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1. O documento discute fungos filamentosos e micotoxinas produzidas por esses fungos que contaminam alimentos.
2. As micotoxinas mais comuns são aflatoxinas, ocratoxinas, tricotecenos e fumonisinas, produzidas por fungos como Aspergillus, Penicillium e Fusarium.
3. A contaminação por micotoxinas causa doenças em animais e humanos e é um problema de saúde pública no Brasil e em outros países tropicais e subtropicais.
1. O documento discute fungos filamentosos e micotoxinas produzidas por esses fungos que contaminam alimentos.
2. As micotoxinas mais comuns são aflatoxinas, ocratoxinas, tricotecenos e fumonisinas, produzidas por fungos como Aspergillus, Penicillium e Fusarium.
3. A contaminação por micotoxinas causa doenças em animais e humanos e é um problema de saúde pública no Brasil e em outros países tropicais e subtropicais.
1. O documento discute fungos filamentosos e micotoxinas produzidas por esses fungos que contaminam alimentos.
2. As micotoxinas mais comuns são aflatoxinas, ocratoxinas, tricotecenos e fumonisinas, produzidas por fungos como Aspergillus, Penicillium e Fusarium.
3. A contaminação por micotoxinas causa doenças em animais e humanos e é um problema de saúde pública no Brasil e em outros países tropicais e subtropicais.
Fungos, também denominados mofos ou bolores, são microrganismos
eucarióticos como as leveduras, multicelulares e filamentosos. É de conhecimento secular que a atividade de fungos ocasiona alterações no sabor e na qualidade dos alimentos. Algumas destas alterações são desejáveis, como na fabricação de queijos. Todavia, em muitos casos, os fungos podem causar transformações indesejáveis nos alimentos, produzindo sabores e odores desagradáveis, causados por diferentes graus de deterioração (DINIZ, 2002). Micotoxinas são metabolitos secundários, aparentemente sem qualquer função no metabolismo normal dos fungos. Elas são produzidas, ainda que não exclusivamente, à medida em que o fungo atinge a maturidade. São moléculas um tanto quanto diferentes, com estruturas que variam de simples anéis heterocíclicos apresentando peso molecular de até 50 Da, a grupos de 6 a 8 anéis heterocíclicos irregularmente dispostos e com peso molecular total >500 Da e que não apresentam imunogenicidade. Estudos têm revelado a existência de, pelo menos, cerca de 400 diferentes micotoxinas (BETINA, 1984). A definição de micotoxina não é algo fixo em decorrência da diversidade de sua estrutura química, de suas origens, dos efeitos biológicos e de serem produzidas por uma vasta espécie fúngica, mas de acordo com cada especialista envolve-se ao seu interesse e competência. Por exemplo, um clínico geral classificaria essas substâncias pelos efeitos nos órgãos afetados. As micotoxinas podem entrar nas cadeias alimentares humana e animal por meio de contaminação direta ou indireta. A contaminação indireta de alimentos e rações ocorre quando um ingrediente qualquer foi previamente contaminado por um fungo toxigênico, e mesmo que o fungo tenha sido eliminado durante o processamento, as micotoxinas ainda permanecerão no produto final. A contaminação direta, por outro lado, ocorre quando o produto, o alimento ou a ração, se torna contaminado por um fungo toxigênico, com posterior formação de micotoxinas (FREIRE, 2007) Entre as micotoxinas de grande interesse para a Saúde Pública e de importância agroeconômica estão as Aflatoxinas, Ocratoxinas, Tricotecenos, Zearalenona, Fumonisinas e os Alcalóides do Ergot. É importante ressaltar que uma única espécie de fungo é capaz de produzir uma ou várias micotoxinas, e uma mesma micotoxina pode ser produzida por diferentes espécies de fungos (HUSSEIN &; BRASEL, 2001). A historia das micotoxinas começa em 1960, quando um surto de mortes inexplicáveis de Perus no Reino Unido foi investigado. O surto ficou mundialmente conhecido como ‘Doença X dos perus’. Investigações posteriores levaram à conclusão que o problema estava na ração que estava contaminada com uma substância fluorescente produzida pelo Aspergillus flavus, um fungo filamentoso produtor de grandes quantidades de aflatoxinas (BENNETT & KLICH, 2003; CALVO, 2005). Neste surto de alfatoxicose, 100.000 aves morreram em consequência da presença da micotoxina na ração (farelo de amendoim) importada do Brasil, levantando sérias restrições ao comércio exterior brasileiro (ROSA, 1985). A legislação brasileira, através da Resolução RDC Nº 274, do Ministério da Saúde, datada de 15/10/2002, dispõe que alguns alimentos para o consumo humano, como o amendoim, o milho em grão e o leite, podem ter uma concentração máxima de 0,5ng, enquanto que a União Européia permite teores de Aflatoxina mais restritos para alguns alimentos comuns à nossa legislação, variando de 2 a 5ng/kg. Já a Instrução Normativa nº13 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) de 27/05/2004, dispõe que se houver algum lote de mercadoria devolvida por importadores, ou por resultado de inspeção ou fiscalização, este poderá ser liberado para o consumo humano ou animal se o resultado da primeira análise for igual ou menor que o limite de 30 e 50 ng/kg (ANVISA, 2011). Portanto, como objetivo, o presente trabalho visa estudar a incidência da micotoxina Aflatoxina presente em alimentos e quais seus efeitos adversos em animais e humanos tanto no Brasil, quanto no mundo nos últimos 20 anos, através de um levantamento bibliográfico estatístico e epidemiológico. É importante ressaltar que o consumo de alimentos com a presença de toxinas liberadas por fungos prejudica a saúde, muitas vezes ingeridos sem o conhecimento dessa causalidade, pessoas são contaminadas. Devido essa contaminação, podem leva- las a óbito. A contaminação pode ocorrer desde o plantio até a mesa do consumidor, com isso ter o conhecimento do histórico do alimento e seu devido manuseio até o consumo, pode reduzir a presença de toxinas. 2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Analisar a incidência da micotoxina Aflatoxina presente em alimentos e seus efeitos
em animais e humanos no mundo e no Brasil nos últimos 20 anos.
2.2 Objetivos Específicos
Realizar levantamento bibliográfico sobre Aflatoxina no mundo e no Brasil nos
últimos 20 anos. Verificar dados epidemiológicos e estatísticos da incidência de Aflatoxinas em animais e seres humanos. Comparar dados analisados de revisão bibliográfica, segundo o país, ano, manifestações clínicas, alimento contaminado, óbitos e outros. REVISÃO
Os fungos filamentosos são organismos eucariontes e multicelulares, sendo
extremamente comuns na natureza, onde vivem como sapróbios, podendo ser utilizados na medicina e a indústria, porém devido ao fato de poderem estar presentes em diversos alimentos e assim contaminá-los causando sua deterioração, os fungos se tornam um problema de saúde pública (VECCHIA; FORTES, 2007). Os fungos filamentosos possuem um papel de patógenos oportunistas, além disso, ao causar a deterioração de alimentos podem produzir toxinas que causam uma variedade de doenças e síndromes clínicas tanto em animais como no homem. Estas toxinas são conhecidas como micotoxinas, e são o produto do metabolismo secundário fúngico e podem causar doenças conhecidas como micotoxicoses (MURRAY, 2006). As micotoxicoses ocorrem quando há ingestão das toxinas através dos alimentos contaminados, e podem desencadear desde uma doença aguda a uma doença crônica, levando a uma morte rápida ou a formação de tumores (MURRAY, 2006). Entre os gêneros fúngicos envolvidos na produção de micotoxinas destacam-se: Aspergillus sp.,Penicillium sp. e Fusarium sp. As espécies de Aspergillus sp.e Penicillium sp. costumam contaminar alimentos durante a secagem e armazenamento enquanto que as espécies de Fusarium sp. contaminam as plantas antes ou depois da colheita (HERMANNS, 2006). A contaminação dos alimentos depende de crescimento fúngico e pode ocorrer no campo, durante e após a colheita, transporte, processamento e armazenamento do produto (SABINO, 1996). As micotoxicoses já foram consideradas com “doenças da omissão” (FORGACS, 1962). As micotoxinas têm grande estabilidade química por isso, mesmo após a remoção dos fungos na industrialização as toxinas permanecem no alimento (LOPES, 2005). Os sinais e sintomas das micotoxicoses vão desde lesões de pele, sintomas de hepatotoxicidade, nefrotoxicidade, neurotoxicidade, hematotoxicidade ou genitotoxicidade, podendo chegar à morte. As micotoxinas podem ainda apresentar efeitos mutagênicos, teratogênicos, carcinogênicos ou imunossupressores (COLE & COX, 1981; JECFA, 1995, 1998, 2001). Os efeitos são decorrentes de três mecanismos primários: alteração do conteúdo nutricional, da absorção e do metabolismo; alteração na função endócrina e neuroendócrina; e supressão do sistema imune (COUNCIL FOR AGRICULTURAL SCIENCE AND TECHNOLOGY, 1989). Em climas tropicais e subtropicais como o Brasil, favorecem o crescimento dos fungos e ainda pelos efeitos advindos das estocagens de grandes quantidades de alimentos, principalmente grãos oleaginosos em depósitos inadequados (úmidos e quantes), são frequentes os acidentes pela ingestão de alimentos mofados atingindo o homem e principalmente os animais, quando, no falso juízo de um aproveitamento condicional do alimento alterado organolepticamente, este é transformado em ração animal (QUEIROZ, 1995). As micotoxinas são termoestáveis resistindo a temperaturas de aproximadamente 270 °C possuem baixo peso molecular, resistem à ação de enzimas do sistema digestivo (ASTOZIZ; SUAREZ, 2005). Os surtos de micotoxicoses são normalmente sazonais, devido a condições climáticas particulares que favorecem o crescimento fúngico e/ou a produção de toxinas. A umidade e a temperatura são dois fatores críticos. Fatores geográficos, susceptibilidade da variedade e condições de armazenamento também interferem 5 na produção de micotoxinas, sendo que várias toxinas podem ser produzidas simultaneamente (BULLERMAN, 1984; VALENTE SOARES, 1987)