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BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA.

TEMA:

EDUCAÇÃO FISICA, CORPO E CIDADANIA.

DOCENTE: PATRICIA CAVALCANTE

DISCENTE: DENNYS RAMOS MARTINS

ANANINDEUA – PA
2018
RESUMO E PRINCIPAIS AUTORES
A partir de um referencial teórico baseado especialmente na Antropologia
Social (dentre os autores mais citados estão M. Mauss, F. Laplantine e C. Geertz).
Sobre estes discursos, Daolio lança seu "olhar antropológico", e procura reconstruir
o universo de representações sociais que fundamenta o trabalho do professor de
Educação Física na Escola. Emergem daí as concepções de corpo, de educação, de
cidadania, não como idéias abstratas, mas como corporificações concretas no
comportamento docente.
O livro elabora uma retrospectiva dos autores estudados, relacionando
suas abordagens, bem como suas formas de trabalhar o conceito cultura. Afirma que
o elemento de união entre os autores analisados é a busca de embasamento
científico para a educação física. Apresenta algumas idéias do antropólogo social,
Clifford Geertz e destaca, entre elas, a consideração da dimensão simbólica,
presente nas ações humanas, dimensão estudada a partir de pressupostos da
semiótica. Aborda a questão dos paradigmas da ordem, propostos pelo racionalismo
científico e conclama a uma (des)ordem, onde elementos como a subjetividade, o
indivíduo e a história sejam transformados em intersubjetividade, individualidade e
historicidade.
A perspectiva que nos oferece sobre o corpo, a cultura e a formação do
professor de Educação Física inspira o leitor a estabelecer relações com diversas
teorias sociológicas, filosóficas e pedagógicas. A Antropologia Natural (até o século
XIX), que influenciou a química, a geologia, a botânica, a zoologia, a biologia e
demais ciências naturais. Neste período o homem e compreendido como uma
espécie animal no reino da natureza (29p.). Depois na Antropologia Social, há uma
oposição entre a natureza e cultura. O homem natural, fruto da concepção
antropológica anterior, é confrontado pelo paradigma do homem sociocultural. Nesta
etapa ele também destaca Geertz que trabalha com a categoria de corpo x signos
sociais, ondo o corpo além de cultural é portador de especificidades sustentadas por
essa cultura ao qual se insere. Torna o homem enquanto ser humano a partir do
corpo ( RODRIGUES, 1986 in Daolio 1995). O corpo é patrimônio cultural universal,
e de cada sociedade constrói nos corpos ao longo do tempo, significados que o
definem de maneiras diversificadas. Destaca também o Estado de Natureza e o
Estado de Sociedade, categorias de Strauss, no que se refere a cultura como
elemento de controle do corpo e das práticas de movimento;. Não é por coincidência
que muitos trabalhos desta perspectiva tenham se utilizado de metodologias de
inspiração antropológica, como a etnografia, e também histórias de vida. O livro
recorre ao conceito de fato social total de Marcel Mauss: a Antropologia dá conta de
seu objeto como um fenômeno simultaneamente biológico, psicológico e sociológico.
Para Mauss, determinada atitude corporal pode ser aceita ou então
proibida e expressa os valores sócio-históricos que são construídos por meio da
educação. Desse modo, percebemos que o que não é reconhecidamente aceito por
uma comunidade causa estranhamento. Mauss , assim como Hertz , acreditam que
a educação do corpo deve ser pensada para além da dimensão biológica. Hertz
observa a presença de interdições estabelecidas pela sociedade, que repercutem na
predominância do uso da mão direita em detrimento da esquerda. O autor parte do
pressuposto que a explicação fisiológica sobre a predominância do uso da mão
direta é incompleta, demonstrando que a relação entre sagrado e profano é que
determina o uso preferencial de uma das mãos. Ser destro ou canhoto não está
relacionado apenas aos aspectos orgânicos, ma significa também determinados
valores morais.
Hallowell ao deduzir a existência de uma fase protocultural na evolução
hominídea, a noção de ser humano puramente biológico passa a ser questionada.
Se os aspectos biológicos e socioculturais desenvolvessem interativamente e
interagissem igualmente, seria impossível a separação dessas componentes. Na
busca da compreensão do homem, suas atividades inatas e seu comportamento
real, não devem ser dissociados, pois o homem sem cultura, é um homem
incompleto “(...) nos somos animais incompletos e inacabados que nos completamos
e acabamos através da cultura- não através da cultura geral, mas através de formas
altamente particulares de cultura (...)”, afirma Geertz.
Segundo o autor do livro, o processo de busca da compreensão do
homem parte dos valores culturais, sociais, psicológicos até chegar aos
fundamentos biológicos da vida humana, reivindicando autonomia para cada uma
dessas dimensões. Geertz afirma que “Tornar-se humano é tornar-se individual, e
nós nos tornamos individuais sob a direção dos padrões culturais, sistemas de
significados criados em termos dos quais damos forma, ordem, objetivo e direção às
nossas vidas”.
Mauss considerou os gestos e os movimentos corporais como técnicas
criadas pela cultura, passiveis de transmissão através das gerações e imuidas de
significados específicos. Afirmou também que uma determinada forma de uso do
corpo pode influenciar a própria estrutura fisiológica dos indivíduos. Mas, nesses
últimos anos, o que une todas as proposições de educação física é a busca de
embasamento científico para compreensão dessa área. Nessa busca de
conhecimentos lembramos dos conceitos já mencionados: Para Go Tani, o ser
humano é visto principalmente como um ser motor; em João Batista Freire é visto
primordialmente como um ser psicológico; no Coletivo de Autores é visto como um
ser social; e para Elenor Kunz, Valter Bracht e Mauro Betti, é visto, primordialmente,
como um ser cultural, onde esses três autores chegam a alguns denominadores
comuns, embora trilhem caminhos diferentes na discussão do conceito de cultura.
Assim, é importante destacar que o interessante dessa discussão é a semelhança
entre todos esses conceitos de ser humano, que a partir dessas concepções e com
as colaborações mais recentes de autores que consideram a cultura e o ser humano
de forma mais simbólica e dinâmica, se possa libertar a educação física dos
chamados elementos de ordem (subjetividade, indivíduo e história), para permitir as
transformações na área. Enfim, promover a educação física da desordem, que não
se preocuparia em controlar ou domesticar o ser humano e sim, atuar sobre ele, no
que se concerne às suas manifestações corporais eminentemente culturais, e ainda,
respeitando-o e assumindo uma postura dinâmica e construtiva dentro da escola

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