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humores, aos quais também somos. Embora sua vida tenha sido marcada por milagres,
cinco palavras nos ajudam em nossa identificação com ele. O apóstolo Tiago falou que
Elias " ... era homem semelhante a nós ... " (Tiago 5:17).
UM HOMEM DE MISTERIO
Elias aparece abruptamente nos registros sobre os reis de
O livro de 1 Reis 17:1 simplesmente relata: ... Elias, o tesbita, dos moradores de
Gileade ...
Não podemos ter certeza do que se pretende dizer ao chamá-lo de "o tesbita".
Alguns pensam ser uma referência a Tisbé, uma cidade além do Iordão, na tribo de
Gade. A palavra tishbe, entretanto, pode também ser traduzida como "peregrino ou
viajante". Poderia significar, simplesmente, que ele não tinha casa e vagava por Gileade,
antes da Bíblia chamar nossa atenção a ele.
O máximo que podemos afirmar é que Elias era "dos moradores de Gileade".
Esta cidade ficava a leste do rio e Jordão, era habitada pelas tribos de Israel (Rubem,
Gade e a meia tribo de Manassés) que, nos dias de Iosué, não entraram na Terra
Prometida.
Portanto, o que estava acontecendo nos dias de Elias que exigia tal
demonstração sobrenatural? O reino do norte de Israel tinha começado a deslizar para
o interior da escuridão da idolatria. Na verdade, as condições espirituais haviam se
deteriorado de tal forma, que Elias pensou erroneamente, ser ele, a única pessoa a
ainda crer no Deus de Israel (1 Reis 19:10). Em uma das horas mais sombrias da história
de Israel, Deus interveio para se revelar como Senhor dos senhores e Deus dos deuses.
Então, Elias, o tesbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Tão certo
como vive o SENHOR, Deus de Israel, perante cuja face estou, nem orvalho nem chuva
haverá nestes anos segundo a minha palavra.
Com estas poucas palavras, Elias entrou nas páginas da Bíblia e bem no centro
de um ninho de vespas. A economia de Israel era baseada na agricultura. Agora, em
resposta à oração de Elias, Deus estava prestes a suspender as chuvas da estação.
Por quê? Para uma chamada de alerta ao Seu povo. Era o momento de julgamento
corretivo. Israel se envolvera no culto a Baal. A retirada das chuvas em um clima já seco
seria um golpe fatal.
Enquanto a mão corretiva de Deus caía sobre Seu povo, Elias - um joão-ninguém
sem procedência, entrou no palácio do rei Acabe para anunciar a verdade nos
corredores do poder.
O PECADO DE ACABE
O rei de Israel tinha violado o primeiro mandamento de Moisés. Estava levando
seu próprio povo de volta à idolatria.
Esta não era a primeira vez que o povo de Deus esqueceria Aquele que os
libertara do Egito, lhes dera provisões no deserto e os guiara ao entrar nessa Terra
Prometida. Desde os dias do Sinai e do bezerro de ouro até o tempo de Ezequiel e o
Santo dos Santos infestado de ídolos, o povo escolhido de Deus fora novamente
seduzido pelos deuses da terra.
• deuses humanos, neles incluídos, uma vasta sucessão de pessoas tais como:
astros esportivos, músicos e líderes.
• deuses materialistas, " ... Não podeis servir a Deus e às riquezas" (Mateus. 6:24),
ou coisas que o dinheiro compra.
Deus confrontou Acabe a respeito do que Paulo nos adverte em Romanos 1:23 - evitar
adorar a criatura em lugar de adorar o Criador.
A REAÇÃO DE DEUS
... Nem orvalho nem chuva haverá nestes anos, segundo a minha palavra (1 Reis 17:1)
Ainda que notificado inúmeras vezes, Israel fora infiel a seu Deus. Deste modo,
como prometido, Suas bênçãos sobre a terra seriam suspensas. Diante dos olhos de
Acabe, a terra experimentaria mais de três anos de seca.
A ORAÇÃO DE ELIAS
O livro de Tiago 5: 17-18 relata que a oração foi o meio que Deus usou para
sinalizar e suspender tais julgamentos. É surpreendente que um joão-ninguém como
Elias pudesse ter essa espécie de coragem e ousadia espiritual.
Ele era um homem como nós, no entanto, Tiago afirma que suas orações eram
seguidas de resultados notáveis. Não se faz menção da oração de Elias em 1 Reis, mas
Tiago nos diz que ele orou "com instância" para que não chovesse sobre a terra. E assim
foi! E ele orou especificamente, para que não houvesse orvalho ou chuva - nenhuma
umidade sequer. Por três anos e meio, Deus usou as orações de um homem semelhante
a nós para confrontar aqueles que tinham se desviado do Seu amor.
Aplicando:
Elias compreendeu o poder da oração, e o praticou - dando-nos algumas
questões importantes sobre as quais podemos refletir:
Muitos anos atrás, o fabricante de calçados esportivos Nike lançou uma série de
propagandas com o tema: "Você está se preparando para...?" Uma delas apresentava
um jogador da Liga Nacional de Futebol Americano, lançando-se de um alto rochedo.
Outra mostrava um jogador de futebol fazendo tudo que é possível imaginarmos com
seus pés. O motivo? O que fazemos hoje nos prepara para alguma coisa. Você está se
preparando para o quê? Seja o que for, será necessário treinamento:
• Dias sob o sol quente de verão, suportando dois treinos diários de futebol;
Gileade ficava a leste do rio Jordão, sendo assim, Deus enviou Elias de volta
para casa, para um local onde havia um riacho que não era mais que uma torrente - um
córrego sazonal com águas somente durante as chuvas de inverno. A torrente de
Querite parece ser um lugar estranho para Deus providenciar alimento e água durante
uma seca de três anos. Talvez lá houvesse uma caverna ou um abrigo. Não sabemos.
O que sabemos, entretanto, é que a torrente de Querite fica no agreste do deserto - um
lugar difícil de viver e aprender.
Elias teria que viajar por volta de 50 quilômetros a pé, através de terras áridas,
para chegar a um lugar nada hospitaleiro. Mas foi para esse lugar que Deus o enviou.
Elias tinha muito que aprender, e os dias de solitude trariam os momentos de reflexão
e aprendizado muito necessários.
Note que as promessas que Deus fez a Elias estavam diretamente ligadas à sua
reação: Ele obedeceu à Palavra de Deus, creu em Sua promessa e foi à torrente de
Querite. Sem dúvida, a fé é sempre uma questão crítica em nosso relacionamento com
Deus, e Elias reagiu com confiança e obediência.
Elias fez uma longa caminhada até aquele lugar solitário e lá se estabeleceu. O
primeiro dia em Querite deve ter sido interessante. Será que ele observava os céus,
enquanto imaginava se os corvos iriam realmente aparecer? Esta era uma experiência
nova para Elias. Como o biógrafo alemão F. W. Krumrnacher escreveu:
Venha, vamos fazer uma visita a esse homem de Deus em sua nova moradia. Reina
um silêncio mortal, interrompido, talvez, pelo canto de uma solitária galinha do pântano,
enquanto, entre o cerrado e as moitas de zimbro, a avestruz choca. Tudo é deserto e
solitude. Nenhuma pegada humana à vista,
Imagine o isolamento que ele sentiu. Sozinho no deserto, neste lugar tão difícil,
Elias aprenderia mais sobre o seu Deus.
Deus sempre se utiliza dos meios apropriados para realizar Seus propósitos e
treinamento nas vidas de Seus filhos.
Isso fazia parte do treinamento de Deus para Elias. Imagine o que devia estar
acontecendo com a fé daquele profeta, enquanto o nível da água ia descendo mais e
mais. Deus poderia ter tirado a água das rochas, como havia feito para Israel no deserto,
mas, nessa ocasião, não o fez. A água estava acabando.
Lembre-se, Elias era um "homem semelhante a nós". Como será que ele reagiu?
• Desejando se desesperar?
• Querendo desistir e morrer? (como mais tarde desejou).
• Desejando reverter o julgamento de Deus, pois este o afetava pessoalmente?
Tudo isso faz parte do processo de treinamento. Elias precisava saber que podia confiar
em Deus muito mais do que confiar no suprimento de água - mesmo no deserto quando
o riacho secou.
Deus sabia o tempo todo que o riacho secaria. Era inevitável. A torrente dependia das
fortes chuvas do final do outono e início do inverno. Essas chuvas não chegaram e o
riacho desapareceu.
Deus não restringiu Seu cuidado quando o riacho secou. Seria fácil para Elias deduzir
que fora esquecido por Deus, no entanto, ele precisava aprender que era dependente
de Deus, não do riacho.
Deus ainda estava no controle da situação, mesmo após o riacho secar. Na verdade,
era talo controle de Deus, que Ele rompeu completamente a zona de conforto à qual
Elias havia se acostumado, para que ele amadurecesse de maneiras diferentes.
Quando nossa zona de conforto é destruída, não significa que Deus perdeu o controle,
mas pode significar que paramos de ouvir a Sua voz por nos sentirmos confortáveis
demais.
Elias ainda permaneceu junto ao riacho, enquanto as águas secavam, até ser instruído
a ir para outro lugar "Dispõe-te e vai" (v.9). As lições de confiança e obediência estavam
sendo gravadas em seu coração.
Deus então o enviou da torrente a uma jornada para Sarepta. O que sabemos desta
cidade?
• Situava-se no coração de uma terra dominada pela adoração a Baal. Era a terra da
Rainha Jezabel, sacerdotisa de Baal, o deus a quem Elias havia desafiado. Ele estava
se movendo da frigideira diretamente para o fogo.
O que Elias encontraria lá? Uma viúva para cuidar dele, o que não era muito
encorajador. As viúvas geralmente são as pessoas mais pobres dentre os pobres. Em
tempos de fome, elas seriam as primeiras pessoas que ficariam sem alimento, não as
últimas. Elias, então, recebe ordens para ir a um território hostil, procurar alguém que
nada terá para cuidar dele, pois Deus está treinando Seu servo para andar pela fé, não
por visão - e ninguém disse que isto seria fácil.
Aplicando
Quais lições podemos
aprender deste Centro de
Treinamento Espiritual
da torrente de Queritel?"
de não compreendermos é
simplesmente um sinal de
que o processo educacional
de Deus ainda não está
completo. Ele ainda está
nos ensinando e nós ainda
estamos aprendendo,
Meet Me On The Mountain,
p.44 (Encontre-me na
Montanha).
,
TEMPOS DE FE
REIS 17: 10-24)
OTESTE DE UMA
MULHER (VV.IO-16)
Deus enviou Elias à viúva
de Sarepta. Nos dois anos
seguintes, ele seria sustentado
por ela - apesar de sua
pobreza. Ela era uma mulher
gentia que confiava no Senhor
('Tão certo como vive o
SENHOR, teu Deus ... " [v.12]).
E agora, Elias a convoca para
confiar nas promessas de
Deus, dizendo: "Porque assim
diz o SENHOR, Deus de Israel"
(v. 14). Como ela reagiria à
ordem de Deus de utilizar
sua última porção de alimento
e preparar uma refeição para
Elias? (w.ll-13).
Provavelmente, este foi
um enorme teste para ela.
A CI\ISE DE UMA
FAMILlA (V. I 7)
Depois disso adoeceu
o filho da mulher, da
dona da casa, e a sua
doença se agravou tanto,
que ele morreu.
Quanto tempo Elias já
estava morando na casa
da viúva, antes de seu filho
adoecer, não sabemos ao
certo. Nesse meio tempo,
porém, Deus havia feito
provisões para todos eles.
As circunstâncias, então,
mudaram. O filho da viúva
adoeceu seriamente - tão
sério que, na verdade, parou
de respirar, e morreu.
Não há crise maior para
qualquer mãe do que ver seu
filho em perigo. O filho único
desta viúva era a sua única
alegria - e ela o perdeu para
um inimigo invisível, com o
qual não podia lutar.
Diante disto, dizemos:
"Não é justo. Ela fez tudo
certo, confiou e obedeceu,
tinha o coração de uma
serva. O que mais ela poderia
fazer?" Se pensarmos que
o fato de confiarmos em
Deus e o obedecermos
nos eximirá de problemas,
estamos enganados. Deus
não é um gênio em uma
garrafa que faz tudo o que
queremos, a um pedido
nosso, e à nossa conveniência.
Devemos
reconhecer e confiar
nos propósitos de
ADORDE UMA
MÃE (V.18)
Então, disse ela a Elias:
Que fiz eu, ó homem de
Deus? Vieste a mim para
trazeres à memória a
minha iniquidade e
matares o meu filho?
Observe a batalha interior
enfurecendo em seu coração:
Raiva. Que fiz eu, ó
homem de Deus? Infelizmente,
em tempos de dor, muitas
vezes atacamos aqueles
que são mais próximos de
nós - até mesmo aqueles
que muito fizeram por nós.
É como se a viúva tivesse
dito: "Gostaria que você
nunca tivesse vindo."
Culpa. Vieste a mim
para trazeres à memória a
minha iniquidade? A viúva
suspeitou que a proximidade
de um profeta permitiu que
Deus visse seus pecados
mais claramente.
Acusação. E matares
meu filho? Não nos é dito o
que motivou o seu pensamento
de que Deus a estava julgando,
mas ela estava certa de que
a morte de seu filho era o
pagamento pelo seu pecado.
A COMPAIXÃO
DE UM PROFETA
(VV.19-23)
Ele lhe disse: Dá-me
o teu filho; tomou-o dos
braços dela, e o levou
para cima, ao quarto,
onde ele mesmo se
hospedava, e o deitou
em sua cama (v.19).
Observe a ternura de Elias
ao reagir à dor do coração
desta mulher.
Ele tomou o menino "dos
braços dela" e o carregou
para seu próprio quarto, onde
poderia ficar sozinho com o
menino e com o seu Deus.
A oração de Elias.
Repare a oração de Elias
a Deus:
Então, clamou ao SENHOR
e disse: 6 Senhor, meu
Deus, também até esta
viúva, com quem me
hospedo, afiigiste,
matando-lhe o filho?
E, estendendo-se três
vezes sobre o menino,
clamou ao SENHOR e disse:
6 SENHOR, meu Deus, rogo-
-te que (aças a alma deste
menino tornar a entrar nele.
(w.20-21).
Ele orou a Deus suplicando
por Sua misericórdia para
esta mãe desolada. Sua
primeira oração (v.20) expressa
sua compaixão pela viúva
que, depois da fome na terra,
agora tinha que sofrer a perda
de seu filho. Contudo, ao
fazer esta oração, Elias
também demonstrou um
misto de emoções.
A confusão de
Elias. Ele estava confuso,
questionando Deus
abertamente a respeito de
Seus propósitos. Lembre-se,
Elias era um homem igual
a nós (Tiago 5:17), e nós,
também, frequentemente nos
sentimos confundidos pela
vida. As boas-novas são de
que Deus não rejeita nossas
perguntas honestas. São as
nossas exigências arrogantes
que Ele rejeita.
Mesmo em meio à
confusão, na segunda
oração de Elias (v.21) temos
a evidência de que ele está
aprendendo a compreender
a grandeza de Deus. Como?
Considere isto: Elias estava
pedindo a Deus por algo que
jamais tinha acontecido na
história humana. Não há
um acontecimento sequer
registrado do início do livro de
Gênesis a 1 Reis 17, sobre o
fato de Deus ter ressuscitado
alguém dos mortos. Elias
estava orando por algo novo
na experiência humana.
Por quê? Porque ele cria
em um Deus que podia
fazer o impossível.
O SENHOR atendeu à voz de
Elias; e a alma do menino
tornou a entrar nele, e
reviveu. Elias tomou o
menino, e o trouxe do quarto
à casa, e o deu a sua mãe, e
lhe disse: Vê, teu filho vive.
(w.22-23).
A resposta de Deus.
As esperanças da viúva e de
Elias foram recompensadas.
A vida retomou ao corpo do
menino. Imagine a alegria
da mulher quando viu seu
filho - vivo novamente!
Agora, o propósito de Deus
era evidente. O pecado dela
não era a questão. O propósito
de Deus era que Elias e a
viúva aumentassem a sua
confiança nele.
Aplicando
É bem verdade que não
podemos controlar o que
nos acontece, mas podemos
controlar como reagimos ao
que nos acontece.
• Em tempos de crise,
estamos aprendendo a
correr para a presença
e cuidado de Deus?
• Em tempos de crise,
estamos aprendendo
a enfrentar qualquer
empecilho que possa
enfraquecer nossa
confiança em Deus?
• Em tempos de crise,
estamos aprendendo
a confiar na vontade de
Deus, não somente para
o futuro, mas também
no presente?
• Em tempos de crise,
estamos aprendendo
a recorrer ao poder do
Deus da ressurreição?