Sunteți pe pagina 1din 4

II Encontro de Filosofia, Ciência e Tecnologia

Mesa de Debate: Contribuições das Ciências Humanas para o Ensino Técnico:


Relatos de Experiências

Tema: A Experiência no Ensino de Filosofia

Introdução
Benjamin – Vinhateiro
- uma nova forma de miséria surgiu com esse monstruoso desenvolvimento da
técnica
- pois qual o valor de todo o nosso patrimônio cultural, se a experiência não
mais o vincula a nós?
A natureza e a técnica, o primitivismo e o conforto se unificam completamente,
e aos olhos das pessoas, fatigadas com as complicações infinitas da vida diária e que
vêem o objetivo da vida apenas como o mais remoto ponto de fuga numa interminável
perspectiva de meios, surge uma existência que se basta a si mesma [...].
- Ficamos pobres.
“[...] tempo infernal, em que transcorre a existência daqueles a quem nunca é
permitido concluir o que foi começado” (BENJAMIN, 1989a, p.129).
Esse novo tempo regrado pelo mercado e pela técnica eliminou o tempo da experiência
– “tempo em que o tempo não contava”.
A transmissão do ensinamento do vinhateiro de Benjamin é de que o indivíduo
deve produzir sua própria experiência, ao invés de apenas fazer experiências passageiras
características da modernidade.

CIENCIAS HUMANAS
Ao analisar a origem das ciências humanas, no final do século XIX, percebeu
que o fato de o homem ter aparecido como objeto científico para elas, não deve ser
buscada no aperfeiçoamento dos métodos científicos de investigação sobre o homem,
mas antes explicado pela reorganização dos saberes modernos. “Elas aparecem no dia
em que o homem se constituiu na cultura ocidental, ao mesmo tempo como o que é
necessário pensar e o que se deve saber” (FOUCAULT, 1999, p. 476).
Para o filósofo francês, o problema das ciências humanas, por um lado, está no
fato de que elas adotaram, principalmente, o modelo lingüístico. Para o autor, ao
contrário do que aconteceu com as ciências empíricas do século XIX, elas não
conseguiram contornar o primado da representação. As ciências humanas não podem
dizer o que é o homem sem cair no estatuto da representação. Daí sua limitação em não
poder conhecer inteiramente quem o homem é, haja vista, que só conhecem aquilo que
representam. Por outro lado, o problema da configuração do saber das ciências humanas
está em fundamentar-se em uma análise da finitude, pois ao apresentarem o que é
homem em sua finitude (empírico), fazem deste ato o que é representado como condição
de sua existência (transcendente). Tomam o que é conhecido (empírico) valendo como
fundamento (transcendental). Fazem valer aquilo que ele é em sua finitude como uma
essência.
Marxismo (ser de trabalho). Existencialismo (existência).
Nossa primeira pergunta: “quem somos nós?” e por que não colocamos a
questão: “o que é o homem?”. Essa segunda pergunta, supõe a busca por uma essência
humana pronta e imutável, o que se quer evitar, para não deixar-se levar pelos mesmos
equívocos da modernidade. Já a primeira questão remete para Foucault (1995, p. 239) a
atitude crítica inaugura por Kant que associa o que somos com o momento em que
vivemos.

1. Definição de Experiência
Experiência não apenas como aquilo que passou, mas aquilo que nos passa neste
instante.
Heidegger – a experiência é algo que nos acontece. Algo nos atropela e nos transforma.
Instante (contém o passado e potencialidades).
Submissão da experiência. Ex. Dom Quixote
Dom Quixote recebia desse mundo representado sua verdade e sua lei; não lhe restava
mais esperar desse livro onde nascera, que não lera, mas cujo curso devia seguir, um
destino que doravante lhe era imposto pelos outros. Bastava-lhe deixar-se viver num
castelo onde ele próprio, que penetrara por sua loucura no mundo da pura representação,
se tornava finalmente pura e simples personagem no artifício de uma representação
(FOUCAULT, 1999a, p. 290).

2. Nossa Experiência Moderna - Eficiência


Desproporção do ideal iluminista do progresso técnico e o aperfeiçoamento
moral.
Biopolítica: a vida como produção e consumo.
Capital humano: possuir habilidades que permitem ser eficiente e produtivo.
TEMPO = técnico: tudo que fazemos está determinado pelo que nos
espera/cobrado ser no futuro. E o viver o instante não nos é permitido. O instante
presente é o único tempo possível.
Tempo do trabalho é confundido com o tempo do não trabalho.
Tempo é dinheiro.
SER EFICIENTE
Ao se limitar à operação de ajustes de meios aos fins dados ... exclui a
experiência e a vida.
Vida mecanizada – nossa experiência é determinada por uma lógica da
eficiência.
Já incorporamos a técnica como modo de vida (antropotécnica).
Estou a todo o momento tendo que provar minha eficiência. Como professor
dando uma aula show, como aluno mostrando resultados. Como esposo (sexualmente,
pai). Nas conversas cotidianas: comprei algo mais barato, conheço um lugar melhor,
uma bebida, uma comida que emagrece. As viagens são programadas (temos que
conhecer todo o percurso). O Facebook é o templo moderno da exposição da eficiência,
o lugar onde é preciso mostrar que posso ir a lugares, comprar coisas, fazer festas. Nem
sempre reflete a vida real. Vivemos programados. E o Lattes (acadêmico). Sou aceito
pela minha eficiência.
Produzir e consumir – morte da experiência. Produzir e produzir o tempo todo
para nada. Porque o consumo é uma experiência descartável, que nunca se completa,
mas precisa ser sempre substituível por outra.

3. A experiência em Filosofia e a contribuição da filosofia para as Ciências Humanas


3.1 A experiência em Filosofia
Foucault resgata nos gregos uma experiência esquecida: educar-se a si mesmo pelo
cuidado de si.
Trabalho de si sobre si mesmo por meio de exercícios espirituais (pragmática
filosófica).
Não se dá sozinho. É um coabitar: um caminho (método=práticas) a percorrer guiado
por outrem (mestre, amigo, texto) sobre os assuntos cotidianos.
Vida errante
Deleuze: a experiência do pensamento é um acontecimento. Algo vivo, que não é
cronológico, não pode ser medido ou controlado (não pedagogizado). Acontecimento
não é da ordem da repetição, mas de um saber que não estava estabelecido.
Deleuze (1990, p.144), “Pensar é sempre experimentar, não interpretar, mas
experimentar, e a experimentação é sempre atual, o nascente, o novo, o que está em vias
de se fazer”. Compreender o pensamento como uma experienciação
A pergunta que potencializa esse modo de pensamento é a seguinte: O que estamos
fazendo de nós mesmos?

3.2 Ciências Humanas


A formação profissional e tecnológica tem seu sentido social de garantir ao
indivíduo conquistar seu espaço (sua autonomia) e, por isso, precisamos fornecer uma
formação sólida em cada área profissional articulada com uma formação humana que
nos permita compreender que tipo de experiência estamos submetidos nessa sociedade
tecnológica.
Instituto – quantidade de componentes e atividades que não permitem viver o
seu tempo, criando espaço para este crie sua própria vida.
Discursos sobre formação humana – definida exclusivamente como ser crítico,
cidadão (direitos).
Questão: como pensar a techne filosófica como experiência?
Filme: Limite do amanha – repetição com linhas de fuga a cada dia.
- falar da vida na formação técnica é falar de uma vida que está envolvida pela técnica.
A vida deste educando é a vida técnica.
Educação como transmissão visa a integração ao progresso tecnológico.
O cuidado de si questiona a tradição que desvinculou o espaço da experiência.
O empobrecimento da experiência contribuiu, assim, para o enfraquecimento
dos modos de vida das pessoas, de um pensar filosoficamente sobre a vida.
Heidegger – convite: questionemos a técnica.
A filosofia como modo de vida: não como teoria conceitual e argumentativa,
que visa a previsão e controle do que pode acontecer (nesse sentido, torna-se técnica e
ciência).
Uma filosofia dos afetos:

S-ar putea să vă placă și