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6, Comissdes ¢ sindicatos na greve de 1953, 7, Concly 4 Automéveis 100% naci desenvolvimentista no além- 1, Introducao. 2. Feito abaixo do ador. 4, Capi 5, Vargas & Kubitshek. 6, Entre Cuba e 0 american way of life 5*Centenas de estopins acesos ao mesme 400 mil, piquetes e a organizacio dos lo (1957) ~ Paulo Fontes, jaclores em S30 4, Introducio. Ei 2, Dez dias que abalaram Sao Paulo, 3, “China de simpatia ¢ compreensao 4, Piquetes e 2 organizacto dos trabalhadores, 6 Pensar a América Lati John D. French ~ Alexandre Fortes, Antonio 1. Negro, ‘Paulo Fontes po” ~a greve dos 145, 47 49 158 162 al REVENDO A LEGALIZACAO DOS SINDICATOS: METALURGICOS DE PorTO ALEGRE 1931-1945)" de mewtado do autor ialitlada Busconde nanos telton, Traba adores organizapto sintial ad Porto alegre de 1933 21957 (Camp nas, en — Unkamp, 1990), Una verso sinitica fet apresentads na Brasilan Sadies Asocaton Conference (Cambri, Inglett, setembro de 1956) © publcads em Cadcinos Poo © Wiguis Por alee, Secre tara Municipal de Cait, 1, 198, Agradecemoy ans enegss Remand ‘Teta da Siva e Antonio Luigi Negro, assim como to proeoeor that N, Hull e's Helona Weiss Gongalves ela eitura de uaa versio. pol finat pelos valosos coments, Alexandre Fortes 1. Introdugao A partir das greves de 1978, 0 surgimento do “novo sindi- calismo” contribuiu para uma mudanea na leitura historiografica so- bre a implantagao da estrutura sindical oficial no Brasil. Até entio, 1 visto predominante sobre aquele processo o explicava pela pas- sagem de um operariado imigrante, qualificado e semi-artesanal para outro ofiundo da migracéo rural nacional, passivo em relacio a ex- ploragio e carente de uma cultura politica de esquerda. O *sindica- to burocritico de massas” teria sido um instrumento usado pelo Es: ado para *por em consecucao um conjunto de leis ¢ de medidas de protegio ao trabalho" e criar as “condicées para a expansao in- dustrial e para a modernizagao da sociedade”.* Criticando esta visio de um Estado demitirgico, a historiografia do final da década de 70 e inicio da de 86 enfatizou a importéncia do resgate da autonamia operaria, Focalizando os processos de re- sisténcia 4 exploracao e de luta espontinea contraposta as orienta goes de partidos e sindicatos.* No que diz respeito ao sindicalismo corporativista, este deixava de ser entendido apenas como uma im- posi¢ao do Estado a0 movimento operirio, passando a ser também. encarado como 0 resultado de contradigdes internas desse movimei to, como aquelas entre base ¢ direc. A consotidacio da hegemonia comunista no sindicalismo brasileiro entre meados dos anos 20 ¢ os primeiros anos da década de 30 passatia a ser considerada decisiva nha explicaca0 do sucesso do projeto corporativista.” Para Munakata, os comunistas teriam procedico & centralizagao nos sindicatos ¢, 20 adotarem mecanismos de controle das federa- gdes sobre cles, teriam aberto caminho para a despolitizacdo dos problemas da organizacao opera, transformando-os em prerroga- liva de técnicos € especialistas e afastando os trabalhadores da ela- boracao de alternativas para o seu enftentamento.* De Decca, por sua vez, identificou uma institucionalizaglo da representacao park 7h mentar operéria na atuagio do Bloco Operdirio Camponts, articula- do pelo PCB em 1928, que teria sido decisiva para a construgio das bases sobre as quais se ergueria 0 corporativismo estatal.* Paoli, por outro lado, resgatava os elementos de continuidade das “pequenas hutas" no interior das fabricas entre a década de 20 € 0 p6s-30, gerando um discurso auténomo de interpretagao da con. digto proletaria, cujo desenvolvimento seria cortado pelo Estado Novo. Quando este discurso voltava a emergir publicamente nas gre- ves dle 1945, ele entraria em choque com a orientacio do PCB no. sentido de que os trabalhadores “apertassem 08 cintos”. Esta con- tradicao entre 0 modo como a esquerda concebia seu projeto poli ico € a experiencia operdria seria derivada do afastamento dos co- munistas do cotidiano fabri." Estes estudos contribuiram para romper com a idéia da passi- vidade operiria no p6s-30. Porém, chega-se a um paradox, Mui- (os deles apresentam o focus central do exercicio da dominacao ca- pitalista (a farica) como espaco de desenvolvimento da autono- mia operdria, Mas também alimentam a idéia de que 0 espaco institucional do sindicato oficial ¢ da organizaco partidiria seria re- fratério 4 aco aut6noma dos trabalhadores. Paralelamente, era ques- tionada a idéia do Estado como sujeito Gnico, capaz de impor 0 corporativismo ao movimento operirio, Tal papel, entretanio, vol- lava a ser exercido pelo partido politico A medida que a década de 80 caminhava para o seu final, a situagao vivenciada no interior do movimento sindical passava a co- locar em questdo as teses que estabeleciam uma associacao exces- sivamente estreita entre projetos politicos e caracteristicas organi- zacionais dos sindicatos. De um lado, consolidava-se a hegemonia das correntes sindicais que pretendiam operar uma ruptura radical com 0 modelo corporativista, De outro, a transformagio da estrutu- ra sindical esbarrava tanto nos habitos e concepedes sedimentados ras rotinas internas como nas expectativas e demandas dirigidas pelas prOprias categorias profissionais as suas entidades, A politica sindical passava, cada vez mais, a ecoar as lutas de base, abandonando o colaboracionismo e assumindo a defesa dos interesses de classe dos trabalhadores. Porém, persistia entre estes uma compreensao sobre 0 papel e a natureza do sindicato que cor- roborava muitas das caracteristicas institucionais consagradas na Con- solidacao das Leis Trabalhistas (CLT): unicidade, fornecimento de assisténcia, sustentagao por meio do imposto sindical etc, Estas, 22 contradigdes, verificadas na implementagao de um projeto que se autodefinia como de superacao da estrutura sindical oficial, traziam 1 tona os limites das abordagens historiograficas sobre o processo de implantagao daquela estrutura, A medida que bases mobilizadas diregdes combativas nao representavam condicdes suficientes para 4 sua superagio, dificil seria sustentar que sua génese se devera apenas i imposi¢ao de um poderoso agente heterénomo, fosse ele Estado ou partido politico. Cabia, portanto, reexaminar este proces so hist6rico em uma nova perspectiva, com énfase na relacao en- tre a formulacdo de demandas sociais pelos trabalhadores € seu im- pacto na definicao da pritica sindical. ‘Analisando 0 sindicalismo das décadas de 30 ¢ 40, pudemos identificar quatro éreas de atuaclo, cuja articulacio definia 0 cara~ ter institucional do sindicato: reivindicacto, beneticencia, “colocagao" no mercado de trabalho e identidade coletiva. O primeiro aspecto estd ligado a luta em torno do resgate, criacao, implementagao € generalizacao de direitos, como forma de exercicio € alargamento dos limites da cidadania operiria. No segundo, situamos os meca- nismos coletivos de amparo frente a doenca, & velhice, ao desem- prego ¢ a propria morte, O terceiro liga-se as virias formas de in~ lervengao coletiva dos trabalhadores no mercado de trabalho, que oscilam em Porto Alegre desde 0 controle total (como o closed shop dos estivadores) até uma bolsa de colocagdo reconhecida apenas por parcela do empresariado (como no caso dos metalirgicos). O {timo aspecto vincula-se ao desenvolvimento de valores e princi- pios que articulavam 0 préprie modo como os trabalhadores se autodefiniam enquanto grupo social, em sua relagdo com 0 restan- te da sociedade (como por exemplo: unidade, classismo e busca de “intelectualizagao do protetariado”).? Estes diferentes componentes se combinavam de modo dina mico a partir da constante reelaboracao da tradi¢ao de lutas opera- rias, assim como da relagio com o empresariado € o Estado. O pro- duto dessa combinagio era também objeto de disputa entre as cor- rentes politicas atuantes no movimento. Desta interacao entre dife- rentes fatores resultava a construgao de um imagindrio politico so- bre o sindicato que, mais do que qualquer determinagao estrutural ‘ow normativa, definia concretamente os contomnos € 0 ambito de atuagio dessa instituigao. ‘Concebemos, portanto, uma relacio dle mio dupla entre proje- tos politicos e movimento, Tanto a ascensio cos comunistas influenciou. 23

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