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SUMÁRIO PÁGINA
1. Apresentação 02
2. Cronograma 06
3. Atos Administrativos 08
3.1. Conceito de ato administrativo.
3.2. Elementos do ato administrativo; teoria dos 10
motivos determinantes; procedimento administrativo.
3.3. Atributos (ou características) do ato administrativo. 21
3.4. Classificação dos atos administrativos 23
3.4.1. Existência, validade, eficácia e exeqüibilidade
3.4.2 – Vinculação e Discricionariedade 26
3.4.3. Outras classificações dos atos administrativos. 30
3.5. Teoria das nulidades no direito administrativo. 31
3.5.1. Atos administrativos nulos, anuláveis e 32
inexistentes.
3.5.2 – Teorias monista (ou unitária) e dualista. 32
3.5.3. Vícios do ato administrativo. 33
3.5.4 – Desconstituição dos atos administrativos 35
3.5.4.1 – Invalidação 35
3.5.4.2 – Revogação 41
3.6. Convalidação (ou sanatória)
3.7. Prescrição e decadência
3.6. Convalidação (ou sanatória) 50
3.7. Prescrição e decadência 57
3.8. Atos administrativos em espécie 59
4. Resumo da aula 65
5. Lista das questões apresentadas 78
1. Apresentação
2. Cronograma
3. Atos Administrativos
Questões de
concurso
Questões de
concurso
Questão de
concurso
Questão de
concurso
Questão de
concurso
Questão de
concurso
Questões de
concurso
Assim temos:
A lei não dá margem de liberdade ato vinculado
A lei confere alguma margem de liberdade ato
discricionário.
Podemos exemplificar que há discricionariedade em um ato
administrativo quando:
a) a lei prevê dois ou mais atos possíveis para se chegar ao
resultado previsto;
b) a lei prevê apenas o resultado, mas não a forma de se chegar
até ele;
c) apresenta conceitos indeterminados que devem ser avaliados
no caso concreto pelo administrador para que pratique o ato de
forma a melhor adequar a situação a esses conceitos (p. ex:
boa-fé, moralidade pública etc.).
O poder discricionário existe porque a atividade administrativa é
dinâmica, ou seja, o legislador não pode prever todas as situações
presentes e futuras de possível ocorrência para a Administração. Caso o
administrador se depare com uma situação para qual a lei confira
margem de decisão, deve escolher a alternativa que mais se adéque ao
interesse público.
O Poder Judiciário, salvo em situações excepcionais, não pode se
inserir no mérito administrativo para declarar inválido um ato
administrativo discricionário. É vedado ao juiz substituir a
discricionariedade do administrador pela sua, sob pena de afronta à
separação dos poderes. Por essa razão é que os tribunais vêm
entendendo que não podem alterar o gabarito de questões de concurso
ou conferir a um candidato uma pontuação superior em uma prova de
títulos se não há previsão expressa no edital (STJ: RMS 23878 e RMS
32464).
Questão de
concurso
Questão de
concurso
Fácil, não é? Está na cara que o item está errado, pois trata, na
verdade, de ato complexo, conforme já definido pelo STF na edição da
Súmula Vinculante nº 3, que será melhor explorada abaixo. Não perca!
3.5.4.1 – Invalidação
Assim, temos:
Ato nulo Ato anulável
não pode ser convalidado; pode ser convalidado;
pode ser retirado do mundo jurídico pode ser retirado do mundo jurídico
pela Administração e pelo Poder pela Administração e pelo Poder
Judiciário; Judiciário;
o Poder Judiciário pode retirar até o Poder Judiciário só retira
mesmo de ofício (sem que ninguém mediante provocação;
tenha alegado);
a Administração retira de ofício ou a Administração retira de ofício ou
por provocação. por provocação.
Questões de
concurso
Características da invalidação:
Efeitos ex tunc;
A Administração opera de ofício ou por provocação;
O Judiciário pode anular de ofício o ato com nulidade absoluta, mas só
por provocação a relativa;
Fundamento da invalidação: princípio da legalidade;
Limitações que impõem a manutenção do ato inválido: decadência,
consolidação dos efeitos produzidos (excepcional) e boa-fé (ex nunc
para o ato que concedeu direitos);
Procedimento: observar contraditório e ampla defesa.
3.5.4.2 – Revogação
Questão de
concurso
Revogação:
conveniência e oportunidade;
ex nunc;
total ou parcial;
expressa ou tácita;
não gera direito à indenização;
não repristina automaticamente;
em regra: não pode o Poder Judiciário analisar o mérito do ato
administrativo para retirá-lo do mundo jurídico;
evolução jurisprudencial: análise da proporcionalidade e razoabilidade
quanto às causas, motivo e finalidade do ato (hipóteses excepcionais);
não se revoga: atos vinculados; atos que já exauriram seus efeitos;
quando já exaurida a competência da autoridade que praticou o ato;
meros atos administrativos; atos que integram um procedimento
(preclusão); atos que geraram direitos adquiridos;
*contraditório e ampla defesa*
Questões de
concurso
Essa questão bem resume tudo o que dissemos até aqui sobre a
teoria das nulidades e sobre a classificação dos atos administrativos. O
item B está errado, pois o contraditório no TCU só é dispensado quando o
tribunal aprecia a legalidade da concessão de aposentadoria ou pensão,
pois esse ato é complexo. A nomeação de ministro do STF é ato
complexo, pois dois órgãos participam do processo de formação do ato de
nomeação (Senado e Presidência). Com relação ao item D, mesmo que
não haja prazo decadencial, a invalidação de um ato pela Administração
encontra limites na segurança jurídica e na consolidação dos efeitos. Por
fim, o item E está errado, pois a invalidação opera efeitos ex tunc. O item
correto é o A, pois corresponde ao que previsto na Súmula Vinculante nº
3.
Questões de
concurso
Questões de
concurso
________ _
4. Resumo da aula
Características da invalidação:
Efeitos ex tunc;
A Administração opera de ofício ou por provocação;
O Judiciário pode anular de ofício o ato com nulidade absoluta, mas só
por provocação a relativa;
Fundamento da invalidação: princípio da legalidade;
Limitações que impõem a manutenção do ato inválido: decadência,
consolidação dos efeitos produzidos (excepcional) e boa-fé (ex nunc
para o ato que concedeu direitos);
Procedimento: observar contraditório e ampla defesa.
Atos vinculados;
Atos que já exauriram seus efeitos;
Quando já exaurida a competência da autoridade que praticou
o ato;
Meros atos administrativos, cujos efeitos decorrem de lei;
Atos que integram um procedimento e se submeteram à
preclusão em razão da edição de outro ato posterior;
Atos que já geraram direitos adquiridos (A súmula 473 do STF
manda ressalvar os direitos adquiridos, ou seja, os direitos que
já integram o patrimônio do particular e que foram gerados
pelo ato que se pretende revogar.).
Casos em que se dispensa o contraditório em hipótese de revogação
de ato administrativo: revogação de ato administrativo de caráter
precário e situação em que o afastamento de servidor nomeado para
cargo em comissão pode ser promovido a qualquer momento, segundo
um juízo de conveniência e oportunidade, nos termos do art. 37, II, da
CF.
Quadro resumo:
Revogação:
conveniência e oportunidade;
ex nunc;
total ou parcial;
expressa ou tácita;
não gera direito à indenização;
não repristina automaticamente;
em regra: não pode o Poder Judiciário analisar o mérito do ato
administrativo para retirá-lo do mundo jurídico;
evolução jurisprudencial: análise da proporcionalidade e razoabilidade
quanto às causas, motivo e finalidade do ato (hipóteses excepcionais);
não se revoga: atos vinculados; atos que já exauriram seus efeitos;
quando já exaurida a competência da autoridade que praticou o ato;
meros atos administrativos; atos que integram um procedimento
(preclusão); atos que geraram direitos adquiridos;
*contraditório e ampla defesa*
Gabarito:
1) C
2) C
3) E
4) C
5) C
6) E
7) E
8) E
9) E
10) C
11) E
12) E
13) E
14) E
15) C
16) C
17) E
18) A
19) C
20) C
6. Referências
Legislação eleitoral anotada pelo Tribunal Superior Eleitoral, em
http://www.tse.gov.br/internet/jurisprudencia/codigo_eleitoral/index.html
ALEXANDRINO, Marcelo. PAULO, Vicente. Direito Administrativo
Descomplicado. 18ª Ed., São Paulo, Método, 2010.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo, 13ª
Ed., Lumen Juris Editora, Rio de Janeiro, 2005.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 22ª Ed. Editora
Atlas, São Paulo, 2009.
GASPARINI, Diogenes. Direito Administrativo, 13ª Ed., Editora Saraiva,
São Paulo, 2008.
MARINELA, Fernanda. Direito Administrativo, Tomo I, 3ª Edição,
Salvador, 2007, Jus Podivm.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 27ª ed., São
Paulo: Malheiros Editores, 2002.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo, 27ª
Ed., Malheiros Editores, São Paulo, 2010.
TALAMINI, Daniele Coutinho. Revogação do Ato Administrativo, Malheiros
Editores, 2002.
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo – 24ª
edição, São Paulo: Malheiros Editores, 2005.
ZANCANER, Weida. Da Convalidação e da Invalidação dos Atos
Administrativos, 3ª Ed., São Paulo, Malheiros Editores, 2008.
Informativos de jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, em
www.stf.jus.br, e do Superior Tribunal de Justiça, em www.stj.jus.br.