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A luta incandescente

Um ar de depressão,de derrota e de dor assolava o país, ou parte dele. Nas casas, os filhos
ainda novos tentavam entender a tristeza dos pais,que se esforçavam para esboçar falsos
sorrisos, e, fracassando, não transmitiam a mentirosa sensação de felicidade que estes
pretendiam.Garotos e garotas que entravam na realidade com este choque, deprimiam-se
junto aos pais, e desejavam sua inocência de volta, desejavam retornar à época em que
ligavam suas televisões para ver desenhos e não faziam a mínima ideia do significado das
coisas que eram ditas nos jornais. A desesperança se via claramente nas conversas entre
amigos, que ainda estavam chocados, totalmente indignados com a situação absurda que
estava ocorrendo. Pelo mundo afora, falava-se dessa traição que fora feita ao povo. Assim
poderia ser chamada, traição. Um golpe dado na cara do povo, uma surra. E as pessoas que
entendiam aquilo, estavam arrasadas.

Porém,havia algo pulsando dentro de todos aqueles seres entristecidos.Haverá,


erroneamente, pessoas que chamarão tal sentimento de ódio,raiva.Mas não seria nem de
longe só isso.Aquilo que pulsava com força junto às batidas dos corações,era a revolta.A
necessidade de reclamar de tudo isso que estava acontecendo,de não deixar passar
impune.Todos aqueles que estavam inconformados com a malícia e a injustiça do que
ocorrera,interligavam-se sem saber,a cada pulsação revolucionária que sentiam em seus
corações e mentes.Estavam todos inconscientemente conectados.

E foi a partir disso,que o movimento iniciou-se.A palavra manifesto circulava por todo o
país.As pessoas,reunidas com amigos em suas casas,combinavam de ir para a rua,de lutar lado
a lado com todas as pessoas que sentiam a revolução bradando forte dentro de si.

A data e o horário já haviam sido combinados.Em todas as cidades,os moradores iriam às ruas
em sincronia.A ansiedade ganhava força dentro de cada um dos que pretendiam comparecer
ao movimento.Era insuportável ter de esperar para poder manifestar sua revolta.Todos
queriam finalmente gritar contra a injustiça.

O tempo,que parecia demorar muito a passar,finalmente acabou.A hora havia chegado.As


pessoas começaram a lotar as avenidas de suas respectivas cidades.Cartazes com diferentes
dizeres sobressaíam-se acima da multidão,em grande quantidade.Em poucos minutos depois
da data marcada,era impressionante a enorme quantia de pessoas que estavam ali
presentes,pulsando unidos.Estavam prontos para começar.

Surpreendentemente,o primeiro a erguer a voz em uma das principais cidades,fora um


jovem.Começou,logo acompanhado por outros jovens,e em seguida os mais velhos,a cantar:

Um povo unido,é um povo forte.


Não teme a luta,não teme a morte.
Avante companheiros que esta luta é minha
é sua.
Unidos venceremos e a luta continua...

A animação dos jovens que estavam adentrando na luta juntou-se a sabedoria dos adultos
que já lutavam a tempo,e tornaram-se força pura.

Ao ouvirem isso,as pessoas que passavam pela rua sem ligar para o que ocorria,apesar da
multidão,pararam para prestar atenção.Vários começaram a juntar-se,ao ler os dizeres dos
cartazes,e outros, gritaram contra ou simplesmente foram embora,incomodados.O
manifesto,por um tempo,apesar da grande quantidade de gente em todos as cidades,seguiu
em paz, cada vez mais reivindicando direitos da maioria,reivindicando os direitos dos pobres.

Já havia se passado bastante tempo,e a manifestação ganhava cada vez mais força.Como
combinado,começaram os dizeres mais provocadores ao final,aqueles que poderiam causar
algum perigo.E como imaginado. Aconteceu.A repressão estava começando a ser intensa,e o
povo se preparava para o último grito,enquanto tentava se defender.

Poder!
Repetia-se cada frase, com mais força.

Poder para o povo,


Porque o poder do povo
Vai fazer um mundo novo!
Essas frases foram ditas com tanta força e tanta união,que as pessoas,em todas as
cidades,começaram a brilhar.Emitiam uma luz tão forte,que quase impedia aqueles de fora de
distinguir uma pessoa da outra.Os manifestantes,apesar de não entenderem o que
ocorria,sentiam que era natural,que deveria ser assim.Sentiam que o brilho veio junto com sua
potência,e o aceitaram com mais gritos,com mais intensidade,consequentemente ele ia
aumentando.

Porém,a situação corria perigo,pois a repressão era forte,forte demais.Fora necessário


correr,e escapar.Mas,enganados estarão aqueles que interpretem isso como um sinal de
desistência.Não foi.Tanto é que,a luz continuava acesa em cada um,enquanto
corriam,enquanto fugiam da brutalidade com que os atacavam.Aquilo não era desistir,aquilo
se chamava resistência.Não iriam arriscar a vida,pois da próxima voltariam mais fortes.

Houveram àqueles que não conseguiram escapar da repressão, e acabaram machucados, não
sentiam-se fracos,como se a luminescência os deixasse mais resistentes.Voltaram para suas
casas,ou para casas de amigos,todos com um ponto de luz no coração,que cintilava a cada vez
que relembravam o ocorrido.

As mídias,como era de se esperar,não transmitiram tal acontecimento.Citaram de passagem


em um ou outro,que houvera um manifesto no dia,mas sem muita cerimônia,e sem explicar
nada.Tentavam esconder do mundo,aquele poder que havia sido mostrado.Alguns jornais
clandestinos falavam sobre,porém sem muitas visualizações.

E era óbvio.Os de cima,não queriam aquilo.Estavam assustados pelo que havia


ocorrido.Ironicamente,eles não queriam temer. Se todos ficassem sabendo,os poderosos
perderiam seu lugar.Iriam cair.Morriam de medo do que havia acontecido,parecia um grande
pesadelo.Mas era real.E não queriam que o mundo soubesse e se aproveitasse de tal ameaça.

Mas todos aqueles que haviam lutado aquele dia,sabiam.E como dizem,as notícias voam.As
pessoas saberiam,todos saberiam.Porque afinal,a luta continua,porque o poder deve ser,e é,
do povo. E o mundo novo será feito.

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