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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

INSTITUTO DE QUÍMICA

Laboratório de Engenharia Química II


Prof. Dra. Indianara Ostroski

Determinação da Condutividade Térmica Efetiva em Meios


Porosos

Autores: Ana Cristina B. de Moura


Bianca M. M. Caetano
Guilherme Ferreira Castro
João Pedro Muniz Pires
Nicolas Nogueira Campos
Vitor Gameleira

RESUMO
A capacidade que um material tem de transmitir calor é denominada condutividade
térmica, apresentando extrema importância em cálculos de transferência de calor,
necessários na indústria para trabalhar com equipamentos tais como trocadores de calor,
caldeiras, refrigeradores e aquecedores. Confere ainda, relevância na seleção de
materiais em inúmeros projetos de engenharia, como, por exemplo, na produção de
microprocessadores que necessitam dissipar o máximo de calor gerado pelos “chips”.
Por outro lado, pode ser relevante, em componentes que necessitem dissipar o mínimo
possível de calor, como por exemplo, nos escudos térmicos que protegem o interior de
aeronaves espaciais e mísseis. Com isso, faz-se necessário mensurar tal propriedade.
Neste presente trabalho, aplicaram-se conceitos de transferência de calor e de medições
térmicas para determinar a condutividade (k) de um meio poroso (areia), de forma
experimental, utilizando termopares distribuídos ao longo de posições radiais no espaço
anular de dois cilindros concêntricos.
PALAVRAS-CHAVE: Condutividade térmica, meio poroso, calor, experimental,
temperatura, termopares.

Goiânia, 28 de agosto de 2018 Nota: Data de Correção:___/___/___


1. Introdução
A condutividade térmica é uma correlação empírica do valor real da
propriedade térmica de um material, sendo necessária para o estudo da condução de
calor. É definida como “a taxa de transferência de calor por meio de uma unidade de
comprimento de um material por unidade de área por unidade de diferença de
temperatura” (ÇENGEL, 2009). Neste trabalho, analisou-se apenas o regime
permanente, restringindo, assim, a solução da equação da condução de calor para
obtenção da condutividade térmica, apenas às condições de contorno.
Neste procedimento experimental, determinou-se a taxa de condução de calor
ou energia, através da aplicação da Equação de Fourier (1) na sua forma
unidimensional, junto ao meio poroso de areia, confinado entre dois cilindros
concêntricos. Assim, temos que:
∂T
𝑞 = −k. A (1)
∂r

Onde q é a taxa de transferência de calor, k é a condutividade térmica efetiva


𝛛𝐓
do meio poroso, A é a área do corpo cilíndrico (2πrL) que contém o meio poroso e é
𝛛𝐫
gradiente radial de temperatura.
𝛛𝐓
Sendo, k a condutividade térmica efetiva do meio poroso, A=2πr e o
𝛛𝐫
gradiente radial de temperatura, obtém-se a seguinte equação (2):
∂T
𝑞 = −k2πr (2)
∂r

A taxa de transferência de calor na direção radial (figura 1) bem como o calor


gerado no interior do equipamento é, portanto, após a integração da equação (2),
relacionada e estimada a partir da potência dissipada (50W) pela resistência elétrica que
fica no espaço oco do interior do cilindro menor, resultando nas equações (3) e (4), onde
L é o comprimento de 60cm do corpo cilíndrico:
q r
Tint − T = . ln ( ) (3)
𝟐.𝛑.𝐋.𝐤 r int
P ln(r⁄r )
𝑘= [ int ] (4)
2.π.L T−Tint

E considerando a equação (3) como uma regressão linear, tem-se que o


coeficiente angular da reta Y = Ax + B é igual a:
𝑞
A= (5)
2.𝜋.𝐿.𝑘
A figura, a seguir, mostra a seção transversal do equipamento com os dois
cilindros, assim como as possíveis posições de tomada de temperatura:

Figura 1: Seção transversal do equipamento

A partir destes cálculos, é possível alcançar o objetivo deste trabalho, visto à


determinação da condutividade térmica do material poroso através do coeficiente
r
angular da reta do gráfico entre (Tint – T) e ln(r ).
int

2. Materiais e métodos
Para a realização do experimento foram utilizados os seguintes materiais:
 Dois cilindros concêntricos;
 Cinco termopares;
 Circuito de aquecimento com potência de 50 watts;
 Circuito de medida de temperatura.

Para que o experimento ocorresse da forma mais eficiente e segura, os passos a seguir
foram realizados:
 O equipamento foi ligado a uma tomada de voltagem adequada;
 A resistência e o medidor de temperatura foram ligados;
 Utilizando a chave seletora, as temperaturas ao longo das posições radiais foram
medidas;
 Os valores obtidos foram anotados de acordo com a variação da razão entre os
raios internos e externos, razão essa que varia de 1,0 e 2,6 com intervalos de 0,4
para cada medição;
 Após o fim do experimento, a resistência e o medidor de temperatura foram
desligados.
3. Resultados e Discussão
Para determinação do coeficiente de condutibilidade da areia em meio poroso
por dados experimentais, utilizou-se segundo Incropera et al. (2008), a condição de
contorno que corresponde ao fluxo térmico constante relacionado ao gradiente de
temperatura na superfície pela lei de Fourier.
Diante disso, a Tabela 1 traz as informações coletadas no procedimento
experimental, para as temperaturas em cada posição radial do equipamento (obtidas a
partir de termopares), a razão entre a posição radial e o raio externo, o logaritmo da
razão entre a posição radial e o raio externo e a variação de temperatura radial em
relação à temperatura do fluido externo.
Tabela 1: Temperatura radial (Tint), a razão entre a posição radial e o raio externo
(r/rint), o logaritmo natural da razão entre a posição radial e o raio externo (ln(r/rint)) e a
variação de temperatura radial em relação a temperatura interna (∆T).

Tint (°C) r/rint (-) ln(r/rint) (-) ∆T (°C)


72,0 1,00 0,000 0,00
68,0 1,40 0,336 4,00
64,0 1,80 0,588 8,00
60,0 2,20 0,788 12,0
56,0 2,60 0,956 16,0

Analisando a equação (3), obteve-se uma relação linear entre a variação de


temperatura radial em relação à temperatura interna (∆T), em função do logaritmo
natural da razão entre a posição radial e o raio externo (ln(r/rint)). A representação
gráfica dos valores experimentais é ilustrada na Figura 2 a seguir:

(Tint-T) x ln (r/rint)
20 y = 15.45x
18 R² = 0.9739
16
14
12
(Tint-T) (°C)

10
8
6
4
2
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Ln(r/rint)
Figura 2: Representação gráfica da relação linear entre o logaritmo natural da razão entre a posição
radial e o raio externo (ln(r/rint)) e a variação de temperatura radial em relação a temperatura do fluido
externo (∆T), sendo R² o coeficiente de correlação linear.
A partir da análise da relação na Figura 2, utilizando método de regressão
linear é possível obter a equação linear que descreve o comportamento da relação
analisada anteriormente, conforme explicita a equação 6:
𝒚 = 𝟏𝟓, 𝟒𝟓𝒙 (6)
Utilizando o método de comparação entre a equação (5) e (6) e fixando o
coeficiente linear igual a zero, substituindo-se o valor do comprimento (L) e da potência
dissipada(P), obtém-se a igualdade representada pela equação 7 a seguir:
𝟓𝟎
𝟏𝟓, 𝟒𝟓 = − 𝟏,𝟐𝝅𝑲𝒆𝒙𝒑 (7)

Através da equação anterior foi possível obter o valor do coeficiente de


condutividade térmica experimental em meio poroso (areia e ar) conforme mostra a
igualdade 8 a seguir, sendo que a determinação teórica do coeficiente de condutividade
é dado pela equação (8), mostrada abaixo:
𝑲𝒆𝒙𝒑 = 𝟎, 𝟖𝟓𝟖𝟓 𝐖/𝐦 °𝐂 (8)

(9)

Utilizando-se a correlação apresentada na prática experimental, explicitada na


equação (9), juntamente com o parâmetro θ representado pela equação (10), o valor da
condutividade do ar (Kf) para a temperatura de 301 K segundo Engineering ToolBox.
(2003) é de 2,63x10-2 [W/m K].
O valor do coeficiente térmico do sólido (Ks) e sua porosidade (𝜀) a 3,2914x10-
3
[W/m °C] e 0,4 respectivamente. Vale salientar que tais valores foram estipulados
durante a prática experimental. A partir dos dados explicitados anteriormente,
determinaram-se o parâmetro θ, e o coeficiente de condutibilidade térmica teórico em
meio poroso (ar areia) conforme ilustrada nas equações (10), (11) respectivamente:

𝒌𝒔
𝜽 = 𝒌𝒇 = 𝟎, 𝟏𝟐𝟓𝟐 (10)

𝑲𝒕𝒆ó𝒓𝒊𝒄𝒐 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟐𝟒 𝐖/𝐦 °𝐂 (11)


Para um melhor entendimento e comparação dos valores obtidos, calculou-se o
erro relativo em relação aos coeficientes de condutibilidade térmico experimental (Kexp)
e teórico (Kteórico) obtidos anteriormente mediante a equação (12) a seguir:
𝑲𝒆𝒙𝒑−𝑲𝐭𝐞ó𝐫𝐢𝐜𝐨
𝑬𝒓𝒓𝒐 𝑹𝒆𝒍𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐 = 𝒙𝟏𝟎𝟎% (12)
𝑲𝒆𝒙𝒑

O valor obtido a partir da realização de tais cálculos é apresentado conforme a


equação (13) a seguir:
𝑬𝒓𝒓𝒐 𝒓𝒆𝒍𝒂𝒕𝒊𝒗𝒐 = 𝟗𝟖, 𝟓𝟔% (13)

Mediante o valor obtido por meio da comparação entre os dois métodos


(teórico e experimental) é notável a discrepância dos dados uma vez que o erro aferido
de 98,56% sendo necessário o debate e levantamento de possíveis erros que por ventura
acarretaram tais divergências.
Incialmente ao analisar o grau de correlação dos dados experimentais, pode-se
aferir uma forte correlação linear entre logaritmo natural da razão entre a posição radial
e o raio externo (ln(r/rint)) e a variação de temperatura em relação a uma dada
temperatura interna (∆T), a partir do pressuposto explicitado segundo VUOLO, J. H.
(1996), correlações lineares bem definidas apresentam coeficientes de correlação
maiores que R2 = 0,9. Logo a correlação estabelecida possui um alto grau de confiança.
Tem-se que o tempo de utilização, juntamente com fatores internos, como a
falta de calibração de termopares e do resistor interno possivelmente fez com que os
dados divergissem de forma significativa na obtenção experimental do coeficiente de
condutibilidade térmica em meio poroso (ar e areia).
A termos de aplicação da prática em questão, segundo Mendes. N (1997) a
determinação do coeficiente de condutibilidade térmico para meios porosos é
empregada na construção civil, no estudo da transferência de calor e umidade para
materiais. Tal procedimento se torna importante a para criação de modelos que simulem
como os impactos da condutibilidade do material poroso afetam as estruturas e como
deve ser dimensionada tais estruturas visando uma estrutura sem falhas.

4. Conclusão
O cálculo da condutividade térmica da areia, obtido pelos dados experimentais,
apresentou um valor bastante diferente do encontrado teoricamente, o erro entre estes
dois dados foi de 98,56%. A discrepância dos valores pode ter sido causada pela
calibração incorreta dos termopares e/ou pelo valor adotado de condutividade térmica e
porosidade do sólido, pois estes foram fornecidos pelo roteiro e se tratando de um
equipamento antigo, considera-se a possibilidade da ocorrência de mudanças no ajuste
do sólido no interior do cilindro.
5. Referências Bibliográficas utilizadas:
ÇENGEL, Yunus A. Transferência de Calor e Massa: Uma abordagem prática, 3ª
edição. São Paulo, SP: McGraw-Hill Interamericana do Brasil Ltda., 2009. p. 18-22.

ENGINEERING TOOLBOX (2003). Thermal Conductivity of common Materials and


Gases. Disponível em: <https://www.engineeringtoolbox.com/thermal-conductivity-
d_429.html>. Acesso em 26 de agosto de 2018 ás 22:12

INCROPERA, F. P; et al. Fundamentos de Transferência de Calor e Massa 6°


edição. LTC. 2008

MENDES. N. Modelos para previsão de transferência de calor e de umidade em


elementos porosos de edificações. Disponível em :<
http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/77246>. Acesso em 26 de agosto de
2018 as 22:55

VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria de erros. Editora Blucher. 1996.

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