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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................... 0

2. Objectivos ................................................................................................................................... 2

2.1. Geral ..................................................................................................................................... 2

2.2. Específicos ........................................................................................................................... 2

3. Hermenêutica Jurídica ................................................................................................................ 3

3.1. Conceito de Hermenêutica Jurídica...................................................................................... 3

3.2. Aplicabilidade da Hermenêutica .......................................................................................... 3

4. Escolas de Interpretação ............................................................................................................. 4

4.1. Escola da Exegese ou Dogmática......................................................................................... 4

4.2. Escola Histórico-Evolutiva .................................................................................................. 5

4.3. Escola da Livre Investigação Científica ............................................................................... 5

4.4. Escola do Direito Livre ........................................................................................................ 5

5. Espécies de Interpretação ............................................................................................................ 6

5.1. Classificação quanto às origens............................................................................................ 6

5.2. Classificação quanto à natureza ........................................................................................... 8

5.3. Classificação quanto ao resultado ........................................................................................ 8

6. O Direito diante da Hermenêutica .............................................................................................. 9

7. Conclusão.................................................................................................................................. 10

8. Bibliografia ............................................................................................................................... 11
1. Introdução

Ao adentrarmos no campo das ciências jurídicas, faz-se necessária a constante interpretação das
normas, fazendo com que essas sejam conhecidas na plenitude de seu sentido e alcance. Neste
ponto, deparamo-nos com a hermenêutica jurídica, ciência que, ao utilizar-se de métodos na
interpretação dos textos legais, conduz à aplicação da melhor forma de direito, não se
restringindo à rigidez textual do legislador.

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2. Objectivos

2.1. Geral
 Apresentar aspectos e conceitos relevantes à Hermenêutica Jurídica

2.2. Específicos
 Conceituar a Hermenêutica Jurídica;
 Classificar a Hermenêutica Jurídica;
 Debruçar em torno das características da Hermenêutica Jurídica.

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3. Hermenêutica Jurídica

3.1. Conceito de Hermenêutica Jurídica


A definição mais acertada e tecnicamente mais célebre da palavra “hermenêutica”, nos dias
atuais, é “Ciência da Interpretação”. A existência de confusão semântica é nítida pelo fato da
palavra "hermenêutica" ser de origem grega, significando interpretação.

Segundo alguns estudiosos, sua origem está no nome do deus da mitologia grega Hermes, a
quem era atribuído o dom de interpretar a linguagem dos deuses.

As raízes da palavra “hermenêutica” provêm do verbo grego hermeneuein e do


substantivo hermeneia, ambas concatenadas ao mito do deus grego, Hermes (Mercúrio na
tradição romana). De acordo com a mitologia, Hermes era o filho de Zeus encarregado de levar a
mensagem dos deuses do Olimpo aos homens, utilizando-se de suas velozes asas para realizar tal
tarefa. (PALMER, 1969. P.23)

Curioso era do fato de que o deus mensageiro deveria “traduzir” e “interpretar” as mensagens
dos deuses para os mortais, vez que a língua de um era incompreensível ao outro. Assim, Hermes
acabou elaborando uma escrita e uma linguagem para melhorar a comunicação entre eles.
(SOARES, 2014)

Destarte, a hermenêutica é a disciplina da interpretação e a ciência que expõe os princípios,


investiga as leis do pensamento e da linguagem e classifica os seus acontecimentos e
consequências.

3.2. Aplicabilidade da Hermenêutica


A Hermenêutica tem por finalidade o estudo e a sistematização dos processos aplicáveis para
determinar o sentido e o alcance das expressões do direito. (PEREIRA, 2014)

As próprias escolas hermenêuticas que se desenvolveram ao longo dos séculos sugeriram dos
métodos passados, do carácter de “aparência” do sentido que poderia alcançar.

Não cabe à hermenêutica determinar o que é certo ou incerto. O sentido encontrado deve ser
justificado ora pela intenção do autor, ora pela forma como o intérprete analisa e “visualiza” o
conteúdo.

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Modernamente, todo fato e lei são passíveis de interpretação, considerando tratar-se de
fenómenos sociais e jurídicos. A compreensão dos sistemas de ideias a respeito da interpretação
do Direito pressupõe alguma noção sobre a evolução de sua história. (PEREIRA, 2014)

No intuito de compreender essa evolução será abordado no próximo tópico as chamadas


“Escolas de Interpretação”.

4. Escolas de Interpretação

As chamadas Escolas de Interpretação ou Sistemas Hermenêuticos são modos de pensamento


que surgiram no século XIX, em virtude das grandes codificações, e influenciaram
subjectivamente certas épocas, procurando estabelecer a forma ideal de relacionamento entre a
norma e seu aplicador, tentando determinar quais as interpretações possíveis e qual o grau de
liberdade seria conferida ao juiz.

Das Escolas que se destacaram nesse contexto, são quatro as principais, posto que se
diferenciaram pela maior ou menor influencia positivista.

4.1. Escola da Exegese ou Dogmática


Essa escola não aprovava quaisquer outras fontes senão a própria lei, esta representava todo o
Direito conhecido.

Havia o encantamento das codificações que eram avaliadas como obras perfeitas e completas,
não se aventando a possibilidade de lacunas ou a actividade criativa da jurisprudência.

Esta escola, em sua tradução original, adoptou ideias deveras incoerentes e radicais como a de
que o juiz, ao se deparar com situações não previstas, deveria se abster de julgar. (TEIXEIRA,
2014)

Importante ressaltar que a burguesia, classe dominante à época, vinha de um período de


sofrimento, por vezes praticado pelo arbítrio judicial, razão pela qual levavam às últimas
consequências a teoria da separação dos poderes, e achavam que se o juiz tivesse liberdade de
interpretação, haveria a possibilidade da tirania regressar, por isso faziam do magistrado um
vassalo do legislador. (TEIXEIRA, 2014)

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Na actualidade, em função da impossibilidade da aplicação de princípios rígidos e intolerantes,
esta escola possui valor meramente histórico.

4.2. Escola Histórico-Evolutiva


Ao contrário do que imaginavam os exegetas, nessa escola a lei se reveste de vida própria e se
desprende totalmente do legislador; deixando-se de buscar a “mens legislatoris”, a intenção do
legislador, para se buscar a “mens legis”, ou seja, o espírito da própria lei, extraída pelo
aplicador em qualquer tempo. (TEIXEIRA, 2014)

Assim, o relevante não é mais “o que o legislador queria no momento da elaboração”, mas sim
“o que ele iria querer se vivesse no momento e contexto atuais.” A ideia principal era adaptar a
velha lei aos novos tempos, “dando vida aos Códigos”.(HERKENHOFF, 1999. P. 43)

É de se salientar que, inobstante tal linha de pensamento, o intérprete não tinha qualquer
discricionariedade, devendo manter-se no âmbito do texto legal pela inadmissibilidade de que o
sistema fosse omisso. (HERKENHOFF, 1999. P. 43)

4.3. Escola da Livre Investigação Científica


Essa escola ainda circundava a vontade do legislador e a investigação da chamada “occasio
legis” (ocasião da lei) era inerente, ou segundo registou Carlos Maximiliano…

Ainda assim, passível distingui-la da escola dogmática em função do entendimento de que a lei
possuía limites impostos pelo tempo e que nesses casos o intérprete não deveria imprimir força
ao entendimento da norma, admitindo que as lacunas deveriam ser integradas. Seu diferencial
estava no fato de aceitar outras fontes, não somente a lei. (TEIXEIRA, 2014)

Malgrado, ressai-se que o intérprete não tinha o poder de contrariar o texto legal, mas tão só
explicá-lo ou completá-lo, quando necessário. A livre investigação só teria cabimento no caso de
lacuna das fontes formais do Direito e não quando a norma fosse considerada injusta. (id., 2014)

4.4. Escola do Direito Livre


Essa escola teve início quando da publicação da obra “A Luta pela Ciência do Direito”, em
1906, por Hermann Kantorowicz (com o pseudónimo de Gnaeus Flavius), vez que trazia uma
revolucionária concepção de interpretação e aplicação do Direito ao defender a plena liberdade

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do juiz no momento de decidir os litígios, podendo, até mesmo, confrontar o que reza a lei
(MELLO FILHO, 2014).

Para os adeptos do Direito Livre, o ordenamento jurídico não deve estar vinculado apenas ao
Estado, mas ser livre em sua realização e constituir-se de convicções numa relação de tempo e
espaço, deixando de ser uma imposição estatal para ser legitimado, também, pela sociedade em
razão de suas necessidades. (id., 2014)

Na aplicação do direito deve prevalecer a ideia deste enquanto justiça, podendo o juiz agir não
somente através da Ciência Jurídica, mas também pela sua convicção pessoal. Nessa ocasião o
magistrado teria o animus de aplicação da norma dentro de uma percepção de justo.

Nessa escola, o arbítrio do juiz é de grandes proporções, vez que, em função de uma convicção
de justiça, o magistrado pode decidir até mesmo contra legem. (MELLO FILHO, 2014)

Essa corrente de interpretação desenvolvida na Alemanha, entende que o objectivo único do


Direito é a Justiça e, portanto haja ou não uma lei escrita, o magistrado estará autorizado a se
basear por essa finalidade maior. A grande máxima dessa escola é “fiat justitia, pereat mundus”,
que quer dizer “faça-se justiça, ainda que o mundo pereça”. (TEIXEIRA, 2014)

5. Espécies de Interpretação

A doutrina tem a preocupação de organizar sistematicamente a interpretação, e para tal


classifica-se segundo sua origem, natureza e resultado.

5.1. Classificação quanto às origens


Segundo França (1988), uma das classificações para a interpretação é acerca do agente, ou seja,
baseada no órgão prolator do entendimento da lei.

Quanto às suas espécies, teremos, portanto, a interpretação pública ou a privada.

No tocante a interpretação pública, esta é “prolatada pelos órgãos do Poder Público, quer do
Legislativo, quer do Executivo, quer do Judiciário”. (FRAÇA, 1988).

Esta, geralmente é dividida pela doutrina em subespécies, a saber:

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i. Autêntica: oriunda da interpretação levada a efeito pelo órgão criador da norma. Assim será
interpretação autêntica a explicação que um dispositivo legal dá a um outro, ou que uma lei dá a
outra. (TEIXEIRA, 2014)

ii. Judicial: é a realizada pelos órgãos do poder judiciário.

Esta espécie de interpretação está intimamente entrosada com o problema da jurisprudência


como forma de expressão de direito. Na verdade, em certos casos, conforme as características
que apresenta, ela pode enquadrar-se no conceito de costume judiciário, passando a possuir
efeito vinculativo. (FRANÇA, 1988)

Hoje, a maioria dos autores ressalta a inconveniência da interpretação autêntica, pelo fato de que
muitas vezes esse recurso ainda deixa dúvidas, nascendo então a interpretação da interpretação.
(TEIXEIRA, 2014)

Segundo Reale (2001) a interpretação autêntica é somente aquela que se opera por meio de outro
ato normativo: a interpretação não retroage, pois disciplina a matéria tal como nela foi
esclarecido, tão-somente a partir de sua vigência.

Actualmente, uma terceira variedade de interpretação pública tem sido mencionada pelos
doutrinadores, a administrativa.

Esta interpretação é a elaborada pelo órgão que irá executar a norma, assim ocorre, por exemplo,
quando o Secretário da Ciência e Tecnologia, através de uma Portaria, ato administrativo
inferior, explica como devem ser cumpridas as determinações de um decreto governamental.

Quanto à interpretação privada, também denominada doutrinária, há que se ponderar que está
directamente relacionada à questão do direito científico como forma de expressão de direito.
(FRANÇA, 1988)

O jurista, estudioso da ciência do direito, está constantemente dedicado a produzir, bem como a
buscar o verdadeiro sentido do que já se produziu no Direito. É a interpretação que se impõe
exclusivamente pela força dos argumentos, sendo dentre todas as interpretações a mais livre, em
razão de não estar comprometida com quaisquer autoridades ou poderes. (TEIXEIRA, 2014)

O doutrinador só deve fidelidade às suas próprias convicções e à Ciência Jurídica. (id., 2014)

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5.2. Classificação quanto à natureza
À luz de França (1988), a classificação quanto à natureza tem como fundamento os diversos
tipos de elementos contidos nas leis, servindo como ponto de partida para sua compreensão.

Dentro dessa classificação estão compreendidas a gramatical, a lógica, a histórica e a sistemática,


aduzidas a seguir:

i. Gramatical ou literal: tem como ponto de partida o alcance e significado dos elementos que
compõem seu texto. Seu sentido encontra-se restrito a base da lei. Esta interpretação, por si só, é
insuficiente para conduzir o intérprete a um resultado conclusivo, sendo necessário a articulação
de outras espécies de interpretações a fim de propiciar o resultado almejado. (FRANÇA, 1988)

ii. Lógica: “é aquela que se leva a efeito, mediante a perquirição do sentido das diversas
locuções e orações do texto legal, bem assim através do estabelecimento da conexão entre os
mesmos”. (id., 1988)

iii. Histórica: aquela que indaga as condições e o momento de elaboração da norma, bem como,
leva em consideração as causas pretéritas da solução dada pelo legislador. (FRANÇA, 1988)

iv. Sistemática: na interpretação sistemática a norma jurídica pode e deve ser pesquisada em
conexão com todo o sistema legislativo.

A interpretação sistemática busca manter a coerência entre as normas, e isso se torna ainda mais
adequado em sistemas como o nosso que segundo Herkenhoff (1999, apud TEIXEIRA, 2014)
possui “constituições pormenorizadas, exaustivas, regulando matérias atinentes aos mais
diversos campos do Direito”.

5.3. Classificação quanto ao resultado


Esta abordagem refere-se à extensão da interpretação, ou seja, se atém ao produto final, à
conclusão a que chegou o intérprete após a análise do texto normativo. (TEIXEIRA, 2014)

Quanto às espécies de extensão, estas podem ser:

i. Declarativa: esta espécie limita a declarar ou especificar o pensamento expresso ou contínuo


de forma explicativa da norma jurídica, sem para tanto, estendê-la a casos não previstos ou

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restringi-la mediante a exclusão de casos inadmissíveis, constatando, o intérprete, tão somente o
que as palavras expressam. (TEIXEIRA, 2014)

ii. Restritiva: é a interpretação cujo resultado leva a afirmar que o legislador usou expressões
aparentemente mais amplas que seu pensamento, restringindo o sentido da norma ou limitando
sua incidência. (FRANÇA, 1988)

iii. Extensiva: conclui que a abrangência semântica da regra é mais ampla que seus termos.
Deste modo, afirma-se que o legislador escreveu menos do que realmente intencionava dizer e o
intérprete, por sua vez, amplia a incompletude da regra. (TEIXEIRA, 2014)

6. O Direito diante da Hermenêutica

Segundo Ricoeur (1990, apud SUNAKOZAWA, 2014), a amplitude que alcança a interpretação
e seu entendimento passa pela compreensão total do fenómeno jurídico analisado, o que, por si
só não possui o condão de afastar ou negar a existência do homem e nem de sua influência no
papel interpretativo.

Ao escólio de Gadamer (1993, apud SUNAKOZAWA, 2014) “as ciências do espírito são
ciências morais e por isso destinam-se aos homens e a sua dinamicidade, logo, em termos
hermenêuticos a experiência entre a compreensão e interpretação conduz à busca da verdade.”

Neste sentido, vale ressaltar que o processo de compreensão da norma tecnicamente viabiliza a
inserção da hermenêutica, cujo objectivo se pauta na mais perfeita tradução da legitimidade
perante às necessidades sociais.

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7. Conclusão

Mediante explanação, torna-se plausível a afirmação da inexistência de valores mais desejados


que a justiça. Seja esta em função da isonomia, seja em função da realidade social inserida em
um contexto histórico.

Aqui, vale relembrar o conceito de Aristóteles, que considerava a justiça como um hábito.

Essa justiça, reconhecida como valor humano, forma a estrutura valorativa do Direito Natural, ao
qual curva-se o Direito Positivo, inobstante se reconheça que essa só se satisfaz quando
devidamente equacionada com os demais valores jurídicos, principalmente com suas exigências
éticas.

Significa dizer que a lei somente terá garantia do fiel cumprimento de sua vontade se estiver
relacionada a um sistema de valores sendo que, tal percepção é possível em função da aplicação
hermenêutica, a qual não se restringe a elementos textuais.

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8. Bibliografia

DINIZ, Maria Helena. “Lei de Introdução ao Código Civil Brasileiro Interpretada”. 13. Ed. São
Paulo: Editora Saraiva, 2007, p. 67.

FRANÇA, R. Limongi “Hermenêutica Jurídica”. 2. Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 1988.

HERKENHOFF, João Baptista. “Como Aplicar o Direito”. 5. Ed. Rio de Janeiro: Revista
Forense, 1999, p.43.

MAXIMILIANO, Carlos. “Hermenêutica e Aplicação do Direito”. Rio de Janeiro: Editora


Forense, 2009.

PALMER, Richard E. “Hermenêutica”. Trad. Maria Luísa Ribeiro Ferreira. Lisboa: Edições 70,
1969, p. 23.

PINHEIRO, Ralph Lopes. “História Resumida do Direito”. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1981,
p.88.

REALE, Miguel. “Lições Preliminares de Direito”. 25. Ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2001.

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