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Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE


FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

TRABALHO DE LICENCIATURA

DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO


PARA FORNECER ENERGIA ELÉCTRICA NUMA INCUBADORA

Elaborado por:

MUCOMOLE, FERNANDO VENÂNCIO

MAPUTO, JANEIRO DE 2013


MOÇAMBIQUE

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 0|Page


Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE


FACULDADE DE CIÊNCIAS
DEPARTAMENTO DE FÍSICA

TRABALHO DE LICENCIATURA

DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO


PARA FORNECER ENERGIA ELÉCTRICA NUMA INCUBADORA

PROJECTO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO DEPARTAMENTO

DE FÍSICA DA UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

COMO PARTE DOS REQUISITOS PARA A OBTENÇÃO

DO GRAU DE LICENCIATURA EM FÍSICA

SUPERVISOR:

Ph.D. BOAVENTURA CHONGO CUAMBA

CO-SUPERVISOR:

Msc. CONSTANTINO DOMBO

MAPUTO, JANEIRO DE 2013


MOÇAMBIQUE

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole |Page


Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013

Dedicatória

Á memória do meu pai Venâncio Mucomole, á minha mãe Albertina Macie, pelo
sacrifício e luta para conseguir cada centavo e alocar aos meus estudos, mesmo diante das
adversidades;

Á todos os meus irmãos pelo afecto e amor incondicional e a toda família Mucomole
sempre presente, pelos ensinamentos e direcionamento em toda vida.

“Pedras no caminho! Guardo todas.


Um dia vou construir um Castelo.”
“Fernando Pessoa”

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole I|Page


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Aprovação do Júri

Este trabalho foi aprovado com uma classificação de ____valores no dia ___ de ___ de 2013
pelos membros do júri examinador do Departamento de Física da Universidade Eduardo
Mondlane.

__________________________________________________________

(Presidente do Júri)

__________________________________________________________

(Oponente)

__________________________________________________________

Ph.D Boaventura Chongo Cuamba

(Supervisor)

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole II | P a g e


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Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus pela bênção e unção que tem derramado sobre mim, pelas
oportunidades de crescimento e por todas as coisas boas que me aconteceram em toda a minha
vida;

Aos meus supervisores Ph.D. Boaventura Chongo Cuamba e Msc. Constantino Dombo, pelas
suas valiosas orientações e correcções que contribuíram para a conclusão deste trabalho;

A todos docentes e investigadores da secção de Física das Energias Renováveis do departamento


de Física da Universidade Eduardo Mondlane: dr Cláudio Tingote, dr Nordino Mungoi, dr Elísio
Tivane, dr Inocêncio Mapanda, dr Basílio, dr Gujamo, drª Célia, pelo acompanhamento e pelas
suas aulas de incentivo ao estudo inicial das energias renováveis;

Agradeço aos colegas de faculdade e do departamento de Física, em especial ao Adélio, Glória,


Atanásio e Lavumó, amigos que fiz para toda vida pelo incansável apoio e ajuda nessa longa
jornada;

A todos professores e funcionários do Departamento de Física da Universidade Eduardo


Mondlane especialmente ao Ph.D. Volodymyr Tchernych, Ph.D. AJ Leão, Ph.D. Akil
Askasjhoaev, Ph.D. Adriano Sacate, Ph.D A. Maphossa, Msc Joaquim Nhanala, Msc. Luís
Cheia, Msc. Manuel Chenene, Msc. Tomo, Msc. Claúdio Paulo, Msc. Luís Manuel e Msc. L.
Zucule, que contribuíram para o sucesso dos meus estudos e da minha formação académica.

Por fim agradeço a todos aqueles que directa ou indirectamente fizeram parte desta história.

Eternamente grato!!!

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole III | P a g e


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Declaração de Honra

Declaro por minha honra que este trabalho é da minha autoria e resulta da minha longa e
profunda investigação. A autenticidade dos resultados deste trabalho de licenciatura tem como
testemunhas os respectivos supervisores, e esta é a primeira vez que o submeto para obter um
grau académico numa instituição de ensino superior.

Maputo, aos ____ de ________________ de 2013

O autor

______________________________________________

(Fernando Venâncio Mucomole)

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole IV | P a g e


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Resumo

A incubação de ovos através de uma incubadora alimentada a partir de um sistema fotovoltaico


“incubadora solar”, é uma alternativa eficiente por esta fornecer energia sem oscilação e
sustentavél por poder ser aplicada nas regiões rurais Moçambicanas que ainda não beneficiam da
ligação à rede eléctrica convencional.

No presente trabalho foi estabelecida a metodologia para a construção de uma incubadora solar
com capacidade de 100 ovos de galinha. Primeiro foram determinadas as dimensões internas e
externas da caixa de madeira da incubadora, partindo do cálculo das dimensões da grade de
rolagem dos ovos, e das medições do tamanho da bandeja dos ovos. Foi estabelecido o número
de furos para uma ventilação adequada, foram indicadas a quantidade de recipientes de água para
garantir a humidade relativa, o termómetro para a medição da temperatura, o termostato a usar
para manter constante a temperartura na incubadora e as lâmpadas a usar para o aquecimento da
incubadora. De seguida foi dimensionado o sistema fotovoltaico para alimentar a incubadora.
Neste tarefa primeiro foi feito o levantamento das necessidades energéticas da incubadora de 100
ovos, partindo da elaboração do quadro no qual foram organizadas as cargas (lâmpadas) de
acordo com as suas potências e as horas de funcionamento e foi calculado o consumo diário de
energia da incubadora. Foi tomado em conta o consumo total de energia requerida e fez se o
dimensionamento dos módulos fotovoltaicos, das baterias solares, do controlador de carga e do
inversor que compõem o sistema fotovoltaico da “incubadora solar”.

Pode concluir-se que o consumo diário de energia de uma incubadora solar com capacidade de
100 ovos é de 864 Wh/d. Para um bom desempenho e longa durabilidade do sistema fotovoltaico
é necessário que seja composto por dois módulos monocristalinos com potência nominal de 150
Wp cada, um banco de baterias solares seladas com uma capacidade de 359Ah, um inversor solar
com potência aparente de 400W, um controlador de carga de 240W (10A) e diversos cabos com
área de secção transversal mínima de 1,5mm². O projecto de construção de uma incubadora solar
é orçado em cerca de 61 285,0 Mtn dos quais 8 425Mtn correspondem aos materiais de
construção e os restantes 52 860 Mtn aos componentes do sistema fotovoltaico.

Palavra-chave: Construção de “Incubadora solar” com capacidade de 100 ovos,


Dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autónomos, Energia solar fotovoltaica.

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole V|Page


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Índice

Índice dos Anexos/ Apendíce .................................................................................................... VIII

Índice de Figuras ........................................................................................................................ VIII

Índice de Tabelas ........................................................................................................................... X

Lista de Abreviatura ...................................................................................................................... XI

Lista de Simbolos.......................................................................................................................... XI

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ................................................................................................... 1

1. Introdução ................................................................................................................................... 1

1.1. Motivação do Trabalho ........................................................................................................ 2


1.2. Justificação do Trabalho....................................................................................................... 2
1.3. Objectivos do Trabalho ........................................................................................................ 3
1.3.1. Objectivo Geral.............................................................................................................. 3
1.3.2. Objectivos Específicos .................................................................................................. 3
1.4. Perguntas de Pesquisa .......................................................................................................... 3
1.5. Estrutura do Trabalho ........................................................................................................... 3
CAPÍTULO II – RESUMO TEÓRICO .......................................................................................... 4

2.1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA ........................ 4

2.1.1. O sol e a Radiação solar .................................................................................................... 4


2.1.2. Energia Solar Fotovoltaica ................................................................................................ 6
2.1.2.1. Tecnologias das Células Solares................................................................................. 6
2.1.2.2. Características Eléctricas das Células Solares ............................................................ 7
2.1.2.3. Módulos Fotovoltáicos ............................................................................................. 12
2.1.2.4. Controlador de Carga................................................................................................ 13
2.1.2.5. Baterias Solares ........................................................................................................ 14
2.1.2.6. Inversores Solares ..................................................................................................... 16
2.1.2.7. Cabos Elétricos e Outros Acessórios ........................................................................ 17
2.2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE INCUBADORA ........................................................... 17

2.2.1. Especificacações de Incubação ....................................................................................... 17

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole VI | P a g e


Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013

2.2.1.1. Temperatura .............................................................................................................. 17


2.2.1.2. Teor de Humidade Relativa ...................................................................................... 20
2.2.1.3. Ventilação e Volteio Regular dos Ovos ................................................................... 21
2.2.1.4. Regulação Automática da Temperatura ................................................................... 22
CAPITULO III – MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................. 23

3.1. Metodologia ........................................................................................................................... 23

3.1.1. Metodologia de Construção da Incubadora ..................................................................... 23


3.1.2. Metodologia de Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico ......................................... 24
3.1.2.1. Método Usado........................................................................................................... 24
3.2. Matériais e Instrumentos Usados ....................................................................................... 27
3.2.1. Material de Construção da Incubadora ........................................................................ 27
3.2.2. Componentes do Sistema Fotovoltaico ....................................................................... 28
CAPITULO IV – RESULTADOS................................................................................................ 29

4.1. Especificações para a Construção da Incubadora Solar ......................................................... 29

4.1.1. Dimensionamento da Grade de Rolagem dos Ovos ........................................................ 29


4.1.2. Definição do Tamanho da Bandeja Ovos ........................................................................ 30
4.1.3. Medidas da Caixa da Incubadora .................................................................................... 31
4.1.4. Cálculos Para Identificação das Lâmpadas da Incubadora ............................................. 32
4.1.5. Estruturação de Outros Parâmetros da Incubadora ......................................................... 34
4.1.6. Rolagem dos Ovos na Incubadora ................................................................................... 35
4.1.7. Identificação de Todos os Elementos Envolvidos na Incubadora ................................... 37
4.2. Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico para Incubadora Solar ...................................... 38

4.2.1. Levantamento das Necessidades Energéticas da Incubadora .......................................... 38


4.2.2. Dimensionamento dos Módulos Fotovoltáicos ............................................................... 38
4.2.3. Dimensionamento das Baterias Solares .......................................................................... 40
4.2.4. Dimensionamento do Inversor Solar ............................................................................... 41
4.2.5. Dimensionamento do Controlador de Carga ................................................................... 41
4.2.6. Dimensionamento da Secção Transversal dos Cabos ..................................................... 42
4.2.7. Desenho das Interligações do Sistema Fotovoltaico Para Incubadora ............................ 42

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4.2.7.1. Especificações a Adoptar na Instalação do Sistema Fotovoltaico ............................ 43


4.3. Orçamento do Projecto .......................................................................................................... 45

4.3.1. Orçamento dos Matériais para Construção da Incubadora.............................................. 45


4.3.2. Orçamento do Sistema Fotovoltaico para a Incubadora.................................................. 46
CAPITULO V – DISCUSÃO DE RESULTADOS ..................................................................... 47

CAPITULO VI – CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ......................................................... 48

6.1. Conclusão ........................................................................................................................... 48


6.2. Recomendações .................................................................................................................. 49
BIBLIOGRÁFIA .......................................................................................................................... 50

Índice dos Anexos/ Apendíce

ANEXO 1. Carga Mínima Factores de Demanda para Iluminação/ Tomadas Gerais .................... B

ANEXO 2. Caracteristicas de Diferentes Lâmpadas ...................................................................... C

ANEXO 3. Localização das Regiões de Moçambique ................................................................... C

ANEXO 4 : Nível de Iluminância Ideal Para um Local de Actividades ....................................... D

APENDÍCE 1. Variação Anual da Radiação Em Moçambique .................................................... E

APENDÍCE 2. Classificação das Lâmpadas Electrónicas em Função dos seus Parâmetros .......... E

Índice de Figuras

Figura 2.1: AM que um feixe de radiação atravessa ao incidir na superfície com um ângulo θz .. 5
Figura 2.2: Comparação entre espectro solar fora da atmosfera (AM 0) e na superfície (AM 1,5) 5
Figura 2.3: Componentes da radiação solar ao interagir com a atmosfera ..................................... 6
Figura 2.4: Princípio de funcionamento de uma célula fotovoltaica (efeito fotovoltaico) ............. 8
Figura 2.5: Circuito equivalente de uma célula solar fotovoltaica ................................................. 8
Figura 2.6: Curva I×V e parâmetros do ponto de potência máxima ............................................... 9
Figura 2.7: Efeito causado pela variação de intensidade luminosa .............................................. 10
Figura 2.8: Efeito causado pela temperatura na célula ................................................................. 10

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Figura 2.9: Célula solar com ponto quente e módulo PV sombreado com díodos de derivação.. 11
Figura 2.10: Ligação em serie e em paralelo) entre módulos fotovoltaicos ................................ 12
Figura 2.11: Ligação mista de módulos fotovoltaicos .................................................................. 12
Figura 2.12: Princípio de um controlador de carga série .............................................................. 13
Figura 2.13: Princípio de um controlador de carga Shunt ............................................................ 13
Figura 2.14: Princípio de um controlador de carga MPP.............................................................. 14
Figura 2.15: Esquema de uma célula electroquímica ................................................................... 15
Figura 2.16: Formas de ondas típicas dos inversores monofásicos .............................................. 16
Figura 2.17: Termómetro húmido ou higrómetro ......................................................................... 20
Figura 2.18: Dispositivo para virar os ovos .................................................................................. 21
Figura 2.19: Interruptor de termostato bimetálco ......................................................................... 22
Figura 4.1: Construção da grade de rolagem dos ovos ................................................................. 29
Figura 4.2: Engradado interno e externo da bandeja de ovos ....................................................... 30
Figura 4.3: Bandeja com grade de rolagem dos ovos ................................................................... 30
Figura 4.4: Medidas da caixa da Incubadora solar ....................................................................... 31
Figura 4.5: Secção de uma incubadora de ovos ............................................................................ 31
Figura 4.6: Lâmpada incandescente transparente ......................................................................... 32
Figura 4.7: Incubadora e seus parâmetros..................................................................................... 34
Figura 4.8: Chave de rolagem dos ovos ........................................................................................ 35
Figura 4.9: Detalhes da construção da porta da incubadora ......................................................... 35
Figura 4.10: Detalhes das dobradiças da porta da incubadora ...................................................... 36
Figura 4.11: Montagem das fechaduras da incubadora ................................................................ 36
Figura 4.12: Posição do visor dos ovos na “incubadora solar”..................................................... 37
Figura 4.13: Elementos da “incubadora solar” ............................................................................. 37
Figura 4.14: Diagrama de ligações do sistema PV (DC/ AC) para alimentar a Incubadora solar 43
Figura 4.15: Parâmetros angulares relativos à orientação dos módulos fotovoltaicos ................. 44

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole IX | P a g e


Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013

Índice de Tabelas

Tabela 2.1: Tipos de células solares ............................................................................................... 7


Tabela 2.2 : Rendimento das diferentes tecnologias de células fotovoltaicas ................................ 7
Tabela 2.3: Energia Radiada pelas lâmpadas electrónicas ............................................................ 18
Tabela 2.4: Factor de utilização – FU ........................................................................................... 19
Tabela 2.5: Factor de manuntenção – FM .................................................................................... 20
Tabela 2.6: Especificações de temperatura e humidade no interior da “incubadora solar” .......... 21
Tabela 4.1: Necessidades energéticas de uma “incubadora solar” ............................................... 38
Tabela 4.2: Ângulo de inclinação do gerador fotovoltaico ........................................................... 43
Tabela 4.3: Orçamento dos Matériais para Construção da “Incubadora solar” ............................ 45
Tabela 4.4: Orçamento do Sistema Fotovoltaico para a Incubadora ............................................ 46
Tabela ANEXO 1: Factor de demanda para instalações em geral - Light/ Recon 2007 ................ B
Tabela ANEXO 2: Caracteristicas de diferentes lâmpadas electrónicas ........................................ C
Tabela ANEXO 3: Localização das Regiões de Moçambique ....................................................... C
Tabela ANEXO4: Nível de iluminância ideal para um local de atividades .................................. D
Tabela APENDÍCE 1: Dados de radiação solar em Moçambique ................................................. E
Tabela APENDÍCE 2: Classificação das lâmpadas electrónicas. ................................................... E

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole X|Page


Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013

Lista de Abreviatura
AM – Massa de ar (Air Mass);
AC – Corrente alternada (Alternate current);
OGI – Placas estacionárias radiais (Ortsfest Gitterplaten)
MPP – Ponto de potência máxima (Maximum power point);
PWM – Pulse Width Modulation
DC/AC – Corrente continua em corrente alternada;
FF – Factor de forma (Fill Factor);

PV – Fotovoltaico (photovoltaic);
DC – Corrente continua (Continue current);
OpzS – Placa Tubular Estacionária Especial (Ortsfeste Panzerplatte Spezial);
OPzV – Placa Tubular Estacionária Selada (Ortsfeste PanzerplatteVerschlossen);
S.I – Sistema internacional;
CIS – Cobre Índio Selênio;
CIGS – Cobre Índio Gálio Selênio.

Lista de Simbolos

Simbolo/ Abreviatura Significado


Wh/dia Watt hora por dia
Ah/dia ou Ah/d Ampére hora por dia
WP Watt peak
Ωmm²/m Ohm milímetros quadrados por metro
mm2 milímetros quadrados
V, A Volts, Ampéres
h/d Horas por dia
Η Rendimento ou eficiência
lm/W Lúmen por Watt
Cd/ m2 Candelapor metro quadrado

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole XI | P a g e


Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

1. Introdução

A história da civilização da humanidade está relacionada com o uso de energia para a satisfação
das suas necessidades diárias (cozinhar, electrificar casas, incubadoras, escolas, etc). A forma
primordial de energia usada pelo homem foi a sua própria força muscular e com o tempo, o
homem aprendeu a usar outras formas exteriótipas de energia como a força do vento, água, etc.

A dinâmica do crescimento das sociedades pressupõe uma demanda energética maior para
satistisfazer as necessidades de desenvolvimento e por isso, no mundo contemporrâneo o homem
tem necessidade de explorar novas fontes de energia. Uma das formas de energia que
actualmente tem registado um índice crescente de exploração e uso em Moçambique, é a energia
solar fotovoltaica (energia proveniente da conversão directa da radiação solar em energia
eléctrica (Barreto, 2008)), e mostra-se como uma das fontes alternativas mais eficazes na
electrificação de incubadoras, dado ao facto de fornecer energia eléctrica limpa que pode ser
conservada em baterias solares para o uso posterior e sem oscilação, oferecendo deste modo uma
solução alternativa face à actual oscilação da energia eléctrica da rede convencional que se tem
verificado em zonas urbanas e rurais, afectando sobre maneira a incubação de ovos em
incubadoras que estejam em regime de funcionameno ligadas a essa rede.

A conversão fotovoltaica para obtenção de energia eléctrica ainda não é de baixo custo.
Entretanto, na base de estudos mundiais, várias características de dispositivos usados já são
conhecidos, com estas foram elaborados modelos de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos
para aplicações diversas. Para se dimensionar de forma certa uma aplicação e análise dos custos
de desempenho do sistema fotovoltaico, devem ser analisadas as características dos dispositivos
que o constituem no ambiente em que funcionam, segundo (Cumbane, 1994).

Diante do exposto, o presente trabalho apresenta o dimensionamento de um sistema fotovoltaico


para uma “incubadora solar” que possa funcionar em qualquer região de Moçambique e a
metotologia para a construção dessa incubadora. Este trabalho foi desenvolvido com o intuito de
estabelecer a metodologia para o dimensionamento de sistemas fotovoltaicos que forneçam
energia eléctrica de elevada fiabilidade, assegurando deste modo a produção eficaz de pintos.

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 1|Page


Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013

1.1. Motivação do Trabalho

Actualmente em Moçambique a criação de aves em pequena e larga escala está directamente


condicionada pela disponibilização de pintos em quantidades variadas de acordo com a
necessidade do criador. Para obtenção de pintos, é necessário incubar ovos usando energia
eléctrica da rede geral de distribuição. As diferentes regiões do país, principalmente nas zonas
centro e norte, o fornecimento de energia eléctrica da rede convencional é irregular, o que torna
qualquer incubadora ineficiente obrigando a que criadores daquelas regiões tenham que depender
da capital no que tange ao fornecimento de pintos para a sua criação.

Entretanto, motivado pelo cenário acima descrito o presente trabalho propõe o dimensionamento
de um sistema fotovoltaico para uma „incubadora solar” (incubadora electrificada com base em
energia solar fotovoltaica) com capacidade de incubar simultâneamente 100 ovos de galinha,
usada na produção de pintos que possibiliariá que mesmo em regiões remotas os produtores
produzam directamente seus pintos, reduzindo as perdas que se verificam no transporte de pintos
a longas distâncias. Com este trabalho abre-se ainda uma oportunidade de transferir tecnologia
para as comunidades rurais, através da disseminação de conhecimentos teóricos/ práticos
adquiridas em sala de aula e no curso de capacitação sobre tecnologia fotovoltaica.

1.2. Justificação do Trabalho

O presente trabalho centra-se em dimensionar um sistema fotovoltaico para uma “incubadora


solar” que será usada na produção de pintos, como resposta à actual deficiente qualidade de
energia fornecida pela rede eléctrica convencional nas diferentes regiões do país e que torna
ineficiente as incubadoras, no processo de produção de pintos. Entretanto, a escolha da
tecnologia fotovoltaica para concretização do projecto é justificada pela localização estratégica
de Moçambique, que possui a maior parte das suas terras nas proximidades da linha do equador
(Pinto Izidine, 2008) nas quais o sol flui com alta intensidade praticamente todos dias, daí a
oportunidade de poder se aproveitar a alta intensidade para a produção de electricidade. Os
sistemas fotovoltaicos produzem energia eléctrica com elevada fiabilidade, susceptível de ser
armazenada em baterias solares, o que pode garantir que as incubadoras estejam funcionando a
todo vapor durante o tempo previsto para a realização de todo o processo evolvido na incubação
dos ovos.

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 2|Page


Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013

1.3. Objectivos do Trabalho

1.3.1. Objectivo Geral

 Dimensionamento de um sistema fotovoltaico para fornecer energia eléctrica numa


incubadora com capacidade de 100 ovos de galinha.

1.3.2. Objectivos Específicos

 Estabelecer a metodologia e o conjunto de parâmetros necesários para a construção de


uma “incubadora solar”;
 Estabelecer a metodologia de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autónomos
para uma “incubadora solar”;
 Realizar o dimensionamento e identificar os componentes do sistema fotovoltaico para
alimentar uma “incubadora solar” com capacidade de incubar 100 ovos de galinha.

1.4. Perguntas de Pesquisa

Associado aos objectivos, para o presente trabalho são definidas as seguintes perguntas:

 Estudar como uma incubadora alimentada por energia solar, pode revelar-se eficiente e
recomendávél na chocagem de ovos em regiões onde a energia da rede geral de
distribuição não chega ou é deficiente;
 Elaborar e sistematizar os passos que conduzem a uma metodologia adequada para
realizar o dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autónomos em incubadoras.

1.5. Estrutura do Trabalho

No capítulo I foi feita uma introdução teórica, uma rápida ilustração da motivação, dos
objectivos a abordar e a justificação do trabalho. No capítulo II são abordados os principais
fundamentos teóricos envolvidos na energia solar fotovoltaica e na incubação de ovos. No
capítulo III são indicados os materiais e métodos envolvidos na realização do trabalho. No
capítulo IV são apresentados os resultados de todas tarefas do trabalho. No capítulo V foi feita a
discussão dos resultados obtidos no trabalho. No VI° e último capítulo são apresentadas as
conclusões do trabalho e as devidas recomendações.

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 3|Page


Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013

CAPÍTULO II – RESUMO TEÓRICO

2.1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

2.1.1. O sol e a Radiação solar

O sol é classificado como uma estrela de tamanho médio cuja distância em relação à terra varia
devido à excentricidade da órbita terrestre e é a base de toda a vida existente na terra, que
anualmente fornece para a atmosfera terrestre uma quantidade significativa de energia de cerca
de , isto é, por ano (Melo, 2003 e Duffie & Beckman, 1991). No
centro do sol, ocorrem reacções de fusão que transforman núcleos de hidrogénio em núcleos de
hélio, sumarizadas pela seguinte reacção:

Durante este processo parte da massa é transformada em energia, sendo assim o sol é um enorme
reactor de fusão e emissor de radiação solar (quantidade de energia emitida pelo sol). A radiação
emitida pelo sol pode ser aproximadamente representada pela função de distribuição de Planck.
Esta função fornece a quantidade de radiação que um corpo negro emite à temperatura T em cada
comprimento de onda λ, e é dada pela seguinte relação:

( 2.1)

Onde: é a emissividade espectral de um corpo negro a temperatura T, ℏ é a constante


reduzida de Planck ( , c é avelocidade da luz , k é a
constante de Boltzman ( .

A massa de ar (AM) é definida como o caminho percorrido pela radiação solar desde a sua
incidência na atmosfera até atingir a superfície terrestre (Duffie & Beckman, 1991), e é dada pela
relação:

(2.2)

onde θ é distância angular entre o feixe solar e a vertical no local de incidência. Quando o sol
está no zénite temos um AM igual a 1, e quando AM é igual a 2 temos um ângulo zenital θ de

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Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013

60° (Duffie & Beckman, 1991). Sob ponto de vista de aproveitamento de energia solar usando a
conversão fotovoltaica o AM de 1,5 correspondente a um ângulo de 42,8 e é o mais importante.

Figura 2.1: AM que um feixe de radiação atravessa ao incidir na superfície com um ângulo θz
[Fonte: Melo, 2003]

A distribuição espectral da radiação solar extraterrestre possui um formato aproximado ao corpo


negro, porque o sol não está em estado de equilíbrio radioativo nem termodinâmico, ao entrar na
atmosfera terrestre o espectro sofre algumas modificações devido aos espalhamentos sucessivos
das partículas na atmosfera. A figura 2.2 mostra o espectro solar fora e na superfície da terra.

Figura 2.2: Comparação entre espectro solar fora da atmosfera (AM 0) e na superfície (AM 1,5)
[Fonte: Zekai Sen, 2008]

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Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013

Quando a radiação solar atinge a superfície terrestre subdivide-se numa fracção directa (radiação
directa) que é definida como aquela que vem directamente desde o disco solar e por outra fracção
difusa (radiação difusa) que é aquela proveniente de todo o céu excepto do disco solar.

Figura 2.3: Componentes da radiação solar ao interagir com a atmosfera


[Fonte: Freitas, 2008]
A radiação global (RG) na superfície terrestre é a soma das componentes directa ( ) e difusa
( ), que e é dada pela relação seguinte (Greenpro, 2004).

2.1.2. Energia Solar Fotovoltaica

A energia solar fotovoltaica é a energia proveniente da conversão directa da radiação solar em


energia eléctrica. Entretanto, com a descoberta do efeito fotovoltaico por Becquerel, a partir dos
anos 60 surge a discusão do facto desta ser uma tecnologia com alto custo mas que é apropriada
para suprir todas as demandas energéticas mundiais em missões aeroespaciais, manutenção de
satélites e outros equipamentos. Com este dilema começou-se uma investigação para o
melhoramento das células solares com intuito de baixar o custo da tecnologia fotovoltaica.

2.1.2.1. Tecnologias das Células Solares

As células solares podem ser classificadas como células monocristalínas, policristalinas,


amorfas e de película fina. As células policristalinas usam silício policristalino constituído por
um número elevado de pequenos cristais da espessura de um cabelo humano, as células amorfas
são constituídas por um suporte de vidro ou de outra matéria sintética e as células de película
fina são constituidos por uma finíssima camada de prata (10 nm) que é aquecida a 200º C,
fazendo com que o filme quebre-se em pequenas ilhas de 100 nm de diâmetro que aumenta a

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capacidade do material em capturar a luz do sol, aumentando o rendimento da célula solar e são
mais resistentes aos efeitos de sombreamento e a temperaturas elevadas.

Entretanto, por possuirem preço e período de retorno de investimento mais elevado em relação
aos outros tipos de células, as células monocristalinas são as mais ideais para potenciar o efeito
fotovoltaico porque usam o silício monocristalíno e possuem um único cristal que proporciona
alta eficiência e apresentam-se muitas vezes na forma de diferentes placas (redondas, quadradas,
semi-quadradas, etc).

Tipos de Células Solares


Células monocristalinas Células policristalinas Células amórfas Células de película fina

Tabela 2.1: Tipos de células solares


[Fonte: Greenpro, 2004]
A tabela a seguir ilustra a eficiência das células solares desenvolvidas a partir da década de 70.

Material da célula Solar Eficiência da Célula


Silício monocristalíno 11-16%
Silício policristalino 10-14%
Silício Cristalino de película fina 6-8%
CIS, CIGS 4-7%
Tabela 2.2 : Rendimento das diferentes tecnologias de células fotovoltaicas
[Fonte: Freitas, 2008]

2.1.2.2. Características Eléctricas das Células Solares

A unidade básica de produção de energia de um sistema gerador solar de potência é a célula


solar, que usa as propriedades de matériais semicondutores (silício, germano, etc) que quando
dopados com elementos químicos como boro ou fósforo formam uma junção pn, em que num
lado temos excesso da concentração de cargas positivas e do outro de cargas negativas. Quando o

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matérial semicondutor é esposto a radiação solar surge um campo que vai quebrar o par electrão-
lacuna resultando na criação de uma diferença de potêncial nos seus extremos, tal que quando se
liga um fio partindo dos extremos a uma carga há circulação de electrões e consequentemente
movimento de corrente eléctrica (efeito fotovoltaico), como mostra a figura 2.4.

Figura 2.4: Princípio de funcionamento de uma célula fotovoltaica (efeito fotovoltaico)


[Fonte: Freitas, 2008]

Cada célula não importando o tamanho, produz no seu MPP uma tensão de cerca de 0,5V.
Algumas produzem mais, outras menos o modelo do circuito equivalente de uma célula solar é.

Figura 2.5: Circuito equivalente de uma célula solar fotovoltaica


[Fonte: Greenpro, 2004]
A corrente que se fecha pela carga I é obtida através da diferença de corrente eléctrica gerada
pelo feixe de radiação luminosa ao atingir a superfície activa da célula e da corrente que se
fecha através do díodo .

Na ausência de radiação (fotões) para geração de corrente eléctrica na célula solar, a corrente
que se fecha através da carga é igual ao inverso da corrente do díodo e é dada pela relação:

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( 2.3 )

onde: é a corrente inversa máxima de saturação do díodo; V é a tensão aos terminais da célula;

m é o factor de idealidade do díodo (díodo ideal: m=1, díodo real: m> 1); é o potêncial

térmico, T é a temperatura absoluta da célula em °K; q é a carga eléctrica do electrão.

Quando há geração de corrente eléctrica na célula solar, a corrente que se fecha pela carga I é
obtida pela lei dos nós de Kirchhof (o somatório das correntes que convergem é igual ao
somatório das correntes que divergem), e matematicamente é expressa através da relação:

( 2.4 )

A análise da curva IxV (corrente versus tensão) é fundamental para a caracterização de um


módulo fotovoltaico, pois a partir desta é possível obter os principais parâmetros que determinam
a sua qualidade e desempenho (Freitas, 2008). Portanto para as condições padrão a curva IxV da
célula solar é:

Figura 2.6: Curva I×V e parâmetros do ponto de potência máxima


[Fonte: Freitas, 2008]

2.1.2.2.1. Factores que Influenciam as Células Solares

Em células solares uma variação da radiação incidente provoca um aumento aproximadamente


linear da corrente de curto-circuito e uma variação ligeira da tensão de circuito aberto resultando

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no aumento brusco da potência de saída do módulo fotovoltáico.

Figura 2.7: Efeito causado pela variação de intensidade luminosa


[Fonte: Freitas, 2008]
A variação da temperatura na célula solar origina com que os pontos de operação na extração
máxima variem, ou seja a tensão em circuito aberto baixa com o aumento da temperatura e o
valor da corrente de curto circuito pouco varia.

Figura 2.8: Efeito causado pela temperatura na célula


[Fonte: Freitas, 2008]
Para estimar a temperatura da célula a partir da temperatura ambiente, pode se usar a equação:

( 2.5 )

onde: Tc é a temperatura de célula em °C, Ta é a temperatura ambiente média em °C, Kt é o


índice de claridade, NOCT é a temperatura nominal de funcionamento da célula.
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2.1.2.2.2. Rendimento e Factor de Forma FF

O rendimento expressa a relação entre o ponto de potência máxima de uma célula e a potência da
radiação solar incidente sobre a célula, e é expressa pela equação:

( 2.6 )

onde: A é a área da célula; G é a radiação solar incidente por unidade de superfície. O FF


expressa a aproximação da representação da curva I×V a um rectângulo, utilizada para qualificar
as células, tal que quanto maior for a qualidade das células mais próxima da forma rectangular
será a curva. O FF é expresso pela equação:

( 2.7 )

O FF tem um valor menor que uma unidade, que é comum entre 0,7 e 0,8 para boas células de
silício monocristalíno.

2.1.2.2.3. Pontos Quentes e Sombreamento em Células Solares

A célula solar quando é sombreada pode aquecer até ao ponto de se danificar, dando origem a
uma corrente inversa que flui através dela. Ao estar totalmente obscurecida a célula solar fica
inversamente polarizada passando a absorver energia eléctrica e transformando em calor.
Quando a corrente que a atravessa for suficientemente elevada no máximo igual á corrente de
curto-circuito, resulta um ponto quente (Freitas, 2008). Para prevenir os pontos quentes, a corrente é
desviada da célula usando díodos de derivação ligados em série com as células que impedem o
aparecimento de tensões inversas elevadas.

Figura 2.9: Célula solar com ponto quente e módulo PV sombreado com díodos de derivação
[Fonte: Freitas, 2008 & Greenpro, 2004]
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2.1.2.3. Módulos Fotovoltáicos

Os módulos fotovoltaicos são constituídos por agrupamentos de células ligadas em série ou em


paralelo de forma a obter os valores desejáveis de tensão e corrente eléctrica. Em módulos as
ligações em série constituem as fileiras para minimizar as perdas de potência no sistema e são
utilizados módulos do mesmo tipo. As ligações em paralelo são mais frequentes nos sistemas
com ligação à rede e nestas encontram se várias fileiras ligadas em paralelo. Entretanto, nas
interligações de módulos o número de módulos por fileira produz as curvas a seguir:

Figura 2.10: Ligação em serie ( esquerda ) e em paralelo ( direita ) entre módulos fotovoltaicos
[Fonte : Greenpro, 2004]
Existem também as ligações mistas que associam as interligações em paralelo e em série, são
mais ideais para grandes projectos de sistemas ligados à rede eléctrica de alta luminosidade.

Figura 2.11: Ligação mista de módulos fotovoltaicos


[Fonte: Greenpro, 2004]
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2.1.2.4. Controlador de Carga

Os controladores de carga são dispositivos electrónicos que usam diodos de bloqueio que não
permitem a circulação de corrente inversa e tem as funções de garantir óptima carga, protecção
contra sobrecargas, prevenção de descargas profundas nas baterias, etc. Os controladores de
carga podem ser de seguintes formas: controlador em série, em paralelo (ou shunt) e tipo MPP.

O contolador em série, usa uma chave depois do gerador fotovoltaico que permite desconectar o
sistema do arranjo quando as baterias estão plenamente caregadas, como mostra a figura 2.12.

Figura 2.12: Princípio de um controlador de carga série


[Fonte: Greenpro, 2004]
O controlador em paralelo ou tipo Shunt (consome menos energia e é o mais usado), funciona
com uma chave na entrada do gerador fotovoltaico, de modo que quando a tensão da bateria
atingir a sua tensão máxima, os paineis são curto circuitados, como é mostrado na figura 2.13.

Figura 2.13: Princípio de um controlador de carga Shunt


[Fonte: Greenpro, 2004]

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Os controladores em série e em paralelo possuem perdas significativas de energia (10 á 40%) e


por isso introduziram -se os controladores de carga MPP. Estes têm um sistema de rastreio MPP
que consiste num conversor DC/DC regulado de modo a tomar a máxima potência e ajustar o
sinal de saída em função da tensão de carga da bateria. São mais adequados para projectos com
potências fotovoltaicas superiores a 500W e tem eficiência DC/DC que varia entre 90 a 96 %.

Figura 2.14: Princípio de um controlador de carga MPP


[Fonte : Greenpro, 2004]

2.1.2.5. Baterias Solares

A não simultaneidade entre a produção e consumo de energia em sistemas fotovoltaicos, leva à


necessidade do uso de baterias solares para armazená-la. Nas baterias solares as células
electroquímicas são a unidade responsável pelo processo de acumulação de energia e são
basicamente formadas de dois eléctrodos isolados com polaridades diferentes (negativo e
positivo) imersos num meio electrolítico.

Na descarga, o material activo dos eléctrodos reage quimicamente com o eletrólito e liberta-se
energia eléctrica. No processo de carga aplica-se uma tensão superior à dos eléctrodos e os
electrões fluem na direcção contrária onde a reacção química inversa ocorre e consome a
energia.

As células possuem uma tensão baixa e por isso a maioria das baterias são compostas por
diversas células associadas em paralelo de modo a formarem níveis de tensão e capacidade da
baterias mais adequadas ao sistema, para satisfazerem as diversas necessidades a que possam ser
aplicadas consoante a sua finalidade.

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Figura 2.15: Esquema de uma célula electroquímica


[Fonte: GTES, 2004]
Entretanto em sistemas fotovoltaicos autónomos as batérias mais usadas são as de chumbo ácido
e estas podem ser húmidas, seladas ou de gel de chumbo, estacionárias com placas tubulares
(OPzS e OPzV) e de bloco com placas positivas planas. As células de chumbo ácido utilizam
dióxido de chumbo (PbO2) como material activo da placa positiva (eléctrodo positivo) e chumbo
metálico (Pb) numa estrutura porosa altamente reactiva como material activo da placa negativa
(eléctrodo negativo). A reação química reversível na bateria chumbo-ácido é:

(Carga) (Descarga)

As baterias seladas ou de gel chumbo (em que o ácido sulfúrico é imobilizado com
recurso a aditivos ganhando a consistência de um gel) são as mais comuns e usadas nos sistemas
fotovoltaicos autónomos pelo facto de serem seladas e equipadas com válvula de segurança
através dos quais libertam-se os gases que se acumulam nas sobrecargas. Estas, necessitam de
um controlador de carga que seja adequado às suas características por serem altamente sensíveis
a sobrecargas.

Em instalações fotovoltaicas autónomas, também podem ser usados as baterias de níquel cádmio
(NiCd) e de lítio ferro fosfato (LiFePO) mas, estas têm a inconveniência de custo mais elevado
em relação às de chumbo ácido.

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2.1.2.6. Inversores Solares

Os inversores solares são dispositivos eléctricos que convertem o sinal eléctrico DC em AC e


ajustam para frequência e nível de tensão da rede a que está ligado, usando um mecanismo de
chaveamento (transistor, relé, etc) para alterar o fluxo de corrente. Os inversores para sistemas
fotovoltaicos autónomos classificam se quanto à sua forma na saída, sendo os principais tipos os
de onda quadrada, senoidal modificada ou rectangular e senoidal pura.

O inversor trapezoidal ou de onda rectangular é o mais próximo da senóide que o de onda


quadrada, o que o torna mais adequado para mais aplicações. Usa um transformador que eleva o
sinal DC disponivél em forma de onda quadrada com frequência de 50Hz para uma tensão de
230V, podendo alimentar qualquer carga com excepção dos aparelhos eléctricos mais sensíveis.

Figura 2.16: Formas de ondas típicas dos inversores monofásicos


[Fonte: GTES, 2004]
Os inversores de onda sinusoidal, são dispositivos electrónicos baseados no princípio da
modulação por largura de onda sinusoidal e são adequados para conexão em aparelhos muito
sensíveis, comparados com os inversores trapezoidais são muito mais caros devido à sua
complexidade.

Existem também os inversores ligados à rede eléctrica nos quais a energia produzida é injectada
directamente na rede eléctrica pública e podem ser de dois tipos:

 Comutados pela própria rede eléctrica, utilizando o sinal da mesma para se sincronizar;

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 Auto-comutados, em que um circuito electrónico no inversor controla e sincroniza o sinal


dele ao sinal da rede eléctrica. (Greempro, 2004)
Dependendo da configuração do painel solar os inversores ligados à rede podem ser: inversor
central, inversor de fileira, inversor de várias fileiras e inversor com módulo integrado.

2.1.2.7. Cabos Elétricos e Outros Acessórios

Os cabos eléctricos são os responsáveis pelo estabelecimento da ligação entre os módulos e os


outros componentes. Devem ser resistentes aos raios ultravioletas, ao clima e serem apropriados
para um largo espectro de temperaturas. Geralmenteos cabos usados em sistemas autónomos têm
secção transversal variável entre 1,5 mm2 e 6,0 mm2.

Usualmente, os outros acessórios usados na instalação dos sistemas fotovoltaicos são terminais,
fita isolante, electroduto, parafusos, bornes para bateria, abraçadeiras, buchas de fixação, pregos
etc., para fixar os diversos elementos do sistema às suas bases e suportes e para efectuar as
conexões eléctricas. Estes acessórios devem ser adequados ao tipo de material sobre o qual serão
instalados. As técnicas e procedimentos usados para fixação dos condutores são as habituais de
uma instalação elétrica convencional eé preciso ter em vista que está se trabalhando com corrente
contínua e em geral os níveis de corrente são elevados.

2.2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE INCUBADORA

2.2.1. Especificacações de Incubação

Incubação é um conjunto de factores físicos presentes num meio matérial que rodeia o ovo, e que
intervêm no processo biológico através do qual um ovo fértil se transforma num novo indivíduo.
Esta pode ser natural ou artificial. O sucesso da incubação artificial depende da regulação dos
quatro factores envolvidos na incubação (temperatura, teor de humidade relativa, ventilação e
volteio regular dos ovos).

2.2.1.1. Temperatura

A incubadora (aparelho para incubação de ovos) deve fornecer uma temperatura semelhante á de
uma galinha que aquece os ovos com seu corpo, que é obtida por aquecimento e regula-se por
meio de um termostato (dispositivo electrónico que serve para manter constante a temperatura).

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A temperatura ideal na fase inicial de incubação é de 37,8ºC e na fase de eclosão é de 37 a


40,5ºC (Casvassim, 2004), porque o ovo aumenta a temperatura em 2°C no máximo.

2.2.1.1.1. Método de Aquecimento da Incubadora

No interior da incubadora a temperatura pode ser estabelecida pelo uso de candieros e outros
mecânismos de aquecimento, porém neste trabalho serão usadas lâmpadas para o aquecimento
interno da incubadora solar. Os tipos de lâmpadas disponíveis no mercado são as lâmpadas
incandescente, lâmpadas de descargas eléctricas (fluorescentes, de vapor metálico, vapor de
sódio, etc) e as LED‟s. Pelo facto das lâmpadas incandescentes emitirem maior percentagem da
radiação no infravermelho (73%) e uma percentagem de calor (de 19%) não muito excessiva em
relação as outras lâmpadas (Wageningen et all,1995) e ainda, possuirem um excelente índice de
reprodução de cores, elas satisfazem a condição para o aquecimento das “incubadoras solares”.

Incandescente Fluorescente Vapor Metálico LED’s


Energia Luz visivél 8% 21% 27% 15-25%
Radiada Infra-Red 73% 37% 17% 0%
Ultravioleta 0% ~0% 19% ~0%
Total de energia radiada 81% 58% 63% 15-25%
Emissão de calor 19% 42% 37% 75-85%
Total 100% 100% 100% 100%
Tabela 2.3: Energia radiada pelas lâmpadas electrónicas
[Fonte: Pinto, 2008]

2.2.1.1.2. Parâmetros Luminotécnicos das Lâmpadas da Incubadora

Do ponto de vista luminotécnico as principais grandezas relacionadas com a emissão de luz pelas
fontes puntiformes são a intensidade luminosa, o fluxo luminoso, o iluminamento ou
aclaramento e a luminância, tendo em conta as outras grandezas tais como: o rendimento
luminoso, a temperatura de cor e a duração de vida média.

O fluxo luminoso Φ, é a quantidade total de luz emitida por uma fonte, medida em lúmens (lm)
na tensão de funcionamento (Ferreira, 2010).

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A intensidade luminosa I é a intensidade do fluxo luminoso projetado em uma determinada


direcção expressa em candelas (Cd).

A iluminância E ou iluminamento é o fluxo luminoso Φ que incide sobre uma superfície S


situada a uma certa distância da fonte (Osram, 2010), medida em lux (lx) e é dada pela relação:

( 2.19 )

Luminância L é a intensidade luminosa I que emana de uma superficie para a sua superficie
aparente (Ferreira, 2010), medida em Cd/ m2 e é dada pela relação:

( 2.20 )

onde é o ângulo considerado em graus. Uma vez que é difícil medir a intensidade luminosa
que provém de um corpo não radiante (através de reflexão) então recorre se à seguinte fórmula:

( 2.21 )

onde é o coeficiente de reflexão, E é a iluminância sobre essa superficie. O índice do local que
se pretende iluminar, que é a relação entre as dimensões do local é calculado através da relação:

( 2.22 )

Onde: C é o comprimento, l é a largura e A é altura do local a ser iluminado.

Em função do índice do local (K), dos índices de reflexão do tecto, parede e piso, determina-se o
factor de utilização (FU) que é a razão entre o fluxo utilizado e o fluxo luminoso emitido pelas
lâmpadas (Ferreira, 2010), dada através da tabela:

Tipos Branco Claro Médio Escuro


Tecto 80% 70% 50% 30%
Parede --- 50% 30% 10%
Piso --- --- 30% 10%
Tabela 2.4: Factor de utilização – FU
[Fonte: Osram, 2010]
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O factor de manuntenção do ambiente a ser iluminado é:

Ambiente Limpo Médio Sujo


Factor de Manuntenção (FM) 0,9 0,8 0,6
Tabela 2.5: Factor de manuntenção – FM
[Fonte: Osram, 2010]
O número de lâmpadas e de luminárias caso se deseje usar é calculado mediante a aplicação da
expressão:

( 2.23 )

Onde: N é o número de lâmpadas/ luminárias, E é a iluminância desejada, S é a área do local, Φ


é o fluxo da lâmpada = Fluxo luminário da lâmpada x Quantidade da lâmpada, FU é o factor de
utilização (dada pela Tabela 2.6) e FM é o factor de manuntenção (dada pela Tabela 2.7).

2.2.1.2. Teor de Humidade Relativa

O teor de humidade relativa ideal para a incubação é de 50 a 60% e 70 a 75% na eclosão, caso
não seja regulado os embriões desidratam-se no ovo ou não conseguem eliminar os gases tóxicos
por eles produzidos. Para conseguir esta humidade regulada deve se instalar na incubadora
recipientes com água e medi-la usando termómetro húmido ou higrómetro, como é ilustrado na
figura a seguir:

Legenda

1 - Termómetro vulgar;

2 – Invólucro de tecido;

3 - Pequeno reservatório de água.

Figura 2.17: Termómetro húmido ou higrómetro


[Fonte: Wageningen et all, 1995]

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Para medir a humidade relativa é necessário fazer a diferença de temperatura do termómetro seco
e do termómetro húmido. A tabela 2.6 mostra algumas especificações de temperatura e
humidade a ter em conta no interior da “incubadora solar”.

Incubação Dia Termómetro Húmido (°C) Termómetro Seco (°C) Humidade Relativa (%)
0 – 18 31 38,9 60
19 – 20 27 36,1 50
21 33 36,1 70
Tabela 2.6: Especificações de temperatura e humidade no interior da “incubadora solar”
[Fonte: Wageningen et all, 1995]

2.2.1.3. Ventilação e Volteio Regular dos Ovos

Para que os embriões possam assimilar oxigénio e eliminar dióxido de carbono a incubadora
deve possuir um sistema de ventilação. A ventilação ideal deve ser de 21% de oxigénio e mais de
0,5% de gás carbónico.

Para uma melhor distribuição da temperatura sobre todas as partes dos ovos e para que a gema
não cole a casca do ovo deve-se efectuar o volteio dos ovos. No início da incubação o volteio dos
ovos deve ser feita de duas em duas horas ou de três em três horas, a rotação a executar deve ser
no mínimo de 45º (Wageningen et all, 1995). O dispositivo para volteio dos ovos é constituido
por quadro móvel com rede o arame que permite virar os ovos duma vez sem necessidade de
abrir a porta a incubadora.

Figura 2.18: Dispositivo para virar os ovos


[Fonte: Wageningen et all, 1995]
Uma pega na parede da incubadora permite deslocar o quadro (5 cm ajustáveis), no qual os ovos
rolam na gaze (rede de capoeira de galinha) e são voltados para outro lado.

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2.2.1.4. Regulação Automática da Temperatura

No interior da incubadora aquecida electricamente, a temperatura é mantida num nível constante


usando um termóstato. Existem vários tipos de termóstatos, os mais usados são o termóstato
bimetálico (disjuntor) e termostato de cápsula de éter.

O termostato de cápsula de éter, funciona na base de um gás (éter) que dilata-se sob o efeito da
pressão na cápsula quando a temperatura aumenta e desliga a corrente eléctrica, as lâmpadas
apagam-se e pouco tempo depois acendem.

O termóstato bimetálico é o mais usado para manter a temperatura constante nas incubadoras. É
feito de duas folhas de metais diferentes (bronze/aço ou cobre/zinco) com coeficientes de
dilatação diferentes, tal que, sob a acção do calor a folha de bronze (ou cobre) dilata-se mais do
que a folha de aço (ou zinco). Como estão fixadas juntas o bimetal derrete caso aumente a
temperatura e desliga a corrente, quando a temperatura desejada foi atingida, e ao arrefecer volta
à sua forma original e restabelece a corrente. O bimetal tem um botão que permite a regulação da
temperatura desejada. A figura 2.19 mostra a forma de um interruptor de termostato bimetálco.

Legenda

1- folha de cobre;
2 - folha de metal;
3 - parafuso;
4 - cabo 1;
5 - cabo 2

Figura 2.19: Interruptor de termostato bimetálco


[Fonte: Wageningen et all, 1995]

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CAPITULO III – MATERIAL E MÉTODOS

3.1. Metodologia

3.1.1. Metodologia de Construção da Incubadora

Para a construção da incubadora primeiro foi feito o dimensionamento da grade de rolagem dos
ovos que irá facilitar o volteio dos ovos tendo em conta o perímetro do ovo de galinha (13,6 cm)
e o espaçamento para a rolagem dos ovos (definido pelo meio perímetro dos ovos de 6,8 cm, no
qual adoptou se o valor aproximado que é de 7 cm) na bandeja.

Partindo das dimensões da grade de rolagem dos ovos na incubadora, foram dimensionadas as
medidas internas e externas da bandeja dos ovos da incubadora (que tem as dimensões definidas
pelo comprimento da grade de ralagem dos ovos mais o espaçamento para a rolagem dos ovos) e
foi feita a definição da grade ideal para assegurar os ovos (rede de gaze ou arame de 0,5 cm de
diâmetro).

Tendo em conta as medidas da bandeja dos ovos foram estabelecidas as medidas da caixa da
incubadora: paredes de espessura de 20 mm e medidas externas de 108 cm X 54cm X 40 cm.

Foi ainda estebelecida a altura a que se deve encontrar a bandeja dos ovos das lâmpadas que
aquecem a incubadora para garantir que não haja um escesso de iluminação de modo a que não
se ultrapasse a temperatura ideal de 37,8°C e garantir que haja uma incubação dos ovos com
sucesso (70% a 80% dos ovos iniciais submetidos para a incubação).

Sendo conhecida todas as medidas da incubadora foi feita a identificação da quantidade, do tipo
de lâmpadas eficientes e adequadas para a incubação de ovos de galinha usando as tabelas dos
ANEXOS e APÊNDICE.

Foi identificado o número ideal de lâmpadas que irão ilumirar a incubadora, na base de cálculos
de iluminância, usando a seguinte formula:

(3.1)

E foi achado também o índice do local a ser iluminado e outros parâmetros, tendo sido calculado
o número de lâmpadas aplicando a seguinte formula:
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( 3.2 )

Foi indicada e definida a estruturação de outros parâmetros da incubadora solar, como a fixação
ideal do visor de vidro na porta da incubadora, do posicionamento ideal da porta, do local ideal
de colocação das fechaduras, dos recipientes para manter a humidade relativa bem como da
distância a que este devem estar situados das lâmpadas que feornecem a iluminação e
aquecimento ideal na incubadora, o termostato ideal a ser usado e a sua posição de fixação na
incubadora, bem como os termómetros que medem a temperatura no interior da incubadora.

3.1.2. Metodologia de Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico

3.1.2.1. Método Usado

Para o dimensionamento do sistema fotovoltaico para a “incubadora solar” (ou para sistemas
autónomos no geral) podem ser usados dois métodos: o método de dimensionamento de sistemas
com ligação à rede eléctrica e o método de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos
autónomos.

No presente trabalho para dimensionar o sistema fotovoltaico para a “incubadora solar” foi usado
o método de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autónomos pelo facto da incubadora ser
um sistema que funciona com baixas potências (abaixo de 1kW) e o método de dimensionamento
de sistemas com ligação à rede eléctrica ser usado para dimensionar grandes projectos
fotovoltaicos com ligação à rede eléctrica de potências superiores a 1kW.

O método de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos autónomos consiste no cálculo da


potência nominal do gerador fotovoltaico, para dimensioná-lo em função da energia total diária,
expressa em Wh/dia. Segundo (Freitas, 2008) o procedimento para a aplicação deste método
envolve as seguintes fases:

 Avaliação da viabilidade técnica atendendo ao recurso solar disponível no local;


 Avaliação das necessidades energéticas para alimentar as cargas, tendo em conta as
opções que conduzem à poupança de energia;
 Desenvolvimento conceptual do sistema;
 Avaliação da radiação solar disponível de forma detalhada;

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 Dimensionamento dos principais componentes do sistema;


 Selecção dos componentes e revisão do projecto e dimensionamento do sistema.

A aplicação deste método foi cumprida mediante a implementação e concretização dos


procedimentos de dimensionamento de sistemas fotovoltaicos necessário para que se tenha um
óptimo sistema, descritos na no paragrafo que se segue.

3.1.2.2. Metodologia/ Procedimentos

Primeiro foi feito o levantamento e análise das necessidades energéticas da incubadora solar de
100 ovos (que é o consumo de todas as lâmpadas da incubadora solar). Nesta fase do trabalho foi
feita a identificação das lâmpadas eléctricas mais eficientes e adequados para a “incubadora
solar”, e a análise das horas de funcionamento destas com a finalidade do cálculo do consumo
total de energia eléctrica em Wh/dia. O total de consumo de energia foi achado mediante a
aplicação da relação:

( 3.3 )

De seguida foi feita uma análise conceptual do sistema para, a identificação da tensão a adoptar.
Pelo facto do sistema em estudo ser de pequenas dimensões, a tensão adoptada é de 12V para
corrente contínua (havendo a possibilidade de associar- se a outros sistemas com outros nivéis de
tensão caso seja necessário).

Foi feita uma avaliação do recurso solar, para poder se conhecer o mês com menor incidência de
radiação solar e da latitude do local em que a incubadora solar e o sistema PV estiverem a ser
usados, de modo a estabelecer um ângulo de inclinação do painel solar adequado para maximizar
a radiação incidente no plano do painel, extraindo assim a máxima potência do painel para o mês
em que a radiação solar é mais baixa, com base na análise do catálogo da Tabela APÊNDÍCE 1.

Procedeu-se ao dimensionamento dos componentes do sistema fotovoltaico para a incubadora


solar. Tomando em conta o mês de menor radiação solar (Junho) foi feito o dimensionamento
dos módulos fotovoltáicos necessários para alimentar a incubadora solar calculando deste modo
a potência nominal do gerador fotovoltaico na base da geração do módulo solar, usando a
seguinte relação:

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( 3.4 )

e tendo em conta a potência nominal do gerador fotovoltaico , o consumo tolal e a geração


do módulo foi achado o número de módulos fotovoltaicos que compoem o sistema, dada pela
relação:

( 3.5 )

Ainda tendo em conta o levantamento do total de consumo de energia em Wh/dia já efectuado,


fez-se o dimensionamento das baterias solares. Neste ponto foi identificada a partir de cálculos a
capacidade de cada bateria que integra o sistema fotovoltaico, que irá indicar a atensão final e
ideal a adotar para o sistema, usando a relação:

( 3.6 )

e a capacidade total do banco de baterias, que segundo (SolarTerra, 2004) é dada através da
seguinte relação:

( 3.7 )

onde: 1,66 é o factor de correção de batéria de acumuladores que leva em conta a profundidade
de descarga admitida, envelhecimento e um factor de temperatura; : Consumo total de
energia da instalação em Ah/dia; Aut: são dias totais de autonomia prevista.

Foi dimensionado o inversor solar, para a conversão de corrente continua (DC) em corrente
alternada (AC) para o consumo das cargas que funcionam na base de corrente alternada (AC),
para tal foi calculada a potência aparente máxima Q usando a relação:

( 3.8 )

Depois foi dimensionado o controlador de carga que de entre as várias funções este protege as
baterias solares contra sobrecargas e descargas profundas, para tal foi achada a potência aparente
do controlador de carga empregando a relação (3.8), e depois a corrente máxima
associada à corrente continua que é a base para identificar o controlador de carga, usando a
relação seguinte:

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( 3.9 )

Por último foi dimensionada a área da secção transversal dos cabos eléctricos, de modo a garantir
maior eficiência na transmissão da corrente eléctrica e sem grandes perdas, a partir do cálculo,
usando a relação seguinte:

( 3.10 )

Os cabos a usar geralmente são de cobre, com uma seção mínima do condutor variavél de 1,5 á 6
mm², com resistividade igual a 1/58Ωmm²/m, comprimento l não superior a 5m, com uma queda
de tensão aceitavél de 1,5%, e uma tensão variavel com as necessidades do utilizador.

3.2. Matériais e Instrumentos Usados

3.2.1. Material de Construção da Incubadora

Para construção da incubadora serão necessários os seguintes matériais:

 1 Caixa de madeira para incubadora (108 cm X 54 cm X 40 cm e espessura = 20 mm),


com 1 bandeja de ovos de medidas internas 104 cm X 50 cm e externas 106cm X 52 cm;
 2 Recipientes de água de 44 cm X 25 cm e 4 cm de altura, pode usar se vários recipientes
desde que não falte água para garantir a humidade na incubadora;
 1 Termómetro que varia de 0 a 50°C (disponível nas farmácias);
 3 Lâmpadas incandescentes transparentes, com potência de 60 W (240W) cada;
 1 Pedaço de vidro (visor de vidro) de 30 cm X 10 cm X 4 mm de espessura;
 1 Termostato (controlador térmico);
 1 Termómetro húmido ou higrómetro;
 2 Dobradiças, 20 pregos de alumínio, 20 parafusos e 100 bushers;
 2m de rede fina de gaze;
 2m de rede grossa (2m) ou 2 m arame (espessura de 3mm)
 2 fechaduras de metal para a porta da incubadora.

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3.2.2. Componentes do Sistema Fotovoltaico

Na instalação do sistema fotovoltaico serão usados os seguintesaparatos dimensionados para


funcionarem durante todas estações do ano, inclusive no mês de menor incidência solar:

 2 Módulos fotovoltaicos monocristalinos (12V, 150Wp);


 2 Baterias Solares Selada (12V 190Ah);
 1 Controlador de carga (10A 12/24V );
 1 Inversor autónomo de onda trapezoidal ou quadrada modificada (400W/12V);
 80m de cabo eléctrico de 1,5 mm2 de diâmetro mínimo.

Os acessórios usados para complementar a instalação do sistema serão:

 1 Estrutura de poste solar (feita a partir de ferro galvanizado) de 2,5 m de altura, para
fixar o gerador PV;
 1 Estrutura retangular de tábua de madeira com base de ferro galvanizado, para montagen
e fixação dos componentes do sistema PV;
 3 Bocais de lâmpadas incandescentes;
 2 Interruptores;
 2 Dinjutores.

Serão usados ainda materiais que irão auxiliar no âmbito da realização da instalação eléctrica na
incubadora, a saber:

 Martelos, alicates;
 Tesouras de corte de metal, cola;
 Protector de terminais, etc.

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CAPITULO IV – RESULTADOS

4.1. Especificações para a Construção da Incubadora Solar

Para a construção da incubadora solar devem se ter em conta alguns aspectos que garantem uma
incubação de ovos com sucesso, os aspectos mais inportantes na construção da incubadora são:

4.1.1. Dimensionamento da Grade de Rolagem dos Ovos

A incubadora em causa tem capacidade de incubar 100 ovos de galinha, durante 21 dias. O
perímetro do ovo de galinha é igual a 13,6 cm, meio perímetro é igual 6,8 cm (adopta-se 7 cm), a
distância da rolagem dos ovos será exactamente metade do perímetro do ovo de galinha deitado.
Calcula-se o tamanho da grade de rolagem dos ovos de galinha da seguinte maneira:

( 4.1 )

O tamanho da grade de rolagem será de 96,3 cm, o espaço para a rolagem dos ovos será igual a 7
cm, por isso o tamanho interno da bandeja dos ovos será igual á:

( 4.2 )

A grade de rolagem dos ovos tem uma capacidade de 5 ovos por coluna, com 20 colunas. Esta
será feita com uma rede de capoeira de galinha que pode ser comprada ou construida usando um
fio de 3 mm de arame galvanizado (electrizado) rígido, como é mostrado na figura 4.1.

Figura 4.1: Construção da grade de rolagem dos ovos

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4.1.2. Definição do Tamanho da Bandeja Ovos

Baseando- se no tamanho da grade de rolagem dos ovos e do espaço de rolagem dos ovos, temos
as seguintes medidas da bandeja dos ovos:

 Medidas internas da bandeja 104 cm X 50 cm;


 Medidas externas da bandeja 106 cm X 52 cm.

Para construção desta deve-se cortar dez madeiras com as dimensões seguintes: duas de 104 X 4
X 2,0 cm para correr a bandeja, duas de 104 X 4 X 2,0 cm mais, duas de 106 X 4 X 2,0 cm para
fazer a bandeja, duas de 104 X 1 X 1 cm para engradado externo, três de 50 X 1 X 1 cm para
engradado interno.

Figura 4.2: Engradado interno e externo da bandeja de ovos


A tela da rede é furada e resistente de modo a suportar o peso dos ovos, pode ser de nylon ou de
arame com vazamento de 0,5 cm2. Tal que a bandeja mais a grade de rolagem tem este aspecto.

Figura 4.3: Bandeja com grade de rolagem dos ovos

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4.1.3. Medidas da Caixa da Incubadora

Vamos utilizar uma caixa de madeira, pelo facto da madeira ser um bom isolante que não
permitirá trocas de calor com o exterior, com as seguintes medidas externas: caixa de incubadora
de largura 108 cm X comprimento 54 cm X 40 cm de altura, as madeira tem uma espessura igual
a 20 mm de espessura.

Figura 4.4: Medidas da caixa da Incubadora solar


A “incubadora solar” terá as seguintes dimensões em termos de medidas de altura e largura:

Figura 4.5: Secção de uma incubadora de ovos

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4.1.4. Cálculos Para Identificação das Lâmpadas da Incubadora

Apartir do estudo dos catálogos nos Apêndices (Tabela APENDÍCE 2) e nos Anexos (Tabela A2,
Tabela A4), constatou se que para a iluminação e aquecimento da “incubadora solar” serão
usadas as lâmpadas incandescentes pelo facto de emitirem uma percentagem de calor (de 19%)
não muito excessiva em relação as outras lâmpadas (vapor de sódio, de mercúrio, etc), possuir
um excelente indice de reprodução de cores, não precisarem de reactor ou ignitores como as de
vapor de sódio para o seu funcionamento e reduzido custo de compra no mercado se comparadas
com as outros tipos de lâmpadas alternaticas para a iluminação e aquecimento de incubadoras,
embora não sejam as mais eficiêntes.

Figura 4.6: Lâmpada incandescente transparente


A incubadora tem uma área rectangular com dimensões de 104 cm X 50 cm, por isso a área util
ou seja a ser iluminada que é a área que abrange a bandeja onde ficam armazenados os ovos de
galinha durante a incubação é:

( 4.3 )

A incubadora é classificada como um ambiente de classe C (ver Anexo 4) que necessita de uma
iluminâcia de 2 000 á 5 000 lux no máximo, para poder garantir uma incubação com sucesso dos
ovos (ou seja para que se verifique um aeclosão de no máximo 80% á 70% dos 100% iniciais de
ovos asubmetidos para a incubação) . Para atingir esta iluminância máxima escolheu-se
lâmpadas incandescente transparentes de bulbo redondo de 60W, que libertam um fluxo
luminoso de 864 lm (ver Tabela A2 dos Anexos) cada uma, de modo a que elas possam ser
associadas e iluminem a área da bandeija dos ovos com a iluminância necessária e estabelecem a

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temperatura ideal (37,8° a 40,2°) para que se estabeleça correctamente os parâmetros térmicos na
“incubadora solar”.

A iluminância que exprime o fluxo luminoso (radiação provenienete das lâmpadas


incandescentes da incubadora) que incide sobre uma superfície situada a uma certa distância
(área total da bandeja dos ovos a ser iluminada) da fonte, será dada como:

( 4.4 )

Uma vez conhecendo o comprimento e largura (50 cm X 100 cm) da bandeja de ovos que é o
local onde se pretende iluminar, e a altura da área a iluminar a lâmpada central:

( 4.5 )

pode se determinar o índice do local de trabalho, será dada como:

( 4.6 )

Por tratar se de um ambiente com paredes médias o factor de utilização empregue tendo em
conta o o índice do local de trabalho é de 30% ou seja 0,3 (ver Tabela 2.6). O factor de
manuntenção que será usado é de 0,9 ou seja 90%, por tratar se de um ambiente limpo (ver
Tabela 2.7).

O número de lâmpadas incandescentes a serem usadas para aquecer a incubadora é calculado


através aplicação da seguinte relação:

( 4.7 )

Portanto de acordo com os calculos, serão usadas 3 lâmpadas incandescentes de bulbo redondo
transparente com uma potência de 60W cada uma, colocadas duas nos lados (no máxim,o a uma
altura de 23 cm para cima da bandeja dos ovos) e uma no meio para garantir que a área da
bandeja seja iluminada totalmente, e seja atingida com sucesso a temperatura de 37,8°C ideal
para no inicio da incubação com sucesso.

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4.1.5. Estruturação de Outros Parâmetros da Incubadora

A fixação da madeira de apoio da bandeja deve ser com quatro parafusos e porcas em cada lado,
mas pode-se usar pregos adequados ou ainda outros materiais alternativos (como a criação de
pequenos corregos de madeira fixas a incubadora).

A estruturação geral e a disposição dos parâmetros da “incubadora isolar” tem, a organização


ilustrada na figura 4.7.

Figura 4.7: Incubadora e seus parâmetros


As 3 lâmpadas incandescentes (60 W) serão presas uma de cada lado e a outra no meio. O
termômetro deve ser posto ao mesmo nível do sensor porém no lado oposto tendo o cuidado de
não quebrar. Atendendo que a temperatura a estabilizar e de 37,8 °C, devem serfeitos 12 furos
(com uma tela fina para evitar a entrada de insectos que oportunamente possam existir no local
de fixação temporal ou permanete da “incubadora solar”) para ventilação, com 1 cm de diâmetro
na base, 4 próximos à lateral, 4 próximos à outra lateral e 4 no meio da base conforme mostrado
na figura 4.7. A humidade relativa na incubadora será conseguida instalando 2 recipientes de
água, com as dimensões de 44 cm X 25 cm X 6 cm, tendo especial atenção de os recipientes não

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taparem os furos de ventilação, interferir na ciorculacao de ar provocamdo a alteracao da


humidade e de outros parametros na temperatura que possam por sus vez condicionarem o
nascimento de pintos machucados, viscosos, pequenos, etc.

4.1.6. Rolagem dos Ovos na Incubadora

Para rolagem dos ovos deve ser feito um furo fino no sentido horizontal alinhando com a grade
de rolagem de modo a caber a chave que vai empurrar e puxar a grade de rolagem dos ovos, a
chave deve ser fabricada com o arame usado na fabricação da grade de rolagem e deve ser rígido.

Figura 4.8: Chave de rolagem dos ovos


A porta da incubadora deve ser horizontal de modo que no momento em que abrir-se a porta para
questões de operação, esta não permita trocas escessivas de calor, que possam alterar as
condições térmicas no seu interior.

Figura 4.9: Detalhes da construção da porta da incubadora

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As dobradiças devem estar localizadas na parte inferior da tampa, para facilitar que para
pequenas operações na incubadora a porta não se abra com maior ângulo e consequentemente
não permita maior entrada de ar.

Figura 4.10: Detalhes das dobradiças da porta da incubadora

As fechadura (dois trincos) da porta da incubadora solar devem estar fixadas nas pontas
superiores da porta da incubadora,uma de cada lado, para melhor fechar e proteger o interior da
“incubadora solar” contra vazamento de calor.

Figura 4.11: Montagem das fechaduras da incubadora


O visor da incubadora deve estar na porta da incubadora e situar- se ao nível dos ovos, de modo
que o termômetro fique com o sensor de leitura nivelado com os ovos e a coluna de leitura fique
visível no visor, para questões de facilitar a leitura da temperatura sem precisar de abrir a
incubadora, como mostra a figura 4.12.

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Figura 4.12: Posição do visor dos ovos na “incubadora solar”

4.1.7. Identificação de Todos os Elementos Envolvidos na Incubadora

Figura 4.13: Elementos da “incubadora solar”


Para que o sistema não aqueça escessivamente, será usado um controlador térmico ou termostato
(bimetalico) que irá desligar as lâmpadas quando atingida a temperatura estabelecidae regulada
neste, e representará uma economia de energia de todo o sistma em funcionamento na ordem de
80% no máximo.

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4.2. Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico para Incubadora Solar

A incubadora em construção está acoplada a um sistema fotovoltaico. Por isso de seguida são
dimensionados os parâmetros que vão compôr o sistema fotovoltaico da “incubadora solar”.

4.2.1. Levantamento das Necessidades Energéticas da Incubadora

A primeira tarefa consistiu em efectuar o levantamento das necessidades energéticas diárias da


incubadora com capacidade para 100 ovos, para determinação do consumo total diário de energia
consumida pelos aparelhos em Wh/dia.

Cargas Quantidade Potência do Horas de Funcionamento Total do Consumo


aparelho (W) [A] (h/d) [B] (Wh/d) [A×B]
Lâmpadas 3 60 × 3 = 180 24 4320
Termóstato O termostato economiza a energia do sistema 4320 – 80%
em 80% no máximo
Total 3 180 24 864
Tabela 4.1: Necessidades energéticas de uma “incubadora solar”

4.2.2. Dimensionamento dos Módulos Fotovoltáicos

Para o dimensionamento dos módulos fotovoltaicos foi considerado o mês de menor incidência
solar, para que seja garantindo o funcionamento do sistema fotovoltaico durante todas as
estacões do ano. A partir da Tabela 1 do APÊNDICE é fácil notar que a menor incidência da
radiação solar verifica-se no mês de Junho, consequentemente a maior incidência solar ocorre no
mês de Dezembro.

Tendo em conta que a energia total consumida no interior da “incubadora solar” é de 864,0 Wh/d
(tendo em conta o funcionamento do termostato que e conomiza aenergia em 80%), o número
médio diário de horas de pico de sol durante o mês é de 5,6 horas de pico, a eficiência do sistema
é de 0,6 então terremos a potência do módulo dada como:

( 4.8 )

onde: é a potência de pico do gerdor fotovoltaico em Wp, E é a energia diária em Wh, G


é o número médio diário de horas de pico de sol durante o mês de design para a inclinação e a

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orientação do painel fotovoltaico; é a eficiência total do sistema (quando igual a 1 é de


100%) geralmente é considerado igual a 0,6 (60%). (Solar Con, 2012)

Pelo facto de haver perdas não é possivel ter um sistema totalmente eficiente. Entretanto, uma
relação de desempenho global do sistema de 60% é muito boa. O factor de eficiência de 0,6
usado para o sistema propiciou componentes de qualidade e correcto dimensionamento de cabos.

( 4.9)

( 4.9.1)

onde: é a eficiência total do sistema; igual a 20% é a eficiência dos módulos PV não
operando no MPP (0,98); são perdas de 2% no controlador de carga de boa qualidade
(0,98), igual a 10% são perdas de eficiência da bateria em Ah (0,9); são perdas de
2% em cabos de distribuição da bateria para cargas (0,98); são perdas de 10% em um
inversor de boa qualidade ( 0,9). (Solar Con, 2012)

O local da instalação (praticamente todas regiões moçambicanas) do sistema fotovoltaico anexo


a incubadora tem uma radiação média anual de 5,60 kWh/m²d, e o módulo solar escolhido é um
módulo com corrente nominal de 4.44 A, tal que terremos então a geração do módulo de:

O consumo total será igual á:

( 4.9 )

E o número de módulos solares para este sistema será:

( 4.10 )

Portanto 2 módulo de 4.4 A de corrente nominal e potência de 150 Wp (ou como alternativa 3
modulos de 100W cada) são suficientes para garantir uma iluminação adequada na “incubadora
solar”.

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4.2.3. Dimensionamento das Baterias Solares

A energia consumida diariamente é de 864,0 Wh/d, o número de dias de armazenamento A é de


3 dias, a tensão do sistema adoptada é de 12V-DC para 24V-AC, o número máximo permitido da
profundidade de descarga para o sistema escolhido com 50% é de T = 0,5, a eficiência do
inversor neste caso é de 90% ou seja , e assume-se que a eficiência da entrega de
cabos de alimentação da bateria para cargas é de 3%, tal que , a capacidade
mínima da bateria em Ah será:

( 4.11 )

( 4.11.1 )

( 4.11.2 )

onde Q é a capacidade da bateria em Ah; E é a energia diária em Wh; A é o número de dias de


armazenamento; V é a tensão do sistema DC; Té o número máximo permitido da profundida de
descarga (DOD) da bateria (0,3 a 0,9); é a eficiência do inversor (é 1 se não há inversor);
é a eficiência da entrega de cabos da alimentação da bateria para cargas. (Solar Con,
2012)

Entretanto, a capacidade total do banco de baterias solares (Cap.Bat) será:

( 4.12 )

Onde: 1,66 é o factor de correcção da bateria de acumuladores que leva em conta a profundidade
de descarga admitida, envelhecimento e um factor de temperatura; : Consumo total de
energia da instalação em Ah/dia; Aut são dias totais de autonomia prevista.

Serão usadas duas baterias com 200 Ah cada uma, para poderem satisfazer a demanda de 359 Ah
que é ideal e aproximado a 400Ah.

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4.2.4. Dimensionamento do Inversor Solar

Na tabela da Recon (ANEXO 1) para sistemas com potência total inferior a 1kVA, deve se
adoptar o factor de demanda de 0,80, tendo em conta que a potência do aparelho P, tal que a
demanda máxima do inversor será:

( 4.13 )

O inversor ora em escolha deve possuir uma potência real mínima de 144 W, uma entrada de
24V-DC e uma saída de 220V a 230V-AC.

Os inversores são dimensionados em função da potência aparente máxima Q, que é a relação


emtre a demanda máxima e o factor de potência nominal de 0,60 das lâmpadas electrónicas
oferecida pelo fabricante, dada pela relação:

( 4.14 )

O dimensionamento do inversor deve ser de modo a que este trabalhe com o máximo possível de
eficiência, com no máximo 80% da sua potência nominal. Para tal de acordo com os cálculos de
potência escolhemos um inversor de 400W (24VDC-220VAC). Adoptado o inversor
dimensionado podemos calcular a carga relativa do inversor quando operando a plena carga.

( 4.15 )

Assim o inversor estará a trabalhar sempre com máximo de 60% da sua eficiencia prevista (de

80%), o que garante uma confortável eficiência de conversão e uma reserva caso novas cargas

sejam ligadas. Para evitar perdas intrínsecas do inversor este deve estar sempre desligado caso

não esteja em funcionamento.

4.2.5. Dimensionamento do Controlador de Carga

Já foi achada uma demanda máxima de 144 W, o fabricante oferece um factor de potência de
0,60 portanto teremos uma potência aparente Q igual á:

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( 4.16 )

Uma corrente máxima no lado de corrente alternada de:

( 4.17 )

Considerando um rendimento de 80%, teremos a seguinte corrente ao lado de corrente contínua:

( 4.18 )

Onde: é a tensão da lampada, é a corrente ao lado da corrente alternada, é a


eficiência do Inversor, e é a tensão do sistema de 24 V.

De acordo com os cálculos de corrente ao lado de corrente contínua (em 4.18), conclui se que
será usado um controlador de carga com uma corrente de 10 A ao lado de corrente contínua.

4.2.6. Dimensionamento da Secção Transversal dos Cabos

Para garantir maior eficiência na transmissão da corrente eléctrica, em sistemas autónomos é


admitida uma queda de tensão máxima ( ) de 1,5% entre o quadro de distribuição e as
cargas, com tensão de carga ( ) de 220V, usando cabos de cobre (ρ=1/58Ωmm²/m) com
comprimento de 5m, tal que a secção dos cabos será:

( 4.19 )

onde: S é a seção mínima do condutor em mm²; ρ é a resistividade do cobre, l é a distância até a


carga em m, é a queda de tensão aceitavél em %, é a tensão em V.

Entretanto, dado o facto da menor secção de condutores disponível no mercado (para transporte
eficiênte de corrente eléctrica) ser variavél de , tem se que para este trabalho a
seção escolhida será de 1,5mm².

4.2.7. Desenho das Interligações do Sistema Fotovoltaico Para Incubadora

O sistema fotovoltaico que alimentará a incubadora solar” seguirá com o seguinte esquema de

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ligações entre os seus componentes (modulos, controlador de carga, baterias e inversor):

Figura 4.14: Diagrama de ligações do sistema PV (DC/ AC) para alimentar a Incubadora solar

4.2.7.1. Especificações a Adoptar na Instalação do Sistema Fotovoltaico

O arranjo fotovoltaico será fixado num poste solar de ângulo regulavél. Para cada localidade de
Moçambique onde for levada e fixada a “incubadora solar”, no arranjo fotovoltaico deve ser
regulado o ângulo de inclinação em relação ao plano horizontal num ângulo que variará
conforme a latitude do local da instalação, como é ilustrado na tabela abaixo.

Latitude do local Ângulo de Inclinação


0 á 4 graus 10 graus
5 á 20 graus latitude + 5 graus
21 á 45 graus latitude + 10 graus
46 á 65 graus latitude + 15 graus
66 á 75 graus 80 graus
Tabela 4.2: Ângulo de inclinação do gerador fotovoltaico
[Fonte: Solarterra, 2002]
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E no hemisfério sul o arranjo fotovoltaico deve estar orientados para o norte geográfico, no
hemisfério norte para o sul geográfico de modo a obter melhor aproveitamento energético
durante todo tempo que esteja em funcionamento.

Figura 4.15: Parâmetros angulares relativos à orientação dos módulos fotovoltaicos


[Fonte: Carneiro, 2009]
Por exemplo, pelo facto de Maputo estar situada na latitude de 25ºS, e estar localizado no sul
geográfico o arranjo fotovoltaico (fixado num poste solar) deve estar orientado para o norte
geográfico e num ângulo de inclinação de 35º Norte (segundo a tabela Tabela ).

O controlador de carga, o inversor, as beterias e alguns componentes electrónicos que


complementam a instalação serão montados numa estrutura movél feita de madeira e ferro
galvanizado de formato rectangular, de modo a evitar que estes sejam movimentados de maneira
incorecta e possam interferir na durabilidade (tempo de vida) do sistema fotovoltaico no geral.

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4.3. Orçamento do Projecto

4.3.1. Orçamento dos Matériais para Construção da Incubadora

Item Material Valor Unitário (Mtn) Valor Total (Mtn)


1 Caixa de Madeira 4500 4 500
2 Recipientes de água 90 180
1 Termómetro (0 a 50°) 150 150
1 Termómetro húmido ou higrómetro 250 250
3 Lâmpadas Incandescentes (60W) 15 60
1 Visor de vidro (4mm) 350 350
1 Termostato 500 500
2 Dobradiças 20 40
20 Pregos de alumínio 5 100
20 Parafusos 5 100
100 Bushers 105 105
1 Rede fina gaze (2m); 150 150
1 Rede grossa (2m)/ 2 m arame (3mm) 150 150
2 Fechaduras 20 40
2 Interruptor 50 100
2 Disjuntores 75 150
1 Poste para painéis solares 1000 1000
1 Estrutura de montagem do sistema PV 500 500
Total 8 425
Tabela 4.3: Orçamento dos Matériais para Construção da “Incubadora solar”

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4.3.2. Orçamento do Sistema Fotovoltaico para a Incubadora

Item Matérial Valor Unitário (Mtn) Valor Total (Mtn)


2 Módulo fotovoltaico monocristalíno (150WP) 15 900 31 800
1 Inversor solar trapezoidal (400W/12V) 2 500 2 500
2 Bateria Solar Selada Húmida (12V 190Ah) 6 200 12 400
1 Controlador de carga (10A 12/24V) 4 960 4 960
80 m Cabos eléctricos (220V; 1,5 mm²) 15 1200
Total 52 860
Tabela 4.4: Orçamento do Sistema Fotovoltaico para a Incubadora
O orçamento geral do projecto que é a soma do preço dos matériais para construção da
“incubadora solar” e dos materiais necessários para a montagem do sistema fotovoltaico para
fornecer energia eléctrica na incubadora é de cerca de 61 285,0 Mtn.

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CAPITULO V – DISCUSÃO DE RESULTADOS

Os resultados da análise das tarefas acima desenvolvidas mostram que no projecto de construção
de uma incubadora com capacidade de incubar simultâneamente 100 ovos de galinha necessita
dos seguines materiais identificados nos resultados: 2 recipientes de água de 44 cm x 25 cm e 6
cm de altura, 1 termómetro que varia de 0 a 50°, 3 lâmpadas incandescentes com potência de 60
W, 1 pedaço de vidro (30 cm x 10 cm x 4 mm), 1 termostato, 1 termómetro húmido ou
higrómetro, 3 dobradiças, 20 pregos de alumínio, 20 parafusos, 10 arruelas e 10 porcas, 2m de
rede fina de gaze, 2 m de arame, 2 fechaduras para porta, uma caixa de madeira (108 cm x 54 cm
x 40 cm) como componente principal para dar início à construção da incubadora.

O dimensionamento do sistema fotovoltaico, tendo em conta o termostato que economiza a


energia total que seria gasta na incubadora durante 24 horas em 80% no máximo porque este
desliga o sistema de aquecimento (lâmpadas incandescentes) quando se atinge a temperatura de
38,7°C estabelecida para o início da chocagem ou 37 á 40,2°C estabelecida para a eclosão dos
ovos. Com isso, a incubadora tem as necessidades energéticas de 864,0 Wh/d e para um
excelente desempenho do sistema fotovoltaico em todas estações do ano especialmente no mês
de menor radiação solar (Junho) e considerando os dias de autonomia do sistema é necessário
que o sistema fotovoltaico da incubadora solar seja composto por: um banco de baterias solares
seladas com uma capacidade de 359Ah ou seja duas baterias de 200 Ah cada, um inversor solar
com potência aparente de 400W, um controlador de carga de 240 W e uma corrente de 10 A ao
lado de corrente contínua e 80 m de cabos eléctricos de alumínio com uma área de secção
transversal minima de 1,5mm².

Estes resultados obtidos concordam qualitativamente com os reportados na literatura. Porém os


valores obtidos neste estudo não são comparados quantitativamente com os relatados noutros
estudos do género, como por exemplo em “Wageningen et all, 1995” e “Casvassim, 2004” que
abordam a construção de uma incubadora sendo porém a quantidade de materiais que eles usam
diferente da quantidade usada no presente trabalho Isso deve-se ao facto de serem diferentes as
variáveis usadas para a análise: neste trabalho a análise parte de um número de 100 ovos de
galinha contrariamete a dos outros estudos que tratam da incubação de um número incerto de
ovos de galinhas ou de outras espécies de aves.

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CAPITULO VI – CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

6.1. Conclusão

Diante do alcance dos resultados acima expostos, no presente trabalho mostrou se que a
electrificação de uma incubadora usando um sistema PV é muito eficiênte dado ao facto deste
oferecer energia sem flutuações se comparado com a energia electrica da rede convencioinal que
normalmente é usado na alimentação eléctrica de incubadoras. Com os resultados obtidos pode
se concluir que:

 Na construção de uma incubadora solar com capacidade de incubar silmultaneamenmte


100 ovos de galinha são necessarios: 2 recipientes de água de 44 cm x 25 cm e 6 cm de
altura, 1 termómetro que vária de 0 a 50°, 3 lâmpadas incandescentes com potência de 60
W , 1 pedaço de vidro (30 cm X 10 cm X 4 mm), 1 termostato, 1 termómetro húmido ou
higrómetro, 3 dobradiças, 20 pregos de alumínio, 20 parafusos, 10 arruelas e 10 porcas,
2m de rede fina de gaze, 2 m de arame, 2 fechaduras para porta, uma caixa de madeira
(108 cm x 54 cm x 40 cm ).
 No dimensionamento de um sistema fotovoltaico para alimentar a incubadora solar é
necessário ter em conta a economia de energia do termostato. Para um bom desempenho
do sistema fotovoltaico sob dimensionamento para alimentar a incubadora solar com
capacidade de incubar 100 ovos de galinha em simultâneo é necessário ter se em média
dois módulos fotovoltaico monocristalíno de 150 Wp, um banco de baterias solares
seladas com capacidade de 358,6 Ah, um inversor solar de onda senoidal de 400 W, um
controlador de carga em série de 240 W com uma corrente de 10 A, e 80m de cabos de
área de secção transversal mínima 1,5mm².

Pode concluir-se ainda que o projecto de construção de uma incubadora solar com capacidade de
incubar simultâneamente 100 ovos de galinha é orçado em cerca 61 285,0 Mtn dos quais
8 425Mtn são correspondes aos materiais para construção da incubadora e os restante 52 860
Mtn, são correspondentes ao componentes do sistema fotovoltaico.

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6.2. Recomendações

Recomenda-se que a incubadora seja colocada num local com excelente ventilação ou numa
caixa de maiores dimensões que servirá de isolamento desde que a ventilação seja apropriada e
suficiente para a incubadora (21%). Recomenda se ainda que:

 Antes de se utilizar a incubadora pela primeira vez, esta deve se pôr a funcionar vazia
durante pelo menos uma semana para questões de teste e regulação dos parâmetros
térmicos estabelecidos (temperatura, humidade, sistema de ventilaçã, etc);
 Pelo facto de tratar se de uma incubadora que envolve equipamentos fotovoltaicos não
usuais recomenda-se um acompanhamento dos usuários das incubadoras durante os
primeiros meses após a instalação do sistema fotovoltáico, para questões de certificação
do bom funcionamento e desempenho do sistema;
 E é de vital importância transmitir ao usuário da incubadora solar( usuário da população
rural)instruções práticas de como operar e manter o sistema fotovoltaico apresentando
tabelas simples de equipamentos que podem ser conectados e por quanto tempo eles
podem ficar ligados ao sistema.
 Na incubadora ora estabelecida neste trabalho não podem ser incubados outros tipos de
ovos além dos de galinha dado o facto da temperatura de incubação no inicio e na fase de
eclosão dos diferentes tipos de ovos na incubação ser diferente;
 O arranjo do sistema fotovoltaico instalado no suporte metálico deve estar sempre
orientado para o norte geográfico se estiver situado nosul geografico e vice-versa,
segundo um ângulo de inclinação de acordo com a latitude do local (usar Tabela 2.3).

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BIBLIOGRÁFIA

Manuais Físicos

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Edition, John Wiley e Sons INC, New York, USA;

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Sitemas Fotovoltaicos, Janeiro, União Europeia;

[3] Zekai Sen (2008), Solar Energy Fundamentals and Modeling Techniques, Atmosphere
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[4] Melo, Victor Flávio (2003), Estudo do Comportamento da Radiação Solar na Região Sul do
Save, Trabalho de licenciatura, Universidade Eduardo Mondlane, Agosto, Moçambique;

[5] Twidell, John &Weir, Tony (1996 Reimpressão), Renewable Energy Resources, E & FN
SPON an Imprint of Chapman & Hall;

[6] Cumbane, Julião João (1994) , Estudo do efeito de Temperatura no rendimento das Células
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[7] Lecheta, Leandro Pires (2006); Sistemas de Iluminação Residencial: Uma análise sobre
alternativas para redução do consumo de energia eléctrica; Faculdade Assis Gurgacz Cascavel,
Brasil;

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[9] Pauli, Roland Ulysses, et all (1980), Física 3. Ondas – Acústica – Óptica, Brasil, Editora
Pedagógica e Universitária Lda, Sao Paulo;

[10] Pinto Izidine (2008), Elaboração de Um Atlas de Ventos Para Moçambique Usando o
Modelo regionbal do Clima RegCM, Trabalho de Licenciatura, Universidade Eduardo
Mondlane, Departamento de Física, Maputo, Moçambique;

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 50 | P a g e


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Manuais Electrónicos

[11] Serrão, Marcos António dos Santos (2010), Dimensionamento de um sistema Fotovoltaico
Para uma Casa de Veraneio em Pouso da Cajaiba-Paraty, Agosto, Brasil. Acessado pelas
11:12h dia 20/07/2012 em http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10000620.pdf;

[12] Freitas, Susana Sofia (2008), Dimensionamento de Sistemas Fotovoltaicos, Tese de

Mestrado, Instituto Politécnico Bragança, Novembro. Acessado pelas 08:43h do dia13/06/2012

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[13] GTES-Grupo de Trabalho de energia Solar (2004), Manual de Engenharia para Sistemas
Fotovoltaicos, Edição especial, CEPEL, Agosto, Brasil. Acessado pelas 13:42 do dia 04/07/2012
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Energéticas para a Amazónia; Ministério das Minas, 1 Edição, Brasil. Acessado pelas 15:18h do
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[15] SolarTerra (2002), Energia Solar Fotovoltaica - Guia Prático, Soluções em Energia
Alternativa, Brasília, Brasil. Acessado, pelas 11:08h do dia 20/09/2012em
http://mbecovilas.files.wordpress.com/2011/06/energia-solar-fotovoltaica.pdf;

[16] Carneiro, Joaquim (2009); Projecto Interdisciplinar II - Dimensionamento de Sistemas


Fotovoltaicos, 2º Ano do Mestrado Integrado em Engenharia Têxtil. Acessado em
http://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/16965/1/DIMENSIONAMENTO%20DE%2
0SISTEMAS%20FOTOVOLTAICOS.pdf, pelas 11: 16 do dia 20/09/2012;

[17] Pinto, Rafael Adaime (2008),Projecto de Implementação de Lâmpadas para Iluminação de


Interiores Empregando Díodos Emissores de Luz (LED), Universidade federal de Santa Maria,
Brasil. Acessado pelas 14:52h do dia 05/07/2012em PINTO%2C Rafael Adaime%3B Projecto
de Implementação de Lâmpadas;

Trabalho de Licenciatura// Fernando Venâncio Mucomole 51 | P a g e


Dimensionamento de Um Sistema Fotovoltaico … Numa Incubadora UEM/2013

[18] Wageningen,Nico Van et all (1995), A incubação de Ovos por Galinha e na Incubadora,
Agrodok 34, Fundação Agromisa, Brasil. Acessado pelas 16:43h do dia 03/12/2012em
http://www.anancy.net/documents/file_pt/34-p-2004_screen.pdf;

[19] Casvassim, Vinicius Zahdi (2004); Manual Prático para a Construção de Chocadeira/
Incubadora de 36 Ovos de Galinha; Brasil, Curitiba.Acessado pelas 16:43h dia 03/12/2012 em
http://www.reisinfor.com.br/ebook514/EBOOKS%20514/Ebooks/Varios/Manual%20De%20Co
ntru%C3%A7%C3%A3o%20de%20Chocadeira/MANUAL%20PR%C3%81TICO%20PARA;

[20] Osram (2010); Manual Luminotecnico Pratico, Nossa Vida e Luz. Acessado pelas 14:58h do
dia 09/11/2012emhttp://pt.scribd.com/doc/7086192/Manual-de-Luminotecnica-Osram;

[21] Ferreira, Rodrigo Arruda Felicio (2010), Manual de Luminotecnica, Apostila Auxiliar da
Disciplina de ENE-065 Para o Curso de Engenharia Electricada UFJF, Universidade Federal
de Juiz de Sera, Brasil. Acessado pelas 9:54h do dia 22/12/2012 em
http://www.ufjf.br/ramoieee/files/2010/08/Manual-Luminotecnica.pdf.

Programas Usados

Google Earth, acessado em https://GoogleEarth.com, pelas 11:13h do dia 15/11/2012 na


base de dados geográficos do programa;
Software do programa ARCHIED-CAD 10 e 15 para desenho e correcção de algumas
figuras presentes no trabalho;
Untitled – Paint, usada para desenhar e dar cor mais intensa a algumas figuras presentes
no trabalho;
Paint – Net (Desenho), usada para dar cor mais intensa as figuras presentes no trabalho.

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ANEXOS/ APENDÍCE

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ANEXOS

ANEXO 1. Carga Mínima Factores de Demanda para Iluminação/ Tomadas Gerais

Descrição Carga Mínima Factores de Demanda (em %)


(KVA/ m²)
Auditórios, salões para exposições, 0,015 80
salas de vídeo e semelhantes
Bancos postos de serviços públicos e 0,050 80
semelhantes
Barbearias, salões de beleza e 0,020 80
semelhantes
Clubes e semelhantes 0,020 80
Escolas e semelhantes 0,030 80 para os primeiros 12 KVA
50 p/ o que excede 12 KVA
Escritórios 0,050 80 para os primeiros 12 KVA
60 p/ o que excede 12 KVA
Garagens, áreas de serviços e 0,005 Residênci 80 para os primeiros 10 KVA
semelhantes al 25p/ o que exceder de 10 KVA
Não 80 para os primeiros 30 KVA;
Residênci 60 p/ o que exceder de 30 a 100 KVA;
al 40 p/ o que exceder de 100 KVA
Hospitais , centros de saúde e 0,020 40 para os primeiros 50 KVA
semelhantes 20 p/ o que exceder de 50 KVA
Hotéis, motéis e semelhantes 0,020 50 para os primeiros 20 KVA
40 para os seguintes 80 KVA
30 p/ o que exceder de 100 KVA
Igrejas, salões religiosos e semelh. 0,015 80
Lojas e semelhantes 0,020 80
Unidades consumidoras residenciais 0,030 0 < P (KVA) ≤ 1(80) 6 < P (KVA) ≤ 7(40)
(Casas, apartamentos) 1< P (KVA) ≤ 2(75) 7 < P (KVA) ≤ 8(35)
2< P (KVA) ≤ 3(65) 8 < P (KVA) ≤ 9(30)
3< P (KVA) ≤ 4(60) 9 < P (KVA) ≤ 10(27)
4< P (KVA) ≤ 5(50) 10 < P (KVA) ≤ (24)
5< P (KVA) ≤ 8(45)
Restaurantes, bares, lanchonetes e 0,020 80
semelhantes
Tabela ANEXO 1: Factor de demanda para instalações em geral - Light/ Recon 2007
[Fonte: Serrão, 2010 ]

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ANEXO 2. Caracteristicas de Diferentes Lâmpadas

Tipo de lâmpada Potência (W) Fluxo Luminoso (lm) IRC (%) TCC (K)
40 516 100 2000-2700
60 864 100 2000-2700
Transparente 100 1640 100 2000-2700
Incandescentes 150 2180 100 2000-2700
40 465 100 2000-2700
Branca 60 580 100 2000-2700
100 1170 100 2000-2700
15 740 70-79 6500
20 1060 70-79 5250
Conveccional 30 1900 70-79 6500
Fluorescentes 40 2700 70-79 5350
9 490 80-89 2700-4000
14 730 80-89 2700-4000
Compacta 20 1050 80-89 2700-4000
23 1400 80-89 2700-4000
70 5600 <50 2000
Vapor de 100 8500 <50 2000
Descargas Sódio 150 145000 <50 2000
80 3800 60 4000
Vapor 125 6300 60 4000
Metálico 200 13000 60 4000

Tabela ANEXO 2: Caracteristicas de diferentes lâmpadas electrónicas


[Fonte: Ferreira, 2010]

ANEXO 3. Localização das Regiões de Moçambique

Região Estação Localização


Latitude (S) Longetude (E) Altitude (m)
Pemba 12°59‟ 40°32‟ 101,0
Norte Lichinga 13°18‟ 35°14‟ 1365,0
Nampula 15°06‟ 39°17‟ 438,0
Tete 16°11‟ 33°35‟ 149,0
Centro Chimoio 19°07‟ 32°28‟ 731,0
Beira 19°48‟ 34°354‟ 8,0
Inhambane 23°52‟ 35°23‟ 14,0
Sul Chokwe 24°33‟ 33°00‟ 33,0
Maputo 25°58‟ 32°36‟ 60,0
Tabela ANEXO 3: Localização das Regiões de Moçambique [Fonte: Melo, 2003]

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ANEXO 4 : Nível de Iluminância Ideal Para um Local de Actividades

Iluminância (lux) Tipo de ambiente / Atividade


20 - 30 – 50 ruas públicas e estacionamentos
CLASSE A (áreas de uso
50 - 75 – 100 ambientes de pouca permanência
contínuo e/ou execução de
100 - 150 – 200 depósitos
tarefas simples)
200 - 300 – 500 trabalhos brutos e auditórios
trabalhos normais: escritórios e
500 - 750 - 1.000
CLASSE B (áreas de trabalho fábricas
em geral) trabalhos especiais: gravação,
1.000 - 1.500 - 2.000
inspeção, indústrias de tecidos
2.000 - 3.000 - 5.000 trabalho contínuo e exato: eletrônica
trabalho que exige muita exatidão:
CLASSE C (áreas com tarefas 5.000 - 7.500 - 10.000
placas eletro-eletrônicas
visuais minuciosas)
trabalho minucioso especial:
10.000 - 15.000 - 20.000
cirurgia
Tabela ANEXO4: Nível de iluminância ideal para um local de atividades
[Fonte:http://www.catep.com.br/dicas/ILUMINANCIA%20E%20CALCULO%20LUMINOTEC
NICO.htm]

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APENDÍCE

APENDÍCE 1. Variação Anual da Radiação Em Moçambique

Variação Anual da Radiação Global por Região em Moçambique


Região Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Agst Set Out Nov Dez
Sul Inhambane 6,6 6,3 5,7 4,8 4 3,6 3,8 4,4 5,2 6 6,4 6,7
Chokwe 7,5 7,1 6,4 5,5 4,6 4,2 4,3 5,1 5,9 6,6 7,1 7,6
Maputo 7,7 7,3 6,4 5,3 4,4 3,9 4,1 4,9 5,8 6,7 7,1 7,7
Norte Pemba 6,1 5,9 5,8 5,4 5 4,6 4,7 5,3 5,9 6,5 6,7 6,4
Lichinga 4,1 4,6 4,2 4,5 4,8 4,6 4,4 5,4 6,2 6,2 6 4,7
Nampula 6,1 6 5,7 5,2 4,6 4,2 4,3 5 5,8 5,8 6,5 6,2
Centro Tete 7 7,1 6,8 6,2 5,5 5,0 5,2 6 6,7 7,3 7,7 7,2
Chimoio 5,9 5,9 5,4 5,2 4,7 4,2 4 4,5 5,4 5,8 5,8 5,3
Beira 6,5 6,2 5,7 5,1 4,4 3,9 4,1 4,7 5,5 6,1 6,4 6,5
Rad. Extraterrestre (kWh/m²) 11,5 11 10,1 8,8 7,5 6,8 7,1 8,2 9,5 10,7 11,3 11,6
Insolção Astronomica. (h) 13 12,6 12,1 11,5 11 10,9 11 11,4 11,9 12,4 12,9 13,1
Tabela APENDÍCE 1: Dados de radiação solar em Moçambique

APENDÍCE 2. Classificação das Lâmpadas Electrónicas em Função dos seus Parâmetros

Classificação Fonte de luz IRC (%) Eficiência luminosa (lm/W) Vida Media (h)
Indução Incandescentes 100 10-15 1000
Halogénas 100 15-25 2000
Fluorescente compacta 80 50-80 8000
Fluorescente Tubular 80 55-75 16000
Descargas Vapor Metálico 70 65-90 15000
eléctricas
Mista 50 20-35 10000
Vapor de Mercúrio 40 45-55 15000
Vapor de sódio 25 80-140 32000
LED LED‟s branco 70-90 40-130 50000
Tabela APENDÍCE 2: Classificação das lâmpadas electrónicas.
[Fonte: Colectado em PINTO, 2008]

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