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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

PEDAGOGIA – MÓDULO IV

ALZIRA DE MELLO MARTINS


ANA CRISTINA DE AGUIAR
FLAVIA DOS SANTOS BACEDO

A DISCIPLINA DE ARTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

CAXIAS DO SUL
2010
ALZIRA DE MELLO MARTINS
ANA CRISTINA DE AGUIAR
FLAVIA DOS SANTOS BACEDO

A DISCIPLINA DE ARTES NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho apresentado ao Curso Pedagogia da UNOPAR


- Universidade Norte do Paraná, para a disciplina
Fundamentos e Metodologias do Ensino de Artes, sob a
orientação da professora Laura Célia Sant’Ana Cabral
Cava
Tutor de Sala: Isabel Cristina Hollas
Tutora Eletrônica: Andressa Cerqueira Silva

CAXIAS DO SUL
2010
A disciplina de artes na educação infantil

A disciplina de artes tem como objetivo a construção e aquisição de


conhecimento.

Sendo a escola o primeiro espaço formal onde se dá o


desenvolvimento de cidadãos, nada melhor que por aí se dê o contato sistematizado
com o universo artístico e suas linguagens: artes visuais, teatro, dança, música e
literatura. Contudo, o que se percebe é que o ensino da arte está sendo deixado em
segundo plano, ou é encarado como mera atividade de lazer e recreação. Desde o
profissional contratado, muitas vezes tendo que lidar com os conteúdos das
linguagens de forma polivalente, até o pequeno número de horas destinadas ao
ensino das linguagens artísticas. Ao longo dos anos, muito se tem falado e escrito
sobre a necessidade da inclusão da arte na escola de forma mais efetiva.

A concepção de arte no espaço implica numa expansão do conceito


de cultura, ou seja, toda e qualquer produção e as maneiras de conceber e organizar
a vida social são levadas em consideração. Cada grupo inserido nestes processos
configura-se pelos seus valores e sentidos, e são atores na construção e
transmissão dos mesmos. A cultura está em permanente transformação, ampliando-
se e possibilitando ações que valorizam a produção e a transmissão do
conhecimento. Cabe então negar a divisão entre teoria e prática, entre razão e
percepção, ou seja, toda fragmentação da vivência e do conhecimento.

Este processo pedagógico busca a dinâmica entre o sentir, o pensar


e o agir. Promove a interação entre saber e prática relacionados à história, às
sociedades e às culturas, possibilitando uma relação ensino/aprendizagem de forma
efetiva, a partir de experiências vividas, múltiplas e diversas. Considera-se também
nesta proposta a vertente lúdica como processo e resultado, como conteúdo e
forma. É necessário que se pense o lúdico na sua essencialidade.

A aula de artes deve ser planejada, o professor deve ter bem claro o
que irá propor e quais os objetivos pretende atingir. É importante que o professor
instigue seu aluno à reflexão sobre a arte de forma mais ampla e em relação aos
conteúdos que se quer trabalhar. O professor não deve interferir no trabalho ou na
criatividade do aluno, seja apagando seu desenho ou ditando as cores. O professor
deve propiciar o manuseio de diferentes materiais e de diferentes formas e
tamanhos.

É de fundamental relevância que o professor esteja motivado para


poder contagiar seus alunos com seu dinamismo e entusiasmo mesmo sabendo que
os materiais utilizados por si só já os motivam. O professor é um mediador entre os
conteúdos, os procedimentos artísticos propostos e o aluno.

O trabalho em grupo também é muito utilizado nas aulas de artes


para facilitar as questões do espaço e propiciar a integração entre os alunos. Essa
integração propicia ao aluno o desenvolvimento da tolerância, da autonomia e a
compreensão da arte como linguagem.

A arte é linguagem sendo assim uma forma de expressão e


comunicação humana, ela tem um papel fundamental envolvendo os aspectos
cognitivos, sensíveis e culturais. Isso já é o suficiente para que se justifique sua
presença na educação infantil. A arte é uma forma de expressar emoções, idéias,
vivências e também uma forma de comunicação.

Quando nos referimos à arte estamos nos comunicando por


intermédio de formas, cores, sons, movimentos, gestos e expressões. Outra questão
importante é o aspecto lúdico. Para uma criança realizar propostas artísticas é como
se fosse uma brincadeira, um jogo. Sendo assim é extremamente relevante para o
seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e cultural.

O lúdico se relaciona com a brincadeira. É como um jogo que


contém o desafio, acionando o corpo e a mente. O brincar nas aulas de artes pode
ser uma maneira prazerosa de a criança experimentar novas situações e ajudá-la a
compreender e assimilar mais facilmente o mundo cultural e a prática artística.

A criança quando desenha ou cria objetos brinca de faz de conta e


experimenta sua capacidade imaginativa, ampliando sua forma de pensar o mundo
no qual está inserido.

É por intermédio do desenho que a criança sente sua existência.


Portanto, não só o desenho que serve como proposta artística. São de suma
importância para a criança a relevância da arte e do brincar na vida e na educação
infantil.
Muitos professores acreditam que para administrar aulas de artes
precisam saber vária técnicas, porém para ensinar artes é necessário segurança no
que faz e para isso aconteça ele precisa vivenciar certas situações práticas, como
fazer um trabalho de colagem, pintura e perceber que teoria e prática andam juntas.
São importantes cursos e formação continuada em práticas pedagógicas .

De acordo com Cava (2007) “não é a quantidade de técnicas que


domina que determinará se um professor desempenha bem ou não, mas sim seu
envolvimento e compromisso em relação à educação e a disciplina de artes. É
importante que o professor apresente imagens diversas e possibilite uma conversa,
uma reflexão acerca do assunto estudado”.

As aulas de arte desenvolvidas na maioria de nossas escolas não


conseguem despertar o interesse do aluno pelo conteúdo ou atividade proposta,
como também, não esclarece o real sentido da arte em nossas vidas. A arte valoriza
a organização do mundo da criança, sua auto-compreensão, assim como o
relacionamento com o outro e com o seu meio.

É comum também a visão do ensino de arte como passatempo,


momento para relaxar e não fazer nada, uma aula para “desestressar”. Também
executam kits de atividades (desenhos mimeografados ou fotocopiados para serem
coloridos, etc.) que em nada contribuem para a formação do educando.

Essas atividades soltas, descontextualizadas de sentido histórico,


sem embasamento técnico, não são capazes de despertar motivação em quem as
pratica. Em geral quando são desenvolvidas em sala de aula é comum tomarem dois
sentidos: se o professor for muito rígido em sua relação com os alunos,
provavelmente, estes se mantenham apáticos e o resultado da atividade será
frustrante; por outro lado, caso o professor mantenha uma relação que valoriza a
autonomia dos alunos corre o risco, durante a atividade, de perder o controle sobre
seu direcionamento.

Assim, contextualizamos o trabalho na vertente do lúdico e do fazer,


com a ação mais significante do que os resultados, ou seja, não se propõe
atividades que não levam a nada. Se pensarmos num projeto e no seu processo,
cada etapa apresentará resultados que poderá se tornar ou não outro projeto. Os
resultados dos processos podem ser uma etapa ou sua finalização em espetáculos
teatrais, coreográficos, musicais, exposições, amostras, performances etc..

A fase das garatujas representa o registro das primeiras impressões


que a criança tem acerca das coisas e do mundo que a rodeia. O ato de garatujar é
visto pela criança como a possibilidade de expressar seu eu, de mostrar, a quem a
acompanha, como ela , vê e se relaciona com o seu redor. Isto se torna claro
quando, abandonando as garatujas iniciais, passa a representar as pessoas
próximas, as coisas próximas e, pouco a pouco, amplia essa visão para tudo que
está no seu cotidiano. Se nesta fase a criança é estimulada com materiais diversos e
orientada quanto ao uso correto desses materiais e possibilidades teremos um ser
expressivo em potencial que usará essa capacidade criadora para questionar as
coisas do mundo. Em outras palavras, se oferecermos, desde a educação infantil,
uma orientação adequada, com materiais, meios e suportes diversificados. Um
diálogo constante sobre a importância das artes, dos artistas e do papel que ela
exerceu e exerce na construção do conhecimento auxiliará a formar adultos
melhores relacionados com o fazer artístico e evidentemente produtores e
consumidores de bens culturais.

Entender e estimular o ensino da arte nesta perspectiva tornará a


escola um espaço vivo, produtor de um conhecimento novo, revelador, que aponta
para a transformação.

A infância é uma época de descobertas, aventuras e magia para as


crianças. É nesta fase, durante a educação infantil, que elas terão seus primeiros
contatos com a linguagem da arte, cabendo ao professor valorizar os conhecimentos
e a criatividade que elas trazem para a sala e compreender a importância existente
no ato de elas explorarem, pesquisarem e brincar aprendendo. Elas devem esperar
curiosamente o inesperado, envolver-se com o lúdico e com a possibilidade de
sonhar, pintar, rabiscar, cortar e criar: é assim que elas se expressam.

Para desenvolver um bom trabalho de artes o professor precisa


explorar quais são os interesses, vivências, linguagem, modos de conhecimento de
arte e prática de vida de seus alunos, levando em conta que esses conteúdos
devem ser selecionados a partir da realidade escolar e do interesse da criança. Tais
conteúdos devem ser abordados em sala de aula de forma teórico-prática.
Desenho livre e uso variado de materiais: não há certo ou errado na
maneira de fazer de cada criança. Ao professor não cabe corrigir ou orientar os
trabalhos nem influenciar a turma, a ideia é que o aluno exponha suas inspirações.

É fundamental que o professor conheça e organize o conteúdo da


disciplina que leciona para que a partir dele possa construir caminhos para torná-lo
mais acessível aos alunos.

Entretanto, também cabe a escola, em conjunto com o professor,


promover espaços sociais e tempo para o desenvolvimento das atividades artísticas
de acordo com os materiais escolhidos, considerando as especificidades, a
linguagem artística a ser trabalhada e o nível e modalidade de ensino a ser
contemplada.

Após esta explanação sobre a concepção do ensino das artes na


educação infantil, foram feitas algumas entrevistas com diversas educadoras para
saber qual é a sua forma de trabalho, se destacam a matéria de artes durante as
aulas e se já haviam visitado algum evento cultural na sua cidade.

Todas as educadoras foram unânimes em afirmas que a disciplina


de artes deve ser destacada em classe e que não deve ser utilizada apenas para
distrair a turma.

Conforme os relatos são utilizados diversos materiais para o


desenvolvimento das atividades e dá-se preferência aos reciclados, mostrando a
necessidade de expor às crianças a sustentabilidade.

Também é ressaltada a importância de se conhecer os grandes


artistas plásticos da história, para que os alunos adquiram o conhecimento dos
autores das obras expostas a eles.

Passeios a eventos culturais diversos são recomendados e, sempre


que possível, devem ser agendados para que eles tenham acesso a cultura que seja
diferente a vídeos e gravuras em revistas.

Um dos passeios citados pelas professoras foi à feira do Livro de


Caxias do Sul, um evento anual que ocorre em praça pública, no centro dessa
cidade.
Além de contar com diversas obras literárias para todos os gostos,
as crianças tiveram acesso a uma biblioteca itinerante e assistiram a uma peça
teatral com fantoches.

Após, foram convidados a ir a uma sala e desenhar sobre a feira e


assuntos que interessem a elas. Seus desenhos foram expostos num mural para
que outras pessoas pudessem ver.

Em aula, ela propôs que eles reproduzissem o teatro que viram com
materiais diversos, para que ela pudesse avaliar a impressão que os alunos tiveram
dessa experiência.

Assim, eles puderam expressar suas impressões de maneira livre.

Sendo assim, concluísse que a disciplina de artes é essencial como


qualquer outra disciplina. Deve ser destacada em sala de aula e incentivada para
que os estudantes sempre tenham acesso à cultura por meio de atividades
direcionadas e estruturadas para que sejam facilmente assimiladas.
Referências bibliográficas

BRASIL, Ministério da Educação e Cultura. Secretaria e Ensino Fundamental.


Parâmetros curriculares nacionais: artes. Brasília, 1997.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação


Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília, 1998.
V.I.

LONDRINA. Secretaria Municipal de Educação. Proposta Pedagógica de 1ª a 8ª


Série da Rede Municipal de Ensino de Londrina: versão preliminar: arte.
Londrina, 2006.

CAVA, Laura Célia Cabral. Ensino das Artes e da música: Pedagogia. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2009.

MARTINS, Mirian Celeste Ferreira Dias. Didática do Ensino de Arte: a língua


mundo: poetizar, fruir e conhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.

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