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Povos Ameríndios
Denominação genérica dos diferentes povos que viviam na América antes da chegada
dos europeus no século XVI.
Agrícolas, implementos ; Agricultura ; Atlântida ; Rivet, Paul
v. tb. América espanhola, conquista da; América, pré-história da; Ameríndias, línguas;
Chibcha, cultura; Índio brasileiro; pré-colombiana, arte; Pré-colombianas, literaturas
América Central
v. tb. Andinas, civilizações; Araucana, cultura; Guaranis; Inca, império; Sete Povos das
Missões
Panorama geral
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celebrações específicas nas quais invocavam as duas forças opostas que, segundo sua
mitologia, governavam o mundo: Gluskap e Malsum. Gluskap era a forma criadora,
comunicando-se com os homens mediante xamãs -- feiticeiros -- ou durante o sono.
Já a vida dos iroqueses, pelo menos em suas áreas meridionais, estava voltada para o
cultivo do milho e da ervilha, em alguns pontos acrescendo-se a coleta do arroz silvestre.
Sua dieta se completava com a coleta de bagas, a caça e a pesca. A organização social
dos iroqueses tem sido objeto de estudo antropológico minucioso, por possuir
interessantes peculiaridades. Todas as unidades familiares reuniam-se em uma
confederação, cabendo a cinqüenta sachems hereditários todas as decisões referentes à
política externa. A unidade social básica era a família ampla, que residia numa grande
casa comum, retangular, com teto de cortiça de bétula e governada pelas mulheres mais
idosas. Propriedade, relações familiares e herança eram regidas pela via matrilinear. Os
povoados, de caráter permanente, localizavam-se junto aos cursos de água, protegidos
por uma paliçada de estacas.
Vindos do sul, os iroqueses deslocaram-se mais tarde para os assentamentos em que os
europeus os conheceram. Isso explica sua superioridade cultural em relação aos
algonquinos, na época do desembarque dos colonizadores nas costas do Atlântico.
Embora os algonquinos continuassem predominantes no oeste, nas zonas limítrofes às
dos atapascos, aos poucos os iroqueses os vinham alijando de suas terras.
Povos do sudeste. Os territórios ocupados pelos povos do sudeste situavam-se ao sul dos
anteriores e a leste das pradarias, entre o Mississipi, o golfo do México e o litoral sul-
atlântico dos Estados Unidos. Era acentuada a influência das culturas centro-americanas
e do Caribe. Assim, o povo natchez constituía uma teocracia guerreira, com numerosos
escravos. Sua economia baseava-se no cultivo do milho, mas também na caça e na coleta.
Erguiam templos sobre colinas (mounds) que lembram as grandes construções religiosas
centro-americanas.
Os creeks também eram povos guerreiros e possuíam escravos. Ao lado dos cherokees,
dos seminolas, choctaws e chickasaws, chegaram a formar uma confederação que, em
muitas ocasiões, celebrou pactos com franceses e ingleses, demonstrando ampla
capacidade de adaptação.
Em toda a área cultural do sudeste os povoados apresentavam estrutura complexa, tendo
ao centro uma praça onde se situavam os edifícios públicos e religiosos.
Os índios da América do Norte hoje. No início da colonização européia no litoral
atlântico dos Estados Unidos e Canadá, existiam em ambos os territórios mais de 200
povos indígenas, que totalizavam uma população de aproximadamente 1.150.000
habitantes. À medida que os invasores brancos se expandiram, muitos povos foram
extintos e outros estiveram bem perto disso.
Na década de 1980 eram reconhecidos como índios, nos Estados Unidos e Canadá
conjuntamente, mais ou menos um milhão de cidadãos. Comparada com o mínimo a que
chegou nos começos do século XX -- nos Estados Unidos, menos de 300.000 --, a
população indígena da América do Norte retomou um rápido crescimento, que tende
mesmo a acentuar-se com o tempo. Há reservas espalhadas por todo o território dos dois
países, embora as mais importantes se situem nos estados do Novo México e Arizona.
Um duplo sistema de autoridade se exerce sobre os índios das reservas: de um lado, os
remanescentes de sua organização tribal, como o conselho da tribo e seu chefe, de outro
lado o governo federal. Muitos índios vivem fora das reservas, mesclados com o resto da
população americana; os que nelas permanecem dedicam-se ao artesanato, atividades
agrícolas e pecuária. O turismo é boa fonte de renda para os índios do sudoeste dos
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Estados Unidos, enquanto no norte do Canadá é comum que trabalhem como guias nas
regiões árticas.
A grande maioria dos índios se diz hoje cristã, embora numerosos grupos pratiquem
religiões sincréticas, muito peculiares, como é o caso da Igreja Indígena Americana, em
que a ingestão do peiote, poderoso alucinógeno, é um dos sacramentos.
América Central
A região antropológica da América Central estende-se pelo centro e sul do México de
hoje e pelos países centro-americanos até a Costa Rica. Essa área compreende grande
variedade de zonas climáticas e ecológicas, podendo-se afirmar que fosse povoada desde
tempos pré-históricos, embora a principal concentração humana ocorresse nos vales do
México, Oaxaca, Jalisco e Guatemala.
Eram muito variadas as características dos povos da América Central, que falavam
centenas de línguas. Todos, no entanto, possuíam uma série de componentes culturais
comuns: constantes arquitetônicas -- pirâmides escalonadas, quadras para jogos rituais de
péla --, calendário, registros históricos, complexa religião em que quase sempre havia um
deus da chuva e um herói civilizador, notável desenvolvimento urbano, rígida
estratificação social e uma agricultura baseada no complexo milho-feijão-pimenta-
abóbora.
Na América Central a revolução neolítica teve início entre 5000 e 4000 a.C., mas foi por
volta de 3500 que, paralelamente a certo resfriamento do clima e aumento das chuvas,
passaram a ser cultivadas as espécies que ainda constituem a base da alimentação do
homem centro-americano. Nos começos do segundo milênio havia povoados de grupos
sedentários, cuja subsistência dependia fundamentalmente da agricultura.
Período pré-clássico. Deu-se o nome de período de formação, ou pré-clássico, àquele que
transcorreu aproximadamente de 1500 a.C. até o início da era cristã. Foi nesse período
que o homem centro-americano se tornou sedentário, desenvolvendo técnicas agrícolas
de grande complexidade, aprendendo a cerâmica e a tecelagem, criando as primeiras
cidades.
Os olmecas. A civilização olmeca surgiu em meados do século XII a.C., na planície junto
ao litoral do golfo do México. Embora esse povo ainda seja mal conhecido, sabe-se que
tinha sacerdotes e classes sociais bem definidas, centros cerimoniais e de culto. Os
olmecas já conheciam o calendário e a numeração e praticavam o jogo da péla, elementos
culturais que se tornariam característicos de todas as civilizações centro-americanas.
Possuíam ainda grande domínio da expressão artística, como se pode apreciar nas
enormes cabeças esculpidas na pedra e em estatuetas de jade. Encontraram-se
importantes depósitos arqueológicos: La Venta, grande centro religioso, e Tres Zapotes,
importante núcleo populacional, ambos na parte sul do golfo do México.
Período clássico. Do começo da era cristã até o século X, as civilizações centro-
americanas tiveram seu período clássico, alcançando excelente desenvolvimento artístico
e urbano.
Teotihuacan. A partir do final do século IV da era cristã, desenvolveu-se no vale do
México a primeira das grandes civilizações centro-americanas do período clássico. O
povo que construiu Teotihuacan dominou a totalidade do vale, e sua influência cultural --
e talvez seu controle político -- chegou até a atual Guatemala. Suas edificações arrolam-
se entre os mais empolgantes vestígios de civilizações antigas ainda existentes no mundo.
A destruição de Teotihuacan parece ter-se dado no ano 650, mas só em torno de 900 a
cidade veio a ser tomada pelos toltecas.
Aparentadas em muitos traços com a civilização teotihuacana e, por conseguinte, com a
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completa o vestuário.
O autogoverno das comunidades indígenas regula suas questões internas, inclusive de
divisão do trabalho, e nem sempre é reconhecido pelos estados nacionais. As
comunidades, não obstante o padrão de vida muito modesto, valorizam as despesas de
celebração, as vestimentas e as refeições festivas, depois das colheitas. Para estas
últimas, como para os produtos artesanais indígenas, os pequenos mercados são
essenciais. Finalmente, a religião é quase sempre sincrética, mesclando ritos e costumes
autóctones às crenças e cerimônias cristãs.
América do Sul
Sabe-se hoje que o povoamento da América do Sul se deu muito depois do das Américas
do Norte e Central. Bandos de caçadores teriam descido do norte pelo istmo de Panamá,
espalhando-se aos poucos em direção ao sul e ao leste. Por volta de 10000 a.C. o
subcontinente já estaria todo povoado. A julgar pelos sambaquis -- restos das conchas de
mariscos -- encontrados tanto na costa do Atlântico como na do Pacífico, cinco milênios
antes da era cristã esses lugares achavam-se habitados por povos que se alimentavam de
tais frutos do mar. Um milênio depois, o feijão e a abóbora já eram cultivados no litoral
do Pacífico, acrescentando-se em seguida o algodão. A sedentarização pela agricultura
completou-se, para os primeiros povos, com a adição do milho, por volta do segundo
milênio. Aproximadamente em 1800 a.C., nas terras andinas e no litoral próximo,
apareceu a cerâmica, iniciando-se assim o período que os arqueólogos denominaram
formativo.
Região centro-andina. As culturas mais complexas da América do Sul, comparáveis
nesse sentido às centro-americanas, foram as que apareceram nos Andes centrais. As
condições climáticas da costa peruana, quase sem chuva, permitiram a conservação de
inúmeros vestígios dos diversos povos que ali viveram, possibilitando a reconstrução
aproximada de sua história cultural ao longo de milênios. Até certo ponto em paralelismo
com a evolução das civilizações centro-americanas, as culturas centro-andinas tiveram
um período formativo, um período clássico e o pós-clássico, de que Tiahuanaco poderia
ser o princípio. Esse último período seria bruscamente interrompido pela conquista
espanhola do império inca.
Período formativo. Entre 1800 e 300 a.C., aproximadamente, transcorreu o período
formativo. A população, com o cultivo do milho, sedentarizara-se, e surgiu a cerâmica. O
maior esplendor verificou-se nove séculos antes da era cristã, com a cultura chavín, na
costa norte do atual Peru. Em alguns de seus aspectos, ela parece ter sido influenciada
pela distante cultura olmeca. No litoral peruano apareceram outros focos culturais que,
por sua vez, mostraram forte influência da civilização chavín.
Período de desenvolvimento regional. Um verdadeiro período clássico observou-se entre
os séculos V a.C. e VII da era cristã, desenvolvendo-se autonomamente várias culturas: a
mochica, na costa norte do Peru atual, a de Nazca, em sua costa sul, e muitas outras nos
diversos vales litorâneos. Encontrou-se enorme quantidade de objetos de barro (huacos)
enterrados nas tumbas, com ilustrações de cenas do dia-a-dia que serviram de base aos
pesquisadores para reconstruir a vida dessas sociedades.
Tiahuanaco. Uma cultura toda originária do planalto expandiu-se a partir do século VII,
configurando um império que teve por capital a cidade de Tiahuanaco, na orla sul do lago
Titicaca. Notou-se sua influência do norte do Peru até o norte do Chile. Diversos estilos
artísticos tenderam à unificação. Os centros urbanos aumentaram suas áreas, e as
sociedades tornaram-se mais hierarquizadas.
Novos reinos. No século IX caiu o império de Tiahuanaco e o mapa político dos Andes
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alagado no verão chuvoso, guaranis e outros povos viviam da pesca coletiva e de uma
leve agricultura que não preparavam queimando a vegetação natural, mas limpando-a a
espaços, antes das chuvas. No extremo sul do continente, as difíceis condições
geográficas impuseram o nomadismo a índios chonos, alacalufes e yahgans, de tipo físico
bem diferente dos demais povos das Américas, com o rosto mais prognata.
Alimentavam-se dos frutos do mar. Também nômades eram os grupos encontrados nos
pampas -- charruas, querandis, tehuelches, puelches, onas -- caçadores que usavam arco e
flecha e boleadeiras. Como em outros aspectos que lembravam os ameríndios norte-
americanos, logo adotaram o cavalo, o que aumentou sua mobilidade.
Índios sul-americanos hoje. Exterminados na Argentina e no Chile, dispersos e isolados
nas selvas amazônicas, os ameríndios da América do Sul só se apresentam em
populações regulares nos Andes Centrais -- Equador, Peru e Bolívia -- , onde compõem a
maior parte do campesinato. São quíchuas, aimarás e uru-chipayas, estes em poucas
centenas, nas proximidades do lago Titicaca. As características físicas desses povos são
homogêneas e boa parte de seus traços culturais remontam aos tempos dos incas. Plantam
milho e batata, criam lhamas e vicunhas, pescam, mascam coca, têm no lago Titicaca
uma embarcação muito peculiar, feita com um junco da região. Sua religião sacraliza a
natureza, de modo que vêem montanhas e rios como providos de espírito. No Paraguai
restou alguma influência dos guaranis do Chaco, especialmente no idioma, falado por
ampla parcela da população do país. Há ali até publicações e textos literários em guarani.
América, pré-história da; Ameríndias, línguas; Andinas, civilizações; Araucana, cultura;
Asteca, império; Chavín, cultura; Chibcha, cultura; Chichimeca, cultura; Chimú, império;
Esquimó; Guarani; Huari, cultura de; Inca, império; Índio brasileiro; Maia, cultura;
Mixteca, cultura; Mochica, cultura; Nazca, cultura de; Olmeca, cultura; Teotihuacan;
Tolteca, cultura; Zapoteca, cultura
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