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Estudo P1 – RAD

AULA 1

Por que se faz recuperação ecológica?

Para melhorar a qualidade de um ambiente degradado sobretudo, pelas ações antrópicas. Monocultura seguida de
desertificação, mineração, fragmentação de habitats, poluição, etc são algumas dessas ações que interferem o meio. A
restauração em si vai de encontro com algum interesse de uso do espaço, que em que existe ​alta competição pelo uso ​da terra
pelo ser humano, dada a forma de ocupação do solo que se tem dado ao longo do tempo no planeta, onde as florestas primarias
tem perdido espaço para usos alternativos do solo como lavoura(menor taxa de crescimento), pastagem ( altíssima taxa),
campos naturais, silvicultuura e floresta secundárias (plantadas, em desenvolvimento).

● A restauração precisa ter um objetivo claro​: se é ​de recuperar sua biodiversidade, se restaurar serviços ecossistêmicos,
se sua fertilidade, se apenas mitigar efeitos como erosão​ etc.

Os serviços ambientais ou ecossistêmicos podem assumir dimensões não só ecológicas como se pensa pelo nome; são
pelo menos 4 categorias: serviços de ​suporte​(formação do solo, biodiversidade, comida, habitat), ​culturais (educação ambiental,
recreação), abastecimento(das quais retiramos algum produto direto, como a madeira, peixe, frutas com a polinização),
regulador​ ( polinização?, clima regulado, redução de erosão, permeabilidade, despoluição do ar e da água)

Dentro da abordagem de se recuperar uma área degradada ( já que os problemas são dos mais diversos tipos, o que
demanda uma série de estudos e técnicas diferentes) leva a uma classificação da recuperação dessas áreas: se descontaminar,
chamamos a estratégia de remediação, se o objetivo é ter árvores e revegetar uma área sem necessariamente ter o
compromisso de que seja semelhante com o ambiente original , chamamos de revegetação(reflorestamento?) o que inclui
plantar eucalipto (silvicultura), se o objetivo é recuperar o mais perto do ambiente original natural, temos a RESTAURAÇÃO
ecológica, se o objetivo é reconstruir um ambiente extremamente deegradado ( ex: áreas alvo de mineração), chamamos de
RECONSTRUÇÃO.
● Faz parte do estabelecimento de um objetivo claro, a questão de ter ​um ecossistema de referência ​o qual muitas vezes
é o ambiente natural original. Tenta-se frequentemente imitar as condições originais de um ambiente, no entanto isso nem
sempre é possível de se levantar ( é necessário conhecer o histórico de uso daquela terra, relação com a comunidade, fatores de
estresse perenes e extremos) e, ainda assim, muito do que se sabe é de um ambiente que já foi antropizado em menor nível,
mas não o estado original. ​Nem sempre o ecossistema de referência portanto será o estado original e nem sempre querer
atingi-lo como objetivo final é o mais sensato , pois os ambientes continuam evoluindo e se modificando com o tempo e com
as mudanças climáticas.

Uma vez estabelecidos os objetivos de um processo de uma RAD, existe então questões como: ​quanto recur$o está
disponível para a iniciativa, se é ​necessário e se existe mão de obra(recursos humanos) para tal. O custo de um processo de RAD
pode variar muito pois depende de fatores como o estado de degradação, tipo de degradação, o ambiente ( se terrestre, se
marinho); todas essas questões refletem no custo final e de certa forma definem a viabilidade de um projeto de RAD. Sabe-se
que as florestas tropicais tem a maior variação de custo de financiamento e volume de ações para sua recuperação. O mais caro
é a recuperação de recifes de corais, o que é bastante óbvio uma vez que necessita-se de mergulhadores profissionais,
equipamentos de mergulhos que no geral são caros, além dos materiais para instalar os varais de corais, monitoramento etc.
sucessão de etapas que indicam quando aquele ambiente está recuperado. A partir de um ambiente degradado, as estratégias
de recuperação

Além do ​histórico de uso(área foi pastagem, mineradora, monocultura?)​, precisa-se ​conhecer pelo ​menos a estrutura
daquele ecossistema​, no caso de uma floresta, como é a sua ​estratigrafia (presença de estratos herbáceo, subbosque, dossel e
emergente, em ordem crescente de exposição à luz e altura), ​quais são os fatores abióticos e bióticos, como interações
ecológicas são importantes para aquele ambiente . Por exemplo, no caso de uma pastagem com fragmento florestal próximo (
promovendo possivelmente a “chuva” de sementes), as vacas comeriam as plântulas além de compactar o solo o que inviabiliza
a recuperação. O simples fato de instalar uma cerca isolando o fragmento a ser recuperado, desses herbívoros, é uma alternativa
viável, adequada para a área e barata.

● Contexto da paisagem ( área de entorno). Nesse sentido, os fatores de paisagem que mais influenciam são o grau de
isolamento, conectividade, cobertura de habitar(tamanhos) e composição (pool de espécies e como influenciam na restauração).
Lembrar da capacidade de dispersão das sementes de um fragmento próximo: distâncias maiores só são alcançadas geralmente
por dispersores animais ( aves, mamíferos (morcegos, etc) influenciando no efeito da matriz na regeneração natural.

● É importante se ​perguntar quais ações são as mais adequadas levando em consideração a área de entorno:

-é uma monocultura, área isolada ( ​haverá ou não dispersão por chuva de sementes​?)?O nível de intervenção pode ser
nulo ( permitindo restauração natural quando estão próximas a fragmentos florestais) ou deixar de ser passivo, para ser uma
restauração progressivamente ativa ( semeadura, transposição de solo levando um pool de sementes, plantação etc)

-vou precisar buscar ​alternativas​ como: ​banco de sementes? De mudas? Transposição de solo e serapilheira?

● Daí em diante outras perguntas são importantes como ​quando consideramos um ambiente recuperado​, até quando
são necessárias as intervenções humanas de assistir e manejar?

A RAD ocorre até que o ambiente recupere seus processos de funcionamento fundamentais de forma mais estável ou
oferece condições propícias para tal​, i.e, quando o ecossistema é considerado reabilitado(resiliente o suficiente para estar
integrado à área de entorno e se manter apesar dos impactos que virá a sofrer). A partir do momento que estão estabelecidas,
via de regra, ​as florestas secundárias ( no caso de um floresta), as ​intervenções humanas não são mais necessárias e a própria
floresta secundária é madura o suficiente para alcançar o nível de recuperação desejado para o ecossistema.

● Por fim, dependendo das condições de degradação e a reversibilidade para um ambiente equilibrado ecologicamente,
devemos pensar nas formas de uso e funções para prover interesses humanos para uso sustentável ou dar novos usos e novas
paisagens para aquele ambiente (novo, híbrido, histórico, etc.)

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AULA 2.

Traz um olhar mais cuidadoso para as diferentes características das espécies vegetais, suas demandas e papeis ecológicos
que desempenham ao longo de uma sucessão ecológica, no sentido de dar um foco em como recuperar uma área
degradada com um histórico de uso, em um ambiente resiliente. Área degradada por uso ->Área resiliente (o que levar
em consideração para alcançar a resiliência?).

● Estrutura da floresta​: estratigrafia, aproveitamento da Energia luminosa (80% retida no dossel e emergentes,
2-4% nas herbáceas, 7%no subbosque). >>> maior estratigrafia leva a maior aproveitamento da energia luminosa
e permite maior diversidade de spp num mesmo espaço, tal princípio é copiado nos SAFs para obtenção de
maior diversidade e produtividade.
● Aspecto de reprodução :​ sexuada (vegetativa, estacas, clones, brotos). Se sexuada, como ocorre a polinização:

i.Diversas ​síndromes de polinização ( o processo de transporte do grão de pólen até estigma da planta feminina para
gerar um zigoto e, por fim, uma semente): abióticas(vento, água), ou bióticas ( dependente de abelhas, vespas, formigas,
mariposas e borboletas, besouros, morcegos, aves)

ii. Diversas ​síndromes de DISPERSÃO​: uma vez formadas as sementes, os indivíduos potenciais, como as sementes são
dispersas nas redondezas: de forma abiótica(vento, água), ou biótica ( aves, animais de maior porte, se passa por trato
digestivo de algum animal).

● Aspecto da ​germinação​: ao restaurar um ambiente, os indivíduos a serem utilizados e procurados em bancos de


sementes, até alcançar o ecossistema desejado tem uma série de especificidades.
- Germinação quiescente ou dormente?: as suas ​sementes podem ser ​quiescentes ​(basta solo sem restrições para seu
desenvolvimento para que germine​), ou ​dormentes (​mesmo as condiçoes de solo favoráveis às quiescentes não
são suficientes às dormentes que precisam ter sua dormência quebrada por algum fator, como luz, fogo,
acidez(trato digestivo), para que inicie a germinação​, revelam aspectos evolutivos da interação
ambiente-indivíduo).
-Sementes são ortodoxas ou recalcitrantes​?: serão as sementes resistentes a um armazanamento de longo período ou
não? Assim, as sementes são ortodoxas ( baixíssimo teor de água e portanto resistentes a longos períodos de
seca, exposição ao sol até que surjam condições favoráveis para sua germinação), ou recalcitrantes (muito
úmidas e, portanto, perdendo essa umidade perdem muito rapidamente o potencial de gerar novo indivíduo).

● Sucessão ecológica: a sucessão de uma área a ser recuperada é uma ​sucessão secundária​, e obedece à dinâmica
do aparecimento de plantas conforme o mais apto para os estados alternativos ao longo do processo. A
substituição de plantas por outras aptas num outro estágio de desenvolvimento é normal.

i.​pioneiras​: rápido crescimento, necessitam de grande aporte de luz, maior tolerância a solos mais pobres, rápido ciclo de
vida, rápida fixação de biomassa, ciclo reprodutivo rápido.

i.​secundárias iniciais: relativa tolerância à alta exposição ao sol, mas em algum nível se beneficiam das condições
proporcionadas pelas pioneiras(algum nível de sombreamento), crescimento mais lento, ciclo de vida mais longo(~10
anos).Compõem com as pioneiras as linhas de preenchimento.

iii.​secundárias tardias​: crescimento mais lento, vida mais longa, compõem o dossel, são nutricional mente mais exigentes.

● Histórico de projetos de restauração no Brasil:

i.-Floresta da Tijuca: D.Pedro II para proteger recursos hídricos pra driblar a seca encomenda projeto de revegetação da
mata que hoje é a Floresta da Tijuca. Seu coordenador é possivelmente o cara que introduziu o método utilizado até hoje
em plantar nos saquinhos pretos. Escravos realizaram os plantios. Utilizou-se espécies nativas e exóticas ( até de trazer
árvores inteiras já crescidas pra lá, eu acho).

No geral na etapa I até 1970​, predominou a ideia de apenas revegetar não havia tanta preocupação com o arranjo
(espaçamento entre as plantas), diversidade e preservação de nativas, (nativa X exótica), ou o aspecto da sucessão
vegetal: não obedecendo à ordem de estabelecimento, a introdução de uma espécie pode não encontrar condições
favoráveis para se desenvolver, levando ao fracasso de diversos projetos.

ii. Em relação às experiências iniciais no país que deram errado: passaram a se atentar na sucessão ecológica um pouco
mais ( mesmo que tenham errado) e ​valorizavam um pouco mais o uso das nativas ( mas erraram em esquecer a questão
da regionalidade): ​Mimetizam dinâmica de clareiras​, quando abre clareira com a queda de uma árvore, se planta outra
de rápido crescimento ( aproveita a luz que agora chega no solo). O sistema entra com diversidade de gramíneas como
pioneiras, no entanto diversos projetos não atentaram que as pioneiras não eram regionais, i.e, não respondiam bem às
condições locais da restauração. Assim sendo, os projetos também deram errado. Errar a proporção de pioneiras/inicias e
tardias também influencia no resultado.

iii. ​arranjos ​complexos (circuladores) para crescimento rápido de pioneiras de alto porte, e posterior sombreamento das
secundárias e spp.clímax, para que o sombreamento seja utilizado a favor das duas, superando a pioneira ( que necessita
de grande aporte de luz) que morre, e é substituída por outras, enquanto a climax cresce. Esses projetos além de ​caros​, e
com ​visão​ ​unidirecional​ e ​determinística​ ​da​ r​ estauração​ , não atentaram-se às spp.regionais.

iv. Visao contemporânea:

-​imprevisibilidade​: o ​processo ​sucessional é bastante ​imprevisível​, o máximo que podemos fazer é um levantamento
florístivo e fitosociológico detalhado para estabelecer as plantas pioneiras e secundárias iniciais , mas a composição que a
comunidade vai assumir após os fatores externos (vento, chuva, seca, fogo) atuarem sobre
o sistema, ​faz com que os processos pelos quais esse sistema vai traçar ao longo do
tempo, seja diversos ​e parcialmente imprevisíveis, sendo, por isso mesmo necessário o
monitoramento e manejo para estabilizar o meio.

-linhas de preenchimento e de diversidade: a abordagem atual trabalha com plântulas e


um espaçamento padrão e não mais arranjos complexos como na etapa três, mas sim
linhas de preenchimento e diversidade. As primeiras são caracterizadas pelo rápido crescimento e capacidade de fornecer
boa cobertura vegetal(para sombrear as de diversidade enquanto crescem). As segundas tem crescimento mais lento e
não tem boa cobertura inicial/final. O plantio em linhas facilita, inclusive o manejo ( cortes, etc). Além de trabalhar com
relativa diversidade de plântulas nessas áreas, existe maior preocupação em utilizar variedades regionais, i.e, melhor
adaptadas para o tipo de ambiente dado em questão.

-​falta complexificar os sistemas​: com diversas ​outros estratos ​que compõem uma paisagem florestal, como incluir
lianas​(trepadeiras) , ervas, palmeiras e espécies epifíticas, principalmente porque existem estudos que apontam que as
lianas de modo geral, dão ​aporte de frutificação nos períodos em que um número menor de spp de árvores estão
frutificando​. Assim arbustos, árvores e lianas se ​complementam ​mantendo o suporte de alimento ou reprodutivo para
uma série de animais. Podemos resgatar plântulas que crescem em meios e incorporar ao sistema, bem como instalar
poleiros para atração de fauna. As novas demandas atualmente é referente ao aumento da diversidade genética,
promovendo ​maior conectividade entre fragmentos isolados para aumentar a resiliência ​dos ambientes não só aos
cenários atuais como as do futuro referentes à mudança climática nas diferentes regiões.

● Mudanças climáticas​: r​edução e redistribuição de spp de anfíbios e abelhas nativas, deslocamento de espécies
nativas de arvores para a região sul e sudeste com o aumento da temperatura global média. >​ ​Ao restaurar,
levar em consideração que as espécies a serem plantadas precisam ser adequadas ao tempo presente e aos
cenários climáticos futuros, ​ou pelo menos as comunidades devem ser de forma tal que possibilite resiliência
num clima futuro.
● Conhecer e saber restaurar outras fitofisionomias: cerrado, campos, caatinga​: algumas adaptações nas
estratégias de restauração dessas áreas são notáveis, como plantar as mudas em canos de PVC, tornando o
processo menos cansativo, e as plantas devem ser regionais pois outras não terão raízes fundas o suficiente para
alcançar o lençol freático e se manter viva. Frequentemente suas raízes furam sacos, quando criadas nos
viveiros. São aclimatadas( “calejadas”) expostas à falta de água, a alta luminosidade, antes de irem à campo.
Algumas técnicas são específicas como a galhada e o coroamento, evitando que outras plantas cresçam no
entorno da planta que se deseja desenvolver. É comum a invasão de capins, em especial do capim gordura.
Ambientes como o cerrado tem variáveis que precisam ser manejadas com cuidado, como a importância da
queimada para a quebra de dormência e a dinâmica desse bioma.

● Débito de extinção: ​distancia de tempo entre um evento de perturbação a um habitat e as conseqüências


de longo prazo (extinções) causadas por ele indiretamente no tempo​. Está diretamente relacionado às
ações de restauração pois segundo estudos(Rappaport) fontes de biodiversidade(alta resiliência) perdem a
resiliência ao longo dos anos em função das alterações de habitat. Ao diminuí-las, estabelecendo um novo
equilíbrio ecossistêmico, pode haver menor variedade genética na comunidade , o que a torna mais
vulnerável. ​O comportamento de causa-efeito nem sempre é linear, pode ser exponencial, isto é, as
conseqüências podem ser drásticas depois da perda de uma porcentagem significativa de habitat(​pesquisa
FAPESP e fragmentação da mata atlântica reflete bem isso).
● Crédito de Recolonização:

● Melhorias​: aumentar ​a biodiversidade dos ambientes recuperados tanto em espécies vegetais quanto
cumprir seu papel ecológico, atraindo fauna. Compreender a restauração de outras fitofisionomias que não
as florestais(cerrado, campos e caatinga). ​Aprender a restaurar em larga escala,​ dada as ​demandas
​ ms os diversos pactos e acordos internacionais para aumento da fixação de
nacionais e internacionais co
carbono na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

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AULA 3.

Nessa aula se discute os métodos para execução da restauração, da ​geração ou obtenção dos recursos vegetais em larga
escala (​ viveiros, banco de sementes) e do ​monitoramento ​do processo de restauraçã

A escolha da estratégia de restauração depende de tudo o que foio discutido até agora: de antes de restaurar, levantar
dados sobre meio físico e biológico(levantamento de flora e fauna presente ou que se deseja incluir na área do projeto)
do local e região, bem como aspectos da execução(haverá algum processo mecanizado, há profissionais disponíveis),
histórico de uso, etc.

1) PRINCIPAIS MÉTODOS:

-isolamento e retirada do fator de degradação: sempre utilizado, muitas vezes só isso basta quando o ambiente ainda tem
bom potencial de regeneração natural. Por isolamento, entende-se cercamento (ex: pastagem bloqueada do pisoteio do
gado, houve regeneração da área). ​Como isolar de fatores como o f​ ogo?​ Fragmentos devem estar a pelo menos 10m de
distância de uma área que é atingida por fogo ( canavial: nova legislação proíbe queimada em SP), mas nem sempre o
fogo é contido e ​o calor basta para que as plantas da linha de frente sejam mortas e p ​ otencializar o efeito de borda,​
promovendo a redução de ​fragmentos ainda mais. Erosão também pode prejudicar vizinhança por efeito de borda.

-Condução e Indução ​de regeneração natural​: adotar em contextos de proximidade `fragmento nativo bem preservado,
ou quando está imerso na matriz do ecossistema que se deseja recuperar (ex: recuperar clareira aberta para extração da
madeira bem no meio da floresta). A vantagem desse processo é que a área que é vizinha ao fragmento em bom
equilíbrio ecológico, já receberá a variedade genética de plantas bem adaptadas àquele clima, e condições locais.(pode
não ser imediato: primeiro as pioneiras de lá, até chegar na clímax). Para a indução ( faciltar o processo de regeneração
natural) pode ser útil fazer o coroamento em torno da planta que se objetiva o crescimento, para reduzir a competição
desta com outras plantas; bem como cobrir o solo, para reter umidade por mais tempo, protege-lo e dificultar a
colonização ou germinação de gramíneas , porque estarão sombreadas (palha, folha, galho, o que for); para
facilitar(induzir) pode vir a ser necessário o uso de fertilizantes.

-Quando observamos o ambiente a ser conservado, precisamos adensar e/ou enriquecer com mais spp? Geralmente as
ações são tomadas em conjunto, mas se faz com algum objetivo, por exemplo: podemos querer adensar(ter + indivíduos
de spp preexistentes na área) para fazer uma barreira de vento, ou bloquear muita luminosidade atingindo o solo , daí
promovemos espécies de rápido crescimento pra ter maior cobertura florestal ou fechamento do dossel.

-Quando não há bom potencial de regeneração natural, adota-se o plantio de ​mudas ou a semeadura (semeadura de
sementes em encostas com biomanta (hidrossemeadura) de rodovias.

i.​Semeadura em linh​a: O método mais discutido em sala foi o plantio alternado de plantas do grupo de
preenchimento(crescimento(biomassa) rápido, sombreia) e as de diversidade(crescimento lento, são as secundárias
iniciais e tardias), substituindo as pioneiras quando estas morrerem(ciclo de vida mais curto). Nessas ​circunstâncias,
dentro da semeadura , temos diversas técnicas possíveis.

ii.​Muvuca​: é uma “bagunça” que mistura sementes de nativas regionais e sementes de agrícolas que geralmente são
lançadas, por vezes utiliza maquinário e o solo precisa estar preparado para receber tais sementes. É um dos métodos
mais econômicos, mas desperdiça um número grande de sementes (470mil sementes>4,7mil árvores). Exige coleta de
sementes da região antes. Se desenvolvem as mais aptas às condições locais.

iii.​Nucleação​: criação de núcleos atrativos de dispersores naturais (como poleiros de aves) para que tragam sementes
que serão plantadas na área de restauração. A idéia é que se criem núcleos florestais, ao invés de realizar plantio total
das áreas, pois existe a tendência é que esses núcleos(capões) ao desempenhar seu papel atrator de fauna, cria um
potencial de regeneração natural ENTRE os núcleos criados, barateando o processo. Promovem maior adensamento de
mudas, transposição de galharias(cria microclima sob os galhos, roedores esquecem sementes que armazenaram ali,
havendo o crescimento da planta), chuva de sementes, transposição de solo(colonização de organismos do solo fonte
para o solo da área a ser recuperada) , semeadura direta, poleiros.

2)CADEIA DA RESTAURAÇÃO

i. Coleta as sementes:​ banco de sementes; traçar trilha e , identificadas as árvores-alvo, pode-se coletar os
frutos/sementes, levando em consideração o tempo de frutificação, etc, para prospectá-las. A coleta em si pode ser muito
simples como pegar do chão, ou muito complexa, como escalar uma árvore.

ii. ​Beneficiamento de sementes​ (para conseguir extrair a semente, principalmente de frutos indeiscentes(que não se
abrem lançando suas sementes), mas pode ocorrer separação e aproveitamento de polpa ou parte carnosa de outras
sementes.

iii. Armazenamento:​ a semente é recalcitrante ou ortodoxa? Isso é importante porque aí sabemos se existe risco em
armazenar as sementes e mofarem, ou se elas devem ser plantadas assim que coletas (recalcitrantes, ou o mais cedo
possível)

iv. Germinação​: se for necessário a quebra de dormência: escarificação (lixar a semente para inflar mais rápido), quebra
de dormência de abscísico, sulfúrico.
...Uma questão para os viveiros:​ necessidade de fornecer variedades genéticas: atualmente existe rede de troca de
plantas entre viveiros para que eles mesmos realizem os cruzamentos obtendo outras variedades, ou simplesmente troca
de fornecimento. Pode-se resgatar plântulas em áreas relativamente preservadas, para incremento.

...Uma questão de uso sustentável e promoção da sociedade local: manter árvores de pé é mais rentável do que vender m³
de sua madeira. Gera emprego, e existe transferência de renda, aumentando a qualidade de vida dessas pessoas além de
promover apropriação e conhecimento aprofundado sobre a área.

Hidrogel : usado nas semeaduras e plantio de mudas. São aquelas bolinhas que retem umidade, e em períodos mais secos
as plantas podem retirar umidade gradualmente dali. Duram +- 1 ano, necessidade reaplicação.

3) PRODUÇÃO DE MUDAS

Sacos​ plásticos(abrir grandes covas, encher os saquinhos, saquinhos geralmente não são reutilizados(furam)) X ​tubetes​(+
rápido, prático). Para plantar nessas interfaces, pode-se fazer semeadura direta(bota a sementes lá dentro, alguma das
sementes colocadas germinam), ou indireta ( se estimula germinação em outro substrato(ex:areia) e depois só são
transferidos pros sacos ou tubetes aqueles que germinaram ( aí não desperdiça espaço).

Desafio para viveiristas: controle de pragas (aplicação de inseticidas); fertilização (adubação) em larga escala.

Posteriormente, antes de saírem para suas novas moradas fixas, as plantas são “​aclimatadas​” ou ​rustificadas​ ( se tornam
mais “rústicas”, cortam adubação, expõem ao sol, irrigam menos) para se estabelecerem e aumentarem resistência em
condições de estresse.

Cuidados adicionais no transporte para área de restauração:

-organização;identificação ( plantas de diversidade ou preenchimento), transporte cuidadoso.

4) ​MONITORAMENTO

Aprender com erros, avaliações periódicas.

● Via de regra, o ambiente restaurado dificilmente


será melhor do que ecossitema de referência,
mas a taxa de sucesso em relação ao ambiente
degradado encontrado, é significativa.
● Estudos de Crozzeile indica que tanto para
biodiversidade quanto para diversos critérios
da estrutura vegetativa para o projeto de
restauração, tem maior sucesso por meio da
restauração passiva(natural) do que das ativas,
principalmente para plantas!

● Estabelecer critérios qualitativos e quantitativos é


importante:​ ainda existe fator de perturbação? Existem muitos
focos de erosão, qual o grau de invasão biológica?
Velocidade da regeneração natural? Ao identificar os
problemas do sistema pelos indicadores
levantados(qualitativamente ou quantitativamente ( que é
replicável e comparável) : propor solução. No mundo ideal o monitoramento seria detalhado envolvendo
diferentes de grupos de seres vivos, se estão desempenhando seu papel funcionalmente bem , se o sistema está
saudável ou não, verificaria corretamente a composição do sistema.

● Com o objetivo de monitorar as áreas a serem


recuperadas no estado de SP, o Estado soltou uma
portaria em 2014 fornecendo os parâmetros
mínimos para avaliar projetos de recuperação em
andamento levando em consideração as diferentes
fitosionomias (ecossistemas) do estado. A
metodologia básica leva em conta o número de
hectares do proprietário e estabelece o número de
parcelas de 100 m² de transectos de 25m X 4m onde
se deseja saber a área de cobertura vegetal de
nativas incorporadas, a estrutura (a altura que as mudas atingiram em determinado período de tempo) e esse
tipo de informação. A somatória de pontos indica se a ação atingiu apenas o estado crítico onde são urgentes
ações de correção, se atingiu o nível mínimo ou se está adequado com as expectativas. Estado de ‘’saúde’’ que
evidencie alguma disfunção de algum grupo em relação à composição da paisagem. É um documento que serve
de referência para áreas em processo de restauração para autorizações e licenças ambientais, reparação,
compensação e mitigação de danos ambientais, recomposição de reservas legais e APPs ​(PRADAS e PRA) e/ou
financiadas com recursos públicos
● Já o documento do PACTO conta com mais parâmetros (mais do que apenas referentes à vegetação, mas de
invasões biológicas de outros grupos), levam em consideração princípios de inclusão socioeconomica de
indivíduos no decorrer no projeto de restauração, gerando renda, etc. Divide-se em duas avaliações, da fase
I(verificar se houve estruturação do dossel) e II(trajetória ecológica), para resolver problemas potenciais ao longo
do projeto.

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AULA 4

Dado o desafio de restaurar os ecossistemas frente a perda de


biodiversidade, mudanças climáticas, competição pelo uso e ocupação
do solo para as mais diversas funções, existe hoje um grande esforço
nacional e internacional em fazer essa restauração em larga escala. No
entanto essa restauração encontra limitações, sendo assim, como
podemos fazer o máximo e o melhor possível dentro de certos
limites? Resumindo, como otimizar a restauração, tendo as maiores
chances de sucesso a custos relativamente menores, para isso será
necessário ler corretamente os gráficos que fazem a correção de área
de fragmento e intensidade do serviço ecossistêmico oferecido. Esse
será o tema da aula 4.

● Objetivos: quais serviços ecossistêmicos se deseja recuperar? É possível ou viável fazer a recuperação com esse
objetivo ou seria melhor que déssemos uma nova função para essa paisagem? ( histórica, híbrida, produção, etc).
● As faixas de probabilidade para um maior impacto positivo do incremento de área do fragmento em alguma
variável ecológica (biodiversidade, serviços ecossistêmicos) consta nas regiões de um gráfico onde existe uma
derivada alta, i.e, com um pequeno incremento de área restaurada, geraria um grande salto de algum benefício.
O que deve ser contrabalanceado com a questão de quando a maior faixa beneficiada for justamente uma área
já bem preservada, quando o objetivo é expandir mais desses tipos de
áreas por outras regiões. .
● A decisão para a escolha das áreas a serem restauradas dentro do panorama estratégico (ex: tambosi) deve levar
em conta fatores que tornam aqueles possíveis projetos em potenciais de sucesso, por exemplo: o grau de
resiliência de diferentes locais no presente, o grau de conectividade desse fragmento com demais áreas.
● Apesar do acúmulo de pesquisas e do aumento de áreas sendo
restauradas em florestas,também ocorre um processo de
substituição por florestas de menor qualidade. A prioridade é
manter as nativas, não derrubar para ter algum uso temporário
para depois restaurá-la quando já vimos que a floresta
secundária raramente supera as condições de seu ecossistema
de referência.
● No ​Cerrado​, só há médio potencial de regeneração natural em
áreas com cobertura florestal, mesmo com agricultura
intensiva ou com usos combinados. Campos e savanas são os
menos propensos a isso e por isso seriam sistemas mais caros
de serem recuperados, pois seria uma estratégia bem ativa.
● O​ pampa​ tem alta/média capacidade de recuperação natural em boa parte de seu território.
● A ​mata atlântica tem alta resiliência apenas no contiinuum sul onde estão os parques estauduais, e resiliência
média no entorno, o que possibilita -nos pensar em estratégias de conservação. No geral, o potencial de
regeneração natural na Mata Atlântica é maior( em áreas com declividade maior que 15% pois são solos menos
usados, ocupados e tecnificados, portanto devem guardar banco de sementes para colonizar outras áreas;
pastagens em microbacias , porque em via de regra, tem baixa densidade de gado, o que não atrapalha a
germinação das plântulas) e é menor ( em áreas ocupadas pela agricultura na microbacia por conta dos riscos, do
uso intensivo de fertilizantes e agrotóxicos; e quanto mais distante de fragmentos florestais).
● Cuidados: ao promover ações de recuperação ambiental, se o projeto não estiver bem estruturado e vinculado
ao desenvolvimento social e econômico sustentável local, pode-se criar uma pressão de deslocamento para que
essas pessoas busquem terras mais baratas em outras regiões, o que pode aumentar a ocupação irregular em
áreas preservadas, aumentando a fronteira agrícola. Por isso: INCLUIR E MANEJAR de forma que seja viável para
os dois lados, como no estudo de caso de adensamento do gado no ES, liberando espaço para maior agricultura e
atingindo a meta de florestas por lá, ao mesmo tempo em que aumenta a produtividade por hectare.
● Iniciativas para viabilizar a restauração em larga escala:

i.créditos de carbono (REDD+ = Reducing Emissions of Deforestation and Forest Degradation): a maior parte do carbono
fixado provem de florestas secundárias velhas (+-100anos), por isso a importância de plantarmos tanto no presente.

ii. PAS: Pagamento por serviços ambientais e incentivos fiscais: ex projeto Conservador de Águas de Extrema(MG),
promovendo auxílio para o produtor, instalando biodigestores e tratamento de água, poços para bois, enquanto os
produtores seguem as recomendações eles recebem pagamento do município pelo serviço prestado, e tem dado muito
certo, principalmente dentro de um contexto em que a maior parte das florestas secundárias não estão dentro de UCs e
existem pressões sociais e competição por terra por todo o país.

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