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1. O que é o islamismo?
2. Símbolos islâmicos
3. Mitos e ritos
1. O que é o islamismo?
Religião monoteísta, tendo Alá como Deus, e Maomé como profeta e o Alcorão como base e
guia para seus costumes.
Islã é uma palavra da língua árabe que significa submissão à Vontade de Deus. É derivada da
raiz “selem”, que significa paz, solidez ou segurança.
A Vontade de Deus é a Lei que regula e ordena todo universo, que permite que tudo flua e
ocorra da maneira que deve acontecer. Toda natureza se submete à Vontade de Deus, por isso
para o muçulmano, o Islã é o caminho natural da criação e modo de vida natural do homem.
Apesar de ser a mais jovem das maiores crenças do mundo, cerca de 1/5 da população
mundial é muçulmana, perdendo em número apenas para o cristianismo. O islamismo sunita é
a religião de maior crescimento mundial.
2. Símbolos islâmicos
Apesar de muitos fieis negarem a utilização de símbolos para representação da fé islâmica, a
lua crescente com uma estrela ao lado é reconhecido como símbolo do islamismo.
A lua crescente indica renovação. Os muçulmanos seguem o calendário lunar, em que os
meses sempre começam na lua crescente.
Alguns fiéis crêem que as pontas da estrela estão ligadas aos 5 pilares da religião, que foi
fundada por Maomé no século 7: fé, oração, caridade, jejum e peregrinação.
A lua e a estrela eram marca do Império Otomano, que durou do século 11 ao 20. Como o Islã
era a religião do império, o símbolo passou a ser adotado pelos povos muçulmanos
conquistados; Turquia, Tunísia, Paquistão, Algeria e outros países islâmicos têm a imagem na
bandeira.
Turquia
Tunísia
Paquistão
Algeria
O islamismo possui três lugares sagrados principais, as cidades de Mecca, Medina e
Jerusalém.
A cidade natal de Maomé, Mecca, foi o local inicial de suas pregações e conversões; é onde se
localiza a Kaaba, pedra de fundação da primeira mesquita, construída por Adão, restaurada por
Abraão e foco principal da "hajj", a peregrinação anual dos muçulmanos de todo mundo para
Mecca e seus santuários, simbolizando a supremacia divina.
Medina foi a cidade para onde Maomé fugiu partindo de Mecca, fuga essa conhecida como
"hégira" ("exílio"), que marca o ano inicial do calendário islâmico. Foi a primeira cidade regida
pelos princípios teocráticos adotados por Maomé. A tumba do profeta se encontra lá, o que
aumenta ainda mais o simbolismo do local.
A terceira cidade sagrada aos muçulmanos é Jerusalém, importante para o islã por sua
associação com profetas anteriores a Maomé, por ser o local do sacrifício de Ismael, filho de
Abraão, pela presença do templo do rei Salomão, e ser onde ocorreu a milagrosa jornada
noturna de Maomé, chamada de “Isra”, onde o profeta ascende ao céu e fala com Deus, que lhe
dá instruções para passar aos fieis a respeito das orações.
3. Mitos e ritos
Os Cinco Pilares do Islã são fundamentais para a definição dos ritos da religião,
principalmente quando se trata de um Estado islâmico (sob as leis da religião), mas também de
um Estado muçulmano (laico, mas com grande população de muçulmanos).
Os pilares são os seguintes:
Shahadah (Profissão da fé) Seria algo como "Não há outro Deus além de Allah e Maomé é o
seu mensageiro" a confissão que efetua a conversão.
Salat (Ritual de reza) Todos os muçulmanos devem rezar cinco vezes ao dia, virados na
direção de Mecca: ao amanhecer, depois do meiodia, entre o meiodia e o pôrdosol, logo
após o pôrdosol e aproximadamente uma hora após o pôrdosol. Os muçulmanos podem
realizar estas orações em qualquer local, desde que este seja um local limpo. Antes da oração,
o crente preparase limpando com água ou areia o rosto, os braços, a cabeça e os pés até aos
tornozelos. As orações devem ser ditas na língua árabe, mesmo que a pessoa não conheça o
idioma.
Zakat (Caridade) “Dízimo” para fins sociais. Cada muçulmano deve calcular anualmente a sua
zakat, que em geral corresponde a 2,5% dos seus rendimentos. As pessoas pobres não
precisam pagar zakat, visto que um dos objetivos deste dever religioso é precisamente ajudar
os mais pobres.
Sawm (Jejum) Durante o mês do Ramadã, os muçulmanos abstêmse de comida, de bebida,
de fumar, de relações sexuais ou de pensamentos negativos durante o período que decorre
entre o amanhecer até ao pôrdosol. As pessoas idosas, crianças, doentes e mulheres
grávidas estão dispensados do jejum, mas devem realizálo em outro momento ou então
alimentar pobres durante um período de dias correspondente aos dias que faltaram ao jejum. A
primeira vez que um muçulmano realiza o jejum funciona como uma espécie de ritual de
entrada na vida adulta.
Hajj (Peregrinação) Todos os muçulmanos capazes devem fazer uma peregrinação a Mecca
e seus santuários ao menos uma vez em sua vida, simbolizando a supremacia divina. Em
Mecca os muçulmanos realizam uma série de rituais, como dar voltas em torno da Kaaba.
Jihad é o “esforço” que cada muçulmano encara durante a vida, como o esforçod e tirar boas
notas na escola, de ter bons resultados no trabalho, ou o sacrifício de evitar as tentações do
pecado. Pode ser entendida como uma luta, mediante vontade pessoal, de se buscar e
conquistar a fé perfeita.
A explicação quanto as duas formas de Jihad não está presente no Alcorão, mas sim nos ditos
de Maomé: Uma, a "Jihad Maior", é descrita como uma luta do indivíduo consigo mesmo, pelo
domínio da alma; e a outra: a "Jihad Menor", é descrita como um esforço que os muçulmanos
fazem para levar a teoria do Islã a outras pessoas.
Sharia é o nome que se dá ao código de leis do islamismo. Em várias sociedades islâmicas
não há separação entre a religião e o direito, todas as leis sendo religiosas e baseadas ou nas
escrituras sagradas ou nas opiniões de líderes religiosos. A charia é o corpo da lei religiosa
islâmica. O termo significa "caminho" ou "rota para a fonte de água", e é a estrutura legal dentro
da qual os aspectos públicos e privados da vida do adepto do islamismo são regulados, para
aqueles que vivem sob um sistema legal baseado nos princípios islâmicos da jurisprudência e
para os muçulmanos que vivam fora do seu domínio. A charia lida com diversos aspectos da
vida cotidiana, bem como a política, economia, bancos, negócios, contratos, família,
sexualidade, higiene e questões sociais (leis de alimentação, códigos de vestimenta,
circuncisão, feriados e dias de descanso).
O paraíso islâmico é um lugar de recompensas, onde não há dor nem doenças, muito menos
necessidades.
Assim como cristãos e judeus, os muçulmanos acreditam que, no futuro, todos os seres
humanos serão julgados por Deus. Depois de avaliar a conduta em vida de cada um, Ele
determinará quem vai para o paraíso e a quem caberá o inferno. O primeiro um lugar
maravilhoso, onde não há necessidades, dor ou doença está reservado aos bons e fiéis. "É
um lugar de recompensas, e cada um terá aquela que quiser", diz o xeque Jihad Hassan,
vicepresidente da Assembleia Mundial da Juventude Islâmica na América Latina.
Tradição transmissão de práticas ou de valores espirituais de geração em geração, o conjunto
das crenças de um povo
Principais crenças:
Alá como único Deus existente;
Anjos como seres criados por Alá a partir da luz. Não possuem livre arbítrio e dedicamse
apenas a obedecer a Deus e louvar seu nome, anunciando revelações divinas aos profetas,
protegendo os humanos e registrando suas ações;
Dia do Julgamento Final, onde as ações de cada pessoa serão avaliadas;
Predestinação: Alá tudo sabe e possui o poder de decidir sobre o que acontece com cada um.
Curiosidades:
● SextaFeira é o dia mais importante da semana para os muçulmanos. Os muçulmanos
não acreditam no entanto que este dia deva ser visto como o Shabat (dia de descanso
no judaísmo), pois os muçulmanos rejeitam a crença de que Deus tenha descansado
após a criação do mundo eles frequentam a reza congregacional na mesquita, rezam e
ouvem o sermão do imã (líder religioso).
● Como funcionam as cinco rezas diárias:
https://www.youtube.com/watch?v=mUHDYlJHaOQ
Iniciase com o Azan, o chamado que anuncia que é hora de iniciar a oração. Ele é feito de
maneira especial e consiste em convidar a comunidade muçulmana a tomar parte na oração,
que será, para ela, causa de prosperidade, tanto nesta vida como na outra.
O Azan é um culto que precede a oração. É um dos principais ritos do islã e um dos seus
sinais mais óbvios. Este rito foi estabelecido no primeiro ano da Hégira
Depois de ficar em estado de pureza ritual, o muçulmano orientase na direção da Kaaba em
Meca (qibla) e toma a decisão formal de rezar, recitando a intenção (niyeh).
"Tenciono rezar a (nome da oração) sendo ela uma obrigação diante de Deus"
Após dizer a niyeh, o muçulmano deve recitar o takbir ("exaltação"), elevando os braços para o
céu:
"Deus é grande"
Em seguida, o fiel recita o primeiro capítulo do Alcorão, denominado Fatiha ("A abertura")
"Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso:"
"Louvado seja Deus, Senhor do Universo,"
"Clemente, o Misericordioso,"
"Soberano do Dia do Juízo"
"Só a Ti adoramos e só de Ti imploramos ajuda;"
"Guianos à senda reta"
"À senda dos que agraciaste, não à dos abominados, nem à dos extraviados"
O fiel diz "amin" ("amén"), seguindose a leitura de versículos do Alcorão à escolha.
Depois desta introdução, em pé, o muçulmano inclinase, levando as mãos aos joelhos,
enquanto volta a recitar o takbir(nome em árabe para a expressão que significa "Deus é
grande"). Permanecendo nesta posição, deve recitar três vezes "Sede exaltado, meu Senhor
Altíssimo". Novamente de pé, o muçulmano diz "Deus ouviu aquele que O louvou. Louvado
sejas, Senhor nosso!".
Em seguida, o muçulmano prostrase, para ficar de cara com o chão, voltando a recitar o takbir.
De cara com o chão, volta a dizer três vezes "Sede exaltado, meu Senhor Altíssimo".