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INTRODUÇÃO

Em cada momento histórico em cada constitucionalismo e em cada ordenamento


jurídico e não só são chamados a emergir do sentido total e dinâmico da situação
específica que se encontram a viver.

O presente trabalho, aqui expresso em poucas páginas, é fruto de leituras feitas


pelos autores em autores consignados como autoridades em tais matérias. A
investigação pretende dar resposta às dificuldades que se têm registado na sociedade
angolana quanto aos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos. Por conseguinte,
decidimos falar sobre o CONSTITUCIONALISMO ANGOLANO À LUZ DA
CONSTITUIÇÃO DE 2010 tema que ainda carece de alguns aprofundamentos no que
tange à autores que o abordam.

Pretendemos, com este trabalho, descobrir e tentar entender o que é, realmente, o


constitucionalismo, como desenvolveu e até que ponto se encontra. O trabalho surge
num momento em que as concepções que se têm parecem insuficientes para dar resposta
aos problemas que enfermam a sociedade angolana.

3
Aspecto histórico

A palavra constitucionalismo está ligada ao vocábulo Constituição que significa


o conjunto de princípios e regras que regulam a estrutura, funções, fins, organização,
titularidade e controlo do poder político, bem como as normas de fiscalização da
constitucionalidade. Destarte, podemos afirmar que o constitucionalismo é uma técnica
específica de limitação do poder político com fins garantísticos. O constitucionalismo
significa a delimitação de poderes dos governantes e a imposição das leis escritas1.

O conceito, antes apresentado, não é o único. Vejamos agora o que dizem


BOBBIO et alii:

«Constitucionalismo é a técnica da liberdade, isto é, a técnica jurídica pela qual é


assegurado aos cidadãos o exercício dos seus direitos individuais e, ao mesmo tempo,
coloca o Estado em condições de os não pode violar. Se as técnicas variam de acordo
com a época e as tradições de cada país, o ideal das liberdades do cidadão continua
sendo sempre o fim último: é em função deste que se preordenam e organizam as
técnicas»2.

A definição supra referenciada mostra uma extensão na compreensão do termo


constitucionalismo. Agora, estamos em condições de falar sobre o constitucionalismo
angolano que é visto sob dois pontos de vista diferentes. Alguns autores afirma que o
constitucionalismo angolano começa em 1911 com a proclamação da república
portuguesa3 porque, nesta altura, falava-se de Angola como uma colónia portuguesa, ou
seja, província ultramarina que gozava de um estatuto jurídico-político que reconhecia
alguns direitos dos cidadãos daquela circunscrição territorial, embora o mesmo estatuto
tenha sido implementado em 1962 com o denominado Acto Colonial. Em contra
partida, autores há que afirma que o constitucionalismo angolano começa em 1975, isto
é, aos 11 de Novembro do mesmo ano com a proclamação da independência da
República de Angola.

O constitucionalismo angolano desenvolve-se a partir de 1975 e foi


cognominado de constitucionalismo revolucionário, pois que apesar do positivismo
constitucional, até agora predominantemente, transcende o texto constitucional de 1975
por não só se incluir o valor constitucional das resoluções e directrizes do Comité
Central e do bureaux político do MPLA e quer do precedente texto do Acordo de Alvor
e ainda do consequente texto então lei de nacionalidade4 entre outros.

O constitucionalismo revolucionário permaneceu revestido de ideologias que


apontamos aqui em baixo: limitar o poder do Estado como é universalmente sabido
1
Cf. MIRANDA, Jorge, Manual de Direito Constitucional, Tomo I, ed. 8ª, Ed. Coimbra, Coimbra, 2009, p.
88.
2
BOBBIO, Norberto et al. «constitucionalismo» in Dicionário de política, Vol. I, traduzido por João
Ferreira, ed. 11ª, Ed. UnB, Brasília, 1998, pp. 247-248
3
Cf. CORREIA, Adérito – DE SOUSA, Bornito, História do Direito Constitucional, Ed. Almedina,
Coimbra, 1996, p. 18.
4
Cf. Publicada no DIÁRIO DA REPÚBLICA, Série I, nº 1, de 11 de Novembro de 1975.

4
desde antes mesmo do século XIII, este cujo marco é a Carta Magna do Rei Inglês;
definir, para o caso angolano, é defender, a todo o custo, o Estado da República popular
de Angola e a angolanidade das soluções dos problemas suscitados com a luta de
libertação nacional e com a independência de Angola.5

Seguiu-se o constitucionalismo democrático uma vez que o revolucionário


terminou em 1991. No mesmo ano, começa o constitucionalismo democrático que foi
marcado pelos seguintes pontos: criação das premissas constitucionais necessárias à
implantação da democracia pluripartidária, à ampliação do reconhecimento e garantias
dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, assim como à consagração
constitucional dos princípios basilares da economia de mercado6.

O período democrático vai se alastrando a medida que as sociedades evoluem e,


em Angola, concretizou-se isto com a Constituição de 2010, que será melhor
desenvolvida a seguir.

A constituição angolana de 2010 como sistema aberto de valores,


regras e princípios

A constituição configura um sistema aberto de valores, princípios e regras. A


cristalização dos bens e finalidades fundamentais é expressa nos valores sobre os quais
é edificada a constituição. Da leitura feita do preâmbulo e da história da Constituição da
república de Angola sobressaem os valores da dignidade da pessoa humana, igualdade,
liberdade, justiça, democracia, solidariedade do progresso social e da paz. É sobre eles
que assenta a república de Angola como Estado constitucional7.

O conteúdo normativo da constituição desdobra-se em princípios e regras. Os


princípios caracterizam-se por graus mais elevados de generalidade e abstracção do que
aqueles que se verificam nas regras, “princípios de Carlos Burity da Silva” o princípio
funciona como farol que orienta e dão a bússola da navegação no mar do ordenamento
jurídico. A conjugarem-se princípios e regras tem-se em vista a garantia da segurança
jurídica. Uma constituição em que só existe princípios seria demasiada vaga

5
CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA, art. 1º.
6
Cf. CORREIA, Adérito – DE SOUSA, Bornito, Op. cit., p. 37.
7
Cf. MACHADO, Jónatas, Direito constitucional angolano, ed. 2ª, Ed. Coimbra, Coimbra, 2013, p. 77.

5
indeterminada uma vez que eles não são solução directa ao caso concreto, e uma
constituição apenas de normas seria demasiada rígida e dificilmente compaginável com
a diversidade e mutabilidade da vida social.

As divisões do Direito Constitucional


Mesmo tomando nota da sua natureza, o Direito Constitucional é encarado sob
diversas perspectivas. As principais perspectivas do Direito Constitucional podem ser
entendidas nas seguintes facetas: Direito Constitucional Social que é um conjunto de
princípios, normas constitucionais que versam sobre os direitos fundamentais das
pessoas em relação ao poder público, quer nos seus aspectos fundamentais (gerais) quer
nos seus aspectos de especialidade; Direito Económico, Fiscal e Financeiro sendo o
conjunto de princípios e regras constitucionais que cuidam da organização económica
da sociedade, medindo os termos da intervenção do poder público no plano dos regimes
económicos, financeiro e fiscal; Direito Constitucional Organizatório é o conjunto de
princípios e das normas constitucionais que fixam a disciplina do poder público no
modo como se organiza e funciona bem como nas relações que nascem entre as suas
estruturas; Direito Constitucional Garantístico que é o conjunto de princípios e normas
constitucionais que estabelecem os mecanismos destinados à protecção da Constituição
e a defesa de sua prevalência sobre os actos jurídicos públicos que lhe sejam contrários.
Além destes existem os chamados ramos autónomos do Direito Constitucional dentre
eles destacamos apenas o Direito e internacional que é um ramo do direito que traça as
relações jurídico-internacionais do Estado ou dos sujeitos internacionais8.

Características do Direito constitucional


Várias são as características que podemos elencar. Cada uma delas carece de
uma explicação breve, iluminando um pouco mais os meandros do Direito
Constitucional: a Supremacia (a brilhante pirâmide da ordem jurídica coloca no seu
cume a Constituição); a transversalidade; politicidade; estadualidade; legalismo;
fragmentarismo; juventude e abertura9.

8
GOUVEIAS, Jorge Barcelar, O direito constitucional de Angola, ed. 1ª, Ed. ID/LP, Lisboa/Luanda, 2014,
pp. 23-31.
9
Ivi.

6
Conclusão
O constitucionalismo angolano passou por várias reformas e ainda continua
passando, porque a sociedade está em constante mutação e esta conduz à evolução da
mesma. Assim, o constitucionalismo angolano está dividido em opiniões divergentes
que abordam a sua origem, mas todos concordam que o constitucionalismo é limitar o
poder, embora alguns situem este início em 1911 e outros em 1975.

O Direito Constitucional foi dividido em vários ramos autónomos e especiais,


apresentando cada um deles um apresenta elementos próprios que o caracterizam como
tal. O constitucionalismo angolano também tem as suas características de tal forma que
não se confunde com outro sistema ou tipo de constitucionalismo. Portanto, importa
dizer que muito se tem de fazer para atingirmos os níveis mais altos do
constitucionalismo.

7
Bibliografia

BOBBIO, Norberto et al. Dicionário de política, Vol. I, traduzido por João Ferreira, ed.
11ª, Ed. UnB, Brasília, 1998.
CORREIRA, Adérito – DE SOUSA, Bornito, História do Direito Constitucional, Ed.
Almedina, Coimbra, 1996.
DIÁRIO DA REPÚBLICA, Série I de 11 de Novembro de 1975.
GOUVEIAS, Jorge Barcelar, O direito constitucional de Angola, ed. 1ª, Ed. ID/LP,
Lisboa/Luanda, 2014.
MACHADO, Jónatas, Direito constitucional angolano, ed. 2ª, Ed. Coimbra, Coimbra,
2013.
MIRANDA, Jorge, Manual de Direito Constitucional, Tomo I, ed. 8ª, Ed. Coimbra,
Coimbra, 2009.

8
Índice
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3
Aspecto histórico ........................................................................................................................... 4
A constituição angolana de 2010 como sistema aberto de valores, regras e princípios ................ 5
As divisões do Direito Constitucional ........................................................................................... 6
Características do Direito constitucional....................................................................................... 6
Conclusão ...................................................................................................................................... 7
Bibliografia ................................................................................................................................... 8

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