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Discente Rafael Oliveira da Costa

Título: Avaliação 2
Docente Fernando Henrique Cardoso
Data: 19/07/2017 Disciplina: Constituição e Direitos Humanos

A Constituição consagra um conjunto de normas fundamentais que organiza a estrutura do Estado e


delimita as relações de poder. Por assim ser considerada, reflete nos cidadãos uma forma de proteção e defesa
em favor dos seus interesses.
São vários os princípios que norteiam a Constituição, atuando como um pilar sobre as quais se
constrói o sistema jurídico, esses princípios têm a função de orientar, condicionar e iluminar a interpretação
das normas jurídicas em geral.
No art. 1.º, inciso II, da Constituição Federal do ano de 1988, a cidadania é um dos fundamentos do
Estado brasileiro, entretanto, o governo tem o dever de estabelecer mecanismos de isonomia material aos
economicamente necessitados. Isso significa que há uma desproporção de poder econômico em relação à
parte hipossuficiente, conforme está escrito no art. 5º, da nossa Carta Magna.
Em uma das rodas de bate-papo que ocorreu na última aula, dois ex- condenados pela justiça do
Estado do Rio de Janeiro, nos relatou o que passou dentro da cadeia no período em que esteve preso, os
mesmos questionavam que para os detentos não havia dignidade da pessoa humana. Mas o que seria essa
dignidade humana?
A dignidade da pessoa humana configura um princípio de fundamental importância, uma vez que
repercute sobre todo o ordenamento jurídico. Assim, a tutela dos direitos de todos os cidadãos pressupõe que
seja respeitada, em primeiro lugar, a dignidade da pessoa sendo, é essencial o papel do Estado, o qual precisa
tomar providências, de modo que os indivíduos tenham condições mínimas para viver com dignidade, ou
seja, mesmo estando preso e uma cela com mais de duzentos detentos este também tem esse direito de serem
tratados como pessoas e não como bicho.
Mas o que leva a esse preso a não ter essa dignidade das pessoas humana, está relacionada a
superlotação e a falência do sistema penitenciário brasileiro, à falta de investimento e manutenção das
penitenciárias e presídios, tornaram esses verdadeiros depósitos humanos. Essa situação acaba colaborando
com fugas e rebeliões, pois os agentes penitenciários não conseguem ter controle sobre o tamanho do número
de presos.
Um deles disse que, ficar em uma cela fechada que abriga um número maior de pessoas que a sua
capacidade acarreta em problemas como o calor e a falta de ventilação. A falta de espaço faz com que os
presos precisem se revezar para dormir, o número de colchões é insuficiente e nem a alternativa de pendurar
redes nas celas faz com que todos possam descansar ao mesmo tempo.

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Outro problema relatado pelo ex-condenado é a falta de mobilidade, a comida tem que passar de mão
em mão para chegar aos apenados que estão no interior da cela, e a dificuldade de chegar aos banheiros fazem
os presos procurarem alternativas tais como a utilização das embalagens das marmitas para satisfazer as
necessidades e até mesmo urinar para fora da cela. Não há privacidade alguma em penitenciárias e presídios
superlotados, podemos até comparar o sistema prisional brasileiro como se praticamente medieval.
Para sanar esse problema de superlotação nos presídios, foi criada a Lei nº 12.403, de 4 de maio de
2011, possibilitando alternativas à prisão provisória para presos não reincidentes que cometeram delitos leves
com pena privativa de liberdade de até quatro anos, como fiança e monitoramento eletrônico, portanto com
essa nova medida muitos acusados eram liberados, mas com essa liberação rondava na população uma
sensação de insegurança.
Dignidade é o respeito que merece qualquer pessoa, um ser que deve ser tratado como um fim em si
mesmo, e não para obtenção de algum resultado, como já dizia Kant. Se uma pessoa é um ser racional, vive
em condições de autonomia, consequentemente, tem livre arbítrio para fazer o que considera melhor para a
sua pessoa. Tem liberdade e é responsável pela própria existência, pode suportar pressões e influências, mas
a decisão depende apenas da sua consciência.
A construção de presídios ainda não é uma prioridade na segurança pública do Brasil, pois a maioria
dos governadores prefere investir em viaturas (bom nem isso está mais por causa da crise econômica), o que
é mais visível e que dá votos. A função da cadeia moderna é neutralizar, reinserir e punir. Não é só punir.
Vale a pena, para reduzir a criminalidade em todo o Brasil, investir na construção de presídios e levar
dignidade ao preso isso é uma política de segurança pública muito eficaz.
Um fator que os palestrantes questionaram foi referente as doenças adquiridas dentro do sistema
penitenciário, no qual muitos presos adquirem as mais variadas doenças no interior das prisões, as mais
comuns são a tuberculose e a pneumonia já que são doenças respiratórias, além de AIDS, hepatite e doenças
venéreas. Para serem levados para o hospital necessitam de escolta da Polícia Militar (PM), o que dificulta
ainda mais o tratamento do doente.
A AIDS no meio carcerário é muito comum devido à possibilidade de ser transmitida com o uso de
drogas injetáveis, podendo ser considerada como epidemia. A doença na prisão põe em perigo a vida dos
“pacientes” por causa da falta ao acesso de médicos especialistas em HIV/AIDS e, do acesso limitado a todos
os tratamentos disponíveis e terapias alternativas. Por isso, os prisioneiros com HIV/AIDS não têm as
mesmas taxas de esperança de vida que uma pessoa com HIV/AIDS que vive na parte externa.
Isto prova que a indignação com o descaso da saúde no Sistema Penitenciário Brasileiro é algo que
envolve quem está por dentro das grades, quem administra as penitenciárias e também as demais pessoas da
comunidade em geral.

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A Lei de Execução Penal (lei nº 7.210), uma legislação complementar aprovada em 11 de julho de
1984, onde no Art. 10 desta lei considera a assistência aos presos é dever do Estado, e segue afirmando que
também é de sua responsabilidade uma assistência material ao apenado, consistindo no fornecimento de
alimentação, vestuário e instalações higiênicas, consoante o Art. 12. A assistência à saúde do preso terá um
caráter preventivo e curativo, e contará com o atendimento médico, farmacêutico e odontológico, conforme
Art. 14.
Podemos explicitar que há várias, ONGs (Organizações não Governamentais) e estatutos que
batalham e reivindicam os direitos dos detentos, os enxergando como sujeitos capazes que devem pagar sua
dívida para com a sociedade, mas que o Estado ao tutelar a sua liberdade, deve fornecer todos os subsídios e
as devidas condições para que aquele cidadão seja reeducado e posteriormente ressocializado, estas devem
ser as metas prioritárias e superiores à punição dos delitos cometidos.
Entretanto, a realidade é outro, os estabelecimentos da atualidade não passam de monumentos de
estupidez para reajustar homens à vida social invertem os processos lógicos de socialização; impõem silêncio
ao único animal (homem) que fala; obrigam a regras que eliminam qualquer esforço de reconstrução moral
para a vida livre do amanhã, induzem a um passivíssimo hipócrita pelo medo do castigo disciplinar, ao invés
de remodelar caracteres ao influxo de nobres e elevados motivos, ao invés de incutirem o espírito de
hombridade, o sentimento de amor-próprio; pretendem, paradoxalmente, preparar para a liberdade mediante
um sistema de cativeiro.
Mas nos dias atuais vemos nesse sistema, uma verdadeira escola superior do crime, submetendo os
presidiários a situações que ferem a dignidade humana, e que os revoltam ainda mais com suas realidades.
Dando destaque novamente para a superpopulação carcerária acarreta a mistura de indivíduos e, dada a
diversidade de tipos e temperamentos, recolhidos em um mesmo ambiente promíscuo, fazendo não concorrer
a recuperação, mas sim a reincidência.
O princípio de respeito ao preso considerado pela Carta Magna de 1988 busca reprimir os maus
tratos, as torturas, as condições desumanas em que os presos são mantidos, consoante o Capítulo III, do Art.
5º, além da discriminação da própria sociedade.
A realidade aos condenados não possui assistência no fornecimento de alimentação de qualidade, as
instalações além de insuficientes são pouco arejadas, sem uma estrutura que permita ventilação e iluminação,
com dependências sanitárias deterioradas. As condições de higiene não só das celas, mas em todos os demais
espaços só demonstram o abandono dos apenados que também não tem assistência médica, que fora o
tratamento das patologias, possui um aspecto preventivo de grande importância.
Este descaso também se repete em vários outros campos, como no da educação e nas práticas de
incentivo para a reintegração à vida em liberdade, como nas oficinas que ensinem novos ofícios e nos
trabalhos alternativos suficientes para todos. Na questão do apoio jurídico, a maioria não tem recursos,

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financeiros e veem na esfera pública a única esperança de ajuda, deparando-se com a falta de defensores
públicos e com a falta de preocupação destes para com seus casos
Assim, o conceito da dignidade do preso deveria ser de fato, um elemento inalienável e irrenunciável,
que reconhecesse, respeitasse e os protegesse, pois é inerente a todo e qualquer ser humano. Logo, o Estado,
tem a função de guiar os indivíduos para preservá-la e deve criar condições para seu pleno exercício, a prisão
deve ter o mesmo objetivo que tem a educação da infância na escola e na família preparar o indivíduo para o
mundo a fim de subsistir ou convier tranquilamente com seus semelhantes.
Então, a escolha da dignidade da pessoa humana como fundamento da República, associada ao
objetivo fundamental de erradicação da pobreza e da marginalização, e de redução das desigualdades sociais,
juntamente com a previsão do § 2º do art. 5º no sentido da não ex-clusão de quaisquer direitos e garantias,
mesmo que não expressos, desde que decorrentes dos princípios adotados pelo texto maior, configuram uma
verdadeira cláusula geral de tutela e promoção da pessoa humana, tomada como valor máximo pelo
ordenamento.
Em se tratando do Agente Penitenciário do SEAP-RJ que nos contou um pouco da sua trajetória dentro
do sistema prisional, o mesmo nos reportou que dentro dos presido há venda de drogas, há uma cantina e que
os presos podem adquirir utensílios como saco plásticos de lixo, vassoura, tempero para pôr nas quentinhas,
lâmpadas, entre outros. Também nos contou que adquiriu problemas de saúde como, problemas pressão alta,
gastrite, entre outras isso fez com que o agente fosse alocado em um setor administrativo onde é responsável
por um setor dentro da Penitenciária de suma importância.
Segundo o servidor do SEAP há um déficit de agentes penitenciários, o que não deveria acontecer,
pois são os agentes penitenciários que realizam o serviço público de alto risco, por proteger a sociedade civil
ajudando por meio do tratamento penal, da vigilância e custódia da pessoa presa durante a execução da pena
de prisão, ou de medida de segurança, conforme determinadas pelos instrumentos legais.
Temos ainda a má remuneração dos agentes penitenciários e o baixo número de agentes contribuem
para corrupção e seu descaso. Com isto, os apenados têm grande facilidade de burlar as regras, trazendo
celulares, drogas, armas, que seriam facilmente apreendidos caso os procedimentos corretos fossem
utilizados
O núcleo de defesa dos direitos humanos – NUDEDH, tem como objetivo específico a atuação ao
direito constitucional de acesso à Justiça, ressaltando-se, dentre os programas do NUDEDH vários dentre, o
monitoramento das carceragens de Casas de Custódia e do Sistema Penitenciário Carioca. No monitoramento
do sistema penitenciário do Estado do Rio de Janeiro, são realizadas vistorias periódicas regulares ou
provocadas por denúncias, nas unidades penais do Estado do Rio de Janeiro, a fim de ser identificada alguma
violação de direitos humanos dos encarcerados, resultando na elaboração de relatórios circunstanciados e
adoção de medidas cabíveis.

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Das três palestras ministradas um pelo Agente do Sistema Penitenciário do SEAP-RJ, a outra pelo
núcleo de defesa dos direitos humanos e por último por dois ex-preso, fez com que minha opinião sobre o
sistema carcerário no Brasil mudasse um pouco minha visão sobre os que estão preso, principalmente sobre
o fato da dignidade da pessoa humana dentro dos presídios brasileiros, entretanto o investimento em
segurança pública seria um fator ideal para que esses sistemas penitenciários diminuíssem.
Pois quando falamos em segurança pública, logo pensamos no crescimento da violência que afeta a
todos nós, inclusive, policiais e suas famílias, em cada caso, assistimos um fenômeno e nada mais:
consternação na mídia, nas redes sociais, análises rasas com frases clichês ao estilo “agora passou dos limites”
e, infelizmente, poucos dias depois, o caso se torna “esquecido” ao olhar do conjunto da sociedade,
invariavelmente, deixa-se para um segundo plano o que é essencial: a necessidade de valorização profissional
dos trabalhadores e a urgência de uma segurança cidadã.
A atual crise da segurança e a morte dos seus agentes é uma realidade que preocupa a toda a sociedade
e exige ações em muitas esferas, os nossos servidores estão, além de mal remunerados, sobrecarregados de
trabalho. Um servidor sobrecarregado não consegue dedicar-se à prevenção, sua atuação acaba se resumindo
a “apagar incêndios”, e não é disso que precisa nossa segurança pública.
Precisamos reconhecer práticas positivas em segurança pública, como por exemplo desenvolver um
sistema de monitoramento com câmeras de vídeo vigiadas por policiais militares reformados estes
repassariam para os policiais na ativa as informações da vigilância. Essa seria uma das soluções que permitiria
ampliar a cobertura da segurança pública mantendo o número de policiais militares, assim reduziria o número
de homicídios na cidade.
E para concluir, o policiamento comunitário traz consigo a ideia de mudança na atuação dos policias
e no seu papel junto da comunidade. Reforça o conceito de que o cidadão e a comunidade devem ser coautores
nas estratégias de segurança pública e responsáveis pela segurança de sua comunidade a estratégia do
policiamento comunitário permite uma mudança de valores nos policiais e nos cidadãos e cidadãs, trazendo
maior comprometimento e consciência de suas obrigações e responsabilidades.
O policiamento comunitário diminui as taxas de criminalidade e gera maior sensação de segurança na
população, além disso, refaz a conexão da polícia com o público, promove a autoestima do profissional de
segurança pública e torna a polícia mais sujeita a prestação de contas.

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