Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
1
Caetano, Marcelo José
| 01
NATUREZA E CULTURA
Orientação de Estudo
REFERÊNCIAS:
GOMES, Mércio Pereira. Cultura e seus significados. In: Antropologia: ciência do homem,
filosofia da cultura. São Paulo: Contexto, 2008. p. 33 – 51 (livro eletrônico – disponível na
Biblioteca Pe. Alberto Antoniazzi)
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. 14. ed. São Paulo: Ática, 2010.
Critérios de Avaliação
| 02
Os critérios de avaliação adotados à análise e apuração de notas nas atividades dissertativas
serão os seguintes:
1. Completude (foi possível compreender a resposta como texto autônomo, sem necessidade
do enunciado?),
2. Precisão na resposta (o solicitado no enunciado foi atendido com objetividade na resposta?),
3. Resposta completa (todas as indagações trazidas pelo comando foram aludidas e
respondidas?),
4. Estrutura dissertativa (o texto demonstra introdução, desenvolvimento e conclusão com
clareza?),
5. Aspectos gramaticais (ortografia, acentuação, regência, concordâncias e sintaxe).
Processo de avaliação
1. NATUREZA
1.1. A Natureza é, segundo Chauí (2000), a substância (matéria e forma) dos seres. É o
conjunto de qualidades e atributos que definem algo ou alguma coisa, é o seu caráter ou
índole inata, espontânea.
1.2. Natureza é a ordem e a conexão universal e necessária entre as coisas, expressas em
leis naturais. O que é natural opõe-se ao artificial, artefato, artifício, técnico e tecnológico.
1.3. Natureza é o que é natural, ou seja, é tudo quanto se produz e se desenvolve sem
quaisquer interferências humanas.
1.4. A Natureza não é apenas a realidade externa, dada e observada, percebida diretamente
por nós, mas é um objeto de conhecimento construído pelas operações científicas, um
campo objetivo produzido pela atividade do conhecimento, com o auxílio de instrumentos
tecnológicos.
Ambiente externo
Sistema
Estímulo Resposta
receptor
Todo organismo, até o mais rudimentar, se adapta, num sentido amplo, ao seu meio e se vê
inteiramente coordenado com seu ambiente. De acordo com sua estrutura anatômica, possui
| 03
um sistema receptor e um sistema destinado a responder aos estímulos de seu meio. O sistema
receptor, pelo qual uma espécie biológica recebe os estímulos externos e o sistema pelo qual
reage a ele estão, em todos os casos, intimamente interligados, pois são elos de uma mesma
cadeia, descrita por Uexkull como o círculo funcional do animal.
3. O QUE É O HOMEM
3.1. O homem, segundo CORETH (1976), não está atado rigidamente à natureza e, em razão
disso, precisa configurar sua vida de um modo autônomo e responsável. Dessa forma,
pergunta-se sobre o que é e o que é o mundo em que está inserido.
3.2. O homem quer e precisa saber - e isto é parte do que ele é e significa – sua origem, qual
o sentido de seu estar e ser no mundo e para onde vai, qual é o fim de sua existência:
3.2.1. De onde viemos?
3.2.2. O que estamos fazendo aqui?
3.2.3. Para onde vamos?
Ambiente externo
O círculo funcional do homem não foi apenas quantitativamente aumentado; sofreu também
uma mudança qualitativa. O homem, por assim dizer, descobriu um novo método de adaptar-se
ao meio. Entre o sistema receptor e o sistema de reação, que são encontrados em todas as
espécies animais, encontramos no homem um terceiro elo, que podemos descrever como o
sistema simbólico. Essa nova aquisição transforma toda a vida humana. Em confronto com os
outros animais, o homem não vive apenas numa realidade mais vasta; vive, por assim dizer,
numa nova dimensão da realidade.
| 04
5.1. As diferenças existentes entre o homem e os outros animais não são apenas de grau,
pois, enquanto os outros animais permanecem limitados rigidamente às exigências de seu
corpo biológico, o homem é capaz de transforma-la.
5.2. O mundo resultante da ação humana não é um mundo que podemos chamar de natural,
pois se encontra transformado pelo homem.
7. CULTURA
7.1. Dois são os significados iniciais da noção de Cultura:
7.1.1. A noção de CULTURA, derivada do verbo latino colere (cultivar, criar, tomar conta e
cuidar), significava o cuidado do homem com a Natureza (agricultura), o cuidado com os
deuses (culto), o cuidado com a alma e o corpo das crianças, com sua educação e
formação (puericultura). Nessa acepção, CULTURA é o cultivo ou a educação do espírito
das crianças para se tornarem membros da sociedade pelo aperfeiçoamento e
refinamento das suas qualidades naturais (caráter, índole, temperamento);
7.1.2. Desde o século XVIII, CULTURA passa a significar os resultados daquela formação ou
educação dos seres humanos, resultados expressos em obras, feitos, ações e
instituições: as artes, as ciências, a Filosofia, os ofícios, a religião e o Estado. Torna-se
sinônimo de civilização.
7.2. Cultura é aquele todo complexo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei,
costume e quaisquer outras capacidades e hábitos adquiridos pelo homem na condição de
membro da sociedade (TYLOR, Edward Burnett, grifos nossos).
7.3. Cultura é o complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de
outros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos
de uma sociedade (AURÉLIO).
| 05
7.4. Cultura “é todo um conjunto de práticas e expectativas sobree a totalidade da vida:
nossos sentidos e distribuição de energia, nossa percepção de nós mesmos e nosso mundo.
É um sistema vivido de significados e valores constitutivo e constituidor que, ao serem
experimentados como práticas, parecem confirmar-se reciprocamente”. WILLIAMS,
Raymond. Marxismo e literatura. Rio de Janeiro: Zahar, 1979, p. 113).
8. SOBRE A CULTURA:
8.1. Cada cultura trilha seus próprios caminhos, pois é influenciada pelos diferentes eventos
históricos que enfrenta.
8.2. Os seres humanos são o resultado do meio cultural em que foram socializados. São
herdeiros de um longo processo acumulativo que reflete o conhecimento e a experiência
adquiridos pelas gerações que o antecederam. O uso adequado e criativo desse patrimônio
cultural permite as inovações e as invenções.
8.3. Os homens, ao contrário dos outros animais, podem questionar seus próprios hábitos e
modificá-los.
8.4. O processo de aquisição da cultura fez com que os homens dependessem muito mais do
aprendizado do que de atitudes geneticamente determinadas.
8.5. O estudo da cultura nos permite estudar os códigos simbólicos partilhados pelos
membros de uma determinada cultura.
| 06
aquisição transforma toda a vida humana. Em confronto com os outros animais, o homem
não vive apenas em uma realidade mais vasta: vive, por assim CASSIRER, 1977, p. 50).
| 07
concluir que ‘logicamente a maior parte do crescimento cortical humano foi posterior e não
anterior ao início da cultura’.
12. VIDEOAULAS2
12.1. Natureza e Cultura.
1
As considerações sobre as dimensões do gênero homo foram extraídas da obra O homem, quem ele é?, de Battista Mondin.
2
As videoaulas estão disponíveis na página da disciplina na plataforma CANVAS-Ead.
| 08
12.2. O homem, um animal simbólico.
12.3. O que é cultura?
12.4. A guerra do fogo.
REFERÊNCIAS
▪ ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à
filosofia. 2. ed. rev. e ampl. São Paulo: Moderna, 1993. p. 134.
▪ CASSIRER, Ernst. Antropologia filosófica. São Paulo: Mestre Jou, 1976.
▪ CHAUÍ, Marilena. Introdução à História da Filosofia. São Paulo: Cia das Letras, 2000.
▪ CHAUÍ, Marilena. Filosofia. São Paulo: Ática, 2008. (Série Novo Ensino Médio).
▪ CORETH, E. Que es el hombre? Esquema de uma antropologia filosófica. Barcelona: Herder,
1976.
▪ GOMES, Mércio Pereira. Cultura e seus significados. In: Antropologia: ciência do homem,
filosofia da cultura. São Paulo: Contexto, 2008. p. 33 – 51 (livro eletrônico – disponível na
Biblioteca Pe. Alberto Antoniazzi)
▪ LARAIA, Roque de Barros. Cultura um conceito antropológico. 11. ed. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1996. p. 54-59.
▪ MONDIN, B. O homem: quem ele é? 4. ed. São Paulo: Paulinas, 1982. p. 8. v. 3.
▪ RABUSKE, Edivino. Antropologia filosófica. Petrópolis: Vozes, 1987, p. 136-143.
| 09
| 010