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0.

Introdução

A reestruturação produtiva imposta pelo capitalismo veio acompanhada de inovações tecnológicas


e imposição da razão instrumental, afectando negativamente a qualidade de vida dos trabalhadores
no mercado formal, dificultando a manutenção do vínculo empregatório e reduzindo as
oportunidades de trabalho.
A Constituição da República Popular de Moçambique de 1975, pelos artigos 9, 10 e 11, vedava as
liberdades formais para a prática do comércio por entidades particulares, ao postular que o Estado
promove a planificação da economia, com vista a garantir o aproveitamento correcto das riquezas
do País e a sua utilização em benefício do Povo Moçambicano. E que o sector económico do
Estado é o elemento dirigente e impulsionador da economia nacional, e a propriedade do Estado
recebe protecção especial, sendo o seu desenvolvimento e expansão responsabilidade de todos os
órgãos do Estado, organizações sociais e cidadãos.
As reformas económicas que caracterizam as décadas de 80 e 90 em Moçambique, levaram a uma
revitalização da economia, embora tal não significasse uma redução dos índices de pobreza. Na
década de 90, sob pressão do processo de paz que põe fim ao conflito armado em 1992, o País
sofre uma nova transição, passando de um sistema político monopartidário para uma situação de
multipartidarismo. A necessidade de contrair os níveis de consumo para os adaptar à realidade
económica do país e a incapacidade e impossibilidade do Estado para prover o bem-estar social
impede que o mesmo crie um sistema para a minimização dos efeitos sociais negativos das
reformas económicas, elevando os níveis de pobreza e o crescimento da exclusão, da reivindicação
e da violência.
Neste contexto, o comércio informal emerge e prospera como contrapeso do processo de
liberalização e abertura da economia nacional ao exterior e ao investimento estrangeiro,
constituindo uma espécie de tubo de escape por onde passa o desemprego criado com o advento
do capitalismo, representando no entanto um salto qualitativo em relação à economia de
subsistência onde o sector familiar produz fundamentalmente para o auto-consumo e procede a
trocas directas de eventuais excedentes, uma vez que se insere numa economia de trocas do tipo
monetário-mercantil, onde a intermediação financeira, através de esquemas microfinanceiros,
muitos dos quais também informais, assume um papel de destaque.
Aliado ao crescimento do informalismo no País de modo geral e nas Cidades particularmente, o
presente estudo funda-se no encontro do Papel do Comércio informal nas Famílias Praticantes na
Cidade de Maputo de 2014-2018, pois a incapacidade do Estado para a produção de serviços
sociais básicos levou ao crescimento de formas alternativas de sobrevivência popular, onde o
comércio informal circunscreve-se como uma das alternativas de sobrevivência popular adoptada.
0.1. Objectivos

Geral:

 Analisar o papel do comércio informal nas famílias praticantes na Cidade de Maputo.

Específicos:

 Descrever a área de estudo;


 Contextualizar a origem do sector informal no mundo e em Moçambique;
 Identificar o papel do comércio informal no sustento e no melhoramento das condições de
vida das famílias praticantes na Cidade de Maputo.

0.2. Justificativa
O comércio informal intervêm na oferta de bens e serviços adequados aos rendimentos e ao poder
de compra de vasta camada da população desfavorecida, por isso há necessidade de se desenvolver
um estudo que incida sobre o contributo desta actividade na sobrevivência dos agregados
familiares na Cidade de Maputo. No entanto, a escolha do presente tema de pesquisa: "O Papel do
Comércio informal nas Famílias Praticantes na Cidade de Maputo, 2014-2018", prende-se pelo
facto de o autor pretender compreender o papel que o comércio informal tem na manutenção
económica dos agregados familiares inclusos nesta actividade comercial na Cidade de Maputo.
O tema, justifica-se também na medida em que a criação do auto-emprego ou o empreendedorismo,
constitui-se em uma das apostas do governo e um dos objectivos centrais das políticas públicas,
com vista a reduzir a pobreza e incrementar a melhoria dos níveis de bem-estar social, através da
promoção do desenvolvimento social e económico.
A escolha de 2014 como marco inicial da pesquisa, justifica-se pelo facto de ter sido introduzido
o Programa de Reabilitação Económica (PRE), facto que fez com que a economia informal saísse
da clandestinidade, convertendo parte da economia nacional reprimida em economia nacional
consentida (Chivangue, 2012) e foi neste contesto em que os vários comerciantes informais
começaram a aparecer em números cada vez mais crescentes e o ano de 2018, encontra uma
justificativa na medida em que foi neste ano que o autor desperta a necessidade de desenvolver um
estudo, visto que este enquadra se no âmbito da culminação do curso.
A escolha da Cidade de Maputo, como o campo geográfico de estudo, encontra uma justificativa
empírica, pois foi através de uma constatação meramente empírica que o autor constatou que na
Cidade, existiam cada vez mais comerciantes informais de diversas categorias.
O comércio informal é uma actividade económica de maior importância, na medida em que, cria
auto-emprego que gera receitas que permitem o acesso a bens e serviços essenciais. É também
fonte para a sobrevivência de muitas famílias e ajuda no sustento e melhoramento das condições
de vida dos indivíduos envolvidos. Contudo, quero acreditar que com o trabalho contribuirei de
maneira significante para o despertar do papel que o sector informal tem na melhoria das condições
de vida e consequente sobrevivência dos agregados familiares.
O trabalho reveste-se ainda de importância na medida em que ao demonstrar os ganhos que ele
traduz para a sobrevivência dos agregados familiares, despertará uma mentalidade de engajamento
no empreendedorismo por parte dos jovens, dada a fraca capacidade do Estado em envolver ou
absolver grande parte da força do trabalho no trabalho formal.
Em Moçambique, o sector informal é importante para a sobrevivência das famílias de baixo
rendimento. Assim, o presente estudo, visa contribuir para o estudo deste sector da economia, que
devido à sua complexidade, somente se concentrará no pequeno comercio informal exercido pelas
famílias na cidade da Maputo, mas sobretudo nos principais mercados e praças de autocarros.
Este trabalho pretende ser um contributo para a compreensão da dinâmica do trabalho informal na
sobrevivência dos agregados familiares, apontando para a valorização da sua participação no
desenvolvimento socioeconómico de Maputo.

0.3. Problematização
Em Moçambique, o comércio informal tem registado um crescimento acelerado nas zonas urbanas.
Nos últimos anos, a segunda maior cidade da província de Inhambane, sul de Moçambique, torna-
se o coração económico da província, sustentando, uma economia.
Contudo Maputo, recebe diariamente indivíduos atraídos pelo desenvolvimento e crescimento
socioeconómico, mas com objectivo de comercializar os seus produtos, pois esta Cidade oferece
maiores oportunidades de comercialização que os outros pontos da província de Inhambane.
Actualmente, devido à sua localização geográfica, Maputo tem sido o ponto de encontro e também
um local onde centenas de pessoas procuram sobreviver das mais variadas maneiras, sobretudo ao
longo da N1, onde assiste-se a um aumento de vendedores informais. Uns têm ocupado no dia-a-
dia os passeios das cidades, circulando pelas cidades carregados de diversa mercadoria para a
venda.
Na Cidade de Maputo, desde a liberalização da economia e consequente prática livre de iniciativas
comerciais, aliada a incapacidade das cidades em equilibrar o crescimento populacional e o
desenvolvimento urbano, houve uma maior proliferação dos comerciantes ambulantes,
impregnados pelo aumento do custo de vida e dificuldades em provir condições socioeconómicas
para a subsistência das suas famílias (ARAUJO, 2003: 123).
No entanto, mediante estas constatações, urge em torno da pesquisa uma questão de partida que
procura aferir:
 Até que ponto o comércio informal contribui para o aumento do rendimento familiar e
consequente melhoria de condições de vida das famílias praticantes na Cidade da Maputo?

0.4. Hipótese
O facto de a maioria das famílias praticantes trabalharem a conta própria, vendendo artigos de
baixo custo e de muita procura, possibilita-lhes arrecadar um remanescente suficiente para alocar
uma refeição básica por dia e um valor que lhes possibilita manter os seus filhos na escola, e uma
assistência médica básica, para além de outros serviços básicos necessários à sobrevivência das
suas famílias.

0.5. Metodologia
0.5.1. Método de abordagem
Quanto ao método de abordagem usado para a execução deste trabalho, destaca-se o indutivo, na
medida em que ao partir de dados particulares da actividade informal constatados na cidade de
Maputo, inferiu-se uma verdade geral através da confirmação da hipótese.

0.5.2. Método de procedimento


No que diz respeito aos métodos de procedimento, salienta-se o recurso ao comparativo, por
permitir a comparação de condições de vida dos diferentes agregados familiares, cujos membros
activos trabalham no sector informal, como forma de extrair as semelhanças e as diferenças.

0.5.3. Técnicas de recolha de dados


No que diz respeito às técnicas usadas para tornar possível a realização do presente trabalho,
destaca-se a revisão bibliográfica e a entrevista semi-estruturada.

No que tange à consulta bibliográfica, recorreu-se à leituras de obras que abordam sobre o trabalho
informal e outras temáticas afins como forma de criar bases para a compreensão contributo que
esta actividade pode desempenhar na sobrevivência dos agregados familiares na Cidade da
Maputo.

Através da entrevista semi-estruturada, o autor, deslocou-se aos mercados, as praças de autocarros


e alguns sítios identificados como foco do desenvolvimento da actividade ambulante, onde irá
entrevistar-se os actores desta actividade num universo de 30 vendedores, seleccionados sob uma
base aleatória.

A investigação que está na base do presente trabalho de pesquisa, decorreu em duas fases distintas:

A primeira denominada de pesquisa “teórico-bibliográfica”, onde contou-se com as leituras de


obras publicadas, trabalhos de dissertação, e artigos, jornais publicados sobre o papel da economia
informal na sobrevivência dos agregados familiares e outros afins. Esta literatura serviu de base
para perceber o processo de eclosão do trabalho informal no país.

A segunda fase, denomina prática, consistirá num trabalho de campo com base na entrevista. Para
a realização do trabalho de campo elaborou-se um guião de entrevista semi-aberto, para as
entrevistas formais, com recurso à língua portuguesa e as entrevistas incidem os vendedores
ambulantes e algumas famílias identificadas, cuja actividade dos membros activos recai sobre o
trabalho informal.

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