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A escrita como carreira

Escrito por Laura Bacellar

No contato com inúmeros escritores, publicados ou desejosos de, percebo uma certa falta de
compreensão do que precisam fazer para ter uma carreira na escrita.
Muitos pensam que precisam escrever bem e mais nada, que editoras e público vão se
interessar e pronto.
Não é bem assim, lamento dizer.
Como trabalho com livros faz 30 anos, sugiro a seguir algumas atitudes que tenho visto
funcionarem para escritores e escritoras de todos os gêneros, níveis de sofisticação e
qualidade literária.

1. Ler muito.
Não basta ler clássicos ou famosos ou da sua área técnica, é preciso ler com abrangência.
Quando se lê desde histórias de vampiros até os mais recentes experimentos culturais,
passando pelos infantis e os de divulgação científica, ficamos com uma noção do que está
sendo feito, publicado, gostado, ousado.
Esse sentimento do que é praticado pelos colegas autores dá uma noção de onde podemos ir
mais longe, onde temos que nos conter, o que os leitores de hoje têm apreciado.

2. Entender as editoras e o mercado


Tem gente que associa a palavra mercado a lixo cultural e acha que estou sugerindo que
escrevam romances ou autoajuda com perfil de bestsellers.
Não é isso.
O que vejo escritores profissionais fazendo é entender o que acontece na área em que
escrevem. Para isso olham para as editoras de seu segmento e acompanham os
acontecimentos.
Os que escrevem fantasia sabem quais são as editoras que publicam fantasia, os títulos que
fizeram sucesso nos últimos ano, os autores que têm o que dizer.
Os acadêmicos sabem quais são as editoras acadêmicas abertas a novos autores, que
investem na sua área, que divulgam os livros nas feiras, os assuntos que têm motivado
polêmicas.
De novo, saber como o mercado se comporta ajuda a adotar uma postura de colaboração com

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A escrita como carreira

Escrito por Laura Bacellar

o editor, de levar algo que o profissional do livro queira, procure, disponha-se a financiar.
E também ajuda a não entrar em totais roubadas de editoras que não são editoras, que querem
vender serviços ilusórios tão-somente.

3. Criar maneiras de se comunicar com leitores


Livros são diálogos com os leitores. Esses leitores se manifestam pela internet hoje em dia, e
chegar a eles é imprescindível para se ter uma carreira.
Blogues lidos, sites acessados, eventos populares são sinais para editores que o autor já fala
com seu público. São também mecanismos de divulgar as obras publicadas e provocar sua
leitura.
Não basta ser publicado, é preciso ser lido. E para isso nada melhor que um canal de
comunicação aberto com os leitores potenciais e reais.

4. Participar ou criar redes de escritores


Sempre funciona melhor quando não estamos sozinhos, quando participamos de um
movimento, um grupo, uma tendência.
Se o grupo não existe, sugiro que você crie um. Poetas alternativos do Nordeste, jovens
budistas, professores de biologia marinha, todo escritor pode fundar um grupo ou associar-se a
pessoas com interesses semelhantes e juntos criarem maneiras de se divulgar, promover
eventos e ser publicados.
Editores e leitores e a mídia prestam mais atenção a grupos que a indivíduos, aproveite que
estamos numa era de comunicação fácil e organize-se.

Fazendo assim, você tem a chance de publicar não um mas vários livros, e que algum deles
faça sucesso, talvez muito sucesso.

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