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1 A CONTINGENCIA DA LINGUAGEM ica mais uma foe 'A poli wigpiea poe de parte questdes, quer Deus quer sobre a natureza do Hox ha. sociedade até agora desconbeside. ‘Mais ou menos pela mest vam o que acontece quando 10 agora assumido a forma de um todas as forcas que, dentro da cultura, pensam que a verdade é feita ¢ no descoberta. Esses flésofos considéram a cigncia como ‘2 actividade paradigmética do homem ¢ insistem em que as citn- cias naturais descobrem a verdade.em.vez de a fazerem, Conside: ‘que a nogio de werdaden se fildsofos, verifieando que © mundo tal como € ‘moral’e nao oferece qualquer conforto espiritual, conclufram que a cigncia nao & mais do que ancilar da tecnologia. Esses fildsofos ~- alinharam-se do lado dos politicos utépicos e dos artistas ino- > vadores. Enquanto 0 primeiro tipo de filésofo contrapde 0 «facto cienti- fico s6lido» ao «subjectivor ou & «metéforan, © segundo tipo politicos inventam outras describes do mundo para Nao hi, poré, uma seeped na qual qualquer uma dessa desc esentagko earece de sentido. ‘ivesse 0 primeizo tipo de filésofo, aquele cujo herdi é o estu- dioso das ciéncins naturals, sido sempre 0 Unico tipo de flésofo, e talvex nunca tvéssemos ‘ausénoma chamada ‘ilosofian — discplina tho as quanto 0 é da teo- Togia ow das artes. Enquanto io tem mais do que azentos anos de idade. Deve a sua exisiéncia a tentativas, por parte dos idealistas lems, de colocar as cigncias no seu lugar € de dar um sentido claro a ideia vage de que os seres humanos fazem a verdade em ver de a encontrarom, Kant pretenda atribuir a cienci &esfera da verdade de segunda ordem — a verdade acerca de um mundo fenomenal. Hegel pretenaia pensar as eléncias natu- rais como ume descrgio do espirito ainda nfo plenamente cons- ciente da sua propria nuturezs spiritual «, portant, elevar 0 tipo de verdade proporcionada pelos poetas e pelos revolucionaios a um estatuto de primira ondem. ‘0 idcalismo aleme, porém, foi um compromisso insatstutio de curta exiténcia. E que Kant ¢ Hegel learam apenas até meio 4 "0 seu reptidio da iets de que a verdade aestd diante dé nés». Pre- ‘endiam ver o mundo da ciéncia ‘indo na mente e insuficientemé ter mental. Rania, m, porém, dezas do eu fiamnano co I significava que apenas metade metade cientifiea ~ era feta, verdade acerca da mente, dominio da filoso- tern tal natuzeZa com a ideia de que 0 espago ¢ 0 tempo s&0 irreas, de que os seres humanos so causa da etistfucla do mundo’ ‘espicio-temporal. ‘Temos de fazer uma distingdo. entre a tese de que o mundadstd iante de nés ¢ a tese de que a verdade esta diante de nés. Dizer que 6 imuindo esta diamte de n6s, que nfo 6 uma criaglo nossa, quer dizer, tal como o senso comum, que 2 maior parte das coisas no e2pago eno tempo so feos deenusas que in incuem 0s extadoy umano. Dizer que a a ‘préprio — sem auxilio das actividades descrtivas dos seres | humanos — no pode. ‘A dela de que a verdade, tal come © mundo, esté diante de nds uma heranga de uma época em que o mundo era visto como cria- ‘Sao’ de vin Ser aie inhi a sua prépcia lingwagem. Se debiarmos de ‘entar dar sentido & ideia de tal linguagem no humane, nfo sere- ‘mos tentados a confundir o truismo de que 0 mundo pode fazer ‘com que tenhamos justificagio para acreditar na verdade de uma frase com a tese de que 0 prdprio mundo se divide, por sua prépria 25 {nlolativa, em fragmenios em forma de frase chamados «a The Corpenican Revotution, nés no para '@ Revolugdo Francesa ndo foi que ‘uma natureza humana duradoura e da ordem do substrato tivesse sido supei ‘Wcopistas pollicos seniiram Ao falavam de si préprios como sendo responsaveis perainte nfo humanos se tornariam, dessa concepcHo, um novo tivo ica ideia de que © meu tipo de protende ver-se live, a ideia de que 0 mando ou 0 eu tém. i Do nosso is a que deverfamos abandonar a ideia te respeito a hhomem» ¢ & «natureza de Deus» ¢ distinguindo-se da «natureza do positron e da natureza da fixaco edipiana». Mas esta tere reza do. acerca da utilidade relativa equivale apenas & recomendagéo de que, de facto, devencs daer pouco acera de tis asuntos ¢ vemos lari, Espera-se que mostrem gue 08" “tementos centras desse vocabulrio to cinconsstenes nos seus pré- usa, vaga ou ameramente metaférica» esté condenado a ser conch dente e questiondvel. E que, no fim de cont Precisaments na medida em que a nova realmente nova, nlo haverd tals eritérios, 30 ck Posse Em conformidade com os meus préprios preceitos, nfo vou apresentar argumentos contra o vocabulério que pretendo substituir. Em vez disso, vou tentar tornar atraente 0 vocabulério que merece © meu favor, mostrando como pode ser utilizado para descrever ‘uma vontade de enfrentar a contings amos. Nos capiilos que se seguem, tentarei — reconhecimento dessa contingéncia leva a um reconhecimento da contingéncia da consciéncia ¢ de que modo, um e outro levam a uma imagem do progresso intelectual e moral mn terrags de histStia de metaforas’eada ver mais ley nulam frases ou concentrar. — ‘mais Tez tido de explorar tais consequéncias ‘verdade associa-se ao tratamento linguagem ¢ da metéfora para ‘mético da linguager, que romp. Tinguagem como algo que pode mundo ou ao eu. B que Reading Rory (Oxford: Blackall, no pro). puta tedriea feeticia entre vocabulirios que provaram ser capazes de 3 icos co. texto recente, com 0 belo titulo de A Nice Derangement of , Davidson tenta por em causa a nopao de linguagens ‘aquilo que vou fazer em seguida, ineluindo os rufdos que vow emitir 4 seguir, e as minkas propries expectativas sobre 0 que vou fazer ou dizer em certas cicunstincias actbario mais ou menos por coincidie ¢ porque o inverso também ¢ verdade. Essa pessoa e eu estamos a lidar uma com a outra como podiamos lidar com mangas ou com jibdias — estamos a tentar nfo ser apanhados de surpresa. Dizer que ‘acabamos por falar a mesma linguagem é dizer, como afirma David- son, que «tendemos para convergir em teorias de passagem». A tese de Davidson é a de This ena encontra sem Lepore, Truth end Interpreten pode, tal como o resto do seu comportamento, ser dificil de prever pera os habitantes da outra comunidade, Tal como Davidson afirma, 20 gue se refere a mente, Nenhurn deles tem qualquer vontade de “apresentar equivalentes em linguagem behaviourista para 0 discurso sobre creneas ou sobre a referencia. Ambos, porém, dizem: pensem <4 Nice Derangronet of Epitaph, in Lepore, Mh and Interpretation, M46. ldo ee 31 AA no termo «mente» ou alinguagem» no como sendo um nome de um meio entre 0 eu ¢ a tealidade, mas simplesmente como uma insignia se tenta lidar com certos tipos de organismos. organismo — ou, neste aspecto, uma dada mi miente quer apenas dizer que, para certos fins, valeré a pena pensar rele como sendo dotado de crengas e desejos. Dizer que é um utili- zador da linguagem é apenas dizer que par 2 par os sinais e ruidos para as mentes © por Davidson pata as mente e a linguagem a0 tomar todas a ‘qualquer delas com o resto do universo questies causa, ‘9io a quostdes sobre a adequagao da representagio ou da expressiio. Faz todo 0 sentido perguntar como & que passamos da relativa hhomem ou do falar neanderthal para o falar pés-moderno, ‘questées forem construfdas como ques:Bes causais simples. No ‘meio caso, a resposta leva-nos & neurologia ¢, dat, & biologi sions, No am caso, porém, Jv noe & hina inlets Gar uma visio do progresso intleetuel ¢ moral que correspond & visto davidsoniana da linguagem. ‘er a historia da linguagem e, portanto, das artes, das cidncias © do sentido da moral como histéria da metdfora é por de parte a ‘imagem da mente humana ou das linguagens humans, que se tor- ‘nam cada vez mais bem adequadas aos fins para que Deus ou 2 rnatureza as conceberam, por exemplo, o de serem capazes de expri- ‘que renunciasse a estas duas ideiag seria ensamento modemo que comeparam hé ‘Uma visdo nfo teleolégica da hist6ria intelectual, incluindo a histéria da cigncia, desempenha no caso da teoria da cultura 0 ‘mesmo papel que a visio mendeliana ¢ mecanicista da seleeqdo natural desempenhou no caso da teoria da evolusio. Mendel ppermitiu-nos ver a mente como algo que apenas aconteceu ¢ no 38 como algo que constitui o cere de todo © processo, Davidson permitesnos pensar a histéria da linguagem e, portento, da cultura para novas metaforas, Esta analogia permite-nos pensar a «nossa linguagem» — isto é, a linguagem da ciéncia e da cultura da Europa do séeulo xx — como algo que ganhou forma como resultado de lum grande ndmero de puras contingéncias. A nossa linguagem ¢ a nossa cultura t8m tanto de contingéacia, t€m tanto de um resultado de milhares de pequenas mutagGes que encontram nichos (e de milhées de outras que nao 0s encontram) como 2s orquideas € os ara aceitar esta analogia, sar as revolugées cientiticas 108 de seguir Mary Hesse 0 pen- ssredescriges metaféricasy’? da hnatureza € nfo como intl re & natureza intrinseca da natu- reza, Além disso, temos de tentagdo de pensar que as redes- srigdes da realidade proporcionadas pela fisica ou pela ciéneia bio- légica contempordnca estéo de alguma forma mais perio das préprias coisas», ou que so menos «dependentes da mente» do discurso sobre o ADN ou sobre 0 Big Bang como eoincidindo com as forgas causais que produziram o discurso sobre que tornaram algumas coisas € outras no, que tornaram alguns Drojectos possiveis e importantes ¢ outros nzo. Posso deseavolver 0 coniraste entre a idela de que a histéria da ‘cultura tem um ‘elos — tal como a descoberta da verdade ou a ‘emancipacao da humanidade — e a jmagem nietzschiana e davidso- nniana que estou a tragar, observando que esta wltima € compativel com uma descrieio puramente mecinica da relacto entre os seres Ihumanos ¢ 0 resto do universo, pois a auténtica novidade pode, afinal, verificar-se num mundo de forgas mecfnieas, cegas ¢ contine sgentes, Pense-se na novidade como sendo o tipo de coisa que acon- pura contingéncia desta condicéo necesséria da sua ‘mesmo modo, ¢ tanto quanto sabemos ou nos interesta, 0 uso meta- {brico que Aristételes faz da ousia, 0 uso metaforico que S. Paulo faz ‘da agape ¢ 0 uso metaférico que Newton faz da gravitas foram © resultado de raios eésmicos, que agivaram a fina estrutura de alguns Lipos de significado, nem como um interpretaso, mas sim como uma di no familiares de ruidose de sinas, Os ws so 08 usos que podemos aborda aquilo que as pessoas dirfio eo € aquele que nos leva a Davidson apresenta esta segundo as suas palavras, «2 tese de que a uma metéfora estd asso ciado um contetido cognitive que o seu autor pretende transmit © ‘que o intérprete tem de apreender se pretende receber a mensagem»®. >ardson, «What Metaphors Means, in Dadton, Jngwies ino Truth and Interpretation (Orford University Press, 1980), 9. 242. 40 Na sua perspectiva, langar uma metfora para uma conversa ¢ 0 esto que interromper bruscamente a conversa o tempo suficiente [para tragar um rosto, ou o mesmo que tirar uma fotografia do bolso © mostré-la, ou apontar para um determinado aspecto cizcundante ‘rar algum uso familiar (isto, ‘que jé tivesse um lugar mi imguagem — e pretender que também se podia ter isso. Mas a impossibilidade de metdfora ser parafraseada é precisamente 3 inadequago de qualquer frase farni- liar dessas para 0 9 em causa. Pronunciar sem um Tugar fixo num jogo de lingua- {cir nem falso — algo que, nos termos de Ian Hacking, ndo é um «candidato a valor de verdaden. B isso porque contra a qual ou a favor da qual pode saboreé-la ou cuspi-la, Com ‘mancira nfo pensada que lidamos com 2 maior parte dos seus outros enunciados. 4 ‘A {ese davidsoniana de que as metéfores nfo tém significado pode parecer um truismo dos que sd0tipicos nos fds is vst pata eftsur# Inagen oso facial do ue et humano. A melhor maneira de incia da questo de Davidson talvez seja colocar em contraste & sua abordagem da ‘metéfora com a dos platSnicos ¢ positivistas, por um lado, e a dos romatlcos, por outro, Os platéni representagto da dade. Pelo contrario, 08 roménticos adoptam uma perspectiva Sxpansonista Consderam que 2 meidfoa € estaba, misica ¢ mutica da cultura vé & linguagem como algo que graduaimente traz_o Espirito A autoconscitncia. A histéria nietzschiana da cultura e a filosofia davidsonians da linguagem vem a linguagem como nds hoje vemos a evolugto: novas formas de vida constantemente a matar alcancar uma finalidade superior, as de vida velhas — nfo para as &s cegas. Enquanto 0$ positi- vistas véom Galilew como alguém que faz uma descoberta — a

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