue. A junção da coletividade entre escola e
comunidade é uma maneira decisiva na tomada de possíveis decisões
visando à contemplação da execução de ações, assim como o auxílio e
apoio de secretarias de saúde.
O desenvolvimento de um projeto deve considerar a
disponibilidade de ajuda da comunidade, secretarias, escolas e governo
municipal, como também está alinhado ao desempenho de profissionais
da área da saúde, bem como agentes de saúdes e agentes endêmicos.
Alunos acometidos pelo mosquito no âmbito escolar,
proporcionalmente tem o menor rendimento, além de indicação falha
no manejo e do como se prevenir da dengue, contudo torna-se claro a
falta de campanhas e ações de combate e conscientização de todos os
níveis de conhecimento da escola assim como da comunidade.
A investigação do ambiente familiar dos alunos, quando de uma
averiguação de possíveis locais em que possam vir a ser depósito para
o acomodo do mosquito, e dentre estes locais: reservatório de lixo;
plantas e jardins; caixa d’água; calhas e lajes e depósitos de água,
espaços que oferecem as principais vias de acesso à proliferação do
mosquito.
Desta forma, existe a possibilidade de aprimorar o
conhecimento a respeito do mosquito Aedes aegypti, e os locais onde
este se aloja. Ainda que também para o combate à dengue faz-se
necessário um engajamento quando do conhecimento das principais
formas de se contrair a doença, do esclarecimento dos sintomas, dos
tratamentos, da prevenção e do combate à doença. E isto quando há
de levar-se em conta uma ação integrada da escola junto à comunidade,
à secretaria de saúde do município, visando à redução e à eliminação
da ocorrência dos casos de dengue na escola e na comunidade.
273
REFERÊNCIAS
274
A PERCEPÇÃO DOS PROFESSORES DA UNIDADE
ESCOLAR MUNICIPAL INEZ EVANGELISTA
GUIMARÃES DO POVOADO BARRO VERMELHO
DE CAXIAS - MA ACERCA DA EDUCAÇÃO
AMBIENTAL E DA ESCOLA SUSTENTÁVEL
RESUMO
275
1 INTRODUÇÃO
276
Guimarães, porque é uma escola recém-inaugurada e que a mesma
está inserida no padrão das escolas do MEC.
É importante ressaltar que a escola em que a pesquisadora atua
não foi escolhida para esta pesquisa, porque a instituição como aqui
referenciada já tem um programa de educação ambiental o qual
possibilitou a participação dos alunos na Conferência Infanto-Juvenil
para o Meio Ambiente (CIJMA) em 2013.
O objetivo geral deste trabalho foi analisar a percepção dos
professores da Unidade Escolar Municipal Professora Inez Evangelista
Guimarães acerca da educação ambiental e a escola sustentável. Para
tanto pesquisou-se a percepção que os professores da Unidade Escolar
Municipal Professora Inez Evangelista Guimarães tem sobre a
educação ambiental. Buscou-se apreender o papel do professor e
verificar se os mesmos procuram estimular seus alunos e alunas a uma
participação consciente e crítica quando de uma análise da realidade e
do reconhecimento do papel que cada um tem sobre a preservação
ambiental.
A relevância deste trabalho está associada à necessidade se se
preservar o meio ambiente e a escola, esta, uma instituição enquanto
espaço ideal para efetivação da educação ambiental. Outro fator
importante foi à inclusão da dimensão ambiental nos projetos de
financiamento da educação. O Programa Dinheiro Direto na Escola
(PDDE) impõe uma condição para que cada escola participe desse
programa que é implantar o Programa Escola Sustentável (PES).
O PES é um programa de educação ambiental orientado com
vistas às escolas públicas e às escolas particulares e que tem como
objetivo o estímulo e a constituição de uma cultura de sustentabilidade,
a partir do desenvolvimento de habilidades, do fortalecimento de
hábitos e de comportamentos sustentáveis na escola, na família e na
comunidade.
O programa como acima identificado, o PES, opera com duas
frentes:
277
2 HISTÓRICO E CONCEITO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
278
considera a educação como um direito de todos, mas também como
um dever em que todas as pessoas são ao mesmo tempo aprendizes e
educadores.
A busca da valorização do meio ambiente no âmbito escolar
pode-se dar através do desenvolvimento de temas já bastante discutidos
em documentos tanto do campo educacional quanto nos que orientam
as políticas ambientais, um dos temas mais importantes é a
sustentabilidade.
Através de trabalhos realizados onde o foco é a sustentabilidade,
pode haver grandes mudanças no pensar e no agir do ser humano que
hoje é o grande responsável pela degradação do meio ambiente. Mas
para que ocorram essas mudanças é preciso que setores governamentais
procurem fazer, dar e gerar condições favoráveis, principalmente, na
área educativa, aonde essa área já vem sendo modificada positivamente
para dar possibilidades para a realização de trabalhos de forma que
venham trazer criações e inovações para educação ambiental e para
sustentabilidade.
É importante lembrar que a educação ambiental e os programas
de sustentabilidade propõem em sua maioria a recuperação do meio, a
conservação e até mesmo uma proposta de qualidade de vida muito
melhor. A sustentabilidade hoje é vista como novo critério básico e
que integra responsabilidades éticas e também aponta propostas
pedagógicas voltadas para a conscientização através de conhecimentos
adquiridos.
A educação tem um papel muito importante para a sociedade
e cada vez mais vem enfrentando desafios para poder suprir a
necessidade de novos conhecimentos para poder realizar causas sociais
que a cada dia se tornam mais complexas e os riscos ambientais se
tornam maiores. E a partir desses riscos é que os ambientalistas
procuram resgatar o desenvolvimento de valores e de comportamento
e ainda estimular a visão como um todo dando ênfase na
interdisciplinaridade na construção de saberes.
O estudo do meio ambiente possibilita uma análise
interdisciplinar das questões ambientais no processo pedagógico. Por
isso e muito mais é que a interdisciplinaridade veio para romper essas
dificuldades e contribuir para que cada área de conhecimento ao ser
utilizado para analisar um determinado contexto específico, possa
contribuir para que cada ponto de vista seja averiguado e colocado em
prática à sua maneira sempre visando mudanças e melhorias no meio
ambiente.
279
Nesse sentido, a escola é um ponto indispensável na formação
da vida social das pessoas. Ela é um espaço onde devem ser
desenvolvidas atividades para que o aluno possa entender os problemas
que o meio ambiente vem sofrendo e que o mesmo poderá contribuir
para modificar esse quadro.
3 ESCOLA SUSTENTÁVEL
280
O Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) - Escola
Sustentável, um programa criado pelo MEC para incentivar as
escolas a promoverem melhorias na qualidade do ensino e dar apoio
às escolas públicas adotando meios para a sustentabilidade
(BRASIL, 2013).
O repasse de recursos só acontece através do SECADI/MEC,
da internet via Plano de Desenvolvimento na Escola (PDE) e da cópia
da ata da reunião de planejamento da comunidade escolar. As escolas
devem estar com seus cadastros todos atualizados, processo que apensa
ocorre por meio do sistema PDDE via web. E os que não possuem
acesso à internet tem que apresentar um formulário de Cadastro da
Unidade Executora, ou seja, da relacionada escola.
O plano de ação é elaborado através das implementações de
recursos do PDDE Escolas Sustentáveis a partir da comunidade escolar.
As decisões devem estar lavradas em ata e com a assinatura das pessoas
presentes. E depois deve ser direcionada à Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) e as
ações impostas que constituem o Plano de Ação.
281
beneficiados pelo transporte escolar. O Centro de Ensino Thales Ribeiro
Gonçalves, funciona de modo que atendendo 130 alunos do Ensino
Médio da rede Pública Estadual de Ensino do Maranhão.
O povoado Barro Vermelho surgiu a cerca de 200 anos atrás,
fica a 49 km da cidade de Caxias (MA) e tem em torno de 70 famílias
morando no local. As pessoas que constituem a família Vieira e a
família Evangelista foram as primeiras a povoar a localidade, os
moradores tem como prática de trabalho, a agricultura de onde
retiram meios de sustentação quando em relação ao seu próprio
alimento, ainda que também fortalecendo seu poder aquisitivo a partir
da comercialização os produtos cultivados no sentido de contribuir
com o poder aquisitivo
A Unidade Escolar Municipal Professora Inez Evangelista
Guimarães tem como visão a educação a partir integração da escola,
comunidade e família, e por missão promover a educação com maior
qualidade através dessa integração. A Unidade Escolar como em estudo
oferece Ensino Fundamental de 1º a 9º ano, com matrícula atual de
219 alunos, no diurno e no noturno funciona o Anexo V do Centro de
Ensino Thales Ribeiro Gonçalves, uma escola de Ensino Médio. Escola
esta, o Centro de Ensino Thales Ribeiro Gonçalves, que tem capacidade
de atender 288 alunos.
282
Os professores que se dispuseram a participar da pesquisa
trabalham no turno matutino e vespertino. Desse total 30% do sexo
masculino e 70% do sexo feminino.
283
O professor através de suas ações pode se tornar espelho para
seus alunos, principalmente nos anos iniciais onde a criança está
começando a formar as suas ideias sobre valores. A educação ambiental,
a partir dos anos iniciais, veio para oferecer mais significado na vida
da criança e proporcionar que ela faça a diferença ao transformar o
meio em que vive.
284
essa educação pode transformar atitudes a favor da vida. Dai procurou-
se saber o que significa para o professor tornar-se mais consciente acerca
das questões ambientais, conforme expresso na Tabela 2 a seguir:
CONSIDERAÇÕES FINAIS
286
Atualmente, estão em vigor vários programas e projetos
propostos pelo MEC e que são voltados para a discussão da dimensão
ambiental nos currículos, na gestão e no espaço físico. Todavia, as
formações pertinentes a tais projetos também não chegam aos
professores o que termina por dificultar uma ação educativa em sua
essência e de forma trans e interdisciplinar onde a dimensão ambiental
orienta todo processo.
Espera-se que este estudo possa contribuir para ampliar essa
área de conhecimento e refletir sobre a prática social, na perspectiva
de propor transformações na escola que contemple as políticas
ambientais.
REFERÊNCIAS
288
ANÁLISE DAS DIFICULDADES QUE AS PESSOAS
TÊM COM RELAÇÃO A APRENDER A DANÇAR E
A DANÇA COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA
PARA A DESCOBERTA DA DIMENSÃO
AMBIENTAL NA ESCOLA
RESUMO
289
1. INTRODUÇÃO
290
os pais, mostrando que a dança é uma profissão como qualquer outra,
diferente de tendência sexual, eles começaram a ver a dança com outro
olhar e autorizaram o filho a dançar. Este é um dos inúmeros casos
que aparecem e que retratam os estigmas sobre a dança oriundos de
uma construção cultural acerca da divisão de profissões por gênero e
que dificultam muito a escolha dos homens com relação à dança.
Contudo, além da relutância quanto a dançar por conta das
“fofocas e mexericos”, como disse Sabongi (2008), reafirmada pelas
vivências relatadas acima por mim, pode - se perguntar ainda quais os
outros obstáculos colocados para que não se aprenda a dançar?
A dimensão ambiental deve ser trabalhada na escola haja vista
a possibilidade de se discutir os valores éticos e a beleza da natureza,
assim como a necessidade do cuidado com o meio ambiente. Moraes;
Torre (2004) afirma que
291
é para pessoas como você”; “dança é pra quem não tem o que fazer, é pra
gentinha de classe inferior”. Se o profissional for homem, atrai ainda os
seguintes comentários: “dança é pra viado (expressão para se referir a
homo afetividade)”. Se for mulher, sofre os preconceitos aqui
resumidos: “dançar não é para moça de família, pois, moça de família deve
tocar piano ou ser médica”.
Em face de tais pensamentos e outros de semelhante impacto
sócio emocional, professores e alunos foram, paulatinamente, ficando
com mais e mais receios de aprender a dançar.
Conforme visto acima com Sabongi (2008), dentre os obstáculos
tem-se:
292
formação de nossa autoestima no futuro. A autoestima
deverá ser estimulada e construída desde criança. Sem
auto estima ficamos vulneráveis e acabamos crescendo
com diversos sintomas que, ao menor deslize, irão se fazer
presentes (...)
294
O acreditar em si mesmo é o princípio maior para adquirir o
equilíbrio emocional sem perder o bom senso e o rumo certo das ações.
Contudo, o uso desses livros e palavra de estímulos e incentivos poderão
nos ajudar a reconquistar a autoconfiança perdida; por isso, vale
ressaltar que o ser humano é potencialmente capaz de tomar decisões,
tem umas individualidades completamente diferentes e distintas uns
dos outros; fazendo sempre algo que se gosta e que pode proporcionar
alegria e prazer.
Sabe-se, então, que no decorrer de toda existência humana, cada
individuo irá se relacionar com os mais variados tipos de grupos ou
apenas com o seu, e terá que aprender a não tem medo de ser
abandonado por nenhum deles, para tanto é preciso que se tenha bom
senso para lidar com as desaprovações.
Assim, sem nenhum medo, cada individuo é capaz de tomar
suas próprias decisões a respeito do que deseja fazer, alterar ou mesmo
transformar, diante de suas afinidades e de seu estilo de vida pretendido.
Para isso, é essencial acreditar sempre em si mesmo. É preciso, não
duvidar das aptidões e vocações naturais, para atingir autoconfiança,
o que é indispensável para reivindicar, valorizar e exercer o que já
existe em cada pessoa, por direito divino ou humano.
Todas estas reflexões, oriundas da experiência empírica e de
uma releitura do pensamento de Sabongi (2008), consolidaram-se ao
longo de 27 anos de docência em dança, no Brasil e no Exterior.
Somados, apresenta-se a seguir, os porquês acerca das dificuldades em
aprender a dançar e uma visão contemporânea sobre os benefícios da
dança, para a mente e o corpo.
297
Para que se possa no futuro ter pessoas sem as dificuldades
supracitadas como preconceitos de várias ordens, baixa estima, timidez,
a interferência destes preconceitos externos e internos (no âmbito
familiar), exceto questões de componente genético como é o caso da
hiperatividade ou dislexia, é importante estimular cada vez mais cedo
as criança no universo da dança, para que tenham prazer em
desenvolver suas habilidades seja na dança, seja na música, tocando
um instrumento ou através do canto, seja ainda no campo das artes
plásticas como a pintura.
A dança, embora por muito discriminada ou mal interpretada,
conforme fora visto anteriormente quanto as dificuldades tais como as
fofocas e mexericos, possibilita o enriquecimento e aprofundamento
de valores essenciais as relações sociais.
Outra dimensão da dança é que ela se constitui num movimento
que é “natural” ao ser humano, apesar de já ter sido abordado que a
dança também passa por um aprendizado em itens anteriores, pois
segundo Bock (1999) a dança é uma “característica essencial no período
por ele denominado sensório-motor. É através os movimentos que a
criança toma conhecimento do ambiente que a cerca.”
Para que no futuro as pessoas não tenham dificuldade em
relação a aprender a dançar podemos mencionar aqui alguns autores
importantes acerca do movimento corporal da dança e de seus
benefícios. Assim, para dançar deve-se partir de um ponto importante
e com muita naturalidade que conforme Le Boulch (1982)
299
Portinari (1989) no final da década de 80 já falava sobre a
relevância do ensino da dança na escola, o que se tornou realidade no
século XXI, embora algumas escolas ainda não a tenham incluído na
grade curricular. Mas, aumenta a consciência da relevância do ensino
da dança, bem como da música nas escolas.
Assim sendo, percebe-se que a relevância deste artigo está
no fato de que muitas pessoas tem dificuldades em lidar com o seu
corpo, com sua corporalidade, e, neste sentido, tendo transtorno de
comportamento ou não, a dança vai fazendo com que tanto a criança,
quanto o jovem, adulto ou idoso vá criando consciência do seu corpo,
do que podem ou não fazer. E, ter a dança como disciplina curricular,
fará com que se tenham pessoas mais resolutas, mais determinadas e
autoconscientes de si, bem como com auto- estima bem elevada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
300
cultural, sobre tudo em sociedade; por isso, conforme fora visto
anteriormente, pode-se afirmar que a dança é vida em: movimento,
comunicação, arte, cultura e ciência.
A dança está inserida no Ensino da Arte na escola, estando,
portanto inserida na dimensão ambiental. E, como fora visto
anteriormente, para que cada vez mais se possa aprender sem medo é
necessario partir de movimentos naturais como correr, andar, rolar,
entre outros, iniciando com exercícios simples para os complexos, dos
espontâneos aos construídos com menos intercidade até chegar ao nível
mais vigoroso, sempre buscando seu aumento gradativo e continuo
para uma melhor qualidade, para isto é necessário que o profissional
esteja sempre qualificado.
Assim, apesar das dificuldades que afastam as pessoas da dança
ou do aprender a dançar, a dança é vista e entendida como a arte de
expressão em forma de movimento por ter sensibilidade, criatividade
e expressividade, além de ajudar as pessoas a superarem suas
dificuldades, através da ampliação de suas capacidades de interação
social e afetiva, bem como ajudam a desenvolver as capacidades
motoras e cognitivas de cada indivíduo, em especial nas crianças,
possibilitando a humanização e integração do ser humano com um
todo. Fazendo do corpo um instrumento poderoso de comunicação.
E, aqui, como dito anteriormente, não se encerra o estudo deste tema,
que poderá ser ampliado através de uma pesquisa de campo a posteriori.
A presente pesquisa, que culminou neste artigo, possibilitou
importante reflexão acerca da atuação do docente no universo da dança,
por trazer subsídios a uma conduta construtiva como profissional e
professor em todas as áreas afins. Tal conduta deve ajudar alunos com
dificuldades em dança, a superarem tais limites.
A pesquisa também contribuirá como referência para outros
professores de dança, que poderão utilizar este documento como fonte
de aperfeiçoamento, no sentido de aprimorar suas práticas profissionais,
em face de alunos com quaisquer tipos de dificuldade no aprendizado
correlato, certos de que as deficiências limitam, mas não incapacitam.
REFERÊNCIAS
302
PROCESSO DAS CONFERÊNCIAS INFANTO
JUVENIL PELO MEIO AMBIENTE “VAMOS
CUIDAR DO BRASIL COM AS ESCOLAS”
RESUMO
303
1. INTRODUÇÃO
304
escolas PDDE Escolas Sustentáveis, Curso de Extensão Escola
Sustentável e Com- vidas.
A Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente
(CNIJMA) é um projeto de educação ambiental, coordenado pelo
Ministério da Educação (MEC), através da Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) em âmbito
nacional e pela Secretaria Estadual de Educação e Cultura do Piauí –
SEDUC em parceria com o Coletivo Jovem1.
Considerando, pois a adesão das escolas à Política de Educação
Ambiental e tendo em vista o fortalecimento e o enraizamento das
práticas educativas implementadas no contexto escolar e na dimensão
da sociedade como um todo é que se faz imprescindível dar
continuidade às ações do referido programa.
Este artigo apresenta uma retrospectiva das CNIJMA realizada
no Piauí no período de 2003 a 2014. Para a concretização desta
proposta, foi desenvolvida uma ação educativa integrada em que foi o
estímulo à participação da comunidade escolar, mediante a vinculação
das atividades educativas ao desenvolvimento de uma consciência
crítica de sua realidade, preparando-a para a superação das dificuldades,
tendo os problemas ambientais como eixo temático.
1
Outras entidades participaram do processo como: Secretaria do Meio Ambiente (SEMAR),
Universidade Estadual do Piauí (UESPI); Universidade Federal do Piauí (UFPI); Instituto de
Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (EMATER-PI); Secretaria Municipal da
Juventude (SEMJUV); Coordenadoria dos Direitos Humanos e da Juventude do Estado do
Piauí (DCEDHJ); IBAMA; Secretaria Municipal de Educação de Teresina (SEMEC); União
Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME); União Brasileira de Escritores
(UBE); Movimento dos Sem Terra (MST); Coletivo Jovem; Centro Colegial dos Estudantes
Piauiense (CCEP); Legião de Vanguarda das Juventudes (LVJ); CEQ; Federação dos
Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí (FETAG); Fundação para a Preservação do
Rio Parnaíba (FURPA); União dos Escoteiros do Brasil – Região Piauí (UEB); Instituto Federal
de Educação Tecnológica do Piauí (IFPI); Comitê Estadual de Educação em Direitos Humanos
(CEEDHPI); Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH).
305
climáticas, diminuição da biodiversidade, erosão do solo, secas,
inundações, desertificações, dentre outros, que, a seu termo, ameaçam
a sobrevivência de várias espécies, inclusive a humana.
No Estado do Piauí a SEDUC/PI em parceria com outras
instituições e ONGs realizou a I Conferência Nacional Infanto-Juvenil
pelo Meio Ambiente na escola, atingindo 346 (trezentos e quarenta e
seis) escolas das redes estadual, municipal e particular, envolvendo
alunos, professores e comunidades totalizando 92.226 (noventa e dois
mil, duzentos e vinte e seis) participantes. Na ocasião, discutiu-se Como
“Vamos Cuidar do Brasil” com as temáticas: Água, Seres vivos,
Alimentos, Escola e Comunidade.
Em 2004 o MEC/MMA, realizou a Formação I de Professores,
em Brasília com participação de 06(seis) representantes do estado do
Piauí. O projeto teve continuidade no estado com o Seminário de
Formadores II tendo como público alvo coordenadores de ensino
aprendizagem, gestores, professores e alunos das escolas das Gerencias
Regionais, (participantes da I Conferência em 2003). Finalizando as
deliberações da I conferência realizou-se a Formação III envolvendo
604 (seiscentos e quatro) professores e 604 (seiscentos e quatro) alunos
das redes estadual, municipal e particular de ensino.
306
duzentos e oito) professores e 602 (seiscentos e dois) alunos de Ensino
Fundamental, além da Publicação de 606 (seiscentos e seis) cartilhas
de Educação Ambiental para subsidiar professores do ensino
fundamental nas escolas.
Como conquistas houve a inserção no organograma da
Secretaria Estadual de Educação e Cultura- SEDUC a Supervisão de
Educação Ambiental. A instituição dessa supervisão possibilitou a
realização de um trabalho de educação ambiental na SEDUC que por
sua vez, tem procurado ao longo desses anos, estimular na comunidade
escolar que o homem é parte integrante da natureza e que, para
satisfazer suas necessidades básicas efetua ações que transformam ou
alteram o meio ambiente.
O principal elemento discutido era apossibilidade de
transformação da realidade e a não repetição de práticas predatórias,
mas que a qualidade de vida caminha ladoa lado com o repeito ao
meio ambiente. A relação do homem com a natureza apresentou
aspectos diversos ao longo da história da humanidade. Em diferentes
momentos históricos essa relação foi menos predatória, em que o
homem conseguia satisfazer suas necessidades sem provocar
impactos irreversíveis na recuperação dos ecossistemas naturais
utilizados.
307
capital e 17 (dezessete) nas Gerencias Regionais de Educação,
qualificando 860 (oitocentos e sessenta) multiplicadores.
Com o desdobramento da III Conferência, foram realizados,
em 2010 Fóruns, Seminários e Encontros para avaliação de propostas
debatidos e elaborados em 21 escolas de 17 (dezessete) municípios,
que participaram da III Conferência Nacional em Brasília com o
objetivo de formar COM-VIDAS e elaborar a Agenda 21 Escolar, ao
tempo em que houve o acompanhamento das ações propostas pelas
escolas. Conseguiu-se mobilizar cerca de 9.140(nove mil cento e
quarenta) participantes.
308
melhorado significativamente o aspecto físico, a gestão e currículo da
escola e elevando a autoestima de alunos, funcionários e comunidades,
contribuindo assim, para melhoria da qualidade de vida e do ensino.
Em 2014 foi lançado pelo MEC/FNDE a resolução nº 18, de
03 de Setembro de 2014, PDDE Escolas Sustentáveis que beneficiou
com recursos cerca de 683 escolas, sendo 169 da rede estadual e 514
municipal que participaram da IV Conferência Infanto-Juvenil pelo
Meio Ambiente que não foram contempladas no financiamento de
2013.Para 2015 o MEC/FNDE lançará uma nova resolução do PDDE
Escola Sustentável. Realizou-se no estado Formação sobre Escolas
Sustentáveis e Com-Vidas para os professores e gestores das escolas
que aderiram ao Programa Mais Educação.
309
entidades parcerias COE; atraso na impressão de materiais de
divulgação; entraves políticos em alguns municípios; burocracia na
liberação dos recursos financeiros; e, Infraestrutura precária.
No entanto, pode-se afirmar que as mobilizações de alunos e
professores nas escolas e comunidades em prol de discussões e debates
sobre as temáticas ambientais permitiu a integração escola/
comunidade. A metodologia adotada o que facilitou a compreensão
dos participantes onde os temas propostos relacionavam às questões
locais as questões globais.
A Coordenação geral ficou sob a responsabilidade da SEDUC
o que facilitou a mobilização das CNIJMA, no Estado. a criação e
fortalecimento de cerca de 400 Com-Vidas nas escolas municipais e
estadual; a publicação 1.200 cartilhas: Construindo a Educação
Ambiental nas Escolas Publicas do Estado do Piauí; a instituição do
Programa Escola Sustentável na rede municipal de educação em
Teresina Piauí; envolvimento de 363 escolas da rede estadual e
municipal financiadas pelo PDDE Escolas Sustentáveis; realização de
Formação Continuada de 1.208 professores e 602 alunos em Educação
Ambiental; e, Formação Continuada em Escola Sustentáveis e Com-
Vidas para cerca de 380 (trezentos e oitenta) professores/gestores das
escolas do Programa Mais Educação.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
310
e privadas, através das Comissões de Meio Ambiente e Qualidade de
Vida COM-VIDAS.
As Conferências Nacionais Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente
– CNIJMA demonstrou ser um instrumento voltado para o
fortalecimento da cidadania ambiental nas escolas e comunidades a
partir de uma educação crítica, participativa, democrática e
transformadora. Ela se caracteriza como um processo dinâmico de
encontros e diálogos, para debater temas propostos, deliberar
coletivamente e escolher os representantes que levarão as ideias
consensuadas para as etapas sucessivas. Seu objetivo de fortalecer a
educação ambiental no sistema de ensino propiciando atitudes
responsáveis e comprometidas da comunidade escolar com as questões
socioambientais locais e globais demonstrou também ser eficiente em
relação à participação social e nos processos de melhoria das relações
de ensino aprendizagem, em uma visão de educação integral.
Os objetivos que foram considerados como positivos
apresentados na experiência e vivenciados neste projeto traduziram o
empenho de todas as pessoas que participaram em: 1) articular de
esforços conjuntos orientados a alcançar resultados educacionais
mutuamente benéficos; 2) facilitar as condições que viabilizem os
propósitos estabelecidos de maneira comum; 3) concretizar ações que
permitiam os fins educacionais propostos; 4) promover o intercâmbio
de experiências entre áreas, os participantes, os propositores, as
comunidades beneficiadas; e, 5) estabelecer meios para melhorar a
qualidade da atividade educativa que tem o meio ambiente como tema
gerador.
REFERÊNCIAS
311
D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Globalização e multiculturalismo. Blumenau: Ed.
FURB, 1996, 169p.
DIAS, Genebaldo. Educação ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia,
1992, 400p. Fonte: IDHEA - Instituto para o Desenvolvimento da Habitação
Sustentávelhttp://www.semads.rj.gov.br/dic/curiosidade.htm
MCCORMICK, John. Rumo ao Paraíso: A História do Movimento
Ambientalista. Rio de Janeiro:Relume Dumará, 1992.
PADUA, José Augusto (Org.). Ecologia e Política no Brasil. Rio de Janeiro:
Ed. Espaço e Tempo, 2ª Edição, 1992.
VIOLA, Eduardo. A expansão do Ambientalismo Multissetorial e a
Globalização da Ordem Mundial, 1985-1992. XVI Encontro Anual da
ANPOCS, Caxambu, MG, 1992.
Sites consultados
Ambiente Brasil: www.ambientebrasil.com.br
CEMPRE (Compromisso Empresarial para Reciclagem): www.cempre.org.br
Como Defender a Ecologia. http://br.geocities.com/escolhavegan/
dicas_ecologicas.htm
Ibama: www.ibama.gov.br
Ministério do Meio Ambiente: www.mma.gov.br
312