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CONSTRUÇÃO DA INSTALAÇÃO AVÍCOLA

DE RECRIA DE GALINHAS POEDEIRAS DA UNIOVO -

OVOS E DERIVADOS, S.A.


INSTALAÇÃO DE RIBEIRO DA MATA / VALE GADÃO –

FREGUESIA DE AREIAS –

CONCELHO DE FERREIRA DO ZÊZERE

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL

RESUMO NÃO TÉCNICO

JANEIRO DE 2012

Construção da Instalação Avícola de Recria de Galinhas Poedeiras da UNIOVO – Ovos e Derivados, S.A. – Instalação
de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
CONSTRUÇÃO DA INSTALAÇÃO AVÍCOLA DE RECRIA DE GALINHAS
POEDEIRAS DA UNIOVO – OVOS E DERIVADOS, S.A.
INSTALAÇÃO DE RIBEIRO DA MATA / VALE GADÃO,
LOCALIZADA NA FREGUESIA DE AREIAS –
CONCELHO DE FERREIRA DO ZÊZERE

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL


RESUMO NÃO TÉCNICO
NOTA DE APRESENTAÇÃO
A Horizonte de Projecto – Consultores em Ambiente e Paisagismo, Lda apresenta o Resumo Não
Técnico do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do Projecto da Instalação Avícola de Recria de
Galinhas Poedeiras da UNIOVO – Ovos e Derivados, S.A. – Instalação de Ribeiro da Mata / Vale
Gadão, localizada na freguesia de Areias, concelho de Ferreira do Zêzere.

Janeiro de 2012

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Construção da Instalação Avícola de Recria de Galinhas Poedeiras da UNIOVO – Ovos e Derivados, S.A. – Instalação
de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
APRESENTAÇÃO DA EQUIPA TÉCNICA

A equipa técnica responsável pela elaboração do Estudo de Impacte Ambiental do Projecto da


Instalação Avícola de Recria de Galinhas Poedeiras da Uniovo – Ovos e Derivados, S.A. – Instalação
de Ribeiro da Mata / Vale Gadão, localizada na freguesia de Areias do concelho de Ferreira do Zêzere
é a que se apresenta seguidamente.

Coordenação do EIA Ana Moura e Silva, Eng.ª do Ambiente

Clima e Meteorologia Joana Bicha, Eng.ª do Ambiente

Geologia e Geomorfologia Ana Moura e Silva, Eng.ª do Ambiente

Recursos Hídricos e Qualidade da Helena Nascimento, Eng.ª do Ambiente


Água

Qualidade do Ar Ana Moura e Silva, Eng.ª do Ambiente

Ambiente Sonoro Helena Nascimento, Eng.ª do Ambiente

Solos Joana Bicha, Eng.ª do Ambiente

Uso Actual do Solo Fernanda Gomes, Arqtª Paisagista

Sistemas Ecológicos Paulo Silva, Biólogo

Paisagem Fernanda Gomes, Arqtª Paisagista

Património Cultural Nuno Neves, Arqueólogo

Gestão de Resíduos Joana Bicha, Eng.ª do Ambiente

Condicionantes Legais Ana Moura e Silva, Eng.ª do Ambiente

Ordenamento do Território Helena Nascimento, Eng.ª do Ambiente

Sócio-economia Joana Bicha, Eng.ª do Ambiente

Desenho e Edição Gonçalo Correia de Sá, Desenhador

Eunice Pereira, Apoio à Edição


Horizonte de Projecto - Consultores em Ambiente e Paisagismo, Lda
Coordenação do EIA

Ana Moura e Silva


(Eng.ª do Ambiente)

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Construção da Instalação Avícola de Recria de Galinhas Poedeiras da UNIOVO – Ovos e Derivados, S.A. – Instalação
de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
ÍNDICE DE TEXTO
Pág.

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 5
2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTUDO E RESPECTIVA ESTRUTURA ..................................................... 5
2.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTUDO E DA FASE EM QUE SE ENCONTRA ................................................ 5
2.2 IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE LICENCIADORA E DO PROPONENTE ........................................... 6
3 OBJECTIVOS E JUSTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO ..................................................................... 6
4 DESCRIÇÃO DO PROJECTO ........................................................................................................ 7
4.1 LOCALIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO ..................................................................................................... 7
4.1.1 Localização Administrativa..................................................................................................... 7
4.2 CARACTERÍSTICAS DA INSTALAÇÃO PREVISTA.......................................................................... 11
4.3 DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO ..................................................................................... 12
4.4 CONSUMOS DE RECURSOS E MATÉRIAS PRIMAS EXPECTÁVEIS NA INSTALAÇÃO AVÍCOLA
EM APREÇO..................................................................................................................................... 14
5 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA ZONA EM ESTUDO ........................................................ 15
6 IMPACTES AMBIENTAIS PREVISTOS E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO ..................................... 25
7 SINTESE CONCLUSIVA .............................................................................................................. 42

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 4.1 – Aspecto geral do interior de um pavilhão de recria de galinhas poedeiras com baterias de
jaulas verticais .......................................................................................................................... 13
Figura 4.2 – Pormenor do sistema de abeberamento das aves (que possibilita um uso eficiente da
água) ........................................................................................................................................ 13

ÍNDICE DE QUADROS

Quadro 4.1 – Áreas de implantação, de construção, úteis e cobertas dos edifícios a construir na
instalação avícola ..................................................................................................................... 11
Quadro 4.2 – Consumos expectáveis de água na futura instalação avícola ....................................... 14
Quadro 6.1 – Quadro Síntese de Impactes e Medidas de Minimização............................................. 26

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Construção da Instalação Avícola de Recria de Galinhas Poedeiras da UNIOVO – Ovos e Derivados, S.A. – Instalação
de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
CONSTRUÇÃO DA INSTALAÇÃO AVÍCOLA DE RECRIA DE
GALINHAS POEDEIRAS DA UNIOVO – OVOS E DERIVADOS, S.A.
INSTALAÇÃO DE RIBEIRO DA MATA / VALE GADÃO,
LOCALIZADA NA FREGUESIA DE AREIAS –
CONCELHO DE FERREIRA DO ZÊZERE

ESTUDO DE IMPACTE AMBIENTAL


RESUMO NÃO TÉCNICO

1 INTRODUÇÃO

O presente documento constitui o Resumo Não Técnico do Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do
Projecto da Instalação Avícola de Recria de Galinhas Poedeiras da Uniovo – Ovos e Derivados,
S.A. – Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão, localizada na freguesia de Areias do concelho
de Ferreira do Zêzere.

Este documento apresenta, de forma sumária e mais clara possível, o conteúdo do Estudo de
Impacte Ambiental, destinando-se à consulta do público com vista à sua participação no respectivo
processo de “Avaliação de Impacte Ambiental”.

2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTUDO E RESPECTIVA ESTRUTURA

2.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTUDO E DA FASE EM QUE SE ENCONTRA

O presente Estudo de Impacte Ambiental (EIA) tem como objecto de análise o “Projecto da
Instalação Avícola de Recria de Galinhas Poedeiras da Uniovo – Ovos e Derivados, S.A. –
Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão, localizada na freguesia de Areias do concelho de
Ferreira do Zêzere”, em fase de Projecto de Execução.

O projecto, objecto do presente estudo, prevê uma instalação com dois pavilhões, ocupando uma
2
área de 3.160,06 m , para recria de 150.000 aves em bateria, inseridos numa propriedade com

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Construção da Instalação Avícola de Recria de Galinhas Poedeiras da UNIOVO – Ovos e Derivados, S.A. –
Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
uma área total de 28.960 m 2, onde será ainda construído um pavilhão de armazenamento de
2
estrume que ocupará 574 m .

O projecto da instalação avícola foi objecto de pedido de viabilidade na Direcção Regional de


Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo, tendo sido deferido e apresentando-se a evidência
no Anexo B do Volume 2 do presente EIA.

2.2 IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE LICENCIADORA E DO PROPONENTE

A Instalação Avícola de Recria de Galinhas Poedeiras em estudo pertence à Uniovo – Ovos e


Derivados, S.A., (que constitui o proponente do EIA) e tem como entidade licenciadora da
actividade a Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo. A autoridade do
processo de Avaliação de Impacte Ambiental é, neste caso, a Comissão de Coordenação e
Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo.

O projecto da instalação avícola mereceu parecer favorável da Direcção Regional de Agricultura e


Pescas em resposta a um “pedido de informação prévia” efectuado pelo proponente. No Anexo B
do Volume 2 do presente EIA apresenta-se o parecer favorável anteriormente referido.

3 OBJECTIVOS E JUSTIFICAÇÃO DA INSTALAÇÃO

O projecto de construção da instalação avícola em apreço tem como objectivo principal a


viabilização e dinamização da indústria de produção animal, nomeadamente a avicultura.

A Uniovo – Ovos e Derivados, S.A., dedica a sua actividade à produção e comercialização de ovos
desde 1987, sendo detentora de várias instalações avícolas, desde a recria de galinhas poedeiras
até à produção de ovos propriamente dita. Esta empresa integra num grupo económico cuja
estrutura accionista de carácter familiar é comum às restantes empresas, caracteriza-se por uma
elevada coesão e solidez surge com o objectivo de colmatar no grupo a falta de produção avícola
e agro-pecuária própria.

Havendo evidências das necessidades de produção de recria de galinhas poedeiras (decorrentes


da procura de mercado) e tendo em conta a sustentabilidade e a solidez da empresa proponente,
justifica-se a necessidade de construção da instalação avícola de Ribeiro da Mata / Vale Gadão,
que apresentará uma capacidade total de 150 000 aves, encontrando-se abrangida pelo Decreto-
Lei n.º 69/2000 de 3 de Maio (alterado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005 de 8 de Novembro), que
estabelece, no Anexo II, a obrigatoriedade de sujeição a Avaliação de Impactes Ambientais (AIA),
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Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
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as explorações com um efectivo animal de 40 000 aves. A nova instalação avícola em muito
contribuirá para suprimir a falta de produção própria do grupo de empresas na qual se integra a
empresa proponente, contribuindo igualmente, de forma eficaz e significativa, para o
desenvolvimento socioeconómico do concelho e da região.

4 DESCRIÇÃO DO PROJECTO

4.1 LOCALIZAÇÃO DA INSTALAÇÃO

4.1.1 LOCALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA

A instalação em estudo encontra-se inserida no concelho de Ferreira do Zêzere (Distrito de


Santarém), freguesia de Areias.

A instalação avícola localizar-se-á concretamente no lugar de Ribeiro da Mata / Vale Gadão, a Sul
do aglomerado urbano da freguesia de Areias, do concelho de Ferreira do Zêzere.

Nas Figuras 1 e 2, adiante apresentadas, pode visualizar-se o enquadramento regional do projecto


bem como a planta de localização da instalação. Na Figura 3 apresenta-se o Fotoplano com
implantação do projecto da instalação avícola.

Na área em estudo, para além das manchas de RAN e REN (que não serão afectadas com as
construções a realizar) não se referem outras servidões e restrições de utilidade pública.

Na área ocupada pela instalação avícola em apreço não se regista a existência de áreas
sensíveis. Refere-se contudo a existência do Sítio da Rede Natura 2000 – Sicó / Alvaiázere, que
se desenvolve a Oeste da instalação avícola, distando cerca de 2 kms.

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Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
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1
1
2

Pormenor. Escala 1/5.000

1
1
2

Cartas Militares utilizadas

287 288
Limite da propriedade onde se situa
299 300

2
Raposa

1
1
2

Panascal

Pormenor. Escala 1/7.500

1
1
2

Limite da propriedade onde se situa

1
2
Figura 3

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Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
4.2 CARACTERÍSTICAS DA INSTALAÇÃO PREVISTA

O presente projecto versa sobre a construção de uma nova instalação avícola, do sector de
actividade de recria de galinhas poedeiras. Nesta instalação ocorrerá o crescimento das pintas até
à idade da postura, sendo então transferidas para as instalações de postura de ovos.

A instalação avícola de Ribeiro da Mata / Vale Gadão apresentará uma capacidade para alojar um
efectivo de 150 000 aves (galinhas poedeiras em recria).

O projecto da nova instalação obriga às seguintes intervenções a efectuar no local:


1 – Desmatação da zona de implantação das edificações e infra-estruturas de apoio;
2 – Movimentações de terras para a construção das edificações e infra-estruturas de apoio;
3 – Construção de dois pavilhões de produção avícola (de recria de galinhas poedeiras);
4 – Construção de um armazém de estrume.

Como infra-estruturas associadas à produção, o projecto prevê ainda a instalação de:

 Instalações sanitárias com balneário e cacifo (capacidade para 1 funcionário);


 2 conjuntos de silos (duplos) de ração, dispostos nas partes laterais de cada um dos
pavilhões de produção. A capacidade dos silos será de 45 toneladas cada conjunto,
perfazendo assim uma capacidade total de armazenamento de 90 toneladas de ração;
 Zonas de acessos, circulação e manobra, não havendo delimitação física de zonas de
circulação, o projecto prevê que toda a zona compreendida entre a entrada da instalação
e os edifícios de produção e armazém de estrume, constituam zona de acesso, circulação
e manobra.
 1 depósito de gás (a licenciar posteriormente), que será instalado junto ao acesso principal
na zona Sul do recinto. Este depósito, que se prevê com uma capacidade de 11.1 m3;
 1 captação de água subterrânea (no recinto da instalação);

No quadro seguinte, apresentam-se as áreas de implantação, construção, úteis e cobertas de


cada um dos edifícios a construir, no âmbito do projecto – objecto do presente estudo.

Quadro 4.1 – Áreas de implantação, de construção, úteis e cobertas dos edifícios a construir na
instalação avícola
Área de
Área de Área coberta
Edificações a construir Área útil (m2) implantação
2 construção (m2) (m 2)
(m )
Pavilhão 1 1529.1 1571.8 1571.8 1571.8
Pavilhão 2 1529.1 1571.8 1571.8 1571.8
Entrada/Vestiários/Instalações
15.7 16.46 16.46 16.46
Sanitárias
Armazém de Estrume 552.16 574.00 574.00 574.00

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Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
TOTAL 3626.60 3734.00 3734.00 3734.00

Com a publicação do Decreto-lei nº 72-F/2003 de 14 de Abril, que transpôs para a ordem jurídica
nacional a Directiva nº 1999/74/CE, do Concelho, de 19 de Julho, relativa à protecção das
galinhas poedeiras, e a Directiva nº 2002/4/CE, da Comissão, de 30 de Janeiro, relativa ao registo
de estabelecimentos de criação de galinhas poedeiras, todas as explorações de galinhas
poedeiras estão proibidas de utilizar a partir de 1 de Janeiro de 2012 gaiolas não melhoradas.

No sentido de dar cumprimento ao Decreto-lei nº72-F/2003 de 14 de Abril, ter-se-á de efectuar


alterações nas actuais gaiolas não melhoradas, ou simplesmente substitui-las por gaiolas novas,
já melhoradas Estas alterações irão implicar uma redução significativa na capacidade total
instalada de alojamento de aves, na ordem dos 50%, e consequentemente a redução da
capacidade de produção de ovos.

Para fazer face a tais reduções e dar resposta às crescentes necessidades de mercado em termos
de ovos para o comércio a retalho e indústria alimentar, a Uniovo, S.A., tem ampliado a respectiva
capacidade de produção no sector da postura, decorrendo daí a necessidade de garantir maior
efectivo de aves de recria (com vista a garantir a produção própria das jovens galinhas poedeiras
que passarão depois a instalações de postura). Com a implementação do projecto – objecto do
presente EIA - o proponente garantirá todo o ciclo de produção de ovos sem ter de recorrer ao
fornecimento externo, reforçando a importância económica da empresa.

Com núcleos de produção de elevada dimensão, o proponente poderá permanecer num mercado
tão competitivo como o dos ovos e instalar tecnologias e equipamentos, que permitam rentabilizar
todo o investimento e ao mesmo tempo melhorar todas as condições de produção, quer em
termos de bem-estar animal, quer do ponto de vista sanitário, económico, social e ambiental.

4.3 DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO

A avicultura moderna baseada na exploração intensiva de aves exige a manutenção de um


ambiente com elevadas exigências fisiológicas e produtivas que só é possível obter através do
alojamento das aves em pavilhões. Estes pavilhões proporcionam às aves factores de conforto ao
nível da temperatura, humidade e pureza do ar.

O processo produtivo da instalação avícola de recria de galinhas poedeiras inclui as etapas


descritas seguidamente.

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As aves são recebidas com um dia de vida e permanecem no pavilhão durante o período de recria
que é de 17 a 18 semanas, sendo depois transferidas para instalações avícolas de postura, com
um peso médio aproximado de 1.4 a 1.5 kg.

O tempo total de ocupação de 28 semanas por cada ciclo de recria, correspondendo a um vazio
sanitário de 10 semanas. Por ano fazem-se aproximadamente 2 ciclos de recria. O esquema
assenta na entrada de todas as aves do dia, sendo alojadas nas jaulas previstas, com uma
densidade de ocupação de 9 a 10 aves por jaula e que funciona tudo dentro tudo fora.

A instalação será dotada de uma cadeia de distribuição automática de ração, que será abastecida
através de dois silos. A alimentação consiste em rações concebidas e estudadas para este tipo de
exploração animal, sendo fornecidas rações em função da idade das aves.

A água é outro factor essencial à produção, sendo necessário garantir em qualidade e quantidade
suficiente. No que se refere à qualidade quantidade de água consumida por cada animal é
directamente proporcional à sua idade e peso, ao nível de produção e à temperatura. A água será
proveniente de uma captação subterrânea e será também distribuída automaticamente a partir de
um depósito central, que por sua vez abastecerá depósitos parciais, para abastecimento das aves.

O aquecimento será garantido através de um sistema de aquecedores, a gás propano, o que


permitirá obter a temperatura ideal para a recria das aves.

Nas figuras seguintes, pode visualizar-se o interior de um pavilhão avícola similar ao previsto no
projecto em apreço.

Figura 4.1 – Aspecto geral do interior de um Figura 4.2 – Pormenor do sistema de


pavilhão de recria de galinhas poedeiras com abeberamento das aves (que possibilita um
baterias de jaulas verticais uso eficiente da água)
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A defesa da instalação avícola será assegurada pela aplicação de todas as medidas gerais
preconizadas pela Direcção Geral de Veterinária.

Após a saída de cada bando iniciar-se-ão as intervenções de limpeza no interior do pavilhão de


produção, procedendo-se à remoção da ração alimentar das calhas, das aves mortas, dos
excrementos das telas. De seguida, efectua-se a limpeza a seco do tecto com ar comprimido, das
baterias e equipamentos constituintes, do pavimento e das paredes. Realiza-se ainda a limpeza
das bóias, do depósito de água e das tubagens de água e algumas operações de manutenção das
instalações. No exterior do pavilhão dos animais efectua-se a lavagem dos depósitos de água e
fumigam-se os silos da ração.

Após os trabalhos de limpeza, o pavilhão será desinfectado permanecendo vazio e fechado por
um determinado período de tempo (vazio sanitário, neste caso com uma duração de 10 semanas)
para que os agentes patogénicos sejam eliminados. Esta prática é de elevada importância na
avicultura industrial e está definida em todos os esquemas de rotação e profilaxia.

4.4 CONSUMOS DE RECURSOS E MATÉRIAS PRIMAS EXPECTÁVEIS NA


INSTALAÇÃO AVÍCOLA EM APREÇO

Na instalação avícola em apreço, a utilização de água destinar-se-á aos seguintes fins:


 nas instalações sanitárias;
 para o abeberamento dos animais;
 nos painéis de refrigeração dos pavilhões de produção.

Importa notar que por questões higio-sanitárias, as limpezas dos pavilhões, realizadas após a
saída de cada bando, serão efectuadas a seco, não se efectuando qualquer lavagem.

No quadro seguinte apresenta-se uma estimativa dos consumos de água, na instalação avícola
em projecto.

Quadro 4.2 – Consumos expectáveis de água na futura instalação avícola


Volume consumido Dados de base considerados no
Tipo de consumo
(estimativa) cálculo
Para abeberamento das 3 Considerando um consumo de 12
3600 m /ano
aves L/ave.ciclo
Para rega dos espaços
3
ajardinados no recinto 40 a 50 m /ano -----
da instalação

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Nas instalações Considerando 40 L/trab.dia x 5
10,4 m3/ano
sanitárias dias/semana x 52 semanas/ano

Em termos energéticos, na instalação avícola, será consumida energia eléctrica e gás GPL. A
energia eléctrica será proveniente de um Posto de Transformação de 800 kVA existente e
instalado na instalação avícola do Casal Mourão II, propriedade da Uniovo, S.A.. Junto ao Posto
de Transformação está previsto a instalação de um grupo gerador de emergência, para garantir o
fornecimento de energia á instalação, em caso de falha no abastecimento público.

Estima-se um consumo anual de energia eléctrica, na ordem dos 200 000 kwh.

O GPL será armazenado num reservatório de 11,1 m3 o qual será objecto de projecto de
licenciamento próprio. O consumo anual médio de GPL estima-se na ordem de 12 a 14 ton.

A principal matéria-prima consumida na instalação será a ração para a alimentação das aves, que
se estima em 1800 ton/ano.

O armazenamento de ração será efectuado em 2 silos, com capacidade para 45 ton cada, que
constituirá capacidade suficiente para garantir a autonomia necessária.

5 CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA ZONA EM ESTUDO

Em termos climáticos, de acordo com as províncias climáticas de Portugal, o projecto em estudo


insere-se na Província Atlântica Média, que estende-se desde o Rio Mondego para Sul até à
latitude de Torres Vedras (39º N). Nesta província, o Verão e o Inverno apresentam-se um pouco
mais quentes em relação à zona Norte do País. A precipitação anual varia entre 600 e 1000 mm,
ocorrendo um ou dois meses secos. Nesta província, as trovoadas são frequentes com ocorrência
de brisas da terra e do mar (Ribeiro, 1999).

A futura instalação, em análise, encontra-se numa região onde as influências atlânticas dominam
sobre as mediterrânicas, registando-se um clima do tipo – Continental atenuado (Daveau, 1985).

No que se refere às características geológicas, de acordo com a Carta Geológica de Portugal


(esc: 1:500 000), estão representadas na área do concelho de Ferreira do Zêzere, dois conjuntos
geológicos principais:
 Maciço antigo, compreendendo formações do Précâmbrico e do Paleozóico, integrando
este, formações dos períodos Ordovícico, Silúrico e Devónico, com materiais muito

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diversificados, predominando xistos e grauvaques, rochas metavulcânicas de natureza
porfiróide, metasedimentos, rochas polimetamórficas e xisto-arenitos-calcários;
 Formações Sedimentares do Secundário (Mesozóico), que envolve uma sucessão
estratigáfica de materiais margosos e calcários, que vão desde o Triássico até ao
Jurássico médio, com representação assinalável do Jurássico inferior.

Do ponto de vista hidrogeológico, a Exploração Avícola Rib. da Mata localiza-se na Unidade


Hidrogeológica da Orla Ocidental, mais concretamente na Massa de Água Subterrânea da Orla
Ocidental Indiferenciada da Bacia do Tejo. Apesar da área onde se irá implantar a exploração
avícola em estudo se situar na massa de água subterrânea atrás referida, a zona em estudo
intersecta mais duas massas de água subterrânea, designadamente: a W a Massa de água
Subterrânea de Penela-Tomar e no extremo SE a Massa de Água Subterrânea do Maciço Antigo
Indiferenciado da Bacia do Tejo, pertencente à Unidade Hidrogeológica do Maciço Antigo

Em termos de Recursos Hídricos, a futura instalação em estudo localizar-se-á na bacia do rio


Zêzere (pertencente à bacia hidrográfica do rio Tejo), mais precisamente na sub-bacia do rio
Nabão, na sub-bacia da Ribeira das Pias e finalmente na sub-bacia da Ribeira da Moura. Refere-
se que a propriedade da futura avicultura é atravessada por um afluente desta ribeira, com um
carácter de escoamento classificado de torrencial, uma vez que apresenta um caudal com pouca
expressão ou mesmo nulo, durante todo o ano.

Em termos de usos de água, as águas superficiais do concelho de Ferreira do Zêzere são


utilizadas para rega, para fins industriais e para consumo humano.
No que se refere a captações públicas assinala-se a existência da barragem de Castelo de Bode.
A albufeira de castelo de Bode tem uma extensão de aproximadamente 60 km, estende-se desde
as imediações de Tomar até aos arredores de Cernache do Bonjardim, perto da barragem da
Bouçã. Esta reserva de água abastece a região de Lisboa num total de aproximadamente 3
milhões de pessoas.

Em termos de abastecimento de águas, a zona em estudo é servida pelo Subsistema


multimunicipal Raia / Zêzere / Nabão das Águas do Centro, S.A.. Este foi dimensionado para
garantir o fornecimento de água, em quantidade e em qualidade, a mais de 248.700 mil habitantes
dos municípios de Alvaiázere, Castanheira de Pêra, Castelo Branco, Ferreira do Zêzere, Figueiró
dos Vinhos, Idanha-a-Nova, Oleiros, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Proença-a-Nova,
Sertã, Tomar e Vila Velha de Ródão.

Concretamente na futura instalação avícola, em estudo, o abastecimento de água será obtido


exclusivamente através de captações subterrâneas (está prevista a execução de uma captação
subterrânea para abastecimento da instalação avícola de Ribeiro da Mata / Vale Gadão). O

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abastecimento para fins domésticos (instalações sanitárias) será também obtido através das
mesmas captações, sendo a água sujeita a um pré-tratamento de cloragem e filtração antes da
entrada na rede de distribuição.

As águas consumidas, com origem nas referidas captações, serão sujeitas a desinfecção no
depósito, através da adição de pastilhas de cloro ou hipoclorito de sódio e através de filtração à
entrada dos pavilhões. Os principais usos da água, nas futuras instalações, prender-se-ão com o
abeberamento das aves.

Segundo o Plano de Bacia Hidrográfica do rio Tejo, no que se refere a fontes de poluição pontual,
os principais focos existentes no concelho de Ferreira do Zêzere, são as actividades agro-
pecuárias e os lagares. No que se refere a poluição difusa, no concelho de Ferreira do Zêzere
pode verificar-se a existência das seguintes situações: - Origem Rural: escoamento de águas de
irrigação; escorrências de zonas de floresta e pastagem; escorrências de actividades pecuárias; -
Origem Urbana/Industrial: escorrências de zonas residenciais e industriais.

As águas residuais produzidas na futura instalação avícola em estudo, dirão respeito,


fundamentalmente, a águas residuais domésticas, as quais serão drenadas para uma fossa
séptica com poço absorvente. De referir que nos pavilhões de produção não serão efectuadas
lavagens, realizando-se (após a saída de cada bando) limpezas a seco e desinfecção.

No que se refere às águas pluviais, estas não receberão qualquer tipo de tratamento, uma vez que
não apresentarão carga poluente que possa provocar impacte no meio receptor.

Com o objectivo de caracterizar a qualidade das águas superficiais da zona em estudo,


utilizaram-se dados das campanhas de amostragem realizadas nos últimos anos, na estação mais
próxima da área de estudo, pertencente à Rede de Qualidade da Água, sob a responsabilidade do
Instituto da Água. A estação utilizada designa-se por Ponte do Agroal e localiza-se na bacia
hidrográfica do rio Nabão, pertencente à bacia do rio Zêzere. De acordo com o critério do INAG, a
água existente no rio Nabão pode considerar-se, de uma maneira geral, uma água com qualidade
“aceitável”, suficiente para irrigação, para usos industriais e produção de água potável após
tratamento rigoroso. Permite a existência de vida piscícola (espécies menos exigentes) mas com
reprodução aleatória e apta para recreio sem contacto directo.

No que se refere à qualidade das águas subterrâneas, face às características hidrogeológicas e


à actual ocupação do solo da zona em estudo, a contaminação das águas subterrâneas por
infiltrações não se considera relevante.

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Construção da Instalação Avícola de Recria de Galinhas Poedeiras da UNIOVO – Ovos e Derivados, S.A. –
Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
Para se caracterizar a qualidade da água subterrânea, consideraram-se os dados obtidos numa
análise efectuada a uma amostra de água recolhida na captação na Instalação Avícola de Casal
do Mourão II (próxima da instalação avícola de Ribeiro da Mata).

De acordo com esta análise, o único parâmetro que apresenta resultados acima do máximo
recomendável é o sulfato. Tratando-se apenas de um único parâmetro que ultrapassa o valor
limite, é complicado associar este parâmetro a um foco de contaminação, no entanto, pode-se
referir que este valor poderá estará associado a: práticas agrícolas, nomeadamente as existentes
nas zonas associadas à Ribeira de Pias; um foco de poluição existente a montante da Instalação
Avícola do Casal Mourão II, no sentido do escoamento subterrâneo, por exemplo a lagoa que se
encontra junto ao limite NE desta exploração avícola, mas fora desta propriedade. Não estará
associado a práticas existentes na área da exploração avícola em estudo, caso contrário também
eram registados valores elevados de parâmetros microbiológicos.

Em termos de qualidade do ar, refere-se que nas imediações da área em estudo não existe
nenhuma estação de monitorização de qualidade do ar, contudo, no concelho de Chamusca,
existe uma estação de monitorização da qualidade do ar, pelo que, a caracterização desta
vertente ambiental será efectuada com base na análise dos dados existentes na referida estação
(tendo em conta a distância da mesma e as diferenças de tipo de ocupação do solo em relação à
área em estudo). A análise dos dados obtidos na monitorização da qualidade do ar, permite
constatar que os vários parâmetros apresentam concentrações relativamente reduzidas. Verifica-
se o cumprimento dos valores guia, valores limite, valores limite para a protecção da saúde
humana, valores limite para a protecção dos ecossistemas e limiares de alerta. Assim, refere-se
que os valores analisados dos parâmetros de qualidade do ar não são indicativos da existência de
um cenário de degradação da qualidade do ar. Conforme já referido, esta análise apenas pode ser
entendida enquanto informação disponível ao nível da região, não sendo representativa do local
em análise, realçando-se contudo o facto da estação de monitorização onde foram registados os
dados de qualidade do ar, encontrar-se inserida num local (zona rural) de características
semelhantes do local em avaliação.

Nas imediações da zona de implantação da nova instalação avícola, não são identificadas
quaisquer fontes de emissões de poluentes atmosféricos de importância considerável. De referir
apenas a existência da via rodoviária (caminho municipal que liga a EN110 à localidade de Serra
do Balas) que intercepta o acesso à instalação e que constitui uma fonte linear de poluição
atmosférica, contudo, pouco relevante dado o reduzido volume de tráfego que lhe está associado.
Refere-se ainda a existência de outras duas instalações pecuárias a Nordeste, uma a cerca de
540 metros (Aviário de Casal Mourão II) e outra a cerca de 390 metros, bem como, ao nível de
todo o concelho regista-se a existência de diversas instalações de pecuária intensiva e agro-

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Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
indústrias associadas que constituem, de alguma maneira, fontes de emissões atmosféricas e
odores dispersas pelo território concelhio.

A zona onde será construída a instalação apresenta algumas zonas florestais e de matos nas
imediações bem como alguns relevos naturais que por si só exercem algum efeito barreira à
dispersão natural de eventuais poluentes atmosféricos ou odores que poderão ser gerados pela
instalação. Relativamente a ocupação humana, referem-se as seguintes situações de ocupação
habitacional: o conjunto habitacional de Outeiro dos Pereiros, a cerca de 760 metros a Este do
limite da propriedade da instalação, conjunto habitacional de Portela de Vila Verde, a cerca de 960
metros a Sudoeste do limite da propriedade da instalação e conjunto habitacional de Serra do
Balas, a cerca de 960 metros a Noroeste do limite da propriedade da instalação, que constituem
os únicos receptores sensíveis à eventual emissão de poluentes atmosféricos / odores
decorrentes da actividade em causa.

Em termos de Ambiente Sonoro as fontes de ruído identificadas, associadas à circulação de


veículos pesados de transporte de mercadorias (produtos e matéria prima) para as explorações
pecuárias que se localizam na envolvente da futura instalação avícola do Ribeiro da Mata / Vale
Gadão. A zona envolvente das instalações situa-se numa zona de características rurais.

Não se regista, na zona, a existência de qualquer outro tipo de fonte de ruído significativo e
determinante do ambiente acústico local. Os níveis de ruído registados na envolvente da zona em
estudo são reduzidos. O ruído ambiente local é composto essencialmente por ruídos de natureza,
correspondendo a sons produzidos pelo chilrear de espécies passeriformes e à movimentação de
folhas das árvores por acção do vento.

Em termos de Uso Actual dos Solos, na área em estudo e sua envolvente próxima foram
delimitados os seguintes espaços de usos: Áreas Urbanas: Unidades Industriais; - Pavilhões de
pecuária; Áreas Agrícolas: - Culturas arvenses; Olival e Pomar; Vinha; Áreas Florestais; Meios
Semi-naturais, Matos ou incultos.

O uso dominante da área de estudo é a vinha (38%), seguido das áreas florestais e matos. Dentro
da propriedade predomina o Uso Florestal, com cerca de 98% de área ocupada, sendo o grupo
das Quercineas o elemento arbóreo que tem o indíce mais elevado, correspondendo à espécie
representativa da vegetação climácica do local. Este grupo dominante denominado Bosquete
permanece ainda na extensão Norte da propriedade, constituindo um povoamento mais ou menos
denso.

Quanto às Áreas Urbanas, é de referir somente um pequeno aglomerado urbano localizado a


Noroeste da área de estudo, que se encontra relativamente afastado e no limite da área de estudo

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Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
(a cerca de 500m). A Nordeste da área de estudo refere-se ainda, a existência de uma instalação
avícola composta por vários edifícios e respectiva zona envolvente, distanciada em cerca de 500
metros. Por fim, os Meios Semi-Naturais estão representados por manchas de matos e/ou incultos
de expressão considerável em toda a sua envolvente.

De referir ainda que a zona de estudo se insere integralmente numa zona de utilização cinegénica,
designadamente, na Zona de Caça Associativa das Areias.

No que respeita aos Sistemas Ecológicos, refere-se que a futura instalação avícola localizar-se-á
numa zona caracterizada pela co-existência de um conjunto variado de biótopos, a saber:
Bosquete de Quercíneas, Agrícola, Humanizado, de Produção Florestal, Matos e Ripícola. A
propriedade da instalação, embora intervencionada, correspondia a uma área de Bosquete de
Quercíneas, permanecendo ainda alguns exemplares de carvalho-português ou carvalho-
cerquinho (Quercus faginea subsp. broteroi), espécie representativa da vegetação climácica do
local. Tal Bosquete permanece ainda na extensão Norte da propriedade, constituindo um
povoamento mais ou menos denso.

A vegetação potencial, no caso da localização da área do projecto avícola, corresponde a um


bosque de carvalhos, dominando o carvalho-cerquinho (Quercus faginea subsp. broteroi), árvore
de grande porte, exclusiva da península ibérica. Esta árvore é típica dos ambientes mediterrânicos
onde constitui povoamentos puros ou mistos com o sobreiro. Mostra uma clara afinidade com
ambientes de alta humidade atmosférica e de fracas amplitudes térmicas, como acontece no
litoral.

Na área de inserção do projecto é também patente um elevado grau de humanização, responsável


pela presença de um mosaico agro-florestal, entre as povoações de carácter rural. Os
aproveitamentos agrícolas correspondem a culturas extensivas ao longo das linhas de água, a
pomares, destacando-se a predominância do olival e algumas parcelas de vinha. Apesar de na
área envolvente se observarem diferentes tipos de vegetação natural, semi-natural ou introduzida,
de facto a área de projecto é relativamente homogénea.

A área definida a Este da área do projecto corresponde à faixa envolvente do Ribeiro da Mata /
Vale Gadão que se desenvolve no sentido Norte-Sul. Este ribeiro é detentor de uma interessante
galeria ripícola e rodeada por carvalhal. No entanto, uma vez que este ribeiro se encontra fora do
limite da propriedade, e que o processo industrial não pressupõe a sua afectação, não se
procedeu à sua caracterização pormenorizada.

Em termos faunísticos a área de projecto é uma área de matos sub seriais de carvalhal de carvalho-
cerquinho, relativamente intervencionado. Esta vegetação é característica de alguma humidade.

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
Salienta-se também a proximidade do Ribeiro da Mata / Vale Gadão a Este. Desta forma podem
ocorrer na área de projecto algumas espécies de anfíbios, sobretudo em deslocação. Sob condições
de pluviosidade, com actividade crepuscular ou nocturna, podem ocorrer salamandras e tritões.
Tolerantes a maiores condições de secura podem encontrar-se no sub bosque envolvente da unidade
avícola, sapos. As rãs e as relas só ocasionalmente poderão ocorrer na área, dado dependerem
bastante da presença de linhas ou massas de água. Dentro da área do projecto podem ocorrer
espécies com maior ou menor tolerância às actividades humanas. No primeiro grupo serão
prováveis a osga, as lagartixas e o sardão Lacerta lepida. Podem ainda surgir com alguma
frequência cobras relativamente comuns, de maiores dimensões, como a cobra-rateira, a cobra-
de-escada e a cobra-de-ferradura, confirmadas na área de inserção do projecto. Mais associadas
aos matos circundantes pode ocorrer a cobra-lisa-bordalesa. Dado o maior nível de humidade
sobretudo na proximidade de água ou de matos muito densos, tal como sucede nos limites Este e
Oeste da instalação podem ocorrer cobra-cega, cobra-de-vidro e cobras-de-água. O grupo
faunístico melhor representado na área em estudo é o das aves. O habitat florestal envolvente
permite ainda a presença de espécies de rapina, como o açor, a ógea, o milhano, a águia-de-asa-
redonda ou o gavião-da-europa. Relativamente às rapinas nocturnas é possível a presença de
coruja-das-torres e de coruja-do-mato. O peneireiro-vulgar poderá também ocorrer, mas numa
situação de orla, entre o bosquete e áreas mais abertas, agrícolas, que prefere frequentar.
Destacam-se ainda as presenças de pombos e rolas. Relativamente ao grupo dos picapaus –
associados aos bosquetes mistos de carvalho-cerquinho e pinhal, destaca-se que o peto-verde, a
Perdiz-comum, a cotovia-pequena e a felosa-do-mato. Não ocorre nidificação de espécies de
maior interesse para a conservação dentro da área de projecto, dado que esta área se encontra
relativamente artificializada. As espécies ocorrentes estão sobretudo associadas aos bosquetes de
carvalho-negral envolventes e a uma escala maior (importante por exemplo para as aves de
rapina) ao mosaico agro-florestal ocorrente.

A área de inserção de projecto é uma área com fortes potencialidades para a manutenção de
comunidades de mamíferos diversificadas. De entre as espécies que apresentam interesse para a
conservação, destaca-se o caso do coelho-bravo, que foi confirmado na área de projecto devido à
existência de latrinas. Relativamente às espécies incluídas no grupo de carnívoros, que podem
ocorrer dentro da área de projecto, são a doninha, fuinha, e gineta. Associados ao Ribeiro da Mata
/ Vale Gadão ou à densa vegetação envolvente, podem ocorrer lontra, toirão e sacorrabos.

Em termos de Paisagem, a área em estudo encontra-se inserida na Unidade de Paisagem n.º 67


– Maciços Calcários da Estremadura (DGOTDU, 2004). Esta unidade surge a Sul de Coimbra e
diferencia-se das terras baixas a ocidente pelo seu relevo mais movimentado e pela secura dos
calcários. A vegetação autóctone é rala e rasteira e, ao longe, parece esbranquiçada devido à
presença constante de lajes e barrocos calcários. As árvores surgem frequentemente cobertas de
musgos e fetos, o que indica ainda a forte influência atlântica. Ao longo do ano há mudanças

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cromáticas significativas, devido à caducidade dos carvalhos e aos ciclos culturais dos sistemas
agrícolas dominantes. Nas zonas mais baixas, planas e férteis surge um mosaico agrícola em
parcelas relativamente pequenas, compartimentadas por sebes e muros. O pinhal bravo ocupa as
encostas mais declivosas e também integra o mosaico agrícola nas áreas inclinadas e menos
férteis.

A área de implantação da instalação em estudo caracteriza-se do ponto de vista geomorfológico,


por relevos pouco acidentados, a uma altitude média entre os 200 e os 210 m. A área definida a
Este da futura instalação avícola corresponde à faixa envolvente da Ribeira da Moura da Ribeira
de Pias, que se desenvolvem no sentido Norte-Sul. Considerou-se a existência de cinco unidades
de paisagem distintas na área de estudo: áreas agrícolas e urbanas, áreas industriais,
povoamentos florestais com quercíneas, carrascais e outros matos e povoamentos florestais
dominados por pinhal e/ou eucaliptal. Em linhas gerais, a área em estudo é marcada por uma
certa heterogeneidade do ponto de vista da qualidade visual e capacidade de absorção visual.

Em termos de Património Cultural, o projecto enquadra-se genericamente no território florestal que


envolve a bacia fluvial do Rio Zêzere, onde o relevo apresenta, grosso modo, características
semelhantes a nível topográfico, materializadas por serras com grandes manchas florestais, tendo
como matriz principal a bacia do Rio Zêzere e o lago artificial que se cria com a barragem de Castelo
do Bode. De referir o Rio Zêzere como fonte de desenvolvimento turístico, e a floresta em si como
fonte de inúmeras matérias-primas para diversas indústrias. As potencialidades naturais da região
proporcionaram boas condições para a instalação de populações na região, desde épocas
bastante recuadas. A abundância de mananciais e linhas de água, como por exemplo o Rio
Zêzere, e de vales férteis revelam-se como factores atractivos e estratégicos para a fixação de
grupos humanos. A área de implantação do Projecto é caracterizada por esta realidade,
beneficiando das crescentes boas vias de comunicação que a região tem vindo a desenvolver. Os
mais antigos vestígios da presença humana na região circundante à área de estudo datam já do
Paleolítico. Tratam-se dos sítios arqueológicos Ponte do Ribeiro, Lapa do Vale das Lapas, Relvas
e Vale da Lapa.

Na área de estudo, os trabalhos de campo revelaram vegetação rasteira muito densa, com
algumas zonas de clareira, onde se conseguia ter alguma visibilidade dos solos. Na área
envolvente as condicionantes à visualização do solo foram sentidas com maior intensidade nas
áreas que se encontram preenchidas por vegetação de grande e médio porte, associadas a zonas
arbustivas e matas.

Na área de estudo, verifica-se a existência de 5 sítios com elementos de interesse patrimonial,


realçando-se que, na zona de implantação do projecto, foram detectados alguns vestígios

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cerâmicos, muito dispersos e rolados, não sendo possível aferir uma cronologia. As dificuldades
de visualização dos solos não permitiram também aferir a dimensão da dispersão de vestígios.

No que se refere à Gestão de Resíduos no concelho de Ferreira do Zêzere a gestão dos resíduos
urbanos é assegurada pela RESITEJO – Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio
Tejo. Esta empresa é responsável pela gestão dos resíduos urbanos produzidos em dez
municípios: Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã,
Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha, abrangendo um total de cerca de
214 300 habitantes. Segundo dados da RESITEJO, a produção de resíduos sólidos urbanos no
município de Ferreira do Zêzere em 2006 foi de 2 844 toneladas, correspondente a uma capitação
cerca de 300 kg/hab. Actualmente, os resíduos produzidos no concelho de Ferreira do Zêzere, são
passíveis de diferenciação através dos ecopontos espalhados pelo concelho, o que permite a
deposição selectiva de papel, cartão, embalagens de plástico e vidro. No entanto, verifica-se que
os citados ecopontos não resultam em pleno, uma vez que a quantidade de material que segue
para reciclagem é pequena. Pretende-se, de futuro, avançar para uma situação contrária, em que
apenas uma pequena parte dos resíduos sólidos urbanos é que não serão valorizados.

Em termos de Ordenamento, o concelho de Ferreira de Zêzere é abrangido pelo Plano Director


Municipal do concelho de Ferreira do Zêzere, pelo Plano Regional de Ordenamento do Território
do Oeste e Vale do Tejo, pelo Plano Regional de Ordenamento Florestal do Ribatejo, pelo Plano
de Bacia Hidrográfica do Rio Tejo, e ainda pelo Plano de Ordenamento da Albufeira de Castelo do
Bode. Note-se contudo, que a área em estudo não se encontra na zona de abrangência deste
último plano de ordenamento e que a construção da instalação em apreço em nada contraria as
directrizes estabelecidas nos dois planos estratégicos de ordenamento e desenvolvimento
primeiramente mencionados. Em termos de classe de ordenamento, conforme definido no PDM, a
área de construção da instalação avícola em apreço encontra-se inserida na classe de Espaços
Florestais (Floresta de Produção) e Espaços Agrícolas (Áreas Agrícolas RAN).

Em termos de Condicionantes refere-se que a construção da instalação avícola em apreço não


afecta espaços de reserva agrícola (RAN) nem Reserva Ecológica Nacional (REN), apesar de se
registar uma mancha de RAN na parte Norte e uma mancha na parte Este da propriedade da nova
instalação e uma mancha de REN na parte Oeste e outra na parte Este. Quanto a “Outras
Condicionantes”, na área em que se desenvolve o projecto em estudo há a referir a existência de:
Rede viária (EN, EM, CM), Limite do Sítio da Rede Natura (2ºFase) Sicó/Alvaiázere
(PTCON0045), Rede eléctrica – Rede de distribuição, Postos de transformação de energia, Marco
Geodésico, Áreas servidas por redes de distribuição de água, Condutas adutoras existentes e
Reservatórios existentes. No entanto, nenhuma das condicionantes mencionadas se localiza na
área de intervenção, nem na envolvente próxima, não se prevendo assim qualquer afectação
destas condicionantes.

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Na caracterização Socioeconómica a futura instalação em estudo localizar-se-á no interior da
região Centro, na sub-região do Médio Tejo, concelho de Ferreira do Zêzere e freguesia de Areias.
A instalação em estudo apresenta um papel importante, juntamente com as empresas associadas
ao grupo económico, no que diz respeito ao parque industrial do concelho. Estas indústrias
contribuem de forma significativa para o desenvolvimento da região.
2
O concelho de Ferreira do Zêzere apresenta uma área total de 190 km , distribuídos por nove
freguesias e apresentava em 2001, uma população residente de 9 422 habitantes,
correspondendo a uma densidade populacional de 49,1 hab/km2. A freguesia de Areias apresenta
uma área total de 39,24 km 2 e uma população residente, em 2001, de 1772 habitantes,
correspondendo a uma densidade populacional de 45,2 hab/km2.
A evolução das taxas de actividade e de desemprego evidenciadas nos Censos de 1991 e 2001,
permitem concluir que o concelho de Ferreira do Zêzere registou um aumento da taxa de
actividade média de cerca de 9,2% (taxa de actividade em 1991, 33,5% e taxa de actividade em
2001, 36,6%) e um significativo aumento da taxa de desemprego na ordem dos 44% (taxa de
desemprego em 1991, 3,4% e taxa de desemprego em 2001 – 4,9%). A estrutura das actividades
no concelho de Ferreira do Zêzere está essencialmente orientada para o aproveitamento dos
recursos locais, nomeadamente os recursos do solo: exploração florestal, recursos hídricos e
recursos paisagísticos e monumentais. De acordo com o PDM de Ferreira do Zêzere, as
actividades da população activa do concelho desenvolvem-se com predomínio das actividades
agro-pecuárias e florestais e de algumas iniciativas de transformação industrial dos produtos da
terra. A instalação em estudo apresenta um papel importante no que diz respeito à actividade
industrial do concelho e contribui de forma significativa para o desenvolvimento da região.

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
6 IMPACTES AMBIENTAIS PREVISTOS E MEDIDAS DE MINIMIZAÇÃO

A análise desenvolvida no presente Estudo de Impacte Ambiental permitiu caracterizar os


principais factores de notório interesse ambiental face ao objecto em estudo (instalação avícola
não existente), tendo sido avaliados os impactes previstos para a fase de construção, exploração
e em alguns casos, os impactes decorrentes da desactivação da instalação (que, contudo, não se
encontra prevista). Para cada descritor ambiental em que se aferiu a ocorrência de impactes
negativos ou a sua possibilidade, foi indicado um conjunto de medidas de minimização
consideradas adequadas e ajustadas à futura instalação em apreço.

No quadro seguinte, são apresentadas globalmente e sumariamente as principais afectações da


futura instalação sobre o ambiente e as respectivas medidas de minimização.

Na Figura 4, adiante apresentada, visualiza-se um resumo (gráfico) dos principais impactes


expectáveis com a implementação do projecto em apreço.

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Quadro 6.1 – Quadro Síntese de Impactes e Medidas de Minimização

IMPACTES LOCALIZAÇÃO M EDIDAS DE M INIMIZAÇÃO

Geologia e Geomorfologia
Na fase de construção as medidas de minimização para a geologia e
geomorfologia a implementar passam pelas seguintes actuações:
 A decapagem da camada superficial e a impermeabilização do solo
deverão ser limitadas às áreas estritamente necessárias à execução
Os impactes sobre a Geologia e Geomorfologia são decorrentes da dos trabalhos;
alteração das características geomorfológicas do local e das Recinto da  O solo resultante da decapagem deverá ser armazenado em local
movimentações de terras na parcela de terreno onde serão instalados os instalação próprio para posterior utilização dos trabalhos de recuperação
novos pavilhões de recria da instalação avícola. paisagística e desta forma garantir um maior sucesso na implantação
da vegetação;
 Deverão ser estabelecidos declives com a menor inclinação possível,
tendo em consideração não só a estabilidade geotécnica mas também
as inclinações mais favoráveis para o revestimento vegetal.

Não se verificam afectações decorrentes de da alteração das Recinto da Dada a inexistência de impactes geológicos e geomorfológicos assinaláveis
características geomorfológicas do local e das movimentações de terras. instalação na fase de exploração, não são previstas quaisquer medidas de minimização.

Em caso de desactivação da instalação (não prevista) ocorrerão impactes  Caso a desactivação da instalação venha a ser prevista, a mesma será
Recinto da
associados à realização de escavações e aterros e à circulação de efectuada mediante um plano próprio a elaborar na altura, salvaguardando o
instalação
maquinaria. cumprimento de medidas de minimização de impactes ambientais.
Recursos Hídricos e Qualidade da Água

Os impactes poderão incidir ao nível da alteração dos regimes de  A localização do estaleiro ou local de acondicionamento temporário de
escoamento dos cursos de água devido, sobretudo à instalação de materiais e equipamento da obra, e dos locais de depósito de terras e
estaleiro, à circulação de maquinaria, e à movimentação de terras. resíduos deverá localizar-se tão afastados quanto possível de zonas de
Recinto da aquíferos de maior vulnerabilidade à contaminação (nomeadamente as zonas
Também a impermeabilização dos terrenos pela construção dos novos instalação de aluvião associadas ao afluente da Ribeira da Moura), de leitos e margens
pavilhões de recria poderá ser responsável pelos impactes ao nível dos de linhas de água.
caudais de escoamento. Depois de construídos os acessos ao local para circulação de maquinaria e
equipamento de apoio à obra, deverão ser sempre utilizados estes mesmos
acessos.
 Os locais de empréstimo para deposição de materiais residuais (incluindo
Contaminação dos recursos hídricos superficiais pelo arraste de poeiras e terras sobrantes), não deverão situar-se junto das linhas de água.
Recinto da
partículas e outros poluentes para as linhas de água mais próximas,
instalação  Deverá haver um especial cuidado nos trabalhos na zona de apoio à obra e
nomeadamente o afluente da Ribeira da Moura. com a maquinaria, de forma a evitar-se derrames de óleos, combustíveis e

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IMPACTES LOCALIZAÇÃO M EDIDAS DE M INIMIZAÇÃO
mais poluentes nas linhas de água.
 Deverá ser restringida a execução de acções poluentes tais como descarga
Eventuais contaminações dos aquíferos devido a derrames acidentais no Recinto da
de óleos, combustíveis e lavagem de maquinaria e equipamento ao local do
solo, decorrentes das actividades construtivas. instalação
estaleiro, devendo os resíduos e efluentes ser recolhidos e transportados para
local adequado.
Não se prevê a contaminação dos recursos hídricos, através da Garantir a manutenção dos futuros sistemas de fornecimento de água aos
instalação em estudo, dado que as águas residuais (em pequeno volume) animais, que constituirão sistemas de elevada eficácia e que minimizarão
serão encaminhadas na sua totalidade para a fossa séptica (a construir). Recinto da significativamente o consumo global de água na instalação;
instalação
Garantir as boas condições físicas da fossa séptica a construir, no sentido de
evitar situações acidentais de derrame de águas residuais;
Garantir a periodicidade adequada de transfega das águas residuais da fossa,
destinadas à ETAR municipal;
Garantir a limpeza a seco e desinfecção das instalações dos animais, após a
saída de cada bando, não havendo lugar à realização de lavagens e, em
consequência, não envolvendo qualquer consumo de água;
Os consumos de água na instalação encontram-se resumidos ao Recinto da Na eventualidade de ser necessária a realização de captações de água, deverá
indispensável, havendo uma notória atenção ao uso eficiente da água. instalação
proceder-se ao seu licenciamento, junto da ARH;
Garantir o funcionamento de um apropriado sistema de gestão de resíduos que
permita o seu correcto armazenamento e encaminhamento para destino final
adequado, evitando a contaminação, não só dos recursos hídricos, mas
também dos solos.
 Drenagem de águas residuais para a fossa séptica e garantia das boas
Refere-se a probabilidade, embora reduzida, de ocorrência de situações condições físicas do sistema e respectiva rede de drenagem, no sentido de
Recinto da
acidentais de derrame de águas residuais devido a esgotamento do evitar situações acidentais de derrame de águas residuais;
instalação
sistema.  Manutenção e inspecção periódica de toda a rede de abastecimento de água
às instalações de forma a detectar e corrigir eventuais fugas;
 Definir locais específicos para armazenagem temporária dos resíduos e
Probabilidade de gerar efluentes líquidos contendo hidrocarbonetos, Recinto da posterior destino final.
durante o desmantelamento de equipamentos e tubagens. instalação  Os efluentes líquidos gerados, contendo hidrocarbonetos, deverão ser
encaminhados para destino final autorizado.
Qualidade do Ar
 O estaleiro de apoio à obra ou a zona de acondicionamento temporário de
Emissão de poeiras, partículas em suspensão e gases de combustão pela Recinto da materiais e equipamentos de apoio à obra deve ser localizado tão distante
movimentação de terras de e para a obra, pela realização de escavações instalação e quanto possível das zonas habitacionais e de habitações isoladas das
e aterros, pela instalação do estaleiro de apoio à obra, pavimentação de respectiva imediações da instalação avícola;
zonas, e pela circulação de veículos e outras máquinas. envolvente  Durante as acções de movimentações de terras, as superfícies dos terrenos e
as terras a movimentar devem ser humedecidas a fim de minimizar a
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Construção da Instalação Avícola de Recria de Galinhas Poedeiras da UNIOVO – Ovos e Derivados, S.A. – Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão
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IMPACTES LOCALIZAÇÃO M EDIDAS DE M INIMIZAÇÃO
dispersão de poeiras por acção do vento e da operação das máquinas e
veículos afectos à obra. A ressuspensão de poeiras, sobretudo em zonas não
pavimentadas da obra deve ser minimizada, igualmente pela aspersão
periódica de água;
 As terras a transportar de e para a obra e os depósitos de terras na zona da
obra devem ser cobertos de forma a minimizar a emissão de poeiras;
 As operações de queima a céu aberto, na zona de obra, são interditas, em
consonância com a legislação em vigor;
 Os veículos e máquinas de obra devem ser sujeitos a uma cuidada
manutenção a fim de evitar as emissões excessivas e desnecessárias de
poluentes para a atmosfera, provocadas por uma carburação ineficiente.
 Instalação de dispositivos, na instalação avícola, que assegurarão uma boa
Recinto da
Salienta-se a emissão de odores desagradáveis com origem nos ventilação, possibilitando a secagem parcial dos dejectos produzidos e
instalação e
estrumes produzidos, estando os mesmos associados a emissões de possibilitando baixar significativamente a intensidade das fermentações,
respectiva
gases, dos quais se salienta a amónia. permitindo a redução da libertação de cheiros desagradáveis e de perdas de
envolvente
azoto por volatilização.
Recinto da  Os veículos de transporte que acederão à instalação devem ser sujeitos a
O acesso de veículos às instalações, no decorrer da sua actividade, instalação e controlo de velocidade e a uma cuidada manutenção a fim de evitar as
gerará a emissão de gases de combustão e partículas. respectiva emissões excessivas e desnecessárias de poluentes para a atmosfera,
envolvente provocadas por uma carburação ineficiente.
 Humedecimento das superfícies dos terrenos que ficarem a descoberto e não
compactados, durante as acções de demolição, a fim de minimizar a
dispersão de poeiras por acção do vento e da operação das máquinas e
veículos afectos à obra. A ressuspensão de poeiras, sobretudo em zonas não
Em caso de desactivação da instalação (não prevista) a execução da pavimentadas da obra deve ser minimizada, igualmente pela aspersão
demolição dos edifícios, as eventuais escavações e a circulação de Recinto da periódica de água.
máquinas constituem as actividades que potencialmente originam alguma instalação e  Realização do transporte de resíduos resultantes das demolições e as terras
degradação da qualidade do ar da zona envolvente com consequente respectiva com as adequadas coberturas das terras de forma a minimizar a emissão de
incomodidade para as populações que habitam nas imediações da envolvente poeiras durante o transporte.
instalação.  Interdição das operações de queima a céu aberto, na zona de obra, em
consonância com a legislação em vigor.
 Manutenção cuidada dos veículos e máquinas de obra a fim de evitar as
emissões excessivas e desnecessárias de poluentes para a atmosfera,
provocadas por uma carburação ineficiente.
Ambiente Sonoro

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 As actividades ruidosas só podem ter lugar entre as 8 horas e as 20 horas
[caso se pretenda prolongar este período deve ser solicitada à Câmara
Municipal uma Licença Especial de Ruído (L.E.R.)], e os equipamentos
deverão possuir indicação, aposta pelo fabricante ou importador, do
respectivo nível de potência sonora – conforme Artigo 6º do R.E.S.E.U.E. –, o
qual deverá cumprir os valores limite constantes no anexo V do mesmo
diploma.
 Para os equipamentos que, por alguma razão, não possuam indicação do
Os impactes sobre o ambiente sonoro da envolvente da zona de Recinto da respectivo nível de potência sonora, deverão ser tomadas diligências no
construção dos pavilhões de recria e armazém de estrume estão instalação e sentido da sua obtenção, por parte do empreiteiro, nomeadamente através da
relacionados com a circulação de veículos e funcionamento de respectiva sua solicitação ao fabricante ou importador, ou através da realização de
equipamentos de apoio à obra. envolvente medições in situ, por entidade devidamente credenciada, para sua
caracterização.
 Relativamente aos veículos pesados de acesso à obra, o ruído global de
funcionamento não deve exceder em mais de 5 dB(A) os valores fixados no
livrete, em acordo com o nº 1 do Artigo 16º do Regime Legal sobre a Poluição
Sonora, e devem ser evitadas, a todo o custo, situações de
aceleração/desaceleração excessivas assim como buzinadelas
desnecessárias, sobretudo quando os veículos se encontrem próximos de
Zonas Sensíveis ou Mistas.
Prevêem-se impactes associados ao funcionamento dos equipamentos A circulação de veículos pesados deve efectuar-se essencialmente em
mecânicos (ventiladores) que serão instalados nos pavilhões. A simulação período diurno;
de propagação do ruído, na fase de exploração, evidencia que encontra-
Deverá ser mantida a velocidade reduzida de tráfego de veículos pesados nas
se previsto o cumprimento dos limites legais ruído nos receptores
Recinto da zonas próximas aos receptores sensíveis;
sensíveis existentes na envolvente da instalação avícola a construir.
instalação e Manter em bom funcionamento os equipamentos de ventilação, de forma a
Considera-se assim que os impactes provocados no ambiente sonoro, na
respectiva evitar situações anómalas de emissão de ruído, assegurando a sua
fase de exploração da instalação avícola serão pouco significativos,
envolvente manutenção e revisão periódica;
permanentes e reversíveis.
Na figura seguinte visualiza-se a vista 3D do projecto da instalação, Utilizar equipamento em conformidade com o disposto no Decreto-Lei n.º
utilizada para a simulação anteriormente mencionada. 221/2006, de 8 de Novembro, que Transpõe para a ordem jurídica interna a
Directiva n.º 2005/88/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de

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Dezembro, que altera a Directiva n.º 2000/14/CE, relativa à aproximação das
legislações dos Estados membros em matéria de emissões sonoras para o
ambiente dos equipamentos para utilização no exterior

Em termos indirectos, foram considerados os impactes provocados pela


Recinto da
circulação de veículos pesados para transporte de matéria-prima (ração,
instalação e
pintas em início de ciclo), de subprodutos (estrume, cadáveres e resíduos)
respectiva
e de produto final (frangas em fim de recria).
envolvente

Recinto da
Desmantelamento dos equipamentos e tubagens, demolição dos edifícios instalação e
e transporte de matérias e escombros. respectiva
envolvente
Solos
 As terras armazenadas, resultantes das decapagens realizadas deverão ser
reutilizadas na cobertura dos taludes;
 Definição de uma área de trabalho o mais limitada possível, a fim de evitar
Ocupação e compactação de solos, com potencialidades reduzidas,
Recinto da danos nos terrenos circundantes à zona de intervenções;
devido à instalação de zonas de apoio à obra e criação de novos acessos
instalação  Escolha criteriosa da localização do estaleiro, zonas de depósito e
de apoio à construção.
empréstimo, os quais não deverão situar-se em áreas classificadas como RAN
ou REN, devendo também evitar-se outras áreas com uso agrícola e a
envolvente da linha de água existente nas proximidades (afluente da Ribeira

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da Moura);
 Deverá efectuar-se o controle rigoroso na manutenção de veículos e
A circulação em áreas não pavimentadas, terá tendência a causar a máquinas de trabalho, de modo a evitar derrames de óleos e combustíveis no
compactação do solo, podendo ainda ocorrer derrames acidentais de Recinto da solo;
combustíveis ou óleos que, se não forem acautelados, constituirão fontes instalação  Para evitar o ravinamento de taludes de aterro e escavação não rochosos
de degradação do solo. provocados pela escorrência de água superficial deve ser realizado, no mais
curto espaço de tempo possível após as operações de terraplenagem, o
revestimento dos taludes com terra e espécies vegetais adequadas à região.
 Uma vez que o estrume é um subproduto da exploração, que é vendido a
intermediários que o distribuem por utilizadores do sector agrícola, a empresa
Recinto da deverá promover a sensibilização / formação dos utilizadores finais de
Impactes associados à gestão do estrume retirado das instalações.
instalação estrume (subproduto da actividade em apreço) através do fornecimento de
informações das boas práticas para a aplicação / espalhamento do estrume
em solos agrícolas.
 Deverá ser efectuado um plano específico para o desmantelamento que
assegure que as actividades necessárias sejam executadas com o mínimo
prejuízo para os valores ambientais em geral e versando especialmente sobre
No cenário (não previsto) de desactivação da instalação poderá ocorrer a as medidas de gestão de resíduos adequadas.
Recinto da
contaminação local de solos pela deposição de resíduos decorrentes das  Após o desmantelamento, deverá ser realizada uma verificação do local,
instalação
actividades de demolição. podendo ser necessária a realização de análises, nomeadamente no que
respeita à eventual contaminação dos solos da área afecta à instalação
avícola.

Usos do Solo
 Definição de uma área de trabalho o mais limitada possível, a fim de evitar
danos nos espaços de uso do solo circundantes à zona de intervenção,
nomeadamente espaços agrícolas integrados na RAN e outros espaços
Afectação e impermeabilização de área considerada como área florestal,
agrícolas;
inviabilizando outros eventuais futuros usos no local. Afectação de solos Recinto da
da envolvente da instalação com a circulação de maquinaria afecta à obra instalação  Escolha criteriosa da área de estaleiro, zonas de depósito e empréstimo, as
e instalação de estaleiros. quais não deverão situar-se em espaços agrícolas, se possível, deverá
utilizar-se uma área já intervencionada, compactada e pavimentada dentro da
parcela de terreno onde se realizarão as construções dos novos pavilhões ou
no recinto da instalação avícola existente.

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 Limitação da velocidade de circulação dos veículos, de forma a reduzir as
emissões de poeiras;
 Lavagem dos rodados dos veículos de transporte;
 Cobertura dos veículos de transporte de materiais;
Afectação de usos solos da envolvente da instalação com a circulação de Recinto da
veículos pesados afectos à exploração da instalação avícola. instalação  Beneficiação do caminho de acesso à instalação, através da colocação de
tout venant, sempre que se considere necessário;
 Deverá ser assegurada uma adequada manutenção e conservação de todas
as espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas instaladas em fase de
construção garantindo-se a eficácia das medidas de minimização.
Locais de
Fertilização orgânica de campos agrícolas com a aplicação do estrume aplicação do
gerado na instalação. estrume gerado
na instalação
Não se prevê a desactivação da instalação em causa. No entanto, caso  Deverá ser efectuado um plano específico para o desmantelamento que
esta venha a ocorrer, os usos do solo para o local deverão estar em Recinto da assegure que as actividades necessárias sejam executadas com o mínimo
conformidade com o disposto na Planta de Ordenamento do PDM de instalação prejuízo para os valores ambientais em geral e versando especialmente sobre
Ferreira do Zêzere. as medidas de gestão de resíduos adequadas.
Sistemas Ecológicos
 Numa fase prévia à construção do aviário deverão ser promovidas acções de
sensibilização ambiental para os trabalhadores envolvidos na obra. A
sensibilização deverá passar pelos cuidados a ter durante o período em que
estiverem no local, sendo extremamente importante que os trabalhadores
compreendam que após a conclusão das obras, a área intervencionada
deverá ficar, do ponto vista ecológico, igual ou melhor, do que antes do seu
início;
 Recomenda-se ainda a minimização do ruído principalmente durante a altura
Afectação de bosquete de quercíneas existente na propriedade. Recinto da
crepuscular e a recolha de lixo produzido pelas equipas de trabalho de modo
Perturbação das espécies faunísticas pelo aumento da movimentação de instalação e
a não perturbar e atrair mamíferos carnívoros e aves nocturnas;
pessoas e máquinas. Risco de atropelamento de espécies com pouca respectiva
mobilidade. envolvente  Deverá ser evitado o derrame no solo de substâncias poluentes, como óleos,
combustíveis, tintas, cimentos etc., utilizando sempre que necessário áreas
impermeabilizadas e limitadas para conter qualquer derrame. Para além disso,
a descarga das águas resultantes da limpeza de betoneiras deverá ser
efectuada em locais destinados para o efeito;
 Estabelecer um local de armazenamento adequado para todos os resíduos
excedentes da obra, que não deve localizar-se junto às áreas de maior
relevância ecológica ou áreas classificadas, de modo a que durante e/ou após
a conclusão dos trabalhos estes sejam transportados para locais destinados

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para esse fim, não havendo hipótese alguma de eles serem deixados na área
de estudo;
 O material lenhoso decorrente do corte das zonas de pinhal, que não seja
estilhado, deverá ser prontamente retirado do local, de modo a não constituir
um foco/meio de propagação de fogo. Durante os meses de Verão deverá ser
impedido o fogueamento, uma vez que, nesta época o risco de incêndio é
mais elevado;
 O restabelecimento e recuperação paisagística de toda a envolvente
degradada deverão ser realizados após a conclusão das obras, recorrendo
exclusivamente a flora autóctone da região e privilegiando a regeneração
natural sempre que possível em detrimento das sementeiras, acautelando o
risco de contaminação com plantas alóctones e também de erosão dos solos:
 Sinalizar e evitar a afectação de indivíduos de Quercus suber (espécie
protegida por legislação nacional) e outras espécies do género Quercus (Q.
faginea e Q. pyrenaica) com mais de 1m, nas áreas sujeitas a intervenção ou
na sua proximidade.
Recinto da
Perturbação das espécies faunísticas, risco de atropelamento de
instalação e  Manutenção de sebes vivas. Maior cuidado para preservação nestas faixas a
espécies com pouca mobilidade e efeito barreira fomentado pelo
respectiva vegetação característica local, com maior capacidade de se estabelecer.
funcionamento das novas unidades industriais.
envolvente
Acumulação de resíduos passíveis de contaminar o meio aquático pelo Recinto da
desmantelamento dos pavilhões. Perturbação das espécies faunísticas e instalação e
Implementação das medidas preconizadas no âmbito da Gestão de Resíduos.
risco de atropelamento de espécies com pouca mobilidade pelo aumento respectiva
da movimentação de pessoas e máquinas. envolvente
Paisagem

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Medidas Gerais de Revestimento Vegetal:
 Deverão ser alvo de tratamento vegetal, com recurso às sementeiras
e plantações arbustivas, todas as áreas não objecto de pavimentação
e/ou outras construções, mas que foram afectadas durante a obra de
construção e implementação dos pavilhões da instalação. Esta
medida aplica-se, também, às áreas de estaleiro e de depósitos;
Alteração da estrutura visual do local pela introdução de andaimes e de
outras estruturas de apoio à obra e à instalação e construção das infra-
Recinto da  As espécies seleccionadas para as plantações e sementeiras deverão
instalação pertencer à vegetação característica da região, com vista à sua
estruturas necessárias ao funcionamento futuro dos novos pavilhões.
melhor adaptação inicial e manutenção futura e à integração do novo
pavilhão na paisagem envolvente;
 A modelação final do terreno deverá ser orientada no sentido de
permitir uma integração de todas as áreas afectadas por movimentos
de terras, na morfologia dos terrenos envolventes;
 Deverá efectuar-se o adequado revestimento vegetal das áreas de
depósito, circulação de máquinas e empréstimo.
Proposta Integração Paisagística da Instalação:
 As espécies vegetais a aplicar serão espécies utilizadas na zona,
adequadas ao tipo de solo existente e que não exigem demasiada
manutenção.
 Na envolvente dos espaços exteriores existem actualmente áreas
Recinto da florestais com quercíneas. Junto às linhas de água constata-se a
Alteração da paisagem local pela construção de estruturas edificadas.
instalação presença de espécies características de vegetação ribeirinha. Nos
arranjos exteriores utilizar-se-ão duas espécies arbóreas: uma espécie
que se desenvolve até uma altura maior e de crescimento mais rápido
– choupo - e uma outra de crescimento mais lento e de altura menor -
Carvalho-cerquinho. Esta última será utilizada para dar continuidade
aos espaços arborizados existentes. Quanto aos choupos, estes serão
plantados nos lados N e NE, junto à linha de água existente que ali se
desenvolve. Estas espécies foram definidas tendo em consideração
as espécies existentes na região, a baixa manutenção, a resistência e
o seu porte.
Recinto da  Pretende-se igualmente, restabelecer o coberto vegetal o mais rápido
Deposição de poeiras no coberto vegetal envolvente pela movimentação instalação e possível, para diminuir o risco de erosão e encaminhamento de
de terras da obra e eventual aumento do nível de poeiras no ar. respectiva material sólido para os vales e linhas de água.
envolvente  Em termos de revestimento vegetal do solo, propõe-se a sementeira
com uma mistura de espécies herbáceas indicada seguidamente,
espécies de crescimento rápido.
Medidas de Preservação:

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 Deverá ter-se sempre em conta a preservação do coberto vegetal
climácico não atingido pela construção do novo pavilhão, e deste
modo, considerar tais espaços como áreas de utilização meramente
silvo-pastoril;
 Deverá efectuar-se a decapagem da camada arável do solo, devendo
o seu armazenamento ser feito em pargas, em zonas de fácil acesso,
devidamente licenciadas para o efeito, de preferência no limite dos
terrenos alvo de construção e desmatação e onde causem menor
impacte visual, devendo, igualmente, evitar-se locais de interesse
geológico, locais geomorfologicamente instáveis e áreas afectas à
RAN e REN. Estas terras devem ser armazenadas em pargas de
3,00 m de largura e 1,00 m de altura, protegidos com vedação própria,
e de tal forma que preservem as suas capacidades produtivas (pargas
cobertas com leiva ou semeadas com plantas leguminosas adaptadas
às características ecológicas locais, eventualmente com incorporação
de fertilizantes químicos e orgânicos).
 Deverá ser feita a remoção e arejamento dos solos com máquinas
ligeiras, sempre que o armazenamento se mantenha por períodos
superiores a um ano, em virtude dos seus elementos nutritivos e
consequente enriquecimento de infestantes originar um meio
inadequado ao desenvolvimento de outras espécies vegetais;
 Deverão, efectuar-se regas periódicas por aspersão, em especial
durante o período mais seco do ano, de forma a evitar o levantamento
de poeiras e a consequente afectação da qualidade visual da
paisagem e a deposição na vegetação envolvente;
 Deverá proceder-se à delimitação espacial do terreno a ocupar nas
operações de construção, definindo a área de estaleiro e o depósito
de máquinas e efectuar-se um plano prévio de desmatação que limite
ao estritamente necessário as acções de construção do novo pavilhão
em tempo e em área;
 O depósito de materiais e equipamentos associados à construção do
novo pavilhão, deverá efectuar-se nas zonas a intervencionar para
construção do novo pavilhão, devendo evitar-se zonas de maior
sensibilidade visual e áreas REN, RAN, e próximas de linhas de água
ou de tecido urbano;
 Todos os materiais não necessários ao funcionamento dos novos
pavilhões deverão ser completamente removidos da área, após a
conclusão dos trabalhos;

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Medidas de Recuperação:
 No final da obra deve proceder-se ao revolvimento dos solos nas
áreas utilizadas para estaleiro, parques de máquinas, vias e acessos
provisórios de modo a descompactá-los e arejá-los, reconstituindo
assim, na medida do possível, a sua estrutura e equilíbrio;
 No caso dos depósitos temporários, deve ser feita uma decapagem da
terra arável quando estes forem constituídos por inertes;
 No final da obra, deverá efectuar-se a integração paisagística das
áreas afectadas pela construção dos pavilhões da instalação, mas não
ocupadas, permanentemente, por estruturas edificadas e/ou
pavimentos, integração esta que deverá considerar uma escarificação
e consequente descompactação, arejamento, modelação do terreno
(em especial nas áreas destinadas ao estaleiro e depósitos de
materiais dos solos), procedendo-se em seguida ao seu revestimento
vegetal, com recurso a métodos de hidrosementeira e plantação de
espécies da flora local.
Recinto da
Na fase de exploração deverá ser assegurada uma adequada manutenção e
Alteração da paisagem local pela presença dos novos pavilhões avícolas instalação e
conservação de todas as espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas instaladas
da instalação. respectiva
em fase de construção garantindo-se a eficácia das medidas de minimização.
envolvente
Património Cultural
Refere-se a existência de 5 elementos patrimoniais na área de estudo,
relacionados com valores de cariz arqueológico. Deste conjunto, 4 dos
elementos inventariados encontram-se dentro da área de estudo mas
muito distantes do projecto em questão, pelo que o impacte foi
considerado nulo. O outro elemento patrimonial (Outeiro dos Pereiros), Uma vez que esta dispersão cerâmica se encontra na zona de implantação dos
localiza-se dentro da área do projecto na zona onde se instalarão os edifícios da Instalação Avícola a construir e a cerca de 270 m Norte de um
edifícios da Instalação Avícola. conhecido núcleo de ocupação datada do período romano (Loba - CNS 24789,
Recinto da
Loba II – CNS 24831, Loba III – CNS 24792 e Loba IV – CNS 24794), também
instalação e
De facto, nos trabalhos de campo foi detectada uma ocorrência inventariado neste estudo, preconiza-se para além do acompanhamento
respectiva
patrimonial na área de implantação do projecto, o elemento patrimonial arqueológico permanente e presencial de todas as acções que impliquem
envolvente
inventariado como n.º 1, Outeiro dos Pereiros. Esta ocorrência patrimonial movimentações de terras durante as obras de construção, que se faça nova
consiste na existência de alguns materiais cerâmicos dispersos de prospecção sistemática no local após a desmatação de modo a determinar com
cronologia indeterminada. A visibilidade dos solos na zona em questão maior certeza a dimensão da mancha de dispersão de vestígios.
não permitiu determinar a dimensão da dispersão de vestígios, uma vez
que a área se encontra com muita vegetação arbustiva e sofreu corte
recente da vegetação arbórea tendo sido mantidos no local os resquícios
da vegetação cortada, impedindo uma correcta visualização dos solos.

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Gestão de Resíduos e Subprodutos
Devem ser estudados e definidos cuidadosamente os locais e possibilidades
para depósito definitivo de terras escavadas em função das suas
características (ausência ou presença de contaminação), minimizando, tanto
quanto possível, a distância entre a zona afecta à obra e o depósito definitivo.
 O empreiteiro será responsável pelo cumprimento da legislação em vigor,
relativamente à gestão de resíduos, e pela gestão de todo o tipo de materiais
residuais produzidos na zona afecta à obra, tendo em particular atenção os
seguintes aspectos:
 Proceder à triagem de todo o tipo de resíduos produzidos na zona
afecta à obra e seleccionar as entidades de gestão para cada tipo de
resíduo, que constem da Lista de Operadores de Gestão de Resíduos
Sólidos Não Urbanos, disponibilizada pela Agência Portuguesa do
Ambiente;
 Definir operações de transporte de todo o tipo de resíduos produzidos
na fase de construção para os destinos finais adequados de
Produção de diversos tipos de resíduos, inerentes a actividades geradoras tratamento, valorização ou, em último caso, eliminação;
de resíduos, como a escavação, utilizando apenas meios mecânicos no  Acompanhar o adequado preenchimento das guias de
desmonte; a implantação de infra-estruturas de apoio aos novos edifícios, Recinto da acompanhamento de resíduos e reter o original e cópia dos
designadamente a escavação para abertura de valas para a implantação instalação e exemplares convenientemente preenchidos pelo transportador e pelo
de infra-estruturas de saneamento e electricidade, a remoção de terras; os respectiva destinatário;
trabalhos de construção dos edifícios dos quais resultará a produção de envolvente  A parcela de terras vegetais, resultantes das operações de
resíduos de construção e os trabalhos inerentes à integração paisagística. decapagem realizadas, deverão ser mantidas em depósito próximo
para posterior reutilização no revestimento de taludes de aterro e
escavação.
 Adoptar medidas que visem minimizar a perturbação nas áreas
adjacentes à zona de intervenção face ao transporte de terras
escavadas e outros resíduos gerados, tendo em atenção as
consequências que daí poderão advir para a população e o ambiente
em geral.
 Serão expressamente proibidas as queimas a céu aberto de qualquer tipo de
resíduos produzido na obra;
 Os resíduos de construção equiparáveis a resíduos industriais banais devem
ser objecto de uma pré-triagem e acondicionamento temporário adequados,
sendo depois conduzidos a entidades de tratamento e valorização (reciclagem)
que constem da Lista de Operadores de Gestão de Resíduos Sólidos Não
Urbanos, disponibilizada pela Agência Portuguesa do Ambiente;
 Os resíduos equiparáveis a Resíduos Sólidos Urbanos, produzidos no estaleiro
de apoio à obra, devem ser depositados em contentores especificamente

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destinados para o efeito (com 1 100 litros de capacidade) e a respectiva
recolha deve ser assegurada pela Câmara Municipal territorialmente
competente da área em que se localiza o estaleiro;
 Relativamente aos diferentes produtos utilizados, susceptíveis de serem
agressivos para o local do projecto e a sua envolvente, tais como tintas, óleos,
combustíveis e outros produtos agressivos ou perigosos, caso acidentalmente
ocorra algum derrame, dever-se-á proceder à remoção do solo afectado para
destino adequado, não causando danos adicionais;
Após o término da fase de construção, o empreiteiro terá que assegurar a
remoção dos resíduos produzidos na zona afecta à obra, evitando que esta
sirva de local de atracção para a deposição inadequada de outros resíduos por
terceiros.
 Adopção de uma política de prevenção através da introdução de dietas
nutricionais controladas;
 Controlo veterinário permanente de forma a evitar e minimizar os níveis de
mortalidade;
 Armazenagem dos resíduos em zonas protegidas do acesso de pessoas e
animais e da acção do vento;
 Conhecimento e actualização da legislação vigente em matéria de resíduos;
 Sensibilização dos colaboradores para as boas práticas de gestão de resíduos,
reforçando a necessidade de prevenção;
 Selecção das entidades de gestão de resíduos devidamente licenciadas pela
Recinto da Agência Portuguesa do Ambiente, contempladas na lista de “Operadores de
Impactes associados à produção de resíduos e subprodutos, minimizados instalação e Gestão de Resíduos Não Urbanos”;
pelas práticas de gestão previstas. respectiva  Acompanhamento do adequado preenchimento das guias de acompanhamento
envolvente de resíduos e retenção do original e cópia dos exemplares convenientemente
preenchidas pelo transportador e pelo destinatário;
 Manutenção de um registo completo dos resíduos produzidos na instalação por
origem, tipo e quantidade produzida, bem como a sua classificação LER e
destino final.
 Fornecimento dos dados de produção de resíduos na instalação avícola ao
Sistema Integrado de Registo da Agência Portuguesa do Ambiente (SIRAPA),
conforme Portaria n.º 1408/2006, de 18 de Dezembro, alterada pela Portaria n.º
320/2007 de 23 de Março.
Elaboração e implementação de um plano específico de gestão de resíduos, no
qual se proceda à identificação e classificação dos resíduos em conformidade
com a Lista Europeia de Resíduos;

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 A empresa deverá promover a sensibilização / formação dos utilizadores finais
de estrume (subproduto da actividade em apreço) através do fornecimento de
informações das boas práticas para a aplicação / espalhamento do estrume em
solos agrícolas.
 Deverá ser efectuado um plano específico para o desmantelamento que
No cenário (não previsto) de desactivação da instalação ocorrerá a
Recinto da assegure que as actividades necessárias sejam executadas com o mínimo
produção de diversos resíduos decorrentes das actividades de
instalação prejuízo para os valores ambientais em geral e versando especialmente sobre
demolição.
as medidas de gestão de resíduos adequadas.
Condicionantes e Ordenamento do Território
Recomenda-se que sejam tomadas as seguintes precauções quanto à
localização das áreas para depósitos ou de materiais e equipamentos afectos à
construção:
 Evitar locais sensíveis, nomeadamente zonas de RAN e REN próximas da área
de intervenção;
 Evitar a proximidade dos cursos de água e pontos de captação;
 Evitar a utilização de terrenos agrícolas e/ou florestais, como áreas de
instalação de estaleiro ou área de depósito de materiais, no decorrer das
No interior do recinto da futura instalação, no topo Norte e na parte Este, actividades de construção;
existe uma área classificada como Reserva Agrícola Nacional (RAN) e na  Independentemente da escolha dos locais para estaleiro, as medidas
parte Oeste e parte Este uma área classificada como Reserva Ecológica específicas de minimização propostas para estas áreas deverão sempre ser
Recinto da
Nacional (REN). No entanto, importa notar que: cumpridas, seja qual for o valor ambiental desse espaço;
instalação
- nestas áreas não serão realizadas quaisquer construções afectas à  Os materiais sobrantes da obra só poderão ser colocados em vazadouros
instalação avícola, mantendo as suas características naturais; autorizados pelas entidades oficiais competentes, sendo da responsabilidade
do empreiteiro todos os contactos para obtenção das autorizações, bem como
A afectação, directa ou indirecta, de outras áreas exteriores às parcelas todos os custos envolvidos na operação;
onde será construída a instalação poderá acarretar impactes negativos  A área a intervencionar deve ser reduzida ao mínimo indispensável, de forma a
significativos, não estando, no entanto, prevista a sua ocorrência. evitar afectações desnecessárias;
 Deve haver um controle rigoroso na manutenção de veículos e máquinas de
trabalho, de modo a evitar derrames acidentais de óleos e combustíveis;
 Os materiais sobrantes, caso existam, deverão ser conduzidos a locais de
depósito devidamente licenciados para o efeito, devendo evitar-se áreas
afectas à RAN e REN.
 Como medida de minimização ou recomendação, refere-se que o proponente
Recinto da garantirá a salvaguarda do valor natural das áreas classificadas como RAN e
instalação REN existentes na propriedade da futura instalação avícola, não prevendo a
necessidade de qualquer construção ou afectação dessas zonas.

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
Socioeconomia
Região onde se
Impactes positivos nas actividades económicas, com alguma
localiza a
implementação na restauração e na hotelaria, podendo igualmente ter um
instalação e Evitar a instalação do estaleiro da obra, depósitos de terras e materiais da
efeito temporário sobre o emprego ao nível da mão-de-obra não
respectiva obra, nas proximidades de casas de habitação, zonas residenciais ou
especializada.
envolvente local equipamentos urbanos e em terrenos cultivados;
A exploração da instalação avícola em estudo terá efeitos positivos ao Região onde se  Definir previamente trajectos para circulação de máquinas e veículos afectos à
nível da economia regional uma vez que integra um grupo de empresas localiza a obra, de forma a evitar o trânsito desordenado e a incomodidade às habitações
de elevado interesse económico para a região constituindo, no seu todo, instalação e mais próximas da área de intervenção;
uma importante garantia de emprego da mão-de-obra local e respectiva
 Não efectuar as actividades mais ruidosas junto das áreas habitacionais
desenvolvimento regional. envolvente local
durante o período nocturno;
 Promover, tanto quanto possível, a utilização de mão-de-obra local na fase de
Em termos de efeitos negativos para o ambiente e a qualidade de vida
das populações que habitam na envolvente há a referir as seguintes construção e exploração;
actividades da instalação avícola:  As diversas entidades responsáveis pelo fornecimento de animais, pela ração e
Envolvente da pela recolha dos resíduos gerados, devem efectuar preferencialmente um
- transporte de matérias-primas e animais vivos para as instalações e de
instalação percurso rodoviário que atravesse o menor número possível de zonas
resíduos e subprodutos das mesmas;
habitacionais.
- manuseamento de estrume resultante das camas dos animais, removido
aquando da saída de cada bando

Riscos Ambientais
A actividade avícola poderá estar associada à probabilidade de
ocorrência de alguns riscos com eventuais danos sobre os valores
ambientais do meio envolvente.
 A organização deve possuir procedimentos e planos para prevenir, investigar e
Alguns dos riscos identificados na instalação em apreço correspondem a: responder a situações de emergência que conduzam ou possam conduzir a
- operação de remoção de lamas provenientes da fossa séptica com poço impactes ambientais negativos.
absorvente poderá induzir a impactes negativos significativos na  A empresa deve garantir a formação contínua dos seus funcionários, no
qualidade das águas (quer superficiais quer subterrâneas) e sobre os Recinto da
sentido de conhecerem os meios e métodos de prevenção de riscos e de as
solos, caso ocorra uma deposição não controlada deste resíduo semi- instalação e
actuações face a situações de emergência;
líquido. Salienta-se a probabilidade, embora reduzida, de ocorrência de respectiva
situações acidentais de derrame de águas residuais devido a envolvente  A empresa deve garantir as boas condições físicas da fossa séptica e poço
absorvente previstos e respectiva rede de drenagem no sentido de evitar
esgotamento do sistema. Estas situações, caso ocorram, ocasionam um
situações acidentais de derrame de águas residuais;
impacte negativo, significativo, temporário e reversível.
 A empresa deve garantir a periodicidade adequada de transfega de lamas da
- O manuseamento e armazenamento temporário de estrume recolhido
das instalações poderá provocar a emissão de odores desagradáveis fossa séptica, que deverão ser destinadas à ETAR municipal.
provocando incomodidade nas populações mais próximas. O
espalhamento do estrume do aviário poderá ocasionar alguma dispersão
de odores.

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
Raposa

1
1
2

Panascal

LEGENDA Impactes
Geologia e Geomorfologia

Solos e usos do solo


Ecologia
Paisagem

Limite da propriedade onde se situa Socioeconomia

Impacte Negativo

Impacte Positivo
1
2
7 SINTESE CONCLUSIVA

A análise desenvolvida no presente Resumo Não Técnico permitiu caracterizar os factores de


notório interesse ambiental face ao “Projecto da Instalação Avícola de Produção de Recria de
Galinhas Poedeiras da Uniovo, S.A. – Instalação de Ribeiro da Mata / Vale Gadão, localizada na
freguesia de Areias do concelho de Ferreira Zêzere”, tendo sido avaliados os impactes
decorrentes da desactivação da instalação (que contudo, não se encontra prevista). Para cada
descritor ambiental em que se aferiu a ocorrência de impactes negativos ou a sua possibilidade,
foi indicado um conjunto de medidas de minimização consideradas adequadas e ajustadas à
instalação em apreço.

O projecto – objecto do presente estudo – encontra-se em fase de Projecto de Execução e


2
engloba a construção de 2 pavilhões avícolas (área de implantação de 1571,8m ), cada um com
uma capacidade para 75000 aves e um pavilhão de estrume (área de implantação de 574m2),
englobando ainda todas as áreas da envolvente com infra-estruturas de apoio à instalação, numa
2 2
área total de implantação de 3734 m , numa propriedade com 28960 m .

A empresa proponente, dedica a sua actividade à produção e comercialização de ovos desde


1987, sendo detentora de várias instalações avícolas no concelho de Ferreira do Zêzere. Esta
empresa integra num grupo económico cuja estrutura accionista de carácter familiar é comum às
restantes empresas, caracteriza-se por uma elevada coesão e solidez surge com o objectivo de
colmatar, no grupo, a falta de produção avícola e agro-pecuária própria.

Havendo evidências das necessidades de produção (decorrentes da procura de mercado) e tendo


em conta a sustentabilidade e a solidez da empresa proponente, justifica-se a necessidade da
construção da instalação avícola de Ribeiro da Mata / Vale Gadão, que permitirá dotar esta
instalação de uma capacidade total de aproximadamente 150 000 aves, encontrando-se abrangida
pelo Decreto-Lei n.º 69/2000 de 3 de Maio (alterado pelo Decreto-Lei n.º 197/2005 de 8 de
Novembro), que estabelece, no Anexo II, a obrigatoriedade de sujeição a Avaliação de Impactes
Ambientais (AIA), as explorações com um efectivo animal de 40 000 aves. A construção da
instalação em muito contribuirá para suprimir a falta de produção própria do grupo de empresas na
qual se integra a empresa proponente, contribuindo igualmente, de forma eficaz e significativa,
para o desenvolvimento socioeconómico do concelho e da região.

Da avaliação efectuada no presente estudo sobre a instalação avícola prevista, refere-se que na
generalidade dos descritores ambientais, os impactes negativos resultantes da construção e da
exploração da instalação avícola são pouco significativos a significativos e quase sempre
reversíveis.

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Estudo de Impacte Ambiental – Resumo Não Técnico
De realçar que a instalação avícola em apreço (integrada num grupo de empresas de elevada
importância para o município e para a região) está associada à ocorrência de impactes positivos
significativos, durante a respectiva fase de exploração, que se farão sentir maioritariamente ao
nível dos aspectos socioeconómicos. Estes impactes estão associados essencialmente à
valorização e emprego de mão-de-obra local.

Conclui-se assim que apesar dos impactes negativos identificados, considera-se que os mesmos
não serão inibidores da construção e da exploração da instalação avícola em apreço, dada a
pouca relevância dos impactes negativos identificados e dada a importância das situações
positivas que apoiam a viabilização da instalação.

De salientar ainda que os impactes negativos previstos no presente Resumo Não Técnico serão
passíveis de minimização ou compensação através da implementação das medidas preconizadas
para os vários descritores ambientais.

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