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CAPA

1. UNIDADE 4 – FILOSOFIA MODERNA

A filosofia moderna divide-se em teoria do conhecimento e teoria


política. Os filósofos do conhecimento partiam da seguinte ideia: o que
podemos conhecer? Eles davam respostas diferentes a essa questão, por isso
se separaram em dois grupos: empiristas e racionalistas.

1.1. Renascimento cultural: razão em perspectiva

1.1.1. Renascimento cultural

O Renascimento ocorreu em um momento de grandes transformações


que assinalaram a transição da Época Medieval para a Época Moderna. A
Idade Moderna é normalmente identificada como o período de transição da
sociedade feudal para o capitalismo. Existem alguns episódios que assinalaram
o início dessa transição. Dentre eles, destacamos: o Renascimento, a Reforma
e a Contrarreforma Católica, a formação das Monarquias Nacionais, o
Mercantilismo e a consequente expansão marítima e comercial europeia.

Para substituir os valores dominantes do medievo, a mentalidade


renascentista propunha os seguintes princípios:

 Humanismo;
 Ambiente Urbano;
 Individualismo;
 Racionalismo;
 Hedonismo;
 Naturalismo.

Os historiadores dividem o Renascimento italiano em três fases: o


Trecento (séc. XIV), o Quatrocento (séc. XV) e o Cinquecento (séc. XVI). No
período do Trecento, o grande centro cultural do mundo moderno foi Florença,
centro urbano repleto de ricos mercados e banqueiros. Leonardo da Vinci, um
de seus mais proeminentes pensadores, representa uma espécie de síntese do
Renascimento florentino.

Durante o Cinquecento, em Roma, destaca-se Michelangelo, o primeiro


responsável pela pintura do teto da Capela Sistina no Vaticano e mais tarde
pela famosa obra O Juízo Final. Fora da Itália, o Renascimento destacou-se
em Flandres, por seu desenvolvimento econômico e acelerado processo de
urbanização. Erasmo de Rotterdam (Holanda), em O Elogio da Loucura,
destaca-se pela crítica refinada à ignorância do clero, à sua corrupção e à sua
imoralidade.

O movimento renascentista, em essência, afirmava os interesses e


valores da burguesia em formação, promovendo uma ruptura com os valores,
conceitos e práticas feudais. As grandes mudanças do renascimento cultural
deixaram a maior parte das pessoas desorientadas e desconfiadas. A ideia de
cosmos dos gregos não valia mais por isso, como afirma Alexandre Koyré: “o
homem perdeu seu lugar no mundo, ou, mais exatamente, perdeu o próprio
mundo que formava o quadro de sua existência e o objeto de saber, e precisou
transformar e substituir não somente suas concepções fundamentais, mas as
próprias estruturas de seu pensamento”.

1.1.2. Naturalistas neoplatônicos

Os naturalistas neoplatônicos eram sábios que buscavam suporte


teórico nos textos de Platão (Fédon, Fedro e O Banquete) e nas obras dos
pensadores neoplatônicos do início do século XIV. Essas teses eram
combinadas com livros de hermetismo e magia natural, vindos do Egito e
outras partes do oriente.

O hermetismo é uma corrente filosófica que se fundamenta em Hermes,


guardião dos segredos dos deuses, na mitologia grega. Os naturalistas
neoplatônicos acreditavam na existência de um universo mágico por detrás das
coisas materiais, uma espécie de lógica oculta que se constitui de laços
secretos de simpatia e antipatia.

Essa corrente filosófica, que se misturava às crenças mágicas do mundo


antigo, seria expressa na magia natural, na astrologia e na alquimia.

1.1.3. Pensadores florentinos

Os pensadores florentinos são basicamente defensores da liberdade


política das cidades-estados italianas, frente ao Sacro Império Romano-
Germânico. Isso significa voltar às concepções greco-romanas clássicas, a fim
de defender a política, enquanto prática da liberdade de homens e as cidades
com relação à opressão de poderes externos. A principal queixa dos
pensadores florentinos, a exemplo de Maquiavel, a quem voltaremos a seguir,
é que o mundo de seu tempo estava completamente tomado de guerras e
destruições causadas por crenças religiosas que geravam conflitos.
1.2. Filosofia moderna

1.2.1. Teoria do conhecimento

O dilema filosófico mais importante a partir dos tempos modernos


tornou-se a questão do método, o caminho que se deveria trilhar para chegar
ao verdadeiro e pleno conhecimento.

 Racionalismo vs. Empirismo

O racionalismo defende a hipótese de que o conhecimento verdadeiro é


gerado por ideias inatas, isto é, noções elementares e gerais sobre os objetos,
as quais possuíram originalmente. Para os racionalistas, o mundo real tem uma
lógica universal cuja inteligibilidade1 pode ser acessada pela razão . Essa
corrente de pensamento tem início no século XVII com o matemático francês René
Descartes (1596-1650). O mesmo defende o inatismo. Segundo sua concepção,
o próprio ato de pensar já garante a existência de uma inteligibilidade do
mundo, não havendo necessidade de contato com os objetos reais para criá-
las.
Descartes separa corpo e mente, bem como intuição e sensação. Para
as coisas de o mundo ter consistência, devem corresponder a ideias inatas que
as confirmem. Ao negá-las, Descartes chega à conclusão de que continuava
pensando e inferiu, com isso, que sua existência era inegável.
Os empiristas defendem a hipótese de que o verdadeiro conhecimento é
aquele cuja base compõe-se das experiências e dos sentidos. Para eles, a
observação, a demonstração, a repetição e a regularidade dos fenômenos
dariam as certezas que o conhecimento pretendia. Os mais importantes nomes
do empirismo são Francis Bacon, John Locke e David Hume. Bacon (1561-
1626). O método da indução, que para Bacon representava a base da ciência
moderna, consiste na observação atenta dos fenômenos, a fim de ver neles
uma lógica regular que possa ser generalizada. Assim, dizemos que, para os
empiristas, as certezas do verdadeiro conhecimento estão nos sentidos, porque
só eles podem chegar à compreensão da realidade.
Para Locke, as impressões são fruto da observação e as ideias são
juízos subsequentes que incorrem à mente, criando formulações racionais
capazes de explicar os fenômenos. Como o autor defende a importância
central da sensibilidade na aquisição do verdadeiro conhecimento, sua
proposta é que o sujeito parta da observação particular para chegar a
generalizações.
Hume entende o conhecimento como fruto das experiências sensíveis e
da experimentação. Para ele, no processo de obtenção do conhecimento,
estão envolvidas sensações e hábitos.

1.2.2. A síntese newtoniana

Isaac Newton (1642-1727) propôs algo formidável, segundo ele, matéria


atrai matéria, por isso a natureza e os astros estão em equilíbrio. Newton
construiu sua teoria a partir da observação empírica dos objetos em
movimento, mas só chegou à Lei da Gravitação Universal por dedução lógica.
Isso significa que suas conclusões só podem ser estendidas a todos os
fenômenos que envolvem a dinâmica do ponto material, porque sua mente
permite que ele as derive de fundamentações matemáticas coerentes entre si.

1.2.3. A síntese kantiana

Immanuel Kant (1724-1804) propõe uma síntese extraordinária entre


empirismo e racionalismo. Kant explica que o conhecimento tem duas bases
inseparáveis: estruturas cognitivas e experiências sensíveis. As primeiras são
composição do próprio intelecto. Kant as chama de forma do conhecimento. As
segundas advêm da realidade exterior. Kant as chama de matéria. Kant
acreditava na existência de um conhecimento universal e necessário, mas
salientou que não se pode conhecer além do dado fenomênico, isto é, daquilo
que se manifesta aos nossos sentidos.

1.2.4. Teoria política

A política é a arte de governar, de gerir o destino da cidade. Para Platão,


o governo da cidade deveria ficar nas mãos daqueles que tivessem
conhecimento e condições intelectuais para fazê-lo: os filósofos. Essa forma de
governo defendida por Platão é conhecida como sofocracia. Para Aristóteles, o
governo deveria estar sob o controle da classe média, a qual, segundo ele, era
a classe do equilíbrio. Isso porque se trata da classe social que não tem tantas
demandas como a classe baixa, de modo que usasse o governo para supri-las,
nem tanto cabedal como a classe alta, de modo que não enxergasse a
necessidade de promover maior justiça social aos demais.
O Estado moderno é concebido, de maneira geral, como uma entidade
criada a partir do monopólio da força, da legislação, da moeda e da tributação.

 Thomas Hobbes: contratualismo

Hobbes entende a natureza humana como egoísta, isto é, não sociável. Dessa
maneira, fundados no medo e no desejo de paz e organização, os indivíduos
criam, a partir do contrato, uma entidade artificial chamada Estado. Esse
Estado implica um poder e uma autoridade política igualmente artificial. A
soberania, então, passa a emanar desse poder exterior aos indivíduos, embora
seja fruto de sua vontade consensual.

1.2.5. Contratualismo liberal

As transformações sociais e políticas do século XVIII deram propósito ao


desenvolvimento de novas concepções filosóficas acerca da criação do Estado.

Locke dedicou-se à teoria do conhecimento, seguindo a matriz


baconiana do empirismo. Para Locke, o estado de natureza não encerra um
ambiente de guerra e egoísmo. Locke explica que a liberdade completa permite
afrontar os próprios direitos naturais dos homens. Os principais direitos naturais
são a vida, a liberdade e a propriedade. A propriedade é fruto do trabalho
humano e, este, fruto da liberdade do homem de agir no mundo e transformá-
lo. Quando alguns indivíduos podem usar de sua liberdade plena e de suas
paixões para roubar a propriedade alheia, eles afrontam o direito fundamental
do outro.

Para Rousseau, o pacto social, conforme fora concebido e explicado por


Locke, aprisiona as pessoas a uma situação de conflito e injustiças, que impõe
a violência social e corrompe o homem da sua natureza original. Rousseau
estabelece uma diferença entre a vontade de todos e a vontade geral. A
vontade de todos é a soma das vontades individuais, pautadas no interesse
egoísta e segundo a proteção dos bens particulares. Já a vontade geral seria
fundada no coletivo e nos interesses comuns. Para o autor, o mais alto
qualificativo do ser humano é sua capacidade de ser autônomo e livre para se
submeter a algo (a lei) que foi criado por ele mesmo (o pacto).

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