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Rafael Ilhéo Barbosa nº USP: 9799752

Harmonia IV

Análise da obra “Density 21.5” de Edgard Varèse


Esta peça para flauta solo foi composta no ano de 1936 pelo compositor francês E.
Varèse para a estreia da flauta de platina comprada nos Estados Unidos pelo flautista
Georges Barrère. – flauta cuja densidade é aproximadamente 21.5. Sua importância
histórica consiste pelo seu pioneirismo em técnicas expandidas para o instrumento
como os golpes percussivos de chave e ar simultâneos.

O pilar de execução dessa peça consiste na indicação de tempo, que deve ser seguida
estritamente, uma vez que os motivos e ideias estão sempre atrelados ao ritmo, e sua
modificação traria uma perca para o significado da música.
Para efeito de análise ela pode ser classificada como uma forma ABA’ ou ABC. Sendo:
A: do compasso 1 ao 17 (na imagem a cima)
B: do compasso 18 ao 41
C: do compasso 41 ao 61

Parte A
O tema principal assim como toda a obra se mostra como uma antítese de outra peça
de grande importância para o repertório solo da flauta: “Syrinx” de C. Debussy.
Enquanto o motivo e o desenvolvimento de Syrinx segue uma melodia quase sempre
descendente, a música de Varèse faz o oposto.

Imediatamente após a exposição do tema, tem-se sua reafirmação no último tempo


do compasso 3, e seu desenvolvimento no 4 ao 8. Neste trecho, o compositor explora
os intervalos que compreendem o motivo inicial (C# a G) com variações de dinâmica e
ritmo, chegando a romper com esse limite intervalar aos poucos a partir do compasso
6.
O primeiro fortíssimo da peça surge como uma reafirmação do tema invertido

Porém com os intervalos Semitom-Semitom, ao invés de Semitom-Tom do tema


verdadeiro. Esta linha é prolongada até um mf súbito para criar mais expectativas para
o D bequadro, que surge no compasso 11 com um fortississimo como uma resolução.
Uma possível conclusão para esta parte vai do compasso 1-5 ao 18 onde começa a
parte B. Aqui o tema é reafirmado uma oitava acima e conclui no maior intervalo da
peça até então do fá#1 (da primeira oitava da flauta) ao G3 (da terceira), numa linha
sonora ascendente.

Parte B

Esta nova parte a melodia (uma variação retrógrada e transposta do tema principal)
expande de B1 para D3 através de um trêmulo. Seguido, agora no fim do compasso 22,
para o fragmento claramente transposto do tema que logo inicia a parte das
articulações curtas.
Nos compassos 23-28 as inesperadas articulações, juntamente com o silêncio criam
um novo ambiente, cuja densidade de som (quantidade de som por tempo) é a menor
durante toda obra, isto é, aqui encontra-se sua parte mais rarefeita.

No compasso 29, há uma ruptura com o silêncio com a nota G3, juntamente com a
ruptura do andamento, que passa pulsação de semínima à 72b.p.m. para 60b.p.m.
Aqui o que pode ser visto como o tema é ironicamente exposto em fortíssimo seguido
por intervalos mais distantes. Pela falta de caráter conclusivo, o compasso 29 não
necessariamente precisa ser visto como uma nova parte. Além disso, ele cria um polo
complementar oposto por toda a parte B, num primeiro momento dentro da tessitura
comum da flauta, e com artifícios mais sutis, e posteriormente um polo com artifícios
mais exagerados como o uso do registro agudo. No caso, uma das intenções desta
peça, encomendada por Barrère, era justamente explorar os limites de sua nova flauta,
com um material e mecanismos modernos.
O andamento retorna para pulsação de semínima à 72b.p.m. no compasso 32, com
um adensamento sonoro, oposto à baixa densidade no início dessa parte.
A presença de sincopas a partir do compasso 29, juntamente com os pianos e fortes
súbitos, cria um clímax de instabilidade rítmica. Uma tensão que vai apenas se resolver
no compasso 41 no retorno do tema transposto (no que pode ser visto como uma
recapitulação).
Dos compassos 29 ao 41, portanto, o compositor cria a parte mais instável de toda a
obra, com os seguintes elementos:

• Diferença de registros entre os compassos 32-36 (altamente agudo) e 37-40


(registro médio caminhando para o grave). Este percurso agudo-grave leva,
possivelmente, à expectativa do retorno ao tema.
• Mudança de andamentos: os trechos menos andados também geram
expectativa de algo que está por vir
• Acentuações e sincopas muito mais presentes agora
Parte C

A partir do compasso 41, como resolução para a tensão criada nos compassos
anteriores, segue o tema transposto um semitom à cima. Além disso, por estar
na dinâmica piano e seguido de duas pausas apresenta um caráter
interrogativo. Finalmente após todas as distorções o tema principal retorna
para a conclusão, mas ele próprio leva a obra para outro patamar, ele instiga a
melodia à caminhar, e não à terminar em si mesma.
Da mesma maneira como no início os intervalos são expandidos (c.43-44),
mas agora chegam muito mais rapidamente à segunda oitava (c.45). E mais
rapidamente ainda chega-se à quarta (D4) e terceira oitava.

As terças menores

A repetição do D4 e B3 nos compassos 47-49 demarca a importância do


intervalo de terça menor nessa peça.
A este primeiro intervalo surge timidamente e sem grande importância
aparente no fim do compasso 7 ao compasso oito, onde tem-se a repetição de
G-Bb.
No trecho B as terças menores surgem novamente agora na articulação de
técnica expandida nos compassos 24-25 (C#-E).
Após a repetição no registro agudo percebe-se então o valor deste intervalo.
E alguns compassos depois, já próximo do final da obra, é exposto uma
sequência de terças maiores no fim do compasso e inicio do 57 (C-E), fim de
57 e início de 58 (Bb-D) e 59 (D-F#) e conclui na expansão destas terças maiores
com um intervalo mais dissonante e agudo uma quinta diminuta no penúltimo
e último compassos (E#-B).

Fontes:

Artigo “Density 21.5: An Introductory Lesson” (Do site


http://www.patriciaspencerflute.com/ )

Site “ https://www.nyfluteclub.org/about/history-and-archives/past-
presidents/1944/12/Georges-Barrre/ “

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