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A saúde mental infantil e a saúde pública A inclusão tardia da saúde mental infantil e
juvenil na agenda das políticas de saúde mental, nacional e internacionalmente, pode ser
atribuída a diversos fatores. Em primeiro lugar, à extensa e variada gama de problemas
relacionados à saúde mental da infância e adolescência, que incluem desde transtornos
globais do desenvolvimento (como o autismo) até outros ligados a fenômenos de
externalização (como transtornos de conduta, hiperatividade), internalização (depressão,
transtornos de ansiedade), uso abusivo de substâncias, e demais
A Organização Mundial de Saúde afirma que não existe definição "oficial" de saúde mental.
Diferenças culturais, julgamentos subjetivos, e teorias relacionadas concorrentes afetam o modo
como a "saúde mental" é definida. Saúde mental é um termo usado para descrever o nível de
qualidade de vida cognitiva ou emocional. A saúde Mental pode incluir a capacidade de um
indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para
atingir a resiliência psicológica. Admite-se, entretanto, que o conceito de Saúde Mental é mais
amplo que a ausência de transtornos mentais"
2. Saúde Mental é estar de bem consigo e com os outros. Aceitar as exigências da vida. Saber
lidar com as boas emoções e também com as desagradáveis: alegria/tristeza; coragem/medo;
amor/ódio; serenidade/raiva; ciúmes; culpa; frustrações. Reconhecer seus limites e buscar ajuda
quando necessário.
Ficar triste, brigar com os pais, ter um certo medo do escuro, não querer ir pra escola um dia, se
sentir irritado ou desatento de vez em quando é normal. Essas coisas acontecem com todo
mundo, e podem ter diversos motivos: uma nota baixa, a derrota do seu time, uma noite mal
dormida, um amor não correspondido... Saber lidar com esses sentimentos e superá-los é
importante e até mesmo saudável: faz parte do processo de amadurecimento de todos nós.
Mas em alguns casos o problema não passa, e começa a ter impactos negativos na vida familiar,
escolar e social da criança ou adolescente, afetando seu desenvolvimento. Muitas vezes, os
adultos não dão bola, acham que depressão ou qualquer outro tipo de problema psiquiátrico é
coisa de gente mais velha. Mas não é bem assim. Segundo Rossano Cabral Lima, psiquiatra
infanto-juvenil e doutor em Saúde Coletiva pela UERJ, de 10 a 20% das crianças e adolescentes
sofrem com algum tipo de transtorno psiquiátrico.
Na infância, os mais comuns são os transtornos emocionais ou internalizantes (quadros fóbico-
ansiosos e depressivos) e os transtornos disruptivos ou externalizantes (hiperatividade e
transtornos de conduta). Há também os quadros autistas, que são graves, embora menos
comuns.
Entre os adolescentes, há um aumento nos quadros depressivos, além dos problemas
envolvendo uso de álcool e outras drogas, e dos transtornos alimentares (anorexia e bulimia). É
nessa época que surgem situações mais graves, embora menos frequentes, como a esquizofrenia
e os transtornos bipolares do humor.