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Plano de Capitalização - é o conjunto de elementos que dão forma ao título, são as Condições
que caracterizam um produto e os diferenciam entre si. Os planos são representados pelas
Condições Gerais, Nota Técnica Atuarial e Material de Comercialização. A comercialização de um
título de Capitalização envolve termos próprios, a saber:
CONDIÇÕES GERAIS
É o documento onde contém todos os direitos e deveres da Sociedade de Capitalização e do
comprador do título. É, portanto, de fundamental importância conhecer o texto das Condições
Gerais de um título, tanto para vendê-lo como para comprá-lo. Atente-se ainda para o fato de que
não existe padrão de Condições Gerais, assim sendo, os direitos conferidos pela aquisição de um
título de Capitalização ou os deveres decorrentes da sua venda variam substancialmente de
empresa para empresa e até de plano para plano em uma mesma empresa.
NOTA TÉCNICA
É o documento que contém as demonstrações de cálculos dos
parâmetros técnicos de um título de Capitalização. Esse documento consiste
de enunciados e fórmulas matemáticas e deve ser assinado por atuário
registrado no órgão de classe e credenciado junto à SUSEP.
MATERIAL DE COMERCIALIZAÇÃO
É o material usado para a divulgação e venda do título. Deve ser bem claro, atendendo ao Código
de Defesa do Consumidor. É fundamental o conhecimento do produto para que todos possam
prestar quaisquer esclarecimentos aos clientes.
O QUE É PROPOSTA?
Proposta é um formulário contendo os dados do subscritor, bem como sua autorização para débito
em sua conta das mensalidades do título.
FORMA DE PAGAMENTO
O título de Capitalização pode ser adquirido à prazo ou à vista.
EXERCÍCIOS
1. Um título de R$ 60.000,00 vai ser descontado à taxa de 2,1% ao mês. Faltando 45 dias para o
vencimento do título, determine:
a . o valor do desconto comercial
b. o valor atual comercial
Solução
N = 60.000,00 i = 2,1%a.m. n = 45 dias
a. d = N i n = 60.000 x 0,021 x 1,5 = R$ 1.890,00
b. A = N - d = 60.000 - 1.890 = R$ 58.110,00
2. Uma duplicata de R$ 6.900,00 foi resgatada antes de seu vencimento por R$ 6.072,00.
Calcule o tempo de antecipação, sabendo que a taxa de desconto comercial foi de 4% ao mês.
Solução
N = 6.900,00 A = 6.072,00 i = 4% a.m.
d = N - A = N i n . (6.900 - 6.072) = 6.900 x 0,04 x n
n = 828
69000 x 0.04
=3
Resp: 3 meses
DESCONTO COMPOSTO
O desconto simples, racional ou comercial são aplicados somente aos títulos de curto prazo,
geralmente inferiores a 1 ano.
Quando os vencimentos têm prazos longos, não é conveniente transacionar com esses tipos de
descontos, porque podem conduzir a resultados que ferem o bom senso.
Observe o EXEMPLO
Calcular o desconto comercial de um título de R$ 100.0000,00 com resgate para 5 anos, à taxa de
36% ao ano.
RESOLUÇÃO
Fórmula: d = N i n
N = R$ 100.000,00 i = 36% a.a. = 0,36 a.a. n= 5 anos
d = 100.000 . 0,36 . 5 = 180.000
Como vemos, o valor do desconto é superior ao valor nominal do título, o que é um absurdo!!! É
por esse motivo que, em casos como o apresentado, adotamos o regime de regime de juros
compostos, que jamais darão resultados desse tipo. Como no desconto simples, temos duas
formas de desconto composto, o desconto comercial, bancário composto ou por fora e o desconto
racional ou por dentro.
EXERCÍCIO RESOLVIDO
1. Calcular o valor atual de um título de R$ 20.000,00 descontado um ano antes do vencimento à
taxa de desconto bancário composto de 5% ao trimestre, capitalizável trimestralmente.
SOLUÇÃO
A = ? N = R$ 20.000,00 i = 5% a.t. = 0,05 a.t. n = 1 ano = 4
trimestres
A = N (1 - i)n = 20.000 (1 - 0,05)4 = 20.000 . 0,814506 = 16.290,13
A = N (1 - i)n
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
1. Calcular a taxa de desconto bancário composto de um título de R$ 20.000,00, descontado 4
meses antes do vencimento, recebendo líquido o valor de R$ 16.290,13.
2. Um título de R$ 20.000,00 foi descontado num banco, pelo desconto bancário composto, à taxa
de 5% a.m., sendo creditada, na conta do cliente, a importância de R$ 16.290,13. Quanto tempo
antes do vencimento foi descontado este título?
Gabarito
01 - Resp: 5% 02 - Resp : 4 meses
TAXAS
Exemplo:
Qual o desconto de um título no valor de R$ 50.000,00, se ele for pago 2 meses antes do
vencimento à uma taxa de 5,5 %a.m.?
Aplicando a fórmula:
d : o que você quer saber
N : 50.000,00
i : 5,5%- 0,055
n:2
Logo: 50000 . 0,055 . 2 = > R$ 5.500,00 de desconto
Exemplo:
Após receber sua devolução do I.R., você resolve quitar de uma vez as suas parcelas restantes do
seu consórcio, num valor total de $ 70.000,00 ( claro, como você é uma pessoa consciente você
paga suas dívidas e não sai por ai torrando e fazendo novas dívidas). Faltam 5 parcelas mensais e
o desconto será de um 1% a.m. . Quanto você terá de pagar em cash ?
Aplicando a fómula:
A = o que você quer descobrir
N =70.000,00
i = 1%a.m.
n = 5 meses
Logo: A=70000. (1 - 0,01.5) resultando $ 66.500,00 , ou seja, uma diferença de $ 500,00.
Taxas Equivalentes
Em linguagem simples, são duas taxas ou mais taxas que, quando aplicadas, em determinado
lapso de tempo em determinada quantia têm como resultado o mesmo valor.
Complicado? Tá, então digamos assim: você tem uma aplicação que rende 1 %a.m. se você
aplicar durante 6 meses . E você tem outra que rende 12 % a.a. se você aplicar durante um ano.
Qual é mais vantajosa? É tudo a mesma coisa, ou seja, elas são equivalentes, ou não? Ou será
que é melhor pagar antecipadamente uma dívida ou aplicar o dinheiro e pagá-la no vencimento
previsto?
EXEMPLO
Sejam R$ 100,00 aplicados a 2%ao mês, capitalizados mensalmente.
Taxa nominal: iN = 12 x 2%= 24%ao ano.
Taxa efetiva: iE = (1 + 0,02)12 - 1 = 1,268 - 1 = 0,268 = 26,8%ao ano
O montante após um ano será 100(1 + 0,268) = 126,8 e não 100(1 + 0,24)
= 124 como se poderia supor!!.
A distinção entre taxa efetiva e taxa nominal é de suma importância. Em situações envolvendo
empréstimos ou financiamentos, por exemplo, a taxa que figura nos contratos é geralmente a taxa
nominal, que não pode ser tomada como critério de decisão.
Taxa Real - é a taxa efetiva corrigida pela taxa inflacionária do período. Você vai ouvir esse termo
adoidado. Pegando o exemplo da poupança , quando o Governo diz que a poupança tem um
rendimento real de 0,5%ao mês, significa que seu dinheiro foi corrigido primeiro pela inflação do
período e sobre este montante foi aplicado 0,5%.
Bom agora que você está suficientemente confuso ou confusa, vamos aos cálculos de
equivalência:
Por exemplo:
15%ao trimestre é proporcional a 5%ao mês. Isto porque:
15%/ 3 meses = 5%/ 1 mês
Exemplo: você tem uma taxa de 5%a.m. e quer saber quanto é equivalente ao ano.
Ora, um ano tem12 meses então é só multiplicar 5% por 12 e você tem60%a.a. O inverso também
é verdadeiro : você tem uma taxa de 15%a.m. e quer saber quanto é ao dia . É só dividir 15% por
30 dias e você tem0,5%a.d. Fácil, não ?
Exemplo: você tem uma taxa de 24% a.a. e quer saber quanto é equivalente ao mês. Usando a
fórmula dá aproximadamente 1,81%a.m. Será? Então faça uma prova de confirmação: use as duas
taxas sobre um valor simples como R$ 1.000,00 e veja se o resultado não é igual. (Na verdade dá
uma pequena diferença porque eu arredondei o decimal na hora de calcular)
Equivalência entre uma aplicação e um desconto no regime de juros simples
Há ocasiões em que será necessário verificar se uma taxa de juros aplicada a um capital e uma
taxa de juros aplicada para fins de desconto são equivalentes.
Isso é fundamental para decidir se vale a pena pagar antes, aplicar, reinvestir, etc.
A fórmula para determinar uma taxa equivalente é:
• Se você tema taxa de desconto e quer descobrir a taxa de juros correspondente:
i / 1- i.n
• Se você tema taxa de juros para aplicação e quer descobrir a taxa de desconto
correspondente:
i / 1+ i.n
Exemplo: Vamos pegar um capital de $ 60.000,00 investido a juros simples de 8%a.m. por 3
meses. Qual a taxa de desconto simples equivalente?
Usando a fórmula: i / 1+ i.n = > 0,08 / 1,08*3 = >0,0645 Ou seja 6,45% a.m. de desconto é
equivalente a 8%a.m. para aplicação, em regime de juros simples, num prazo de 3 meses.
Exemplos:
• Um financiamento de casa própria é um caso de renda certa temporária, de termo variável
(sujeito à variação da TR) e periódica.
• Um financiamento de eletrodoméstico é um caso de renda certa temporária, de termo
constante (você sabe quanto pagará de juros) e periódica.
• Já a caderneta de poupança pode se considerar como um caso de renda certa perpétua
(pelo menos enquanto o dinheiro estiver à disposição para aplicação), de termo variável e
periódica. Bico, como pode ver. E já que é bico, mais algumas definições:
As Postecipadas são aquelas na qual o pagamento no fim de cada período e não na origem.
Exemplo: pagamento de fatura de cartão de crédito
As Antecipadas são aquelas na qual os pagamentos são feitos no início de cada período
respectivo. Exemplo: financiamentos com pagamento à vista
E as Diferidas são aquelas na qual o primeiro pagamento é feito após um determinado
período. Exemplo: promoções do tipo, compre hoje e pague daqui a x dias.
Caso ainda não tenha percebido, os cálculos envolvendo renda certa lembram os cálculos de
Juros Compostos e Descontos Compostos já vistos anteriores.
Calculando Valor Atual em casos de Rendas Certas
Bom, para começar, trabalharemos aqui com cálculos de renda certas do tipo periódicos, de
termos constantes e temporários, os quais são mais usados.
Para se calcular o Valor Atual num caso de Rendas Certas, a fórmula a ser utilizada depende de
ser postecipada , antecipada ou diferida. Assim, se for:
Postecipada a fórmula é : V=T.an¬i
Antecipada a fórmula é : V=T+T.an-1¬i
Diferida a fórmula é : V=T.an¬i/(1+i)m
m é sempre uma unidade menor do que a se deseja calcular, ou seja, se a venda é diferida de 3
meses, m será 2 .
Para saber o valor de an¬i , você pode calcular usando a fórmula (1+i)n-1/i(1 + i )n.
Exemplo:
Um carro é vendido a prazo em 12 pagamentos mensais e iguais de R$2.800,00 (num total de R$
36.000,00), sendo a primeira prestação no ato da compra, ou seja, o famoso " com entrada" , ou
ainda, um caso de renda certa antecipada. Sendo que a loja opera a uma taxa de juros de 8% a.m.
, calcule o preço à vista desse carro.
Aplicando a fórmula:
n = 12
T = 2800
V = 2800+2800.a11¬8% = R$ 22.789,10
Outro exemplo:
Um dormitório é vendido em 4 prestações de R$ 750,00, com o primeiro pagamento para 3 meses
após a compra (ou seja, esse é um caso de diferida) Sabendo que a loja trabalha com juros de 6%
a.m. , calcule o valor à vista.
Aplicando a fórmula:
n=4
T = 750
m=2
i = 6%
V = 750.a4¬6%/(1+.06)2 = 750.3,465106/1.1236 = R$2.312,95
Exemplo:
Calcule o Montante de uma aplicação de R$ 100,00, feita durante 5 meses, a uma taxa de 10%
a.m.
Aplicando a fórmula (esse é um caso de postecipada, porque o primeiro rendimento é um mês
após a aplicação):
n=5
T = 100
i = 10% a.m.
M = 100.S5¬10% = R$ 610,51
Nomenclaturas usadas
i = do inglês Interest , é usado para representar os juros envolvidos em quaisquer operações
financeiras.
C = do inglês Capital , é usado para representar o Capital utilizado numa aplicação financeira.
M = do inglês a Mount , é usado para representar o Montante que é o resultado da soma do Capital
com os juros.
n = nesse caso é uma incógnita (quem aprendeu equações do segundo grau usou muitas
incógnitas. Todos aqueles x, y, z são incógnitas.) referente ao período de tempo (dias, semanas,
meses, anos...) de uma aplicação financeira. Lembre-se da expressão: "levou n dias para devolver
o dinheiro..."
a.d. = abreviação usada para designar ao dia
a.m. = abreviação usada para designar ao mês
a.a. = abreviação usada para designar ao ano
d = do inglês Discount , é usado para representar o desconto conseguido numa aplicação
financeira.
N = do inglês Nominal , é usado para representar o valor Nominal ou de face de um documento
financeiro.
A = do inglês Actual , é usado para representar o valor real ou atual de um documento
financeiro em uma determinada data.
V = incógnita usada para representar o Valor Atual em casos de renda certa ou anuidades
T = incógnita usada para representar o Valor Nominal em casos de renda certa ou
anuidades
an¬i = expressão que representa o fator de valor atual de uma série de pagamentos.
Sn¬i = expressão que representa o fator de acumulação de capital de uma série de pagamentos.
Exemplo:
Na compra de um apartamento de $ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal.
Bom, o valor da amortização é calculado dividindo-se o principal pela quantidade de períodos, ou
seja, 300.000 por 5 que dá 60.000 Os juros são calculados sobre os saldos da prestação, assim :
1º mês 300.000 * 4% = 12.000,00
2º mês 240.000 * 4% = 9.600,00
3º mês 180.000 * 4% = 7.200,00
4º mês 120.000 * 4% = 4.800,00
5º mês 60.000 * 4% = 2.400,00
Os saldos são calculados subtraindo-se apenas o valor da amortização. Por exemplo, no primeiro
mês você pagará $ 72.000,00 de prestação mas do saldo devedor será subtraído apenas o valor
da amortização que é $ 60.000,00 e por aí vai...
Ou seja, ao final você pagará $ 336.000,00 em 5 prestações, sendo a primeira de $
72.000,00, a segunda de $ 69.600,00 , a terceira de $ 67.200,00 , a quarta de $ 64.800,00 e a
quinta de $ 62.400,00. Disso, $ 300.000,00 corresponde ao principal e $ 36.000,00 aos juros.
Amortização - SACRE
O SACRE é uma modalidade de financiamento criada pela Caixa Econômica Federal a ser
aplicada nos empréstimos para aquisição de casa própria. A Caixa costumava (em alguns casos
ainda utiliza) utilizar os sistemas Price , SAC e o SAM, só que enquanto que nesses sistemas os
juros são calculados sobre o saldo do saldo devedor menos amortização, a Caixa calculava os
juros antes do abatimento da amortização o que acabava resultando em um abatimento menor.
Junte-se a isso a alta inadimplência, a Caixa optou por desenvolver um mecanismo próprio de
amortização.
Em termos comparativos é como fosse um Sistema Price só que as mensalidades iniciais são
maiores do que as finais. Qual a vantagem disso? Bom o contratante quitaria o grosso do
empréstimo mais cedo e, caso ficasse inadimplente, haveria uma grande possibilidade de que a
maior parte do empréstimo já estivesse paga.
O cálculo divide-se em duas partes: o cálculo do Encargo Mensal sobre o qual é calculado a
prestação mensal a ser paga.
A fórmula para o Encargo Mensal é:
EM = C * (i +1/n)
Exemplo:
Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal.
EM = 300000 ( 0,04 + 1/5 )
EM = 72000
Para calcular a Prestação Mensal entram dois índices também criados pela Caixa
Econômica: O CES (Coeficiente de Equivalência Salarial) e o Seguro, que possui uma
metodologia toda própria.
CES - 1,12, fixado por Circular.
Seguro - a taxa do seguro é composta por duas partes, a DIF, para Danos Físicos, e a MIP, Morte
e Invalidez. Outra coisa, ela trabalha, atualmente, sobre o valor da avaliação do imóvel e não sobre
o valor financiado. Isso quer dizer que se o imóvel foi avaliado em R$ 500.000,00 é sobre isso que
será calculado e não sobre o valor financiado. As fórmulas são básicas:
DIF = valor da avaliação x taxa de seguro x CES
MIP = valor da avaliação x taxa de seguro x CES
Apresentamos as duas fórmulas em separado, porque as taxas de seguro são diferentes (faz
sentido, afinal Danos Físicos é bem diferente de Morte, não?). Para saber qual taxa aplica-se no
seu caso você tem de contatar a Caixa, mas para os planos feitos após 94, na Categoria 6 a taxa
para DIF é 0,02402 % e para MPI é 0,14429% . A taxa de seguro varia conforme a categoria (que
é dividida conforme o valor da avaliação) conforme o plano contratado, quando você fechou o
contrato... enfim, estamos assumindo que o contrato é realizado HOJE .
Então vamos lá:
DIF = 500.000 * 0,02402% * 1,12 = 134,51
MIP = 500.000 * 0,14429%*1,12 = 808, 02
Total do seguro = 942,53
Agora vamos finalmente calcular quanto será sua prestação mensal.
A fórmula para o Encargo Mensal é:
PM = (EM*CES)+ Seguro
Exemplo:
Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal:
EM = 300000 ( 0,04 + 1/5 )
EM = 72000
PM = ( 72000*1,12) + 942,54
PM = 81.582,54
Exemplo:
Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal:
Esse problema já foi resolvido pelos outros dois sistemas, logo, tudo que tenho a fazer é somar os
valores das prestações dos dois casos e dividir por dois.
Ou seja, ao final você pagará $ 336.470,34 em 5 prestações, divididas da seguinte forma :
1ª $ 69.694,06
2ª $ 68.494,07
3ª $ 67.294,07
4ª $ 66.094,07
5ª $ 64.894,07
Disso, $ 300.000,00 corresponde ao principal e $ 36.470,34 aos juros.
Exemplo:
Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco suíço
com juros de 4%a.a., a ser pago em 5 anos. Calcule a prestação anual.
Aplicando a fórmula:
C*i / 1 - (1-i)n
300000* 4% / 1-(1-4%)5 = 64.995,80
Ou seja, ao final você pagará $ 336.979,02 em 5 prestações, correspondente $ 300.000,00 ao
valor de amortização e $ 36.979,02 aos juros.
Alguém poderá dizer: mas 64995,80 vezes 5 anuidades dá 324.979,00, o que dá uma diferença de
12.000. É, mas não se esqueça que os juros são pagos antecipados. E 4% sobre 300.000 dá
12.000.
Abaixo uma tabela para melhor entendimento.
Parc. Juros Anuidade Saldo
12000 12000
1 300000 9400 64995,8 235004
2 235004 6800 64995,8 170008
3 170008 4200 64995,8 105013
4 105012 1601 64995,8 40017
5 40017 64995,8 -24979
Total 336979,0
Sistema Americano
Neste sistema, o devedor obriga-se a devolver o principal em um único pagamento, normalmente
ao final, enquanto os juros são pagos periodicamente. Nesse caso, não existem cálculos
complexos. Se for uma taxa de juros fixa, basta usar um cálculo de juros simples que você terá o
total de juros, dividindo o mesmo pelo período terá os pagamentos mensais.
Exemplo:
Na compra de um apartamento de $ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal:
Calculando:
300.000 *4%*5 => 60.000,00
Ou seja, ao final você pagará $ 360.000,00 em 5 prestações, correspondendo $ 300.000,00 ao
valor de amortização, paga de uma única vez ao final do período e $ 60.000,00 de juros, pagos em
5 prestações iguais de $ 12.000,00.
Há casos em que o cliente, não desejando pagar de uma só vez o valor do principal, negocia com
o banco a criação de um fundo de amortização denominado SINKING FUND de forma que, ao final
do período, o total de fundo seja igual ao valor a pagar. Um tipo de caderneta de poupança forçada
vamos assim dizer.
A prestação é calculada pela fórmula:
M=T. Sn¬i
Se preferir, divida o principal pelo número de prestações, que você terá o valor do depósito mensal
a ser feito.
Exemplo:
Na compra de um apartamento de R$ 300.000,00, você faz um financiamento em um banco com
juros de 4% a.m., a ser pago em 5 meses. Calcule a prestação mensal:
Aplicando a fórmula:
F= T. an¬i
300000=T. a5¬4%
T=67.388,13
Ou seja, ao final você pagará R$ 336.940,65 em 5 prestações, correspondente R$ 300.000,00 ao
valor de amortização e R$ 36.940,65 aos juros.
Cálculo financeiro: custo real efetivo de operações de financiamento, empréstimo e
investimento
Nos financiamentos incide uma série de custos adicionais, como IOF, despesas administrativas de
elaboração do contrato, comissões, etc.
Tais fatores elevam o custo (ou taxa) efetivo e devem ser considerados ao se tomar um
empréstimo.
Em contextos inflacionários, deve-se ficar atento para a denominada ilusão monetária, ou
rendimento aparente. Nesta situação é importante determinar a taxa real de juros e o custo ou
rendimento real de um financiamento ou aplicação.
No processo de cálculo da taxa real, é necessário homogeneizar os valores das séries financeiras,
de forma a retirar os efeitos corrosivos da inflação nos valores aplicados ou recebidos em cada
data, traduzindo-os ao mesmo padrão monetário de referência em uma determinada época, ou
seja, é necessário "datar" a moeda; dizer, por exemplo, moeda de 1994, moeda de 1995 etc.
O processo de homogeneização dos valores monetários utiliza índices de preços a fim de
deflacionar ou inflacionar as séries de valores nominais ou aparentes.
O deflacionamento permite reduzir todos os valores da série a uma base comum de referência,
situada preteritamente no início da série. Os índices de preços permitem calcular deflatores, ou
seja, operadores que, multiplicados pelos valores monetários das diversas épocas, reduzem-nos a
valores correspondentes ao nível de preços da data inicial de referência.
O inflacionamento (indexação ou atualização monetária), inversamente, traduz a colocação dos
diversos valores correntes nominais, em termos de moeda de poder aquisitivo do final da série; isto
é, a indexação (inflacionar) transforma os valores nominais de cada época em valores compatíveIs
com a capacidade de compra verificada numa data superior.
Em contextos inflacionários são muitos usadas as expressões, "em preços correntes” (valores
nominais) e "em preços constantes". A primeira representa poder aquisitivo da data respectiva do
fluxo considerado, enquanto a segunda representa poder aquisitivo de uma única data (preços
constantes de uma única data).
ÍNDICES DE PREÇOS
Um índice de preços procura medir a mudança que ocorre nos níveis de preços de um período
para outro. No Brasil, a maioria dos cálculos de índices de preços está a cargo da Fundação
Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. Os índices nacionais e regionais são publicados mensalmente
na revista Conjuntura Econômica. Outras instituições também têm elaborado índices de preços: o
IBGE, a FIPE e o DIEESE em São Paulo, a FUNDARJ em Recife, o IPEAD – UFMG em Belo
Horizonte.
Para comparações específicas e obtenção de taxas reais de crescimento em determinados
setores, devem ser utilizados índices de preços particulares de cada setor, como, por exemplo,
construção civil, produtos agropecuários etc.
O índice mais geral disponível é o Índice Geral de Preços -disponibilidade interna da FGV ClGP-
di).Para inflacionar ou deflacionar uma série de valores monetários cujas causas foram devidas a
muitos fatores. O mais indicado é usar o IGP-di que mede a inflação do país.
O processo de "inflacionar" ou "deflacionar" uma série de pagamentos/recebimentos para uma
determinada data de referência traduz em si uma comparação entre as evoluções dos valores
monetários em análise e o comportamento dos preços dos produtos enfeixados no índice
escolhido. Assim, se um investimento teve um rendimento de 15%real, tomando-se como
referência um determinado índice de preços, isso significa que este rendimento superou em15% a
evolução do índice escolhido, ou seja, a evolução média dos preços dos bens e serviços que
compõem o índice.
Exemplos:
1) Um eletrodoméstico. cujo valor à vista é $ 1000.00. foi financiado em 3 prestações mensais
(Sistema Francês) sem entrada, a uma taxa de 10% a.m. Calcule o valor das prestações, sabendo-
se que as mesmas serão corrigidas mensalmente pelo IGPM.
Supor variação mensal do IGPM 1%a.m.
Solução:
Cálculo da Prestação:
2) Numa aplicação financeira, um investidor obteve uma taxa aparente de 10%. Sendo a inflação
do período de 25%. Qual a taxa de juros reais desta aplicação?
3) Uma pessoa aplicou seu capitaI de R$ 10.000,00 na caderneta de poupança por 1 mês e obteve
um montante de R$ 1025,00.
Sendo a taxa de inflação do mês em questão igual a 2%, qual a taxa de juros reais desta
aplicação?
Alocação imprópria: muitos analistas dizem que 90% do retorno de um investimento é dado pela
alocação adequada dos recursos. Isso significa que as aplicações escolhidas pelo investidor
devem ser compatíveis com diversos parâmetros determinados por ele, como tempo de duração
do investimento, a necessidade de saques ocasionais durante este período, a capacidade do
investidor de suportar períodos de alta volatilidade, entre outros.
Resumindo, para poder alcançar uma alocação adequada de recursos, o investidor deve ter
objetivos muito bem estudados e claramente definidos.
Fugir de taxas exageradas: antes de aplicar o dinheiro, deve-se sempre prestar muita atenção no
custo das operações que serão realizadas. Promessas de retornos elevados podem esconder
custos operacionais exagerados. Portanto, muita atenção com as taxas que são cobradas em cada
etapa do processo de investimento.
Ter opinião própria: embora seja muito importante ouvir a avaliação de vários especialistas, é
sempre mais importante possuir uma opinião própria sobre as tendências do mercado. Caso
contrário, você ficará como um cego que tem que confiar no seu guia para não errar o caminho.
Enquanto o guia estiver certo, tudo bem. Por outro lado, quando o guia começar a falhar, você fica
sem rumo. Neste ponto, vale lembrar uma máxima do mercado: quando todos estão seguindo um
determinado caminho, tente descobrir se não existe um melhor. No entanto, essa descoberta é
possível somente quando se tem consciência do que se está fazendo.
Muitos fundos de investimento cobram dos investidores uma taxa de performance, que é a
remuneração do administrador do fundo pelo seu desempenho. Este desempenho é avaliado de
acordo com algum parâmetro predeterminado no estatuto do fundo. Por exemplo, se um fundo de
ações tem como meta superar o desempenho do Ibovespa, a taxa de performance será cobrada
sempre que o retorno do fundo em determinado período for maior que o do Ibovespa. Se o fundo
não conseguir superar o retorno do
Ibovespa, não será cobrada taxa de performance. Portanto, ao escolher um fundo de investimento,
deve-se prestar muita atenção nessa taxa. Alguns investidores preocupam-se em analisar apenas
o desempenho passado do fundo (o que também deve ser feito) e se esquecem de verificar se
existe uma taxa de performance e de quanto ela é. Afinal, retornos esperados elevados podem ser
ofuscados por altas taxas de performance, o que, normalmente, o investidor só percebe quando é
tarde demais.
O ato de investir recursos vem se tornando uma tarefa que exige cada vez mais atenção por parte
dos investidores.
Como alternativas de investimentos tem-se à disposição do investidor uma cesta de ativos
composta por instrumentos de Renda Fixa como operações estruturadas de financiamento a termo
na BOVESPA, debêntures, certificados de depósitos bancários
(CDB) emitidos por empresas e bancos estrangeiros de primeira linha, que apresentam as
melhores rentabilidades e garantias, proporcionando sempre nas reaplicações e movimentações
financeiras a isenção da CPMF e oferecendo liquidez diária.
Atualmente, há mais de R$ 200 bilhões aplicados nas diversas modalidades de fundos oferecidos
pelas instituições administradoras de recursos. Escolher qual fundo investir não é tarefa simples,
nem mesmo para grandes investidores. As alternativas são inúmeras e as informações nem
sempre estão facilmente disponíveis.
ENGENHARIA ECONÔMICA
Engenharia econômica é o conjunto de princípios e técnicas necessárias para se tomar decisões
sobre aquisições e disponibilidades de bens de capital pelas empresas.
De uma forma geral, podemos dizer que a engenharia econômica consiste na teoria, baseada na
matemática financeira, que trata da análise técnico-financeira e decisão entre alternativas de
investimentos.
Um estudo técnico-econômico/financeiro completo, envolve normalmente os seguintes passos:
1. 11) Objetivo: um problema a resolver ou uma decisão a tomar ou uma função a executar.
2. 12) Linhas de ação : As diversas soluções alternativas tecnicamente possíveis.
3. 13) Estratégia: Avaliação de cada alternativa de investimento, determinando vantagens e
4. Desvantagens: Análise das diferenças, eliminando os fatores comuns.
5. 14) Decisão: Comparação e escolha da melhor alternativa de investimento.
OBS: naturalmente, só existirá uma decisão se existirem alternativas (linhas) de ação a tomar; é
necessário que elas sejam tecnicamente viáveis para que o problema seja solucionado
efetivamente e não só teoricamente. Normalmente os métodos existentes de avaliação de
alternativas de investimentos analisam e visam uma decisão de optar pela alternativa que
apresente o menor custo para atingir a um mesmo objetivo, o maior lucro decorrente de uma
aplicação definida ou mesmo a maior taxa de rentabilidade dos capitais empregados, sempre
visando soluções de longo prazo.
CRITÉRIOS DE DECISÃO:
O que caracteriza uma decisão é a existência de mais de uma alternativa de investimento.
No limite deste raciocínio, poderemos inclusive adotar como alternativa o "não fazer nada" em
oposição a apenas uma alternativa a investir.
Não é simples a avaliação das vantagens e desvantagens de cada alternativa de investimento,
uma vez que devemos enfocar somente eventos futuros, eliminando fatores constantes e tendo
como denominador comum o dinheiro, com isto, iremos elaborar, para cada alternativa, um fluxo
caixa.
Caso estejamos estudando alternativas de custo, iremos optar pela alternativa mais econômica (de
menor custo) e, caso estejamos analisando alternativas que irão gerar recursos, iremos optar pela
alternativa mais lucrativa (de maior lucro).
Todos os métodos e critérios de avaliação de alternativas de investimento baseiam-se no princípio
da equivalência. A comparação das alternativas só poderá ser realizada quando o investidor
estabelecer uma medida de equivalência. Esta medida e comumente chamada de Taxa mínima de
Atratividade, Taxa mínima Atrativa de Retorno de um Investimento, ou, Taxa Interna de Retorno
(IRR-Internal Rate of Return).
QUESTIONÁRIO
Pertinência:
01. O QUE É UM FUNDO DE INVESTIMENTO?
É uma forma de investimento que reúne vários aplicadores, formando uma espécie de condomínio,
no qual as receitas e as despesas são divididas. O patrimônio é gerido por especialistas - os
administradores - e aplicado em títulos diversos ou em outros fundos, buscando maximizar os
retornos e diminuir os riscos dos investimentos. O dinheiro depositado nos fundos é convertido em
cotas. Os cotistas - pessoas que integram o fundo - são proprietários de partes da carteira,
proporcionais ao capital investido. A cota é atualizada diariamente e o cálculo do saldo é feito
multiplicando o número de cotas adquiridas pelo valor da cota daquele dia. O dinheiro aplicado nos
fundos é utilizado para a compra de títulos diversos como, por exemplo, ações, títulos públicos,
CDBs, etc. conforme a política de cada fundo.
3. Fundos Genéricos: São fundos que podem apresentar risco moderado ou agressivo, uma vez
que possuem total liberdade na composição da carteira, podendo aplicar até 49% de seu
patrimônio em ações além de aceitar operações de derivativos. Em virtude do risco existente
nestes fundos, informações como a política de investimentos, taxas, classificação, etc, devem ser
destacadas para que o investidor entenda exatamente em que tipo de fundo está aplicando. Fazem
parte desta categoria: Fundos Derivativos: Aplicam em ativos de renda fixa pré ou pós-fixados e
assume posições em derivativos, incrementando a rentabilidade por meio de contratos no mercado
de futuros, opções e operações no mercado a termo. Em função das estratégias arrojadas, os
valores das cotas podem sofrer fortes impactos, acarretando, inclusive, perda do patrimônio. Os
fundos derivativos recebem a classificação "FIFs Livres". Fundos Multiportfólio: São aqueles que
têm sua carteira diversificada entre títulos e operações de renda fixa e aplicações em renda
variável, podendo atuar também no mercado de derivativos. Fundo de Investimento no Exterior –
Fiex: Foi criado como alternativa de investimento em moeda estrangeira. Deve investir no mínimo
80% da carteira em títulos da dívida externa brasileira, também conhecidos como bradies e até
20% em qualquer título de crédito negociado no mercado internacional, com o limite de
concentração máximo de 10% em títulos de um mesmo emitente. Os títulos são mantidos em
custódia no exterior em nome do fundo e pode alternativamente, ter no máximo, 10% do seu
patrimônio, isolada ou cumulativamente, em conta de depósito no exterior ou no país, em nome do
fundo e ainda realizar operações em mercado organizados de derivativos no exterior,
exclusivamente para fins de hedge. É um fundo aberto formado por cotas sem carência para
resgate, caracterizado como de renda fixa, embora com volatilidade de renda variável.
11- TRIBUTAÇÃO IR ?
Imposto de renda 20% é a alíquota aplicada nos ganhos obtidos com fundos de renda fixa, já os
ganhos com fundos de renda variável são tributados em 10%. Para a Receita Federal um fundo só
pode ser tributado em 10% se possuir no mínimo 67% de seu patrimônio aplicado em títulos de
renda variável como ações. IOF - Imposto sobre operações financeiras Apenas os fundos de renda
fixa estão sujeitos à cobrança de IOF. Saques realizados com prazos inferiores a 30 dias terão
incidência do IOF sobre os rendimentos auferidos.
1. Fundo Capital Garantido: tem como meta proteger o capital principal investido. Investe uma
pequena parcela do patrimônio em renda variável, buscando uma rentabilidade maior do que a dos
demais fundos de renda fixa, porém, sem colocar em risco o valor principal.
Se o mercado de renda variável alcançar bom desempenho este fundo renderá mais do que os
fundos que só investem em renda fixa. Caso o mercado de renda variável não apresente bons
resultados, o investidor não perde seu capital como aconteceria se ele tivesse aplicado num fundo
de ações, ele terá garantido o capital inicial investido. Por exemplo: Um fundo investe 98% de seu
patrimônio em títulos de renda fixa prefixado, com este rendimento ele garante uma rentabilidade
que cobrirá os 2% restante do patrimônio do fundo. Os outros 2% o administrador investe em
títulos de renda variável ou no mercado futuro, buscando maior rentabilidade. Caso, haja perda
total nos investimentos de renda variável ele tem garantido os 100% do patrimônio do fundo. Na
pior das hipóteses este fundo não perde.
2. Fundos Off Shore: São carteiras que aplicam recursos disponíveis no exterior em ativos
brasileiros e que têm a sua sede formalmente localizada no exterior.
3. Fundos Private Equity: São fundos fechados que compram participações minoritárias em
empresas privadas. Esses fundos não podem investir em empresas de capital fechado. Por esta
razão esta razão as empresas interessadas em receber esses investimentos devem abrir o capital
ou fazer a chamada abertura técnica\" (registro na CVM e emissão de ações que são compradas
pelos fundos). Os objetivos dos fundos private equity são capitalizar a empresa, definir uma
estratégia de crescimento, valorizar as ações e vender com lucro esta participação. O horizonte da
aplicação varia de três a oito anos. Fontes de consulta: Mercado Financeiro, Produtos e Serviços –
Eduardo Fortuna Banco Central do Brasil Comissão de Valores Mobiliários.
TAXAS DE RETORNO
A taxa de retorno de um investimento é a taxa de juros que anula a diferença entre os valores
atuais das receitas e das despesas de seu fluxo de caixa. Numa análise de investimentos, a
escolha recai na alternativa de maior taxa de retorno.
Uma alternativa de investimento é considerada vantajosa quando a taxa de retorno é maior que a
taxa mínima de atratividade.
Dentre todos os indicadores mais utilizados a TIR é aquele que, ao primeiro exame, aparenta
apresentar as menores limitações. Isso se deve, possivelmente, a independência de informações
exógenas ao projeto para a sua obtenção.
Em particular, não depende da definição "a priori" de um custo de oportunidade do capital para sua
elaboração, como ocorre nos casos dos outros indicadores considerados.
Todavia, essa vantagem é apenas aparente, pois a TIR somente será um indicador consistente,
em uma situação em que um investidor que dispuser de um capital para aplicação de valor K,
tendo como alternativas de investimento projetos mutuamente exclusivos, não puder aplicar o valor
residual de seu capital inicial após o investimento no projeto escolhido, o que é uma situação bem
pouco realista. Em alguns casos, os resultados da aplicação do critério TIR são absolutamente
incoerentes, como ocorre no projeto I, que apresenta o seguinte fluxo de caixa líquido, definido
para os períodos 0 e 1:
Fo = 100 e F1 = -90
A TIR desse projeto que é -10%, tornaria, à primeira vista, inviável sua seleção quando comparado
a qualquer projeto com TIR positiva. Entretanto, basta uma rápida inspeção no fluxo de caixa para
se perceber que o projeto é altamente viável (corresponde a uma situação na qual toma-se 100
unidades monetárias no período 0 para pagamento de apenas 90 unidades monetárias no período
1).
A análise dos projetos E e F apresentados previamente permite constatar outras limitações da TIR
quando comparado ao VA por exemplo. Pelo critério da TIR o projeto E
(TIR = 20,00%) seria preferido ao projeto F (TIR = 15,76%) ; contudo, se o custo de oportunidade
considerado for de 10,0 %, o critério do VA apresentaria o projeto F como preferido ao projeto E.
Uma justificativa para a escolha do projeto F resulta da análise do fluxo de caixa dos projetos. O
investimento nos dois projetos é idêntico e igual a 100 unidades monetárias. O projeto E apresenta
seu benefício de 120 unidades monetárias no período 1 e o projeto F apresenta seu beneficio de
134 unidades monetárias no período 2. É fácil verificar que à taxa de 10%(custo de oportunidade
do capital considerado)o valor do benefício recebido no projeto E de 120 unidades monetárias,no
período 1, representaria um valor de 132 unidades no período 2, valor inferior ao obtido pelo
projeto F no período 2.
Uma outra dificuldade na utilização da TIR como indicador está associada à possibilidade de
ocorrência de múltiplas TIR para um mesmo fluxo de caixa. Ou seja, para alguns fluxos de caixa
existirá mais de uma TIR que atenda à definição desse indicador.
O descarte de projetos através da TIR pode ser realizado comparando-se seu valor com o do custo
de oportunidade do capital. Caso o valor da TIR (positivo) de um projeto seja inferior ao valor do
custo de oportunidade do capital, então esse projeto será descartado.