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RESUMO: A Atuação do Psicólogo Escolar.

Sílvia Maria Cintra da Silva

A psicologia, assim como outras ciências humanas, nasceu sob o imperativo de uma
demanda da sociedade industrial, em I meados do século XIX, na Europa. Em sua
constituição e desenvolvimento, tudo indica que a psicologia é instrumento e efeito das
necessidades, geradas nessa sociedade, de selecionar, orientar, adaptar e racionalizar, visando,
em última instância, a um aumento da produtividade.
Nos primórdios da psicologia científica tal afirmação parece especialmente verdadeira
em duas de suas áreas: a psicologia do trabalho e a psicologia escolar.
O olhar do psicólogo via apenas a criança, que deveria ser ajustada ao ambiente
escolar. Com o tempo, passou a tratar também dos professores, sempre com um enfoque
afetivo, visando ao aluno que, de alguma maneira, não acompanhava os demais.
Da década de 1980 em diante, visões mais críticas vieram contrapor-se a essas,
destacando a produção social do fracasso escolar e um novo entendimento sobre a clareza do
papel do psicólogo.
O profissional precisa procurar autonomia teórica para não correr o risco de ficar
engessado por dogmas. É claro que, para isso, são necessárias muita leitura dos teóricos com
os quais ele se identifica e reflexão sobre eles, baseada nos fazeres da prática.
Acredita-se que uma das tarefas do psicólogo escolar é ajudar a transformar a
instituição escolar num ambiente onde haja condições para a apropriação do conhecimento, da
própria subjetividade e da cidadania, contribuindo, assim, para as transformações necessárias
à instituição que constroem no dia-a-dia.
O Psicólogo Escolar, questionador, curioso e acima de tudo assumindo uma posição
investigativa, pode criar junto à equipe uma estratégia de intervenção colaborativa, na qual
todos têm influência sobre o aluno, assim como sofrem influência mutuamente.
Assim, é fundamental que haja uma valorização do professor nos aspectos pessoal e
profissional, mostrando que é possível construir conhecimento por meio da reflexão sobre a
sua prática, podem ser tarefas assumidas pelo psicólogo escolar.
Às vezes, sem perceber, entramos na sala de aula vendo aprioristicamente os alunos
como as vítimas e o docente como o algoz, ou como alguém que nada sabe. Pensar a respeito
de suas difíceis condições de trabalho e de vida pode auxiliar-nos a compreendê-lo como uma
pessoa cuja existência não se limita à sala de aula.
É bastante comum encontramos, no imaginário de alguns psicólogos, que a boa
professora é aquela que é construtivista (isso depende da abordagem teórica em vigor) e que
leva o aluno a aprender.
Portanto, sabe-se, por um lado, que a Psicologia Escolar possui um importante papel
no processo educacional, de forma a atuar tanto com os alunos, com as famílias, com os
profissionais e com toda a sociedade, considerando a história escolar, as condições em que se
dão o processo de ensino e aprendizagem, as relações sociais construídas cotidianamente na
escola (incluindo a relação professor-aluno), o currículo escolar, o projeto político
pedagógico, a metodologia, os mecanismos institucionais e o próprio conceito de educação,
entre tantos outros fatores. Porém, por outro lado, parece haver, por parte das escolas, um
desconhecimento acerca do papel do psicólogo escolar.
Dentre suas possíveis atuações, o psicólogo escolar pode participar na elaboração e
reformulação do projeto político-pedagógico; intervir no processo de ensino-aprendizagem a
partir de uma concepção histórico-social; trabalhar na formação de educadores através de
conteúdos sobre o processo de desenvolvimento e aprendizagem do aluno; intervir em grupos
de alunos; e atuar na educação inclusiva, buscando romper com práticas excludentes e
promover discussões coletivas sobre o processo de inclusão escolar.

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