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Metalurgia Física

Prof. Dr. Guilherme Verran

Aula 17 - Transformações no estado sólido

Transformações Estruturais a nível de tamanho e


formato dos grãos

Encruamento

Recristalização

Crescimento de Grão

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Prof. Dr. Guilherme Verran Aula 17 : Encruamento – Recristalização – Crescimento de Grão

Encruamento

• Aumento de dureza ou da resistência mecânica


como resultado da deformação dos grãos em processos
de Conformação Mecânica à Frio.

• Em processos de Conformação a Frio pode-se dizer


que a maior parte da energia despendida ocorre na
forma de calor.

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Encruamento

• A energia utilizada durante a deformação (cerca de


2a 10%) é armazenada no metal na forma de
Defeitos de Discordâncias Cristalinas.

• Durante este processo uma pequena fração de


discordâncias vai para a superfície gerando um
aumento da densidade das discordâncias com a
continuidade da deformação plástica.

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Encruamento

• A densidade de distribuição dos defeitos gerados na


deformação plástica depende de fatores tais como:

• Estrutura cristalina do metal

• Temperatura

• Quantidade e velocidade de deformação

• Pureza do metal

• Energia de Defeito de Empilhamento (EDE)

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Encruamento

Na deformação plástica, tem-se alguns fatores que afetam a


microestrutura do metal deformado:

• Átomos de soluto

• Energia de defeito de empilhamento (EDE)

• Temperatura e velocidade de deformação

• Tamanho de grão inicial

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A distribuição de discordâncias em um metal é


fortemente dependente da EDE.
Metais que apresentam baixa EDE

Discordâncias apresentam baixa


mobilidade devido ao fato das
discordâncias parciais estarem
muitos afastadas entre si.

Distribuição Planar
(homogênea) na
microestrutura

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Metais que apresentam alta EDE

Apresentam discordâncias parciais


próximas umas das outras, que
implica em maior mobilidade.

Distribuição Celular
(heterogênea) na
microestrutura

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Heterogeneidade de Deformação na Microestrutura

As variações de defeitos cristalinos ocorrem tanto


dentro de um mesmo grão como entre grãos, podendo ser
classificadas da seguinte forma:

• Bandas de cisalhamento

• Bandas de transição

• Transformações de fases induzidas por deformação plástica

• Maclas de deformação

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Bandas de Transição ou de Deformação

Estas estruturas ocorrem durante a


deformação onde dentro de um mesmo
grão surgem diferentes sistemas de
escorregamento promovendo deformações
diferentes no reticulado.

As regiões das bandas de transição,


são locais preferenciais para o início de Bandas de Transição em
recristalização em função das altas grão deformado com
diferenças de orientação localizadas no subestrutura celular.
reticulado.

Ficam delimitadas no interior de


grãos individuais.

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Bandas de Cisalhamento

Tipos de heterogeneidades que ocorrem


em regiões de máxima tensão de
cisalhamento e planos de pequena
resistência onde existe alta concentração
de escorregamento.

São também heterogeneidades


Bandas de Cisalhamento em
importantes para o início da
metal deformado (vistas no
recristalização.
corte longitudinal).

Sua ocorrência esta associada com São formadas ao longo de todo o


metais altamente deformados a frio. material, independente da estrutura
de grãos e dependente do modo e da
quantidade de deformação.

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Maclas de Deformação

São formas alternativas de deformação plástica, que ocorrem em situações


em que a deformação plástica por deslizamento de planos se torna difícil.

A maclação depende de uma combinação de fatores tais como:

• Altas velocidades de deformação a baixas temperaturas.

• Orientação desfavorável ao escorregamento.

• Dificilmente é observada a ocorrência de maclação quando o material é


de elevada pureza.

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As maclas de deformação surgem nas seguintes estruturas:

• Principalmente em metais com estrutura hexagonal compacta (HC)

• Eventualmente em metais que apresentam estrutura cúbica de corpo


centrada (CCC).

• Mais raramente em metais que apresentam cúbica de face centrada


(CFC).

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RECRISTALIZAÇÃO

Pode ser entendida como sendo um realinhamento dentro dos cristais


que proporciona uma diminuição da energia livre.

A recristalização é tratada como uma transformação de fases que


ocorre por Nucleação e Crescimento.

Este fenômeno ocorre também quando os cristais são submetidos a


temperaturas elevadas através de um tratamento térmico denominado de
Recozimento.

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Os cristais plasticamente deformados, tem mais energia que os cristais


não deformados, devido ao fato de apresentarem muitas discordâncias e
outras imperfeições.

Material Encruado

Havendo oportunidade, os átomos desses cristais se reacomodam de


forma a ter um rearranjo perfeito e não deformado.

Material Recristalizado

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Mudanças Microestruturais durante o Recozimento.

Quando um metal é deformado a frio, as mudanças microestruturais


que ocorrem após o recozimento, surgem de forma a diminuir a energia
armazenada na deformação.

• Processos de Recuperação

• Processos de Recristalização e Crescimento de Gräo

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Processos de Recuperação

Principais mudanças estruturais:

• Reações entre defeitos puntiformes.

• Aniquilação de discordâncias de sinais opostos.

• Rearranjo de discordâncias de modo a gerar configurações de menor


energia.

• Formação de contornos de alto ângulo.

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Processos de Recristalização e Crescimento de Gräo

Principais mudanças estruturais:

• Absorção de defeitos puntiformes e discordâncias por contornos de alto


angulo durante a migração.

• Redução da área total do contornos de grão.

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Processo de Nucleação

• Mecanismo de rearranjo de discordâncias de modo a formar uma


região livre de defeitos associada a contorno de alto angulo com alta
mobilidade.

Migração de contornos pré-existentes induzidos por deformação

Nucleação por migração de contornos induzida por deformação

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A condição para que esse processo possa ocorrer é através do balanço


energético favorável entre a redução de energia armazenada e o
aumento da superfície total do contorno de grão devido ao
``embarrigamento``.

Modelo para o processo de Migração de Contornos de Grão


induzida por deformação mostrando os sucessivos estágios de
migração.

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Nucleação por Coalescimento de Subgrãos


Mecanismo que promove crescimento de subgrãos através da
eliminação de subcontornos e alteração das diferenças de orientação
entre o grupo que sofreu coalescimento e os subgrãos próximos.

(a) Estrutura original. (b) Coalescimento dos pares A/B e C/D


por eliminação dos seus contornos.

(c) Coalescimento dos (d) Formação de grão


pares A/B e C/D. recristalizado R.

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Crescimento das Regiões Recristalizadas

Recristalização pode ser definida como a eliminação de defeitos


cristalinos através da migração de contornos de alto ângulo.

O principal potencial para que ocorra a recristalização é a energia


armazenada durante a deformação.

Quando ocorre a formação de uma região livre de defeitos circundada por um


contorno de alto angulo a recristalização continua através do crescimento deste
núcleo sobre a matriz encruada

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O crescimento das regiões recristalizadas pela migração de contornos de


alto angulo continua até que os grãos recristalizados se toquem mutuamente.

A recristalização primária termina neste caso quando as frentes de reação se


encontram.

As distribuições das regiões recristalizadas são relativamente homogêneas.

Início da recristalização 50% de recristalização Recristalização completa


Material Anisotrópico Material Isotrópico

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Com a migração dos contornos de alto angulo, a microestrutura acaba


``varrendo``, ou seja, eliminando os defeitos cristalinos.


Processo Irreversível

Redução da energia livre no processo de recristalização. ∆ A é a


Energia de Ativação − ∆ P é o Potencial Termodinâmico para
recristalização.

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Crescimento de Grão e Recristalização Secundária


A quantidade de contornos de grãos passa a atuar como potencial
termodinâmico para o crescimento de grão de modo a diminuir a área total
destes contornos.

Isto pode ocorrer de duas formas:

Contínuo : com o aumento contínuo do tamanho médio dos grãos.

Descontínuo: com o crescimento acentuado de apenas alguns grãos.

Durante esse processo a primeira etapa que ocorre é o crescimento


de grão, e a posterior é a recristalização secundária.

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Crescimento de Grão
O crescimento de grão é definido como o crescimento de determinados grãos
as custas de outros de modo a diminuir a área total dos contornos.

Os pesquisadores Burke e Turnbull observaram que grãos com mais de seis


lados possuem lados côncavos e tendem a crescer sobre os grãos com menos de
seis lados.

Estrutura de grãos mostrando a


influência do número de lados na
curvatura dos contornos, onde os
grãos com seis lados estão
equilibrados.

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Recristalização Secundária (crescimento anormal de grãos)

Crescimento exagerado de determinados grãos que englobam os


que permanecem com seu tamanho aproximadamente constante.

Para a ocorrência da recristalização secundária é necessário que o


crescimento normal dos grãos seja inibido.

O fenômeno da recristalização secundária está associado a fatores que


limitam o crescimento normal do grão.

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Fatores que promovem a ocorrência da Recristalização Secundária

• Impurezas em solução sólida.

• Heterogeneidade do tamanho de grão

• Dispersão de partículas

• Textura Pronunciada (impede o crescimento normal do grão)

• Espessura da amostra (fator limitante do tamanho dos grãos)

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Recristalização de Metais Impuros e Ligas

Os elementos de liga ou impurezas em um metal proporcionam a


formação de alguns tipos de microestrutura.

Dentre elas uma das que mais se destaca é o caso da


Solução Sólida que gera uma Estrutura Monofásica.

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Recristalização durante a Deformação

Na fabricação de materiais metálicos muitos materiais passam por


processos de deformação a quente obtendo-se produtos como chapas, tubos,
arames entre outros.

Os processos de recuperação e recristalização quando ocorrem durante a


deformação são denominados Recuperação Dinâmica e Recristalização
Dinâmica.

A recuperação e recristalização dinâmica são observados indiretamente


por curvas tensão-deformação obtidos através de ensaios mecânicos como
tração, compressão e torção.

Os fenômenos denominados dinâmicos acontecem


simultaneamente com a deformação quando o material esta sob um
campo de tensões e geralmente em alta temperatura.

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Mecanismos de Restauração possíveis durante a Deformação a Quente.

Para Metais de Alta EDE.

Recuperação estática
Durante a Laminação
Baixas Deformações Para Metais de Baixa EDE.
50%
Recristalização estática

Para Metais de Alta EDE.

Recuperação Dinâmina e
Durante a Extrusão Recristalização Estática
Altas deformações
99%
Para Metais de Baixa EDE.

Recristalização Estática e
Dinâmica

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Recuperação Dinâmica

A temperatura elevada durante o processo de deformação permite em um


certo instante, que a quantidade de defeitos gerados seja compensado pela
quantidade de defeitos eliminados.

Durante esse processo de compensação tem-se um estado estacionário


onde a quantidade de defeito permanece constante.

Na curva tensão-deformação este defeito aparece como uma


estabilização da tensão a medida que o material vai sendo deformado.

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Recuperação Dinâmica

Ocorrência da recuperação
dinâmica, onde o patamar é a
tensão do estado estacionário

Curva Tensão Deformação a Quente

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Na recuperação dinâmica é possível observar que enquanto não ocorre a


migração de contornos de alto angulo, os grãos vão se alongando de acordo
com a mudança de forma do material enquanto os subgrãos mantem
estrutura equiaxial.

Alterações microestruturais durante a recuperação dinâmica.


(a) Microestrutura inicial
(b) Microestrutura após deformação ε1
( c) Microestrutura após uma deformação ε2 > ε1;

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A quantidade de discordâncias, o espaçamento médio entre elas e a


diferença de orientação entre os subgrãos não varia significativamente no
estado estacionário.


• As dimensões dos subgrãos

Dependem:
• As diferenças de orientação

• Da natureza do metal
• A perfeição dos subcontornos
• Da temperatura

• Da velocidade de deformação

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Recristalização Dinâmica

A eliminação dos defeitos acontece por eventos individuais de aniquilação


de discordâncias de sinais opostos e do desaparecimento de interstícios e
lacunas.

Ocorre a aniquilação de grandes quantidades de defeitos pela migração


dos contornos de grãos.

Sua ocorrência está associada a geração de um grande número de defeitos


durante a deformação a quente.

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Os Defeitos não podem ser eliminados apenas por recuperação


dinâmica em função de:

• Altas Taxas de Deformação


⇒ ↑ do Potencial Termodinâmico
para Recristalização
• Baixa EDE do Material

Quando este estágio é atingido diz-se que ocorre um Ciclo de Recristalização.

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A velocidade (taxa) de deformação é um fator importante a ser


considerado:

a ) Para altas taxas de deformação Início da


Recristalização Recristalização
⇓ Dinâmica
Curva σ x ε apresenta um pico de σ Contínua

tensão na deformação εp seguido de


(a)
uma estabilização de tensão a medida
que o material se deforma. (b)

b) Para baixas taxas de deformação


Recristalização ε
⇓ Dinâmica “Periódica”
A restauração se dá em ciclos de
deformação-recristalização RECRISTALIZAÇÃO DURANTE A
dinâmica. DEFORMAÇÃO À QUENTE

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