A imagem de Deus como tendo uma tríplice relação:
A. Relação com Deus - B. Relação com o próximo - C. Relação com
4. CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER: CAP.IV - DA CRIAÇÃO
Imago Dei (Imagem de Deus) - A concepção evolucionista de
que o homem não passa de um animal racional não corresponde
à revelação bíblica. Adão e Eva foram criados à imagem e seme-
lhança do Criador, refletindo as suas características ontológicas
"ciência do ser", seus atributos morais e suas qualidades funcio-
nais.
COMO OCORRE A RESTAURAÇÃO DA IMAGO DEI?
1) Imago Dei Moral: Santidade Original (Ef 4.24) A teologia
reformada entende a imago Dei moral em termos de verdadeiro
conhecimento, retidão e santidade. O homem foi criado com
habilidade natural para conhecer a Deus e a sua vontade, e com
inteligência para progredir nesse conhecimento, por meio da
revelação natural, da experiência pessoal e da comunhão com o
Criador.
2) Imago Dei Ontológica: a Semelhança do Ser (Cl 3.10)
a)Imaterial: no coração (razão, sentimentos e vontade), e na
consciência através da regeneração.
b) Material: no corpo através da santificação.
Depois de pecar, o homem “involuiu”, a imagem de
Deus refletida nele foi desfigurada. A total corrupção do homem,
envolvendo a escravidão de sua vontade ao pecado, abole assim
o livre-arbítrio como sendo parte constituinte da imagem de
Deus retida no homem após a queda.
3) Imago Dei Funcional: Domínio sobre a Criação (Mt 5.16)
Na condição de governante, o homem deve dominar a criação,
conhecendo, desenvolvendo e utilizando os seus recursos e po-
tenciais para a promoção do reino e da glória de Deus. Tendo
sempre em mente que a restauração da imago Dei ocorrerá,
plena, somente na glorificação. Nesta vida, a restauração “é
progressiva e real, no que diz respeito a todos os aspectos: on-
tológico, moral e funcional” (II Cor 3:18).
a criação.
Deus deu algumas ordenanças a Adão e Eva o qual cha-
mamos de ordenanças da criação. Chamamos estas ordenanças de
mandatos. Mandato espiritual, social e cultural.
 Mandato Espiritual: Este mandato envolve um relaciona-
mento com o Deus que nos deu a Sua imagem (Gn 1.26).
Uma paz entre Ele e suas criaturas, o qual, também, esta-
beleceu um dia de descanso de nossas obras para dedicar-
mos inteiramente a Ele em santidade.
Aula
Aula6a
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 Mandato Social: Este mandato que envolve um relaciona-
mento, não só com Deus, envolve com a família que por
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Deus fora criada (Gn 1.28).
 Mandato Cultural: Este terceiro, e último mandato, é um
envolvimento com a sociedade. Este mandato envolve ques-
tões políticas, educação, artes, lazer, tecnologia, indústria,
e quaisquer outras áreas (Gn2.1-4).
No mandato espiritual, o pecado fez separação entre
Deus e Sua criação (Sl 58.3). No mandato social, além do pecado
afetar o nosso relacionamento com Deus, ele afetou nosso relacio-
namento social entre os familiares (Gn 4.8). No Mandato Cultural,
John Frame diz: “indivíduos pecaminosos contaminam as institui-
ções que formam, e estas instituições tornam o efeito do pecado
ainda piores. Quando pecadores se juntam, eles alcançam impieda-
de maior do que conseguiriam individualmente”.
Só em Cristo podemos restabelecer aquilo que Deus
ordenou às suas criaturas, podendo ter um relacionamento since-
ro com Deus. E assim, tendo um relacionamento com Deus, os
outros tendem a ser restabelecidos: Uma família que serve a
Deus em seus relacionamentos, bem como os servos que glorifi-
cam a Deus servindo ao seu senhor como se fosse a Cristo, pois
não podemos ter em mente este dualismo: Sagrado e secular. Sa-
grado é tudo aquilo que é espiritual e secular aquilo que não é es-
piritual. Mas não é isso que a Bíblia nos diz, pois em tudo que fo-
mos fazer, devemos fazer para a glória de Deus Pai (1 Co 10.31).
Seminarista Ricardo Cardoso
http://www.ebenezer.org.br/cfw2017/
https://bereianos.blogspot.com/2014/04/o-mandato-espiritual-social-e-cultural.html
 INTRODUÇÃO
1. CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER: CAP.IV - DA CRIAÇÃO
Versículo tema: Cl 1.16 ”pois, nele, foram criadas todas as coi-
sas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam
tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades.
Tudo foi criado por meio dele e para ele”.
Vivemos ainda na tão proclamada pós-modernidade,
sob o guarda-chuva conceitual do “Deus está morto” nietzschia-
no. Os opositores do modelo bíblico das origens acentuam a
superioridade da teoria da evolução como o melhor modelo
apresentado pela ciência. Será?!
CFWIV§I. Ao princípio aprouve a Deus o Pai, o Filho e
o Espírito Santo, para a manifestação da glória do seu eterno
poder, sabedoria e bondade (Rm 1.20; Jr. 10.12), criar ou fazer
do nada, no espaço de seis dias (Ex 20.11), e tudo muito bom, o
mundo e tudo o que nele há, visíveis ou invisíveis.
 Pluralidade na criação - Gn 1.26 Façamos )‫ֲשה‬ ֶׂ֥ ‫)נע‬
ַֽ
homem à nossa (‫)בצלְּ ֵ֖מנּו‬ ְּ imagem, conforme a nossa
ֵ֑ ‫)כִּ ְּד‬semelhança;
)‫מּותנּו‬
 O Pai na criação - “No princípio, criou Deus )‫ֹלהים‬ ִּ ֱ‫)א‬
Gn1.1”. Elohim plural de Eloah - Dt 15.32.15,17; refere-se ao
Deus criador.
 O Filho na criação – “...No princípio era o Verbo (Λόγος)
[..,] Ele estava no princípio com Deus Jo1.1,2 / Hb 1.2”
 O Espírito na Criação - “... e o Espírito )‫ ְ ֣)רּוח‬Deus
pairava...Gn 1.2 ”
Ainda é digno de destaque a expressão da CFW “criou
do nada” (creatio ex nihilo). Todas as teorias da “origem do
universo” partem do pressuposto de que a matéria preexistia,
ou em forma sólida, concentrada, ou em estado energético.
A criação com base nas “conclusões científicas” da
eternidade da matéria e da espontaneidade do surgimento e da
evolução biológica é mais contrárias à razão que a fé, dom da
graça, no Deus de que fala a Escritura.
EVOLUCIONISMO
VS
CRIACIONISMO
2. CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER - DA CRIAÇÃO
Houve um euforismo, supostamente científico, quando o
inglês Charles Darwin publicou “A Origem das Espécies” (1859).
Devido a inúmeras contradições, atualmente o darwinismo tem se
adaptado ao substituir a hipótese da origem das espécies, mediante
o processo espontâneo de geração e evolução, pela tese da
“seleção natural”. Para nós cristãos não há espaço para a defesa
do processo evolutivo, pois a Escritura diz claramente que a cria-
ção foi feita cada um “conforme a sua ‘espécie’ (‫”)מין‬Gnִּ 1.21-25 /
“De ‘um’ (ἑνὸς) só fez ele todos os povos...” At 17.26.
Outra teoria que merece destaque é a (TDI) Teoria
do Design Inteligente. Essa teoria emprega os métodos usados por
outras ciências para concluir que as características do Universo e
dos seres vivos são explicadas por uma causa inteligente, indicando
assim digitais de um Design na realidade criada (Rm 1.20).
Ilustração: https://www.youtube.com/watch?v=ZL6YZ192-Lo
Nota-se ainda a expressão da CFW “no espaço de seis
dias”. Existem 5 teorias para explicar o tempo em Gênesis 1-2:
1. A Teoria da Lacuna (Gap Theory); Essa teoria adota a tradução
forçada do hebraico “a terra ‘tornou-se’ desde ‘era’ (‫ )היה‬sem
forma e vazia” em Gn1.2. [Bíblia Scofield e Bíblia NVI cronológica].
2. A Teoria do Dia-Era (Day-Age Theory); Também se equivocando
no hebraico, essa teoria traduz a palavra “dia” (‫ )יֹום‬na narrativa
de Gênesis como “eras geológicas de milhões de anos”.
3. A Hipótese do Enquadramento (Framework Hypothesis); Defen-
dem o Gênesis como metafórica e poética, portanto só fornece uma
estrutura hipotética da narrativa.
4. Espaços de tempo entre os dias literais. Essa teoria defende
a criação em seis dias sequenciais e literais de 24 horas, porém
não ininterruptos. Ou seja, 1º dia 24h (intervalo de milhões de anos),
2º dia 24h (intervalo de milhões de anos), etc...
5. A Criação em 6 Dias Literais (Six-Day Creation). Essa é a inter-
pretação mais coerente exegeticamente e respeitando o hebraico.
Seis dias literais, sequenciais e ininterruptos de 24 horas.
IMAGO DEI
3. CONFISSÃO DE FÉ DE WESTMINSTER - DA CRIAÇÃO
CFWIV§II. Depois de haver feito as outras criaturas, Deus criou o
homem, macho e fêmea, com almas racionais e imortais, e dotou-
as de inteligência, retidão e perfeita santidade, segundo a sua pró-
pria imagem, tendo a lei de Deus escrita em seus corações, e o
poder de cumpri-la, mas com a possibilidade de transgredi-la,
sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, que era mutá-
vel. Além dessa escrita em seus corações, receberam o preceito
de não comerem da árvore da ciência do bem e do mal; enquanto
obedeceram a este preceito, foram felizes em sua comunhão com
Deus e tiveram domínio sobre as criaturas. Gn 1:27 e 2:7; Sl 8:5; Ec
12:7; Mt 10:28; Rm 2:14, 15; Cl 3:10; Gn 3:6.
O HOMEM COMO UNIDADE PSICOSSOMÁTICA:
Um dos aspectos mais importantes da visão cristã do
homem é a de que devemos vê-lo em sua unidade, como uma pes-
soa total. Nos círculos cristãos, tem sido defendido o homem co-
mo consistindo de “corpo” e “alma” (dicotomia); ou de “corpo”,
“alma” e “espírito” (tricotomia).
Devemos rejeitar a tricotomia (três partes) devido as
expressões alma “nephesh” (‫)נפׁש‬, ָ֫ “psique” (ψυχὴ) e espírito
“ruash” (‫)רּוח‬ָ֫ “pneuma” (πνεῦμα) serem sinônimas. (Gn 2.7; Ec
12.7 / Mt 10.28; Tg 2.25 ). Concomitantemente aceitamos a dicoto-
mia (duas partes). Quando me refiro a dicotomia, afirmo que o
homem é constituído de duas substâncias – o material (corpo) e o
imaterial (espírito-alma).
Deste modo, deve-se entender o homem com um ser
unitário. O homem, então, existe num estado de unidade psicos-
somática (psico+soma). Assim, fomos criados, assim somos ago-
ra, e assim seremos após a ressurreição do corpo (Jo 5.28,29).
http://www.monergismo.com/textos/antropologia_biblica/tricotomia_hoekema.htm