Sunteți pe pagina 1din 24

O QUE É CAPITALIZAÇÃO

Do ponto de vista das finanças, CAPITALIZAÇÃO é o processo de aplicação de uma importância a


uma determinada taxa de juros e de seu crescimento por força da incorporação desses mesmos
juros à quantia inicialmente aplicada. No sentido particular do termo, CAPITALIZAÇÃO é uma
combinação de economia programada e sorteio, sendo que o conceito financeiro acima exposto
aplica-se apenas ao componente "economia programada", cabendo ao componente lotérico o
papel de poder antecipar, a qualquer tempo, o recebimento da quantia que se pretende
economizar ou de um múltiplo dela de conformidade com o plano. Para a venda de um título de
Capitalização é necessário uma série de formalidades que visam a garantia do consumidor. A
Sociedade de Capitalização deve submeter o seu plano ao órgão fiscalizador do Sistema Nacional
de Capitalização - SUSEP.

Plano de Capitalização - é o conjunto de elementos que dão forma ao título, são as Condições
que caracterizam um produto e os diferenciam entre si. Os planos são representados pelas
Condições Gerais, Nota Técnica Atuarial e Material de Comercialização. A comercialização de um
título de Capitalização envolve termos próprios, a saber:

O QUE É TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO?


É um papel do mercado mobiliário, nominativo, que pode ser adquirido à prazo ou à vista.

O QUE SIGNIFICA "JUROS"?


É uma remuneração do capital aplicado a uma determinada taxa, denominada taxa de juros. No
final de cada período de Capitalização que é previamente estipulado, os juros produzidos são
adicionados ao capital, passando a fazer parte do mesmo para efeito de cálculo dos próximos
juros. Assim, estamos diante de uma aplicação de juros compostos.

CONDIÇÕES GERAIS
É o documento onde contém todos os direitos e deveres da Sociedade de Capitalização e do
comprador do título. É, portanto, de fundamental importância conhecer o texto das Condições
Gerais de um título, tanto para vendê-lo como para comprá-lo. Atente-se ainda para o fato de que
não existe padrão de Condições Gerais, assim sendo, os direitos conferidos pela aquisição de um
título de Capitalização ou os deveres decorrentes da sua venda variam substancialmente de
empresa para empresa e até de plano para plano em uma mesma empresa.

NOTA TÉCNICA
É o documento que contém as demonstrações de cálculos dos
parâmetros técnicos de um título de Capitalização. Esse documento consiste
de enunciados e fórmulas matemáticas e deve ser assinado por atuário
registrado no órgão de classe e credenciado junto à SUSEP.

MATERIAL DE COMERCIALIZAÇÃO
É o material usado para a divulgação e venda do título. Deve ser bem claro, atendendo ao Código
de Defesa do Consumidor. É fundamental o conhecimento do produto para que todos possam
prestar quaisquer esclarecimentos aos clientes.

COMO SE ADQUIRE UM TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO?


O título pode ser adquirido, mediante preenchimento de uma Proposta para Compra de Título de
Capitalização.

O QUE É PROPOSTA?
Proposta é um formulário contendo os dados do subscritor, bem como sua autorização para débito
em sua conta das mensalidades do título.

SOBRE A NATUREZA E TRANSFERIBILIDADE DO TÍTULO


NATUREZA DO TÍTULO
O título é livremente negociável, podendo ser vendido, trocado ou doado, desde que seja
formalizada junto a Sociedade de Capitalização a transferência conjunta do cedente e cessionário.
Assim, o cessionário sucede o cedente em todos os seus direitos e obrigações.

CEDENTE - Pessoa física ou Jurídica que cede o Título de Capitalização.


CESSIONÁRIO - Pessoa física ou Jurídica a quem está sendo cedido o título e que se tornará o
novo subscritor.

ATRIBUTOS BÁSICOS DO TÍTULO


O título de Capitalização possui os seguintes atributos básicos: prazos, sorteios, mensalidades e
atualizações monetárias.

QUE SIGNIFICA PRAZO?


É o prazo para pagamento das mensalidades do título cujos valores são capitalizados no mesmo
período, ou não, dependendo do plano.

QUE SIGNIFICA VIGÊNCIA?


O título é considerado em vigor no primeiro dia útil seguinte ao do pagamento da primeira
mensalidade. O título permanecerá nessa condição enquanto não houver atraso no pagamento
das mensalidades subsequentes.

QUE SIGNIFICA TÍTULO SUSPENSO?


Vencido o prazo para pagamento e não quitado o débito, ficará suspenso automaticamente o
direito de o título concorrer a sorteios, até que venha a ficar novamente em dia, pelo pagamento
das mensalidades vencidas.

QUE É PRAZO DE CARÊNCIA?


É o período de tempo em que o subscritor do título terá que esperar para receber o valor de
resgate correspondente ao saldo de Capitalização garantido.

Decomposição das Mensalidades de um Título de Capitalização


A mensalidade é composta pelo menos de três elementos, a saber:
Reserva Matemática - É a parcela deduzida de cada mensalidade para constituir as quantias
economizadas pelo subscritor. É somente sobre a reserva matemática que se aplicam correção
monetária e juros e não sobre o total das mensalidades. A reserva matemática nada mais é que o
valor de resgate ao final do plano.
Despesas Operacionais - É a parcela deduzida de cada mensalidade para cobrir despesas
operacionais e administrativas da Companhia tais como: salários, honorários, aluguéis,
publicidade, material, correios, etc.
Custo de Sorteios - É a parcela deduzida de cada mensalidade para garantir o pagamento dos
prêmios aos subscritores contemplados.

FORMA DE PAGAMENTO
O título de Capitalização pode ser adquirido à prazo ou à vista.

PRAZO DE PAGAMENTO / TAMANHO DASÉRIE


O prazo de pagamento e o tamanho da série são definidos em função do plano a ser elaborado
pela Companhia de Capitalização.
DESCONTO BANCÁRIO
Chamamos de desconto comercial, bancário ou por fora o equivalente ao juro simples produzido
pelo valor nominal do título no período de tempo correspondente e à taxa fixada. Sejam d o valor
de desconto comercial, N o valor nominal do título, A o valor atual comercial, n o tempo que falta
para o vencimento e i a taxa de desconto, então:
O valor atual bancário é dado por:

EXERCÍCIOS
1. Um título de R$ 60.000,00 vai ser descontado à taxa de 2,1% ao mês. Faltando 45 dias para o
vencimento do título, determine:
a . o valor do desconto comercial
b. o valor atual comercial
Solução
N = 60.000,00 i = 2,1%a.m. n = 45 dias
a. d = N i n = 60.000 x 0,021 x 1,5 = R$ 1.890,00
b. A = N - d = 60.000 - 1.890 = R$ 58.110,00

2. Uma duplicata de R$ 6.900,00 foi resgatada antes de seu vencimento por R$ 6.072,00.
Calcule o tempo de antecipação, sabendo que a taxa de desconto comercial foi de 4% ao mês.
Solução
N = 6.900,00 A = 6.072,00 i = 4% a.m.
d = N - A = N i n . (6.900 - 6.072) = 6.900 x 0,04 x n
n = 828
69000 x 0.04
=3
Resp: 3 meses

DESCONTO COMPOSTO
O desconto simples, racional ou comercial são aplicados somente aos títulos de curto prazo,
geralmente inferiores a 1 ano.
Quando os vencimentos têm prazos longos, não é conveniente transacionar com esses tipos de
descontos, porque podem conduzir a resultados que ferem o bom senso.

Observe o EXEMPLO
Calcular o desconto comercial de um título de R$ 100.0000,00 com resgate para 5 anos, à taxa de
36% ao ano.
RESOLUÇÃO
Fórmula: d = N i n
N = R$ 100.000,00 i = 36% a.a. = 0,36 a.a. n= 5 anos
d = 100.000 . 0,36 . 5 = 180.000
Como vemos, o valor do desconto é superior ao valor nominal do título, o que é um absurdo!!! É
por esse motivo que, em casos como o apresentado, adotamos o regime de regime de juros
compostos, que jamais darão resultados desse tipo. Como no desconto simples, temos duas
formas de desconto composto, o desconto comercial, bancário composto ou por fora e o desconto
racional ou por dentro.

DESCONTO COMERCIAL, BANCÁRIO COMPOSTO OU POR FORA


Como o desconto comercial simples, o desconto comercial composto é calculado sobre o valor
nominal do título. O valor atual é obtido por meio de uma sucessão de descontos sobre o valor
nominal, isto é, sobre o valor expresso no título. Assim, Instante n: valor do título é N
Instante n - 1 (ou 1 período anterior: valor do título era N - iN = N (1 - i)
Instante n - 2: valor do título era (N - iN) - i (N - iN) = (N - iN) [1 - i] = = N(1 - i)[1 - i] = N (1 - i)2 e,
assim sucessivamente, n períodos antes do vencimento o valor do título era:
A = N(1 - i)n
O desconto comercial é a diferença entre o valor nominal do título e o seu valor atual. Assim, d = N
- A = N - N(1 - i)n = N [ 1 - (1 - i)n]

EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. Calcular o valor atual de um título de R$ 20.000,00 descontado um ano antes do vencimento à
taxa de desconto bancário composto de 5% ao trimestre, capitalizável trimestralmente.
SOLUÇÃO
A = ? N = R$ 20.000,00 i = 5% a.t. = 0,05 a.t. n = 1 ano = 4
trimestres
A = N (1 - i)n = 20.000 (1 - 0,05)4 = 20.000 . 0,814506 = 16.290,13
A = N (1 - i)n

EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Calcular a taxa de desconto bancário composto de um título de R$ 20.000,00, descontado 4
meses antes do vencimento, recebendo líquido o valor de R$ 16.290,13.
2. Um título de R$ 20.000,00 foi descontado num banco, pelo desconto bancário composto, à taxa
de 5% a.m., sendo creditada, na conta do cliente, a importância de R$ 16.290,13. Quanto tempo
antes do vencimento foi descontado este título?
Gabarito
01 - Resp: 5% 02 - Resp : 4 meses

O que é Taxa de Juros?


É o preço do dinheiro. Dinheiro é uma mercadoria com outra qualquer. Tomemos o exemplo de
uma geladeira. O preço varia em função da lei da oferta e da procura. Quanto maior a quantidade
de geladeira no mercado, menos o consumidor pagará por ele. Com o dinheiro é a mesma coisa.
Quanto mais dinheiro os bancos têm para oferecer aos seus clientes, menos eles cobram pelo
empréstimo. E o preço que os bancos cobram é a taxa de juros. Os bancos precisam captar
recursos no mercado para poder emprestar. Para atrair esse capital eles remuneram os clientes
que depositam seu rico dinheirinho. E adivinhe com o se chama essa remuneração: taxa de juros.
Portanto, por definição, o que o banco lucra é a diferença entre a taxa de juros paga ao
depositante e a taxa cobrada de quem pega um empréstimo. É o chamado spread.

TAXAS

DESCONTO COMERCIAL SIMPLES


Se uma pessoa deve uma quantia em dinheiro numa data futura, é normal que entregue ao credor
um título de crédito, que é o comprovante dessa dívida.
Todo título de crédito tem uma data de vencimento; porém, o devedor pode resgatá-lo
antecipadamente, obtendo com isso um abatimento denominado desconto. O desconto é uma das
mais comuns aplicações da regra de juro. Os títulos de crédito mais utilizados em operações
financeiras são a nota promissória, a duplicata e a letra de câmbio.
A nota promissória é um comprovante da aplicação de um capital com vencimento predeterminado.
É um título muito usado entre pessoas físicas ou entre pessoa física e instituição financeira.
A duplicata é um título emitido por uma pessoa jurídica contra seu cliente (pessoa física ou
jurídica), para o qual ela vendeu mercadorias a prazo ou prestou serviços a serem pagos no futuro,
segundo um contrato.
A letra de câmbio, assim como a nota promissória, é um comprovante de uma aplicação de capital
com vencimento predeterminado; porém, é um título ao portador, emitido exclusivamente por uma
instituição financeira.

Com relação aos títulos de crédito, pode ocorrer:


·que o devedor efetue o pagamento antes do dia predeterminado. Neste caso, ele se beneficia com
um abatimento correspondente ao juro que seria gerado por esse dinheiro durante o intervalo de
tempo que falta para o vencimento;
·que o credor necessite do seu dinheiro antes da data predeterminada. Neste caso, ele pode
vender o título de crédito a um terceiro e é justo que este último obtenha um lucro, correspondente
ao juro do capital que adianta no intervalo de tempo que falta para o devedor liquidar o pagamento;
assim, ele paga uma quantia menor que a fixada no título de crédito.
Em ambos os casos há um benefício, definido pela diferença entre as duas quantidades. Esse
benefício, obtido de comum acordo, recebe o nome de desconto.
As operações anteriormente citadas são denominadas operações de desconto, e o ato de efetuá-
las é chamado descontar um título.
A fórmula é:
d = N.i.n

Exemplo:
Qual o desconto de um título no valor de R$ 50.000,00, se ele for pago 2 meses antes do
vencimento à uma taxa de 5,5 %a.m.?
Aplicando a fórmula:
d : o que você quer saber
N : 50.000,00
i : 5,5%- 0,055
n:2
Logo: 50000 . 0,055 . 2 = > R$ 5.500,00 de desconto

Valor Atual / Nominal


O cálculo do valor atual está para o Desconto Simples como o Montante para o cálculo de Juros
Simples, ou seja, é o valor final após calcular o desconto. Pegando o exemplo da seção anterior, o
Valor Nominal do título era de $ 50.000,00 e o desconto incidente foi de $ 5.500,00 ( ou seja , A =
N-d ). Logo, o Valor Atual é de $ 44.500,00. A fórmula para o cálculo direto do Valor Atual é:
A = N. (1-i.n)

Exemplo:
Após receber sua devolução do I.R., você resolve quitar de uma vez as suas parcelas restantes do
seu consórcio, num valor total de $ 70.000,00 ( claro, como você é uma pessoa consciente você
paga suas dívidas e não sai por ai torrando e fazendo novas dívidas). Faltam 5 parcelas mensais e
o desconto será de um 1% a.m. . Quanto você terá de pagar em cash ?
Aplicando a fómula:
A = o que você quer descobrir
N =70.000,00
i = 1%a.m.
n = 5 meses
Logo: A=70000. (1 - 0,01.5) resultando $ 66.500,00 , ou seja, uma diferença de $ 500,00.

Taxas Equivalentes
Em linguagem simples, são duas taxas ou mais taxas que, quando aplicadas, em determinado
lapso de tempo em determinada quantia têm como resultado o mesmo valor.
Complicado? Tá, então digamos assim: você tem uma aplicação que rende 1 %a.m. se você
aplicar durante 6 meses . E você tem outra que rende 12 % a.a. se você aplicar durante um ano.
Qual é mais vantajosa? É tudo a mesma coisa, ou seja, elas são equivalentes, ou não? Ou será
que é melhor pagar antecipadamente uma dívida ou aplicar o dinheiro e pagá-la no vencimento
previsto?

EXEMPLO: Calcular o juro produzido pelo capital de R$ 20.000,00


- à taxa de 4%ao mês, durante 6 meses
- à taxa de 12%ao trimestre, durante 2 trimestres
RESOLUÇÃO
No primeiro caso, temos J = 20.000,00 x 0,04 x 6 = 4.800,00
No segundo caso, temos J = 20.000,00 x 0,12 x 2 = 4.800,00
Como os juros são iguais, podemos dizer que 4%a . m. e 12%a . t., são taxas equivalentes. Ah,
mais uma coisinha que causa confusão entre os não-iniciados. Muitas vezes você vai ouvir sobre
Taxas Nominais, Taxas Efetivas e Taxas Reais e quiçá, Proporcional e Aparente . Mas, afinal, do
que se trata tudo isso?
Vamos lá:

Taxa Nominal - Versão financiês: É quando o período de formação e o período de incorporação


de juros ao Capital não coincide com aquele a que a taxa está referenciada. - Versão português:
É quando você diz, por exemplo, que uma aplicação é de 35%ao ano só que a capitalização é
mensal ou que a aplicação financeira é de 0,85%ao mês só que a capitalização é diária, como os
FIFs ou FAQs,
de capitalização diária , dos bancos.
Assim, por exemplo,
35%ao ano, comcapitalização mensal;
16%ao ano, comcapitalização semestral;
36%ao mês, comcapitalização diária.
Veja bem: A taxa nominal é muito utilizada no mercado, quando da formalização dos negócios.
Não é, porém, utilizada diretamente nos cálculos, por não corresponder, de fato, ao ganho/custo
financeiro do negócio. Qual é, então, a taxa efetivamente utilizada? É a taxa efetiva
Taxa Efetiva - falando financiês: É quando o período de formação e o período de incorporação de
juros ao Capital coincide com aquele a que a taxa está referenciada. - falando português: É
quando você diz, por exemplo, que uma aplicação é de 1 % ao mensal e capitalização é mensal,
como a poupança.
Como se obtém a TAXA EFETIVA?
O seu valor pode ser determinado através da equivalência: o principal VP aplicado à taxa iaa
durante um ano deve produzir mesmo montante que quando aplicado à taxa i durante m períodos:
VP( 1 + ia) = VP( 1 + im).
Portanto,
Ia = (1 + im) - 1 = FAC (m,i) – 1

EXEMPLO
Sejam R$ 100,00 aplicados a 2%ao mês, capitalizados mensalmente.
Taxa nominal: iN = 12 x 2%= 24%ao ano.
Taxa efetiva: iE = (1 + 0,02)12 - 1 = 1,268 - 1 = 0,268 = 26,8%ao ano
O montante após um ano será 100(1 + 0,268) = 126,8 e não 100(1 + 0,24)
= 124 como se poderia supor!!.
A distinção entre taxa efetiva e taxa nominal é de suma importância. Em situações envolvendo
empréstimos ou financiamentos, por exemplo, a taxa que figura nos contratos é geralmente a taxa
nominal, que não pode ser tomada como critério de decisão.

Taxa Real - é a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período. Você vai ouvir esse termo
adoidado. Pegando o exemplo da poupança , quando o Governo diz que a poupança tem um
rendimento real de 0,5%ao mês, significa que seu dinheiro foi corrigido primeiro pela inflação do
período e sobre este montante foi aplicado 0,5%.
Bom agora que você está suficientemente confuso ou confusa, vamos aos cálculos de
equivalência:

Taxa de Juros Proporcional


Duas taxas são ditas proporcionais quando os números que indicam as taxas são diretamente
proporcionais aos respectivos números que indicam os períodos de referência. É um conceito do
regime de juros simples.

Por exemplo:
15%ao trimestre é proporcional a 5%ao mês. Isto porque:
15%/ 3 meses = 5%/ 1 mês

Taxa de Juros Aparente


É um conceito usado em estudos financeiros em contexto inflacionário. Hoje em dia não é utilizada
devido às baixas taxas de inflação registradas já há alguns anos no Brasil.

Equivalência entre duas taxas no regime de juros simples


Essa é Fácil: é só pegar a taxa e multiplicá-la (ou dividi-la) pelo período correspondente ao que
deseja descobrir.

Exemplo: você tem uma taxa de 5%a.m. e quer saber quanto é equivalente ao ano.
Ora, um ano tem12 meses então é só multiplicar 5% por 12 e você tem60%a.a. O inverso também
é verdadeiro : você tem uma taxa de 15%a.m. e quer saber quanto é ao dia . É só dividir 15% por
30 dias e você tem0,5%a.d. Fácil, não ?

Equivalência entre duas taxas no regime de juros composto


Bom, essa é um pouco mais complicada, mas também não é nenhum bicho-de-sete-cabeças. Se
você quer passar de uma unidade de tempo "menor" para uma "maior" , como de mês para ano,
você eleva a taxa de juros pelo número de períodos correspondente. Se for o contrário, como por
exemplo de ano para mês, você eleva ao inverso do período . Complicado? Que nada, isso é
matéria de 2º grau mas para os que não se lembram ou cochilaram na aula, abaixo uma tabelinha
com as conversões necessárias :
De a.m. para a.a. = ia = (1+im)12 -1
De a.d. para a.m. = im = (1+id)30 -1
De a.d. para a.a. = ia = (1+id)360 -1
De a.a. para a.m. = im = (1+ia)1/12 -1
De a.m. para a.d. = ia = (1+im)1/30 -1
De a.a. para a.d. = id = (1+ia)1/360 -1

Exemplo: você tem uma taxa de 24% a.a. e quer saber quanto é equivalente ao mês. Usando a
fórmula dá aproximadamente 1,81%a.m. Será? Então faça uma prova de confirmação: use as duas
taxas sobre um valor simples como R$ 1.000,00 e veja se o resultado não é igual. (Na verdade dá
uma pequena diferença porque eu arredondei o decimal na hora de calcular)
Equivalência entre uma aplicação e um desconto no regime de juros simples
Há ocasiões em que será necessário verificar se uma taxa de juros aplicada a um capital e uma
taxa de juros aplicada para fins de desconto são equivalentes.
Isso é fundamental para decidir se vale a pena pagar antes, aplicar, reinvestir, etc.
A fórmula para determinar uma taxa equivalente é:
• Se você tema taxa de desconto e quer descobrir a taxa de juros correspondente:
i / 1- i.n
• Se você tema taxa de juros para aplicação e quer descobrir a taxa de desconto
correspondente:
i / 1+ i.n

Exemplo: Vamos pegar um capital de $ 60.000,00 investido a juros simples de 8%a.m. por 3
meses. Qual a taxa de desconto simples equivalente?
Usando a fórmula: i / 1+ i.n = > 0,08 / 1,08*3 = >0,0645 Ou seja 6,45% a.m. de desconto é
equivalente a 8%a.m. para aplicação, em regime de juros simples, num prazo de 3 meses.

RENDAS UNIFORMES E VARIÁVEIS (Rendas Certas ou Anuidades)


Bom, anuidades ou rendas certas é o nome que se dá aos pagamentos sucessivos tanto a nível de
financiamentos quanto de investimentos.
Se a renda possui um número finito de termos será chamada de temporária caso contrário é
chamada de permanente. Apesar da opinião de alguns mutuários da Caixa Econômica, o
financiamento da casa própria é temporária, apesar de ter um termo de conclusão bem longo.
Agora, se os termos da renda certa forem iguais é chamada de renda certa de termo constante ou
renda certa uniforme; senão é uma renda certa de termo variável.
Finalmente, quando o período entre as datas correspondentes aos termos tiverem o mesmo
intervalo de tempo , diz-se que a renda certa é periódica ; caso contrário é não periódica.

Exemplos:
• Um financiamento de casa própria é um caso de renda certa temporária, de termo variável
(sujeito à variação da TR) e periódica.
• Um financiamento de eletrodoméstico é um caso de renda certa temporária, de termo
constante (você sabe quanto pagará de juros) e periódica.
• Já a caderneta de poupança pode se considerar como um caso de renda certa perpétua
(pelo menos enquanto o dinheiro estiver à disposição para aplicação), de termo variável e
periódica. Bico, como pode ver. E já que é bico, mais algumas definições:

As rendas periódicas podem ser divididas em:


• Postecipadas
• Antecipadas
• Diferidas

As Postecipadas são aquelas na qual o pagamento no fim de cada período e não na origem.
Exemplo: pagamento de fatura de cartão de crédito
As Antecipadas são aquelas na qual os pagamentos são feitos no início de cada período
respectivo. Exemplo: financiamentos com pagamento à vista
E as Diferidas são aquelas na qual o primeiro pagamento é feito após um determinado
período. Exemplo: promoções do tipo, compre hoje e pague daqui a x dias.
Caso ainda não tenha percebido, os cálculos envolvendo renda certa lembram os cálculos de
Juros Compostos e Descontos Compostos já vistos anteriores.
Calculando Valor Atual em casos de Rendas Certas
Bom, para começar, trabalharemos aqui com cálculos de renda certas do tipo periódicos, de
termos constantes e temporários, os quais são mais usados.
Para se calcular o Valor Atual num caso de Rendas Certas, a fórmula a ser utilizada depende de
ser postecipada , antecipada ou diferida. Assim, se for:
Postecipada a fórmula é : V=T.an¬i
Antecipada a fórmula é : V=T+T.an-1¬i
Diferida a fórmula é : V=T.an¬i/(1+i)m

m é sempre uma unidade menor do que a se deseja calcular, ou seja, se a venda é diferida de 3
meses, m será 2 .
Para saber o valor de an¬i , você pode calcular usando a fórmula (1+i)n-1/i(1 + i )n.

Exemplo:
Um carro é vendido a prazo em 12 pagamentos mensais e iguais de R$2.800,00 (num total de R$
36.000,00), sendo a primeira prestação no ato da compra, ou seja, o famoso " com entrada" , ou
ainda, um caso de renda certa antecipada. Sendo que a loja opera a uma taxa de juros de 8% a.m.
, calcule o preço à vista desse carro.
Aplicando a fórmula:
n = 12
T = 2800
V = 2800+2800.a11¬8% = R$ 22.789,10

Outro exemplo:
Um dormitório é vendido em 4 prestações de R$ 750,00, com o primeiro pagamento para 3 meses
após a compra (ou seja, esse é um caso de diferida) Sabendo que a loja trabalha com juros de 6%
a.m. , calcule o valor à vista.
Aplicando a fórmula:
n=4
T = 750
m=2
i = 6%
V = 750.a4¬6%/(1+.06)2 = 750.3,465106/1.1236 = R$2.312,95

Calculando o Montante em casos de Rendas Certas


Como você deve se lembrar, Montante nada mais é do que a somatória dos juros com o capital
principal. No caso de rendas certas , a fórmula é dada por:
M=T.Sn¬i
Para saber o valor de Sn¬i você pode calcular usando a fórmula (1+i)n-1/i.

Exemplo:
Calcule o Montante de uma aplicação de R$ 100,00, feita durante 5 meses, a uma taxa de 10%
a.m.
Aplicando a fórmula (esse é um caso de postecipada, porque o primeiro rendimento é um mês
após a aplicação):
n=5
T = 100
i = 10% a.m.
M = 100.S5¬10% = R$ 610,51

Quando for uma situação de:


antecipada : subtraia 1 de n
diferenciada : após determinar Sn¬i, divida o resultado por (1+i)m

Nomenclaturas usadas
i = do inglês Interest , é usado para representar os juros envolvidos em quaisquer operações
financeiras.
C = do inglês Capital , é usado para representar o Capital utilizado numa aplicação financeira.
M = do inglês a Mount , é usado para representar o Montante que é o resultado da soma do Capital
com os juros.
n = nesse caso é uma incógnita (quem aprendeu equações do segundo grau usou muitas
incógnitas. Todos aqueles x, y, z são incógnitas.) referente ao período de tempo (dias, semanas,
meses, anos...) de uma aplicação financeira. Lembre-se da expressão: "levou n dias para devolver
o dinheiro..."
a.d. = abreviação usada para designar ao dia
a.m. = abreviação usada para designar ao mês
a.a. = abreviação usada para designar ao ano
d = do inglês Discount , é usado para representar o desconto conseguido numa aplicação
financeira.
N = do inglês Nominal , é usado para representar o valor Nominal ou de face de um documento
financeiro.
A = do inglês Actual , é usado para representar o valor real ou atual de um documento
financeiro em uma determinada data.
V = incógnita usada para representar o Valor Atual em casos de renda certa ou anuidades
T = incógnita usada para representar o Valor Nominal em casos de renda certa ou
anuidades
an¬i = expressão que representa o fator de valor atual de uma série de pagamentos.
Sn¬i = expressão que representa o fator de acumulação de capital de uma série de pagamentos.

PLANOS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

Amortização – SAC (Sistema de Amortização Constante)


Neste sistema, o devedor obriga-se a restituir o principal em n prestações nas quais as cotas de
amortização são sempre constantes. Ou seja, o principal da dívida é dividido pela quantidade de
períodos n e os juros são calculados em relação aos saldos existentes mês a mês. A soma do
valor de amortização mais o dos juros é que fornecerá o valor da prestação. Não há necessidade
de fórmulas complicadas, mas você precisará montar uma planilha em situações de períodos mais
ou menos longos. Esse tipo de empréstimo é usado pelo SFH e também, em certos casos, em
empréstimos às empresas privadas através de entidades governamentais.

Exemplo:
Na compra de um apartamento de $ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal.
Bom, o valor da amortização é calculado dividindo-se o principal pela quantidade de períodos, ou
seja, 300.000 por 5 que dá 60.000 Os juros são calculados sobre os saldos da prestação, assim :
1º mês 300.000 * 4% = 12.000,00
2º mês 240.000 * 4% = 9.600,00
3º mês 180.000 * 4% = 7.200,00
4º mês 120.000 * 4% = 4.800,00
5º mês 60.000 * 4% = 2.400,00
Os saldos são calculados subtraindo-se apenas o valor da amortização. Por exemplo, no primeiro
mês você pagará $ 72.000,00 de prestação mas do saldo devedor será subtraído apenas o valor
da amortização que é $ 60.000,00 e por aí vai...
Ou seja, ao final você pagará $ 336.000,00 em 5 prestações, sendo a primeira de $
72.000,00, a segunda de $ 69.600,00 , a terceira de $ 67.200,00 , a quarta de $ 64.800,00 e a
quinta de $ 62.400,00. Disso, $ 300.000,00 corresponde ao principal e $ 36.000,00 aos juros.

Amortização - SACRE
O SACRE é uma modalidade de financiamento criada pela Caixa Econômica Federal a ser
aplicada nos empréstimos para aquisição de casa própria. A Caixa costumava (em alguns casos
ainda utiliza) utilizar os sistemas Price , SAC e o SAM, só que enquanto que nesses sistemas os
juros são calculados sobre o saldo do saldo devedor menos amortização, a Caixa calculava os
juros antes do abatimento da amortização o que acabava resultando em um abatimento menor.
Junte-se a isso a alta inadimplência, a Caixa optou por desenvolver um mecanismo próprio de
amortização.
Em termos comparativos é como fosse um Sistema Price só que as mensalidades iniciais são
maiores do que as finais. Qual a vantagem disso? Bom o contratante quitaria o grosso do
empréstimo mais cedo e, caso ficasse inadimplente, haveria uma grande possibilidade de que a
maior parte do empréstimo já estivesse paga.
O cálculo divide-se em duas partes: o cálculo do Encargo Mensal sobre o qual é calculado a
prestação mensal a ser paga.
A fórmula para o Encargo Mensal é:
EM = C * (i +1/n)

Exemplo:
Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal.
EM = 300000 ( 0,04 + 1/5 )
EM = 72000

Para calcular a Prestação Mensal entram dois índices também criados pela Caixa
Econômica: O CES (Coeficiente de Equivalência Salarial) e o Seguro, que possui uma
metodologia toda própria.
CES - 1,12, fixado por Circular.
Seguro - a taxa do seguro é composta por duas partes, a DIF, para Danos Físicos, e a MIP, Morte
e Invalidez. Outra coisa, ela trabalha, atualmente, sobre o valor da avaliação do imóvel e não sobre
o valor financiado. Isso quer dizer que se o imóvel foi avaliado em R$ 500.000,00 é sobre isso que
será calculado e não sobre o valor financiado. As fórmulas são básicas:
DIF = valor da avaliação x taxa de seguro x CES
MIP = valor da avaliação x taxa de seguro x CES

Apresentamos as duas fórmulas em separado, porque as taxas de seguro são diferentes (faz
sentido, afinal Danos Físicos é bem diferente de Morte, não?). Para saber qual taxa aplica-se no
seu caso você tem de contatar a Caixa, mas para os planos feitos após 94, na Categoria 6 a taxa
para DIF é 0,02402 % e para MPI é 0,14429% . A taxa de seguro varia conforme a categoria (que
é dividida conforme o valor da avaliação) conforme o plano contratado, quando você fechou o
contrato... enfim, estamos assumindo que o contrato é realizado HOJE .
Então vamos lá:
DIF = 500.000 * 0,02402% * 1,12 = 134,51
MIP = 500.000 * 0,14429%*1,12 = 808, 02
Total do seguro = 942,53
Agora vamos finalmente calcular quanto será sua prestação mensal.
A fórmula para o Encargo Mensal é:
PM = (EM*CES)+ Seguro

Exemplo:
Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal:
EM = 300000 ( 0,04 + 1/5 )
EM = 72000
PM = ( 72000*1,12) + 942,54
PM = 81.582,54

Agora, não se esqueça que existem outras coisas a considerar:


- esse é um método exclusivo da Caixa, apresentado aqui apenas para fins didáticos.
- existem outros pontos a serem considerados como TR e reajustes da prestação que devem ser
levados em conta ao montar a planilha.

Amortização – SAM (Sistema de Amortização Mista)


Esse sistema é baseado no SAC e no Sistema Price. Nesse caso, a prestação é igual à média
aritmética entre as prestações dos dois outros sistemas, nas mesmas condições. Esse é o caso
típico daquela frase: para quê simplificar se pode complicar... Na verdade é apenas mais uma
forma de se fazer um pagamento, uma alternativa que o cliente tem para quitar suas dívidas.

Exemplo:
Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal:
Esse problema já foi resolvido pelos outros dois sistemas, logo, tudo que tenho a fazer é somar os
valores das prestações dos dois casos e dividir por dois.
Ou seja, ao final você pagará $ 336.470,34 em 5 prestações, divididas da seguinte forma :
1ª $ 69.694,06
2ª $ 68.494,07
3ª $ 67.294,07
4ª $ 66.094,07
5ª $ 64.894,07
Disso, $ 300.000,00 corresponde ao principal e $ 36.470,34 aos juros.

Sistema Alemão de Amortização


Esse sistema é utilizado mais em países europeus. Assim, quem fizer negócios com a Alemanha,
Suíça e outros é bem capaz de você encontrar esse tipo de amortização. O que o torna diferente?
Enquanto que nos outros sistemas de amortização os juros são pagos no vencimento, neste
sistema os juros são pagos antecipadamente. Ou seja, quanto você contrai o empréstimo os juros
do primeiro período são pagos; quando for pagar a 1ª parcela pagará, também, os juros
antecipados da 2ª parcela e por aí vai.
A prestação é calculada pela fórmula:
C * i / 1 - (1-i)n

Exemplo:
Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco suíço
com juros de 4%a.a., a ser pago em 5 anos. Calcule a prestação anual.
Aplicando a fórmula:
C*i / 1 - (1-i)n
300000* 4% / 1-(1-4%)5 = 64.995,80
Ou seja, ao final você pagará $ 336.979,02 em 5 prestações, correspondente $ 300.000,00 ao
valor de amortização e $ 36.979,02 aos juros.
Alguém poderá dizer: mas 64995,80 vezes 5 anuidades dá 324.979,00, o que dá uma diferença de
12.000. É, mas não se esqueça que os juros são pagos antecipados. E 4% sobre 300.000 dá
12.000.
Abaixo uma tabela para melhor entendimento.
Parc. Juros Anuidade Saldo
12000 12000
1 300000 9400 64995,8 235004
2 235004 6800 64995,8 170008
3 170008 4200 64995,8 105013
4 105012 1601 64995,8 40017
5 40017 64995,8 -24979
Total 336979,0

Sistema Americano
Neste sistema, o devedor obriga-se a devolver o principal em um único pagamento, normalmente
ao final, enquanto os juros são pagos periodicamente. Nesse caso, não existem cálculos
complexos. Se for uma taxa de juros fixa, basta usar um cálculo de juros simples que você terá o
total de juros, dividindo o mesmo pelo período terá os pagamentos mensais.

Exemplo:
Na compra de um apartamento de $ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal:
Calculando:
300.000 *4%*5 => 60.000,00
Ou seja, ao final você pagará $ 360.000,00 em 5 prestações, correspondendo $ 300.000,00 ao
valor de amortização, paga de uma única vez ao final do período e $ 60.000,00 de juros, pagos em
5 prestações iguais de $ 12.000,00.

Há casos em que o cliente, não desejando pagar de uma só vez o valor do principal, negocia com
o banco a criação de um fundo de amortização denominado SINKING FUND de forma que, ao final
do período, o total de fundo seja igual ao valor a pagar. Um tipo de caderneta de poupança forçada
vamos assim dizer.
A prestação é calculada pela fórmula:
M=T. Sn¬i
Se preferir, divida o principal pelo número de prestações, que você terá o valor do depósito mensal
a ser feito.

Sistema Price de Amortização


Batizado em homenagem ao economista inglês Richard Price, o qual incorporou a teoria do juro
composto às amortizações de empréstimos, no século XVIII, é uma variante do Sistema Francês.
O sistema Price caracteriza-se por pagamentos do principal em prestações iguais mensais,
periódicas e sucessivas. A prestação é calculada pela fórmula:
T. an¬i
Os juros são calculados sobre o saldo devedor e o valor da amortização é a diferença entre o valor
dos juros e da prestação.

Exemplo:
Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal:
Aplicando a fórmula:
F= T. an¬i
300000=T. a5¬4%
T=67.388,13
Ou seja, ao final você pagará R$ 336.940,65 em 5 prestações, correspondente R$ 300.000,00 ao
valor de amortização e R$ 36.940,65 aos juros.
Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e
investimento
Nos financiamentos incide uma série de custos adicionais, como IOF, despesas administrativas de
elaboração do contrato, comissões, etc.
Tais fatores elevam o custo (ou taxa) efetivo e devem ser considerados ao se tomar um
empréstimo.
Em contextos inflacionários, deve-se ficar atento para a denominada ilusão monetária, ou
rendimento aparente. Nesta situação é importante determinar a taxa real de juros e o custo ou
rendimento real de um financiamento ou aplicação.
No processo de cálculo da taxa real, é necessário homogeneizar os valores das séries financeiras,
de forma a retirar os efeitos corrosivos da inflação nos valores aplicados ou recebidos em cada
data, traduzindo-os ao mesmo padrão monetário de referência em uma determinada época, ou
seja, é necessário "datar" a moeda; dizer, por exemplo, moeda de 1994, moeda de 1995 etc.
O processo de homogeneização dos valores monetários utiliza índices de preços a fim de
deflacionar ou inflacionar as séries de valores nominais ou aparentes.
O deflacionamento permite reduzir todos os valores da série a uma base comum de referência,
situada preteritamente no início da série. Os índices de preços permitem calcular deflatores, ou
seja, operadores que, multiplicados pelos valores monetários das diversas épocas, reduzem-nos a
valores correspondentes ao nível de preços da data inicial de referência.
O inflacionamento (indexação ou atualização monetária), inversamente, traduz a colocação dos
diversos valores correntes nominais, em termos de moeda de poder aquisitivo do final da série; isto
é, a indexação (inflacionar) transforma os valores nominais de cada época em valores compatíveIs
com a capacidade de compra verificada numa data superior.
Em contextos inflacionários são muitos usadas as expressões, "em preços correntes” (valores
nominais) e "em preços constantes". A primeira representa poder aquisitivo da data respectiva do
fluxo considerado, enquanto a segunda representa poder aquisitivo de uma única data (preços
constantes de uma única data).

ÍNDICES DE PREÇOS
Um índice de preços procura medir a mudança que ocorre nos níveis de preços de um período
para outro. No Brasil, a maioria dos cálculos de índices de preços está a cargo da Fundação
Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Os índices nacionais e regionais são publicados mensalmente
na revista Conjuntura Econômica. Outras instituições também têm elaborado índices de preços: o
IBGE, a FIPE e o DIEESE em São Paulo, a FUNDARJ em Recife, o IPEAD – UFMG em Belo
Horizonte.
Para comparações específicas e obtenção de taxas reais de crescimento em determinados
setores, devem ser utilizados índices de preços particulares de cada setor, como, por exemplo,
construção civil, produtos agropecuários etc.
O índice mais geral disponível é o Índice Geral de Preços -disponibilidade interna da FGV ClGP-
di).Para inflacionar ou deflacionar uma série de valores monetários cujas causas foram devidas a
muitos fatores. O mais indicado é usar o IGP-di que mede a inflação do país.
O processo de "inflacionar" ou "deflacionar" uma série de pagamentos/recebimentos para uma
determinada data de referência traduz em si uma comparação entre as evoluções dos valores
monetários em análise e o comportamento dos preços dos produtos enfeixados no índice
escolhido. Assim, se um investimento teve um rendimento de 15%real, tomando-se como
referência um determinado índice de preços, isso significa que este rendimento superou em15% a
evolução do índice escolhido, ou seja, a evolução média dos preços dos bens e serviços que
compõem o índice.

REPRESENTATIVIDADE DOS VALORES FINANCEIROS EM AMBIENTES


INFLACIONÁRIOS
O processo inflacionário obriga a quem faz cálculo financeiro ou toma decisões de investimento ou
financiamento a prestar especial atenção ao significado econômico dos lucros e contas nominais
apresentados pelas empresas. ao impacto da inflação na avaliação dos investimentos e com o
processo decisório é afetado.
Como resultado da inflação, o significado das medidas contábeis e econômicas de rentabilidade.
lucros e custos diverge, e esta divergência é maior à medida que a inflação se acelera. No Brasil,
diversos mecanismos foram desenvolvidos para atenuar o impacto da inflação nas peças contábeis
das empresas (correção monetária do Balanço Patrimonial, Correção integral etc.). Mas, são
mecanismos imperfeitos que aliviam, mas não curam o mal.
Enquanto a inflação estiver presente na economia. o tomador de decisões deve saber lidar com
ela. Deve-se compreender o significado dos valores nominais, taxas de juros aparentes e reais,
custos efetivo aparente e real dos financiamentos, rentabilidade efetiva e real das aplicações, taxas
de crescimento nominal e real, atualização monetária e cambial etc.

Exemplos:
1) Um eletrodoméstico. cujo valor à vista é $ 1000.00. foi financiado em 3 prestações mensais
(Sistema Francês) sem entrada, a uma taxa de 10% a.m. Calcule o valor das prestações, sabendo-
se que as mesmas serão corrigidas mensalmente pelo IGPM.
Supor variação mensal do IGPM 1%a.m.
Solução:
Cálculo da Prestação:
2) Numa aplicação financeira, um investidor obteve uma taxa aparente de 10%. Sendo a inflação
do período de 25%. Qual a taxa de juros reais desta aplicação?

3) Uma pessoa aplicou seu capitaI de R$ 10.000,00 na caderneta de poupança por 1 mês e obteve
um montante de R$ 1025,00.
Sendo a taxa de inflação do mês em questão igual a 2%, qual a taxa de juros reais desta
aplicação?

AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTO


O Comitê de Política Monetária (Copom) em recente reunião estabeleceu a taxa de juros básica
em 17,25% a.a. Cada vez mais, a definição dos juros está basicamente relacionada com o
cumprimento da meta de inflação de 2006 (vale lembrar que o efeito de mudanças nos juros sobre
o nível de preços da economia leva alguns meses para ser sentido). Como as projeções
disponíveis hoje apontam para uma inflação acima da meta para o ano que vem, o Copomcontinua
optando por uma trajetória mais amena de queda dos juros.
As recentes reduções nos juros têm trazido a taxa de juros básica, paulatinamente, para níveis
mais baixos. Em termos de aplicação financeira, isso significa que os investimentos em renda fixa
estão se tornando cada vez menos atraentes em termos de retorno, o que tem incentivado os
agentes a buscar alternativas mais arriscadas para aplicar seu dinheiro. Essa situação é nova no
mercado brasileiro, onde as aplicações de menor risco (renda fixa) eram também as de maior
retorno esperado.
Reflexo disso é que os fundos de renda fixa ainda respondem por cerca de 96% do total de
aplicações em fundos de investimentos no Brasil. Com os juros mais baixos, o investidor que
quiser maiores retornos terá que aprender a conviver com maiores riscos, ou seja, com maior
possibilidade de perda. Porém, essa busca por novas opções de investimento pode trazer diversas
complicações. Neste momento, os investidores devem ter alguns princípios básicos em mente,
que, embora pareçam óbvios, nem sempre são lembrados no momento da aplicação.

Alocação imprópria: muitos analistas dizem que 90% do retorno de um investimento é dado pela
alocação adequada dos recursos. Isso significa que as aplicações escolhidas pelo investidor
devem ser compatíveis com diversos parâmetros determinados por ele, como tempo de duração
do investimento, a necessidade de saques ocasionais durante este período, a capacidade do
investidor de suportar períodos de alta volatilidade, entre outros.
Resumindo, para poder alcançar uma alocação adequada de recursos, o investidor deve ter
objetivos muito bem estudados e claramente definidos.

Evitar um elevado número de transações: no entusiasmo dos negócios, muitos investidores


exageram na quantidade de transações e, com isso, acabam desperdiçando seu tempo e parte
expressiva de seus recursos no pagamento de taxas e impostos. Além disso, aumentasse a
possibilidade de cometer erros de avaliação. O pior é que, em geral, esse excesso de
movimentações não traz ganhos expressivos em termos de retorno.

Fugir de taxas exageradas: antes de aplicar o dinheiro, deve-se sempre prestar muita atenção no
custo das operações que serão realizadas. Promessas de retornos elevados podem esconder
custos operacionais exagerados. Portanto, muita atenção com as taxas que são cobradas em cada
etapa do processo de investimento.

Tomar cuidado com a diversificação excessiva: alternativas simples de investimento podem


oferecer retornos tão bons quanto muitas alternativas sofisticadas. Embora a diversificação de
investimentos seja uma estratégia recomendável, deve-se ter cuidado para não exagerar na dose e
cair numa situação na qual torna-se extremamente difícil monitorar adequadamente sua carteira de
investimentos.

Ter opinião própria: embora seja muito importante ouvir a avaliação de vários especialistas, é
sempre mais importante possuir uma opinião própria sobre as tendências do mercado. Caso
contrário, você ficará como um cego que tem que confiar no seu guia para não errar o caminho.
Enquanto o guia estiver certo, tudo bem. Por outro lado, quando o guia começar a falhar, você fica
sem rumo. Neste ponto, vale lembrar uma máxima do mercado: quando todos estão seguindo um
determinado caminho, tente descobrir se não existe um melhor. No entanto, essa descoberta é
possível somente quando se tem consciência do que se está fazendo.

Muitos fundos de investimento cobram dos investidores uma taxa de performance, que é a
remuneração do administrador do fundo pelo seu desempenho. Este desempenho é avaliado de
acordo com algum parâmetro predeterminado no estatuto do fundo. Por exemplo, se um fundo de
ações tem como meta superar o desempenho do Ibovespa, a taxa de performance será cobrada
sempre que o retorno do fundo em determinado período for maior que o do Ibovespa. Se o fundo
não conseguir superar o retorno do
Ibovespa, não será cobrada taxa de performance. Portanto, ao escolher um fundo de investimento,
deve-se prestar muita atenção nessa taxa. Alguns investidores preocupam-se em analisar apenas
o desempenho passado do fundo (o que também deve ser feito) e se esquecem de verificar se
existe uma taxa de performance e de quanto ela é. Afinal, retornos esperados elevados podem ser
ofuscados por altas taxas de performance, o que, normalmente, o investidor só percebe quando é
tarde demais.
O ato de investir recursos vem se tornando uma tarefa que exige cada vez mais atenção por parte
dos investidores.
Como alternativas de investimentos tem-se à disposição do investidor uma cesta de ativos
composta por instrumentos de Renda Fixa como operações estruturadas de financiamento a termo
na BOVESPA, debêntures, certificados de depósitos bancários
(CDB) emitidos por empresas e bancos estrangeiros de primeira linha, que apresentam as
melhores rentabilidades e garantias, proporcionando sempre nas reaplicações e movimentações
financeiras a isenção da CPMF e oferecendo liquidez diária.
Atualmente, há mais de R$ 200 bilhões aplicados nas diversas modalidades de fundos oferecidos
pelas instituições administradoras de recursos. Escolher qual fundo investir não é tarefa simples,
nem mesmo para grandes investidores. As alternativas são inúmeras e as informações nem
sempre estão facilmente disponíveis.

APLICAÇÕES FINANCEIRAS COM RENDA FIXAS


São as seguintes as aplicações financeiras com a renda fixa que temos no mercado:
• ·Renda pré - fixada: CDB, RDB, LC, BBC, LTN
• ·Renda pós - fixada: CDB, RDB, LC, Caderneta de Poupança, NTN, Debêntures,
• ·Operações com Fundo de Investimento de Renda Fixa, FAF

ENGENHARIA ECONÔMICA
Engenharia econômica é o conjunto de princípios e técnicas necessárias para se tomar decisões
sobre aquisições e disponibilidades de bens de capital pelas empresas.
De uma forma geral, podemos dizer que a engenharia econômica consiste na teoria, baseada na
matemática financeira, que trata da análise técnico-financeira e decisão entre alternativas de
investimentos.
Um estudo técnico-econômico/financeiro completo, envolve normalmente os seguintes passos:

1. 11) Objetivo: um problema a resolver ou uma decisão a tomar ou uma função a executar.
2. 12) Linhas de ação : As diversas soluções alternativas tecnicamente possíveis.
3. 13) Estratégia: Avaliação de cada alternativa de investimento, determinando vantagens e
4. Desvantagens: Análise das diferenças, eliminando os fatores comuns.
5. 14) Decisão: Comparação e escolha da melhor alternativa de investimento.

OBS: naturalmente, só existirá uma decisão se existirem alternativas (linhas) de ação a tomar; é
necessário que elas sejam tecnicamente viáveis para que o problema seja solucionado
efetivamente e não só teoricamente. Normalmente os métodos existentes de avaliação de
alternativas de investimentos analisam e visam uma decisão de optar pela alternativa que
apresente o menor custo para atingir a um mesmo objetivo, o maior lucro decorrente de uma
aplicação definida ou mesmo a maior taxa de rentabilidade dos capitais empregados, sempre
visando soluções de longo prazo.

CRITÉRIOS DE DECISÃO:
O que caracteriza uma decisão é a existência de mais de uma alternativa de investimento.
No limite deste raciocínio, poderemos inclusive adotar como alternativa o "não fazer nada" em
oposição a apenas uma alternativa a investir.
Não é simples a avaliação das vantagens e desvantagens de cada alternativa de investimento,
uma vez que devemos enfocar somente eventos futuros, eliminando fatores constantes e tendo
como denominador comum o dinheiro, com isto, iremos elaborar, para cada alternativa, um fluxo
caixa.
Caso estejamos estudando alternativas de custo, iremos optar pela alternativa mais econômica (de
menor custo) e, caso estejamos analisando alternativas que irão gerar recursos, iremos optar pela
alternativa mais lucrativa (de maior lucro).
Todos os métodos e critérios de avaliação de alternativas de investimento baseiam-se no princípio
da equivalência. A comparação das alternativas só poderá ser realizada quando o investidor
estabelecer uma medida de equivalência. Esta medida e comumente chamada de Taxa mínima de
Atratividade, Taxa mínima Atrativa de Retorno de um Investimento, ou, Taxa Interna de Retorno
(IRR-Internal Rate of Return).

VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO:


O conceito de equivalência está ligado, intimamente, à capacidade do dinheiro gerar lucros (juros).
Não se podem comparar valores absolutos de dinheiro em épocas ou datas diferentes. Esta
comparação dependerá da taxa de juros que se atribuir ao dinheiro.
Sempre iremos supor que o dinheiro poderá ser investido em alguma atividade produtiva que nos
irá fornecer uma certa quantia de juros que serão a remuneração do investimento.
A taxa de rendimento mínima que esperamos de nosso investimento é calculada em função da
situação prevista para o mercado financeiro e do risco que atribuímos ao investimento.
A taxa mínima atrativa de retorno de um investimento é portanto, totalmente subjetiva, podendo
variar de pessoa para pessoa, de empresa para empresa, de ramo de negócio para ramo de
negócio, etc..
Não se tem, geralmente, um conhecimento preciso sobre todas as oportunidades de investimento
que se está perdendo. Baseado na sensibilidade, o investidor irá determinar uma taxa mínima que
uma nova proposta de investimento deverá atingir para ser atrativa: é a taxa mínima de
atratividade.
Recomenda-se utilizar em um estudo econômico, as estimativas sempre em moeda corrente,
incluindo-se, portanto, a inflação, ou seja, a expectativa de inflação pode ser incorporada à taxa
mínima de atratividade, sem qualquer problema. Todavia, se as estimativas forem feitas em moeda
constante, eliminando-se o efeito da inflação, a taxa mínima de atratividade não estará incluindo a
taxa de inflação. Também, pode-se não considerar a despesa oriunda do imposto de renda, que é
uma percentagem do lucro líquido, e que faz com que ocorram duas taxas mínimas de atratividade:
uma antes do imposto de renda e outra depois do imposto de renda.

FLUXO DE CAIXA (CASH-FLOW):


O fluxo de caixa indicará os recebimentos e pagamentos futuros decorrentes de um investimento
realizado hoje; ele é portanto, um modelo da alternativa de investimento em estudo.
Em um fluxo de caixa as datas que aparecem são sempre futuras, partindo de um momento atual
(hoje). Por outro lado, lembramos que na análise econômica-financeira, não interessará saber de
que maneira as receitas e despesas estarão sendo contabilizadas e sim em quais datas elas
estarão efetivamente ocorrendo.
O estudo econômico deve cobrir um intervalo de tempo compatível com a duração da proposta de
investimento considerada, frequentemente denominada de VIDA ÚTIL, VIDA ECONÔMICA OU
VIDA DO PROJETO.

TAXA INTERNA DE RETORNO


Em muitas situações práticas (investimentos e empréstimos por exemplo), é necessário o cômputo
da taxa de juro que ao ser usada para obtenção do valor presente de um fluxo de recebimentos ou
de pagamentos, torna esse valor igual a zero. A taxa de juro que apresenta essa propriedade com
relação a um dado fluxo de recebimentos e pagamentos é chamada taxa interna de retorno desse
fluxo.
A importância da diversificação
Freqüentemente nos deparamos com perguntas do tipo: Qual a melhor alternativa de investimento
no momento? Qual é o investimento mais rentável? Estas perguntas são tão sem sentido quanto
entrar em uma farmácia e solicitar o melhor remédio para curar uma gripe, por exemplo. A tabela
abaixo apresenta uma relação de alguns aspectos que devem ser observados em relação a um
medicamento e um determinado investimento.
Um bom investimento é aquele que a pessoa escolhe, após uma análise cuidadosa das
informações disponíveis, como apropriado às suas preferências em termos de risco e taxa de
retorno (rentabilidade), bem como adequando o investimento ao perfil de consumo, patrimônio e
fluxo de caixa, do indivíduo ou da família.
Baseado nesta premissa, o investidor deve alocar seus recursos de acordo com suas
necessidades. Em contrapartida, se o investidor busca maiores retornos precisa assumir maiores
riscos. Portanto, o investimento mais adequado é aquele que atende aos seus objetivos financeiros
ao longo do tempo e com a melhor relação entre risco e retorno.
Podemos entender que a parcela de recursos disponível para um prazo maior pode ser
direcionada para alternativas de investimento com maior risco e conseqüentemente com
expectativas de maiores retornos. E recursos disponíveis para um prazo mais curto devem ser
destinados para investimentos com menor risco e maior liquidez e conseqüentemente menores
rentabilidades.
Com as elevadas taxas de juros vigentes no Brasil, fica difícil justificar a diversificação em ativos
com maiores riscos em troca de expectativas de maior retorno. O mercado de ações, naturalmente
uma alternativa de investimento de longo prazo, vem apresentando riscos mais elevados dos que
os tradicionais fundos de renda fixa, porém, sem oferecer rentabilidades compensadoras. Nos
últimos sete anos (junho de 1995-2002), o índice da Bolsa de Valores de São Paulo registrou uma
rentabilidade acumulada de 167,1%, enquanto que o Certificado de Depósito Interbancário (CDI), o
referencial mais utilizado para investimentos em renda fixa, 160,0%. Porém, o risco proporcionado
pela Bovespa foi
15 (quinze) vezes ao de um investimento de renda fixa. Então, podemos concluir, que para este
período analisado o retorno em ações não compensou o risco proporcionado. Em contrapartida, a
poupança no mesmo período apresentou uma rentabilidade de 95,3% (líquida de IR). Neste caso,
o ganho proporcionado pelo mercado de ações foi de aproximadamente 40%sobre a poupança.
O maior problema para conscientizar as pessoas da necessidade de diversificação em ativos de
maior risco está representado no gráfico abaixo. Este gráfico mostra a rentabilidade mensal do
Ibovespa, CDI, Dólar e Poupança no período de junho de 1995 a 2002. A volatilidade (= risco)
apresentada pelo Ibovespa assusta, principalmente, o investidor menos experiente.
Historicamente, observamos que investidores optam em diversificar na Bolsa em momentos de
alta, porém sem entender a dinâmica deste mercado. A conseqüência imediata é o resgate (ou
liquidação) da posição no primeiro retorno negativo apresentado.
Outro bom exemplo seria a demanda existente atualmente pelo dólar devido, principalmente, a
escalada desenfreada e desequilibrada do seu valor em relação ao real nos últimos dois meses.
Comprar dólares ou investir em papéis atrelados ao dólar é uma alternativa para as pessoas que
estejam poupando para realizar um gasto futuro em dólar
(viagem, estudo dos filhos no exterior, compra de imóveis no exterior, etc) ou que tenham dívidas
atreladas em dólar.
A diversificação dos investimentos tem por objetivo a redução do risco e a adequação às reais
necessidades e/ou objetivos do investidor no curto, médio e longo prazos Vamos utilizar um
exemplo para apresentar a importância da diversificação mesmo em momentos de elevada
incerteza e volatilidade no mercado.
Uma pessoa concentra todo o seu dinheiro em poupança. Em junho de 1995 havia definido como
meta de longo prazo (junho de 2002) fazer uma viagem para os Estados
Unidos de um mês com sua família. O correto seria definir o valor em dólares que gostaria de
acumular neste período e programar investimentos periódicos equivalentes em dólar em alguma
alternativa de investimento atrelada ao dólar. Porém, como esta pessoa é muito conservadora
resolveu concentrar seus investimentos em poupança. Decorridos três anos fez uma comparação
entre a poupança e o dólar e chegou a conclusão de que sua escolha foi correta. Porém, em
janeiro de 1999 veio a surpresa, o dólar se valorizou em relação ao Real. Em junho de 2002, o
dólar havia acumulado uma valorização próxima a 120% enquanto a poupança estava com 100%.
A escolha mais conservadora seria poupar em dólar para gastos em dólar, independente das
expectativas de valorização do dólar ou se este está caro ou barato.
A conclusão é que a diversificação dos seus investimentos é muito importante e necessária, porém
não descarta uma boa análise e um entendimento das principais alternativas existentes.

QUESTIONÁRIO
Pertinência:
01. O QUE É UM FUNDO DE INVESTIMENTO?
É uma forma de investimento que reúne vários aplicadores, formando uma espécie de condomínio,
no qual as receitas e as despesas são divididas. O patrimônio é gerido por especialistas - os
administradores - e aplicado em títulos diversos ou em outros fundos, buscando maximizar os
retornos e diminuir os riscos dos investimentos. O dinheiro depositado nos fundos é convertido em
cotas. Os cotistas - pessoas que integram o fundo - são proprietários de partes da carteira,
proporcionais ao capital investido. A cota é atualizada diariamente e o cálculo do saldo é feito
multiplicando o número de cotas adquiridas pelo valor da cota daquele dia. O dinheiro aplicado nos
fundos é utilizado para a compra de títulos diversos como, por exemplo, ações, títulos públicos,
CDBs, etc. conforme a política de cada fundo.

02. POR QUE INVESTIR EM FUNDOS?


Uma das principais razões de se investir em fundos é a comodidade para o investidor, que prefere
deixar sob os cuidados de especialistas a gestão de seus recursos. As equipes de gestores
acompanham e analisam o mercado diariamente em busca de boas oportunidades de
investimento, o que muitas vezes o investidor não tem tempo nem condições de fazer. Em virtude
do volume de dinheiro que capta, o fundo consegue taxam mais vantajosas em várias operações
do que um pequeno e médio investidor individualmente conseguiria. Os fundos são investimentos
com alta liquidez, o que permite na grande maioria dos casos saques a qualquer momento sem
qualquer tipo de carência.
03. OS FATORES QUE DETERMINAM A RENTABILIDADE?
A rentabilidade de cada fundo é determinada pela estratégia de investimento adotada pelo
administrador que deve respeitar as características definidas no seu estatuto. Existem fundos
conservadores e fundos mais agressivos com graus de risco definidos de acordo com seu objetivo.
Se um fundo conseguir rentabilidade de 3% em um mês, todos os cotistas terão a mesma
valorização, independentemente do valor aplicado. As taxas e impostos têm grande importância na
rentabilidade do fundo, portanto, vale a pena ficar atento às taxas cobradas, que variamde acordo
como fundo e coma instituição.

04. QUEM ADMINISTRA OS FUNDOS?


Os administradores de fundos são as instituições financeiras responsáveis legais perante os
órgãos normativos e reguladores (Comissão de Valores Mobiliários - CVM e Banco Central) além
de determinar a política e o regulamento de cada fundo. Existe também a figura do gestor de
fundos que é responsável pela escolha dos papéis, avaliação dos cenários e montagem das
carteiras. No Brasil, existem administradores que realizam a gestão de seus fundos e que também
terceirizam esta gestão para asset managers independentes. Profissionais especializados
acompanham o mercado e procuram definir os melhores momentos de compra e venda e quais
ativos comporão a carteira do fundo.
Cada fundo de investimento constitui-se como uma pessoa jurídica própria, não se confundindo
com a instituição gestora. O que significa que o dinheiro aplicado num fundo está resguardado de
qualquer eventual problema financeiro que a administradora ou a gestora venha a ter.

05. AS TAXAS COBRADAS?


Taxa de administração. A taxa de administração é a porcentagem cobrada sobre o valor total da
aplicação de cada cotista do fundo independentemente do resultado do mesmo.
Será recolhida diariamente uma parcela pelo administrador, que varia de fundo para fundo. É a
remuneração da instituição administradora pelo serviço de gestão e custódia dos recursos. O
regulamento do fundo deve prever quanto será o percentual cobrado relativo à taxa de
administração. Taxa de Performance Muitos fundos cobram uma taxa extra, além da taxa de
administração, sobre o que exceder o seu benchmark (seu parâmetro de comparação). O
benchmark muda de acordo com o tipo de fundo. Os Fundos de renda fixa normalmente adotam o
CDI ou o IGP-M como comparativo, os fundos cambiais usam como benchmark o dólar e os fundos
de renda variável costumam adotar o IBOVESPA. Sobre a rentabilidade obtida acima destes
índices, é aplicada uma taxa de performance, que pode variar de um fundo para outro. Por
exemplo: Um fundo de renda fixa que possui como meta o CDI, cobra uma taxa de 20% sobre a
rentabilidade que exceder o rendimento do CDI. Portanto, se o fundo render 30% no ano, e o CDI
render 20%, sobre a diferença, no caso 10% será cobrada a taxa de performance. O que no caso,
será 2% fazendo com que o rendimento do fundo de 30% passe para 28% no ano, descontada a
taxa de performance.

06. APLICAÇÕES E RESGATES


Cada fundo define o valor mínimo para a aplicação inicial e para os movimentos adicionais. Os
valores exigidos pelas administradoras de recursos de terceiros variam conforme sua política de
investimento, composição da carteira e público-alvo. Há fundos bem populares, que aceitam
aplicações iniciais a partir de R$ 100,00. Os prazos para movimentação dos fundos devem ser
divulgados, uma vez que diferem de acordo com o fundo e com a instituição. Para aplicação, o
padrão é considerar as cotas de D+0 ou D+1.
Se for solicitada uma aplicação até o horário permitido do dia que varia das 9.00 às 16.00 horas, a
cota que valerá será a daquele dia (D+0) ou a do dia útil seguinte (D+1). É importante notar que a
data do pedido de resgate (que costuma ser D+1) não necessariamente é igual à data em que o
dinheiro estará disponível na conta corrente (que pode ser D+0, D+1 ou D+3).

07. ÓRGÃOS REGULADORES?


O órgão regulador a que o fundo vai se submeter varia conforme a composição e política de
investimento da carteira. O Conselho Monetário Nacional (CMN), entidade superior do sistema
financeiro, autoriza a criação e o funcionamento dos fundos e delega à Comissão de Valores
Mobiliários (CVM) ou ao Banco Central (Bacen) a responsabilidade pelo controle e
acompanhamento da gestão. O Banco Central (Bacen) é o órgão executivo do sistema financeiro.
A entidade é responsável pela regulação e fiscalização dos fundos de investimento de renda fixa. A
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão normativo do sistema financeiro voltado
basicamente para a fiscalização do mercado de ações e de debêntures. A CVM está para os
fundos de renda variável assim como o Bacen está para os de renda fixa. As carteiras reguladas e
fiscalizadas pela CVM devem ter, no mínimo,
51% dos recursos aplicados em ações de companhias abertas registradas na própria entidade.
Além disso, podem ser constituídas sob a forma de condomínio aberto ou fechado, com prazo de
duração determinado ou indeterminado.

08. AS CATEGORIAS DOS FUNDOS?


Os fundos de investimento podem ser classificados em duas grandes categorias: renda fixa e
renda variável. Renda Fixa Os fundos de renda fixa devem aplicar no mínimo 51% de seu
patrimônio em títulos de renda fixa que pagam juros pré ou pós-fixados. Estes fundos dividem-se
em: os FIFs e os FACs. Os FIFs - Fundos de Investimento Financeiro-investem seu patrimônio
diretamente em títulos diversos do mercado, como títulos públicos federais, CDBs e debêntures,
entre outros. Todo o patrimônio líquido dos FIFs pode ser alocado em títulos públicos federais. De
acordo com o Bacen, o investimento em ações e cotas de fundos de ações não pode ultrapassar
49% do patrimônio líquido (PL). O percentual da carteira em títulos emitidos por uma mesma
pessoa jurídica, sociedades por
ela controladas ou coligadas deve ser igual ou menor a 10% do patrimônio. Aplicações em papéis
de uma única instituição financeira ou coligada não podem representar mais do que 20% dos
recursos. Já os FACs - Fundos de Aplicação em Cotas - aplicam seu patrimônio em cotas de
diferentes tipos de FIFs, em proporções variáveis. Os FACs, portanto, são fundos de fundos, o que
significa que em vez de aplicar diretamente em ativos, preferem aplicar em cotas de fundos
diversos inclusive de outras instituições. Os títulos de renda fixa mais comuns que compõem as
carteiras dos fundos são o Certificado de Depósito Bancário (CDB) e os títulos públicos, como LTN
e NBC, entre outros. Os títulos com juros prefixados têm definido no momento do investimento o
percentual que será pago. Por exemplo: No caso de um CDB de 60 dias prefixado, o investidor
saberá no momento da aplicação, que será pago 3% de juros nesse período. Os títulos com juros
pós-fixados têm sua valorização atrelada a um indicador como, por exemplo, o DI
(depósito interbancário). Isso significa que o investidor não sabe, no momento da aplicação, quanto
serão os juros pagos ao final do período, pois eles irão depender da performance do indicador.

09. OS GRUPOS DE FUNDOS DE RENDA FIXA?


Existem diversos tipos de fundos de renda fixa uns mais conservadores com baixo nível de risco e
outros mais arrojados. Os fundos de renda fixa mais arrojados mesclam em sua composição ativos
de renda fixa e de renda variável ou operações com derivativos
(mercado futuro). A Associação Nacional dos Bancos de Investimento (ANBID) desenvolveu uma
classificação para os fundos procurando identificar mais claramente as diferentes famílias de
acordo o perfil de risco, potencial de retorno e metas do investimento. A idéia é separar os fundos
principalmente de acordo com seu grau de risco e obrigar as instituições administradoras a seguir
mais de perto o objetivo de cada fundo, buscando evitar que o investidor compre \"gato por lebre\".
A classificação adotada pela ANBID dividiu os fundos de renda fixa em 3 grandes grupos:
• ·referenciados,
• ·não referenciados e
• ·genéricos.
1. Fundos Referenciados: Fundos referenciados são aqueles que adotam uma administração
passiva, ou seja, o fundo busca replicar a performance de determinado indicador. Os fundos
referenciados devem ser compostos por no mínimo 95% de ativos de renda fixa que acompanham
o desempenho de um único indicador escolhido pelo administrador, como o CDI ou o dólar. Pelo
menos 80% da sua carteira deve ser aplicada em títulos públicos federais ou ainda títulos de
empresas privadas, que apresentem baixo risco de crédito. Estes fundos não podem possuir uma
posição que comprometa seu patrimônio em operações futuras, evitando possibilidades de perdas.
Fazem parte deste grupo: Fundos DI Estão totalmente atrelados à variação do Certificado de
Depósito Interbancário (CDI) no prazo de um dia. A indexação é feita por meio de derivativos
financeiros, como swap de taxas. São fundos que acompanham a taxa de juros, sendo indicados
para cenários cuja expectativa é de alta da taxa de juros. Fundos Cambiais nuscam proteger a
moeda nacional contra eventuais desvalorizações. Aplicam em títulos de renda fixa corrigidos pelo
dólar, como NTN- C (Notas do Tesouro Nacional Cambiais) e export notes. Instrumentos de
derivativos como swap de dólar também são permitidos.
Além de acompanhar a variação do dólar, o capital é rentabilizado com uma taxa de juros. É
indicado para quem possui dívidas em dólar ou quem acredita na desvalorização da nossa moeda.
2. Fundos Não Referenciados: São fundos considerados conservadores e/ou moderados, e que
não precisam seguir nenhum referencial ou indicador. Neste tipo de fundo é possível diversificar a
carteira em títulos prefixados e pós-fixados com diferentes indexadores. Estes fundos deverão ser
compostos com no mínimo 80% de títulos públicos federais, ou títulos de empresas privadas que
apresentem baixo risco. Fazem parte desta categoria: » Fundos de Renda Fixa Tradicionais
Aplicam em ativos de renda fixa prefixados e pós-fixados. Tais carteiras não possuem uma
estratégia de investimento claramente definida, o que dificulta mensurar os riscos envolvidos na
aplicação. A rentabilidade varia de acordo com os humores do mercado e a estratégia usada pelo
administrador.

3. Fundos Genéricos: São fundos que podem apresentar risco moderado ou agressivo, uma vez
que possuem total liberdade na composição da carteira, podendo aplicar até 49% de seu
patrimônio em ações além de aceitar operações de derivativos. Em virtude do risco existente
nestes fundos, informações como a política de investimentos, taxas, classificação, etc, devem ser
destacadas para que o investidor entenda exatamente em que tipo de fundo está aplicando. Fazem
parte desta categoria: Fundos Derivativos: Aplicam em ativos de renda fixa pré ou pós-fixados e
assume posições em derivativos, incrementando a rentabilidade por meio de contratos no mercado
de futuros, opções e operações no mercado a termo. Em função das estratégias arrojadas, os
valores das cotas podem sofrer fortes impactos, acarretando, inclusive, perda do patrimônio. Os
fundos derivativos recebem a classificação "FIFs Livres". Fundos Multiportfólio: São aqueles que
têm sua carteira diversificada entre títulos e operações de renda fixa e aplicações em renda
variável, podendo atuar também no mercado de derivativos. Fundo de Investimento no Exterior –
Fiex: Foi criado como alternativa de investimento em moeda estrangeira. Deve investir no mínimo
80% da carteira em títulos da dívida externa brasileira, também conhecidos como bradies e até
20% em qualquer título de crédito negociado no mercado internacional, com o limite de
concentração máximo de 10% em títulos de um mesmo emitente. Os títulos são mantidos em
custódia no exterior em nome do fundo e pode alternativamente, ter no máximo, 10% do seu
patrimônio, isolada ou cumulativamente, em conta de depósito no exterior ou no país, em nome do
fundo e ainda realizar operações em mercado organizados de derivativos no exterior,
exclusivamente para fins de hedge. É um fundo aberto formado por cotas sem carência para
resgate, caracterizado como de renda fixa, embora com volatilidade de renda variável.

10.OS GRUPOS DE FUNDOS DE RENDA VARIÁVEL ?


Os fundos de renda variável devem ter no mínimo 51% de sua carteira aplicada em títulos de
renda variável como ações, além de também poderem operar no mercado futuro. Estes fundos
portanto, estão sujeitos a fortes oscilações em sua rentabilidade, possuem alto risco, possibilidade
de altos retornos e também de eventuais perdas. São conhecidos popularmente como Fundos de
Ações e são chamados oficialmente de FITVM - Fundos de Investimento em Títulos e Valores
Mobiliários. Os fundos de renda variável podem ser divididos em três grupos: fundos passivos,
fundos ativos e setoriais. O FITVM pode aplicar seu patrimônio em: - ações de emissão de
companhias com registro na CVM; valores mobiliários cuja distribuição tenha sido objeto de
registro na CVM; - certificados ou recibos de depósitos de valores mobiliários, regulados pelo CMN
ou pela CVM; títulos públicos de emissão do Tesouro Nacional ou do BC; títulos de renda fixa de
emissão de instituições financeiras; cotas de FIF, cotas de FAC e cotas de FIEX; operações com
derivativos, envolvendo contratos referenciados em títulos e valores mobiliários, realizadas em
pregão ou em sistema eletrônico que atenda as mesmas condições dos sistemas competitivos
administrados por bolsas;operações de empréstimos de ações, na forma regulada pela CVM e -
operações compromissadas de acordo com a regulamentação do CMN, limitadas a 5% do PL do
fundo. Os fundos passivos têm como objetivo seguir um indexador como o Ibovespa ou qualquer
outro. Na prática, um fundo passivo de Ibovespa vai compor sua carteira com base na carteira do
Ibovespa e aguardar os resultados. Já os fundos ativos buscam superar a rentabilidade de seu
indexador. Para isto é necessário ter uma estratégia agressiva na composição da carteira, usando
em alguns casos operações no mercado futuro. Os fundos setoriais por sua vez possuem como
estratégia investir em ações de determinado setor como telecomunicações, energia, bancos e
tecnologia.

11- TRIBUTAÇÃO IR ?
Imposto de renda 20% é a alíquota aplicada nos ganhos obtidos com fundos de renda fixa, já os
ganhos com fundos de renda variável são tributados em 10%. Para a Receita Federal um fundo só
pode ser tributado em 10% se possuir no mínimo 67% de seu patrimônio aplicado em títulos de
renda variável como ações. IOF - Imposto sobre operações financeiras Apenas os fundos de renda
fixa estão sujeitos à cobrança de IOF. Saques realizados com prazos inferiores a 30 dias terão
incidência do IOF sobre os rendimentos auferidos.

12- ANÁLISE DE DESEMPENHO


Transparência: É obrigação dos administradores de recursos fornecerem todo o tipo de informação
relevante para o cotista sobre a política de investimento do fundos, os riscos envolvidos e os
principais direitos e responsabilidades dos investidores e dos gestores. O prospecto e o
regulamento do Fundo são os instrumentos básicos de informação no momento inicial do
investimento. Porém, durante o período de permanência do investidor no fundo ele deve ser
informado sobre todas as mudanças importantes, seja na equipe de gestores ou no estatuto do
fundo. A utilização do correio eletrônico (e-mail) como meio de comunicação entre o administrador
de fundos e os cotistas é uma das principais inovações nas regras dos fundos. Benchmark é um
indicador que dá a referência de performance que cada fundo busca acompanhar. Os fundos de
Renda Fixa costumam ter como ponto de referência o CDI ( Certificado de Depósito
Interbancário ). A meta é sempre obter resultados iguais ou superiores à taxa do CDI, como mostra
o exemplo a seguir: O
Fundo XYZ obteve em 1998 rentabilidade igual a 36,16%, enquanto o CDI rendeu 28,61% .
Portanto se o objetivo do fundo era render 110% do CDI, ele superou seus objetivos e rendeu na
verdade 126% em relação a taxa do CDI. Já em 1999, por exemplo o Fundo XYZ rendeu apenas
22,56% enquanto o CDI teve retorno de 25,26% . O Fundo não atingiu seu objetivo pois rendeu na
verdade apenas 89% comparada à taxa do CDI. Já os fundos de
Renda Variável: possuem como principal benchmark o Índice Bovespa. Os fundos de ações
buscam alcançar rentabilidade anual igual ou maior que o IBOVESPA, dependendo do perfil e
composição do fundo. Volatilidade A volatilidade vem a ser a dispersão positiva ou negativa em
relação à média das rentabilidades diárias. Mais especificamente seria a média dos desvios
padrões . Um investimento com alta volatilidade deve ser considerado como de maior risco. Já os
investimentos com baixa volatilidade possuem uma performance mais estável e, portanto, com um
comportamento mais previsível, sua performance não surpreende o investidor. Risco e retorno
Retorno e risco são duas variáveis que andam juntas no mundo dos investimentos. Quanto maior a
possibilidade de retorno maiores os riscos envolvidos. Por exemplo, fundos que investem mais do
que seu patrimônio no mercado futuro e que podem ter alta rentabilidade em certos períodos,
trazem consigo um alto risco e a possibilidade de rendimentos negativos durante algum período. Já
os fundos mais conservadores procuram garantir mais segurança aos seus investidores e portanto
rentabilidades menores. Análise de Risco Antes de investir em um fundo é importante avaliar!
• os riscos envolvidos na aplicação: Conhecer o tipo de investimento, a volatilidade das cotas
e os índices de risco do fundo é fundamental para a escolha conscientedo investidor.
Outros aspectos que devem ser analisados pelo investidor são: a instituição que faz a gestão e a
administração do fundo, o agente custodiante (instituição que faz a custódia dos títulos do fundo)
bem como a empresa que faz auditoria dos fundos. Alavancagem
Um conceito importante a ser explorado é o de Alavancagem. A alavancagem ocorre quando o
gestor assume obrigações maiores do que o patrimônio do fundo caso as operações previstas
dêem errado. O regulamento de cada fundo preceitua quanto é o limite de alavancagem de cada
fundo. Por isso, é importante sempre ler no regulamento quanto é este limite para se conhecer o
campo de atuação do gestor. Há gestores que alavancam mais de três vezes o patrimônio do
fundo. Para os fundos de renda variável há um limite estabelecido pela CVM (Comissão de Valores
Mobiliários) de 100% de alavancagem sobre o patrimônio. Risco de Crédito É a avaliação da
capacidade do emissor de cada papel em honrar a obrigação assumida no título. Por exemplo, se
um CDB compuser a carteira do fundo, é fato relevante saber se o Banco emissor está pagando
suas contas, adimplento no mercado, em suma a saúde financeira da instituição.
Índice de Sharpe O índice de Sharpe, criado por William Sharpe, é um indicador que permite
avaliar a relação entre o retorno e o risco dos fundos. Ele deve ser usado para comparar fundos de
uma mesma categoria. O índice de Sharpe é definido pela seguinte equação: (Retorno Fundo -
Retorno Livre de Risco) IS = ---------------------------------------------- Desvio Padrão do Retorno do
Fundo.
O Retorno do Fundo menos o Retorno Livre de risco é definido como prêmio que o investidor tem
pelo risco que se dispôs a assumir. Quanto maior este prêmio, maior o Sharpe, quanto menor o
desvio padrão, será maior o Sharpe. Histórico do Fundo e do Gestor Embora rentabilidade
passada não seja garantia de rentabilidade futura, a evolução do valor das cotas do fundo é um
bom parâmetro para se tomar como base na escolha de um fundo de investimento. Porém, é
importante saber se a política de gestão praticada, o gestor e o procedimentos de análises atuais
são os mesmos que garantiram aquela rentabilidade passada.

13- OUTROS FUNDOS

1. Fundo Capital Garantido: tem como meta proteger o capital principal investido. Investe uma
pequena parcela do patrimônio em renda variável, buscando uma rentabilidade maior do que a dos
demais fundos de renda fixa, porém, sem colocar em risco o valor principal.
Se o mercado de renda variável alcançar bom desempenho este fundo renderá mais do que os
fundos que só investem em renda fixa. Caso o mercado de renda variável não apresente bons
resultados, o investidor não perde seu capital como aconteceria se ele tivesse aplicado num fundo
de ações, ele terá garantido o capital inicial investido. Por exemplo: Um fundo investe 98% de seu
patrimônio em títulos de renda fixa prefixado, com este rendimento ele garante uma rentabilidade
que cobrirá os 2% restante do patrimônio do fundo. Os outros 2% o administrador investe em
títulos de renda variável ou no mercado futuro, buscando maior rentabilidade. Caso, haja perda
total nos investimentos de renda variável ele tem garantido os 100% do patrimônio do fundo. Na
pior das hipóteses este fundo não perde.

2. Fundos Off Shore: São carteiras que aplicam recursos disponíveis no exterior em ativos
brasileiros e que têm a sua sede formalmente localizada no exterior.

3. Fundos Private Equity: São fundos fechados que compram participações minoritárias em
empresas privadas. Esses fundos não podem investir em empresas de capital fechado. Por esta
razão esta razão as empresas interessadas em receber esses investimentos devem abrir o capital
ou fazer a chamada abertura técnica\" (registro na CVM e emissão de ações que são compradas
pelos fundos). Os objetivos dos fundos private equity são capitalizar a empresa, definir uma
estratégia de crescimento, valorizar as ações e vender com lucro esta participação. O horizonte da
aplicação varia de três a oito anos. Fontes de consulta: Mercado Financeiro, Produtos e Serviços –
Eduardo Fortuna Banco Central do Brasil Comissão de Valores Mobiliários.

TAXAS DE RETORNO
A taxa de retorno de um investimento é a taxa de juros que anula a diferença entre os valores
atuais das receitas e das despesas de seu fluxo de caixa. Numa análise de investimentos, a
escolha recai na alternativa de maior taxa de retorno.

Uma alternativa de investimento é considerada vantajosa quando a taxa de retorno é maior que a
taxa mínima de atratividade.
Dentre todos os indicadores mais utilizados a TIR é aquele que, ao primeiro exame, aparenta
apresentar as menores limitações. Isso se deve, possivelmente, a independência de informações
exógenas ao projeto para a sua obtenção.
Em particular, não depende da definição "a priori" de um custo de oportunidade do capital para sua
elaboração, como ocorre nos casos dos outros indicadores considerados.
Todavia, essa vantagem é apenas aparente, pois a TIR somente será um indicador consistente,
em uma situação em que um investidor que dispuser de um capital para aplicação de valor K,
tendo como alternativas de investimento projetos mutuamente exclusivos, não puder aplicar o valor
residual de seu capital inicial após o investimento no projeto escolhido, o que é uma situação bem
pouco realista. Em alguns casos, os resultados da aplicação do critério TIR são absolutamente
incoerentes, como ocorre no projeto I, que apresenta o seguinte fluxo de caixa líquido, definido
para os períodos 0 e 1:
Fo = 100 e F1 = -90
A TIR desse projeto que é -10%, tornaria, à primeira vista, inviável sua seleção quando comparado
a qualquer projeto com TIR positiva. Entretanto, basta uma rápida inspeção no fluxo de caixa para
se perceber que o projeto é altamente viável (corresponde a uma situação na qual toma-se 100
unidades monetárias no período 0 para pagamento de apenas 90 unidades monetárias no período
1).
A análise dos projetos E e F apresentados previamente permite constatar outras limitações da TIR
quando comparado ao VA por exemplo. Pelo critério da TIR o projeto E
(TIR = 20,00%) seria preferido ao projeto F (TIR = 15,76%) ; contudo, se o custo de oportunidade
considerado for de 10,0 %, o critério do VA apresentaria o projeto F como preferido ao projeto E.
Uma justificativa para a escolha do projeto F resulta da análise do fluxo de caixa dos projetos. O
investimento nos dois projetos é idêntico e igual a 100 unidades monetárias. O projeto E apresenta
seu benefício de 120 unidades monetárias no período 1 e o projeto F apresenta seu beneficio de
134 unidades monetárias no período 2. É fácil verificar que à taxa de 10%(custo de oportunidade
do capital considerado)o valor do benefício recebido no projeto E de 120 unidades monetárias,no
período 1, representaria um valor de 132 unidades no período 2, valor inferior ao obtido pelo
projeto F no período 2.
Uma outra dificuldade na utilização da TIR como indicador está associada à possibilidade de
ocorrência de múltiplas TIR para um mesmo fluxo de caixa. Ou seja, para alguns fluxos de caixa
existirá mais de uma TIR que atenda à definição desse indicador.
O descarte de projetos através da TIR pode ser realizado comparando-se seu valor com o do custo
de oportunidade do capital. Caso o valor da TIR (positivo) de um projeto seja inferior ao valor do
custo de oportunidade do capital, então esse projeto será descartado.

S-ar putea să vă placă și