Documente Academic
Documente Profesional
Documente Cultură
TRABALHO DE LICENCIATURA
Elaborado por:
TRABALHO DE LICENCIATURA
SUPERVISOR:
CO-SUPERVISOR:
Dedicatória
Á memória do meu pai Venâncio Mucomole, á minha mãe Albertina Macie, pelo
sacrifício e luta para conseguir cada centavo e alocar aos meus estudos, mesmo diante das
adversidades;
Á todos os meus irmãos pelo afecto e amor incondicional e a toda família Mucomole
sempre presente, pelos ensinamentos e direcionamento em toda vida.
Aprovação do Júri
Este trabalho foi aprovado com uma classificação de ____valores no dia ___ de ___ de 2013
pelos membros do júri examinador do Departamento de Física da Universidade Eduardo
Mondlane.
__________________________________________________________
(Presidente do Júri)
__________________________________________________________
(Oponente)
__________________________________________________________
(Supervisor)
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus pela bênção e unção que tem derramado sobre mim, pelas
oportunidades de crescimento e por todas as coisas boas que me aconteceram em toda a minha
vida;
Aos meus supervisores Ph.D. Boaventura Chongo Cuamba e Msc. Constantino Dombo, pelas
suas valiosas orientações e correcções que contribuíram para a conclusão deste trabalho;
Por fim agradeço a todos aqueles que directa ou indirectamente fizeram parte desta história.
Eternamente grato!!!
Declaração de Honra
Declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria e resulta da minha longa e
profunda investigação. A autenticidade dos resultados deste trabalho de licenciatura tem como
testemunhas os respectivos supervisores, e esta é a primeira vez que o submeto para obter um
grau académico numa instituição de ensino superior.
O autor
______________________________________________
Resumo
No presente trabalho foi estabelecida a metodologia para a construção de uma incubadora solar
com capacidade de 100 ovos de galinha. Primeiro foram determinadas as dimensões internas e
externas da caixa de madeira da incubadora, partindo do cálculo das dimensões da grade de
rolagem dos ovos, e das medições do tamanho da bandeja dos ovos. Foi estabelecido o número
de furos para uma ventilação adequada, foram indicadas a quantidade de recipientes de água para
garantir a humidade relativa, o termómetro para a medição da temperatura, o termostato a usar
para manter constante a temperartura na incubadora e as lâmpadas a usar para o aquecimento da
incubadora. De seguida foi dimensionado o sistema fotovoltaico para alimentar a incubadora.
Neste tarefa primeiro foi feito o levantamento das necessidades energéticas da incubadora de 100
ovos, partindo da elaboração do quadro no qual foram organizadas as cargas (lâmpadas) de
acordo com as suas potências e as horas de funcionamento e foi calculado o consumo diário de
energia da incubadora. Foi tomado em conta o consumo total de energia requerida e fez se o
dimensionamento dos módulos fotovoltaicos, das baterias solares, do controlador de carga e do
inversor que compõem o sistema fotovoltaico da “incubadora solar”.
Pode concluir-se que o consumo diário de energia de uma incubadora solar com capacidade de
100 ovos é de 864 Wh/d. Para um bom desempenho e longa durabilidade do sistema fotovoltaico
é necessário que seja composto por dois módulos monocristalinos com potência nominal de 150
Wp cada, um banco de baterias solares seladas com uma capacidade de 359Ah, um inversor solar
com potência aparente de 400W, um controlador de carga de 240W (10A) e diversos cabos com
área de secção transversal mínima de 1,5mm². O projecto de construção de uma incubadora solar
é orçado em cerca de 61 285,0 Mtn dos quais 8 425Mtn correspondem aos materiais de
construção e os restantes 52 860 Mtn aos componentes do sistema fotovoltaico.
Índice
Lista de Simbolos.......................................................................................................................... XI
1. Introdução ................................................................................................................................... 1
ANEXO 1. Carga Mínima Factores de Demanda para Iluminação/ Tomadas Gerais .................... B
APENDÍCE 2. Classificação das Lâmpadas Electrónicas em Função dos seus Parâmetros .......... E
Índice de Figuras
Figura 2.1: AM que um feixe de radiação atravessa ao incidir na superfície com um ângulo θz .. 5
Figura 2.2: Comparação entre espectro solar fora da atmosfera (AM 0) e na superfície (AM 1,5) 5
Figura 2.3: Componentes da radiação solar ao interagir com a atmosfera ..................................... 6
Figura 2.4: Princípio de funcionamento de uma célula fotovoltaica (efeito fotovoltaico) ............. 8
Figura 2.5: Circuito equivalente de uma célula solar fotovoltaica ................................................. 8
Figura 2.6: Curva I×V e parâmetros do ponto de potência máxima ............................................... 9
Figura 2.7: Efeito causado pela variação de intensidade luminosa .............................................. 10
Figura 2.8: Efeito causado pela temperatura na célula ................................................................. 10
Figura 2.9: Célula solar com ponto quente e módulo PV sombreado com díodos de derivação.. 11
Figura 2.10: Ligação em serie e em paralelo) entre módulos fotovoltaicos ................................ 12
Figura 2.11: Ligação mista de módulos fotovoltaicos .................................................................. 12
Figura 2.12: Princípio de um controlador de carga série .............................................................. 13
Figura 2.13: Princípio de um controlador de carga Shunt ............................................................ 13
Figura 2.14: Princípio de um controlador de carga MPP.............................................................. 14
Figura 2.15: Esquema de uma célula electroquímica ................................................................... 15
Figura 2.16: Formas de ondas típicas dos inversores monofásicos .............................................. 16
Figura 2.17: Termómetro húmido ou higrómetro ......................................................................... 20
Figura 2.18: Dispositivo para virar os ovos .................................................................................. 21
Figura 2.19: Interruptor de termostato bimetálco ......................................................................... 22
Figura 4.1: Construção da grade de rolagem dos ovos ................................................................. 29
Figura 4.2: Engradado interno e externo da bandeja de ovos ....................................................... 30
Figura 4.3: Bandeja com grade de rolagem dos ovos ................................................................... 30
Figura 4.4: Medidas da caixa da Incubadora solar ....................................................................... 31
Figura 4.5: Secção de uma incubadora de ovos ............................................................................ 31
Figura 4.6: Lâmpada incandescente transparente ......................................................................... 32
Figura 4.7: Incubadora e seus parâmetros..................................................................................... 34
Figura 4.8: Chave de rolagem dos ovos ........................................................................................ 35
Figura 4.9: Detalhes da construção da porta da incubadora ......................................................... 35
Figura 4.10: Detalhes das dobradiças da porta da incubadora ...................................................... 36
Figura 4.11: Montagem das fechaduras da incubadora ................................................................ 36
Figura 4.12: Posição do visor dos ovos na “incubadora solar”..................................................... 37
Figura 4.13: Elementos da “incubadora solar” ............................................................................. 37
Figura 4.14: Diagrama de ligações do sistema PV (DC/ AC) para alimentar a Incubadora solar 43
Figura 4.15: Parâmetros angulares relativos à orientação dos módulos fotovoltaicos ................. 44
Índice de Tabelas
Lista de Abreviatura
AM – Massa de ar (Air Mass);
AC – Corrente alternada (Alternate current);
OGI – Placas estacionárias radiais (Ortsfest Gitterplaten)
MPP – Ponto de potência máxima (Maximum power point);
PWM – Pulse Width Modulation
DC/AC – Corrente continua em corrente alternada;
FF – Factor de forma (Fill Factor);
PV – Fotovoltaico (photovoltaic);
DC – Corrente continua (Continue current);
OpzS – Placa Tubular Estacionária Especial (Ortsfeste Panzerplatte Spezial);
OPzV – Placa Tubular Estacionária Selada (Ortsfeste PanzerplatteVerschlossen);
S.I – Sistema internacional;
CIS – Cobre Índio Selênio;
CIGS – Cobre Índio Gálio Selênio.
Lista de Simbolos
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1. Introdução
A história da civilização da humanidade está relacionada com o uso de energia para a satisfação
das suas necessidades diárias (cozinhar, electrificar casas, incubadoras, escolas, etc). A forma
primordial de energia usada pelo homem foi a sua própria força muscular e com o tempo, o
homem aprendeu a usar outras formas exteriótipas de energia como a força do vento, água, etc.
A dinâmica do crescimento das sociedades pressupõe uma demanda energética maior para
satistisfazer as necessidades de desenvolvimento e por isso, no mundo contemporrâneo o homem
tem necessidade de explorar novas fontes de energia. Uma das formas de energia que
actualmente tem registado um índice crescente de exploração e uso em Moçambique, é a energia
solar fotovoltaica (energia proveniente da conversão directa da radiação solar em energia
eléctrica (Barreto, 2008)), e mostra-se como uma das fontes alternativas mais eficazes na
electrificação de incubadoras, dado ao facto de fornecer energia eléctrica limpa que pode ser
conservada em baterias solares para o uso posterior e sem oscilação, oferecendo deste modo uma
solução alternativa face à actual oscilação da energia eléctrica da rede convencional que se tem
verificado em zonas urbanas e rurais, afectando sobre maneira a incubação de ovos em
incubadoras que estejam em regime de funcionameno ligadas a essa rede.
A conversão fotovoltaica para obtenção de energia eléctrica ainda não é de baixo custo.
Entretanto, na base de estudos mundiais, várias características de dispositivos usados já são
conhecidos, com estas foram elaborados modelos de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos
para aplicações diversas. Para se dimensionar de forma certa uma aplicação e análise dos custos
de desempenho do sistema fotovoltaico, devem ser analisadas as características dos dispositivos
que o constituem no ambiente em que funcionam, segundo (Cumbane, 1994).
Entretanto, motivado pelo cenário acima descrito o presente trabalho propõe o dimensionamento
de um sistema fotovoltaico para uma „incubadora solar” (incubadora electrificada com base em
energia solar fotovoltaica) com capacidade de incubar simultâneamente 100 ovos de galinha,
usada na produção de pintos que possibiliariá que mesmo em regiões remotas os produtores
produzam directamente seus pintos, reduzindo as perdas que se verificam no transporte de pintos
a longas distâncias. Com este trabalho abre-se ainda uma oportunidade de transferir tecnologia
para as comunidades rurais, através da disseminação de conhecimentos teóricos/ práticos
adquiridas em sala de aula e no curso de capacitação sobre tecnologia fotovoltaica.
Associado aos objectivos, para o presente trabalho são definidas as seguintes perguntas:
Estudar como uma incubadora alimentada por energia solar, pode revelar-se eficiente e
recomendávél na chocagem de ovos em regiões onde a energia da rede geral de
distribuição não chega ou é deficiente;
Elaborar e sistematizar os passos que conduzem a uma metodologia adequada para
realizar o dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autónomos em incubadoras.
No capítulo I foi feita uma introdução teórica, uma rápida ilustração da motivação, dos
objectivos a abordar e a justificação do trabalho. No capítulo II são abordados os principais
fundamentos teóricos envolvidos na energia solar fotovoltaica e na incubação de ovos. No
capítulo III são indicados os materiais e métodos envolvidos na realização do trabalho. No
capítulo IV são apresentados os resultados de todas tarefas do trabalho. No capítulo V foi feita a
discussão dos resultados obtidos no trabalho. No VI° e último capítulo são apresentadas as
conclusões do trabalho e as devidas recomendações.
O sol é classificado como uma estrela de tamanho médio cuja distância em relação à terra varia
devido à excentricidade da órbita terrestre e é a base de toda a vida existente na terra, que
anualmente fornece para a atmosfera terrestre uma quantidade significativa de energia de cerca
de , isto é, por ano (Melo, 2003 e Duffie & Beckman, 1991). No
centro do sol, ocorrem reacções de fusão que transforman núcleos de hidrogénio em núcleos de
hélio, sumarizadas pela seguinte reacção:
Durante este processo parte da massa é transformada em energia, sendo assim o sol é um enorme
reactor de fusão e emissor de radiação solar (quantidade de energia emitida pelo sol). A radiação
emitida pelo sol pode ser aproximadamente representada pela função de distribuição de Planck.
Esta função fornece a quantidade de radiação que um corpo negro emite à temperatura T em cada
comprimento de onda λ, e é dada pela seguinte relação:
( 2.1)
A massa de ar (AM) é definida como o caminho percorrido pela radiação solar desde a sua
incidência na atmosfera até atingir a superfície terrestre (Duffie & Beckman, 1991), e é dada pela
relação:
(2.2)
onde θ é distância angular entre o feixe solar e a vertical no local de incidência. Quando o sol
está no zénite temos um AM igual a 1, e quando AM é igual a 2 temos um ângulo zenital θ de
60° (Duffie & Beckman, 1991). Sob ponto de vista de aproveitamento de energia solar usando a
conversão fotovoltaica o AM de 1,5 correspondente a um ângulo de 42,8 e é o mais importante.
Figura 2.1: AM que um feixe de radiação atravessa ao incidir na superfície com um ângulo θz
[Fonte: Melo, 2003]
Figura 2.2: Comparação entre espectro solar fora da atmosfera (AM 0) e na superfície (AM 1,5)
[Fonte: Zekai Sen, 2008]
Quando a radiação solar atinge a superfície terrestre subdivide-se numa fracção directa (radiação
directa) que é definida como aquela que vem directamente desde o disco solar e por outra fracção
difusa (radiação difusa) que é aquela proveniente de todo o céu excepto do disco solar.
capacidade do material em capturar a luz do sol, aumentando o rendimento da célula solar e são
mais resistentes aos efeitos de sombreamento e a temperaturas elevadas.
Entretanto, por possuirem preço e período de retorno de investimento mais elevado em relação
aos outros tipos de células, as células monocristalinas são as mais ideais para potenciar o efeito
fotovoltaico porque usam o silício monocristalíno e possuem um único cristal que proporciona
alta eficiência e apresentam-se muitas vezes na forma de diferentes placas (redondas, quadradas,
semi-quadradas, etc).
matérial semicondutor é esposto a radiação solar surge um campo que vai quebrar o par electrão-
lacuna resultando na criação de uma diferença de potêncial nos seus extremos, tal que quando se
liga um fio partindo dos extremos a uma carga há circulação de electrões e consequentemente
movimento de corrente eléctrica (efeito fotovoltaico), como mostra a figura 2.4.
Cada célula não importando o tamanho, produz no seu MPP uma tensão de cerca de 0,5V.
Algumas produzem mais, outras menos o modelo do circuito equivalente de uma célula solar é.
Na ausência de radiação (fotões) para geração de corrente eléctrica na célula solar, a corrente
que se fecha através da carga é igual ao inverso da corrente do díodo e é dada pela relação:
( 2.3 )
onde: é a corrente inversa máxima de saturação do díodo; V é a tensão aos terminais da célula;
m é o factor de idealidade do díodo (díodo ideal: m=1, díodo real: m> 1); é o potêncial
Quando há geração de corrente eléctrica na célula solar, a corrente que se fecha pela carga I é
obtida pela lei dos nós de Kirchhof (o somatório das correntes que convergem é igual ao
somatório das correntes que divergem), e matematicamente é expressa através da relação:
( 2.4 )
( 2.5 )
O rendimento expressa a relação entre o ponto de potência máxima de uma célula e a potência da
radiação solar incidente sobre a célula, e é expressa pela equação:
( 2.6 )
( 2.7 )
O FF tem um valor menor que uma unidade, que é comum entre 0,7 e 0,8 para boas células de
silício monocristalíno.
A célula solar quando é sombreada pode aquecer até ao ponto de se danificar, dando origem a
uma corrente inversa que flui através dela. Ao estar totalmente obscurecida a célula solar fica
inversamente polarizada passando a absorver energia eléctrica e transformando em calor.
Quando a corrente que a atravessa for suficientemente elevada no máximo igual á corrente de
curto-circuito, resulta um ponto quente (Freitas, 2008). Para prevenir os pontos quentes, a corrente é
desviada da célula usando díodos de derivação ligados em série com as células que impedem o
aparecimento de tensões inversas elevadas.
Figura 2.9: Célula solar com ponto quente e módulo PV sombreado com díodos de derivação
[Fonte: Freitas, 2008 & Greenpro, 2004]
Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 11 | P a g e
Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013
Figura 2.10: Ligação em serie ( esquerda ) e em paralelo ( direita ) entre módulos fotovoltaicos
[Fonte : Greenpro, 2004]
Existem também as ligações mistas que associam as interligações em paralelo e em série, são
mais ideais para grandes projectos de sistemas ligados à rede eléctrica de alta luminosidade.
Os controladores de carga são dispositivos electrónicos que usam diodos de bloqueio que não
permitem a circulação de corrente inversa e tem as funções de garantir óptima carga, protecção
contra sobrecargas, prevenção de descargas profundas nas baterias, etc. Os controladores de
carga podem ser de seguintes formas: controlador em série, em paralelo (ou shunt) e tipo MPP.
O contolador em série, usa uma chave depois do gerador fotovoltaico que permite desconectar o
sistema do arranjo quando as baterias estão plenamente caregadas, como mostra a figura 2.12.
Na descarga, o material activo dos eléctrodos reage quimicamente com o eletrólito e liberta-se
energia eléctrica. No processo de carga aplica-se uma tensão superior à dos eléctrodos e os
electrões fluem na direcção contrária onde a reacção química inversa ocorre e consome a
energia.
As células possuem uma tensão baixa e por isso a maioria das baterias são compostas por
diversas células associadas em paralelo de modo a formarem níveis de tensão e capacidade da
baterias mais adequadas ao sistema, para satisfazerem as diversas necessidades a que possam ser
aplicadas consoante a sua finalidade.
(Carga) (Descarga)
As baterias seladas ou de gel chumbo (em que o ácido sulfúrico é imobilizado com
recurso a aditivos ganhando a consistência de um gel) são as mais comuns e usadas nos sistemas
fotovoltaicos autónomos pelo facto de serem seladas e equipadas com válvula de segurança
através dos quais libertam-se os gases que se acumulam nas sobrecargas. Estas, necessitam de
um controlador de carga que seja adequado às suas características por serem altamente sensíveis
a sobrecargas.
Em instalações fotovoltaicas autónomas, também podem ser usados as baterias de níquel cádmio
(NiCd) e de lítio ferro fosfato (LiFePO) mas, estas têm a inconveniência de custo mais elevado
em relação às de chumbo ácido.
Existem também os inversores ligados à rede eléctrica nos quais a energia produzida é injectada
directamente na rede eléctrica pública e podem ser de dois tipos:
Comutados pela própria rede eléctrica, utilizando o sinal da mesma para se sincronizar;
Usualmente, os outros acessórios usados na instalação dos sistemas fotovoltaicos são terminais,
fita isolante, electroduto, parafusos, bornes para bateria, abraçadeiras, buchas de fixação, pregos
etc., para fixar os diversos elementos do sistema às suas bases e suportes e para efectuar as
conexões eléctricas. Estes acessórios devem ser adequados ao tipo de material sobre o qual serão
instalados. As técnicas e procedimentos usados para fixação dos condutores são as habituais de
uma instalação elétrica convencional eé preciso ter em vista que está se trabalhando com corrente
contínua e em geral os níveis de corrente são elevados.
Incubação é um conjunto de factores físicos presentes num meio matérial que rodeia o ovo, e que
intervêm no processo biológico através do qual um ovo fértil se transforma num novo indivíduo.
Esta pode ser natural ou artificial. O sucesso da incubação artificial depende da regulação dos
quatro factores envolvidos na incubação (temperatura, teor de humidade relativa, ventilação e
volteio regular dos ovos).
2.2.1.1. Temperatura
A incubadora (aparelho para incubação de ovos) deve fornecer uma temperatura semelhante á de
uma galinha que aquece os ovos com seu corpo, que é obtida por aquecimento e regula-se por
meio de um termostato (dispositivo electrónico que serve para manter constante a temperatura).
No interior da incubadora a temperatura pode ser estabelecida pelo uso de candieros e outros
mecânismos de aquecimento, porém neste trabalho serão usadas lâmpadas para o aquecimento
interno da incubadora solar. Os tipos de lâmpadas disponíveis no mercado são as lâmpadas
incandescente, lâmpadas de descargas eléctricas (fluorescentes, de vapor metálico, vapor de
sódio, etc) e as LED‟s. Pelo facto das lâmpadas incandescentes emitirem maior percentagem da
radiação no infravermelho (73%) e uma percentagem de calor (de 19%) não muito excessiva em
relação as outras lâmpadas (Wageningen et all,1995) e ainda, possuirem um excelente índice de
reprodução de cores, elas satisfazem a condição para o aquecimento das “incubadoras solares”.
Do ponto de vista luminotécnico as principais grandezas relacionadas com a emissão de luz pelas
fontes puntiformes são a intensidade luminosa, o fluxo luminoso, o iluminamento ou
aclaramento e a luminância, tendo em conta as outras grandezas tais como: o rendimento
luminoso, a temperatura de cor e a duração de vida média.
O fluxo luminoso Φ, é a quantidade total de luz emitida por uma fonte, medida em lúmens (lm)
na tensão de funcionamento (Ferreira, 2010).
( 2.19 )
Luminância L é a intensidade luminosa I que emana de uma superficie para a sua superficie
aparente (Ferreira, 2010), medida em Cd/ m2 e é dada pela relação:
( 2.20 )
onde é o ângulo considerado em graus. Uma vez que é difícil medir a intensidade luminosa
que provém de um corpo não radiante (através de reflexão) então recorre se à seguinte fórmula:
( 2.21 )
onde é o coeficiente de reflexão, E é a iluminância sobre essa superficie. O índice do local que
se pretende iluminar, que é a relação entre as dimensões do local é calculado através da relação:
( 2.22 )
Em função do índice do local (K), dos índices de reflexão do tecto, parede e piso, determina-se o
factor de utilização (FU) que é a razão entre o fluxo utilizado e o fluxo luminoso emitido pelas
lâmpadas (Ferreira, 2010), dada através da tabela:
( 2.23 )
O teor de humidade relativa ideal para a incubação é de 50 a 60% e 70 a 75% na eclosão, caso
não seja regulado os embriões desidratam-se no ovo ou não conseguem eliminar os gases tóxicos
por eles produzidos. Para conseguir esta humidade regulada deve se instalar na incubadora
recipientes com água e medi-la usando termómetro húmido ou higrómetro, como é ilustrado na
figura a seguir:
Legenda
1 - Termómetro vulgar;
2 – Invólucro de tecido;
Para medir a humidade relativa é necessário fazer a diferença de temperatura do termómetro seco
e do termómetro húmido. A tabela 2.6 mostra algumas especificações de temperatura e
humidade a ter em conta no interior da “incubadora solar”.
Incubação Dia Termómetro Húmido (°C) Termómetro Seco (°C) Humidade Relativa (%)
0 – 18 31 38,9 60
19 – 20 27 36,1 50
21 33 36,1 70
Tabela 2.6: Especificações de temperatura e humidade no interior da “incubadora solar”
[Fonte: Wageningen et all, 1995]
Para que os embriões possam assimilar oxigénio e eliminar dióxido de carbono a incubadora
deve possuir um sistema de ventilação. A ventilação ideal deve ser de 21% de oxigénio e mais de
0,5% de gás carbónico.
Para uma melhor distribuição da temperatura sobre todas as partes dos ovos e para que a gema
não cole a casca do ovo deve-se efectuar o volteio dos ovos. No início da incubação o volteio dos
ovos deve ser feita de duas em duas horas ou de três em três horas, a rotação a executar deve ser
no mínimo de 45º (Wageningen et all, 1995). O dispositivo para volteio dos ovos é constituido
por quadro móvel com rede o arame que permite virar os ovos duma vez sem necessidade de
abrir a porta a incubadora.
O termostato de cápsula de éter, funciona na base de um gás (éter) que dilata-se sob o efeito da
pressão na cápsula quando a temperatura aumenta e desliga a corrente eléctrica, as lâmpadas
apagam-se e pouco tempo depois acendem.
O termóstato bimetálico é o mais usado para manter a temperatura constante nas incubadoras. É
feito de duas folhas de metais diferentes (bronze/aço ou cobre/zinco) com coeficientes de
dilatação diferentes, tal que, sob a acção do calor a folha de bronze (ou cobre) dilata-se mais do
que a folha de aço (ou zinco). Como estão fixadas juntas o bimetal derrete caso aumente a
temperatura e desliga a corrente, quando a temperatura desejada foi atingida, e ao arrefecer volta
à sua forma original e restabelece a corrente. O bimetal tem um botão que permite a regulação da
temperatura desejada. A figura 2.19 mostra a forma de um interruptor de termostato bimetálco.
Legenda
1- folha de cobre;
2 - folha de metal;
3 - parafuso;
4 - cabo 1;
5 - cabo 2
3.1. Metodologia
Para a construção da incubadora primeiro foi feito o dimensionamento da grade de rolagem dos
ovos que irá facilitar o volteio dos ovos tendo em conta o perímetro do ovo de galinha (13,6 cm)
e o espaçamento para a rolagem dos ovos (definido pelo meio perímetro dos ovos de 6,8 cm, no
qual adoptou se o valor aproximado que é de 7 cm) na bandeja.
Partindo das dimensões da grade de rolagem dos ovos na incubadora, foram dimensionadas as
medidas internas e externas da bandeja dos ovos da incubadora (que tem as dimensões definidas
pelo comprimento da grade de ralagem dos ovos mais o espaçamento para a rolagem dos ovos) e
foi feita a definição da grade ideal para assegurar os ovos (rede de gaze ou arame de 0,5 cm de
diâmetro).
Tendo em conta as medidas da bandeja dos ovos foram estabelecidas as medidas da caixa da
incubadora: paredes de espessura de 20 mm e medidas externas de 108 cm X 54cm X 40 cm.
Foi ainda estebelecida a altura a que se deve encontrar a bandeja dos ovos das lâmpadas que
aquecem a incubadora para garantir que não haja um escesso de iluminação de modo a que não
se ultrapasse a temperatura ideal de 37,8°C e garantir que haja uma incubação dos ovos com
sucesso (70% a 80% dos ovos iniciais submetidos para a incubação).
Sendo conhecida todas as medidas da incubadora foi feita a identificação da quantidade, do tipo
de lâmpadas eficientes e adequadas para a incubação de ovos de galinha usando as tabelas dos
ANEXOS e APÊNDICE.
Foi identificado o número ideal de lâmpadas que irão ilumirar a incubadora, na base de cálculos
de iluminância, usando a seguinte formula:
(3.1)
E foi achado também o índice do local a ser iluminado e outros parâmetros, tendo sido calculado
o número de lâmpadas aplicando a seguinte formula:
Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 23 | P a g e
Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013
( 3.2 )
Foi indicada e definida a estruturação de outros parâmetros da incubadora solar, como a fixação
ideal do visor de vidro na porta da incubadora, do posicionamento ideal da porta, do local ideal
de colocação das fechaduras, dos recipientes para manter a humidade relativa bem como da
distância a que este devem estar situados das lâmpadas que feornecem a iluminação e
aquecimento ideal na incubadora, o termostato ideal a ser usado e a sua posição de fixação na
incubadora, bem como os termómetros que medem a temperatura no interior da incubadora.
Para o dimensionamento do sistema fotovoltaico para a “incubadora solar” (ou para sistemas
autónomos no geral) podem ser usados dois métodos: o método de dimensionamento de sistemas
com ligação à rede eléctrica e o método de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos
autónomos.
No presente trabalho para dimensionar o sistema fotovoltaico para a “incubadora solar” foi usado
o método de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autónomos pelo facto da incubadora ser
um sistema que funciona com baixas potências (abaixo de 1kW) e o método de dimensionamento
de sistemas com ligação à rede eléctrica ser usado para dimensionar grandes projectos
fotovoltaicos com ligação à rede eléctrica de potências superiores a 1kW.
Primeiro foi feito o levantamento e análise das necessidades energéticas da incubadora solar de
100 ovos (que é o consumo de todas as lâmpadas da incubadora solar). Nesta fase do trabalho foi
feita a identificação das lâmpadas eléctricas mais eficientes e adequados para a “incubadora
solar”, e a análise das horas de funcionamento destas com a finalidade do cálculo do consumo
total de energia eléctrica em Wh/dia. O total de consumo de energia foi achado mediante a
aplicação da relação:
( 3.3 )
De seguida foi feita uma análise conceptual do sistema para, a identificação da tensão a adoptar.
Pelo facto do sistema em estudo ser de pequenas dimensões, a tensão adoptada é de 12V para
corrente contínua (havendo a possibilidade de associar- se a outros sistemas com outros nivéis de
tensão caso seja necessário).
Foi feita uma avaliação do recurso solar, para poder se conhecer o mês com menor incidência de
radiação solar e da latitude do local em que a incubadora solar e o sistema PV estiverem a ser
usados, de modo a estabelecer um ângulo de inclinação do painel solar adequado para maximizar
a radiação incidente no plano do painel, extraindo assim a máxima potência do painel para o mês
em que a radiação solar é mais baixa, com base na análise do catálogo da Tabela APÊNDÍCE 1.
( 3.4 )
( 3.5 )
( 3.6 )
e a capacidade total do banco de baterias, que segundo (SolarTerra, 2004) é dada através da
seguinte relação:
( 3.7 )
onde: 1,66 é o factor de correção de batéria de acumuladores que leva em conta a profundidade
de descarga admitida, envelhecimento e um factor de temperatura; : Consumo total de
energia da instalação em Ah/dia; Aut: são dias totais de autonomia prevista.
Foi dimensionado o inversor solar, para a conversão de corrente continua (DC) em corrente
alternada (AC) para o consumo das cargas que funcionam na base de corrente alternada (AC),
para tal foi calculada a potência aparente máxima Q usando a relação:
( 3.8 )
Depois foi dimensionado o controlador de carga que de entre as várias funções este protege as
baterias solares contra sobrecargas e descargas profundas, para tal foi achada a potência aparente
do controlador de carga empregando a relação (3.8), e depois a corrente máxima
associada à corrente continua que é a base para identificar o controlador de carga, usando a
relação seguinte:
( 3.9 )
Por último foi dimensionada a área da secção transversal dos cabos eléctricos, de modo a garantir
maior eficiência na transmissão da corrente eléctrica e sem grandes perdas, a partir do cálculo,
usando a relação seguinte:
( 3.10 )
Os cabos a usar geralmente são de cobre, com uma seção mínima do condutor variavél de 1,5 á 6
mm², com resistividade igual a 1/58Ωmm²/m, comprimento l não superior a 5m, com uma queda
de tensão aceitavél de 1,5%, e uma tensão variavel com as necessidades do utilizador.
1 Estrutura de poste solar (feita a partir de ferro galvanizado) de 2,5 m de altura, para
fixar o gerador PV;
1 Estrutura retangular de tábua de madeira com base de ferro galvanizado, para montagen
e fixação dos componentes do sistema PV;
3 Bocais de lâmpadas incandescentes;
2 Interruptores;
2 Dinjutores.
Serão usados ainda materiais que irão auxiliar no âmbito da realização da instalação eléctrica na
incubadora, a saber:
Martelos, alicates;
Tesouras de corte de metal, cola;
Protector de terminais, etc.
CAPITULO IV – RESULTADOS
Para a construção da incubadora solar devem se ter em conta alguns aspectos que garantem uma
incubação de ovos com sucesso, os aspectos mais inportantes na construção da incubadora são:
A incubadora em causa tem capacidade de incubar 100 ovos de galinha, durante 21 dias. O
perímetro do ovo de galinha é igual a 13,6 cm, meio perímetro é igual 6,8 cm (adopta-se 7 cm), a
distância da rolagem dos ovos será exactamente metade do perímetro do ovo de galinha deitado.
Calcula-se o tamanho da grade de rolagem dos ovos de galinha da seguinte maneira:
( 4.1 )
O tamanho da grade de rolagem será de 96,3 cm, o espaço para a rolagem dos ovos será igual a 7
cm, por isso o tamanho interno da bandeja dos ovos será igual á:
( 4.2 )
A grade de rolagem dos ovos tem uma capacidade de 5 ovos por coluna, com 20 colunas. Esta
será feita com uma rede de capoeira de galinha que pode ser comprada ou construida usando um
fio de 3 mm de arame galvanizado (electrizado) rígido, como é mostrado na figura 4.1.
Baseando- se no tamanho da grade de rolagem dos ovos e do espaço de rolagem dos ovos, temos
as seguintes medidas da bandeja dos ovos:
Para construção desta deve-se cortar dez madeiras com as dimensões seguintes: duas de 104 X 4
X 2,0 cm para correr a bandeja, duas de 104 X 4 X 2,0 cm mais, duas de 106 X 4 X 2,0 cm para
fazer a bandeja, duas de 104 X 1 X 1 cm para engradado externo, três de 50 X 1 X 1 cm para
engradado interno.
Vamos utilizar uma caixa de madeira, pelo facto da madeira ser um bom isolante que não
permitirá trocas de calor com o exterior, com as seguintes medidas externas: caixa de incubadora
de largura 108 cm X comprimento 54 cm X 40 cm de altura, as madeira tem uma espessura igual
a 20 mm de espessura.
Apartir do estudo dos catálogos nos Apêndices (Tabela APENDÍCE 2) e nos Anexos (Tabela A2,
Tabela A4), constatou se que para a iluminação e aquecimento da “incubadora solar” serão
usadas as lâmpadas incandescentes pelo facto de emitirem uma percentagem de calor (de 19%)
não muito excessiva em relação as outras lâmpadas (vapor de sódio, de mercúrio, etc), possuir
um excelente indice de reprodução de cores, não precisarem de reactor ou ignitores como as de
vapor de sódio para o seu funcionamento e reduzido custo de compra no mercado se comparadas
com as outros tipos de lâmpadas alternaticas para a iluminação e aquecimento de incubadoras,
embora não sejam as mais eficiêntes.
( 4.3 )
A incubadora é classificada como um ambiente de classe C (ver Anexo 4) que necessita de uma
iluminâcia de 2 000 á 5 000 lux no máximo, para poder garantir uma incubação com sucesso dos
ovos (ou seja para que se verifique um aeclosão de no máximo 80% á 70% dos 100% iniciais de
ovos asubmetidos para a incubação) . Para atingir esta iluminância máxima escolheu-se
lâmpadas incandescente transparentes de bulbo redondo de 60W, que libertam um fluxo
luminoso de 864 lm (ver Tabela A2 dos Anexos) cada uma, de modo a que elas possam ser
associadas e iluminem a área da bandeija dos ovos com a iluminância necessária e estabelecem a
temperatura ideal (37,8° a 40,2°) para que se estabeleça correctamente os parâmetros térmicos na
“incubadora solar”.
( 4.4 )
Uma vez conhecendo o comprimento e largura (50 cm X 100 cm) da bandeja de ovos que é o
local onde se pretende iluminar, e a altura da área a iluminar a lâmpada central:
( 4.5 )
( 4.6 )
Por tratar se de um ambiente com paredes médias o factor de utilização empregue tendo em
conta o o índice do local de trabalho é de 30% ou seja 0,3 (ver Tabela 2.6). O factor de
manuntenção que será usado é de 0,9 ou seja 90%, por tratar se de um ambiente limpo (ver
Tabela 2.7).
( 4.7 )
Portanto de acordo com os calculos, serão usadas 3 lâmpadas incandescentes de bulbo redondo
transparente com uma potência de 60W cada uma, colocadas duas nos lados (no máxim,o a uma
altura de 23 cm para cima da bandeja dos ovos) e uma no meio para garantir que a área da
bandeja seja iluminada totalmente, e seja atingida com sucesso a temperatura de 37,8°C ideal
para no inicio da incubação com sucesso.
A fixação da madeira de apoio da bandeja deve ser com quatro parafusos e porcas em cada lado,
mas pode-se usar pregos adequados ou ainda outros materiais alternativos (como a criação de
pequenos corregos de madeira fixas a incubadora).
Para rolagem dos ovos deve ser feito um furo fino no sentido horizontal alinhando com a grade
de rolagem de modo a caber a chave que vai empurrar e puxar a grade de rolagem dos ovos, a
chave deve ser fabricada com o arame usado na fabricação da grade de rolagem e deve ser rígido.
As dobradiças devem estar localizadas na parte inferior da tampa, para facilitar que para
pequenas operações na incubadora a porta não se abra com maior ângulo e consequentemente
não permita maior entrada de ar.
As fechadura (dois trincos) da porta da incubadora solar devem estar fixadas nas pontas
superiores da porta da incubadora,uma de cada lado, para melhor fechar e proteger o interior da
“incubadora solar” contra vazamento de calor.
A incubadora em construção está acoplada a um sistema fotovoltaico. Por isso de seguida são
dimensionados os parâmetros que vão compôr o sistema fotovoltaico da “incubadora solar”.
Para o dimensionamento dos módulos fotovoltaicos foi considerado o mês de menor incidência
solar, para que seja garantindo o funcionamento do sistema fotovoltaico durante todas as
estacões do ano. A partir da Tabela 1 do APÊNDICE é fácil notar que a menor incidência da
radiação solar verifica-se no mês de Junho, consequentemente a maior incidência solar ocorre no
mês de Dezembro.
Tendo em conta que a energia total consumida no interior da “incubadora solar” é de 864,0 Wh/d
(tendo em conta o funcionamento do termostato que e conomiza aenergia em 80%), o número
médio diário de horas de pico de sol durante o mês é de 5,6 horas de pico, a eficiência do sistema
é de 0,6 então terremos a potência do módulo dada como:
( 4.8 )
Pelo facto de haver perdas não é possivel ter um sistema totalmente eficiente. Entretanto, uma
relação de desempenho global do sistema de 60% é muito boa. O factor de eficiência de 0,6
usado para o sistema propiciou componentes de qualidade e correcto dimensionamento de cabos.
( 4.9)
( 4.9.1)
onde: é a eficiência total do sistema; igual a 20% é a eficiência dos módulos PV não
operando no MPP (0,98); são perdas de 2% no controlador de carga de boa qualidade
(0,98), igual a 10% são perdas de eficiência da bateria em Ah (0,9); são perdas de
2% em cabos de distribuição da bateria para cargas (0,98); são perdas de 10% em um
inversor de boa qualidade ( 0,9). (Solar Con, 2012)
( 4.9 )
( 4.10 )
Portanto 2 módulo de 4.4 A de corrente nominal e potência de 150 Wp (ou como alternativa 3
modulos de 100W cada) são suficientes para garantir uma iluminação adequada na “incubadora
solar”.
( 4.11 )
( 4.11.1 )
( 4.11.2 )
( 4.12 )
Onde: 1,66 é o factor de correcção da bateria de acumuladores que leva em conta a profundidade
de descarga admitida, envelhecimento e um factor de temperatura; : Consumo total de
energia da instalação em Ah/dia; Aut são dias totais de autonomia prevista.
Serão usadas duas baterias com 200 Ah cada uma, para poderem satisfazer a demanda de 359 Ah
que é ideal e aproximado a 400Ah.
Na tabela da Recon (ANEXO 1) para sistemas com potência total inferior a 1kVA, deve se
adoptar o factor de demanda de 0,80, tendo em conta que a potência do aparelho P, tal que a
demanda máxima do inversor será:
( 4.13 )
O inversor ora em escolha deve possuir uma potência real mínima de 144 W, uma entrada de
24V-DC e uma saída de 220V a 230V-AC.
( 4.14 )
O dimensionamento do inversor deve ser de modo a que este trabalhe com o máximo possível de
eficiência, com no máximo 80% da sua potência nominal. Para tal de acordo com os cálculos de
potência escolhemos um inversor de 400W (24VDC-220VAC). Adoptado o inversor
dimensionado podemos calcular a carga relativa do inversor quando operando a plena carga.
( 4.15 )
Assim o inversor estará a trabalhar sempre com máximo de 60% da sua eficiencia prevista (de
80%), o que garante uma confortável eficiência de conversão e uma reserva caso novas cargas
sejam ligadas. Para evitar perdas intrínsecas do inversor este deve estar sempre desligado caso
Já foi achada uma demanda máxima de 144 W, o fabricante oferece um factor de potência de
0,60 portanto teremos uma potência aparente Q igual á:
( 4.16 )
( 4.17 )
( 4.18 )
De acordo com os cálculos de corrente ao lado de corrente contínua (em 4.18), conclui se que
será usado um controlador de carga com uma corrente de 10 A ao lado de corrente contínua.
( 4.19 )
Entretanto, dado o facto da menor secção de condutores disponível no mercado (para transporte
eficiênte de corrente eléctrica) ser variavél de , tem se que para este trabalho a
seção escolhida será de 1,5mm².
O sistema fotovoltaico que alimentará a incubadora solar” seguirá com o seguinte esquema de
Figura 4.14: Diagrama de ligações do sistema PV (DC/ AC) para alimentar a Incubadora solar
O arranjo fotovoltaico será fixado num poste solar de ângulo regulavél. Para cada localidade de
Moçambique onde for levada e fixada a “incubadora solar”, no arranjo fotovoltaico deve ser
regulado o ângulo de inclinação em relação ao plano horizontal num ângulo que variará
conforme a latitude do local da instalação, como é ilustrado na tabela abaixo.
E no hemisfério sul o arranjo fotovoltaico deve estar orientados para o norte geográfico, no
hemisfério norte para o sul geográfico de modo a obter melhor aproveitamento energético
durante todo tempo que esteja em funcionamento.
Os resultados da análise das tarefas acima desenvolvidas mostram que no projecto de construção
de uma incubadora com capacidade de incubar simultâneamente 100 ovos de galinha necessita
dos seguines materiais identificados nos resultados: 2 recipientes de água de 44 cm x 25 cm e 6
cm de altura, 1 termómetro que varia de 0 a 50°, 3 lâmpadas incandescentes com potência de 60
W, 1 pedaço de vidro (30 cm x 10 cm x 4 mm), 1 termostato, 1 termómetro húmido ou
higrómetro, 3 dobradiças, 20 pregos de alumínio, 20 parafusos, 10 arruelas e 10 porcas, 2m de
rede fina de gaze, 2 m de arame, 2 fechaduras para porta, uma caixa de madeira (108 cm x 54 cm
x 40 cm) como componente principal para dar início à construção da incubadora.
6.1. Conclusão
Diante do alcance dos resultados acima expostos, no presente trabalho mostrou se que a
electrificação de uma incubadora usando um sistema PV é muito eficiênte dado ao facto deste
oferecer energia sem flutuações se comparado com a energia electrica da rede convencioinal que
normalmente é usado na alimentação eléctrica de incubadoras. Com os resultados obtidos pode
se concluir que:
Pode concluir-se ainda que o projecto de construção de uma incubadora solar com capacidade de
incubar simultâneamente 100 ovos de galinha é orçado em cerca 61 285,0 Mtn dos quais
8 425Mtn são correspondes aos materiais para construção da incubadora e os restante 52 860
Mtn, são correspondentes ao componentes do sistema fotovoltaico.
6.2. Recomendações
Recomenda-se que a incubadora seja colocada num local com excelente ventilação ou numa
caixa de maiores dimensões que servirá de isolamento desde que a ventilação seja apropriada e
suficiente para a incubadora (21%). Recomenda se ainda que:
Antes de se utilizar a incubadora pela primeira vez, esta deve se pôr a funcionar vazia
durante pelo menos uma semana para questões de teste e regulação dos parâmetros
térmicos estabelecidos (temperatura, humidade, sistema de ventilaçã, etc);
Pelo facto de tratar se de uma incubadora que envolve equipamentos fotovoltaicos não
usuais recomenda-se um acompanhamento dos usuários das incubadoras durante os
primeiros meses após a instalação do sistema fotovoltáico, para questões de certificação
do bom funcionamento e desempenho do sistema;
E é de vital importância transmitir ao usuário da incubadora solar( usuário da população
rural)instruções práticas de como operar e manter o sistema fotovoltaico apresentando
tabelas simples de equipamentos que podem ser conectados e por quanto tempo eles
podem ficar ligados ao sistema.
Na incubadora ora estabelecida neste trabalho não podem ser incubados outros tipos de
ovos além dos de galinha dado o facto da temperatura de incubação no inicio e na fase de
eclosão dos diferentes tipos de ovos na incubação ser diferente;
O arranjo do sistema fotovoltaico instalado no suporte metálico deve estar sempre
orientado para o norte geográfico se estiver situado nosul geografico e vice-versa,
segundo um ângulo de inclinação de acordo com a latitude do local (usar Tabela 2.3).
BIBLIOGRÁFIA
Manuais Físicos
[1] Duffie J.A William e A. Beckman (1991), Solar Engineering of Thermal Processes; Second
Edition, John Wiley e Sons INC, New York, USA;
[2] Greenpro (2004), Energia Fotovoltaica - Manual sobre Tecnologia Projecto e Instalação de
Sitemas Fotovoltaicos, Janeiro, União Europeia;
[3] Zekai Sen (2008), Solar Energy Fundamentals and Modeling Techniques, Atmosphere
Environment Climate Change and Renewable Energy, London, England;
[4] Melo, Victor Flávio (2003), Estudo do Comportamento da Radiação Solar na Região Sul do
Save, Trabalho de licenciatura, Universidade Eduardo Mondlane, Agosto, Moçambique;
[5] Twidell, John &Weir, Tony (1996 Reimpressão), Renewable Energy Resources, E & FN
SPON an Imprint of Chapman & Hall;
[6] Cumbane, Julião João (1994) , Estudo do efeito de Temperatura no rendimento das Células
Solares, Trabalho de Licenciatura, Universidade Eduardo Mondlane, Dezembro, Moçambique;
[7] Lecheta, Leandro Pires (2006); Sistemas de Iluminação Residencial: Uma análise sobre
alternativas para redução do consumo de energia eléctrica; Faculdade Assis Gurgacz Cascavel,
Brasil;
[8] Solar Con CC (2012), Solar Training Manual I, A training manual for Standalone PV
systems, South Africa;
[9] Pauli, Roland Ulysses, et all (1980), Física 3. Ondas – Acústica – Óptica, Brasil, Editora
Pedagógica e Universitária Lda, Sao Paulo;
[10] Pinto Izidine (2008), Elaboração de Um Atlas de Ventos Para Moçambique Usando o
Modelo regionbal do Clima RegCM, Trabalho de Licenciatura, Universidade Eduardo
Mondlane, Departamento de Física, Maputo, Moçambique;
Manuais Electrónicos
[11] Serrão, Marcos António dos Santos (2010), Dimensionamento de um sistema Fotovoltaico
Para uma Casa de Veraneio em Pouso da Cajaiba-Paraty, Agosto, Brasil. Acessado pelas
11:12h dia 20/07/2012 em http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10000620.pdf;
em https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/2098/1/Susana_Freitas_MEI_2008.pdf;
[13] GTES-Grupo de Trabalho de energia Solar (2004), Manual de Engenharia para Sistemas
Fotovoltaicos, Edição especial, CEPEL, Agosto, Brasil. Acessado pelas 13:42 do dia 04/07/2012
em http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/Manual_de_Engenharia_FV_2004.pdf;
[14] Barreto, Eduardo José Fagundes & Pinho, João Tavares (2008), Sistemas Híbridos, Soluções
Energéticas para a Amazónia; Ministério das Minas, 1 Edição, Brasil. Acessado pelas 15:18h do
dia 02/10/2012em http://www.ufpa.br/inct-ereea/LivroHibridosFinal.pdf;
[15] SolarTerra (2002), Energia Solar Fotovoltaica - Guia Prático, Soluções em Energia
Alternativa, Brasília, Brasil. Acessado, pelas 11:08h do dia 20/09/2012em
http://mbecovilas.files.wordpress.com/2011/06/energia-solar-fotovoltaica.pdf;
[18] Wageningen,Nico Van et all (1995), A incubação de Ovos por Galinha e na Incubadora,
Agrodok 34, Fundação Agromisa, Brasil. Acessado pelas 16:43h do dia 03/12/2012em
http://www.anancy.net/documents/file_pt/34-p-2004_screen.pdf;
[19] Casvassim, Vinicius Zahdi (2004); Manual Prático para a Construção de Chocadeira/
Incubadora de 36 Ovos de Galinha; Brasil, Curitiba.Acessado pelas 16:43h dia 03/12/2012 em
http://www.reisinfor.com.br/ebook514/EBOOKS%20514/Ebooks/Varios/Manual%20De%20Co
ntru%C3%A7%C3%A3o%20de%20Chocadeira/MANUAL%20PR%C3%81TICO%20PARA;
[20] Osram (2010); Manual Luminotecnico Pratico, Nossa Vida e Luz. Acessado pelas 14:58h do
dia 09/11/2012emhttp://pt.scribd.com/doc/7086192/Manual-de-Luminotecnica-Osram;
[21] Ferreira, Rodrigo Arruda Felicio (2010), Manual de Luminotecnica, Apostila Auxiliar da
Disciplina de ENE-065 Para o Curso de Engenharia Electricada UFJF, Universidade Federal
de Juiz de Sera, Brasil. Acessado pelas 9:54h do dia 22/12/2012 em
http://www.ufjf.br/ramoieee/files/2010/08/Manual-Luminotecnica.pdf.
Programas Usados
ANEXOS/ APENDÍCE
ANEXOS
Tipo de lâmpada Potência (W) Fluxo Luminoso (lm) IRC (%) TCC (K)
40 516 100 2000-2700
60 864 100 2000-2700
Transparente 100 1640 100 2000-2700
Incandescentes 150 2180 100 2000-2700
40 465 100 2000-2700
Branca 60 580 100 2000-2700
100 1170 100 2000-2700
15 740 70-79 6500
20 1060 70-79 5250
Conveccional 30 1900 70-79 6500
Fluorescentes 40 2700 70-79 5350
9 490 80-89 2700-4000
14 730 80-89 2700-4000
Compacta 20 1050 80-89 2700-4000
23 1400 80-89 2700-4000
70 5600 <50 2000
Vapor de 100 8500 <50 2000
Descargas Sódio 150 145000 <50 2000
80 3800 60 4000
Vapor 125 6300 60 4000
Metálico 200 13000 60 4000
APENDÍCE
Classificação Fonte de luz IRC (%) Eficiência luminosa (lm/W) Vida Media (h)
Indução Incandescentes 100 10-15 1000
Halogénas 100 15-25 2000
Fluorescente compacta 80 50-80 8000
Fluorescente Tubular 80 55-75 16000
Descargas Vapor Metálico 70 65-90 15000
eléctricas
Mista 50 20-35 10000
Vapor de Mercúrio 40 45-55 15000
Vapor de sódio 25 80-140 32000
LED LED‟s branco 70-90 40-130 50000
Tabela APENDÍCE 2: Classificação das lâmpadas electrónicas.
[Fonte: Colectado em PINTO, 2008]