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Caraguatatuba / SP
Novembro / 2016
Eliazar Alves
Tema: Arquitetura Sócio Econômica Cultural para São Sebastião: Cooperativa de Pesca
e Turismo de Pesca Esportiva.
Data:
Examinador
Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado forças para enfrentar as barreiras até
aqui, só ele sabe o quanto tem me ajudado a superar as dificuldades.
A minha esposa Vanessa, pelo amor, carinho e paciência por estar ao meu lado, entender
dos meus esforços e cooperando mutuamente.
Ao meu filho Lorenzo, por me dar motivação diariamente, com seus sorrisos sinceros.
Ao apoio da minha família, que esteve presente todos esses anos, sempre incentivando
a atingir os objetivos e metas pessoais.
Aos meus colegas de classe e de Faculdade, em especial ao Elair Rocha e Flavio
Bittencour, grandes parceiros na minha jornada acadêmica durante este curso, foi um privilégio
poder compartilhar ideais juntos.
Aos meus queridos professores, que me inspiraram muito nessa nova etapa que segue
em minha vida.
Ao meu amado mestre Prof. Ms. Arq. Daniel Ruiz Ferreira da Silva, que acompanhou meu
desenvolvimento acadêmico desde o início, e me deu o privilégio de poder fazer meu TFG com
sua orientação, excelente profissionalismo e amante de Arquitetura, sempre incentivando a ir
além, novos rumos e ideais, muito obrigado de coração.
E a todos que contribuíram para minha formação, até mesmo não sabendo, deixo meu
muito obrigado.
Este trabalho tem em seu conteúdo, o estudo elaborado para a construção de um projeto
de uma Arquitetura Sócio Econômico Cultural: Cooperativa de Pesca e Turismo da Pesca
Esportiva.
Abrange relevâncias possíveis, selecionado pelo autor, que se encaixe em seu parâmetro
de pesquisa para a melhor forma de aproveitamento de uma respectiva cooperativa de Pesca e
Turismo de Pesca Esportiva.
Avaliando e definindo as melhores soluções na questão de impacto Social, Econômico e
Cultural para a Cidade de São Sebastião-SP.
Estudo de uma Cooperativa, para melhorar as atividades da Pesca Artesanal e da Pesca
Esportiva, que vêm sendo desenvolvida na cidade de São Sebastião.
Um estudo equivalente da cultura do pescador artesanal e dos turistas que frequentam
os arredores da cidade de São Sebastião, bem como o fortalecimento e o desenvolvimento do
setor econômico de uma cooperativa funcional e atrativa arquitetonicamente.
1.2.1 Objetivo Geral ..................................................................................................................9 3.6.0 Tipos de pescados encontrados na região do Litoral Norte de São Paulo..23
3.6.1 Sobre a produção de ração ............................................................................................ 25
1.2.2 Objetivos Específicos .....................................................................................................9
3.6.2 Sobre a Fabricação de Gelo ........................................................................................... 25
1.3. Justificativa ...........................................................................................................10
3.7 Sobre o Turismo ....................................................................................................... 26
2. Apresentação do Estado de São Paulo ......................................................................11
3.7.1 Sobre o Turismo de pesca esportiva no Brasil ................................................... 26
2.1 Apresentação da Cidade de São Sebastião ..........................................................12
4. Referências Teôricas.................................................................................................. 27
2.1.1 Histórico da Cidade de São Sebastião ............................................................................12
4. 1 Mercado de peixes de Bergen - Noruega............................................................. 27
2.1.2 Parecer Histórico da Pesca da cidade de São Sebastião ................................................13
4.2 Referência Teórica da Biblioteca da Faculdade de Filologia da Universidade Livre
2.1.3 Parecer Histórico do Turismo da cidade de São Sebastião ............................................13 de Berlin (Alemanha) ............................................................................................................. 29
3. Embasamento .............................................................................................................14 4.3 Referência teôrica por meio de Visitas técnicas .................................................... 31
3.1 Cooperativa e Cooperativismo - Definição do Conceito ........................................14 4.3.1 Visita Técnica no Mercado de Peixes de Santos ............................................................ 31
3.2 Histórico.................................................................................................................15 4.3.2 Referência Teôrica feito por visita técnica no Entreposto de Pesca Artesanal
3.2.4 Legislação específicas para Cooperativas ......................................................................18 4.4.1 Píer do Bairro de São Francisco ..................................................................................... 39
3.3 Importância dos Pescado para Saúde (Alimentação) ............................................18 4.4.2 Píer da Figueira .............................................................................................................. 40
3.4 Sobre o Pescador Artesanal .....................................................................................19 4.4.3 Píer Sebastião Izidoro dos Santos .................................................................................. 41
4.4.6 Píer do Pindá Yate clube .................................................................................................45 14. Setorização do terreno ............................................................................................. 73
4.4.8 Píer Yate Clube Ilhabela..................................................................................................47 16. Memorial descritivo / Justificativo ............................................................................. 75
9. Partido Arquitetônico...................................................................................................68
Atualmente existe uma cooperativa de pesca em São Sebastião, porém muito pouco Outro fator a se considerar para este projeto, é a junção que o Ministérios da Pesca e
incentivada. A mesma tem atuado no mercado local como micro empresa, fica localizada na Rua Aquicultura e o Ministério do Turismo tem se apoiados com parcerias, para o desenvolvimento
Martins do Val, 346 - São Francisco – São Sebastião-SP. da pesca esportiva no Brasil. Segundo os Ministérios, um Plano de Ação é essencial para dar o
O estudo deste trabalho mostrará a criação de um projeto arquitetônico para uma norte do crescimento das atividades de turismo da pesca nacional. Regularmente esses planos,
Cooperativa de Pesca e Turismo da pesca esportiva que possa gerar mais renda e emprego salientam o fortalecimento da classe, estratégias para o crescimento de destinos e roteiros
para os habitantes locais, além de poder permear a cultura local caiçara, da pesca artesanal. importantes para a pesca esportiva, haver o conhecimento do perfil turístico da mesma (nacional
e internacionalmente), criação de eventos que estimulem a pesca esportiva na cadeia nacional.
A proposta deste trabalho é intervenção por meio de um projeto que dê o incentivo (MPA, MT, 2012)
necessário para o crescimento da classe. Projetar uma Cooperativa de Pesca e Turismo da
Pesca Esportiva que cumpra todos os requisitos necessários para um bom funcionamento Conclusivamente o projeto desta Cooperativa, busca a interação de ambos setores
econômico, e que tenha toda a responsabilidade social para com a comunidade além de econômicos, da Pesca Artesanal de São Sebastião e os trabalhadores do setor de Pesca
continuar fazendo seu papel cultural em meio a sociedade caiçara. Esportiva do município. Sendo o objetivo fundamental, propor melhor qualidade e dignidade de
vida para os trabalhadores deste setor tão importante.
O município de São Sebastião foi escolhido para este projeto, por estar intimamente
ligada a cultura da pesca artesanal e também por ser a cidade que mais têm pescadores
artesanais cadastrados junto ao ministério da pesca, no litoral norte de São Paulo.
Por outro lado, o turismo também tem se tornado uma fonte econômica forte ao redor do
mundo, apontado como atividade econômica que mais cresce em todo mundo. (OMT,2015)
Figura 2: Embarcação de pesca esportiva turística. Incentivar a Aquicultura, para que os mesmos possam gerar renda, em épocas de
1.1 Tema do Trabalho Usar referências de locais que comercializam pescados, para uma melhor elaboração de
suas necessidades.
Arquitetura Sócio Econômica Cultural para São Sebastião: Cooperativa de pesca e de Incentivar o beneficiamento do pescado na Cooperativa, para maior valor comercial do
Adquirir informações sobre o perfil do Turista da Pesca Esportiva, para melhor recebê-los
Criar um projeto Arquitetônico de uma Cooperativa de Pesca e Turismo de Pesca na Cooperativa de Pesca e Turismo de Pesca Esportiva.
O Bairro de São Francisco no município de São Sebastião - SP, tem sua identidade atividades turísticas em épocas de proteção das espécies e incentivá-los à pratica da aquicultura
registrada de um local típico caiçara, e a maioria de seus moradores são Pescadores Artesanais, marítima.
os quais preservam suas casas como antigamente. (PMSS, 2015) Outra importante questão que este trabalho pretende resolver é a do píer da figueira, que
está localizado no Bairro de São Francisco, este píer é um sinônimo da pesca esportiva de lazer
do Litoral Norte do estado de São Paulo. Contando com mais de 60 embarcações com a
finalidade turística de Pesca Esportiva que circulam nas imediações da área norte de Ilhabela
(praia do poço, praia da fome), Ilha Vitória, Ilha Somítica e Ilha de Búzios. Além das atividades
de pesca esportivas já mencionada, é possível fazer passeios monitorados com escunas e
pequenas embarcações familiar nas praias de Ilhabela, também saindo do píer da figueira.
O atrativo turístico da Pesca Esportiva em alguns fins de semana chega a girar em torno
de 2.500 pessoas no local, gerando empregos para mais de 200 moradores de São Sebastião
e Caraguatatuba conforme constatado em visita técnica. O píer da Figueira que é o utilizado
para o embarque e desembarque de turistas de Pesca Esportiva, foi feito artesanalmente, com
Figura 3: Embarcações de Pesca Artesanal e Turismo de pesca, no Bairro de São Francisco. condições muito precárias para a atividade exercida no local.
Fonte: PMSS, 2015.
A cooperpescas que é a atual Cooperativa de pesca, poderia estar com uma arquitetura
que beneficiasse a venda em maior escala e de forma mais apropriada, porém, devido a falta
Este projeto, há de melhorar a estrutura local que serve de apoio aos Pescadores
de incentivo público/privado local, isso não tem acontecido. Além do que, ultimamente, a
Artesanais, que habitam o bairro de São Francisco com potencial de criar novos empregos e
cooperpesca somente recolhe e vende no varejo e no atacado na própria cidade e nas Centrais
fortalecer a cultura caiçara.
Estaduais de Abastecimentos (CEASA). Em épocas de pesca em grande quantidade, o preço
São Sebastião já foi um município ícone da pesca, principalmente quando contava a cai e o produto é vendido com o preço muito baixo devido ao pouco espaço para armazenamento
indústria Confrio (indústria de pescados), que pescou incessantemente até diminuir os recursos e o não beneficiamento do pescado. Este produto poderia ser processado aqui mesmo na
naturais de pescado, que levou a empresa a falência em meados de 80. (PLANO DIRETOR DE cooperativa, e vendido com preços mais competitivos para os comerciantes locais do Litoral
SÃO SEBASTIÃO, 1970) Norte de São Paulo.
Brasil Após essa incessante busca por territórios, São Paulo passou por uma extrema pobreza
na época colonial, por estar desfalcada de homens válidos. Durante os três primeiros séculos
de colonização, a quantidade de índios e mamelucos superavam em muito a quantidade de
Europeus. Porém, após a independência do Brasil em 1822, os africanos já representavam em
torno de 25% e mais de 40% os mulatos, no que resultou numa virada na economia com a
melhora das plantações por meio dos escravos africanos e mulatos, implantando até mesmo a
São Sebastião forte economia do próximo século com as plantações de café, que se tornou o primeiro plano da
Figura 4: Estado de São Paulo em vermelho e Cidade de São Sebastião indicado. economia nacional.
O município de São Sebastião está situado no litoral norte do estado de São Paulo, é A história do município se inicia com seu surgimento; foi o primeiro povoado a ser
estabelecido no litoral norte de São Paulo, sendo elevada à vila em 1636. A cidade recebeu este
identificado pelos dados geográficos de sua localização à 23º48' de latitude Sul; 45º24’de
longitude Oeste; têm a área de 410 Km2 (planimetrado das cartas 1:50.000 IBGE) - incluindo nome por ser uma homenagem ao santo do dia em que passou a expedição de Américo
Vespúcio em 1502. Antes da colonização da cidade por portugueses, já existia o povoamento
ilhas oceânicas; as cotas mínimas de 0.00m (nível do mar) e máxima de 1.291m (proximidade
da divisa com Salesópolis); no clima se destaca o tropical quente e úmido, com temperatura da região que era ocupada por índios Tupinambás ao norte e Tupiniquins ao sul, tendo a serra
de Boiçucanga com uma divisa natural das terras dos índios. Os índios viviam da agricultura de
média anual de 23ºC. Nos seus limites o Município de Caraguatatuba: aproximadamente 57 Km;
o Município de Bertioga: aproximadamente 10,27 Km; o Município de Salesópolis: subsistência; praticavam caça, faziam plantios para seu consumo e foram os primeiros
pescadores artesanais da região, que se aventuravam em suas canoas nos rios e no mar.
aproximadamente 9,84 Km. (PLANO DIRETOR SÃO SEBASTIÃO, 2007)
Houve de 1670 a 1720 uma urbanização maciça, continua por intermédio da criação e instalação
São Sebastião tem sua população estimada de 83.020 habitantes, a média de 185,00 de novos engenhos, olarias, armações e intensa atividade portuária devido as ótimas qualidades
(hab/km²) e em seu bioma prevalece a Mata Atlântica. (IBGE,2015) que o canal de São Sebastião oferecia para ancoragem e navegabilidade. Após 1798, a cidade
teve em seu desenvolvimento, os escravos africanos que tiveram um papel muito relevante na
construção da cidade. Os escravos participavam das construções feitas na cidade que na época
ainda era chamada de vila de São Sebastião, além de que eles também eram responsáveis
pelos trabalhos braçais nas plantações que a cidade desenvolvia, concentrando-se
principalmente na cana-de-açúcar, fumo, banana e mandioca.
A partir de 1960 São Sebastião aparece como opção de sede do terminal petrolífero da
Petrobras, devido as grandes profundidades e seu desassoreamento continuo feito pelas
Figura 5: Situação da Cidade de São Sebastião na Cor Laranja feita pelo IBGE. correntes marítimas no canal entre São Sebastião e Ilhabela, beneficiando a ancoragem e
Fonte: IBGE, adaptado pelo autor, 2016. navegabilidade de grandes navios petroleiros, o que se transformou como principal fonte de
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I - 2016 – COOPERATIVA DE PESCA E TURISMO DE PESCA ESPORTIVA
ORIENTADOR: PROFº MS. DANIEL RUIZ FERREIRA DA SILVA - ALUNO: ELIAZAR ALVES 12
renda para a cidade após o término de sua construção. (PREFEITURA DE SÃO SEBASTIÃO, problemático enquanto fatores de desenvolvimento: no que respeita às
demandas/determinações regionais perderam quase que por inteiro seu significado; do
2016)
ponto de vista das demandas sociais – basicamente por emprego e renda - sua falta de
O município de São Sebastião é composto de 3 distritos de acordo com a Lei Estadual n° elasticidade é patente; e, na interação com os demais fatores, mostram-se, hoje, como
8.092, de 28-02-1964, são eles São Sebastião, Maresias e São Francisco da Praia. significativas referências culturais. (PLANO DIRETOR DE SÃO SEBASTIÃO, 2007)
2.1.2 Parecer Histórico da Pesca da cidade de São Sebastião No decorrer dos anos 50, as economias tradicionais como a pesca artesanal, mostravam-
se insuficientes de estruturação e consolidação sendo colocadas de lado no quadro do
desenvolvimento de todo o Litoral Norte de São Paulo. (CARDOSO,2009)
No desenvolvimento econômico, social e cultural da cidade de São Sebastião a pesca
tem seu papel fundamental no processo histórico populacional. É representada como economia
tradicional tendo em seu contexto a agricultura, pesca e agroindústria rudimentar de feição 2.1.3 Parecer Histórico do Turismo da cidade de São Sebastião
artesanal. São Sebastião nos meados de 1970 a 1980, contou em sua economia com uma
empresa de pesca industrial que foi a Confrio LTDA, com foco nos grandes arrastos
O turismo começou a se tornar um alvo de grande potencial para São Sebastião, após o
camaroeiros; porém a pesca nos arredores de São Sebastião perdurou por muitos anos até
término da pavimentação das rodovias de acesso em meados de 1960 principalmente com o
começar a influenciar na baixa produção de pescados locais, que resultou no fechamento da
inicio da procura das casas de veraneio que tinham fins recreativos, com o objetivo de utilizar
empresa em 1981. (PMSS, 2015)
as áreas naturais que a cidade proporciona (mar, praias, montanhas e serras) paisagem que
configura o sistema da chamada “segunda residência”, impulsionada prioritariamente pela
A pesca, apresentando dificuldades análogas na capacidade de retenção de mão- indústria imobiliária e da construção civil.
de-obra proveniente da cultura tradicional ligada ao setor, desprovida de apoio
A intensa atividades turística consolidou para São Sebastião o título de estância
significativo em termos de tecnologia náutica e de captura, sem contar com infraestrutura
de comercialização modernizada, teve, ainda, de enfrentar a concorrência das frotas
balneária, o que agregou investimentos no setor a fim de melhorar as condições da cidade, para
empresariais organizadas de países desenvolvidos. Estas, praticamente eliminaram o esta nova realidade. O veranismo representou uma ótima combinação para enfrentar as
acesso da pesca local a áreas de captura rendosa, na medida em que, pela escala de principais dificuldades de crescimento. Deu margem a comercialização de áreas sem uso, de
sua atividade, levaram as parcelas mais significativas dos cardumes à procura de áreas
baixa ou nula produtividade, gerou empregos no setor principalmente na construção civil e
de águas profundas, inacessíveis às embarcações das colônias, de São Sebastião. Estas,
prestação de serviços, aumentou a variedade de ofertas gastronômicas e agregou a demanda
assim, confinaram-se a práticas artesanais de capacidade reduzida de produção, que dão
ao setor a conotação de apenas remanescente em relação ao destaque que apresentou por emprego pouco qualificados. Porém em contratempo ao mesmo, houve uma grande
no passado. Em face das limitações apresentadas pelos que seriam seus provedores demanda de infraestrutura para cidade, e uma parte de ociosidade por conta da população, por
naturais da matéria-prima, sem condições de introduzir linhas de produção mais eficazes, períodos chamados de “baixa estação” ou “baixa temporada”, que limitava a geração de
e colocação, as agroindústrias artesanais da área acusaram processos de regressão
empregos no setor, influenciadas principalmente por estações de climas mais amenas. (PLANO
análogos aos dos demais setores tradicionais. No seu conjunto, dentro do perfil com que
DIRETOR DE SÃO SEBASTIÃO, 2007)
se apresentam no presente, as economias tradicionais mostram-se de comportamento
3. Embasamento
Figura 7: Símbolo do Cooperativismo no Brasil.
Fonte: OCB, 2016.
3.1 Cooperativa e Cooperativismo - Definição do Conceito
Segundo o Dicionário Candido de Figueiredo (1913) “cooperativa f. Sociedade, em que
são capitalistas os associados, e que tem por fim o benefício de todos eles, reduzindo-se lhes
Para a elaboração deste projeto arquitetônico de uma Cooperativa de Pesca e Turismo os preços dos objetos de consumo, ou facilitando-se lhes empréstimos, ou proporcionando-se
de Pesca Esportiva, é necessário ter um claro entendimento da definição do termo de lhes trabalho lucrativo. (De cooperativo) ”
Cooperativa e Cooperativismo.
recursos financeiros aos seus associados; chamam-se cooperativas de crédito. Outras, congresso de Cooperativismo em 1969 -BH- Minas Gerais, é o órgão máximo de representação
finalmente, podem prestar serviços, como transporte de carga, abastecimento de água, do Cooperativismo no Brasil e tem a missão de “Representar o sistema cooperativista nacional,
distribuição de energia elétrica; são as cooperativas de serviço”. (OCB, 2014) respeitando a sua diversidade e promovendo a eficiência e a eficácia econômica e social das
cooperativas”. (OCB, 2016).
A começar pela 1°- Cooperativas de Consumo: que visam abastecer seus associados
para ter acesso a preços mais baixos e qualidade produtiva; 2°- Cooperativas Sociais: inserção
de pessoas em desvantagens para trabalho; 3°- Cooperativas de Trabalho: união de
profissionais autônomos de um mesmo ramo buscando realizar atividades em conjunto; 4°-
Cooperativas Educacionais: que visa melhorar o ensino de alunos por preços melhores e justo,
maior parte formada por professores; 5°- Cooperativas de Transporte: finalidade de transporte
de carga e passageiros; 6°- Cooperativas de Agricultura: englobam produtores rurais,
agropastoris e também a pesca; 7°- Cooperativas de Saúde: visa a união de profissionais da
saúde para ser uma alternativa de menor valor , comparados com os caríssimos planos de
Figura 9: Distribuição de Cooperativas por Ramo em seus setores.
saúde; 8° - Cooperativas de crédito: responsáveis por administrar seu capital com maior cautela, Fonte: OCB, 2010.
Nota-se com este gráfico que desde os meados do ano 2000 as cooperativas de Turismo
e Lazer tiveram um aumento de 2 cooperativas no ano 2000, para 31 cooperativas no ano de
2010, um bom crescimento, porém, poderia ser maior se houvesse maior conhecimento da área
Figura 10: Diferença da média salarial paga nas Cooperativas e fora das Cooperativas, por região. para os gestores de turismo no Brasil.
Fonte: OCB, 2010.
Espera-se com este trabalho, o incentivo de cooperar os trabalhadores que prestam de 70 por cento nos anos 80 para um nível recorde de mais de 85 por cento (136 milhões
de toneladas) em 2012. Ao mesmo tempo, o consumo de peixe per capita aumentou de
serviços de atividade turística do ramo de Pesca Esportiva para que os mesmos possam prestar
10 kg na década de 60 para mais de 19 kg em 2012. O novo relatório também destaca
um trabalho melhor qualificado e atrair maior números de clientes para a atividade. Também
que o peixe já representa quase 17 por cento do consumo de proteína no mundo –
uma estrutura melhor adaptada de modo a servir de apoio aos mesmos além de contar com a chegando aos 70 por cento em alguns países costeiros e insulares. A FAO estima que a
força mútua dos vários envolvidos com a Cooperação que há de haver com a criação da pesca e a aquacultura são o sustento de 10 a 12 por cento da população mundial.
Para se entender do pescador artesanal, é cabível esclarecer algumas perguntas; Mas o O pescador artesanal é aquele que utilizando ou não embarcações próprias, de
pequeno porte, faz da pesca sua principal e habitual fonte de sobrevivência, sendo elas
porquê do pescador artesanal? E o que se refere a palavra artesanal neste contexto? Qual é o
em regimes de parcerias, meação ou arrendamento e que esteja regularmente
valor artístico cultural que o pescador “artesanal” se enquadra? matriculado nos órgãos da Capitania dos Portos ou no Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente. (IBAMA,2010)
De acordo com Ramalho (2010) expõe que a arte dos pescadores resulta de sua
criatividade, da maior resistência e do enorme sentimento de liberdade que cada indivíduo
adquire ao se tornar um pescador artesanal. Em seu cotidiano o pescador artesanal tem de
Em parâmetros comparativos, os dados aferidos do ano de 2004 comprova que a
conviver com diversas decisões no mar, que podem valer até mesmo suas vidas. Nesse contexto
produção pesqueira artesanal foi responsável por 49,7% do pescado produzido no Brasil, ao
surgiu a “arte da pesca”.
passo que a pesca industrial contribuiu com 23,7% e a produção aquícola com 26,5% (IBAMA,
Segundo Diegues (1983), ao caracterizar a enorme esfera em que se engloba o pescador 2007).
artesanal, salienta que não se caracteriza pelo simples fato de viver da pescaria, mas de ter
É de estrema importância a pesca artesanal, para a produção alimentícia no Brasil, o
pleno domínio, desde o meio de produção e o controle de o que pescar, até a sua sobrevivência
incentivo da produção pesqueira artesanal é um dos fundamentos base deste trabalho.
num determinado ambiente marítimo. Sem isso não se faz pescador e definitivamente não se é
pescador. No objetivo da pesca, não é conhecer um ou outro aspecto, mas saber relacionar os Mesmo com as diversas estratégias aos investimentos Brasileiro para o setor pesqueiro
fenômenos naturais e tomar as decisões relativas às capturas. Classificar-se pescador industrial, percebemos que a pesca artesanal ou a pesca de pequena escala, é o setor principal
artesanal, é se tornar portador de um enorme conhecimento e de um patrimônio sociocultural, da produção pesqueira Nacional. (MPA, 2010)
que lhe faz conduzir-se no caminhos e segredos das águas, sendo amparado por seus atos em
uma complexa biodiversidade ambiental, típica dos recursos naturais aquáticos.
Qual seja, mesmo com os investimentos do Estado brasileiro para a criação de
Diegues (1992) retrata o importante desempenho dos pescadores artesanais com a um setor pesqueiro industrial, ainda permanece a pesca de pequena escala, ou pesca
conservação dos recursos naturais, devido sua capacidade de conhecimento das espécies e de artesanal, com uma participação significativa na composição das capturas de pescado no
Brasil. (MPA, 2010)
sua conscientização de prevenção de desperdício, sempre em sua maioria, busca exemplares
de pescados em fazes adulta, diferentemente da pesca industrial que tem degradado com o Compreende-se na análise do pescador artesanal, como forte preservação sociocultural
ambiente aquático em busca da produção excessiva. que deve ser preservada e incentivada, para que possa continuar a manter os mesmos valores.
Segundo o Plano Diretor – produto 3 apud EIA da Bacia de Santos (2010), os pescadores
desta colônia citam dificuldades encontrada para a atividade que eles exercem, dentre muitas, Figura 13: 1° Artigo da lei n°10779 (Alterada), garante o auxílio ao pescado artesanal.
as principais se concentram no excesso de burocracia para a liberação de documentação dos Fonte: Brasil, 2003.
pescadores locais (a qual prejudica os mesmo para o recebimento do auxílio do seguro defeso
junto ao Ministério do Trabalho), salientam a inxistência de seguro de embarcações pesqueira
Segundo a Revista Pesca (2016), existem diversas espécies que podem ser encontradas
na região sudeste marítima do Brasil, dentre as espécies encontradas nesta região, se destacam
por sua comercialidade os seguintes pescados (descritos em seus nomes populares):
De acordo com o Jornal DIÁRIO DA CIDADE DE ILHABELA (2015), existe além das
gamas de variedades de pescados, diversas qualidade de moluscos e crustáceos na região.
Dentre as espécies que habitam a região, destacam-se em suas épocas sazonais a pesca do
peixe carapau, tainha, camarão sete-barbas, camarão branco, polvo, mexilhão provenientes das
fazendas marítimas de Caraguatatuba, lula e sardinha verdadeira. Estas grandes safras de
pescas são responsáveis por uma grande fartura econômica para os pescadores artesanais que
habitam a região do Litoral Norte Paulista.
Para realizar o processo de se fazer ração, a fim de beneficiar os pescadores que de obtenção de filé, peixe inteiros e tratamento de resíduos para processar a farinha que é usada
praticam a atividade de aquicultura, foi necessário o conhecimento do processo para o mesmo para obtenção da ração de pescados.
o qual está intimamente ligado ao beneficiamento direto do pescado, por se utilizar das sobras
Basicamente, para o processo de Beneficiamento do pescado para filé, o trabalhador há
dos peixes que não atendem o consumidor final. O beneficiamento ou processamento do
de passar por uma sala de assepsia para a limpeza e higienização dos funcionários antes de
pescado é feito na região do Litoral Norte por métodos artesanais, usando ferramentas
entrar na sala de beneficiamento. Nesta mesma sala o funcionário se equipa com o epi”s
simplórias (tábuas de corte, facas, descamadores manuais, bancadas multiuso e excesso de
necessário e faz a limpeza das botas e das mãos, sendo essas feitas por agua corrente e após
agua). Para o projeto da Cooperativa de Pesca e Turismo de São Sebastião, será projetado um
a lavagem das mãos o funcionário deve passar álcool para fazer a esterilização das mesmas.
ambiente que atenda a necessidade de beneficiamento em uma escala maior do que o habitual.
Os EPI’S recomendados para a execução do trabalho são: botas de pvc com solado
A proposta é empregar pessoas no processo e maior velocidade com o uso de maquinários que
antiderrapante, protetor visual, protetor auricular concha, luvas anti-corte, luvas descartáveis,
facilitem o trabalho e atenda a necessidade comercial da região. E para entender o processo de
avental descartável, mascaras descartável e mangotes anticorte para operadores de serra-fita.
beneficiamento do pescado por meio de maquinários, segue um estudo sobre a importância do
mesmo.
Outro fator a notar é que a maior parte da produção pesqueira, sofre variações na
venda do produto principalmente devido às épocas de maior consumo (veraneio), ao fator das
variações das espécies e correlativos ao estoque da safra decorrente das pescaria de ciclos
anuais das espécies. (ANDRADE, 1998)
Terceira etapa a ser composta é a lavagem, que serve para retirar as impurezas
acumuladas durante o transporte.
Descamação é a próxima etapa, onde somente pescados com escamas passam pelo
processo.
Fonte: Brusinox, 2016. Equipamentos recomendados para a Cooperativa, maior agilidade no beneficiamento.
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I - 2016 – COOPERATIVA DE PESCA E TURISMO DE PESCA ESPORTIVA
ORIENTADOR: PROFº MS. DANIEL RUIZ FERREIRA DA SILVA - ALUNO: ELIAZAR ALVES 24
3.6.1 Sobre a produção de ração 3.6.2 Sobre a Fabricação de Gelo
A primeira iniciativa para produção de ração, é a coleta de matéria prima para a realização Outro fator a ser levado em consideração para o projeto da Cooperativa de pesca e
da mesma. A coleta será feita por malhas finas nas mesas de evisceração, que é a responsável Turismo de São Sebastião é a criação de uma pequena fábrica de gelo que atenda a
por maior acumulo de restos de pescados. O material coletado será condicionado em containers necessidade das condições necessárias para a preservação dos pescados entregues pelos
plásticos dentro da câmara fria, até atingir a quantidade mínima para o uso do maquinário. pescadores artesanais.
Posteriormente é produzido uma farinha dos restos residuais e feito o processo de pelotas de
Segundo o RIISPOA (1952) no artigo 439, Inciso 1°, se entende-se por peixe fresco o
ração, para melhor armazenamento.
pescado dado ao consumo sem ser sofrido nenhum processo de conservação, a não ser o gelo.
Para a produção de farinha do peixe segue as seguintes etapas: cocção, prensagem,
RIISPOA (1952) artigo 439, inciso 2°, esclarece que o pescado deve ser mantido em uma
secagem e moagem. (LINS, 2011apud NUNES, 1999)
temperatura de -5 a -2, com o uso de gelo ou em câmaras frigorificas.
Para fazer todo o processo, já existem maquinários preparados que deixam a farinha
Em análise de maquinas que fabricam gelo, foi determinado que o tipo de gelo ideal para
pronta, e juntamente fazem o processo de pelotas de ração, que facilita o armazenamento.
este tipo de uso é o gelo em escamas devido ao fato de não haver quinas no gelo, o que poderia
acarretar à perda do valor do pescado por má aparência feita pelas quinas dos gelos em cubos.
Figura 23: Máquina para se produzir ração, completa com todas as etapas. Figura 24: Maquina de fabricação de gelo em escamas de agua salgada e doce, com sistema de tratamento.
Fonte: Exteec Maquinas, 2016. Fonte: China Icemachines, 2016.
Para o uso comercial o gelo mais indicado é o gelo em escama de agua doce, de agua
Equipamento recomendado para a produção de ração para a aquicultura. purificada. Ambas as máquinas, produzem gelo à -8°C. O gelo de agua doce será usado para a
para o comercio de varejo e atacado da Cooperativa de Pesca e Turismo para São Sebastião.
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I - 2016 – COOPERATIVA DE PESCA E TURISMO DE PESCA ESPORTIVA
ORIENTADOR: PROFº MS. DANIEL RUIZ FERREIRA DA SILVA - ALUNO: ELIAZAR ALVES 25
3.7 Sobre o Turismo usufruído, bem como o Turismo de Pesca Esportiva. As atividade que representam o apoio do
Turismo de Pesca Esportiva foram resumidas em:
mostrado uma fonte econômica promissora, em 2015, o turismo direto, foi responsável por 1.5
Serviços de alimentação.
trilhões de dólares na economia mundial. È apontado como o setor econômico, que cresce mais
Recepção e condução.
rápido em todo o mundo. (OMT, 2015)
Eventos.
3.7.1 Sobre o Turismo de pesca esportiva no Brasil Durante a 4° edição da feira Internacional de Pesca Esportiva (FEIPESCA), no dia 5 de
março de 2015, o Ministro da Pesca e Aquicultura e o Ministro do Turismo assinaram um plano
de acordo de Cooperação determinando um plano de ações governamentais para fortalecer e
O Turismo de pesca esportiva no Brasil, tem sido uma grande fonte de renda para estruturar os destinos de Turismo de Pesca no Brasil. O plano que além de propor eventos
diversas comunidades que apresentam potencial geomorfológicos (bacias hidrográficas, lagos, ligados ao setor visa a valorização dos profissionais que atuam no mesmo, também procura
lagoas, manguezais, densos reservatórios de hidrelétricas e aproximadamente oito mil estimular o consumo da produção pesqueira nacional e a valorização das comunidades que
quilômetros de costa marítima) e devido esta densa variedade, pode atrair turistas do mundo vivem da pesca. (MT, 2015)
todo para aproveitar as opções de pesca que o país pode oferecer. (MPA, 2015)
A Pesca Turística é praticada por hobby ou esporte com o intuito de lazer e recreação;
dispõe de uma gama de recursos esportivos para a prática da mesma.
De acordo com o Conselho da Pesca Norueguesa (2015), a Noruega tem a pesca como
um importante setor econômico do país e sua cultura está intimamente ligada à pesca, por ser Figura 29: Planta Baixa do Térreo, com suas respectivas áreas de vendas.
um país que devido a fatores climáticos tem uma grande dificuldade desafiadora de produção Fonte: Biesel, Archdaily, 2016.
agrícola. Em 2015 a pesca na Noruega teve seu faturamento de U$ 28.8 Bilhões, que é valor
consideravelmente alto de produção pesqueira. (NORWEGIAN SEAFOOD COUNCIL, 2015)
Este projeto serve de referência para exemplo de iluminação natural, que é feita através
de fachadas, com bastante uso transparências, ressaltando a vista exterior do local. E também
tem uma grande relevância, na parte administrativa, que se encontra no piso superior do local,
juntamente com uma escola de culinária de frutos do mar.
Figura 26: Planta Baixa do Pavimento Superior, onde se localiza a escola e administração.
Figura 31: Vista da Fachada Sul ao anoitecer. Figura 30: Perspectiva da Fachada Norte e Leste
Figura 34: Foto da Fachada Sul e Leste, reflete o exterior histórico de Bergen.
Figura 37: Usa-se a iluminação por luminárias e Figura 36: Usa-se o intertravado na área
Figura 38: A transparência no piso superior é um ponto positivo de obtenção de iluminação natural. interna do térreo do mercado de peixe.
natural.
Fonte: Biesel, Archdaily, 2016. Fonte: Biesel Archdaily, 2016.
Fonte: Biesel, Archdaily, 2016.
As conotações relevantes, sobre a fachada ventilada deste projeto, será o foco desta Fonte: Foster and Partners, 2016. Fonte: Foster and Partners, 2016.
referência teórica para a Cooperativa de Pesca e Turismo para a cidade de São Sebastião.
Segundo o site de Foster and Partners (2010) este projeto foi uma grande restruturação
para a biblioteca desta faculdade, foi criado em todo o redor da biblioteca uma membrana com
placas translucida em locais de leitura, para que as mesmas pudessem proporcionar um
ambiente de concentração para os estudos. E a proposta para a entrada de Ar na edificação foi
feita com placas de metais e de vidro em volta de toda a estrutura da cobertura e fachadas,
Figura 43: Plantas baixas da Biblioteca, 5 pavimentos e cobertura.
podendo ser aberta manualmente se necessário, para uma melhor ventilação interna.
Fonte: Foster and Partners, 2016.
Fonte: Foster and Partners, 2016. Fonte: Foster and Partners, 2016.
Figura 46: Estudo de ventilação e troca de ar, ar frio (azul) e ar quente (vermelho).
Figura 49: Bastante usado a iluminação natural. Figura 48: Bastante usado a iluminação natural.
Fonte: Foster and Partners, 2016. Fonte: Foster and Partners, 2016.
Figura 47: Vista da Fachada Sul da Biblioteca ao Anoitecer.
Este Mercado de Peixes conta com diversos boxes de empresas no local, onde os donos /
vendem seus produtos separadamente para o consumidor. Os boxes são relativamente w
pequenos para a demanda recebida de pescados, o sistema de resfriamento dos pescados é w
feitos através de gelos colocados em cima dos peixes que ficam expostos em caixas plásticas. w
Poucos boxes tinham freezers dentro do interior. E nenhum deles contava com máquinas de
.
gelos para uso próprio. Assim sendo, todos os comerciantes devem comprar seu gelo
m
separadamente das empresas que ficam com caminhões parados no estacionamento do local.
Figura 50: Localização do Mercado de Peixes de Santos.
A caixa com aproximadamente 40 kg de gelo é vendido a R$ 10,00. i
Fonte: Google Earth, adaptado pelo autor, 2016.
n
a
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO I - 2016 – COOPERATIVA DE PESCA E TURISMO DE PESCA ESPORTIVA
s
ORIENTADOR: PROFº MS. DANIEL RUIZ FERREIRA DA SILVA - ALUNO: ELIAZAR ALVES 31
g
e
r
LEGENDA
Estacionamento
Carga e Descarga
e processa os produtos
Quiosque de informações
Administração
Ciclovia
Acesso por pedestres Figura 51: Vista Superior do Mercado de peixe de Santos.
Semáforo
Artesanal (Camaroeiro) foi a vista para o mar que poderia ter um potencial grandioso, devido a enorme quantidade de
informação encontrada na região do camaroeiro sobre a cultura da pesca artesanal. Um
Este outro local escolhido para visita técnica foi o Entreposto de Pesca Artesanal de exemplo claro disso, foram as embarcações de pesca artesanal na parte de trás de um dos
Caraguatatuba, localizado na Praia do Camaroeiro, Av. Dr. Artur Costa Filho, numero blocos além de canoas de um pau só na areia da praia, redes de pesca em manutenção
desconhecido, Caraguatatuba - SP, 11660-000 , próximo à saída para a cidade de Ubatuba e artesanalmente por pescadores.
ao bairro Martin de Sá, no Litoral Norte do Estado de São Paulo, que é a área de análise deste
Visualmente são poucos os comerciantes que seguem as normas básicas de manter os
projeto. A visita técnica foi realizada no dia 23 de Fevereiro de 2016 no período da manhã.
pescados em boa apresentação comercial com gelo, além do qual percebe-se falta de preparo
Esta visita visa aprofundar e levantar conhecimento significativos regional de pontos para o atendimento aos clientes.
positivos e negativos encontrado no Entreposto de Pesca Artesanal de Caraguatatuba do
Nenhum dos comerciantes conta com máquinas de gelo em seu estabelecimento, a maior
Camaroeiro, de modo a utilizar estas atribuições nas analogias necessárias para o projeto da
parte dos produtos são de pescados frescos mas alguns possuem freezers e vendem os
Cooperativa de Pesca e Turismo para a cidade de São Sebastião.
pescados processados congelados.
O Entreposto de Pesca Artesanal de Caraguatatuba do Camaroeiro é um lugar que busca
Na avenida em frente do estabelecimento existem vagas de estacionamento para carros
facilitar a venda do pescado para o pescador artesanal da região de Caraguatatuba. Os
e três lojas de pescados bem estruturadas. Não foi encontrado estacionamento comercial para
pescadores artesanais da cidade, em sua maioria, são caiçaras da própria cidade mas existe
carga e descarga. Ao lado tem um mangue.
pescadores da região sul do estado de Santa Catarina que migraram para Caraguatatuba na
década de 80.(PREFEITURA DE CARAGUATATUBA, 2016)
Área do Entreposto
A pesca artesanal é algo muito significativa e cultural para Caraguatatuba; adentre
muitas de suas economias primordiais para a cidade no século passado, sempre esteve lado a
Área institucional (praça)
lado com o crescimento da região por estar geograficamente numa região favorecida de
recursos naturais marítimos. Ela já se destacou bastante na economia dos habitantes nativos
Área de APP (mangue)
porém hoje tem perdido sua importância, devido ao fato que a cidade tem dotado de novas
medidas econômicas como o crescimento turístico e industrial da região com a implantação da
Comercial
Unidade de Tratamento de Gás Natural da Petrobrás, situado na Fazenda Serramar.
Marina
O complexo do Entreposto de Pesca Artesanal de Caraguatatuba do Camaroeiro tem sua
arquitetura bem básica regional. É constituído por um amplo espaço que nos remete a uma Figura 69: Vista Superior do Entreposto de Pesca de Caraguatatuba (Setorização).
praça aberta com dois blocos principais, onde se localiza os boxes dos vendedores de peixe e Fonte: Google Earth (2016), adaptado pelo autor.
atrás um pequeno bloco para a venda de gelo e administração. Toda a circulação de clientes é
feita pela praça em frente aos boxes e para os comerciantes e trabalhadores é feita a circulação
Vagas de Estacionamentos
Ciclovia
Sanitários
Carga e Descarga
Acessos principais
Figura 75: modelo interno dos boxes, revestidos de cerâmica Figura 79: Novamente é visível a má preservação do produto
e balcão de ardósia e porta de madeiras. Figura 76: Percebe-se exposição do produto a céu aberto, e o revestimento cerâmico. na hora comercial, risco de contaminação.
Figura 82: Barco de pesca artesanal sendo construído na Figura 87: Vista que poderia ser explorada neste projeto, com
Figura 83: Melhor apresentação dos produtos no local. excesso de informações visuais, pode ser bem utilizada.
praia, atrás do Entreposto de Pesca Artesanal.
Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Fonte: Autor, 2016.
Cenário atual de píer do Bairro de São Francisco usado pelos pescadores artesanais e
do píer da Figueira que é usado para embarque e desembarque de turistas de pesca esportiva.
Ambos situados no município de São Sebastião – SP.
Figura 90: Localização dos píeres de São Sebastião. Em vermelho é o píer da Figueira, amarelo é o píer do
Bairro de São Francisco e em branco é a atual Cooperativa de Pesca.
4.4.1 Píer do Bairro de São Francisco Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Foi realizado visita no píer do Bairro de São Francisco que é usado atualmente pelos
pescadores artesanais, com a intenção de estudar e analisar um píer que supra a necessidade
do projeto da Cooperativa de pesca e Turismo de Pesca Esportiva de São Sebastião.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Figura 100: Vendedores ambulantes e faixa de Figura 99: Acesso do píer da figueira é feito pela praia.
Figura 95: Fachada Sudoeste do píer da Figueira. praia.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Fonte: Autor 2016. Fonte: Autor. 2016.
Figura 101: Uso de carregadores na hora de Figura 102: Vista Noroeste do píer da Figueira.
Figura 96: Vista Superior do píer da figueira embarque.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Fonte: Google Earth, adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Figura 103: Acesso por esta rua não pavimentada Figura 104: Vista para a praia do camaroeiro
Fonte: Autor, 2016. Figura 106: Acesso somente a uma embarcação por vez, baixo calado na região.
de acesso via mar. É feito de concreto por inteiro e tem um pequeno abrigo em sua ponta. Em
sua entrada tem um quiosque de informações turísticas, usada por uma agência de turismo que
aluga barcos para passeio, jeeps, bicicletas e fazem o serviço de City tur.
Figura 116: Rampa de acesso ao mar para Figura 117: Detalhe do sistema de estrutura
embarcações ao lado do píer do pêreque
Figura 111: Píer do Pêreque, acesso principal. Permite a circulação de veículos
Fonte: Autor, 2016.
Fonte: Autor, 2016.
Fonte: Autor, 2016.
Figura 120: Detalhe da Estrutura com pilares. Figura 121: Ponta do píer em L.
Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Este Píer púbico tem somente um local para atracação de embarcações, iluminação e
guarda corpo em toda sua extensão, sua estrutura é feita de colunas únicas espaçadas até a
ponta, onde o píer faz o formato de um L, e se diferencia em duas colunas para a curva, e seu Figura 123: Apoio com dois pilares na curva do L. Figura 122: Revestimento de madeira na extremidade
acesso é somente por pedestres e embarcações. Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Figura 125: Iluminação e corrimão de cabos de aço. Figura 124: Somente um ponto de amarração
Este píer está localizado no bairro do Saco da Capela, no município de Ilhabela, no estado
de São Paulo.
Figura 128: Um portão para uso restrito de sócios da Figura 129: Flutuantes de atracação de entradas e
marina. saídas.
O píer saí diretamente da marina e vai ao Mar, é de uso restrito para os sócios da Marina
Pinda yate clube, serve para saída de pequenas embarcações até seus veleiros que ficam
atracados em frente a Marina. O píer usa em sua estrutura alguns elementos de concreto e
passarelas de aço para seus dois flutuantes. Não foram encontrados iluminação noturna.
Figura 131: Posição do píer em relação à praia. Figura 132: Marina Pindá Yate Clube.
Figura 127: Perspectiva Nordeste do píer e de seus flutuantes
Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Fonte: Autor, 2016.
O píer da Vila tem sua localização no Centro do município de Ilhabela, conhecido como
Vila, que está no estado de São Paulo.
Figura 136: Perspectiva Nordeste do Píer da Vila. Figura 135: Estrutura de pilotis em concreto.
Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Este Píer tem uso Turístico de receptivo de navios de cruzeiros que fazem parada na
Ilhabela, porém, é usado também para embarque e desembarque de passeios e de visitantes
que atracam suas embarcações nos píeres flutuante que estão ao lado tendo acesso por via de Figura 137: Bancos de Acento Adentro do píer da Figura 138: A pequena edificação com cobertura é
Vila. revestida de mosaicos artísticos
uma passarela de aço.
Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Sua estrutura em si é feita de Concreto e acima tem iluminações baixas e altas por postes,
além de ser revestido com madeira ecológica feita de plástico reciclável. Mas não foi é possível
fazer abastecimento de agua doce e carregamento de energia elétrica.
Figura 139: Passarelas de aço fazem a ligação do Figura 140: Inteiramente revestico em seu piso com
Píer da Vila com seus dois flutuantes. madeira ecológica, feita de plástico reciclável.
Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Figura 134: Entrada e saída do Píer da Vila
O píer do Yate Clube Ilhabela está localizado no bairro Santa Tereza no município de
Ilhabela, no estado de São Paulo.
Figura 144: Lado do píer usado pelos Pescadores Figura 143: Ponto de reabastecimento de agua doce
Artesanais de Ilhabela. e ponto de amarração para atracação.
Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Dentre todos os píeres pesquisados, este píer é o que mais atende as necessidades de
um píer para pescadores artesanais. O píer tem acesso de veículos de pequeno e grande porte,
além de oferecer abastecimento de agua doce e eletricidade, possui em sua extremidade um
posto de abastecimento de combustível para embarcações. Figura 145: Vista abaixo do píer, estrutura de pilotis
Figura 146: Vista da fachada Leste do píer do Yate
de concreto.
Clube Ilhabela.
Foi notado que este píer tem uma divisão central com uma cerca de acesso restrito para
Fonte: Autor, 2016.
Fonte: Autor, 2016.
um dos lados, pois é usado pelo Yate clube Ilhabela, e do outro lado tem o uso público para
pescadores autorizados que praticam a pesca artesanal ao redor da Ilhabela.
Figura 148: Posto de Abastecimento Flutuante na Figura 147: Embarcações apoitadas próximo ao píer
ponta do Píer. na praia de Santa Tereza.
Figura 142: Vista de Dentro do Píer do Yate Clube Ilhabela do lado de uso público, lado Leste. Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Fonte: Autor, 2016. Figura 150: Ponto de amarração afixado na viga de Figura 157: Produção de poitas de concreto em
Figura 156: Caixas térmicas para guardar pescados
concreto. ou gelo durante a pesca artesanal. formatos de cubo.
Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
A análise desse projeto e seus respectivos elementos arquitetônicos, serão usados como
referências para a construção da cooperativa de pesca e turismo de São Sebastião.
Figura 158: Localização do Sidney Fish Market,, Austrália. Figura 160: Fachada Norte do edifício Sidney Fish Market, Austrália.
Fonte: Google Earth , adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Sidney Fish Market Galery, 2016.
Estacionamento
Depósito de Lixo
Depósito de Manutenção/Limpeza
Banheiros
Administração
Figura 161: Vista Superior do Sidney Fish Market, estudo de setorização espacial.
Fonte: Sidney Fish Market Master plan, 2010, adaptada pelo autor. Fonte: Gazebos Australia, 2015.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Figura 172: Vista da Fachada Sul, Vitral da
escada que permite acesso restrito ao Figura 168: Vista da Fachada Norte pelo viaduto do lado
pavimento superior. Oeste; detalhe do depósito de pescadores que usam
containers e paletes para as redes de pesca.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo
autor, 2016. Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Figura 174: Vista da fachada sul, próxima à esquina Figura 170: Vista da entrada principal do estacionamento.
Oeste, Janela da Sala de Material de Limpeza.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Fonte : Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Figura 173: Esquina da Sul com a área Oeste, Figura 169: Fachada Norte, Área de Carga e Descarga e
este lado é onde tem maior concentração de Acesso Restrito às pessoas autorizadas para leilões de
árvores e está próxima ao viaduto Bank pescados.
Street.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo
autor, 2016.
Figura 182: Área de Armazenamento de Lixo que é Figura 177: A maior parte do processo de cargas e
refrigerada e ao ar livre. Figura 186: Venda no Atacado e Leilões, acesso restrito. descarga é feito durante a noite, para não atrapalhar o
Figura 180: Fachada Leste com a turismo durante o dia.
Fonte: Sidney Overview, 2016. Fonte: Australia, 2016
Praça de Alimentacão acima do mar.
Fonte: Sidney Fish Market, 2016
Fonte: Celsius Midia, 2016.
Figura 191: Píer flutuante público, para clientes e visitantes. Figura 196: Bastante uso de aço inox e vidro nos boxs.
Fonte: Epstein photografy, 2016. Fonte: Rollex Australia, 2016.
Figura 192: Corredor Largo, pode se usar empilhadeiras. Figura 197: Decoração apropriada e iluminação fria nos
produtos, que proporciona limpeza e maior vendas.
Fonte: Epstein photografy, 2016.
Fonte: Kirst Needham, 2016.
Neste estudo da loja Claudio’s Seafood, foi possível usar a ferramenta do google strret
view, entrando adentro para analisar o funcionamento e serviços oferecido. A loja esta localizada
no estacionamento, do lado Leste, acerca do píer de uso público.
LEGENDA
Gôndolas de venda de pescados
Câmara Fria
Área de Processamento
Caixa de Recebimentos
Carga e Descarga
o único espaço de acesso livre à clientes Figura 198: Vista Superior com Setorização de usos.
Figura 199: Entrada principal da loja. Figura 205: Lado Sudeste Bar de ostras frescas.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Fonte: Google Earth, adaptado pelo autor (2016) Figura 200: Caixa de Pagamentos e Entrada e Saída Figura 206: A frente do Caixa, esta seção que é
do lado Sudeste. exclusivo para filés de peixes já processados.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Figura 202: Fachada Frontal Nordeste, portas Figura 203: Fachada Lateral Noroeste, Administração Figura 201: Lado Sudeste, Seção de Filés, e no chão Figura 207: Lado Sudoeste, sala de beneficiar
de vidro, pequena rampa de acesso e pequenas acima, sistema construtivo de steel frame, muito o sistema de drenagem próximo às gôndolas de produtos e esterilização de materiais usados, entrada
colunas de ferro frontal para proteção de veículos usuado na Austrália. venda e a importância da iluminação na área. de iluminação natural por meio de janelas.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor 2016. Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Figura 209: Aos fundo lado Sudoeste, tem uma porta Figura 212: No Lado Noroeste tem uma entrada para Figura 217: Frente e canto da gôndola Central, na parte Figura 215: Porta da frente com caixa de limões
de acesso a um freezer, tanques de lagostas vivas e uma câmara fria e mangueira para lavagem do local da frontal do estabelecimento, com crustáceos de frescos, além de todos frutos do mar expostos o
acima da porta do freezer tem iluminação mata mosca. médio porte que provavelmente deve ser o carro chefe estabelecimento oferece uma boa gama de produtos
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016. deste estabelecimento. para o preparo dos mesmos.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016. Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor,2016.
Figura 219: Perspectiva da proposta do projeto reformulada, feita da parceria do Sidney Fish Market e o
Governo Australiano em 2010.
Figura 218: Perspectiva da proposta de intervenção do Sidney Fish Market, feito somente pelo governo
Australiano em 2006. Fonte: Sidney Archteture Archive, 2010.
1
1 5
3 Terrreno
67
4
2 Figura 226: Escola e faixa comercial ao lado da rodovia.
Figura 222: Sitio Arqueológico do Bairro de São Francisco. 5 Fonte: Google Street View, adaptado pelo autor, 2016.
Fonte: PMSS, 2016.
8
2 6
Figura 225: Situação do bairro, acessos principal pela rodovia BR 101, pontos a ser destacado no mapa.
4 7 8
3
O terreno da área de intervenção está localizado na Rua Martins do Val, número 254, no
Basicamente o Bairro de São Francisco é um local que tem uma boa infraestrutura, bairro de São Francisco, na cidade de São Sebastião/SP.
dotado de pavimentação, energia elétrica, agua e esgoto, rede de telefonia, diversos
equipamentos urbanos e uma boa faixa comercial em torno da rodovia que corta a área.
T
Legenda
e
Residencial
r
Comercial r
Institucional e
Terreno Terreno n
o
Pedreira
Figura 231: Localização do terreno de intervenção no bairro de São Francisco.
São Francisco Fonte :Google Earth, adaptado pelo autor, 2016.
Morro do Abrigo
4950,00 m²
6 8
9
1 11 7
Figura 235: Atual Cooperativa de Pesca, ao lado. Figura 234: Os caminhões que ficam na área do
3 terreno proposto, para venda de gelo.
5
Fonte: Autor, 2016. 2
4 Fonte: Autor, 2016.
10
12
Figura 236: Vista do riacho ao lado da área. Figura 233: Vista Superior do terreno da área de intervenção. Figura 242: O terreno proposto termina após o
primeiro muro da marina, faixa de praia direção sul.
Fonte: Autor 2016. Fonte: Google Earth, adaptado pelo autor, 2016.
Fonte: Autor, 2016.
Figura 239: Faixa de praia direção norte. Figura 243: Travessa Mato Grosso, não pavimentada.
Figura 238: Vista da Saída Norte do terreno. Figura 237: Marina à ser retirada da área do terreno.
Fonte: Autor 2016. Fonte: Autor, 2016.
Fonte: Autor 2016. Fonte: Autor, 2016.
Figura 240: Esquina da área, muito lixo jogado na Figura 241: Vista do terreno pela TV. Mato Grosso. Figura 245: Sistema de limpeza de dutos que vem Figura 244: Esquina da área com a TV. Martins do Val,
esquina e desnível da rua com o terreno(20cm). pela TV. Mato Grosso, e casa aos fundos a desocupar a casa da Setran.
Fonte: Autor, 2016. desocupar.
Fonte: Autor, 2016. Fonte: Autor, 2016.
Fonte: Autor, 2016
A regulamentação da área será é apontada de acordo com o tamanho total da área, que
é totalizada em 4950m².
Conforme a Lei 1062/95, fica estipulada a altura máxima de 9m, e 12m para caixa D’agua.
Conforme o Artigo 5º da Lei N.º 225/78 (com alteração), que estabelece normas para o Figura 252:Altura máxima permitida na área.
uso e ocupação do solo da costa norte do município de São Sebastião/SP, na classificação dos Fonte: Lei 1062/95, PMSS, 1995.
Usos para os efeitos da Lei, a categoria que se enquadra no projeto da “Cooperativa de Pesca
e Turismo de Pesca Esportiva” é a S2 e C2.
No Inciso IV acrescido no Artigo 6º da Lei N.º 225/78, é estabelecido que não é necessário
para as guaritas.
Figura 257: Areá do terreno esta localizado de frente com a Martins do Val.
A categoria do projeto são S2, C2; 7.4 Valor venal da Área selecionada
9 metros de altura, metade 4,5m será considerado concluímos que o valor venal desta área é de R$ 618.750,00.
12 metros de altura caixa d’agua para 2 pavimentos, para 1 será considerado 6m.
Precisamente durante o contexto deste estudo, foram revelados diversos elementos que
Outro impacto positivo é o aumento de turismo que acarretará para o Bairro de São
servem de parâmetros para mercados de pescados e beneficiamento dos produtos, além de
Francisco por meio dos pescadores da pesca esportiva e visitantes da cooperativa de Pesca
contar com estudos que propiciem melhor eficiência energética nas edificações de referências.
Turismo.
Este projeto há de seguir os métodos que busquem o mesmo ideal, porém, voltado para os
pescadores artesanais do município de São Sebastião e os respectivos turistas de pesca
Na questão ambiental, este projeto visará propor o menor impacto possível e tem por
esportiva.
intenção, a orientação constante para os pescadores artesanais que tem uma grande
responsabilidade na manutenção dos recurso naturais expostos tanto para com os
trabalhadores e visitantes que haverá para a cooperativa.
10. Conceito Arquitetônico
O projeto visa ampliar o conhecimento das pessoas para com a cultura local da pesca
artesanal, além de poder gerar novos empregos e renda para todas as famílias. A Cooperativa,
O conceito a ser seguido neste projeto é uma volumetria funcional que nos remeta o
que pretende se tornar um ícone de produção pesqueira do litoral norte de São Paulo fará o
cotidiano dos pescadores artesanais e os pescadores esportivos, com o uso de elementos
importante papel de mostrar para os visitantes a história local e incentivar o extrativismo
inovadores.
consciente. Outro fator à destacar, é que a cooperativa após a execução deste projeto tenderá
a modificar a atual visão pesqueira cooperativista que já é exercida na atualidade.
A volumetria para este projeto foi pensada em cima do conceito de hélices de
embarcações que os pescadores utilizam para enfrentar o mar em busca do seu sustento.
Um fator negativo é que a região do local da proposta, se transformará em um lugar com
Hélices que costumam ter em média de três a quatro pás de sustentação, que em sua maioria
um auto fluxo de veículos e utilitários, com público constante; como turistas, visitantes,
contam com uma aerodinâmica simples, muitas vezes confeccionadas pelos próprios
comerciantes do setor de atacado, trabalhadores diários da cooperativa e clientes do setor
pescadores artesanais da região que conhecem muito bem as condições do mar local, e buscam
varejista. Com a intensa quantidade de pessoas frequentando diariamente a cooperativa,
executar o melhor possível para que possa ser de uma boa velocidade no mar arredor e que
necessitará melhores condições de informação para preservação do ecossistema local e melhor
possa fazer bem pouco ruído, de maneira a não prejudicar ou espantar os cardumes de
acesso para a mesma, principalmente da Rodovia Rio-Santos (BR-101).
pescados que rondam a região em suas respectivas épocas.
Foi estudado diversos tipos de hélices para a concepção da forma deste projeto, e
também sempre analisando o melhor desenvolvimento contextual para a questão de
funcionalidade e aproveitamento da iluminação natural e da ventilação natural.
Este projeto vem com o intuito também de uma fachada ventilada, haverá o destaque de
um edifício com uma circulação que possa acessar todos os ambientes propostos, haverá a
divisão do edifício em quatro ambientes como a hélice de estudo, trabalhado sua volumetria
Figura 266:Um tipo de uma fachada que respire, assim como as escamas dos peixes.
como um todo, e agregando diferentes alturas de pé direito em todas sua estrutura, sempre
Fonte: Resign datas, 2016.
focando em seu plano de necessidade primário, e no aproveitamento de recursos naturais.
Salão principal para ser comercializado os pescados na venda do varejo. 200m² Estacionamento para Carga e Descarga rotativo de uso das Cooperativa. 40m²
Salão para a venda de pescados no atacado. (Acesso restrito) 100m² Estacionamento para clientes e visitantes. 150m²
Píer para o uso dos pescadores artesanais e turismo de pesca esportiva. 200 m² Local para reparos de embarcações. 50m²
Câmara fria de pescados não processados. 20m² Local para manutenções das redes de pesca artesanal. 10m²
Câmara fria para pescados processados. 15m² Sala de cadastro de pescadores esportivos. 5m²
Câmara fria para lixo. 6m² Sala de lavagem de equipamentos e esterilização. 15m²
Sala para ser feito o processamento dos pescados, e embalagem a vácuo. 30m² Depósito de carga secas. 100m²
Sala para processamento de restos de limpeza de pescados em ração. 20m² Depósito de materiais de limpeza. 10m²
Um restaurante e bar, para preparo e consumo de alimentos. 100m² Copa para funcionários. 10m²
Depósito de rações secas após processada. 15m² Banheiros públicos interno e externo. 50m²
Sala para a administração das cooperativas em estudo. 5m² Receptivo de turismo pré píer. 20m²
Sala multiuso para reuniões e aulas de treinamento e aprimoramento. 40m² O total estimado para o quadro de áreas, até o momento, tem se estabelecido em
1,257m², podendo ser alterado para mais ou para menos no decorrer do projeto, sendo exato
Pódio para premiações de eventos de pesca esportiva. 3m²
somente na conclusão deste trabalho.
Sala de Marketing para as Cooperativas. 5m²
Para realizar este plano de necessidades, foi levado em conta, todo o estudo realizado
Sala de rádio, para comunicação com embarcações. 5m²
neste trabalho, principalmente as referências projetuais.
Loja de venda de equipamentos esportivos para a pesca. 20m²
Figura 267: Organograma seguindo a linha contextual do estudo feito até esta etapa.
Figura 268: Fluxograma elaborado de acordo com o estudo feito até o presente, fluxo de pessoas e maquinários para transporte.
LEGENDA
PÍER.
CIRCULAÇÃO.
ESTACIONAMENTO.
CARGA E DESCARGA.
VENDAS NO VAREJO.
VENDAS NO ATACADO/DEPÓSITOS.
RESTAURANTE.
BENEFICIAMENTO E CÂMARAS.
O projeto da Cooperativa de Pesca e Turismo de São Sebastião tem a intenção da NBR 13532/1995 – Elaboração de projetos de Edificações – Arquitetura - A Norma expõe
elaboração de uma Cooperativa de referência no setor de pesca e turismo de pesca, priorizando critérios e condições exigíveis para a elaboração de projetos de arquitetura para a construção
atender todos quesitos necessários operacionais comerciais do recebimento de pescados, de edificações.
beneficiamento e estocagem, além de haver de suprir, as necessidade dos pescadores
esportivos que frequentam a região, com um ambiente que incentive o turismo da pesca NBR 16416/2015 – Pavimentos permeáveis de concreto – A Norma estabelece os requisitos
esportiva por oferecer infraestrutura adequada, que possa receber eventos esportivos e gerar mínimos exigíveis ao projeto, especificação, execução e manutenção de pavimentos
renda extra para os trabalhadores do setor. permeáveis de concreto, construídos com revestimentos de peças de concreto intertravados,
placas de concreto ou pavimento de concreto moldado no local. Usara na área externa da
A viabilidade deste projeto se comprova com elementos sociocultural econômico, para o
cooperativa.
município de São Sebastião.
NBR 6492/1994 – Representações de projetos de Arquitetura A norma técnica fixa as
condições exigíveis para representação gráfica de projetos de arquitetura, visando à sua boa
17. Normas e Códigos
compreensão e clareza.
Figura 272: Spyder clips, é um tipo de holder(acessório) para segurar panos de vidros em perfis.
Segue em anexo, posterior às referências bibliográficas, os projetos arquitetônicos.
Fonte: Autor, 2016.
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