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NOTA 11

Vítor Cruz (Vampiro)

100 Assertivas Comentadas de


Direito Constitucional
FCC

Presente de Sexto Aniversário do Nota11


para você

Ano 2018
100 Assertivas Comentadas FCC – Direito Constitucional
Vítor Cruz (Vampiro) - www.nota11.com.br

Sumário
PARTE I: Lista de assertivas em modo certo / errado (Marque certo ou
errado ao lado de cada assertiva!).............................................................................3
PARTE II: GABARITOS ................................................................................................... 10
PARTE III: Questões Comentadas ............................................................................ 12

A pirataria, além de crime, impede que materiais como esse sejam elaborados. Se você está gostando desse
material, não cometa esse crime, lembre-se que ele poderia não existir e outros ainda melhores podem não
vir a surgir! ;) 2
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PARTE I: Lista de assertivas em modo


certo / errado (Marque certo ou errado
ao lado de cada assertiva!)

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1. O conjunto de regras concernentes à forma do Estado, à forma do governo, ao


modo de aquisição e exercício do poder, ao estabelecimento de seus órgãos e aos
limites de sua ação corresponde a um dos possíveis conceitos de Constituição.
2. Em que pese parte da doutrina atribuir força normativa à Constituição, ainda
predomina, sobretudo na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o entendimento
de que a norma constitucional possui natureza apenas programática.
3. As Constituições que se apresentam em textos esparsos, fragmentadas em vários
instrumentos normativos, são incompatíveis com o modelo de bloco de
constitucionalidade.
4. A lei ordinária e a lei complementar guardam relação de hierarquia entre si, porque
a primeira subordina-se à segunda.
5. A lei ordinária se distingue da lei complementar pela maioria requerida para
aprovação parlamentar (maioria absoluta e maioria simples, respectivamente) e pela
repartição constitucional de matérias confiadas a uma e a outra.
6. A lei ordinária e a lei complementar são igualmente atos normativos primários, mas
a segunda tem prazo diferenciado para sanção ou veto presidencial.
7. A lei complementar não pode dispor sobre a matéria de lei ordinária.
8. Tanto a lei ordinária como a lei complementar podem veicular normas nacionais,
isto é, que repercutem para todos os entes federados.
9. No Constitucionalismo moderno, tivemos os pactos de poder entre soberanos e
súditos que garantem àqueles privilégios, poderes e prerrogativas sem a contrapartida
de deveres e responsabilidades exigíveis por estes.
10. As Constituições modernas se caracterizam por um rol de direitos civis, políticos,
econômicos, sociais e culturais e regime presidencialista de governo.
11. O Constitucionalismo moderno se caracterizou pelo princípio do governo limitado
pelas leis, separação de poderes e proteção de direitos e garantias fundamentais.
12. As Constituições modernas se caracterizam pelo controle de constitucionalidade
difuso das normas realizado por qualquer membro do Poder Judiciário.
13. Constituições modernas são cartas constitucionais escritas, formais, dogmáticas,
dirigentes, analítica e outorgadas.
14. O que assegura aos cidadãos o exercício dos seus direitos, a divisão dos poderes e,
segundo um dos seus grandes teóricos, a limitação do governo pelo direito é: o
constitucionalismo.
15. Não obstante a força normativa da Constituição e o novo rol de direitos
fundamentais consagrado pela Constituição Federal de 1988, o ordenamento jurídico
brasileiro ainda se encontra assentado normativamente em um paradigma ou tradição
liberal-individualista
16. A Carta Magna, de 1215 pode ser denominada como uma Constituição Liberal.
17. Do ponto de vista histórico, o denominado conceito de Constituição liberal foi
expresso pela Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789.

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18. Do ponto de vista histórico, o denominado conceito de Constituição liberal foi


expresso pela Constituição mexicana revolucionária, de 1917 e pela Constituição de
Weimar, de 1919.
19. A Lei Fundamental de Bonn, de 1949, foi o marco do conceito de Constituição
liberal.
20. A nova ordem constitucional inaugurada em 1988 tratou de consolidar a força
normativa e a supremacia da Constituição, muito embora mantida a centralidade
normativo-axiológica do Código Civil no ordenamento jurídico brasileiro.
21. A “despatrimonialização” do Direito Civil, conforme sustentada por parte da
doutrina, é reflexo da centralidade que o princípio da dignidade da pessoa humana e os
direitos fundamentais passam a ocupar no âmbito do Direito Privado, notadamente
após a Constituição Federal de 1988.
22. Fruto do neoconstitucionalismo, a constitucionalização do direito consiste na
irradiação dos valores abrigados nos princípios e regras da constituição para todo o
ordenamento jurídico, notadamente por via da jurisdição constitucional, em seus
diferentes níveis. As normas constitucionais, caracterizadas por especificidades no que
se refere aos meios de tutela e às sanções jurídicas, denominam-se normas perfeitas,
já que, em caso de violação, há sanção jurídica suficiente para repor sua força
normativa.
23. "A Constituição tem compromisso com a efetivação de seu núcleo básico (direitos
fundamentais), o que somente pode ser pensado a partir do desenvolvimento de
programas estatais, de ações, que demandam uma perspectiva não teórica, mas sim
concreta e pragmática e que passe pelo compromisso do intérprete com as premissas
do constitucionalismo contemporâneo." Este enunciado diz respeito à implementação
de políticas públicas e ao neoconstitucionalismo.
24. É necessário falar da Constituição como uma unidade e conservar, entretanto,
um sentido absoluto de Constituição. Ao mesmo tempo, é preciso não desconhecer a
relatividade das distintas leis constitucionais. A distinção entre Constituição e lei
constitucional só é possível, sem dúvida, por que a essência da Constituição não está
contida numa lei ou numa norma. No fundo de toda a normatividade reside uma
decisão política do titular do poder constituinte, ou seja, do povo na democracia e do
monarca na monarquia autêntica. O trecho acima transcrito expressa o conceito de
Constituição de Ferdinand Lassalle, na obra “A essência da Constituição”.
25. Todos os países possuem, possuíram sempre, em todos os momentos da sua
história uma constituição real e efetiva. Esse é o pensamento de Carl Schmitt. Sentido
político.
26. Constituição significa, essencialmente, decisão política fundamental, ou seja,
concreta decisão de conjunto sobre o modo e a forma de existência política. Esse é o
pensamento de Ferdinand Lassale. Sentido político.
27. Constituição é a norma fundamental hipotética e lei nacional no seu mais alto
grau na forma de documento solene e que somente pode ser alterada observando-se
certas prescrições especiais. Esse é o pensamento de Jean Jacques Rousseau. Sentido
lógico-jurídico.
28. A verdadeira Constituição de um país somente tem por base os fatores reais do
poder que naquele país vigem e as constituições escritas não têm valor nem são
duráveis a não ser que exprimam fielmente os fatores do poder que imperam na
realidade. Esse é o pensamento de Ferdinand Lassale. Sentido sociológico.

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29. Todas as constituições pretendem, implícita ou explicitamente, conformar


globalmente o político. Há uma intenção atuante e conformadora do direito
constitucional que vincula o legislador. Esse é o pensamento de Jorge Miranda. Sentido
dirigente.
30. Existe Poder Constituinte na elaboração de qualquer Constituição, seja ela a
primeira Constituição de um país, seja na elaboração de qualquer Constituição
posterior.
31. O Movimento Revolucionário não é considerado uma das formas básicas de
expressão desse Poder.
32. As Assembleias Constituintes confundem-se com o processo de outorga que
estabelece a Constituição, por declaração bilateral.
33. A titularidade do poder constituinte se deposita sobre a nação de um Estado.
34. Para parte da doutrina, a titularidade do Poder Constituinte pertence ao povo,
que, entretanto, não detém a titularidade do exercício do poder.
35. As Assembleias Constituintes titularizam esse Poder, enquanto o povo ou a
nação é seu exercente.
36. O titular desse Poder é o povo, e seu exercente é aquele que, em nome do povo,
cria o Estado, editando a nova Constituição.
37. A titularidade e o exercente desse Poder são sempre o Legislativo e o Executivo,
auxiliados pelo Judiciário.
38. Dentre as possíveis classificações existentes, o Poder Constituinte classifica-se
em originário e derivado.
39. O Poder Constituinte denominado originário pode se manifestar por meio de
emendas pontuais ou mediante ampla revisão da Constituição preexistente.
40. O poder constituinte derivado é subdivido em:reformador e decorrente.
41. O Poder Constituinte originário caracteriza-se por ser inicial, ilimitado, autônomo
e incondicionado.
42. Poder Constituinte derivado é sempre ilimitado.
43. As Emendas à Constituição de 1988 são frutos do Poder Constituinte derivado.
44. A manifestação do Poder Constituinte originário é condicionada às regras
procedimentais estabelecidas para a reforma da Constituição.
45. O Poder Constituinte Originário é limitado pelas normas expressas e implícitas do
texto constitucional vigente, sob pena de inconstitucionalidade.
46. O Poder Constituinte Originário é incondicionado, porque não tem ele que seguir
qualquer procedimento determinado para realizar sua obra de constitucionalização.
47. O Poder Constituinte Originário é autônomo, pois não está sujeito a qualquer
limitação ou forma prefixada para manifestar sua vontade.
48. O Poder Constituinte Originário caracteriza-se por ser ilimitado, autônomo e
incondicionado.
49. O Poder Constituinte Originário se diz inicial, pois seu objeto final - a Constituição,
é a base da ordem jurídica.
50. O poder constituinte revisor é incondicionado e ilimitado.

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51. A República Federativa do Brasil, formada pela união dissolúvel dos Estados e dos
Municípios, constitui-se em Estado Democrático de Direito.
52. Segundo a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil é formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal.
53. Segundo a Constituição Federal, a República Federativa do Brasil é formada pelos
cidadãos dos quais emana o poder exercido por meio de representantes eleitos.
54. O bicameralismo é um dos fundamentos constitucionais expressos da República
Federativa do Brasil.
55. Nos termos da Constituição de 1988, são fundamentos da República Federativa
do Brasil, dentre outros, a dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e
função social da propriedade.
56. São fundamentos constitucionais expressos da República Federativa do Brasil a
dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
centralismo político e democrático.
57. São fundamentos da República Federativa do Brasil: a soberania; cidadania;
dignidade da pessoa humana; valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
pluralismo político.
58. A dignidade da pessoa humana e a livre iniciativa estão entre os princípios
fundamentais expressamente previstos na Constituição.
59. Um dos fundamentos da República Federativa do Brasil é a vedação ao pluralismo
político.
60. O plebiscito, o referendo e a iniciativa popular não estão entre os princípios
fundamentais expressamente previstos na Constituição.
61. Todo o poder emana do povo, que o exerce diretamente conforme determina a
legislação eleitoral.
62. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos
ou diretamente, nos termos da Constituição da República Federativa do Brasil.
63. São Poderes da União, dependentes entre si, o Legislativo, o Executivo e o
Judiciário.
64. São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o
Executivo, o Judiciário e o Ministério Público.
65. Dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil está o de
reduzir as desigualdades regionais.
66. São consideradas garantias fundamentais, dentre outras, a inafastabilidade da
jurisdição, o devido processo legal e o mandado de segurança.
67. A Constituição Federal compreende os direitos fundamentais como sendo os
direitos individuais e os direitos coletivos previstos no artigo 5o, excluindo dessa
categoria os direitos sociais e os direitos políticos.
68. Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal constituem um rol
taxativo.
69. Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a Constituição de 5 de outubro
de 1988 estabelece um amplo, porém taxativo, rol de direitos públicos subjetivos.

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70. Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal somente podem ser


ampliados por força de Tratado Internacional de Direitos Humanos aprovado em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros.
71. Os direitos e garantias expressos na Constituição Federal não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, entre os quais o Estado
Democrático de Direito e o princípio da dignidade humana.
72. Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a Constituição de 1988
demonstrou acentuada preocupação com a efetividade de suas disposições.
73. Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a Constituição de 5 de outubro
de 1988 pouco inovou em relação às Constituições brasileiras anteriores.
74. Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a Constituição de 5 de outubro
de 1988 é de inspiração socialista, dependendo a plena fruição dos direitos que
consagra da planificação total da economia.
75. Uma das principais características dos direitos fundamentais é a inalienabilidade.
Diante disso, haveria nulidade absoluta por ilicitude do objeto de um contrato em que
uma das partes se comprometesse a se submeter à esterilização irreversível.
76. Os direitos fundamentais são absolutos, não sendo suscetíveis de limitação no
seu exercício.
77. A Constituição Federal deu enorme relevância aos direitos fundamentais,
assegurando-os de maneira quase absoluta, mas certas conturbações sociais podem
desencadear a necessidade de supressão temporária de certos direitos no atendimento
do interesse do Estado e das instituições democráticas.
78. As pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a
indenização por danos materiais, mas não por danos morais.
79. A Constituição Federal vigente assegura a existência de direitos fundamentais
somente às pessoas físicas, mas não às pessoas jurídicas.
80. A dimensão subjetiva dos direitos fundamentais resulta de seu significado como
princípios básicos da ordem constitucional, fazendo com que os direitos fundamentais
influam sobre todo o ordenamento jurídico e servindo como norte de ação para os
poderes constituídos.
81. A Constituição Federal, ao classificar os direitos enunciados no artigo 5º, quando
assegura a inviolabilidade do direito à vida, à dignidade, à liberdade, à segurança e à
propriedade, adota o critério do objeto imediato do direito assegurado.
82. A inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade são garantias previstas na Constituição Federal aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País.
83. Conforme previsto na Constituição Federal de 1988, os direitos e garantias
fundamentais são garantidos apenas aos brasileiros, em face do princípio da soberania
nacional.
84. O jurista espanhol Antonio Perez Luño define os direitos fundamentais como um
conjunto de faculdades e instituições que, em cada momento histórico, concretizam as
exigências da dignidade, igualdade e liberdade humanas, devendo obrigatoriamente
ser reconhecidos no ordenamento jurídico positivo e por este garantidos, em âmbito
internacional e nacional, gozando no ordenamento nacional de tutela reforçada em face

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dos poderes constituídos do Estado (Los derechos fundamentales. 5. ed. Madrid:


Tecnos, 1993, p. 46-47, tradução livre). No ordenamento brasileiro, a tutela reforçada
a que se refere o autor decorre da impossibilidade de o Congresso Nacional deliberar
sobre proposta de emenda à Constituição tendente a abolir os direitos fundamentais.
85. É assegurada na Constituição Federal a seguinte garantia fundamental: homens
e mulheres são absolutamente iguais em direitos e obrigações.
86. Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.
87. O princípio da isonomia deflui, em termos conceituais, de um dos fundamentos
constitucionalmente expressos da República Federativa do Brasil e que é a ivre
iniciativa.
88. O princípio da igualdade estabelece que se deve tratar de maneira igual os
que se encontram em situação equivalente e de maneira desigual os desiguais, na
medida de suas desigualdades.
89. O princípio da isonomia, por sua natureza, veda sempre o tratamento
discriminativo entre indivíduos, mesmo quando há razoabilidade para a
discriminação.
90. O princípio da igualdade vincula os aplicadores da lei, face à igualdade perante
a lei, entretanto não vincula o legislador, no momento de elaboração da lei.
91. Não há falar em ofensa ao princípio da isonomia se a discriminação é admitida
na própria Constituição.
92. É garantia constitucional da liberdade a previsão segundo a qual ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.
93. É assegurada na Constituição Federal a seguinte garantia fundamental: É livre a
manifestação do pensamento, inclusive pelo anonimato.
94. É livre a manifestação do pensamento, permitido o anonimato.
95. A inviolabilidade do sigilo de dados complementa a previsão ao direito à intimidade
e à vida privada, sendo ambas as previsões regidas pelo princípio da exclusividade.
96. A dor sofrida com a perda de ente familiar não é indenizável por danos morais,
porque esta se restringe aos casos de violação à honra e à imagem.
97. A indenização, na hipótese de violação da honra e da intimidade, não responde
cumulativamente por danos morais e materiais.
98. A condenação por danos morais face à divulgação indevida de imagem, exige a
ocorrência de ofensa à reputação da pessoa.
99. O Estado também responde por atos ofensivos (morais) praticados pelos agentes
públicos no exercício de suas funções.
100. As pessoas jurídicas, por serem distintas das pessoas físicas, têm direito a
indenização por danos materiais, mas não por danos morais.

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PARTE II: GABARITOS

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1. Correto. 35. Errado. 69. Errado.


2. Errado. 36. Correto. 70. Errado
3. Errado. 37. Errado. 71. Correto.
4. Errado. 38. Correto. 72. Correto.
5. Errado. 39. Errado. 73. Errado.
6. Errado. 40. Correto. 74. Errado.
7. Errado. 41. Correto. 75. Correto.
8. Correto 42. Errado. 76. Errado.
9. Errado. 43. Correto. 77. Correto.
10. Errado. 44. Errado. 78. Errado.
11. Correto. 45. Errado. 79. Errado.
12. Errado. 46. Correto. 80. Errado.
13. Errado. 47. Correto. 81. Correto.
14. Correto. 48. Correto. 82. Correta.
15. Errado. 49. Correto. 83. Errado.
16. Errado. 50. Errado. 84. Correto.
17. Correto. 51. Errado. 85. Errado.
18. Errado. 52. Correto. 86. Correto.
19. Errado. 53. Errado. 87. Errado.
20. Errado. 54. Errado. 88. Correto.
21. Correto. 55. Errado. 89. Errado.
22. Correto. 56. Errado. 90. Errado.
23. Correto. 57. Correto. 91. Correto.
24. Errado. 58. Correto. 92. Correto.
25. Errado. 59. Errado. 93. Errado.
26. Errado. 60. Errado. 94. Errado.
27. Errado. 61. Errado. 95. Correto.
28. Correto. 62. Correto. 96. Errado.
29. Errado. 63. Errado. 97. Errado.
30. Correto. 64. Errado. 98. Errado.
31. Errado. 65. Correto. 99. Correto.
32. Errado. 66. Correto. 100. Errado.
33. Errado. 67. Errado.
34. Correto. 68. Errado.

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PARTE III: Questões Comentadas

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1. (FCC/ACE-TCE-MG/2007) O conjunto de regras concernentes à forma do


Estado, à forma do governo, ao modo de aquisição e exercício do poder, ao
estabelecimento de seus órgãos e aos limites de sua ação corresponde a um dos
possíveis conceitos de Constituição.
Comentários:
A questão nitidamente está correta, tratando de um conceito possível de Constituição,
já que a função básica de uma constituição é organizar politicamente o Estado (relação
entre os poderes, população, governo...) e garantir as liberdades individuais, limitando
o poder do Estado.
Gabarito: Correto.

2. (FCC/Defensor-DPE-ES/2016) Em que pese parte da doutrina atribuir força


normativa à Constituição, ainda predomina, sobretudo na jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, o entendimento de que a norma constitucional possui natureza
apenas programática.
Comentários:
Programáticas são as normas que estabelecem um “programa de governo”, ou seja,
indicam as diretrizes que devem ser buscadas pelos governantes, sem conter
mandamentos claros e diretos para serem aplicados. A Constituição possui sim muitas
normas programáticas, como a que diz que é um objetivo da República Federativa do
Brasil erradicar a pobreza e a marginalização. Porém, o entendimento atual é que a
Constituição é uma norma jurídica impositiva e, até mesmo, essas normas
programáticas contidas em seu texto não podem ser ignoradas e tratadas como letra
morta, mas devem se revestir de caráter mandamental.
Gabarito: Errado.

3. (FCC/Defensor-MA/2015) As Constituições que se apresentam em textos


esparsos, fragmentadas em vários instrumentos normativos, são incompatíveis com o
modelo de bloco de constitucionalidade.
Comentários:
Pelo contrário. O conceito de Bloco de Constitucionalidade surgiu no Direito Francês
justamente pelo fato da existência de diversos documentos esparsos de valor
constitucional.
Gabarito: Errado.

4. (FCC/Procurador-TCM-GO/2015) A lei ordinária e a lei complementar guardam


relação de hierarquia entre si, porque a primeira subordina-se à segunda.
Comentários:
Pergunta tradicional. A resposta? Errado! não há qualquer hierarquia entre as leis
ordinárias e complementares, a diferenciação reside no âmbito de incidência de casa
espécie legal. Ou seja, na matéria que a Constituição reservou a uma e a outra.
Gabarito: Errado.

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5. (FCC/Procurador-TCM-GO/2015) A lei ordinária se distingue da lei


complementar pela maioria requerida para aprovação parlamentar (maioria absoluta e
maioria simples, respectivamente) e pela repartição constitucional de matérias
confiadas a uma e a outra.
Comentários:
O erro está na palavra “respectivamente” haja vista que a lei complementar que requer
maioria absoluta para aprovação.
Gabarito: Errado.

6. (FCC/Procurador-TCM-GO/2015) A lei ordinária e a lei complementar são


igualmente atos normativos primários, mas a segunda tem prazo diferenciado para
sanção ou veto presidencial.
Comentários:
Todos os tipos normativos do art. 59 são atos normativos primários, ou seja, que
retiram seu fundamento diretamente da Constituição Federal, confira: Art. 59. O
processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição;II - leis
complementares;III - leis ordinárias;IV - leis delegadas;V - medidas provisórias;VI -
decretos legislativos;VII - resoluções.
Eles são dito “primários” pois retiram o seu fundamento diretamente da Constituição,
sendo os “primeiros atos” a dispor sobre determinada matéria.
Um decreto presidencial que vem regulamentar uma lei, é dito “ato secundário”, pois
não regulamenta a Constituição diretamente, mas sim a lei.
Gabarito: Errado.

7. (FCC/Procurador-TCM-GO/2015) A lei complementar não pode dispor sobre a


matéria de lei ordinária.
Comentários:
A doutrina entende que leis complementares podem dispor de matérias afetas às leis
ordinárias, ao argumento de que como o quórum de aprovação das primeiras é maior
que a da segunda, não haveria qualquer ilegalidade, mas em hipótese alguma lei
ordinária pode tratar de questões que devam ser reguladas por lei complementar.
Gabarito: Errado.

8. (FCC/Procurador-TCM-GO/2015) Tanto a lei ordinária como a lei complementar


podem veicular normas nacionais, isto é, que repercutem para todos os entes
federados.
Comentários:
Correto. Ambas as leis podem veicular normas com caráter nacional.
Gabarito: Correto.

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9. (FCC/Defensor Público-PR/2012) No Constitucionalismo moderno, tivemos


os pactos de poder entre soberanos e súditos que garantem àqueles privilégios,
poderes e prerrogativas sem a contrapartida de deveres e responsabilidades
exigíveis por estes.
Comentários:
Esses pactos não guardam relação com o Constitucionalismo Moderno, que se
caracteriza justamente pelo estabelecimento de uma texto constitucional que limite o
Poder dos Governantes, ao passo que garante direitos ao povo.
Gabarito: Errado.

10. (FCC/Defensor Público-PR/2012) As Constituições modernas se


caracterizam por um rol de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais e
regime presidencialista de governo.
Comentários:
Em essência, a Constituição moderna é aquela que garantiu os direitos fundamentais
do cidadão em face do Estado, que passa a estar legalmente limitado. Esses direitos
fundamentais se restringiam aos direito políticos e civis – os chamados direitos de
primeira geração – somente no séc. XX com a Constituição Mexicana de 1917 e a de
Weimar em 1919 que tivemos a incorporação dos direitos sociais, econômicos e
culturais, daí serem chamados de direitos de segunda geração.
Gabarito: Errado.

11. (FCC/Defensor Público-PR/2012) O Constitucionalismo moderno se


caracterizou pelo princípio do governo limitado pelas leis, separação de poderes e
proteção de direitos e garantias fundamentais.
Comentários:
Exatamente isso. Essa foi a essência do Constitucionalismo Moderno: submeter o
governo ao comando das leis para garantir direitos aos cidadãos. Nesse momento,
começam a surgir as Constituições escritas, prevendo a separação dos poderes e os
direitos fundamentais do cidadão.
Gabarito: Correto.

12. (FCC/Defensor Público-PR/2012) As Constituições modernas se


caracterizam pelo controle de constitucionalidade difuso das normas realizado por
qualquer membro do Poder Judiciário.
Comentários:
Não há correlação imediata do Constitucionalismo Moderno (séc. XVIII e XIX) com o
controle de constitucionalidade, haja vista que se tratava de um movimento
constitucional incipiente que visava instituir as primeiras Constituições Escritas para
garantir direitos aos cidadãos através da limitação do poder estatal. Apesar disso, não
podemos deixar de destacar que o Controle de Constitucionalidade, em sua forma
difusa, surgiu ainda em 1803 no caso Marbury vs Madison nos Estados Unidos.
Gabarito: Errado.

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13. (FCC/Defensor Público-PR/2012) Constituições modernas são cartas


constitucionais escritas, formais, dogmáticas, dirigentes, analítica e outorgadas.
Comentários:
Cartas outorgadas são aquelas impostas, sem a participação popular. O
Constitucionalismo moderno veio justamente para dar legitimidade popular e proteção
aos cidadãos em face do arbítrio estatal, não havendo o que se falar em Constituição
outorgada.
Outra situação é que a Constituição também não era analítica (extensa), ela era
sintética (concisa), pois previa somente os fundamentos básicos de ordenação estatal e
proteções civis e políticas.
Conforme o tempo foi passando e a sociedade conquistando novos direitos como os
sociais, os econômicos e os culturais (início do séc. XX com a Constituição Mexicana e a
de Weimar) é que as cartas começaram a ganhar a característica de analíticas.
Gabarito: Errado.

14. (FCC/Defensor Público-SP/2006) O que assegura aos cidadãos o exercício


dos seus direitos, a divisão dos poderes e, segundo um dos seus grandes teóricos, a
limitação do governo pelo direito é: o constitucionalismo.
Comentários:
Perfeito. O constitucionalismo, em sua essência, é o movimento que gera a limitação
do Poder arbitrário dos governantes e o respeito à lei.
Gabarito: Correto.

15. (FCC/Defensor-DPE-ES/2016) Não obstante a força normativa da


Constituição e o novo rol de direitos fundamentais consagrado pela Constituição
Federal de 1988, o ordenamento jurídico brasileiro ainda se encontra assentado
normativamente em um paradigma ou tradição liberal-individualista
Comentários:
O paradigma “liberal-individualista” é aquele formado pela primeira geração das
conquistas no âmbito dos direitos da pessoa humana, onde criaram-se normas para
proteger os indivíduos do arbítrio do Estado. O Brasil superou esse prisma já na década
de 30, quando começou a instituir os direitos sociais, econômicos e culturais, hoje já
estamos na era onde foram normatizados direitos difusos e coletivos, com foco na
preservação do bem comum da sociedade.
Gabarito: Errado.

16. (FCC/Audtor – TCE-MG/2005) A Carta Magna, de 1215 pode ser denominada


como uma Constituição Liberal.
Comentários:
A Carta Magna de 1215 foi uma das primeiras formas de limitação do poder Estatal na
Inglaterra, mas que não chegava a pregar um liberalismo Estatal face aos cidadãos.

16
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Gabarito: Errado.

17. (FCC/Audtor – TCE-MG/2005) Do ponto de vista histórico, o denominado


conceito de Constituição liberal foi expresso pela Declaração dos Direitos do Homem e
do Cidadão, de 1789.
Comentários:
Correta. O conceito de Estado liberal foi iniciado pela “Declaração dos direitos do
homem” na Revolução Francesa, inaugurando o que chamamos de Constitucionalismo
moderno.
Gabarito: Correto.

18. (FCC/Audtor – TCE-MG/2005) Do ponto de vista histórico, o denominado


conceito de Constituição liberal foi expresso pela Constituição mexicana revolucionária,
de 1917 e pela Constituição de Weimar, de 1919.
Comentários:
A Constituição Mexicana e a de Weimar. expressam o conceito de Estado social e não
de Estado Liberal.
Gabarito: Errado.

19. (FCC/Audtor – TCE-MG/2005) A Lei Fundamental de Bonn, de 1949, foi o marco


do conceito de Constituição liberal.
Comentários:
Errada. Após a 2ª Guerra Mundial, a Alemanha foi dividida na parte oriental e na parte
ocidental. Bonn (ou Bona) era a capital da Alemanha Ocidental logo após a divisão,
parte que recebia influência marcante dos EUA, Reino Unido e França. A lei fundametal
de Bonn era o nome da Constituição Alemã de 1949 que foi marcada por uma
retomada de força do constitucionalismo como reação ao período vivido na 2º Guerra.
O Estado Liberal tem seu marco inicial muito antes. Este período do Constitucionalismo
chamado moderno ou clássico, teve seu início no séc. XVIII com a Revolução Francesa
e a Independência dos Estados Unidos.
Gabarito: Errado.

20. (FCC/Defensor-DPE-ES/2016) A nova ordem constitucional inaugurada em


1988 tratou de consolidar a força normativa e a supremacia da Constituição, muito
embora mantida a centralidade normativo-axiológica do Código Civil no ordenamento
jurídico brasileiro.
Comentários:
Está corretíssima a parte que diz que a nova ordem constitucional inaugurada em 1988
tratou de consolidar a força normativa e a supremacia da Constituição. Mas, a sentença
que se segue erra, pois atualmente estamos na fase “neoconstitucionalista” onde a
Constituição ocupa a centralidade do ordenamento jurídico brasileiro.
Gabarito: Errado.

17
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21. (FCC/Defensor-DPE-ES/2016) A “despatrimonialização” do Direito Civil,


conforme sustentada por parte da doutrina, é reflexo da centralidade que o princípio da
dignidade da pessoa humana e os direitos fundamentais passam a ocupar no âmbito do
Direito Privado, notadamente após a Constituição Federal de 1988.
Comentários:
Exatamente isso. O Direito Civil nasceu com grande preocupação em regular as
relações entre particulares com o objetivo de proteger o patrimônio. Acontece que,
atualmente, existem valores que assumem papel de destaque em nosso ordenamento
jurídico como a dignidade da pessoa humana, a ética, a isonomia... Assim, neste
neoconstitucionalismo, a Constituição e o seu rol de direitos fundamentais assume o
centro do ordenamento jurídico, forçando a a “despatrimonialização” do Direito Civil,
que precisa se preocupar com aspectos que vão bem além da proteção patrimonial,
como o cumprimento da função social.
Gabarito: Correto.

22. (FCC/Juiz- TJ-RN/2013) Fruto do neoconstitucionalismo, a constitucionalização


do direito consiste na irradiação dos valores abrigados nos princípios e regras da
constituição para todo o ordenamento jurídico, notadamente por via da jurisdição
constitucional, em seus diferentes níveis. As normas constitucionais, caracterizadas por
especificidades no que se refere aos meios de tutela e às sanções jurídicas,
denominam-se normas perfeitas, já que, em caso de violação, há sanção jurídica
suficiente para repor sua força normativa.
Comentários:
Corretíssimo, a constitucionalização do direito traduz a concepção da constituição como
o centro do ordenamento jurídico, os princípios assumem um caráter normativo em
igualdade com as regras, e os direitos fundamentais e princípios constitucionais
irradiam-se condicionando a aplicação de todo o ordenamento.
Gabarito: Correto.

23. (FCC/DPE-SP/2009) "A Constituição tem compromisso com a efetivação de seu


núcleo básico (direitos fundamentais), o que somente pode ser pensado a partir do
desenvolvimento de programas estatais, de ações, que demandam uma perspectiva
não teórica, mas sim concreta e pragmática e que passe pelo compromisso do
intérprete com as premissas do constitucionalismo contemporâneo." Este enunciado diz
respeito à implementação de políticas públicas e ao neoconstitucionalismo.
Comentários:
Isso mesmo. Colocar a Constituição como centro do ordenamento jurídico, dotá-la de
força normativa efetiva e promover um compromisso de concretização de seu núcleo
básico (direitos fundamentais) são preceitos initmamente relacionados ao
neoconstitucionalismo.
Gabarito: Correto.

24. (FCC/Procurador- TCM/2015) É necessário falar da Constituição como


uma unidade e conservar, entretanto, um sentido absoluto de Constituição. Ao mesmo

18
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tempo, é preciso não desconhecer a relatividade das distintas leis constitucionais. A


distinção entre Constituição e lei constitucional só é possível, sem dúvida, por que a
essência da Constituição não está contida numa lei ou numa norma. No fundo de toda
a normatividade reside uma decisão política do titular do poder constituinte, ou seja,
do povo na democracia e do monarca na monarquia autêntica. O trecho acima
transcrito expressa o conceito de Constituição de Ferdinand Lassalle, na obra “A
essência da Constituição”.
Comentários:
O enunciado fala em decisão política para a formação da constituição, daí temos o
sentido político da Constituição, consagrada por Carl Schmitt. Para Schmitt, a decisão
política fundamental, que organiza o estado seria a Constituição em si, as demais
normas que não versassem sobre isso, ainda que dispostas em um texto escrito
chamado de Constituição, seriam apenas “leis constitucionais”.
Gabarito: Errado.

25. (FCC/Defensor Público-SP/2006) Todos os países possuem, possuíram


sempre, em todos os momentos da sua história uma constituição real e efetiva. Esse é
o pensamento de Carl Schmitt. Sentido político.
Comentários:
Errada. A doutrina que defendia isso era o sentido sociológico de Lassale, já que para
ele, não importava qualquer documento escrito para que um país possuísse
Constituição. A Constituição real e efetiva seria marcada pelo somatório dos fatores
reais de poder, ou seja, as forças dominantes, as quais sempre existem e existiram em
qualquer sociedade.
Gabarito: Errado.

26. (FCC/Defensor Público-SP/2006) Constituição significa, essencialmente,


decisão política fundamental, ou seja, concreta decisão de conjunto sobre o modo e a
forma de existência política. Esse é o pensamento de Ferdinand Lassale. Sentido
político.
Comentários:
Errada. Essa é a concepção política de Schimitt não de Lassale, que era a sociológica.
Gabarito: Errado.

27. (FCC/Defensor Público-SP/2006) Constituição é a norma fundamental


hipotética e lei nacional no seu mais alto grau na forma de documento solene e que
somente pode ser alterada observando-se certas prescrições especiais. Esse é o
pensamento de Jean Jacques Rousseau. Sentido lógico-jurídico.
Comentários:
Errada. Está correto dizer "sentido lógico-jurídico", mas quem disse isso foi Hans
Kelsen. Rousseau era quem previa que o Estado derivaria de um "contrato social",
nada tem haver com sentido jurídico de Constituição.
Gabarito: Errado.

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28. (FCC/Defensor Público-SP/2006) A verdadeira Constituição de um país


somente tem por base os fatores reais do poder que naquele país vigem e as
constituições escritas não têm valor nem são duráveis a não ser que exprimam
fielmente os fatores do poder que imperam na realidade. Esse é o pensamento de
Ferdinand Lassale. Sentido sociológico.
Comentários:
Correto. É o que Lassale dizia. Se a Constituição não exprimisse o pensamento das
forças dominantes, ela seria uma mera “Folha de Papel”.
Gabarito: Correto.

29. (FCC/Defensor Público-SP/2006) Todas as constituições pretendem,


implícita ou explicitamente, conformar globalmente o político. Há uma intenção atuante
e conformadora do direito constitucional que vincula o legislador. Esse é o pensamento
de Jorge Miranda. Sentido dirigente.
Comentários:
Errada. Jorge Miranda é um professor português cujas obras de direito constitucional
são de grande relevância. Porém o sentido dirigente é defendido por Canotilho.
Segundo este autor a Constituição deve ser um plano que irá direcionar a atuação do
Estado, notadamente através das normas programáticas inseridas no seu texto.
Gabarito: Errado.

30. (FCC/Defensor-DPE-RS/2011) Existe Poder Constituinte na elaboração de


qualquer Constituição, seja ela a primeira Constituição de um país, seja na elaboração
de qualquer Constituição posterior.
Comentários:
Correto. O Poder Constituinte é o Poder Constituinte é o poder de “constituir”, ou seja,
criar ou modificar a norma máxima de um Estado. Sempre que se criar uma
Constituição há manifestação do chamado poder constituinte originário. Segundo a
doutrina o poder constituinte pode ser considerado histórico (quando sua
manifestação ocorre para dar origem a um novo Estado) ou revolucionário (quando
sua manifestação tem como objetivo instituir uma nova ordem política e jurídica em
um Estado já existente).
Gabarito: Correto.

31. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG/2007) O Movimento


Revolucionário não é considerado uma das formas básicas de expressão desse Poder.
Comentários:
Errada. A revolução é uma das formas de manifestação do PCO. Na história vemos que
este poder tem sido manifestado das seguintes formas:
• Convenção ou Assembleia Nacional Constituinte - Reunião de legitimados
pelo povo para que se elabore um texto constitucional.

20
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• Revolução - Depõe-se através de uma revolução o poder até então vigente,


para que se institua uma nova ordem constitucional.
• Outorga - O governante, unilateralmente impõe uma nova Constituição (ou
Carta Constitucional) de observância obrigatória para o povo, sem que este se
manifeste.
• Método Bonapartista ou Cesarista - O governante impõe a Constituição ao
povo, porém, este ratifica o texto constitucional através de um referendo. Desta
forma, não obstante ser uma Constituição outorgada, temos a participação
popular para que entre em vigor.
Embora possamos citar esses 4 modelos de manifestação do Poder Constituinte na
história, também é correto dizer que, em essência, ele pode, basicamente, ser
separado em apenas 2: outorga, quando a carta é imposta e a convenção, quando
ocorre democraticamente.
Gabarito: Errado.

32. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG/2007) As Assembleias


Constituintes confundem-se com o processo de outorga que estabelece a Constituição,
por declaração bilateral.
Comentários:
Errado. Outorga é a imposição unilateral da Constituição, ou melhor da "Carta"! As
assembléias são usadas para fazer as constituições promulgadas (ou democráticas).
Gabarito: Errado.

33. (FCC/Conselheiro- TCE-CE/2015) A titularidade do poder constituinte se


deposita sobre a nação de um Estado.
Comentários:
Errado. A titularidade do poder constituinte pertence ao povo. Destacando que o
exercício, ou seja, o desempenho da função constituinte, por vezes, é atribuída a
representantes do povo, como ocorreu com a Assembleia Nacional Constituinte, que
elaborou a Constituição de 1988.
Gabarito: Errado.

34. (FCC/Defensor-DPE-RS/2011) Para parte da doutrina, a titularidade do Poder


Constituinte pertence ao povo, que, entretanto, não detém a titularidade do exercício
do poder.
Comentários:
Correto. A titularidade do Poder não se confunde com o exercício do Poder. O Povo é o
titular do Poder, porém, que o exerce é a Assembleia Constituinte que elabora uma
Constituição tendo como finalidade os anseios do Povo.
Gabarito: Correto.

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35. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG/2007) As Assembleias


Constituintes titularizam esse Poder, enquanto o povo ou a nação é seu exercente.
Comentários:
Errada. É o contrário, o titular do PCO é o povo, e a assembleia é mero exercente do
Poder, e faz esse exercício em nome do povo.
Gabarito: Errado.

36. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG/2007) O titular desse Poder é o


povo, e seu exercente é aquele que, em nome do povo, cria o Estado, editando a nova
Constituição.
Comentários:
Corretíssimo. A titularidade do poder constituinte pertence ao povo, e a Assembléia
(seu exercente) exerce esse poder em nome do povo.
Gabarito: Correto.

37. (FCC/Procurador do MP junto ao TCE-MG/2007) A titularidade e o


exercente desse Poder são sempre o Legislativo e o Executivo, auxiliados pelo
Judiciário.
Comentários:
Errado. Tem nada a ver com nada essa questão. Titularidade do Poder Constituinte =
Povo. Exercente do PC = Assembléia Constituinte (Ou o Poder Legilsativo, no caso de
reforma de uma Constituição já instaurada).
Gabarito: Errado.

38. (FCC/Auditor-TCE-AM/2007) Dentre as possíveis classificações existentes, o


Poder Constituinte classifica-se em originário e derivado.
Comentários:
Exatamente. O tal do “poder de constituir” (poder constituinte) se divide basicamente
em 2: originário e derivado.
Veja, originário vem de “origem” (simples não?!). Assim, o poder originário é o que
expressa a vontade inicial do Povo, dá origem a toda a ordenação estatal,
constituindo o Estado e, dessa forma, fazendo surgir a Constituição. Ele pode também
ser chamado de poder constituinte de primeiro grau.
O poder derivado é o que “deriva” do inicial, ele é criado pelo poder constituinte
originário, que lhe dá o poder de modificar as coisas que foram anteriormente
estabelecidas ou estabelecendo coisas que não foram inicialmente previstas, é o
chamado poder constituinte de segundo grau.
De uma forma mais analítica, podemos elencar 5 poderes constituintes (sempre um
único originário e o resto derivando dele):
1- Originário (PCO) - É o poder inicial do ordenamento jurídico, um poder político
(organizador). Todos os outros são poderes jurídicos, pois foram instituídos pelo

22
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originário, ou seja, já estão na ordem jurídica, enquanto o originário é "pré-


jurídico".
2- Derivado Reformador - É o poder de fazer emendas constitucionais. Trata-se
da reforma da Constituição, ou seja, a alteração formal de seu texto. (CF, art. 60).
3- Derivado Revisor - É o poder que havia sido instituído para se manifestar 5
anos após a promulgação da Constituição e depois se extinguir. Seu objetivo era
restabelecer uma possível instabilidade política causada pela nova Constituição
(instabilidade esta que não ocorreu). O poder , então, manifestou-se em 1994,
quando foram elaboradas as 6 emendas de revisão, e após isso acabou, não
podendo ser novamente criado, segundo a doutrina. O procedimento de revisão
constitucional era um procedimento bem mais simples que a reforma (vide CF, art.
3º ADCT).
4- Derivado Decorrente - É o poder que os Estados possuem para elaborarem as
suas Constituições Estaduais. É a faceta da autonomia estatal chamada de "auto-
organização".
ATENÇÃO
A criação pelos Municípios de suas "leis orgânicas municipais"não é considerada
como fruto deste poder constituinte decorrente, já que a lei orgânica não possui
aspecto formal de constituição e sim de uma lei ordinária, embora materialmente
seja equiparada a uma Constituição. No entanto, alguns doutrinadores costumam
dizer que se trata de um "poder constituinte de terceiro grau".

5- Difuso - Ganha espaço na doutrina recente. É o poder de se promover a


mutação constitucional. Mutação constitucional é a alteração do significado das
normas constitucionais sem que seja alterado o texto formal. Ela se faz através das
novas interpretações emanadas principalmente pelo Poder Judiciário. Assim, diz-se
que a mutação provoca a alteração informal da Constituição. Informal porque não
altera a “forma”, ou seja, a estrutura do texto, mas somente a sua interpretação.
Gabarito: Correto.

39. (FCC/EPP-SP/2009) O Poder Constituinte denominado originário pode se


manifestar por meio de emendas pontuais ou mediante ampla revisão da Constituição
preexistente.
Comentários:
Neste caso será um poder derivado. O poder originário é o que dá início ao
ordenamento, todos os que vierem para reformá-lo ou revê-lo serão poderes
derivados.
Gabarito: Errado.

40. (FCC/AJEM-TRT 7ª/2009) O poder constituinte derivado é subdivido


em:reformador e decorrente.
Comentários:

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Correto. Questão simples, o poder constituinte é dividido em inicial e derivado. Este,


por sua vez, é subdividido em reformador, revisor, decorrente e difuso. Ainda que a
questão não tenha trazido todas as hipóteses ela não está incorreta.
Gabarito: Correto.

41. (FCC/AJAJ-TRT SP/2008)O Poder Constituinte originário caracteriza-se por


ser inicial, ilimitado, autônomo e incondicionado.
Comentários:
É verdade. O PCO realmente é inicial, ilimitado, autônomo e incondicionado. Vamos
então fazer um resumo das características do Poder Constituinte Originário:
1- Poder político - Pois é ele que organiza o Estado e institui todos os outros
poderes;
2- Inicial – É ele que dá início a todo o novo ordenamento jurídico;
3- Ilimitado, irrestrito, ou soberano - Não reconhece nenhuma limitação
materialao seu exercício (é o que diz a corrente positivista adotada pelo Brasil). Uma
parte da doutrina que resgata o pensamento "jusnaturalista" diz que o PCO deve ser
limitado pelos direitos humanos supranacionais. Porém, para fins de concurso esta
afirmação não é válida, a não ser que se mencione expressamente a doutrina
jusnaturalista, já que o Brasil adota majoritariamente a corrente positivista.
ATENÇÃO: Apesar dessa inexistência de limitações defendida pela corrente positivista,
existe historicamente nas Constituições (de países democráticos) um respeito dos
princípios básicoscomo o da dignidade da pessoa humana e da justiça. A diferença é
que para os jusnaturalistas esse respeito seria uma obrigação instransponível,
enquanto para os positivistas seria apenas um bom senso, um respeito aos direitos
conquistados, e decorrência lógica dos regimes que se pretendem instituir.
4- Autônomo - Ele não se submete a nenhum outro poder.
5- Incondicionado – Não existe nenhum procedimento formal pré-estabelecido
para que ele se manifeste.
6 - Permanente – Porque não se esgota no momento de seu exercício.
ATENÇÃO: Cada característica possui a sua exclusiva definição. Não se pode definir a
uma certa característica usando a definição de outra.
Desta forma, é incorreto, por exemplo, falar que "o PCO é ilimitado, pois não se
sujeira a nenhum procedimento pré-estabelecido de manifestação". É errado pois
definiu "ilimitado" com o conceito de "incondicionado". Isso é muito comum em
concursos.
Gabarito: Correto.

42. (FCC/Auditor-TCE-AM/2007) Poder Constituinte derivado é sempre ilimitado.


Comentários:
Errado. Pelo contrário, ele é limitado, já que não pode tratar de certas matérias.
Diferentemente do PC Originário, o PC Derivado possui limitações de conteúdo, por isso
é limitado e também limitações procedimentais, por isso é incondicionado.
Vamos então fazer um resumo das características do Poder Constituinte Derivado:

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1- Poder jurídico - É instituído pelo originário na dentro ordem jurídica;


2- Derivado – Pois não é o primeiro, que organizamas deriva do originário;
3- limitado e Restrito–Está sujeito a limitações materiais ao seu exercício,
conhecidas como “cláusulas pétreas”.
4- Condicionado – Existe um procedimento formal pré-estabelecido para que ele se
manifeste, e está sujeito a limitações circunstanciais e formais.
Gabarito: Errado.

43. (FCC/Auditor-TCE-AM/2007) As Emendas à Constituição de 1988 são frutos


do Poder Constituinte derivado.
Comentários:
Correto. As emendas constitucionais são fruto do chamado Poder Constituinte Derivado
Reformador.
Trata-se de um poder jurídico, que possui seu regramento estabelecido dentro da
ordem constitucional, que estabelece diversos limites e condições.
A reforma constitucional, fruto do PCD reformador, está condicionada e limitada no art.
60 da Constituição Federal. Vamos ver quais são as condições e limitações ao seu
exercício:
Iniciativa da Emenda A Constituição poderá ser emendada mediante
Constitucional de Reforma proposta:
(CF, art. 60)
1. De pelo menos 1/3 dos Deputados ou
Senadores;
2. Do Presidente da República;
3. De mais da metade das Assembleias
Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria
relativa de seus membros.
Obs. Maioria relativa = maioria simples (mais da
metade dos votos dos presentes);
Limitação circunstancial A Constituição não poderá ser emendada na vigência
de intervenção federal, de estado de defesa ou
(CF, art. 60 §1º)
de estado de sítio.
Limitação Procedimental A proposta será discutida e votada em cada Casa do
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-
(CF, art. 60 §2º)
se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos
dos respectivos membros.
Promulgação A emenda à Constituição será promulgada pelas
Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado
(CF, art. 60 §3º)
Federal, com o respectivo número de ordem.
Limitação Material Não será objeto de deliberação a proposta de emenda
Expressa (Cláusulas tendente a abolir:
Pétreas Expressas)
1. a forma federativa de Estado;

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(CF, art. 60 §4º) 2. o voto direto, secreto, universal e


periódico;
3. a separação dos Poderes;
4. os direitos e garantias individuais.
Obs.Entende-se que não se pode sequer reduzir o
alcance destas matérias, mas observe que elas não
são imutáveis, pois poderá ser mexido no caso de
aumentar o poder de alcance delas.
Obs2. Voto obrigatório não é cláusula pétrea, apenas
o fato de ser direto, secreto, universal e periódico.
Limitação Material 1. o povo como titular do poder constituinte;
Implícita (Cláusulas
2. o poder igualitário do voto.
Pétreas Implícitas)
3. o próprio art. 60 (que estabelece os
(Reconhecidas pela doutrina e
procedimentos de reforma);
jurisprudência)

Princípio da irrepetibilidade A matéria constante de proposta de emenda rejeitada


(Limitação Formal) ou havida por prejudicada não pode ser objeto de
nova proposta na mesma sessão legislativa.
(CF, art. 60 §5º)
Obs2. Não confunda sessão legislativa (anual) com
legislatura (período de 4 anos).
Limitação Temporal A limitação temporal ocorre quando somente depois
de decorrido certo lapso temporal a Constituição
poderá ser reformada.
A CF/88 não estabeleceu nenhuma limitação
temporal, mas, tal limitação pode ser encontrada em
Constituições de outros países.

Demais considerações:
• Veja que a forma republicana não foi protegida pela Constituição de 1988 como
uma cláusula pétrea. Expressamente, é apenas um princípio sensível, aquele que
se não for respeitado ensejará uma “intervenção federal”. O entendimento sobre
isso não é unânime, algumas doutrinas reconhecem a forma republicana como
cláusula pétrea implícita, devido à proteção dada ao “voto periódico”, típico dos
governos republicanos. Em concursos, se não houver abertura na questão para os
pensamentos doutrinários, deve-se indicar que a república não é uma cláusula
pétrea.
• Lembre-se que são gravados de forma pétrea apenas os direitos e garantias
individuais, mas, estes não se resumem ao art. 5º da CF, estando espalhados ao
longo dela.
• Essa vedação à alteração do art. 60 (cláusula pétrea implícita) é o que chamamos
de proibição à "dupla revisão", ou seja, é vedado que o legislador
primeiramente modifique o art. 60, desprotegendo as matérias gravadas como
pétreas, e depois edite outra emenda extinguindo as cláusulas. Alguns entendem

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que essa vedação de modificação do art. 60 seria absoluta, não podendo o


legislador alterar este rito, nem facilitando, nem dificultando o processo.
Gabarito: Correto.

44. (FCC/Auditor-TCE-AM/2007) A manifestação do Poder Constituinte originário


é condicionada às regras procedimentais estabelecidas para a reforma da Constituição.
Comentários:
Errado. O PCO é um poder INCONDICIONADO, não fica preso a regras procedimentais
de manifestação.
Gabarito: Errado.

45. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Poder Constituinte Originário é limitado


pelas normas expressas e implícitas do texto constitucional vigente, sob pena de
inconstitucionalidade.
Comentários:
Errada. O Poder Constituinte Originário é inicial, ilimitado e incondicionado. Ele não se
sujeita a qualquer limitação, muito menos da Constituição, pois ele é a própria origem
da Constituição, logo, anterior a ela.
Gabarito: Errado.

46. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Poder Constituinte Originário é


incondicionado, porque não tem ele que seguir qualquer procedimento determinado
para realizar sua obra de constitucionalização.
Comentários:
Correto. Lembre-se "incondicionado" refere-se ao "procedimento formal de
manifestação", ou seja, a inexistência de forma, ou rito, pré-estabelecido para se
manifestar.
Gabarito: Correto.

47. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Poder Constituinte Originário é autônomo,


pois não está sujeito a qualquer limitação ou forma prefixada para manifestar sua
vontade.
Comentários:
Correto. Ele é autônomo, não se submete a nenhum outro poder anterior a ele.
Gabarito: Correto.

48. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Poder Constituinte Originário caracteriza-se


por ser ilimitado, autônomo e incondicionado.
Comentários:

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É ilimitado pois não possui barreiras materiais, pode tratar de qualquer matéria, sem
estar sujeito a limites. É autônomo pois não deriva nem se submete a nenhum outro
poder. Por fim, ele é incondicionado pelo fato de que o procedimento para se
manifestar é livre, não há qualquer rito pré-estabelecido para a sua manifestação.
Gabarito: Correto.

49. (FCC/Analista - TRT 16ª/2009) O Poder Constituinte Originário se diz inicial,


pois seu objeto final - a Constituição, é a base da ordem jurídica.
Comentários:
Correto. A característica "inicial" do poder constituinte originário é pelo fato de que ele
dá início ao novo ordenamento jurídico e faz isso através da Constituição: a base da
ordem jurídica.
Gabarito: Correto.

50. (FCC/Agente de Apoio Legislativo – AL-MS/2016) O poder constituinte


revisor é incondicionado e ilimitado.
Comentários:
Errado. O único poder incondicionado e ilimitado é o poder constituinte originário. O
Poder Revisor é derivado, condicionado e limitado.
Gabarito: Errado.

51. (FCC/TRT 18ª/2009) A República Federativa do Brasil, formada pela união


dissolúvel dos Estados e dos Municípios, constitui-se em Estado Democrático de
Direito.
Comentários:
Errado. A união é indissolúvel.
Gabarito: Errado.

52. (FCC/Técnico do TRT 7º/2009) Segundo a Constituição Federal, a República


Federativa do Brasil é formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal.
Comentários:
Está de acordo com o art. 1º da Constituição: A República Federativa do Brasil,
formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal,
constitui-se em Estado Democrático de Direito [...].
Gabarito: Correto.

53. (FCC/Técnico do TRT 7º/2009)Segundo a Constituição Federal, a República


Federativa do Brasil é formada pelos cidadãos dos quais emana o poder exercido por
meio de representantes eleitos.
Comentários:

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Viajou, misturou um monte de coisa. Vamos ser pragmáticos e ler o que está escrito no
art. 1º: A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito [...].
Gabarito: Errado.

54. (FCC/Analista- TRT- 3ª/2015) O bicameralismo é um dos fundamentos


constitucionais expressos da República Federativa do Brasil.
Comentários:
Questão simples. Os fundamentos expressos são Soberania, cidadania, dignidade da
pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político
(SO, CI, DI VAL, PLU).
Gabarito: Errado.

55. (FCC/Téc. Judiciário-TRE-RR/2014) Nos termos da Constituição de 1988,


são fundamentos da República Federativa do Brasil, dentre outros, a dignidade da
pessoa humana, valores sociais do trabalho e função social da propriedade.
Comentários:
Mais uma SO-CI- Di-Val-Plu, confira:
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático
de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Gabarito: Errado.

56. (FCC/Analista- TRT- 3ª/2015) São fundamentos constitucionais expressos da


República Federativa do Brasil a dignidade da pessoa humana; valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa; centralismo político e democrático.
Comentários:
Errado. Fundamentos são o SO, CI, DI VAL, PLU. Realmente são fundamentos a
dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; mas
não são fundamentos o centralismo político e democrático.
Gabarito: Errado.

57. (FCC/Analista- TRT- 3ª/2015) São fundamentos da República Federativa do


Brasil: a soberania; cidadania; dignidade da pessoa humana; valores sociais do
trabalho e da livre iniciativa; pluralismo político.

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Comentários:
Perfeito. A questão trouxe todo o SO, CI, DI VAL, PLU do art. 1º da Constituição.
Gabarito: Correto.

58. (FCC/Assessor Técnico- ALE-RN/2013) A dignidade da pessoa humana e a


livre iniciativa estão entre os princípios fundamentais expressamente previstos na
Constituição.
Comentários:
Estão sim... São fundamentos. Quando a questão fala “estão entre os princípios
fundamentais”, valeria qualquer coisa do art. 1º ao 4º da CF.
Gabarito: Correto.

59. (FCC/Técnico-TRT 15ª/2009) Um dos fundamentos da República Federativa


do Brasil é a vedação ao pluralismo político.
Comentários:
Errado. O pluralismo não é vedado, ele é garantido!
Gabarito: Errado.

60. (FCC/Assessor Técnico- ALE-RN/2013) O plebiscito, o referendo e a


iniciativa popular não estão entre os princípios fundamentais expressamente previstos
na Constituição.
Comentários:
Questão polêmica... Porém, embora o plebiscito, referendo e inciativa popular sejam
uma decorrência do princípio democrático, não conseguimos inferir esses três institutos
diretamente do que está expresso nos princípios fundamentais, mas sim foram uma
escolha que o Constituinte foi deixar clara só lá nos Direitos Políticos (art. 14) e não
nos primeiros artigos da Constituição.
Ou seja, ao ler que o povo pode exercer diretamente o poder, nos termos da
Constituição, ninguém sabe - ainda - que os meios escolhidos pelo constituinte
originário foram o plebiscito, referendo e iniciativa popular, pois estes institutos não
estão nos princípios fundamentais, só serão vistos à frente.
Gabarito: Errado.

61. (FCC/Ag. Técnico Legislativo - ALESP/2010) Todo o poder emana do povo,


que o exerce diretamente conforme determina a legislação eleitoral.
Comentários:
O correto seria "que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos
termos desta Constituição".
Gabarito: Errado.

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62. (FCC/TRT 18ª/2009) Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de
representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição da República
Federativa do Brasil.
Comentários:
Correto. CF, art. 1º, parágrafo único.
Gabarito: Correto.

63. (FCC/TRT 18ª/2009) São Poderes da União, dependentes entre si, o


Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Comentários:
Errado. Eles são independentes.
Gabarito: Errado.

64. (FCC/Ag. Técnico Legislativo - ALESP/2010) São Poderes da União,


independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo, o Judiciário e o
Ministério Público.
Comentários:
O Ministério Público, embora seja considerado "na prática" um quarto poder, não é
formalmente um dos Poderes do Estado. A Constituição adota à clássica teoria de
Montesquieu que divide as funções do poder político em 3: Legislativa, Executiva e
Jurisdicional.
Gabarito: Errado.

65. (FCC/Técnico-TRT 15ª/2009) Dentre os objetivos fundamentais da República


Federativa do Brasil está o de reduzir as desigualdades regionais.
Comentários:
Correto. CF, art. 3º, III.
Gabarito: Correto.

66. (FCC/Analista Judiciário- TRE-RR/2015) São consideradas garantias


fundamentais, dentre outras, a inafastabilidade da jurisdição, o devido processo legal e
o mandado de segurança.
Comentários:
Essa questão mede dois conhecimentos que não podem ser ignorados. Primeiro o
domínio do candidato sobre a Constituição, sabendo o que está e ou não elencado no
rol de direitos e garantias fundamentais.
Outro ponto que não podemos deixar de passar é o fato de a questão ter pedido
somente as “garantias”. E você sabe qual a diferença entre “direito” e “garantia”?
Então vamos lá: as garantias, são os meios de acesso a um “direito-fim”, ou seja,

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enquanto os direitos são a faculdade de ter, agir ou exercer algo, as garantias


garantem que os direitos possam ser exercidos.
Dessa forma, foi perfeita a questão ao elencar como garantias fundamentais a
inafastabilidade da jurisdição, que é a garantia da proteção judicial para todo aquele
que se ache coagido em algum direito; o devido processo legal que é a garantia de não
ser processado sob ritos que não estão legalmente previstos; e, por fim, o mandado de
segurança que é um remédio constitucional onde se pede ao judiciário a proteção a um
direito que é “líquido e certo”.
Gabarito: Correto.

67. (FCC/DPE-SP/2007) A Constituição Federal compreende os direitos


fundamentais como sendo os direitos individuais e os direitos coletivos previstos no
artigo 5o, excluindo dessa categoria os direitos sociais e os direitos políticos.
Comentários:
Não só os direitos sociais e os políticos, mas também os direitos da nacionalidade e o
do funcionamento e existência dos partidos políticos podem ser elencados como
direitos fundamentais segundo a CF/88.
Gabarito: Errado.

68. (FCC/Procurador - PGE-SP/2009) Os direitos e garantias expressos na


Constituição Federal constituem um rol taxativo.
Comentários:
A relação não é taxativa, mas, sim um rol aberto, exemplificativo, já que a própria
Constituição estabelece em seu art. 5º §2º, que os direitos e garantias expressos na
Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte.
Gabarito: Errado.
69. (FCC/EPP-SP/2009) Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a
Constituição de 5 de outubro de 1988 estabelece um amplo, porém taxativo, rol de
direitos públicos subjetivos.
Comentários:
Errada. O rol é aberto, exemplificativo.
Gabarito: Errado.

70. (FCC/Procurador - PGE-SP/2009) Os direitos e garantias expressos na


Constituição Federal somente podem ser ampliados por força de Tratado Internacional
de Direitos Humanos aprovado em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,
por três quintos dos votos dos respectivos membros.
Comentários:
Não é somente assim. A Constituição realmente trata sobre esse tema ao dizer que
Tratado Internacional de Direitos Humanos aprovado em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, são

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equivalentes às emendas constitucionais e que eles podem ser usados para


ampliar o rol de direitos fundamentais. Porém, essa não é a única forma de ampliar os
direitos e garantias fundamentais, já que no seu art. 5º §2º a Constituição deixa claro
que essa relação deve ser interpretada de forma ampliativa ao dispor que “os direitos e
garantias expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e
dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte”.
Gabarito: Errado.

71. (FCC/Procurador - PGE-SP/2009) Os direitos e garantias expressos na


Constituição Federal não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela
adotados, entre os quais o Estado Democrático de Direito e o princípio da dignidade
humana.
Comentários:
Exatamente. A Constituição deixa claro que a relação não é taxativa, mas, sim um rol
aberto, exemplificativo, ao dizer em seu art. 5º §2º, que os direitos e garantias
expressos na Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios
por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do
Brasil seja parte.
Gabarito: Correto.

72. (FCC/EPP-SP/2009) Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a


Constituição de 1988 demonstrou acentuada preocupação com a efetividade de suas
disposições.
Comentários:
Correto, por isso previu expressamente que as normas definidoras dos direitos e
garantias fundamentais têm aplicação imediata.
Gabarito: Correto.

73. (FCC/EPP-SP/2009) Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a


Constituição de 5 de outubro de 1988 pouco inovou em relação às Constituições
brasileiras anteriores.
Comentários:
Errada. A carta de 1988 marca a restauração da democracia no Brasil após longos anos
de ditadura militar, desta forma, teve-se efetiva preocupação em estabelecer um
amplo rol de direitos e garantias fundamentais e assegurar a sua efetividade.
Gabarito: Errado.

74. (FCC/EPP-SP/2009) Em matéria de direitos e garantias fundamentais, a


Constituição de 5 de outubro de 1988 é de inspiração socialista, dependendo a plena
fruição dos direitos que consagra da planificação total da economia.
Comentários:

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Errada. A Constituição é claramente capitalista, apoiada em princípios como a livre


iniciativa e a livre concorrência. Em nenhum momento visa a planificação total da
economia.
Gabarito: Errado.

75. (FCC/Defensor-DPE-PR/2017) Uma das principais características dos direitos


fundamentais é a inalienabilidade. Diante disso, haveria nulidade absoluta por ilicitude
do objeto de um contrato em que uma das partes se comprometesse a se submeter à
esterilização irreversível.
Comentários:
Esterilização é a total ausência de determinada coisa. No contexto da questão,
pressupomos um contrato em que a pessoa abdica de forma irreversível de
determinado direito. Para o ordenamento jurídico pátrio, isso é impossível, sendo tal
cláusula contratual absolutamente nula.
Gabarito: Correto.

76. (FCC/TCE-MG/2007) Os direitos fundamentais são absolutos, não sendo


suscetíveis de limitação no seu exercício.
Comentários:
Eles são relativos e não absolutos.
Gabarito: Errado.

77. (FCC/DPE-SP/2007) A Constituição Federal deu enorme relevância aos


direitos fundamentais, assegurando-os de maneira quase absoluta, mas certas
conturbações sociais podem desencadear a necessidade de supressão temporária de
certos direitos no atendimento do interesse do Estado e das instituições democráticas.
Comentários:
Isso aí, não se pode admitir que os direitos fundamentais sejam absolutos, pois
existem limites ao seu exercício. A questão fala ainda em "necessidade de supressão
temporária". Essa supressão temporária de alguns direitos é expressamente admitida
pela Constituição nas hipóteses de Estado de Sítio e de Defesa (CF, art. 135 e 136),
quando poderão ser suspensos direitos como a liberdade de reunião e sigilo de
comunicações para que não prejudiquem o objetivo de restaurar a ordem pública.
Gabarito: Correto.

78. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) As pessoas jurídicas, por serem distintas das


pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos
morais.
Comentários:
Como vimos, diversos direitos são extensíveis às pessoas jurídicas: pessoa jurídica faz
jus a sigilo bancário, sigilo fiscal, direito de propriedade... até mesmo o direito à honra.
Gabarito: Errado.

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79. (FCC/ACE-TCE-MG/2007) A Constituição Federal vigente assegura a


existência de direitos fundamentais somente às pessoas físicas, mas não às pessoas
jurídicas.
Comentários:
Dispensa comentários.
Gabarito: Errado.

80. (FCC/Defensor-DPE-PR/2017) A dimensão subjetiva dos direitos


fundamentais resulta de seu significado como princípios básicos da ordem
constitucional, fazendo com que os direitos fundamentais influam sobre todo o
ordenamento jurídico e servindo como norte de ação para os poderes constituídos.
Comentário:
Essa visão, onde os direitos fundamentais vão além do direito subjetivo em si, mas se
tornam verdadeiras referências para a interpretação do direito, irradiando-se para todo
o ordenamento jurídico é a dimensão objetiva e não subjetiva dos Direitos
Fundamentais.
Gabarito: Errado.

81. (FCC/AJ-Arquivologia-TRT-19/2011) A Constituição Federal, ao classificar os


direitos enunciados no artigo 5º, quando assegura a inviolabilidade do direito à vida, à
dignidade, à liberdade, à segurança e à propriedade, adota o critério do objeto
imediato do direito assegurado.
Comentário:
Questão doutrinária e correta. Trata-se realmente do critério foi o do objeto imediato
do direito assegurado. Isso quer dizer que eles foram divididos em 5 “objetos
imediatos”: vida, liberdade, igualdade, segurança e propriedade. Assim, os diversos
incisos presentes no art. 5º são usados para definir direitos e garantias que, não
obstante tenham um fim traçado na norma, possuem como “objeto imediato” o alcance
do direito à vida, da liberdade, da igualdade, da segurança ou da propriedade.
Gabarito: Correto.

82. (FCC/Analista TRF 4ª/2010) A inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à


igualdade, à segurança e à propriedade são garantias previstas na Constituição Federal
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País.
Comentários:
A resposta a essa questão foi correta! Mas Vampiro, você não me disse que esses
direitos são assegurados aos brasileiros e quaisquer estrangeiros sob leis brasileiras e,
até mesmo, em alguns casos, pessoas jurídicas. Sim. Porém foi uma cobrança de
literalidade da Constituição. Precisamos ter esse “feeling”, inclusive a questão foi bem
clara ao dizer “previstas na Constituição Federal”.

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Se houver qualquer indício que a questão está descambando para a doutrina ou


jurisprudência, aí sim você deve se lembrar que o estrangeiro também não precisa ter
residência fixa, basta estar sob as leis brasileira
Gabarito: Correta.

83. (FCC/Procurador Pref. Santos/2005) Conforme previsto na Constituição


Federal de 1988, os direitos e garantias fundamentais são garantidos apenas aos
brasileiros, em face do princípio da soberania nacional.
Comentários:
Errado. São assegurados aos brasileiros e estrangeiros que estiverem no país, sob leis
brasileiras.
Gabarito: Errado.

84. (FCC/Defensor Público - MA/2009) O jurista espanhol Antonio Perez Luño


define os direitos fundamentais como um conjunto de faculdades e instituições que, em
cada momento histórico, concretizam as exigências da dignidade, igualdade e liberdade
humanas, devendo obrigatoriamente ser reconhecidos no ordenamento jurídico
positivo e por este garantidos, em âmbito internacional e nacional, gozando no
ordenamento nacional de tutela reforçada em face dos poderes constituídos do Estado
(Los derechos fundamentales. 5. ed. Madrid: Tecnos, 1993, p. 46-47, tradução livre).
No ordenamento brasileiro, a tutela reforçada a que se refere o autor decorre da
impossibilidade de o Congresso Nacional deliberar sobre proposta de emenda à
Constituição tendente a abolir os direitos fundamentais.
Comentários:
Exatamente. Para resolver essa questão é importante observar a frase como um todo:
"gozando no ordenamento nacional de tutela reforçada em face dos poderes
constituídos do Estado" (ou seja, em face do Poder Executivo, Legislativo e Judiciário).
Ele está se referindo ao fato de os poderes não conseguirem abolir ou reduzir o alcance
dos direitos individuais, já que são cláusulas pétreas. A questão deslizou, já que não
são os direitos fundamentais que são cláusulas pétreas, mas somente os direitos e
garantias individuais.
Gabarito: Correto.

85. (FCC/Técnico Judiciário- CNMP/2015) É assegurada na Constituição Federal


a seguinte garantia fundamental: homens e mulheres são absolutamente iguais em
direitos e obrigações.
Comentários:
Fique atento, a Constituição não fala que são absolutamente iguais, o que diz é que
homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição, de forma que a CF pode estabelecer diferenciações, como o faz por
exemplo em relação ao período de contribuição para aposentadoria.
Gabarito: Errado.

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86. (FCC/Técnico- TRT 16ª/2009) Homens e mulheres são iguais em direitos e


obrigações.
Comentários:
É o princípio da igualdade (uma das facetas) que está disposto no art. 5º, II da
Constituição: homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos da
Constituição.
Gabarito: Correto.

87. (FCC/Procurador-BACEN/2006) O princípio da isonomia deflui, em termos


conceituais, de um dos fundamentos constitucionalmente expressos da República
Federativa do Brasil e que é a ivre iniciativa.
Comentários:
Não mesmo... São os fundamentos da república federativa do Brasil: Soberania -
Cidadania - Dignidade da Pessoa Humana - Valores sociais do trabalho e da livre
Iniciativa - Pluralismo político.
O princípio da igualdade entre as pessoas (isonomia), bem como a maioria dos direitos
fundamentais, decorre claramente da Dignidade da Pessoa Humana.
Gabarito: Errado.

88. (FCC/AJAJ-TRT 23ª/2005) O princípio da igualdade estabelece que se deve


tratar de maneira igual os que se encontram em situação equivalente e de maneira
desigual os desiguais, na medida de suas desigualdades.
Comentários:
Isso aí. Esse é o verdadeiro significado da igualdade (ou isonomia).
Gabarito: Correto.

89. (FCC/AJAJ-TRT 23ª/2005) O princípio da isonomia, por sua natureza, veda


sempre o tratamento discriminativo entre indivíduos, mesmo quando há razoabilidade
para a discriminação.
Comentários:
Errado. Pode haver tratamento desiguais entre desiguais para que haja uma busca da
igualdade material.
Gabarito: Errado.

90. (FCC/AJAJ-TRT 23ª/2005) O princípio da igualdade vincula os aplicadores da


lei, face à igualdade perante a lei, entretanto não vincula o legislador, no momento de
elaboração da lei.
Comentários:
Errado. A igualdade perante a lei comporta os dois sentidos: a igualdade perante a lei,
propriamente dita (direcionando o aplicador) e a igualdade na lei (direcionando o
legislador ao elaborar a norma).

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Gabarito: Errado.

91. (FCC/AJAJ-TRT 23ª/2005) Não há falar em ofensa ao princípio da isonomia


se a discriminação é admitida na própria Constituição.
Comentários:
Correto. O Poder Constituinte Originário é ilimitado, logo, se é a própria Constituição
que está admitindo a discriminação, não há o que se falar em ofensa à isonomia.
Gabarito: Correto.

92. (FCC/Procurador - Recife/2008) É garantia constitucional da liberdade a


previsão segundo a qual ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa, senão em virtude de lei.
Comentários:
Questão direta. O examinador queria que o candidato desse como resposta a “definição
para a garantia da liberdade”. A defininção de “garantia da liberdade” é: ninguém será
obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em virtude de lei.
Gabarito: Correto.

93. (FCC/Técnico Judiciário- CNMP/2015) É assegurada na Constituição Federal


a seguinte garantia fundamental: É livre a manifestação do pensamento, inclusive pelo
anonimato.
Comentários:
A manifestação de pensamento é livre, sendo VEDADO o anonimato.
Gabarito: Errado.

94. (FCC/Auxiliar-TJ-PA/2010) É livre a manifestação do pensamento, permitido


o anonimato.
Comentários:
A Constituição veda o uso do anonimato através do disposto em seu art. 5º, IV.
Gabarito: Errado.

95. (FCC/TJ Segurança - TRT 1ª/2011) A inviolabilidade do sigilo de dados


complementa a previsão ao direito à intimidade e à vida privada, sendo ambas as
previsões regidas pelo princípio da exclusividade.
Comentário:
Exato. O princípio que rege a intimidade e a privacidade é notadamente o “princípio da
exclusividade”. Ou seja, a pessoa em questão deve ter garantido o seu direito ao
acesso de seus dados e da sua vida de forma exclusiva, sem que tenha ingerências
externas ou tenha essa sua exclusividade devassada.
Gabarito: Correto.

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96. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) A dor sofrida com a perda de ente familiar não


é indenizável por danos morais, porque esta se restringe aos casos de violação à honra
e à imagem.
Comentário:
Errado. As dores sofridas em aspectos não patrimoniais, causadas por outrem, são
indenizáveis por danos morais.
Gabarito: Errado.

97. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) A indenização, na hipótese de violação da


honra e da intimidade, não responde cumulativamente por danos morais e materiais.
Comentário:
Errado. Nada impede a cumulação de indenizações, caso seja comprovado o dano. A
cumulação é admitida constitucionalmente.
Gabarito: Errado.

98. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) A condenação por danos morais face à


divulgação indevida de imagem, exige a ocorrência de ofensa à reputação da pessoa.
Comentário:
Errado. A imagem é dissociada da honra, logo, independentemente de haver dano à
honra, é indenizável a exposição indevida ou reprovável da imagem.
Gabarito: Errado.

99. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) O Estado também responde por atos ofensivos


(morais) praticados pelos agentes públicos no exercício de suas funções.
Comentários:
Correto. A conduta do agente público é imputável ao Estado, se este está agindo no
exercício de suas funções, já que o agente é o responsável por manifestar a vontade
estatal.
Gabarito: Correto.

100. (FCC/APOFP-SEFAZ-SP/2010) As pessoas jurídicas, por serem distintas das


pessoas físicas, têm direito a indenização por danos materiais, mas não por danos
morais.
Comentários:
Errado. Pessoas Jurídicas podem sofrer danos morais (STJ, súmula 227), bem como
materiais e à imagem.
Gabarito: Errado.

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