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FENÔMENOS DE TRANSPORTE
UIA 2 | ESTUDO BÁSICO DO TRANSPORTE DE QUANTIDADE DE
MOVIMENTO (PARTE 1)
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parcial não autorizado deste conteúdo é proibido e está sujeito às penalidades cabíveis, civil e
criminalmente.
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SUMÁRIO

Aula 7 | Fundamentos e Mecanismos de Transporte de Fluidos (Parte 2) ...............................4


Para Gases: .............................................................................................................................................................................................. 6!
Para Líquidos:......................................................................................................................................................................................... 6!

Aula 8 | Exemplos e Exercícios .....................................................................................................7!


Transporte de quantidade de movimento molecular ............................................................................................................ 7!
Regime laminar em uma tubulação .............................................................................................................................................. 8!

Aula 9 | Fundamentos e Mecanismos de Transporte de Fluidos (Parte 3) ............................ 10!


9.1. Fenômeno da cavitação ............................................................................................................... 10!
9.2. Pressão de vapor .......................................................................................................................... 11!
9.3. Cavitação em sistemas de tubulações. ....................................................................................... 11!

Aula 10 | Teorema do Transporte de Reynolds (T.T.R.) .......................................................... 14!


10.1. Estudos Básicos do Teorema ..................................................................................................... 14!
10.2. Descrição Lagrangeana e Euleriana .......................................................................................... 16!
10.3. Cálculos com o Teorema de Transporte de Reynolds .............................................................. 17!

Aula 11 | Fator de Atrito e Perda de Carga .............................................................................. 18!


11.1. Fator de Atrito e Perda de Carga ............................................................................................... 18!
11.2. Cálculo do Fator de Átrio ........................................................................................................... 20!
11.3. Cálculo da Perda de Carga Total ............................................................................................... 22!

Aula 12 | As Leis da Conservação na Abordagem Macroscópica (Parte 1) ............................ 23!


12.1. Conservação das Equações ........................................................................................................ 23!
12.1.1. Estudo de Processos Estacionários (Permanentes) e transitórios (Variáveis) ..................................23
12.2. Balanço de Massa ....................................................................................................................... 24

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Aula 7 |!FUNDAMENTOS E MECANISMOS DE TRANSPORTE DE FLUIDOS


(PARTE 2)

Como já foi apresentado na aula 6, observamos que com o número de Reynolds podemos definir o
regime do escoamento como laminar, de transição ou turbulento.

Para poder abordar o comportamento do escoamento é preciso realizar um estudo


de uma quantidade de fluido com características comuns e realizar um estudo
apropriado para cada situação. Assim, se faz preciso, determinar os princípios e leis
da dinâmica e da teoria da turbulência.

Existem dois principais tipos de escoamento com comportamento definido em função das suas
características:

•! Laminar;

•! Turbulento
Matematicamente podemos avaliar a velocidade do escoamento laminar em uma direção
(unidimensionalmente) já que as características do mesmo se conservam. Isto quer dizer que podemos
avaliar ele no sentido do escoamento só, por exemplo eixo X (!" ).
# $ !"
A velocidade de um escoamento turbulento possui suas flutuações em ter dimensões, por tanto
matematicamente precisa ser descrito da seguinte forma:
# $ %! & !'() & *'+ & ,'-

Onde o primeiro termo %! & !'() é a suma de uma velocidade média mais uma flutuação da velocidade
no sentido x. Os seguintes termos são representação das flutuações no sentido ‘y’ e ‘z’ respetivamente.

Estes tipos de comportamento, laminar ou turbulento, também variam o seu


comportamento devido a viscosidade. Se bem a maioria dos escoamentos que ocorrem na
natureza são em regime turbulento, quando temos um fluido altamente viscoso é possível
ter facilmente um regime laminar. Nesse sentido um exemplo de um regime laminar será
um óleo lubrificante altamente viscoso a baixa velocidade percorrendo um tubo de
pequeno diâmetro e seção constante; já para um escoamento turbulento um exemplo
claro será um fluido pouco viscoso a alta velocidade percorrendo um tubo de grande
diâmetro e seção constante.

As forças viscosas são predominantes num escoamento laminar que é representado por um
deslocamento de massa desprezível; para um escoamento turbulento temos um deslocamento
transversal de massa predominante e as forças viscosas são desprezíveis em relação às forças inerciais.
Na dinâmica dos fluidos a viscosidade cinemática que é uma relação da viscosidade dinâmica e a massa
especifica é representada matematicamente da seguinte forma:
/
.$
0

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E a viscosidade cinemática será,


89 89
673 <
/ $ 1234 5 $ :; < 89 $ :;5 =
64 =

Onde,

SI CGS INGLES
>?@ Pa Dina/cm2 Poundals/pie2
AB m/s cm/s Pie/s
C m cm pie
D Pa.s gm/cm.s=poise Lb/pie.s
E m2/s cm Pie2/s

Você poderá apreciar o comportamento da viscosidade nas tabelas


existentes no seguinte link:
http://tinyurl.com/gqbpb3f
Para uma melhor abordagem neste tema pode fazer uso do livro da
biblioteca virtual: Mecânica dos fluidos, de Frank White.

As variações do comportamento da viscosidade quando um fluido escoa definem o


tipo de escoamento: Escoamento compressível e escoamento incompressível.

No momento em que temos um escoamento de um fluido cuja massa especifica tem variações tão
pequenas que se tornam desprezíveis podemos afirmar que é um escoamento incompressível. Este
fenômeno se apresenta na maioria dos líquidos e alguns gases.

Saiba um pouco mais dos escoamentos incompressíveis:


http://tinyurl.com/hwtz6lg

Os escoamentos compressíveis que usualmente se apresentam nos gases possuem uma variação na
massa especifica quando escoam.

Saiba um pouco mais dos escoamentos compressíveis:


http://tinyurl.com/jj3k5fq

Para poder verificar como é o comportamento do escoamento é possível a traves do número de Mach:
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#
F$
G
Onde,
# H é a velocidade do fluido;
G H é a velocidade do som.

Portanto este é um número adimensional. Este número de Mach apresenta os valores para cada
comportamento do escoamento:

PARA GASES:

•! Se M < 0,3 " Escoamento é incompressível

•! Se M > 0,3 " Escoamento é compressível

•! Se M = 1,0 " Escoamento é crítico (exemplo: Barreira do som no vôo de aeronaves)

•! Se M > 1,0 " Escoamento é supersônico

PARA LÍQUIDOS:

O escoamento será incompressível pois a velocidade de som dos líquidos é muito grande.
Como já verificamos estas características mudam o meu escoamento dependendo da variável. Nesse
sentido podemos apresentar as principais características do escoamento:

•! Vazão volumétrica QV: [m3/s]


A vazão volumétrica refere-se à quantidade de volume que atravessa uma determinada seção por
unidade de tempo. Isto quer dizer que temos uma relação entre o volume por unidade de tempo,
assim:

IJ $ #5 6K
L

7NO!<P X5 Y Z 5 #
IJ $ M H :;S;M=PTUP=MGVSG!O;SP=M=PSWM H IJ $ M
QP<RN [
•! Vazão mássica ou descarga Qm:[kg/s]
Será o volume de massa especifica que atravessa uma determinada seção por unidade de tempo,
assim:

IJ $ 05 #5 6K
L

7NO!<P 05 X5 Y Z 5 #
IJ $ M H :;S;M=PTUP=MGVSG!O;SP=M=PSWM H IJ $ M
QP<RN [
•! Velocidade V [m/s]

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A velocidade é o comportamento da relação entre o tempo e a distância. Esta característica


define os números de Reynolds e Mach para poder determinar o tipo de escoamento.
IJ
#$
K
•! Pressão P [Pa.s]

Esta grandeza é a relação que existe entre uma determinada força e sua área de
distribuição.

Nos fluidos que se encontram sob pressão atmosférica sempre vamos encontrar um equilibro nas forças
internas e externas. Assim, se temos um reservatório que tem diferentes saídas com forma geométrica
diferentes, vamos encontrar que independente da geometria de cada bocal temos uma altura em metros
coluna de água igual para todos.

Figura 1. Fluido sob pressão atmosférica com diferentes vasos comunicantes.

Aula 8 |!EXEMPLOS E EXERCÍCIOS

TRANSPORTE DE QUANTIDADE DE MOVIMENTO MOLECULAR

Tomado do livro “Transport phenomena, R. Byron Bird et. al.”, second edition 2002.

Calcular a massa especifica da quantidade de movimento de um escoamento em estado


estacionário, 243 MP<M\O]^_Q Z `, quando a velocidade da placa inferior da figura é MaM\_Q^=`
com direção x positiva, a separação entre as placas b $ cdccaM_Q e a viscosidade
cinemática / $ cdeMGR .

Solução
Para começar o uso das equações precisamos que as variáveis utilizadas no exercício se encontrem no
mesmo sistema de unidades, ou seja, homogeneidade. Por tanto temos:

•! 243 $ \O]^_Q Z `
\lm5n^op q `
•! / $ cdeMGRM GPfQVRNV=P 5 gdchhijac8k $ ad[ijac8k \O]5 =^_Q Z `
rs

•! b $ cdccaM_Q
Agora para poder entender o comportamento da velocidade visualizemos como acontece a formação de
um perfil de velocidade laminar estacionário para um fluido contido entre duas placas. Lembrando que a
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definição de laminar é quando as camadas adjacentes do fluido (“laminas”) se deslizam uma sobre a
outra de maneira ordenada.

Para entender a seguinte figura precisamos imaginar duas placas com um fluido entre
elas. Para nosso volume de controle temos que o sistema se encontra inicialmente em
repouso. No instante em que Q $ c, a placa superior se encontra fixa e a placa inferior
começa o movimento na direção x a uma velocidade constante. Na medida que o tempo o
fluido adquire uma quantidade de movimento e finalmente se estabelece um perfil de
velocidade lineal no estado estacionário, R. Byron Bird et. al., 2002.

Figura 1. Formação do perfil de velocidade laminar estacionário entre duas placas.


Fonte: R. Byron Bird et. al., 2002.

Devido a que temos uma velocidade constante podemos verificar que a relação entre a velocidade e a
altura é constante. Lembrando que a lei da viscosidade de Newton estabelece que a tenção cisalhante
por unidade de área é proporcional ao negativo do gradiente de velocidade, temos que:
673 t73 1adcM_Q^=
$ $ $ 1acccM= 89 !
6b tb cdccaM_Q

Finalmente ao substituir na equação, temos:


673 = O]
243 $ 1/ $ 1 ad[ijac8k O]5 Z 1acccM= 89 $ ad[ijac8Z !
6b _Q _Q Z

REGIME LAMINAR EM UMA TUBULAÇÃO

Qual é a equação que define um escoamento laminar completamente desenvolvido em


uma tubulação circular.

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Solução
Para um escoamento laminar completamente desenvolvido em uma tubulação circular, a velocidade é
dada por:
u Z v: S Z
!$1 a1
[/ vj u
Onde,
v:
MwMNMxS;6VPfQPM6PMRSP==yN
vj
O gasto volumétrico será:
{
z$ M #5 6K $ !5 gX5 S5 6S
L |

Juntando estas duas equações temos:


{
a v:
z$ S Z 1 u Z 5 gX5 S5 6S
| [/ vj

Desenvolvendo está equação temos que:


{
X v:
z$ S } 1 u Z S 6S
| g/ vj
{
X v: S ~ uZS Z
z$ 1
g/ vj [ g |
~ ~
X v: u u
z$ 1
g/ vj [ g

X v: u~
z$ 1
g/ vj [

Xu ~ v:
z$ 1
h/ vj
Para um escoamento completamente desenvolvido o gradiente de pressão é constante, por tanto temos:
v: :Z 1 :9 t:
$ $1
vj  
Substituindo temos:
Xu ~ t:
z$
h/ 
Onde a velocidade média está dada por:
z
# $M
K
Finalmente temos:
Xu ~ v:
# $M1
h/Xu Z vj

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u Z v:
# $M1
h/ vj
Para determinar o ponto de velocidade máxima precisamos derivar a velocidade interna e igualar a zero,
isto na seguinte equação:
u Z v: S Z
!$1 a1
[/ vj u
Quando afirmamos que a derivada a velocidade é igual a zero estamos falando que não tem mais
aceleração, ou seja, que a aceleração chego no seu máximo valor.
6! a v:
$ S$c
6S g/ vj
Substituindo
u Z v:
!ÄÅ3 $ 1 $ g#
[/ vj

Sugiro tentar se ajudar com os seguintes exercícios:


http://tinyurl.com/h3ettjs

Aula 9 |!FUNDAMENTOS E MECANISMOS DE TRANSPORTE DE FLUIDOS


(PARTE 3)

9.1.!FENÔMENO DA CAVITAÇÃO
O fenômeno da cavitação acontece nos fluidos com uma variação prejudicial do escoamento que a sua
vez causa um desgaste na parte solida do conduto. Este fenômeno, que precisa de muita atenção, pode
ser estudado em Turbomáquinas por exemplo, para a seleção e desenho das mesmas ou bem em
diferentes estruturas onde temos essa mudança brusca de velocidade do escoamento em interação com
uma parte solida.

Para visualização do fenômeno podem assistir o seguinte vídeo:


http://tinyurl.com/gu398tc

O fenômeno da cavitação é produzido quando o fluido alcança a pressão de vapor. Neste momento o
fluido vira gás ou muda de estado formando bolhas de gás. As bolhas de gás se movimentam de zonas
de pressões mais baixas para as zonas de pressões mais altas e ocorre uma implosão. Esta implosão
provoca ondas de expansão que são prejudiciais às estruturas. Para um maior entendimento precisamos
do conceito de pressão de vapor.

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Para uma maior explicação do falado, podem assistir o exemplo do


seguinte vídeo:
http://tinyurl.com/z5ar6y8

Figura 1. Fenômeno da cavitação.


Fonte: http://www.engenhariacivil.com/fenomeno-cavitacao

9.2.!PRESSÃO DE VAPOR
Para certas condições de temperatura e pressão, os líquidos se vaporizam, ou seja, mudam de estado
virando gás. Assim coexiste as fases de liquido e vapor. A pressão de vapor, Pv, será simplesmente aquela
pressão para uma temperatura dada no qual o liquido gera aquelas bolhas de gás.

Figura 2. Pressão de vapor vs temperatura.


Fonte: http://www.dequi.eel.usp.br/~tagliaferro/Apostila_de_Bombas.pdf

9.3.!CAVITAÇÃO EM SISTEMAS DE TUBULAÇÕES.


Nas tubulações este fenômeno físico possui duas fases:

• Cambio de estado liquido ao gasoso.

•! Cambio do estado gasoso ao estado liquido.


O fenômeno é muito frequente nos sistemas hidráulicos onde existe esta mudança brusca da velocidade
do liquido tais como:

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Partes móveis:

•! Pás de turbinas e pás de barcos.

Figura 3. Vista geral de uma turbina.


Fonte: http://www.poliend.com.br/2011/blog/?p=1594

•! Turbina Francis

Figura 4. Turbina Francis.


Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Rodete#/media/File:Francis_Runner_InWorkshop_300.jpg

Partes não moveis:

•! Estrangulamentos bruscos

Figura 5. Estrangulamentos bruscos.


Fonte: http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=28905

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•! Regulação mediante orifícios e válvulas reguladoras

Figura 6. Válvulas reguladoras.


Fonte: https://sistemasneumaticos.wordpress.com/estudio-funcional-de-las-valvulas-distribuidoras/valvulas-reguladoras-de-caudal/

E os efeitos do desgaste pela cavitação podem ser enormes, até o ponto de levar a estrutura à falha:

Figura 7. Corrosão por cavitação.


Fonte: http://blog.utp.edu.co/metalografia/

Para poder desenvolver o comportamento matemático do fenômeno da cavitação precisamos trabalhar


com o comportamento da conservação da energia que é apresentada por Bernoulli. Onde temos que a
somatória de todas as energias é constante ao longo da tubulação, ou seja, que a somatória da energia
potencial mais a energia cinética mais a energia de pressão e uma perda de carga é constante:
: #Z
,& & & RPS6;M6PMG;Sx; $ GNf=Q;fQP
Ç gx

Saiba mais da equação de Bernoulli:


http://tinyurl.com/he7rn3g

Quando acontece a cavitação?

“Se a pressão absoluta do líquido, em qualquer ponto do sistema de bombeamento, for


reduzida (ou igualada) abaixo da pressão de vapor, na temperatura de bombeamento;
parte deste líquido se vaporizará, formando “cavidades” no interior da massa líquida.
Estará aí iniciado o processo de cavitação.”
Fonte: http://tinyurl.com/zkr7esp

Então quando isolamos a pressão absoluta do ponto tal e como apresenta o link acima, a pressão deste
ponto será comparada com a seguinte tabela e verificaremos se existe ou não o fenômeno da cavitação.

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE | UIA 2 | 14

Tabela 1. Pressão de vapor e peso especifico da água.


Fonte da tabela completa: http://image.slidesharecdn.com/selecao-bombas-centrifugas-i-150323175958-conversion-gate01/95/selecao-bombascentrifugasi-10-
638.jpg?cb=1427133616

Uma explicação do fenômeno da cavitação com um exemplo pode ser


visualizada ao seguir:
http://tinyurl.com/hwnjnxp

Aula 10 |!TEOREMA DO TRANSPORTE DE REYNOLDS (T.T.R.)

10.1.!ESTUDOS BÁSICOS DO TEOREMA


Para avançar com nossos estudos sobre a dinâmica dos fluidos, será de extrema importância
compreender e conhecer novas ferramentas capazes de descrever os fenômenos presentes em um
escoamento. Na maioria das vezes o interesse é de estudar o que acontece em uma região especifica do
volume de controle, em outras situações, o interesse do pesquisador é observar o efeito de interação do
escoamento para com outro corpo.
Para que isso seja possível precisamos estudar leis que caracterizam o movimento dos fluidos,
considerando a abordagem dos sistemas com uma massa fixa de fluido quanto a abordagem com
volumes de controle. Lembre-se que a física trata apenas de partículas, o que dificultaria uma análise para
uma quantidade alta de partículas, as quais se comportam de maneira diferente umas das outras. O
teorema do transporte de Reynolds foi criado justamente para facilitar essa análise de um fluido (gases e
líquidos), pois ele é capaz de converter a análise de uma partícula em uma análise de volume de controle.
Ou seja saímos do conceito de partícula e fomos para o conceito de volume.

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE | UIA 2 | 15

Figura 1 - Volume de controle. Fonte :Klaus Weltner, http://tinyurl.com/hblx8tl

Na Figura 1 vemos um fluido se deslocando ao longo de um tubo curvo, se pensarmos em uma única
partícula poderemos ver ela se chocando na parede desse tubo, criando na parede uma força. No
entanto se pensarmos em diversas partículas atuando de forma aleatória, agindo com uma força na
parede, teremos o conceito de pressão. Isso ilustra bem a ideia de sair do conceito microscópicos
(partícula) para um conceito macroscópico (volume).
Esse teorema é fundamental para a descrição da dinâmica dos fluidos, afinal é dele que surgem as leis
base, Lei da Conservação de Massa, Lei de conservação de energia e lei da conservação de quantidade de
movimento.
Assim como todas as leis da física devemos formular o teorema estudado em função de parâmetros
físicos. Como por exemplo, a massa, velocidade, temperatura e aceleração. Se definirmos B como um
parâmetro físico e b a quantidade desse parâmetro por unidade de massa. Ou seja:
É $ ]5 <
Onde < é a massa de fluido que estamos analisando. Para facilitar o raciocínio podemos dizer que B é a
massa de uma laranja, então b é a massa de uma laranja dívida pela sua própria massa, ou seja, b seria
igual a 1. E se agora B fosse a suculência da laranja? Teríamos então que b seria a suculência pela massa
da laranja. Pode parecer estranho, mas é comum analisar alguns parâmetros de um fluido pela unidade
de massa.
Com esse conceito solido podemos entender agora B como uma propriedade extensiva, uma
propriedade comum a toda aquela massa de fluido. Enquanto b é denominada como uma propriedade
intensiva (vista anteriormente), que não depende da massa.

Caso ainda não esteja com o conceito fixado na cabeça acesse o site:
http://tinyurl.com/gqsvk6c

Portanto agora é possível escrever o Teorema do Transporte de Reynolds na sua forma geral:
YÉ=V=Q v
$ 0] 6# & ]0Ö5 f6K
YQ Ñr vQ nr

Onde é possível perceber nossa propriedade intensiva ] e extensiva É, o tempo Q, o volume de controle
7G, a superfície de controle =G, # o volume,MK é a área, f é o vetor normal ao elemento de área e Ö a
velocidade do fluido.

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE | UIA 2 | 16

Com o objetivo de facilitar a vida do estudante construí uma tabela que facilite relacionar as
propriedades intensivas e extensivas que devemos utilizar no teorema do transporte para garantir a
variação certa entre propriedades:

B b

m 1

R 7

Ü Rá7

E e

S s

Onde m é a massa, R é a quantidade de movimento linear Ü é a quantidade de movimento angular, E a


energia cinética, e energia cinética por unidade de massa, S a entropia e s a entropia por unidade de
massa.
Vamos interpretar um pouco a equação do transporte começando com o termo a esquerda do sinal de
igual. Esse termo caracteriza a variação do comportamento do nosso parâmetro físico a ser estudado em
questão, nas três direções (tridimensional H x, y e z), em função do tempo. Ou seja temos apenas a
pergunta, como nosso parâmetro se comporta em função do tempo.
No lado direito da equação temos as “respostas”. Iniciando da esquerda para direita temos que a primeira
integral significa a taxa de variação, ou seja, a quantidade da propriedade que passa no volume de
controle. A segunda integral representa o quanto dessa propriedade está saindo (escoando) pela
superfície de controle. Lembrando que o sistema é tudo aquilo que passa pelo volume de controle no
tempo analisado.

10.2.!DESCRIÇÃO LAGRANGEANA E EULERIANA


A mecânica dos fluidos pode ser analisada de dois modos. O primeiro usa o conceito de que o fluido é
descrito por todos os seus paramentos necessários como a velocidade, massa e massa especifica em
função do espaço e tempo. Essa descrição é conhecida como Euleriana. Podemos exemplificar a
descrição euleriana pela medição da velocidade do vento por um tubo de pitot, pois temos todos os
parâmetros disponíveis ao longo do tempo para uma certa posição em que o tubo de pitot foi fixado.
O outro método tem o conceito de acompanhar uma única partícula fluida e determinar como e quanto
as propriedades dessa partícula variam em função de um tempo determinado. Exemplificando, imagine
que eu conheço a posição que uma partícula de fumaça percorre ao longo de uma chaminé e posiciono
diversos termômetros ao longo dessa chaminé para calcular a temperatura daquela partícula onde o
tempo e a posição são variáveis do problema.
!

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE | UIA 2 | 17

10.3.!CÁLCULOS COM O TEOREMA DE TRANSPORTE DE REYNOLDS


Então como ficariam aquelas formulações entre sistema e volume de controle no princípio da
conservação de massa. Lembrando que a conservação da massa diz que a massa no sistema permaneça
constante, de acordo com a formulação:
6<
$c
6Q
Sabemos também que a massa do sistema pode ser obtida pela integral da massa especifica (0) vezes o
diferencial de volume. Basta lembrarmos daquela velha ideia que a massa especifica é uma função da
massa total sobre o volume. Arbitrando que nosso volume possa variar devido a algum fenômeno.
<n
0$ MMMM H MMM <n $ 06#
# Ñ

Se trabalharmos com a massa no teorema do transporte de Reynolds teremos que nossa propriedade
intensiva, b, será igual a 1 e minha propriedade extensiva, B, é a massa, conforme a tabela apresentada
anteriormente para as propriedades intensivas e extensivas. Então o Teorema do Transporte de Reynolds
vai ficar:
v
c$ 06# & 0Ö5 f6K
Ñr vQ nr

Quando isolarmos os termos, um de cada lado da equação teremos a seguinte forma.


v
06# $ 1 0Ö5 6K
vQ Ñr nr

O primeiro termo (esquerda) representa a taxa de aumento ou diminuição da massa dentro do volume
de controle em relação ao tempo. Enquanto o outro termo representa taxa liquida de massa que está
entrando ou saindo da superfície.

Note que o sinal negativo depende apenas do referencial, pois dada uma área A o
produto escalar Ö5 6K pode ser positivo ou negativo, dependendo apenas para
onde apontarem os vetores.

É necessário que todos os alunos lembrem que o produto escalar é dado pela formula:

Ö5 6K $ 75 K5 GN=à
Portanto se os dois vetores apontarem na mesma direção, o cosseno de teta zero será igual a 1, caso os
vetores forem opostos o teta será igual a 180º e o valor do cosseno será -1. A Figura 2 ilustra quando os
vetores são opostos (vermelho) teremos um produto escalar negativo, quando os vetores forem na
mesma direção o produto escalar será positivo.

Figura 2 - Volume de controle e a direção dos vetores.

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE | UIA 2 | 18

Para relembrar mais sobre o produto escalar leia sobre o assunto no site:
http://tinyurl.com/zwkc5kx

Por fim, se o meu fluido for incompressível, caso que ocorre nos fluidos com massa especifica constante,
como ficaria o Teorema do Transporte de Reynolds para o caso da conservação de massa? Simples:
Colocamos a massa especifica em evidência, fora da integral. Dividindo os dois lados pela massa
especifica temos:
v
0 6# & 0 Ö5 6K $ c
vQ Ñr nr

v
6# & Ö5 6K $ c
vQ Ñr nr

Como a integral de volume para um diferencial de controle é o próprio volume de controle:M


v
# & Ö5 6K $ c
vQ nr

Se o volume de controle permanece constante no tempo temos que a derivada do volume de controle é
igual a zero, sobrando apenas a integral da superfície de controle do produto escalar entre a velocidade e
a área:

Ö5 6K $ c
nr

Se minha velocidade for constante na seção de área temos por fim que essa integral representa um
somatório dos produtos escalares das superfícies de controle é igual a zero:

Ö5 K $ c

Os alunos podem encontrar exercícios resolvidos para conservação de


massa para um volume de controle: escoamento uniforme nos sites:
http://tinyurl.com/h7t6dle
http://tinyurl.com/hjurcnb

Aula 11 |!FATOR DE ATRITO E PERDA DE CARGA

11.1.!FATOR DE ATRITO E PERDA DE CARGA


Quando analisamos um escoamento confinado, ou seja, um escoamento com limites espaciais devido a
uma barreira física, devemos levar em conta as propriedades da parede ou contorno no qual o fluido está
escoando em seu confinamento.
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FENÔMENOS DE TRANSPORTE | UIA 2 | 19

Facilitando o raciocínio vamos pensar em uma tubulação predial, na qual corre agua (fluido) da base de
um prédio para o seu topo vide figura 1. É de senso comum que precisamos que exista uma bomba
trabalhando para que a água chegue até a caixa d’água no terraço do edifício. Mas como saberemos
dimensionar essa bomba, ou melhor, quanta pressão seria necessária gerar para que esse fluido fosse
capaz de subir andares e mais andares até a caixa de água.

Figura 3: Bombeio de agua até caixa d'água. Fonte: http://tinyurl.com/jgo6z6z

Bom, para entendermos esse fenômeno devemos estudar os escoamentos viscosos em condutos.
Viscosos porque sabemos que todos os fluidos possuem viscosidade.

Caso o conceito de viscosidade ainda não esteja sólido para o aluno


releia o site:
http://tinyurl.com/z58k8e2

Para facilitar o processo de aprendizagem, vamos considerar que o transporte de fluidos em um conduto
fechado será dado apenas em condutos de seção transversal circular. Isso porque a maioria dos dutos
que existem podem ser aproximados para uma seção transversal circular como por exemplo, os canos de
um edifício, dutos de saneamento, mangueiras hidráulicas e veias do corpo humano entre outros
exemplos.
Todos esses condutos exemplificados, geralmente, são feitos para suportar uma grande quantidade de
pressão. Para efeito de cálculos os tubos estarão sempre preenchidos com fluido e o mecanismo
principal para realizar o deslocamento do escoamento é o gradiente de pressão mostrada pela fórmula
abaixo:
tR $ R9 1 RZ
Os condutos têm também grande representatividade nessa diferença de pressão causada no
escoamento. Podemos pensar no caso de uma placa de vidro e uma de madeira lixada, o fluido tende a
escoar mais rápido por cima de uma superfície lisa que em uma superfície rugosa, ou seja, o escoamento
na madeira tende a ser mais lento que sobre o vidro. Entenda que até as superfícies mais lisas possuem
rugosidade, ou seja, mesmo a olho nu parecendo lisas, elas não são como vemos na figura 2 abaixo.
Esse tipo de fenômeno acontece devido a rugosidade do material. A rugosidade uma quantidade
adimensional que mede o quão retilíneo é um plano, isso quando olhamos microscopicamente. A
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rugosidade está intrínseca mente ligado ao fator de atrito (â). Ele é baseado na distribuição da tensão de
cisalhamento no escoamento do tubo, seja ele laminar ou turbulento. O fator de atrito (â) é um
parâmetro básico para calcular a perda de carga.

Caso queira uma explicação mais profunda sobre rugosidade leia:


http://tinyurl.com/zrukwln

Figura 4 - Material e sua rugosidade.fonte: http://tinyurl.com/h8yvwf3

A perda de carga está associada ao cisalhamento que o fluido tem com a parede das tubulações e
geralmente está associada a uma perda de pressão provocada pelos caminhos nos quais o fluido escoa.
Existem duas categorias gerais de perda de carga, as perdas distribuídas e as perdas localizadas.
As perdas distribuídas são aquelas que tem sua ocorrência em trechos lineares da tubulação, ou seja, ao
longo de uma extensão de tubo retilíneo. As perdas localizadas por sua vez são aquelas perdas
características de elementos individuais como os joelhos da tubulação, as bifurcações entre outras. A perda
de carga total é a soma entre as duas perdas de carga. Vale ressaltar que na maioria das vezes as perdas de
carga distribuídas são muito maiores do que as perdas localizadas. A figura 3, abaixo, ilustra no retângulo
verde aonde ocorrem as perdas distribuídas e em vermelho onde ocorrem as perdas localizadas.

Figura 4 - Tubulação e perdas de carga. Fonte: http://tinyurl.com/gqcebcg

11.2.!CÁLCULO DO FATOR DE ÁTRIO


O cálculo do fator de atrito está associado com a perda de carga distribuída e é um problema muito
comum no estudo do transporte de fluidos. Existem duas formas mais difundidas para se calcular o fator
de atrito. A utiliza formulações matemáticas para o cálculo de â (fator de atrito). Essas equações mudam
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para cada regime diferente do escoamento e são dependentes de diversos parâmetros como o Número
de Reynolds.
O relembrando que o número de Reynolds é a relação entre as forças viscosas e as forças de inércia de
um escoamento. Esse número pode ser definido com a seguinte equação:
07Y
uP $
/
Onde ä é a massa especifica do fluido, ã o diâmetro do tubo, D é a viscosidade dinâmica do fluido e åMé a
velocidade média do escoamento.

Caso necessite relembrar sobre massa especifica leia:


http://tinyurl.com/ju6zde7
Caso o conceito de viscosidade dinâmica seja estranho a você, leia:
http://tinyurl.com/jnxjlm3

Para sabermos em qual regime o escoamento se encontra e calcularmos o fator de atrito, basta
calcularmos o Número de Reynolds. Segue a tabela abaixo explicando como calcular o fator de atrito com
as fórmulas:

Regime Coeficiente de Atrito â

i[
Laminar (Re>2000) _$
uP
a gdêa
Transição $ M 1g çéè9|
_ uP _

a ëí gdêa
Turbulento Rugoso $ M 1g çéè9| &
_ ìdeY uP _

Onde ëí significa a rugosidade relativa do material, ou seja, a rugosidade dividida pelo diâmetro do tubo.
Para obtermos o cálculo do fator de atrito pela segunda forma, utilizaremos o diagrama de Moody. Esse
gráfico apresenta o fator de atrito em uma escala logarítmica em função do Número de Reynolds e da
rugosidade relativa. Basta seguir a linha da rugosidade relativa e marcar no ponto onde ela cruza com o
número de Reynolds. Depois traçamos uma paralela até o fator de atrito na esquerda.

Exercícios estão disponíveis no site:


http://tinyurl.com/ztcnz7w

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Figura 4 - Diagrama de Moody. Fonte: http://tinyurl.com/h46fs7u

É possível ver na figura 4 que com os dois parâmetros citados temos o coeficiente de fricção, ou
coeficiente de atrito â (no gráfico aparece como î) e assim sendo possível calcular a perda de carga.

11.3.!CÁLCULO DA PERDA DE CARGA TOTAL


Agora que temos todas as variáveis necessárias para calcular a perda de carga, vamos apresentar as
formulações necessárias para o calculo da perda de carga total.
A perda de carga total depende da perda de carga distribuída e da perda de carga localizada, conceitos
apresentados anteriormente. Portanto bastando somar as duas perdas de carga teremos a perda total.
A perda de carga distribuída pode ser calculada, utilizando a formulação abaixo, e ela só é calculada para
seções de tubulação retilínea (reta) como antes abordado. Para este cálculo é necessário também
considerar o fator de atrito calculado, ou pelas fórmulas ou usando o diagrama de Moody.
 7Z
ïñ $ _5 5
Y gx
Onde óò é a perda de carga distribuída, ô é o comprimento do tubo em metros, â oo fator de atrito, ã o
diâmetro do tubo em metros, A é a velocidade em metros por segundo quadrado e ö a gravidade.
A perda de carga localizada é aquela que acontece em conexões nas tubulações, para nós na maioria das
vezes é a perda de carga que encontramos nos ‘’joelhos’’ e válvulas das tubulações. Podemos calcular
essa perda pela seguinte formulação:
7Z
ïl $ õ5
gx

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Onde K é um coeficiente adimensional dado para cada tipo de conexão e válvula. Isso significa que,
aplicaremos a fórmula para cada conexão/válvula e somaremos todos para obter a perda localizada
total.
Por fim então a perda de carga total é obtida pela fórmula:
 7Z 7Z
ÜpúpÅl $ M_5 5 & õ5
Y gx gx

Lista de exercícios resolvidos sobre perda de carga no site:


http://tinyurl.com/zy5luu2

Aula 12 |!AS LEIS DA CONSERVAÇÃO NA ABORDAGEM MACROSCÓPICA


(PARTE 1)

12.1.!CONSERVAÇÃO DAS EQUAÇÕES


Quando estudamos o Teorema do Transporte de Reynolds (T.T.R.) vimos que esse teorema era
responsável por transformar equações inicialmente concebidas para sistemas, com massa fixa, em
equações para volumes de controle, com volume fixo.
Lembrem também que era possível aplicar o T.T.R. para alguns tipos de grandezas físicas e obter
equações que caracterizavam o transporte daquela grandeza pelo escoamento. Note que quando
dizemos transporte, segue a ideia de como o fenômeno se movimenta e comporta pelo escoamento.
Pois bem, as equações adequadas para realizar a análise nos volumes de controle estabelecidos são
montadas partindo das leis mais elementares aplicadas aos sistemas (massa fixa). No entanto na
mecânica dos fluidos é comum resolvermos problemas que envolvem volumes de controle com uma
descrição Euleriana, abordada na aula 10.

Relembre as diferenças das descrições Eulerianas e Lagrangeanas no


site:
http://tinyurl.com/j8h88on

Os elementos mais importantes para encontrar equações para o volume de controle são que o aluno
tenha o entendimento do que é um sistema e do volume de controle que ocupa uma determinada
região no espaço em um instante t e claramente o Teorema do Transporte de Reynolds.

12.1.1.!ESTUDO DE PROCESSOS ESTACIONÁRIOS (PERMANENTES) E TRANSITÓRIOS (VARIÁVEIS)


Dentro desses estudos temos que destacar algumas simplificações de extrema importância como os
processos que caracterizam um tipo de escoamento. Analisar o escoamento é necessário para entender
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como o escoamento se comporta em relação a algumas variáveis, assim podendo realizar simplificações
que nos permitem o cálculo das equações de balanço de massa entre outras.
Os regimes estacionários ou como preferimos chamar na mecânica dos fluidos, os regimes
permanentes são aqueles que em um determinado ponto não variam com o tempo. Entendendo de
uma forma mais analítica, a derivada da velocidade não varia no tempo, portanto é nula.

$c
vQ
O que foge um pouco da realidade, afinal a maioria dos escoamentos tem um campo de velocidade que
varia com o tempo, mesmo que pequeno. No entanto é razoável que para alguns casos sejam
considerados o regime permanente do escoamento, pois é muito difícil analisar escoamentos transitórios
tanto analiticamente quanto experimentalmente.
Quando o escoamento pode ser admitido como permanente, temos uma análise bem simplificada do
problema. Se essa simplificação não for possível teremos que caracteriza-lo dentre de algum tipo de
escoamento transitório, são eles os transitórios periódicos, não periódicos, e os verdadeiramente
aleatórios. Identificar qual tipo de escoamento transitório se está abordando geralmente não é uma
tarefa muito fácil.

Figura 5: Escoamentos: a) Escoamento permanente, b) Escoamento transitório.

O que nos compete entender é que no caso de um escoamento


permanente podemos aplica-lo a pontos fixos. Quando o regime é
permanente os parâmetros (temperatura, massa especifica e etc.)
independem do tempo para qualquer ponto. Caso tenha dificuldades
de entender o assunto leia:
http://tinyurl.com/jana9em

12.2.!BALANÇO DE MASSA
Podemos definir um sistema por uma quantidade fixa e com identificação de material. Portanto um
conceito pode ser estabelecido, o princípio da conservação da massa. Ele exprime que a massa, em um
sistema, se conserva ou se mantem ao longo de todo o sistema. Sua formulação diferencial é apresentada
descrevendo que a taxa de variação temporal da massa é igual a zero, ou seja, no tempo a massa não
varia conforme apresentada na equação vista na aula 10:

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE | UIA 2 | 25

YFn"np
$c
YQ
Onde Fn"np é a massa do sistema e pode ser representada de maneira geral por:

Fn"np $ 06#

No qual 6# representa o diferencial de todo o volume do sistema. As formulações integrais que estou
apresentando até aqui, servem para que o aluno entenda a tentativa de abordar o problema da forma
mais geral possível, levando em conta todo o volume de controle. No caso a equação da massa podemos
entender que a massa de todo o sistema corresponde ao somatório das massas distribuídas pelo volume
do sistema.
Se relembrarmos a aula 10, sobre o teorema do transporte de Reynolds, já fizemos a aplicação
considerando a conservação da massa para um sistema em um volume de controle. Se aplicarmos
novamente o teorema do transporte de Reynolds para a massa teremos a seguinte equação:

Y v
06# $ 06# & 0Ö5 f6K
YQ vQ Ñr nr
n"np

Se formos interpretar essa equação fisicamente podemos dizer que é a taxa de variação no tempo da
massa do sistema é igual a taxa de variação temporal da massa no volume de controle mais a vazão
liquida de massa que passa pela superfície de controle.
Se olharmos atentamente para equação veremos que o primeiro termo antes da igualdade se parece
muito com as definições de conservação de massa e descrição da massa do sistema. Se você não
enxergou isso tudo bem vou esquematizar para que melhore o entendimento.

YFn"np Y
$ cMMMPMMMFn"np $ 06#MMMMM H MMMM 06#
YQ YQ
n"np

Que é exatamente o primeiro termo da nossa equação do transporte de Reynolds utilizando a massa.
Então ficamos com apenas os termos do lado direito da igualdade certo?! Sim só com as duas integrais:

v
c$ 06# & 0Ö5 f6K
vQ Ñr nr

Agora nos restou apenas os termos que expressam a taxa de variação temporal da massa no volume de
controle e a vazão liquida de massa na superfície de controle respectivamente.
E agora entram as considerações do escoamento. E se dissermos que o escoamento já está totalmente
desenvolvido e se encontra em regime permanente, o que isso implica? Bom quando o regime é
permanente temos que as propriedades do escoamento, em qualquer ponto, permanecem constantes.
No caso da nossa equação da continuidade teremos que a massa especifica (0) será constante, ou seja,
como a massa especifica é constante ao longo do tempo, a taxa de variação temporal da massa no
volume de controle será nula. Traduzindo na equação:

v
06# $ c
vQ Ñr

Sobrando apenas o termo da vazão liquida de massa que passa pela superfície de controle:

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FENÔMENOS DE TRANSPORTE | UIA 2 | 26

c$ 0Ö5 f6K
nr

Como abordado anteriormente o termo Ö5 f6K dentro da integral representa o produto escalar do vetor
velocidade perpendicular à superfície de controle e uma área infinitesimal (diferencial) 6K. Então
0Ö5 f6K é a vazão de massa que passa através da área, no entanto vale lembrar da aula 10 que quando o
vetor velocidade aponta em uma direção diferente do vetor de área o termo é negativo, quando
apontam na mesma direção temos uma vazão liquida de massa positiva.

0Ö5 f6K $ <nÅ" 1 <ùûpíÅ


nr

Geralmente para simplificar autores abordam que o balanço de massa é representado pela vazão mássica
que sai menos a vazão mássica que entra em quilograma por segundo [Kg/s].

A Conservação de Massa da massa em um volume de controle também é


conhecida como Equação da Continuidade.

Agora que conhecemos uma forma simples de realizar o balanço de massa passa um volume de controle,
como iremos expressar a vazão em massa para resolver nosso problema. Uma expressão muito comum
utilizada para quantificar a vazão mássica, <, em uma seção da superfície de controle de área K é dada
por:
< $ 0I $ 0KÖ
Ou seja dependendo apenas da massa especifica ä, da vazão ü dada em [m³/s], da velocidade † e da
área °.
Finalmente se formos aplicar isso em forma de um exemplo, basta pensar em um tubo no qual nosso
escoamento é permanente. Queremos descobrir com qual velocidade o fluido sai da tubulação, uma vez
que sabemos a velocidade de entrada. O que fazer?!
Primeiramente devemos analisar qual seria nosso volume de controle. Após estabelecer os limites do
nosso volume de controle, iriamos observar como se comporta o fluido que passa por ele, tomando nota
por onde o fluido entra e por onde o fluido sai. Por último bastaria fazer o balanço de massa:

<nÅ" 1 <ùûpíÅ $ c

Pronto esse é um exemplo como seria simples realizar o cálculo de um balanço de massa em um volume
de controle.

Figura 6: Balanço de massa em um volume de controle

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Segue alguns exercícios resolvidos em forma de vídeos para a fixação


do assunto:
http://tinyurl.com/j3mljvo

Você terminou o estudo desta unidade. Chegou o momento de verificar sua aprendizagem.
Ficou com alguma dúvida? Retome a leitura.
Quando se sentir preparado, acesse a Verificação de Aprendizagem da unidade no menu
lateral das aulas ou na sala de aula da disciplina. Fique atento, essas questões valem nota!
Você terá uma única tentativa antes de receber o feedback das suas respostas, com
comentários das questões que você acertou e errou.
Vamos lá?!

! !

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REFERÊNCIAS

CAMARGO, L. A.; Análise de escoamento em condutos forçados. Uso das equações de Darcy-Weisbach
e de Colebrook-White". maio/2001. Disponível em: <http://hidrotec.xpg.uol.com.br/condutos.htm>.
Acessado em 31 Agosto 2016.

ÇENGEL, Yunus A.; CIMBALA, John M. Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e Aplicações. McGraw-Hill,
2008, 850p.

FOX, R. W. Introdução à Mecânica dos Fluidos. Rio de Janeiro: LTC, 2001. 504 p.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física 2: Gravitação, Ondas e
Termodinâmica. Rio de Janeiro: LTC, 1996.

MATAIX, C. Mecânica de Fluidos y Maquinas Hidráulicas. México: Harla, 1970. 582 p

MATTOS, E. E., FALCO, R. Bombas Industriais. 2da Edição.

MUNSON, B. R., YOUNG, D. F., OKIISHI, T. H. Fundamento da Mecânica dos Fluidos. São Paulo: Edgard
Blücher, 1997. 804p.

MUNSON, Bruce R. Fundamentals of Fluid Mechanics. 4ª ed. 2004.

VENNARD, J. K., STREET, R. L Elementos de Mecânica dos Fluidos. Rio de Janeiro: Guanabara Dois, 5 ed.,
1978. 687 p.

WHITE, Frank M. Fluids Mechanics. University of Rhole Island. 4ª ed. 2014.

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