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MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Fernando Haddad
SEDUC:
Maria de Fátima Cravo de Sousa
Mírtila Saraiva de Freitas
Ricardo Augusto Gomes Pereira
Rosana Chermont Mesquita
Maria Lúcia do Santo Reis
II A EDUCAÇÃO FISCAL 10
2.2 Cidadania 11
2.4 Tributo 13
3.1.2 Arte 22
BIBLIOGRAFIA 29
GLOSSÁRIO 30
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APRESENTAÇÃO
COORDENAÇÃO DO PEFI/PA
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I - PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FISCAL
O Programa de Educação Fiscal, criado pelo Conselho Nacional de Política
Fazendária sob a coordenação da Escola Administrativa do Ministério da Fazenda, tem
como objetivo principal sensibilizar e proporcionar formação aos cidadãos no que se refere
aos seus direitos e deveres como sujeitos ativos, produtivos e participativos na gestão
administrativa tributária, financeira, política e social da sociedade.
O Programa investe na capacitação de docentes das escolas de Ensino Fundamental
e Médio, na perspectiva de viabilizar a construção e reconstrução do conhecimento na
formação de alunos-cidadãos, conscientes da função socioeconômica dos tributos para o
desenvolvimento da sociedade.
Ressalta-se que o Programa também investe na elaboração e produção de material
didático, como vídeos, revistas e manuais que contribuem para práticas pedagógicas
inovadoras.
No Estado do Pará, o Programa foi efetivamente implantado através de parceria
entre as Secretarias Executivas da Fazenda e da Educação, com a criação do grupo de
Educação Fiscal do Estado PEFI-PARÁ. Atualmente, com a entrada da Receita Federal,
ganhou mais um parceiro, para corroborar com o processo de formação de educadores,
alunos e comunidade.
1.1 - OBJETIVOS
Estado
Constitui-se em um poder instituído pela sociedade para ser vivenciado, exercido e
dinamizado através dos representantes legais do povo, representando a estrutura
institucional, legal, jurídica e constitucional de poder.
Governo
Classe dirigente composta por pessoas escolhidas pela sociedade que vão exercer a
administração do Estado, onde o poder se dá por intermédio das políticas públicas,
através de planos de ação para governar.
O governo é democrático quando os dirigentes são escolhidos livremente pela
sociedade e o povo pode interferir nos processos administrativos, participando
criticamente no controle social da ação política, inclusive sobre o comportamento
ético dos dirigentes.
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Sociedade
Formação social autônoma organizada a partir das experiências produzidas
historicamente pela humanidade.
Escola
Constitui uma das instituições sociais responsáveis pela formação humana, através
do processo educativo de construção/reconstrução do conhecimento e de valores
sociais que possam contribuir para o pleno exercício da cidadania.
2.2 CIDADANIA
À medida que o homem se desenvolve como ser social, isto é, como sujeito coletivo,
vai construindo, estabelecendo normas e regras de convivência que são instituídas pelo
Estado.
A cidadania se expande e firma-se na sociedade na medida em que os indivíduos adquirem
direitos e ampliam sua participação na organização do Estado.
A cidadania é uma prática que se constrói ao longo da história da humanidade, por
isso, a importância dos movimentos sociais na sua construção. Os direitos e deveres que
constituem os atos da cidadania são sempre conquistas, resultados de um processo
histórico no qual grupos e nações lutam para adquiri-los e fazê-los valer.
O direito primordial, estabelecido em lei, imprescindível a qualquer cidadão, diz
respeito à vida. Este, entretanto, necessita ser analisado na perspectiva de um outro direito,
também assegurado em lei: “Todos são iguais perante a lei”. Vejamos:
A gestão pública caracteriza-se pela administração dos recursos que o Governo tem
disponível, de forma a atender as demandas da sociedade.
O governo detecta os pleitos da sociedade através de levantamentos socioeconômicos que
ou são realizados por meio de orçamentos participativos ou pela administração pública.
O orçamento é fundamental para a promoção do desenvolvimento efetivo da
sociedade, mas é necessário que a população reconheça a importância de sua participação
nas decisões, no acompanhamento e fiscalização da execução orçamentária, tendo como
base os princípios orçamentários: da unidade, da universalidade, da anualidade, do
equilíbrio, da publicidade e da clareza.
Ressalta-se que o dever de contribuir (pagar os tributos) e fiscalizar são o que
realmente pode garantir a existência de um Estado eminentemente democrático com uma
gestão transparente, que se reflete na prestação de serviços para toda a população, como
educação, saúde, saneamento e outros.
A gestão pública, nessa perspectiva, é um processo de gerenciamento dos recursos
adquiridos pelo Estado, onde o planejamento, a transparência, o controle e a
responsabilização configuram-se na modernização de uma administração democrática, que
garanta o exercício pleno da cidadania.
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2.4 TRIBUTO
Sua origem advém desde a criação das primeiras sociedades. Na Idade Média eles
eram cobrados como se fossem obrigações dos servos para com os seus senhores pelo
usufruto da terra. Hoje, com a evolução das concepções de Estado, eles passaram a ter o
objetivo de propiciar o bem estar social, ou seja, ao serem recolhidos da sociedade é justo
que esta tenha o retorno através do atendimento de suas necessidades no que concerne a:
saúde (hospitais, medicamentos); educação (escolas, creches e universidades de
qualidade); segurança pública, habitação, estradas, saneamento básico e outros benefícios
sociais.
b) TAXAS são tributos que se caracterizam pela relação custo-benefício, ou seja, por um
serviço que utilizamos ou está a nossa disposição e que gera despesa para o Poder Público.
Veja como:
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São instrumentos utilizados pelos contribuintes a fim de que mercadorias ou
prestações de serviços adquiram aspectos legais. São obrigatórios, garantidos em
legislação que os padroniza para serem usados em todo o território nacional. Os mais
utilizados são a NOTA FISCAL ou CUPOM
FISCAL. Eles possuem características próprias
e trazem impressa a expressão Nota fiscal ou
Cupom fiscal; a inscrição estadual; as notas de
rodapé, onde constam os períodos de validade,
a série e até o nome da gráfica autorizada a
imprimir o documento.
Nestes documentos o empresário ou a
máquina, no caso do cupom, discrimina o tipo e
quantidade de mercadoria, seu valor
monetário, a data de emissão e saída da
mercadoria.
Aprender a (re) conhecer estes documentos é
muito importante, porque ainda nos deparamos
com empresas descomprometidas com a
Nota Fiscal
resolução das questões sociais, como por
exemplo, com a qualidade de vida.
Algumas passam para o consumidor a falsa idéia de que “nota de orçamento” e “nota
de controle” tem a mesma legalidade das outras, o que não é verdade. Nós, consumidores,
precisamos ter a certeza da legalidade da mercadoria, da qualidade do produto que
estamos adquirindo e, principalmente, a certeza de que os impostos que pagamos irão ser
encaminhados corretamente.
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III CONSTRUINDO OS SABERES
Sabemos que os professores quase nunca têm tempo nem condições financeiras
para promover a continuidade de sua formação. Por outro lado, a maioria das escolas e
muitas Secretarias de Educação não possibilitam, com freqüência sistemática, momentos
de troca e/ou horas de estudo para que os projetos político-pedagógicos possam significar
a formação continuada de sujeitos capazes de exercerem ações cidadãs.
Dentre tantos problemas existe um que precisa ser refletido: é a ação de “manter
vivo e atuante o vínculo entre a visão filosófica e as intenções pedagógicas” (Rego, 1995).
Tornando-se fundamental o repensar sobre como acontece e se manifesta a aprendizagem.
Nesse sentido, destacamos a concepção de Paulo Freire que afirma ser função da
aprendizagem a reflexão em alunos e professores no que tange a realidade social para que
sejamos capazes de realizar transformações significativas.
Como a função da escola também é preparar o alunado para o “mundo adulto e
suas contradições, fornecendo-lhes instrumental por meio da aquisição de conteúdos e da
socialização, para uma participação organizada“ (Maraninchi, 2003), o desafio hoje é
construir uma escola para o homem multidimensional, o qual é biológico, psíquico, social,
afetivo e racional.
Por isso, “o conhecimento do conhecimento, que comporta a integração do
conhecedor em seu conhecimento, deve ser, para a educação, um princípio e uma
necessidade permanentes” (Morim, p. 31). Daí, não ser mais possível pensar a
aprendizagem de forma fragmentada. Ter apenas informações é insuficiente já que elas
necessitam estar num contexto para que sejam compreendidas. O conhecimento é fator
indispensável para o exercício da cidadania, se constrói no campo das idéias e na relação
estabelecida entre educando, objeto de conhecimento e realidade, viabilizando no campo
das ações. Nesse sentido, a escola como espaço por excelência da construção do
conhecimento, deve primar pela aprendizagem do educando, possibilitando o
desenvolvimento de sua autonomia como sujeito cognoscível.
Partindo das reflexões acima, a Educação Fiscal aponta a possibilidade de discutir a
Cidadania e a Realidade a partir dos eixos Relação Estado-Cidadão, Arrecadação Tributária
e Gestão Pública, compreendendo que não basta apenas ter informações dessas questões,
mas possibilitar este conhecimento no campo das ações. Assim, faz-se necessária a
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compreensão desses conteúdos junto ao conhecimento das demais disciplinas curriculares
trabalhadas na escola, para que a percepção da realidade na qual o sujeito está inserido
seja realmente efetivada.
Devemos ainda refletir criticamente sobre a relação teoria e prática e a participação
efetiva de cada cidadão na sociedade, compreendendo que a práxis pedagógica - teoria
dominada pelo sujeito e que forçosamente vincula-se as suas ações - faz com que professor
e aluno apreendam o movimento do real. Daí, a busca na sala de aula da permanente
interação entre professor e aluno, objeto do conhecimento e realidade, constitui-se em um
novo paradigma pedagógico - o educando agindo sobre o objeto de conhecimento, tendo o
professor como mediador deste processo.
Evidencia-se então, que a construção e reconstrução do conhecimento necessita do
estabelecimento de parceria entre educador e educando, na medida em que o educador é
intermediador no processo de aprendizagem do educando e o educando por sua vez é o
sujeito que busca a compreensão do aprender a ser. Assim, o ato de planejar, de organizar o
conhecimento a ser desenvolvido com os educandos, no sentido autêntico, é o momento de
elaboração teórica do professor, para que ele construa e apresente sua intervenção
pedagógica.
Nessa perspectiva, os eixos apresentados pela Educação Fiscal proporcionam o
exercício de algumas práticas pedagógicas significativas, em especial, quanto a organização
do conhecimento, uma vez que abre espaço para a elaboração de projetos intra, trans e
multidisciplinares, que por sua vez irão exigir a participação efetiva dos sujeitos que
compõem a escola, a partir do desenvolvimento de conhecimentos conceituais aprender a
saber, procedimentais - saber fazer, e atitudinais - saber ser.
Na construção de um ser global “é preciso recompor o todo” (Morim p.37). Então
vamos começar pela nossa sala de aula resignificando nossa práxis. Daí, ser necessário
entender que a aprendizagem de conceitos é necessária e deve ir além de dar informações,
para que a aprendizagem seja significativa. Muitos conhecimentos factuais e conceituais o
aluno já possui. O professor deve, a partir deles, confrontá-los com os conceitos produzidos
e sistematizados pela ciência. O aluno precisa perceber que suas atitudes e procedimentos
vão possibilitar a interação do conhecimento que ele detém com novas informações
oferecidas pelo educador e isto o encaminha para a construção de novos conhecimentos.
Pra este novo homem que Morim chama de “homem do futuro” não podemos
ensinar apenas conhecimentos, habilidades e métodos. Ele é também um ser de afetos, de
crenças, de valores que podem ser mudados a partir do processo de interação
socioeducativo.
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Trabalhar conteúdos procedimentais envolve ações do FAZER e, com isso, não
queremos dizer que os alunos devem realizar mais exercícios. Precisamos entender que ao
solicitar uma tarefa/lição/exercício, estão implícitos conteúdos procedimentais. Em outras
palavras, quando se pede para o aluno fazer uma redação, ele manipula com conteúdos
conceituais (informações, dados), em seguida relaciona o tema com seus valores
(conhecimento atitudinal), mas é fundamental que ele “saiba fazer“, desenvolver o tema.
Enfim, é preciso que a sala de aula seja, de fato, local de aprendizagem, do
debate argumentado, da construção de regras necessárias à discussão e tomada de
consciência das necessidades e dos caminhos que podemos seguir.
PRODUÇÃO DE TEXTOS
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(De autoria dos professores da rede estadual durante a
capacitação do ano de 2001.)
Situação Problema:
Uma parte do comércio informal vende produtos importados de forma clandestina, por isso
eles não emitem nota fiscal. Que problemas podem ocorrer com o consumidor?
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LEITURA COMPLEMENTAR
longe. Ou então nem existe escola na região.
A CRIANÇA QUE TRABALHA Essas crianças acabam crescendo sem
estudo, trabalham desde cedo e se sujeitam a
mexer com veneno, levar picada de cobra ou
enfrentar as mais duras tarefas como os
fornos de fazer carvão, onde o ar é
irrespirável. Nas cidades,muitos adolescentes
precisam trabalhar de dia e estudar à noite.
Fazendo isso, todos eles procuram seu
futuro, pois à noite, cansados, não
conseguem aprender direito.
Isso acontece no Brasil e em muitos
Brincar na rua era coisa tão natural
países do mundo, infelizmente. Claro que a
até uns tempos atrás. Não havia tanta gente,
grande maioria dos pais sabe que as suas
tantos carros, as cidades eram sossegadas. A
crianças têm que estudar e brincar, ter
criançada jogava bola de gude, amarelinha,
assistência médica, alimentação correta, boa
pulava corda. Hoje, os veículos viraram
formação. Não é por maldade que põem os
donos das ruas, as famílias das cidades
filhos para trabalhar. É por necessidade.
grandes foram morar em prédios e, mesmo
No Brasil, há leis que proíbem a criança com
nas vilas afastadas, rua não é mais lugar de
menos de 14 anos de trabalhar. O Estatuto da
criança. As ruas ficaram perigosas. Os pais
Criança e do Adolescente, por exemplo,
procuram áreas fechadas para os
garante o direito à criança de ser criança.
filhos brincarem.
Muitos cidadãos têm se organizado
As crianças pobres nem têm essa
para fazer com que essas leis sejam
sorte. Os pais com medo das ruas e não
respeitadas por todos nós. Eles exigem que o
tendo onde deixar os filhos, logo os põem
governo faça a sua parte: construa escolas
para trabalhar. Isso também acontece
para todos, forneça assistência médica
porque a família precisa do dinheirinho que
gratuita, espaços para lazer, garanta salário
suas crianças trazem
descente para pais e mães de família. No
para casa.
Brasil, sindicatos, entidades preocupadas
Na roça, desde cedo as crianças
com a criança, órgãos do governo e muitos
ajudam os pais a plantar e colher. Como os
grupos particulares criaram o Fórum Nacional
pais não estudaram, muitas delas encontram
de Prevenção e Erradicação do Trabalho
uma dificuldade a mais para ir à escola, pois
Infantil, que tem lutado bastante para impedir
os pais nem sempre acham importante ter
que as crianças comecem a trabalhar muito
( In: Jô Azevedo et alii. Serafina e a criança que trabalha.
estudo. E, quando acham, a escola fica
cedo e deixem
São Paulo: Ática, de sep.preparar
1997. 2 e 3. ) para o futuro,
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A partir das leituras desenvolva as questões abaixo:
a) Descreva em que condições as crianças de sua rua brincam e quais são os tipos de
brincadeiras utilizadas por elas?
b) Você conhece situações em que as crianças são obrigadas a trabalhar desde cedo?
Construa um texto relatando tais situações e manifestando sua opinião sobre as mesmas.
ARTE
A arte, expressão e comunicação do nosso “estar no mundo”, é representada por
produções culturais de nossa ambiência. Qualquer manifestação artística é excelente
indicativo do processo de reflexão, acerca do que está no mundo e de como nos
pronunciamos, denunciamos e transformamos o ambiente que nos cerca.
Quando interagimos com as manifestações culturais, aprimoramos formas de
manifestação, demonstramos prazer, desprazer, gostos e muitos outros sentimentos. Nossa
forma de pensar e sentir o mundo é representada através de imagens, músicas,
movimentos, falas, histórias, jogos e inúmeras informações utilizadas como meio de nos
comunicarmos com o nosso eu, nossa época e com as outras pessoas . Nesse sentido, as
manifestações culturais de uma determinada época, possibilitam a leitura, a interpretação da
história do Homem, de seus princípios, valores, avanços, etc.
1 - Linguagem visual
A História em quadrinhos - Hqs é uma linguagem visual que possui fins caricaturais ou
humorísticos de amplo aspecto, percepção e aceitação. ela pode ter uma seqüência narrativa
ou não.
a) Construa uma situação de sonegação fiscal e crie uma HQs.
2 - Linguagem Cênica
Esta manifestação humana trabalha com a dança, o circo e o teatro. Este último,
quando enfocado na corrente essencialista, promove no aluno o desenvolvimento da
liberdade, da criação, da expressão e, fundamentalmente, liga-se aos contextos sociais.
A liberdade exercitada através da linguagem teatral se presentifica numa ação que é
rica em valores éticos e sociais. As atuações expressam a visão do eu e do outro, o
resultado é uma “imensa troca entre o indivíduo e a sociedade.''( Reverbel, 1995 ).
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ATIVIDADES PEDAGÓGICAS
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LEITURA COMPLEMENTAR
SABOR AÇAÍ Fruta santa, fruta mártir
E pra que tu foi plantado Tens o dom de seres muito
E pra que tu foi plantada Onde muitos não tem nada
Pra invadir a nossa mesa Uns te chamam açaizeiro
E abastar a nossa casa Outros te chamam jussara
Teu destino foi traçado Põe tapioca, põe farinha d' água,
Pelas mãos da mãe do mato Põe açúcar, não põe nada
Mãos prendadas de uma deusa Ou me bebe como um suco
Mãos de toque abençoado o nosso povo Que eu sou muito mais que um fruto
Macho fêmea das touceiras Sou sabor marajoara
Onde Oxóssi faz seu posto Sou sabor marajoara
A mais magra das palmeiras Sou sabor...
Mas mulher do sangue grosso
E ao homem do sangue vasto Nilson Chaves e Joãozinho Gomes
Tu te entrega até o caroço
E a tua fruta vai rolando
Para os nossos alguidares
E se entrega ao sacrifício
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CARTA NACIONAL CONVOCATÓRIA PARA
AÇÃO DA CIDADANIA
LEITURA COMPLEMENTAR
OLHO DE BOTO
E tua ficaste serena Recírio, chuva e tristeza Na rede de um outro riso
Nas entrelinhas dos sonhos Vês o peso da tua falta às margens de outra cidade
Nos escaninhos do riso Nas velas e barcos parados Ah! Os teus sonhos de rio!
Olhando pra nós escondida Encalhados na saudade Olho de boto
Com os teus olhos de rio De Val-de-Cans ao Guamá No fundo dos olhos
Viestes feito uma gaiola Porto de sal das lembranças De toda a paisagem.
Engravidado de redes Das velhas palhas trançadas
Aportando nos trapiches
Do dia-a-dia e memória
Com os teus sonhos de rio
E ficastes defendida
Com todas as tuas letras
Entre cartas e surpresas
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Leia e reflIta sobre os textos de Betinho e de Nilson Chaves. Escolha um dos seguintes
pontos e realize uma pesquisa:
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BIBLIOGRAFIA
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GLOSSÁRIO
Administração Pública:
Pode ser entendida como um conjunto de órgãos instituídos para atingir as metas e os
objetivos do governo ou como o conjunto das funções necessárias à realização dos serviços
públicos.
Administração Tributária:
É a atividade da administração pública voltada ao gerenciamento da área tributária
(tributação, fiscalização e arrecadação), desenvolvida pelas Secretarias de Fazenda ou
Finanças nos Estados e Municípios e, no âmbito da União, pela Secretaria da Receita
Federal e INSS.
Arrecadação Tributária:
É a atividade estatal, privativa da União, Estados e Municípios, visando a entrada de
recursos de origem tributária para os cofres públicos.
Arrecadação Municipal:
A arrecadação municipal é uma atividade privativa dos Municípios, visando a entrada de
recursos de origem tributária para os cofres municipais. O montante da arrecadação
municipal compreende as receitas próprias e as decorrentes de transferências da União e
dos Estados (repartição das receitas tributárias).
Benefícios Fiscais:
São formas legais de redução ou supressão do tributo a pagar, podendo apresentar-se sob
diversas espécies, dentre as quais destacam-se: isenção, redução da base de cálculo,
diferimento e imunidade.
Bens Públicos:
São as propriedades móveis e imóveis que integram o patrimônio público, como escolas,
bibliotecas, hospitais públicos, pontes, rios, praças, móveis das repartições públicas, ruas,
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veículos oficiais e outras.
Carga Tributária em Relação ao PIB:
É a relação existente entre taxas e contribuições e o Produto Interno Bruto.
Contrabando:
Significa importar ou exportar mercadorias, cuja importação ou exportação seja proibida
pela legislação.
Contribuinte:
É a pessoa física ou jurídica obrigada ao pagamento do tributo. Pode ser:
Controle Interno:
É toda a atividade desenvolvida dentro da administração pública que visa avaliar o
cumprimento das metas previstas pela administração, comprovar a legalidade dos seus
atos, avaliar resultados e sugerir procedimentos para melhor gestão das finanças públicas.
Documentos Fiscais:
São documentos emitidos obrigatoriamente quando do fornecimento de mercadorias e bens,
ou quando da prestação de serviços para auxiliar o controle e a arrecadação de tributos. Os
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principais documentos são: Cupom Fiscal, Nota Fiscal Modelo 1, Nota Fiscal de Venda a
Consumidor, Nota Fiscal de Serviços, Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica, Nota
Fiscal/Conta Telefônica, Bilhete de Passagem e outros.
Despesas Públicas:
São os pagamentos efetuados pela administração pública, relativos aos serviços prestados
e obras realizadas em benefício da sociedade. Sua realização depende de prévia
autorização no orçamento público.
Dívida Externa:
Montante dos débitos das três esferas de governo, mais os débitos da iniciativa privada,
para com residentes no exterior.
Dívida Interna:
Montante dos débitos das três esferas de governo para com residentes no país.
Descaminho:
Significa importar ou exportar mercadorias permitidas pela legislação, sem o pagamento dos
tributos devidos.
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Evasão Fiscal e Distribuição de Renda:
Com a evasão fiscal, se verifica maior concentração de renda. Esta concentração se dá por
duas formas: a primeira, pela diminuição no volume dos bens e serviços públicos, em
decorrência da diminuição dos valores arrecadados, posto que um dos objetivos da
cobrança de tributos é promover a distribuição de renda, mediante a prestação de serviços
públicos por parte do ente arrecadador; a segunda, pelo fato de o agente econômico
(comerciante) aumentar o seu lucro na medida em que, tendo cobrado o tributo do
consumidor final incluso no valor da mercadoria, não o repassa ao Poder Público.
Finanças Públicas:
É o conjunto de ações e problemas que integram o processo de arrecadação e execução de
despesas pela administração pública e a gestão do patrimônio público.
Fontes de Receita:
São as fontes de ingresso de dinheiro ao cofre-forte público (tributos, empréstimos,
financiamentos, emissão de moeda, venda de patrimônio, etc.).
Gasto Público:
É todo o dispêndio de recursos (despesas e investimentos) efetuado pela administração
pública.
Gestão Fiscal:
É o conjunto de operações desenvolvido pela administração pública, que visa controlar as
receitas e gastos públicos.
Imunidade Tributária:
É a dispensa do pagamento do tributo, prevista na Constituição Federal.
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Incentivos Fiscais:
São formas legais de redução ou supressão do tributo a pagar, visando beneficiar
determinados setores produtivos com o objetivo de gerar empregos, ampliar a produção, o
comércio internacional e a prestação de serviços.
Improbidade Administrativa:
É a conduta desvirtuada da administração pública, praticada por um dos seus agentes, em
qualquer nível de governo ou hierarquia.
Licitação:
É o procedimento que a administração pública deve realizar para adquirir bens, obras,
mercadorias ou serviços, ou realizar vendas ao custo mais econômico para a sociedade.
Ministério Público:
É uma instituição permanente, essencial à função do Estado como aplicador e distribuidor
da justiça. Possui a atribuição de defender a ordem jurídica do regime democrático e os
interesses sociais e individuais indisponíveis. Abrange o Ministério Público Federal,
Ministério Público do Trabalho, Ministério Público Militar, Ministério Público do DF e
Territórios e o Ministério Estadual.
Multa:
É uma penalidade de natureza pecuniária (deve ser paga em dinheiro), aplicada por órgãos
de fiscalização sobre pessoas que descumprem normas administrativas. Observamos que
multa não é tributo.
Orçamento Público:
É um documento, sob a forma da lei, onde são estimadas as receitas e as despesas de um
determinado ano exercício financeiro. Cada nível de governo possui seu orçamento.
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Patrimônio Público:
É o conjunto de bens diretos e obrigações que se encontram à disposição do Município, do
Estado ou da União para a realização de seus fins.
Recursos Públicos:
Representam todos os recursos que o Estado tem a sua disposição para administrar. Eles
são oriundos da arrecadação de tributos, empréstimos, financiamentos, emissão de
moedas, venda de patrimônio estatal e outros.
Seguro Desemprego:
É um benefício de assistência social de caráter temporário financiado por Contribuições
Sociais (PIS/PASEP) e prestado ao trabalhador que tiver sido demitido sem justa causa e
estiver desempregado, desde que preenchidas determinadas condições.
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