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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA TEORIA GERAL DO CRIME

CONCEÇÃO CLÁSSICA (POSITIVISTA-NATURALISTA)


CARATERÍSTICAS
Finais do século XIX/inícios do século XX
Escola Moderna /monismo científico /Liszt and Beling
- Ao positivismo natural (crença quase absolutizada nas ciências naturais que levou à transposição
para as ciências humanas e para o direito dos critérios, conceitos e métodos científico-naturais;
- O direito teria como ideal a exatidão própria das ciências da natureza e a ele deveria
incondicionalmente submeter-se;
- O sistema do facto punível haveria apenas de ser constituído por realidades mensuráveis e
empiricamente comprováveis pertencessem elas à facticidade objetiva do mundo exterior ou antes Commented [MOU2]: CRITICAS:
a processos psíquicos internos subjetivos. Apesar da sua simplicidade, são inaceitáveis os
pressupostos positivístico- naturalistas e
jurídicos de que partiu.
Segundo esta teoria, o crime era constituído por 4 categorias:
VERTENTE OBJETIVA DO FACTO O conceito de ação restringe de forma
inadmissível a base de todas a construção, o que
1.ª AÇÃO: era vista como o movimento corporal determinante de uma modificação do mundo levaria a que por exemplo no crime de injúria a
ação fosse a emissão de ondas sonoras dirigidas
exterior ligada causalmente à vontade do agente, isto é, era definida como movimento corporal ao aparelho auditivo do recetor ou que na
omissão a ação fosse a ação precedente. O
dependente da vontade e causador de uma modificação do mundo exterior percetível pelos sentidos. conceito de ação deixava de fora a omissão não
2.ª TIPICIDADE: reduzia-se à descrição exclusivamente externo-objetiva da realização da ação não cumprindo a sua função de denominador
comum a toda e qualquer modalidade de crime.
envolvendo qualquer juízo de valor (negativo) sobre a ação. A ação seria típica sempre que fosse
Reduzir a tipicidade a uma operação lógico
lógico – formalmente subsumível num tipo legal de crime completamente estranha a valores e a formal de subsunção faz esquecer as unidades
de sentido social que vivem nos tipos, excluindo
sentidos. quaisquer elementos subjetivos do âmbito do
tipo legal, o que levaria por exemplo a igualar o
3.ª ILICITUDE: reduzia-se a um mero juízo formal de contrariedade à ordem jurídica positiva, pois ato do cirurgião que salva a vida do paciente
com o do faquista que esventra a sua vítima.
que se resumia à inexistência de uma qualquer causa de justificação (norma jurídica que autorizasse Não pode aceitar-se a sua exclusiva natureza
a realização da ação típica), isto é, uma situação que a título excecional torne a ação típica em ação formal-objetiva e a sua completa neutralidade
axiológica.
lícita, aceite ou permitida pelo direito.
Reduzir o juízo de ilicitude à ausência de uma
causa de justificação do fato típico leva a uma
compreensão muito pobre do que vai implicado
VERTENTE SUBJETIVA DO FACTO no juízo de contrariedade à ordem jurídica.

4.ª CULPA: a ação típica e ilícita tornar-se-ia em ação culposa sempre que fosse possível comprovar
a existência entre o agente e o seu facto objetivo, uma ligação psicológica (conceção psicológica da Commented [MOU3]: A conceção psicológica da
culpa esquece que também o inimputável pode
culpa) suscetível de legitimar a imputação do facto ao agente a título de dolo (conhecimento e agir com dolo ou negligência e que na
negligência inconsciente onde não há previsão
vontade de realização do facto) ou de negligência (deficiente tensão de vontade impeditiva de prever do resultado, não existe qualquer relação
psicológica comprovável entre o agente e o
corretamente a realização do facto). facto antes ausência dela (faroleiro que se deixa
adormecer e não dá o sinal devido) e ainda que
independentemente do dolo ou da negligência,
CONCLUSÃO: O direito penal não participa do monismo metodológico e ideológico das ciências circunstâncias existem que excluem a culpa
nomeadamente certas situações de falta de
naturais trata antes com realidades que excedem a experiência psicofísica e não se inscrevem de consciência do ilícito ou de inexigibilidade de
outro comportamento.
modo exclusivo no mundo do ser sendo que por outro lado, o pensamento jurídico não se deixa
comandar por uma metodologia de cariz positivista nem se esgota em operações de pura lógica-
formal.

CONCEÇÃO NEOCLÁSSICA (NORMATIVISTA)


CARATERÍSTICAS:
Filosofia dos valores de origem neokantiana (inícios secúlo XX), a qual defendia a autonomia dos
valores face à realidade empírica, afirmava que esta só adquiria sentido quando referida e aferida
pelos valores e como o direito pertence ao mundo dos valores ou do dever-ser, entendia que as
categorias jurídicas não podiam deixar de ser normativas ou valorativas.
Desenvolvida nas primeiras décadas dos século XX pela Escola de Baden ou do sudoeste alemão
Mezger e Eduardo Correia
Pretende retirar o direito do mundo naturalista do ser para o situar numa zona intermediária entre
aquele mundo e o dever ser, ou seja, no mundo das referências da realidade aos valores, no mundo Commented [MOU4]:

da axiologia e dos sentidos.


CRÍTICAS:
Esta conceção procurou apenas normativizar, atribuindo um sentido ou conteúdo valorativo às Os seus fundamentos ideológicos e filosóficos
devem considerar-se em larga medida
categorias do crime consagradas pela escola positivista-naturalista não operando qualquer alteração ultrapassados sobretudo na parte em que a
essência do direito se não considera mais
radical a esta mesma conceção. compatível com a profunda cisão entre o mundo
do ser e o mundo do dever -ser que as correntes
neokantianas ainda supunham.

AÇÃO : continua a ser concebida como comportamento humano causalmente determinante de uma Não é no conceito mecânico – causalista da
acção de que a teoria neoclássica continuava a
modificação do mundo exterior ligada à vontade do agente. Portanto os normativistas mantiveram partir que reside a essência do atuar humano
a conceção causalista da escola positivista-naturalista, embora a tal modificação da realidade exterior sendo que todos os erros na construção
posterior tem aqui a sua origem radical.
passase agora a ser assumida como negadora de valores. Constatando a impossibilidade de aplicar
O ilícito continua a constituir uma entidade
isto à omissão Radbruch propôs a substituição do conceito de ação pelo de realização do tipo legal. fundamentalmente objetiva, apesar da
introdução de certos elementos subjetivos, já
TIPICIDADE: não é apenas uma descrição formal externa de comportamentos mas materialmente que esquece e minimiza a sua carga ético-
pessoal e não carateriza corretamente a
uma unidade de sentido socialmente danoso, como comportamento lesivo de bens juridicamente contrariedade da ação à ordem jurídica.
Portanto, o ilícito permaneceu essencial ou
protegidos, para a qual relevam elementos subjetivos além dos objetivos. principalmente definido pelo desvalor do
ILICITUDE: o ilícito aqui se apresentava como um conglomerado de elementos objetivos e subjetivos resultado (conceção objetivista da ilicitude).

indispensável para a partir dele se concluir pela contrariedade do facto à ordem jurídica (ilícita no A culpa apesar de se dizer concebida como juízo
de censura continuava a constituir um
tipo de furto é só a subtração de coisa alheia que ocorrer com ilegítima intenção de apropriação, conglomerado heterogéneo submetendo ao
mesmo denominador carateristicas como a
começando-se a afirmar a existência de elementos subjetivos). Assim sendo, a ilicitude passou de imputabilidade e a exigibilidade que são
elementos de um puro juízo e o dolo e a
mera antijuridicidade formal ou antinormatividade a antijuridicidade ou ilicitude material, isto é, a negligência que são os elementos do substrato
que deve ser valorado como censurável.
lesão de bens jurídicos protegidos pelos tipos legais (conceção da ilicitude como danosidade social) A culpa pois apesar de ser concebida em termos
normativos misturava em si componente
CULPA: a conceção psicológica é substituída pela conceção normativa da culpa consistindo esta psicológicas como o dolo natural ou psicológico
última num juízo de censura ou reprovação do agente por ter optado pelo ilícito quando podia e e a violação o dever objetivo de cuidado com
componentes normativas como a imputabilidade
devia ter optado pelo lícito. Assim a culpa traduz-se num juízo de censura e diversificava-se nos seus e a exigibilidade.
elementos constitutivos, nem todos subjetivos podendo englobar também elementos objetivos,
sendo eles a imputabilidade como capacidade de o agente avaliar a ilicitude do facto e de se
determinar por essa avaliação, o dolo ou a negligência como formas ou graus de culpa e a não
verificação de uma situação de inexigibilidade (categoria donde viriam a irradiar as causas de
exclusão de culpa).

CONCEÇÃO FINALISTA (ÔNTICO-FENOMENOLÓGICA)

CARATERÍSTICAS
Conceção criada por Welzel no pós 2.ª Guerra Mundial, a qual veio negar radicalmento todo o
edifício da escola naturalista, sendo o seu objetivo encontrar um fundamento ontológico e portanto Commented [MOU5]: A postura metodológica
desta escola finalista não pode merecer
pré-jurídico ou mesmo pré social que vinculasse o direito e o legislador nas suas próprias decisões. aceitação. O pretenso ontologismo que estaria
na base do sistema acabou por desembocar no
Decisivo era determinar o ser e a natureza da coisa que se escondia sob o conceito fundamental de mais refinado e inflexível conceitualismo face
ao qual restava ao legislador determinar as
toda a construção do crime, é dizer sob o conceito da ação, um conceito pré jurídico que uma vez estruturas lógico-materiais ínsitas nos
conceitos usados pelo legislador e a partir delas
aceite pelo legislador não podia ser por ele reconformado tendo de ser aceite em todas as suas deduzir a regulamentação ou a solução
aplicáveis ao caso, cometendo os mesmos erros
implicações. do direito natural clássico.

AÇÃO: para Welzel, toda a ação humana é uma supradeterminação final de um processo causal,
numa palavra, a caraterística ontológica da ação humana é a sua intrínseca finalidade. Commented [MOU6]: A teoria finalista não
consegue explicar os crimes negligentes pois
TIPICIDADE: o dolo do tipo ou dolo natural que antes para as conceções clássica e neoclássica nestes não existe a tal caraterística da
finalidade nem os crimes de omissão, pois
constituía um elemento da culpa passa agora a ser considerado como elemento essencial do tipo nestes não existe qualquer atividade causal
finalisticamente orientada.
legal uma vez que o dolo é a finalidade referida aos elementos objetivos do tipo. Preciso era afirmar
A determinação finalista do conceito de ação é
que o tipo é sempre constituído por uma vertente objetiva (elementos descritivos do agente, da hoje em geral considerada como radicando num
falso ontologismo e do ponto de vista normativo
conduta e do seu circunstancialismo) e por uma vertente subjetiva ( o dolo ou a negligência), sendo é insuscetível de oferecer uma base unitária a
que só da conjugação destas duas vertentes pode resultar o juízo de contrariedade da ação à ordem todo o atuar humano que releva para o direito
penal. A supradeterminação final de um
jurídica, ou seja, o juízo de ilicitude. processo causal é em fim de contas tão estranha
a sentidos e a valores como o conceito causal de
ILICITUDE: passou a ser definida apenas pelo desvalor da ação. A ilicitude deixa de ser causal ação.

afirmando-se uma conceção pessoal-final do ilícito. Quanto á conceção do ilícito pessoal as


aquisições da doutrina finalista têm muito valor
CULPA: ao invés da conceção neoclássica que juntava nesta categoria tanto a valoração (o juízo de ainda hoje. Fora da sua realização por dolo ou
negligência o facto não pode dizer -se que
culpa, de censura) com o objeto da valoração (o dolo e a negligência). Basta que na culpa caiba preencha materialmente um tipo de crime. Todo
somente um puro juízo de desvalor, um autêntico juízo de censura do qual participariam os o ilícito é um ilícito pessoal e dele fazem parte o
dolo, como representação e vontade de
elementos da imputabilidade, da consciência ao menos potencial do ilícito e da exigibilidade de outro realização de um facto e a negligência como
violação do cuidado objetivamente imposyo.
comportamento.
A afirmação de que a culpa é mero juízo de
desvalor expurgada de todo o objeto de
valoração e reduzida à pura valoração do objeto
não é compatível com a função politico-criminal
que o pp da culpa deve exercer no sistema. O
CONCEÇÃO TELEOLÓGICA – FUNCIONAL E RACIONAL DE CARIZ PÓS - FINALISTA dolo e a negligência têm de ter significado
CARACTERISTICAS
também como graus, formas ou tipos de culpa
mas em todo o caso como matéria de culpa.
Hoje não nos deparamos com construções que continuam a assentar num conceito finalista ortodoxo
de ação como supradeterminação final de um processo causal.
Por outro lado, é consensual que o ilícito típico não é como pretendiam os neoclássicos uma entidade
eminentemente objetiva que traduza primariamente um desvalor de resultado e só excecionalmente
relevava o desvalor do resultado, ele é ao invés , sempre um ilícito pessoal.
Quanto à culpa a generalidade dos autores contemporâneos está de acordo em que os elementos
da imputabilidade e da consciência do ilícito relevam para o juízo de culpa, sem prejuízo da
controvérsia em torno do estatuto dogmático e sistemático da exigibilidade; mas opõem-se à
alegação finalista de que a culpa se esgotaria apenas naquele juízo de censura.
Figueiredo Dias sugere que esta conceção é comandada pela convicção de que a construção do
facto punível deve apresentar-se como teleológico-funcional e racional, o que significa que o sistema
e os seus conceitos integrantes são formado por valorações fundadas em proposições politico-
criminais imanentes ao quadro axiológico e às finalidades jurídico- constitucionais.
Este sistema emergente arranca da conceção avançada por Roxin.

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