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Mensuração do pH no líquido pleural: valores menores que 7,20, sobretudo em conjunto com valores baixos de
glicose e elevados de DHL, indicam evolução complicada da infecção e provável necessidade de drenagem do
derrame.
A contagem total de células no líquido pleural não traz grandes respostas em relação à sua etiologia. Embora na
maioria das vezes os transudatos apresentem celularidade inferior a 1000/mm3 e os exsudatos níveis superioresl.
Número de células superior a 10.000/mm3 é mais freqüentemente encontrado no empiema, bem como o predomínio
de neutrófilos.
EMPIEMA
Exudato (céls inflamatórias)
Ocorre onde já havia cavidade (ex pleural)
o Passagem direta de bactérias através da pleura visceral, decorrente da ruptura de abscessos pulmonares periféricos para
a cavidade pleural.
o Menos frequente, o empiema pode resultar da contaminação do espaço pleural, por infecções de outros órgãos contíguos
à pleura: ruptura de esôfago, parede torácica, linfonodos mediastinais.
o Pneumococo e estafilococo são os principais patógenos.
o Bactérias aeróbicas gram-negativas (E. coli, Klebsiella e Pseudomonas ) e os germes anaeróbios – importantes.
o Micobactérias e fungos são raros.
Coeficientes de atenuação de – 100 HU são característicos de transudato enquanto densidades maiores, como –20 HU,
indicam a presença de um exudato e auxiliam no diagnóstico das infecções pleurais.
pH < 7,00 ; glicose < 60 mg/dl ; DHL > 1000 UI/L são as características bioquímicas que caracterizam os derrames
parapneumônicos complicados.
Fases do Empiema:
o FASE - I – EXUDATIVA - AGUDA
Baixa celularidade, Líquido fluido e aquoso.
Laboratório ( pH, glicose, DHL, proteínas)
o FASE - II - FIBRINO PURULENTA – TRANSIÇÃO
Pús franco, Alta celularidade (Polimorformonucleares),
Líquido espesso, (Fibrina), Loculações, Expansão
pulmonar diminuida.
o FASE - III - ORGANIZAÇÃO - CRÔNICA
Fibroblastos ( Fibrose), Casca membranosa, Diminuição
acentuada da expansão pulmonar.
Tratamento:
Antibiótico em todas as fases!
Fase I: + drenagem (agulha, Dreno Tubular Pleural....)
Fase II: Decorticação Pulmonar Precoce por video
(VATS) ou aberta
Fase III: Pleurotomia Aberta / Toracoplastia
ABCESSO
Processo supurativo e necrótico de região circunscrita de parênquima pulmonar. “Buraco”
Ocorre onde não havia cavidade (ex parênquima pulmonar)
Aspiração pulmonar:
Segmento posterior do LSD
Segmento superior do LID e LIE (segmento 6)
Quadro Clínico
o Variável, evolução pode ser lenta em casos crônicos causados por agentes anaeróbicos.
o Tentar caracterizar antecedente de perda de consciência, disfagia, dentes em mau estado de conservação.
o Rx importante para o diagnóstico.
Sintomas inespecíficos:
Febre, Prostração, Emagrecimento, Tosse seca e depois produtiva, Dor torácica, Dispneia.
Diagnóstico
Através do quadro clínico:
Agudo – germe aeróbico
Crônico – germe anaeróbico
Raio X de Tórax – nível hidroaéreo (delimita linha reta até onde o pus vai, acima fica
o ar).
Solicitar Gram + cultura do escarro + fungo + BAAR e após fazer tratamento empírico
até resultados.