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1 INTRODUÇÃO
sobre educação especial, o fator inclusão, e analisar até que ponto os professores do
panorâmica; analisou até que ponto os professores do ensino básico estão preparados
desses alunos, afinal, de nada adianta dizer que os alunos portadores de necessidades
preparação do professor enfatizando também a visão dos mesmos sobre a inclusão nos
PNEE’s na sala de aula regular. A abordagem será feita de forma quantitativa com o
O presente estudo está centrado nas idéias dos seguintes autores: Mittler (2003),
forma global, na visão de alguns autores citando iniciativas de âmbito internacional que
alguma deficiência.
destinadas aos PNEE’s, o método montessoriano, o braile trazendo também uma breve
na visão de vários autores e quem são os alunos destinados a mesma bem como suas
características peculiares.
Capoeiruçu.
Inclusão é a nossa capacidade de entender e reconhecer o outro e, assim, ter o privilégio de conviver e
compartilhar com pessoas diferentes de nós. (CAVALCANTE, 2005, p.24)
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história. Conforme Fonseca (1995), Mazzotta (2001), Libaneo, Oliveira, Toschi (2003) e
Fonseca (1995) comenta que, a revolução francesa trouxe uma visão mais
estudos científicos. Mais especificamente a Deficiência Mental. O autor acima cita que
entre os séc. XVIII e XIX em que foram criadas instituições para proporcionar uma
Especial) porém existem alguns países que não acompanharam este progresso.
Fonseca (1995) cita Portugal como um exemplo onde a Educação Especial ainda é
muito precária sendo que um dos principais fatores é a falta de um serviço de saúde
Fonseca, comenta que existe uma estimativa de que em cada 100 cidadãos
educacionais especiais e mais da metade desses casos pode ser evitada com
destacam-se:
de Deficiência
(Art.3º ) Todo portador de deficiência pode ser considerado cidadão comum, podendo a
educação.
Para que estes objetivos fossem alcançados foi produzido um Plano de Ação
Educativas Especiais.
Junho de 1994.
- Política e Organização,
- Áreas Prioritárias;
- Perspectivas Comunitárias,
- Princípio de igualdade;
múltiplas;
educacional brasileira.
foi por D. Pedro II através de um Decreto Imperial nº 1.428 no qual fundou no Rio de
Janeiro, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Este Instituto mudou de nome várias
1957 o Imperial Instituto dos Surdos-Mudos, fundado por D. Pedro II tornou-se Instituto
nestes institutos o que despertou o interesse de estudos mais detalhados para atender
regular espalhados pelo Brasil que atendiam de alguma forma crianças deficientes.
primeira revista em braile, chamada, Revista Brasileira para Cegos; instalou uma
entre 1951 a 1973 a fundação assinou convênio com o Instituto Nacional de Estudos
destinada a crianças cegas em idade escolar, criada em 1928, em SP, administrada por
uma irmandade religiosa que a partir de 1930 teve ajuda financeira do governo. O
primeiro prof. a atuar neste Instituto foi Mauro Montagna aposentado pelo IBC e
também cego. A leitura em braile era gerida pelo prof. Alfredo Chatagner.
Uma importante iniciativa tomada por Doria de Gouvêa Nowill, foi a criação da
Fundação para o Livro do Cego no Brasil – FLCB em 1946 em SP. Esta criação veio
1929, em Campinas, por iniciativa de duas freiras que fizeram um curso na França para
chamada de I Núcleo Educacional para crianças Surdas, essa escola foi instituída em
1951. Esta escola impulsionou o surgimento de mais escolas do mesmo tipo no âmbito
municipal.
O Instituto Educacional São Paulo (IESP) teve sua criação em outubro de 1954.
alunos que não tinham especialização, eles possuíam apenas o curso Normal.
audiocomunicação e fonoaldiologia.
hospitalares, ou seja, cada professor tinha sua classe e fazia o seu planejamento
referente ao aluno. Tinha também o Lar- Escola São Francisco, fundado em 1950,
Escola Paulista. Este Lar era voltado aos Portadores de Paralisia Cerebral e com
internacionais.
Pestalozzi de Minas Gerais, criada pelo então secretário de Educação de São Paulo,
Dr. Noraldino de Lima com a participação ativa da profª. Helena Antipoff e também de
pagos pelo estado; a Sociedade Pestalozzi do Estado do Rio de Janeiro que tinha sua
instituição particular sem fins lucrativos, sendo pioneira em criar Oficinas Pedagógicas
A Sociedade Pestalozzi de São Paulo foi fundada em 1952, sem fins lucrativos
deficientes mentais. Em 1953 foi criada a Escola de Pais com convênio firmado com o
Legislativo a importância que deve ser dada a esse assunto e como resposta votaram
então algumas leis. A criação desta APAE impulsionou o surgimento de outras APAE’s
em todo o Brasil.
como por exemplo o atendimento educacional aos PNEE’s que se efetivou a nível
Com os primeiros estudos realizados na área da saúde mental, séc. XIX, convém
que acabaram por se expandir por várias partes do mundo, como E.U.A, Canadá e
começando com Jean-Paul Bonet com a primeira obra impressa sobre a educação de
fundada por Charles M. Eppée em 1770, em Paris. Ele escreveu várias obras
Mudos, publicada em 1776, com seus estudos conseguiu influenciar outros a realizarem
Institute Nationale des Jeunes Aveugles ( Instituto Nacional dos Jovens Cegos), em
1784. Foi um aluno deste instituto, chamado, Louis Braille (1809-1852) que criou o
braile, que é um código de escrita e leitura utilizado pelos cegos. Hoje já existe
[...] Lous Brile [...] fez uma adaptação do código militar de comunicação
noturna (écriture nocturne), criado por Barbier, para as necessidades dos
cegos. De início, tal adaptação foi denominada de sonografia e, mais tarde, de
braile. Até hoje não foi encontrado outro meio, de leitura e escrita, mais
eficiente e útil para uso das pessoas cegas. Baseado em seis pontos salientes
na cédula braile, este “código” possibilita sessenta e três combinações.
(MAZZOTTA, 2001, p. 19)
Marc Itard (1774-1838) que teve continuidade até os dias de Maria Montessori ( 1870-
especial.
– A criança não deve ser forçada a aprender. Ela aprende o que é do seu interesse;
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– O que as crianças mais amam são a organização (regra nº4), o silêncio (regra nº6),
– As crianças devem ser livres para escolher o material que querem utilizar em cada
– As crianças têm suas próprias opiniões e pontos de vista, [...] “não podemos esperar
– O ambiente no qual a criança esta inserida é a melhor forma que a mesma utiliza para
Há ainda Alice Descoeudres (1928), belga que criou uma forma de orientação
cognitivas; sugere ainda como local apropriado para a realização desta proposta um
ambiente natural.
obra eficaz para a educação de deficientes físicos, com a fundação de “uma instituição
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A primeira escola pública para surdos a surgir foi a American School, nos
Estados Unidos, pelo Reverendo Thomas H. Gallaudet em 1817. Em 1848, foi a vez do
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Montreal.
Em 1784, na França foi fundada a primeira escola para cegos. Em 1829, foi
iniciado em Massachusetts, o New England Asylum for the Blind. Neste mesmo período
foi fundada em Nova York o New York Institute for the Education of the Blind, uma
escola para cegos e a primeira escola para cegos sustentada pelo Estado foi a “Ohio
School for the Blind, fundada em 1837. Este fato foi bastante importante, pois despertou
na LDB 9.394/96 tratando exclusivamente dos direitos entre outros dos PNEE’s e por
fim, projetos de inclusão social e educacional. Pode-se dizer que se tem progredido,
porém a passos muito lentos, o discurso é muito veemente, mas e na prática, como se
encontra esta inclusão hoje? Ao que parece, não está correspondendo às expectativas.
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Dez anos depois da assinatura de Salamanca, que garante aos portadores de necessidades
educacionais especiais o direito de freqüentar o ensino regular, ainda é pequeno o número de escolas
brasileiras em condições de acolher esses alunos. De acordo com o senso escolar 2003, apenas 28,8%
dos estudantes com necessidades especiais estão matriculados no ensino regular. (ROSA, 2005, p. 33)
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LDB de 1996 (art. 58, § 3º), a oferta de educação especial é dever do estado. “A oferta
de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero
a seis anos, durante a educação infantil”( LDB,.Art. 58,§ 3º. p.142). “Parágrafo Ùnico. O
p.148)
relação à Nova LDB 9.394/96. A Lei 4.024/61, dedicou apenas um inciso, a 5.692/71
um artigo sobre esse tema ( art.9º ) e de forma muito concisa, o que na época provocou
muita polêmica e suscitou muitas críticas dos estudiosos da área. No entanto a partir
dele, muitas normas foram editadas e experiências foram desenvolvidas pelos sistemas
de ensino, como resultado disso, a nova LDB 9.394/96, dedicou um capítulo trazendo
muitas novidades como temas que antes só eram tratados em Decretos, Portarias ou
Normas. A seguir ver-se-ão algumas dessas mudanças que tem contribuído de forma
tendência mundial. A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996 prevê a inclusão, mas os
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números do último Censo Escolar, realizado pelo MEC, mostram que a realidade é
diferente na prática, pois 99.178 crianças com necessidades especiais estão hoje em
especiais. É um dever constitucional e deve ser iniciado com crianças na faixa etária de
serviços especializados quando não for possível a integração nas classes comuns para
alcançarem o nível normal para o ensino e aceleração aos superdotados para que
possam concluir em menos tempo o programa escolar. Aos educandos com PNEE’s
prevê ainda currículos, métodos, técnicas e recursos educativos que atendam as suas
necessidades educativas.
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professores da rede regular de ensinos aptos para assegurar a inclusão dos educandos
em salas regulares.
dos alunos a sociedade. Para isso, estabelece normas para que instituições privadas
educação especial vão além da nova LDB, se deram também mediante a estudos na
preocuparam em tratar com eficiência, da educação dos PNEE’s. Não resta dúvida que
a Lei hoje garante aos PNEE’s algo de grande valor que é direito de todos, a educação
de forma igualitária.
A lei diz que é dever do estado proporcionar uma educação de inclusão para as
crianças com necessidades educacionais especiais. Porém, será que as escolas estão
determinar uma criança como PNEE’s pois, muitos dos problemas conhecidos
É importante ressaltar que a integração dos alunos com PNEE’s nas classes
comuns, recomendada pela legislação brasileira, é perfeitamente possível na
grande maioria dos casos, desde que haja uma adequação, formação de
professores para o ensino fundamental e a sensibilização da comunidade
escolar. Quando a integração total não for possível, há que se proceder a
integração parcial efetivada por meio das classes especiais onde o educando
com necessidades educativas especiais receba atendimento especializado.
Neste caso é preciso contar com professores especializados e material
pedagógico adequado. (PNE,2005,p.56 )
governamentais. A partir disso o PNE adotou alguns objetivos e metas relativas a essa
modalidade de educação.
adequado às crianças especiais. Nos primeiros cinco anos de vigência deste plano,
precisam.
centros, de sorte que as diferentes regiões de cada Estado contem com seus serviços.
ensino fundamental.
para tornar disponíveis aos alunos cegos e aos de visão sub-normal livros de literatura
Brasileira de Sinais para os alunos surdos e, sempre que possível, para seus familiares
parceria com organizações da sociedade civil voltadas para esse tipo de atendimento.
previdência e assistência social para, no prazo de dez anos, tornar disponíveis órteses
cinco anos, pelo menos um curso desse tipo em cada unidade da Federação.
disciplinares referentes aos educandos com necessidades especiais nos cursos que
especial, bem como pela administração dos recursos orçamentários específicos para o
atendimento dessa modalidade, que possa atuar em parceria com os setores de saúde,
ser atendida pela educação especial, a serem coletadas pelo censo educacional e
atendimento aos alunos com altas habilidades nas áreas artística, intelectual ou
privadas sem fim lucrativo com atuação exclusiva em educação especial, que realizem
Nota-se que o PNE serve para confirmação daquilo que a LDB coloca como
direito dos PNEE’s, ele descreve quando e como devem ser colocadas em prática as
propostas da lei sem perder de vista que para isso acontecer é preciso um pouco mais
que discurso; é preciso condições adequadas para uma ação efetiva e não utópica.
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Incluir significa oferecer educação de qualidade para todos. (CAVALCANTE, 2005, ,p.42)
A educação inclusiva não se refere ao simples fato de que o aluno PNEE's deve
ser trabalhado na escola regular e sim numa integração do mesmo a sociedade através
aula não significa simplesmente colocar mais uma cadeira é preciso que hajam
tanto nas escolas como nos indivíduos ditos normais. A integração escolar tem sido
crianças ditas normais, seja por uma parte ou totalidade do tempo de permanência na
escola. Este conceito está centrado nas aptidões dos alunos que devem ser preparados
Crianças com habilidade abaixo da média são muito mal servidas por nosso
sistema educacional. Aquele que é menos capaz academicamente continua a
sofrer as conseqüências de quaisquer que sejam os problemas agudos ou
crônicos que afetam o sistema educacional. (MITTLER, 2003. p.23)
das escolas como todo, tendo como objetivo maior assegurar que todos alunos tenham
aceso a todas as oportunidades educacionais e sociais que são oferecidas pela escola.
escola regular como educandos de sucesso e não como meros números de matrículas
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ou como mais um na sala de aula regular, sua presença deve ser integrada com os
características importantes que a educação inclusiva deve ter são elas: um senso de
mais junto aos professores nas saias de aula, todo o pessoal da escola faz parte do
estilo e ritmo individual de aprendizagem e não de uma única maneira para todos;
Para que aconteça a inclusão nas escolas deve-se trabalhar o ideal da inclusão
de todos no contexto onde a integração deve ocorrer para que não se corra o risco de
Mas, quem são os alunos que devem fazer parte da educação inclusiva e quais
eles:
visuais estão classificadas em dois grupos principais: cegos e crianças com visão
parcial ou reduzida. “Em termos educacionais, crianças com visão parcial são as que
empregam o braile, e crianças com visão parcial são aquelas que usam material
congênita ou adquirida.Uma pessoa surda é aquela que possui uma audição tão falha
que ( geralmente de 70 decibéis ou mais) que não consegue entender, sem ou com a
utilização de um aparelho auditivo. Já uma pessoa com audição reduzida é aquela cuja
audição é tão deficiente ( geralmente entre 35 e 69 decibéis) que dificulta, mas não
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através do ouvido.
(2002) refere-se a uma variedade de condições não sensoriais que afetam o bem-estar
crianças que tem mais de uma deficiência. “Definem-se ainda da seguinte forma: Todos
os indivíduos que têm uma deficiência mental moderada, grave e profunda; que tem
moderada e profunda que tem pelo menos mais uma deficiência (isto é, deficiência
auditiva, visual, paralisia, etc.) acrescenta-se ainda a este grupo crianças que tem
criativo, capacidade de liderança e habilidade nas artes, são identificadas por pessoal
regular para contribuir para si mesmas e para sociedade. Entre essas crianças de
O deficiente é uma pessoa com direitos. Existe, sente, pensa e cria. Tem uma
limitação corporal ou mental que pode afetar aspectos de comportamento;
aspectos estes muitas vezes atípicos, uns fortes e adaptativos, outros fracos e
pouco funcionais, que lhe dão um perfil intra-individual peculiar. Possui
igualmente discrepâncias no desenvolvimento biopsicossocial, ao mesmo
tempo que aspira a uma relação de verdade e de autenticidade e não a uma
relação de coexistência conformista e irresponsável. O deficiente pode não ver,
mas não tem dificuldades em orientar-se ou fazer música. Não ouve, mas
escreve poesia [...] (FONSECA,1995, p. 9)
Todos esses casos podem perfeitamente ser trabalhados, apenas é preciso que
haja amor, dedicação, preparação física e pedagógica e maior interesse por parte de
funcional.
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A escola precisa atender qualquer aluno que não se encaixa no modelo ideal. CAVALCANTE (
2005,p.43)
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“Art. 28: O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: III –
123).
PNE – Educação Especial (em anexo), se esta afirmativa se aplicar também no Brasil,
que dentre 174.894, apenas 8.414 possuem sanitários adequados e 6.357 possuem
com classe comum que conta com apoio pedagógico específico em 2004 corresponde
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a 3.236 na rede estadual, 7.261 na rede municipal e 713 na rede privada; em contra
partida o número de escolas com classe comum sem apoio pedagógico corresponde à
19.550 nas redes: estadual , municipal e privada. O que se percebe é uma disparidade
gigantesca entre disposição e condições para atendimento dos PNEE’s nas redes de
ensino do país.
Itatibaia, Salim Andraus Júnior, para que a inclusão possa ser realizada, não basta
apenas colocar a criança dentro da escola, é preciso que todo o sistema esteja
carteiras especiais e até o transporte desses alunos faz parte do processo de inclusão,
e isso custa caro”, explica o secretário. Além disso, destaca que em alguns municípios
são criados Centros de Educação Especial que na verdade não cumprem o real
objetivo da inclusão.
professores, pais de alunos e funcionários de toda a escola ainda existe. Salim acredita
ainda que alguns tipos de deficiências exigem uma atenção mais focada, o que é mais
difícil numa classe cheia de alunos. Por isso ele defende que nesses casos o
atendimento seja diferente, para que a criança possa desenvolver toda a sua
capacidade.
aula e no currículo. É exatamente isso que a LDB propõem quando coloca que as
escolas devem ter acesso a uma equipe de apoio especializada o que contribui para o
Além da interação com outras crianças, que exclui o isolamento ao qual muitos
estima.
Dentro desta perspectiva entre o ideal e o real é preciso que o professor, como
diferenças.
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A inclusão cresce a cada dia, com ela, o desafio de garantir uma educação de qualidade para todos. Na
escola inclusiva, os alunos aprendem a conviver com a diferença e se tornam cidadãos solidários. Para
que isso se torne realidade em cada sala de aula, sua participação, professor, é essencial.
(CAVALCANTE 2005 ,p.40)
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Sabe-se que, em geral todo ser humano teme a mudanças; não é muito diferente
de um lado pais otimistas por seus filhos especiais estarem em escolas regulares e por
outro lado os professores preocupados por não terem formação adequada para recebê-
los. [...] Com a Lei da inclusão, essas e outras diferenças, sobre as quais já antes, nós
professores, não sabíamos nada, pois sempre foi um saber específico do campo
clínico, agora, de uma hora pra outra, devemos sabê-las? ( BRAUNER, 2005,p.10 ) A
inclusão ainda é uma novidade assustadora para muitos professores. A tendência é que
dificilmente se efetuam na prática, com isso se angustiam pelo fato de saber que é tão
pouco o que ele pode fazer quando a responsabilidade é de todos. Por isso se faz
sociedade democrática acontece onde a educação deve ser acessível a todos, e fez a
escola reestruturar-se, seus educadores tiveram seu posicionamento voltado para uma
educação inclusiva.
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educativas dos PNEE’s mas, direcionar o olhar para uma compreensão da diversidade
adianta ter-se projetos especiais, um parágrafo inteiro dedicado aos direitos dos
PNEE’s, criar-se uma secretaria de educação especial, quando o docente a atuar não
está preparado para receber estes alunos nas classes regulares?!, Como foi
gabaritados para isso em relação a grande demanda de alunos, é discrepante. [...] pode
parecer cruel, mas é verdade que um professor incompetente ou mal preparado para a
tarefa, acarretará a criança retardada mental, maior mal que a ausência de recursos de
necessidades educacionais dos alunos. Sabe-se que isso dificilmente acontece. A LDB
coloca que as escolas devem contar com professores qualificados em seus diversos
faculdades de pedagogia não incentivam estudos nesta área pela mesma ter um
Gráfico 1
Formação Docente
29% 29%
Magistério
Superior Completo
Superior Incompleto
42%
mesma forma também faz-se necessária uma preparação dos professores para
contínua.
A lei coloca que a educação é direito de todos e impõe essa inclusão de forma
profissional da área de educação especial entre outros; afinal, é isso que a lei diz que
garante mas na prática nota-se que não é bem assim que funciona.
inclusão inclusiva.
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Gráfico 2
Este gráfico evidencia cada palavra dita pelos professores, e sua opinião quanto
regulares de ensino.
mas, existem alguns pontos que dificultam. Além da falta de preparo existem poucas
iniciativas efetivas e práticas por parte das entidades governamentais bem como das
instituições educacionais no preparo de seu corpo docente assim como mostra o gráfico
a seguir:
Gráfico 3
29%
[...] O que se observa, nestes setores, são ações isoladas e simbólicas ao lado
Nenhuma entre
de um conjunto de leis, projetos e iniciativas insipientes e desarticuladas
as diversas instâncias do poder público. Em todos os casos, percebemos uma
concepção de sujeito fragmentado, incompleto sem a necessária Cursos incorporação
das múltiplas dimensões da vida humana[...] (SÁ, 202.p3)
0% Socialização
71%
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porém muito difícil devido as condições precárias tanto na parte pedagógica quanto
Gráfico 4
79%
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que aparentemente lhes faltam subsídios? È preciso que toda a comunidade escolar
pessoal, o que não se pode admitir é que a mesma não aconteça. Todo esforço da
parte do professor deveria ser envidado para maximizar sua atuação, já que é natural
Falar do papel do professor implica, por um lado abordar aspectos que estão
além da relação ensino-aprendizagem, pois implica falar da escola no contexto
da sociedade contemporânea, com suas desigualdades e contradições. Por
outro lado, implica não subestimar as relações cotidianas de sala de aula, as
quais o professor tem a responsabilidade específica. Responsabilidade esta de
possibilitar a apreensão do saber sistematizado pelo seu aluno. Essa posição
pode possibilitar a superação de possíveis características que sua herança
biológica o marcou. (KASSAR, 2004, p. 85)
percepções de quem produz a prática pedagógica. Pra que isso aconteça é preciso que
o professor tenha acesso ao conhecimento pois, o mesmo permite uma abertura para
visão de mundo no contexto da inclusão dos PNEE’s e que esse crescimento seja visto
protagonista de sua história, ao reconhecer-se como tal, pode traçar caminhos que
conhecimento é fundamental para o aluno e professor enfim para o ser humano, por
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com este estudo as autoras concluíram que as crianças PNEE’s sempre estiveram
ocorreu. Tudo isso visto de uma forma global, chegando ao Brasil o qual não é diferente
dos outros países no tocante a este assunto. Mas estudos nessa área sempre foram
O que mais ficou evidente através deste estudo é que os cursos de Pedagogia
deveriam ter uma carga horária maior das disciplinas referentes a educação especial na
necessidade do professor estar preparado para receber estes alunos nas classes
regulares pois de nada adiantaria a inclusão dos mesmos nas escolas regulares se não
direitos que em sua maioria estão apenas no papel, a mesma apresenta um ideal que
Com base nos questionários aplicados nas entrevistas feitas com professores das
escolas citadas anteriormente verifica-se esta verdade, muitos professores não estão
Especial a maioria das escolas não tem apoio pedagógico nenhum. Ou seja, as escolas
regulares que tem PNEE’s, tem contado com a boa vontade e dedicação de seus
É preciso realmente que haja nas escolas uma equipe de apoio especializada em
em preparar seus professores para receber estes alunos especiais e por fim
professores realmente preparados para recebê-los em sala de aula com tudo que eles
como agente transformador. Já é tempo de dar aos PNEE’s muito mais que piedade,
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Nov.2004/Jan.2005 Ed. Armed.
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ANEXO