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Material de estudo adaptado de outras fontes pelo Prof Paulo Roberto Prevedello - pauloprevedello@gmail.com 24
9.3 MATERIAIS FERROMAGNÉTICOS
Nos materiais ferromagnéticos as camadas orbitais são preenchidas pela metade. Por
essa razão, as substâncias ferromagnéticas apresentam comportamento muito diferente das
substâncias diamagnéticas e paramagnéticas.
Quando uma substância ferromagnética, como o elemento ferro, entra em contato com
um campo magnético, o resultado é uma forte atração e o alinhamento dos núcleos. Esses
materiais se imantam fortemente se colocados na presença de um campo magnético.
Objetos confeccionados com esse tipo de material podem se tornar perigosos, pois se
projetam quando inadvertidamente expostos a um forte campo magnético. Além disso,
materiais ferromagnéticos conseguem reter sua magnetização mesmo após a remoção do
campo magnético externo. Por isso, como as substâncias mantêm-se magnetizadas
permanentemente, elas se tornam magnetos permanentes.
Os materiais ferromagnéticos apresentam uma alta suscetibilidade positiva.
Exemplos: ferro, cobalto níquel, as ligas formadas por estes materiais e o gadolínio em
seu estado natural.
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9.3 MATERIAIS SUPERPARAMAGNÉTICOS
Materiais superparamagnéticos apresentam uma suscetibilidade magnética positiva
intermediária, maior que a apresentada por substâncias paramagnéticas (baixa
suscetibilidade positiva) e menor que a das substâncias ferromagnéticas (alta suscetibilidade
positiva).
Entre essas substâncias estão partículas oxidadas de ferro, que podem ser
empregadas como agentes de decaimento T2 ou T2* em RM. As substâncias
superparamagnéticas apresentam suscetibilidade positiva ''média''.
Exemplo: óxido de ferro utilizado como agente de contraste.
Existem dois óxidos de ferro: o óxido ferroso
com a fórmula FeO e o óxido férrico com a
fórmula Fe2O3. São substâncias diatômicas
(formadas por dois átomos), onde um dos
átomos é o O. Normalmente, o mais encontrado
na natureza é o Fe2O3, chamado de hematita,
que é o principal minério de ferro.
Os pigmentos à base de óxido de ferro são utilizados pelo homem desde a pré-
história, quando pintavam seus desenhos nas paredes das cavernas. O óxido de ferro
dessas pinturas de milhares de anos atrás demonstra a altíssima resistência às intempéries,
10 ONDAS DE RÁDIO
As ondas de rádio são um tipo de radiação eletromagnética com frequência entre 100
Hz a 109 Hz. Uma onda de rádio é uma onda eletromagnética propagada por uma antena.
As ondas de rádio têm diferentes frequências. As ondas de rádio são invisíveis e
indetectáveis sem o auxilio de equipamentos próprios.
O comprimento de uma onda corresponde à distância entre duas cristas ou duas
depressões e é representado por λ (lambda). Quanto maior o comprimento da onda, menor é
a sua energia. Já a frequência (f) indica o número de vezes que a onda eletromagnética
oscila, isto é, o número de vibrações por segundo. A unidade da frequência das ondas
eletromagnéticas é dada pelo inverso do segundo (1/s ou s-1), que é igual a 1 hertz, em
homenagem ao físico alemão Heinrich Rudolph Hertz (1857-1894).
Como exemplo de uso das ondas de rádio temos o telefone celular, os telefones sem
fio, os controles remotos, as emissoras de rádio e a ressonância magnética.
A ressonância usa as ondas de rádio para aumentar a energia dos prótons de 1H.
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Chamamos de espectro eletromagnético ao intervalo de frequências conhecidas da
radiação eletromagnética. O espectro eletromagnético vai desde as ondas de rádio, de maior
comprimento de onda e menor energia, até os raios gamas, com comprimento de onda da
ordem do núcleo de um átomo e extremamente energéticas.
11 FREQUENCIA PRECESSIONAL
Cada núcleo de hidrogênio gira em torno de seu próprio eixo. Sob a influência de um
campo magnético B0 será produzida uma rotação adicional ou oscilação dos momentos
magnéticos do hidrogênio em torno de do vetor representativo deste campo.
Essa rotação secundária é chamada de
precessão e faz com que os momentos
magnéticos descrevam uma trajetória circular
em torno de B0. Essa trajetória é denominada
trajetória precessional, e a velocidade na qual
oscilam em torno de B0 é chamada de
frequência precessional.
Sob a ação de um campo magnético, os
prótons de hidrogênio irão precessar a uma
frequência W determinada pela Equação de
Larmor.
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FREQUENCIA DE LARMOR
EQUAÇÃO DE LARMOR
O valor da frequência de precessão é estabelecido pela equação de Larmor:
ω0 = B0 x ʎ.
Sendo:
ω é a frequência precessional
B0 é a potência do campo magnético gerada pelo magneto
ʎ é a razão giromagnética
A razão giromagnética expressa a relação entre o momento angular e o momento
magnético de cada núcleo ativo em RM. Esta razão é uma constante e é expressa como a
frequência precessional de um núcleo ativo em RM específico a 1 T. Portanto, a unidade da
razão giromagnética é MHz/T.
A razão giromagnética do hidrogênio é de 42,57 MHz/T. Outros núcleos ativos em RM
têm razões giromagnéticas diferentes, ou seja, têm frequências processionais diferentes na
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mesma potência de campo. O hidrogênio tem frequência precessional diferente em diferentes
potências de campo.
Por exemplo:
1,5 T, a frequência precessional do hidrogênio é de 63,86 MHz (42,57 MHz X 1,5 T)
1,0 T, a frequência precessional do hidrogênio é de 42,57 MHz (42,57 MHz X 1,0 T)
0,5 T, a frequência precessional do hidrogênio é de 21,28 MHz (42,57 MHz X 0,5 T).
14. Como se chama a rotação adicional dos momentos magnéticos do hidrogênio em torno de
do vetor do B0 ao receber a influência deste campo magnético?
15. Como será determinada a frequência W de precessão do próton sob a influência do B0?
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