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Curso de Graduação em Eng. Elétrica
Apostila de Circuitos Digitais “A” – ELC 415
X=X
operação “OU’’ em uma operação “E”. O segundo teorema realiza a operação inversa, isto é, converte
de uma operação “E” em uma operação “OU”.
Primeiro Teorema de DE MORGAN: O complemento de uma função lógica na forma de uma
soma lógica de qualquer número de variáveis, pode ser transformado em um produto lógico
complementado-se cada variável em separado e trocando o operador “+”’ por “.”.
Ex : A + B = A.B
Ex : A.B = A + B
S = A. B + A. B .C + A. B .C
1º passo
S = A .B + A .B .C + A .B .C
2º passo
S = ( A + B ).( A + B + C ).( A + B + C )
3º passo
S = ( A + B ).( A + B + C ).( A + B + C )
F1 = X .Y .Z
A função lógica F1 é representada por uma expressão algébrica que descreve um determinado
problema lógico. F1 será igual a 1 se X “E” Y “E” o complemento de Z forem iguais a “1”. Caso
contrário, a função lógica F1 será igual a “0”.
Uma função lógica também pode ser representada na forma de uma tabela. O fato das variáveis
booleanas assumirem dois valores lógicos possíveis, “0” ou “1”, condiciona que todas as combinações
lógicas das variáveis de entrada sejam um número finito. Isto permite que se represente estas
combinações na forma de uma tabela, a qual chamamos de Tabela da Verdade. Nesta tabela,
tradicionalmente, as combinações dos sinais de entrada são arranjados em linhas na ordem crescente da
sua representação binária. O resultado da interação das variáveis na linha é definida pela lógica do
problema em questão e define a dependência da função booleana em relação aos níveis lógicos das
variáveis de entrada. O número de combinações possíveis entre as variáveis de entrada é dado por: N=2n
Onde:
N = número de combinações;
n = número de variáveis lógicas.
X Y Z F1 F2 F3 F4
0 0 0 0 0 0 0
0 0 1 0 1 1 1
0 1 0 0 0 0 0
0 1 1 0 0 1 1
1 0 0 0 1 1 1
1 0 1 0 1 1 1
1 1 0 1 1 0 0
1 1 1 0 1 0 0
Na tabela da verdade mostrada, as funções booleanas F1, F2, F3 e F4 assumem um valor definido
para cada combinação das variáveis de entrada (X,Y,Z). Verifica-se que as colunas referentes as funções
booleanas F3 e F4 assumem valores idênticos para cada combinação das variáveis de entrada. Embora as
funções boolenas F3 e F4 estejam representadas por expressões algébricas diferentes, ambas representam a
mesma função e o mesmo problema lógico. Isto significa que duas funções booleanas de “n” variáveis
lógicas são ditas idênticas, sempre que estas funções produzirem o mesmo resultado para cada uma das 2n
combinações possíveis das “n” variáveis de entrada.
Seja o seguinte problema lógico: É preciso projetar um circuito para controlar a iluminação de um
cinema. As luzes do cinema podem ser acesas ou apagadas através de 3 interruptores existentes em
diferentes locais do cinema.
Solução:
Como ainda não temos condições de projetar o circuito digital capaz de realizar a função desejada,
será obtido neste exemplo apenas a função booleana que permite controlar a iluminação do cinema.
As variáveis booleanas de entrada do problema são os estados (0 ou 1) dos 3 interruptores, os
quais são representados pelas letras A, B e C. A variável de saída é a condição de iluminação (acesa ou
apagada) e será representada pela letra F. Para as variáveis de entrada, o valor “0” representa interruptor
desligado e “1” interruptor ligado. Já para a variável de saída, o valor “0” representa iluminação apagada
e o valor “1” representa iluminação acesa. Deve ser observado o fato de que se um interruptor estiver
ligado e um outro interruptor for acionado, a iluminação deverá apagar.
A seguir é apresentada a tabela de verdade representativa deste problema. Observe que a variável
de saída F só assume valor lógico igual a “1”, quando há apenas um interruptor ligado ou quando os 3
interruptores estão ligados.
A B C F
0 0 0 0
0 0 1 1 →
A .B .C
0 1 0 1 →
A .B .C
0 1 1 0
1 0 0 1 →
A .B .C
1 0 1 0
1 1 0 0
→
1 1 1 1 A .B .C
A expressão algébrica que define a função booleana F é obtida pela extração da tabela da verdade
das combinações dos termos A.B.C para os quais a variável F assume valor lógico “1”. Desta forma a
função booleana F é representada por:
F ( A , B , C ) = A .B .C + A .B .C + A .B .C + A .B .C
A função booleana mostrada acima está representada na forma de uma “soma de produtos”. Já a
forma de “produto de somas”, pode ser obtida pela extração da tabela da verdade das combinações dos
termos A.B.C para os quais a variável F assume valor lógico “0”, isto é, F . Desta forma a função
booleana F é representada por:
F ( A , B , C ) = A .B .C + A .B .C + A .B .C + A .B .C
Aplicando-se o teorema de De Morgan na função acima resulta:
F ( A , B , C ) = (A + B + C ) ⋅ (A + B + C )⋅ (A + B + C )⋅ (A + B + C )
Deve-se ter em mente que as duas funções F(A,B,C) obtidas, na forma de soma de produtos e na
forma de produto de somas, podem ser utilizadas para representar a mesma função booleana.
Maxtermos.
Uma função booleana na forma de soma de produtos estará representada pela sua forma
canônica, sempre que for formada exclusivamente por mintermos.
Exemplos:
→
F ( A , B , C ) = A .B .C + A .B .C + A .B .C + A .B .C Esta função está representada na sua forma
canônica pois todos produtos presentes são
mintermos.
→
G ( X ,Y , Z ) = X .Y .Z + X .Y .Z + X .Y Esta função não está representada na sua forma
canônica pois o último produto não é mintermos.
Uma função booleana na forma de produto de somas estará representada pela sua forma
canônica, sempre que for formada exclusivamente por maxtermos.
Exemplos:
F ( A , B , C ) = (A + B + C ) ⋅ (A + B + C )⋅ (A + B + C )⋅ (A + B + C ) →
Esta função está representada
na sua forma canônica pois
todos produtos presentes são
maxtermos.
G ( X ,Y , Z ) = (X + Y + Z )⋅ (X + Y + Z )⋅ (X + Z ) →
Esta função não está representada
na sua forma canônica pois o
último produto não é
maxtermos.
Para uma função booleana de “n” variáveis, existem 2n mintermos e 2n maxtermos. Por exemplo,
para uma função booleana de 3 variáveis de entrada (A, B e C), os mintermos e os maxtermos são:
uma resposta em função de algumas condições pré- determinadas. Estas condições são funções dos sinais
de entrada.
As portas lógicas básicas são a “Porta E”, “Porta OU” e “Porta INVERSORA”. Derivadas destas
portas lógicas, outras portas lógicas foram concebidas como por exemplo a “Porta NÃO E”, a “Porta
NÃO OU”, a “Porta OU EXCLUSIVO” e a “Porta NÂO OU EXCLUSIVO”.
Para melhor compreensão, para cada porta lógica básica será apresentado um circuito elétrico
equivalente e um circuito eletrônico capaz de implementar a função lógica equivalente. Será apresentada
também, a tabela verdade, a expressão lógica que define a função/porta lógica em questão e a simbologia
tradicionalmente utilizada para representá-la,. Os sinais de entrada das portas serão representados com as
letras iniciais do alfabeto e o sinal de saída pela letra “S”. Convém enfatizar que os sinais de entrada e de
saída são tensões elétricas.
SIMBOLOGIA:
TABELA DA VERDADE:
A S
0 1
1 0
EXPRESSÃO LÓGICA: S = A
SIMBOLOGIA :
TABELA DA VERDADE :
A B S
0 0 0
0 1 0
1 0 0
1 1 1
EXPRESSÃO LÓGICA: S = A. B
TABELA DA VERDADE :
A B S
0 0 0
0 1 1
1 0 1 S = A . B + A.B + A.B
1 1 1
EXPRESSÃO LÓGICA: S = A + B (simplificada)
SIMBOLOGIA:
TABELA DA VERDADE
A B S
0 0 1
0 1 1 S = A . B + A . B + A.B
1 0 1
1 1 0
EXPRESSÃO LÓGICA: S = A. B (simplificada)
SIMBOLOGIA:
TABELA DE VERDADE:
A B S
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 0
EXPRESSÃO LÓGICA : S = A + B
SIMBOLOGIA:
TABELA DA VERDADE
A B C
0 0 0
0 1 1
1 0 1
1 1 0
EXPRESSÃO LÓGICA: S = AB + AB ∴ S = A ⊕ B
OPERADOR OU EXCLUSIVO : ⊕
SIMBOLOGIA :
TABELA DE VERDADE
A B C
0 0 1
0 1 0
1 0 0
1 1 1
EXPRESSÃO LÓGICA: S = A . B + A. B ou
S = A⊕ B
EX 1: Dado um circuito com dois sinais de entrada “X” e “Y”, o sinal de saída “S” será “0” se e somente
se: X = 0; Y = 1 .
SOLUÇÃO:
X Y S ou X Y S
0 0 1 X Y S
0 1 0 X Y S
1 0 1 X Y S
1 1 1 X Y S
Podemos construir uma tabela da verdade, de acordo com os dois modos mostrados acima. No
primeiro coloca-se os valores lógicos das variáveis. No segundo, substitui-se os valores lógicos pela
própria variável (quando a mesma for “1”) e pelo complemento da variável (quando a mesma for “0”).
Cada linha da tabela da verdade, representa o produto lógico dos sinais de entrada daquela linha
(operador E). A expressão lógica que define a variável de saída “S” é obtida pela soma lógica (operador
“OU”) dos produtos obtidos em cada linha onde a variável de saída “S” for igual a “1”. Com isto para o
exemplo dado, tem-se:
S = X .Y + X .Y + X .Y
S = X . Y + X . Y + X .Y + X . Y
S = ( X + X ).Y + ( Y + Y ). X
S =Y + X
Na tabela verdade deste problema, mostrada acima, observa-se que o número de ocorrências
(linhas) onde a variável de saída assume valor lógico “0” é menor que o número de ocorrências onde a
variável de saída assume o valor lógico “1”. Portanto podemos obter através da tabela verdade, a
expressão de “ S ” e utilizando o Teorema de Morgan obtermos a expressão para “S”. Com isto para o
exemplo dado, tem-se:
S = X .Y ∴ S = X + Y
Uma vez obtida a expressão lógica que define a solução do problema (S), deve-se então
implementar o circuito lógico equivalente através das portas lógicas apresentadas.
Ex2 : Dado o circuito qualquer com três sinais de entrada “X” , “Y” e “Z”, o sinal de saída “S” será “0” se
e somente se:
x=1;y=1;z=0
x=0;y=0;z=0
x=1;y=0;z=0
SOLUÇÃO :
X Y Z S
0 0 0 0
0 0 1 1
0 1 0 1
0 1 1 1
1 0 0 0
1 0 1 1
1 1 0 0
1 1 1 1
Da mesma forma que no exemplo anterior, é mais simples a obtenção da expressão de “S”, através
da expressão “ S ”. Após manipulada a expressão para “ S ”, com a utilização do teorema de “De
Morgan” é obtida a “S”.
S = X Y Z + X Y Z + XY Z
S = X Y Z + X Y Z + XY Z + X Y Z
S = ( X + X )Y Z + ( Y + Y ) X Z
S = Y .Z + X .Z
S = ( Y + Z ).( X + Z )
S = Y X + YZ + Z + Z .X
S = Y X + Z(Y + 1 + X )
S = Y .X + Z
A seguir é apresentado um circuito exemplo, onde as portas lógicas que compõe o circuito são
substituídas por portas lógicas nand.
Seja o seguinte circuito:
Substituindo as portas lógicas que o compõe, por portas lógicas do tipo nand, resulta:
Na figura acima, as portas lógicas 2 e 4 e as portas lógicas 3 e 5, tornam-se desnecessária uma vez
que sinais de entrada das portas 2 e 3 são complementados duas vezes. Com isto o circuito simplificado
torna-se o mostrado abaixo.
EXERCÍCIOS – CAPÍTULO 2
5- Mostre o circuito digital que implementa cada uma das funções minimizadas no exercício “1”.
8- Projete um circuito combinacional mínimo que implemente a seguinte função X = A+3, onde A é um
número binário de dois bits.
9- Projete um circuito combinacional capaz de realizar a multiplicação algébrica entre dois números
binários de dois bits.
10- Projete um circuito combinacional que faça a comparação entre dois números binários de dois bits
A1A0 e B1B0 e informe se A1A0 > B1B0 , A1A0 < B1B0 ou se A1A0 = B1B0.
11- O CI 74157, mostrado abaixo, é um multiplexador quádruplo de duas entradas, isto é, ele recebe
como sinais de entrada dois números binários de quatro bits e gera na saída um número binário, também
de quatro bits igual a uma das duas entradas. Utilizando portas lógicas, obtenha um circuito lógico que
execute a função deste multiplexador.
END. 74157
12- Escreva as equações Booleanas para cada circuito lógico mostrado nas figuras abaixo.
Simplifique as equações e esboce o circuito lógico simplificado.