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Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
Legislação – Volume II
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Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
Legislação – Volume II
VOLUME II
LEGISLAÇÃO
RIO DE JANEIRO
JUNHO DE 2008
SÃO GONÇALO
PLANO DIRETOR MUNICIPAL PARTICIPATIVO
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Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
Legislação – Volume II 4
TECHNUM CONSULTORIA SS
Coordenação Geral
Mônica von Glehn Herkenhoff Arquiteta e Urbanista
Coordenação Técnica
Izabel Neves da Silva Cunha Borges Arquiteta e Urbanista
Giselle Chalub Martins Arquiteta e Urbanista
Especialistas Área de Atuação
Adauto Santos do Espírito Santo Engenheiro Civil Saneamento Ambiental e Infra-Estrutura
Daisy Cadaval Basso Pedagoga Política e Gestão Pública
Maria Alice Cunha Barbosa Socióloga Sócio-economia
Marina Bastos Engenheira Civil Transportes, Trânsito e Sistema Viário
Mônica Severo Gomes Arquiteta e Urbanista Desenho Urbano e Programação Visual
Priscila Erthal Risi Arquiteta e Urbanista Análises Urbanas
Vera Lúcia Fialho Amorelli Advogada Direito Urbanístico, Administrativo e Imobiliário
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
Legislação – Volume II 5
APRESENTAÇÃO
O primeiro volume faz referência, de forma sucinta, à totalidade dos trabalhos desenvolvidos.
Apresenta informações obtidas desde a primeira fase diagnóstica, onde se analisa e avalia a
realidade atual do município, até a fase propositiva, onde se definem estratégias para a
realidade e município desejados.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
O segundo volume contém toda a Legislação relativa ao contrato: Anteprojeto de Lei do
Plano Diretor, Anteprojeto de Lei Complementar de Uso e Ocupação do Solo Urbano,
Anteprojeto de Lei de Parcelamento do Solo Urbano e Anteprojeto de Lei Complementar do
Código de Obras. Trás também os mapas de Área Urbana, Macrozoneamento, Preservação
Ambiental, Estruturação e Qualificação Urbana, Vias Arteriais e Coletoras, Áreas de Risco,
Áreas de Interesse Paisagístico e Zonas Especiais de Interesse Social.
Legislação – Volume II 6
ÍNDICE
VOLUME I
1 Histórico
2 Inserção regional
3 Aspectos Ambientais
3.1 Hidrologia
3.2 Clima
3.3 Vegetação e Fauna
3.4 Situações de Alerta
4 Aspectos Sócio-Econômicos
4.1 Quadro Demográfico
4.2 Saúde
4.3 Educação
4.4 Programas Sociais
4.5 Dinâmica Social
5 Configuração Espacial
5.1 Divisão Político-espacial
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
5.2 Parcelamento do Solo
5.3 Uso e Ocupação do Solo no Município
5.4 Configuração sócio-espacial
6 Infra-Estrutura
6.1 Circulação e transporte
6.2 Sistema de abastecimento de água
6.3 Sistema de esgotamento sanitário
6.4 Energia Elétrica
6.5 Manejo de Águas Pluviais Urbanas
6.6 Resíduos sólidos
7 Gestão Municipal
7.1 Estrutura Administrativa
7.2 Estrutura da Prefeitura Municipal
7.3 Finanças Municipais
8 Plano Diretor do Município de São Gonçalo - 2008
VOLUME II
Documento de Encaminhamento à Câmara Municipal ................................................................................. 8
Anteprojeto de Lei do Plano Diretor do Município de São Gonçalo ............................................................ 13
Anteprojeto de Lei Complementar de Uso e Ocupação do Solo ................................................................ 59
Anteprojeto de Lei de Parcelamento do Solo e Condomínios ...................................................................... 75
Anteprojeto de Lei Complementar do Código de Edificações .................................................................. 102
Legislação – Volume II 7
Legislação – Volume II
DOCUMENTO DE ENCAMINHAMENTO À CÂMARA MUNICIPAL
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Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
Ofício no
Senhora Prefeita,
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
no que diz respeito ao parcelamento e ao uso e ocupação do solo, com foco na
reestruturação urbana, garantindo a função social da propriedade, estimulando a
responsabilidade social e a participação popular, introduzindo e regulamentando novos
instrumentos de controle e gestão urbana, com ênfase no fortalecimento do planejamento
urbano e o desenvolvimento sustentável.
O presente trabalho foi elaborado a partir da orientação que emana do Estatuto da Cidade,
com a participação da sociedade civil no processo de legitimação social e a partir de
contribuições de representantes de órgãos e entidades voltados para o tratamento das
Por último, agradeço a confiança de Vossa Excelência, devotada aos servidores desta Pasta,
o que nos faz sentir honrados por estar à frente da Secretaria Municipal de Infra-Estrutura,
Urbanismo e Meio Ambiente.
A Sua Excelência,
Sra. MARIA APARECIDA PANISSET
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Legislação – Volume II
ANTEPROJETO DE LEI DO PLANO DIRETOR
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Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
ÍNDICE
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
SEÇÃO IV DAS ESTRATÉGIAS PARA QUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO URBANO ........................22
SEÇÃO V DA ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO MUNICIPAL ..........................24
TÍTULO III DA ORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO......................................................................................25
CAPÍTULO I DA MACROZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL ...........................................................26
SEÇÃO I DA ZONA DE USO RESTRITO ........................................................................................26
SEÇÃO II DA ZONA DE USO SUSTENTÁVEL.................................................................................26
CAPÍTULO II DA MACROZONA DE ESTRUTURAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA................................27
SEÇÃO I DAS ZONAS DA MACROZONA DE ESTRUTURAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA..27
Subseção I Da Capacidade de Adensamento das Zonas .....................................27
Legislação – Volume II 11
SEÇÃO IX DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS ......................................................40
SEÇÃO X DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO..................................................................................41
SEÇÃO XI DA OPERAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL.....................................................................42
SEÇÃO XII DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR...................................................42
SEÇÃO XIII DOS ESTUDOS DE IMPACTO DE VIZINHANÇA........................................................43
SEÇÃO XIV DO ESTUDO PRÉVIO E DO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL.......................44
SEÇÃO XV DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO...................................44
TÍTULO V DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E CONTROLE URBANO E TERRITORIAL .............................45
CAPÍTULO I GENERALIDADES .................................................................................................................45
CAPÍTULO II DO CONSELHO MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA - COMPUR –SG...............................46
CAPÍTULO III DA GESTÃO URBANA ........................................................................................................48
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
TÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS..........................................................................49
ANEXOS...................................................................................................................................................51
Legislação – Volume II 12
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR No ___ DO
PLANO DIRETOR DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Art. 1º Esta Lei Complementar aprova a revisão do Plano Diretor do Município de São Gonçalo,
dispondo sobre sua adequação às diretrizes e instrumentos instituídos pela Lei Federal nº 10.257,
de 10 de julho de 2001, Estatuto da Cidade, incorporando as políticas e diretrizes
sucessivamente implantadas e estabelecendo novas diretrizes e estratégias adequadas à
situação atual do Município.
Art. 2º O Plano Diretor do Município de São Gonçalo é o instrumento estratégico da política de
desenvolvimento urbano do Município, determinante para a orientação do desempenho dos
agentes públicos e privados na produção e gestão do território.
Art. 3º O Plano Diretor tem como objetivo assegurar o desenvolvimento integrado das funções
Legislação – Volume II 13
VI - Anexo VI – mapa 6 - Áreas de Risco;
VII - Anexo VII - mapa 7 - Áreas de Interesse Paisagístico;
VIII – Anexo VIII - mapa 8 – Zonas Especiais de Interesse Social.
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 7º Para os fins desta Lei Complementar são adotadas as seguintes definições:
I - densidade bruta de uma zona: a relação entre o número total de habitantes e a área bruta
da zona;
II - desapropriação compulsória com pagamento em títulos: pagamento de desapropriação
feita em imóvel não edificado, subutilizado ou não utilizado, em títulos da dívida pública
municipal;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
III - direito de preempção: direito que confere ao Poder Público municipal a preferência para
aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação onerosa entre particulares;
IV - direito de superfície: direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo relativo ao
terreno, na forma estabelecida no contrato respectivo, mediante escritura pública, registrada
em Cartório de Registro de Imóvel;
V - transferência do direito de construir: autorização, conferida por lei, ao proprietário de
imóvel urbano, privado ou público, para exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura
pública, o direito de construir previsto neste Plano Diretor, em Lei de Uso e Ocupação do Solo,
ou em legislação específica decorrente deste Plano Diretor;
Legislação – Volume II 14
população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições estéticas e
sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais.
XII – IPTU progressivo no tempo: majoração da alíquota pelo prazo de cinco anos
consecutivos, não devendo exceder a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada
a alíquota máxima de 15% (quinze por cento);
XIII - macrozona: divisão da área urbana em grandes porções para fins de ordenamento do
uso do solo e desenvolvimento territorial;
XIV - operação urbana consorciada: conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo
Poder Público Municipal com a participação dos proprietários, moradores, usuários
permanentes e investidores privados, com o objetivo de promover transformações urbanísticas
estruturantes, com melhorias sociais e valorização ambiental;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
XV - outorga onerosa do direito de construir: concessão, oferecida pelo Município e por meio
de pagamento, do direito de construir acima do coeficiente de aproveitamento básico até o
limite máximo permitido por zona;
XVI - outorga onerosa de alteração de uso: concessão oferecida pelo Município e através de
pagamento, pelo direito de alterar o uso da edificação já construída ou a ser construída,
atendidos os níveis de incomodidade permitidos;
XVII - potencial construtivo de uma gleba ou lote: o produto da sua área pelo coeficiente de
aproveitamento admitido para a zona onde estiver localizado;
XVIII - solo urbano subutilizado: aquele cujo aproveitamento é inferior ao do coeficiente de
Legislação – Volume II 15
II - Pólo de Promoção de Feiras, Eventos e Negócios, aproveitando a localização do Município
na Região Metropolitana do Rio de Janeiro;
III - Pólo de Confecções e de Produtos Farmacêuticos, voltada ao abastecimento do mercado
potencial da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, aproveitando as vantagens de sua
localização;
IV - Pólo de Apoio às Atividades Turísticas da Região, principalmente para a capacitação de
mão-de-obra e fornecimento de insumos.
CAPÍTULO II
DAS DIRETRIZES
Art. 9º São diretrizes gerais do Plano Diretor:
I - distribuição equânime dos custos e benefícios das obras e serviços de infra-estrutura urbana
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
e a recuperação, para a coletividade, da valorização imobiliária dos investimentos públicos;
II - garantia do direito a cidades sustentáveis, entendida como o direito à terra urbana, à
moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura urbana, ao transporte e aos serviços
públicos, ao trabalho e ao lazer, para as presentes e futuras gerações;
III - planejamento do desenvolvimento da cidade, da distribuição espacial da população e
das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência, de modo a
evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o meio
ambiente;
IV - adequação do uso da infra-estrutura urbana à demanda da população usuária, evitando
Legislação – Volume II 16
XI - proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído e do
patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;
XII - compatibilização dos objetivos estratégicos do desenvolvimento local com os programas
e projetos dos governos federal e estadual com vistas à complementaridade e integração de
objetivos;
XIII - prioridade para os pedestres nas áreas de maior concentração de transeuntes e nas
proximidades dos espaços de uso coletivo;
XIV - oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos
adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;
XV - ordenação e controle do uso do solo de forma a evitar: a utilização inadequada dos
imóveis urbanos; a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; o parcelamento do
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
solo, a edificação ou o uso excessivo ou inadequado em relação à infra-estrutura urbana; a
instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos geradores
de tráfego sem a previsão da infra-estrutura correspondente; a retenção especulativa de
imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não utilização; a deterioração das áreas
urbanas e, a poluição e a degradação ambiental.
XVI - integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais, tendo em vista o
desenvolvimento socioeconômico do Município e o ordenamento do seu território;
XVII - adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos gastos
públicos aos objetivos do desenvolvimento sustentável da cidade, de modo a privilegiar os
Legislação – Volume II 17
IV - a gestão urbana protegerá os lugares históricos, os monumentos naturais, as reservas
biológicas e, especialmente, as fontes e mananciais de abastecimento de água da
população;
V - as áreas deterioradas ou em processo de deterioração terão sua recuperação
contemplada de forma a devolver-lhes as condições da habitabilidade ou de uso coletivo;
VI - a política habitacional terá como ponto de partida estratégico a prioridade ao acesso à
terra e à oferta de moradia às faixas da população situadas em níveis médios e baixos de
renda;
VII - o balanço locacional equilibrado entre habitação e lugar de trabalho determinará a
política de localização das atividades produtivas e de moradia, no sentido de aproximar as
zonas residenciais das fontes de ocupação;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
VIII - a regulamentação do parcelamento, uso e ocupação do solo terá caráter incentivador
para os agentes promotores;
IX - serão preservadas as áreas tombadas nos termos da legislação municipal, estadual ou
federal;
X - o sistema de transporte coletivo terá prioridade nas ações governamentais voltadas para
infra-estrutura e serviços de apoio;
XI - as restrições às formas de poluição serão abrangentes em todas as suas manifestações,
inclusive sonoras, sobretudo nas áreas de maior densidade populacional;
XII - a estratégia de utilização dos recursos energéticos deverá contemplar fontes alternativas
Legislação – Volume II 18
XVI - o Município organizará o sistema de defesa civil em sua área de competência,
assegurando, em articulação com as outras esferas de Governo, o controle das situações
emergenciais em áreas de risco.
CAPÍTULO III
LINHAS ESTRATÉGICAS
Art.11. Visando alcançar o objetivo central da política municipal de desenvolvimento e de
expansão urbana são adotadas as seguintes linhas estratégicas:
I - adoção de políticas públicas voltadas para a preservação do meio ambiente;
II promoção do desenvolvimento econômico do Município por meio da criação e
consolidação de atividades produtivas competitivas;
III - promoção do desenvolvimento social do Município;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
IV - qualificação do espaço físico-territorial do Município, por meio da adoção de políticas
públicas voltada para o meio urbano.
V - fortalecimento da gestão municipal.
SEÇÃO I
DAS ESTRATÉGIAS DE PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Art. 12. Para a preservação do meio ambiente do Município de São Gonçalo serão adotadas
as seguintes estratégias, representadas por políticas públicas:
I - adoção de um modelo de gestão ambiental para unidades de conservação direcionado
para resultados e que contribua para o aproveitamento sustentável dos recursos naturais, a
Legislação – Volume II 19
II - incentivo e apoio à agricultura urbana, com a utilização das pequenas propriedades com
agricultura familiar, visando à ampliação da base produtiva municipal;
III - incentivo à indústria da construção, a partir da promoção do adensamento e da
verticalização em áreas específicas da cidade e da recuperação das habitações subnormais,
com construção de conjuntos habitacionais para populações de baixa renda;
IV - incentivo e promoção das atividades de apoio ao setor turístico regional;
V - promoção do desenvolvimento empresarial e da elevação do nível de qualificação da
mão-de-obra local para o provimento do mercado de trabalho, priorizando a instalação de
oportunidades de educação profissional nos níveis de formação inicial e continuada, técnico
e tecnológico;
VI - promoção do acesso e ampliação das linhas de crédito e micro crédito junto aos diversos
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
organismos voltados para o setor.
SEÇÃO III
DAS ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Art. 14. A promoção do desenvolvimento social do Município será atendida com a adoção
das seguintes estratégias:
I – estratégias para habitação, mediante:
a) adoção de política habitacional que assegure o direito à moradia digna como direito social
definido no art. 60 da Constituição da República e aprimoramento das políticas de
ordenamento territorial e desenvolvimento urbano, de forma articulada com as diversas
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a) proteção social a indivíduos e famílias, tendo em vista o respeito aos direitos fundamentais
do cidadão, o fortalecimento dos vínculos familiares e a superação da pobreza na
perspectiva da inclusão social;
b) promoção da participação comunitária e adoção de mecanismos que promovam a
gestão municipal participativa;
c) implantação de melhorias no processo de planejamento integrado, supervisão e avaliação
das ações voltadas à promoção do desenvolvimento humano, à erradicação da miséria, à
redução dos níveis de pobreza, ao combate a fome e à melhoria da qualidade de vida da
população, tendo em vista a ampliação da efetividade dos programas municipais de
promoção social;
d) articulação com a sociedade civil organizada tendo em vista o fortalecimento do
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
relacionamento governamental com os diferentes segmentos sociais e a promoção do
diálogo social e da negociação coletiva, bem como a implementação de ações conjuntas
baseadas no princípio da parceria e da responsabilidade social;
IV - estratégias para desenvolvimento da cultura, esporte e lazer, mediante:
a) promoção da inclusão de grupos sociais específicos por meio de ações de valorização
cultural, tendo em vista promover a sua integração à sociedade, como sujeitos a quem
cabem direitos e deveres;
b) valorização e incentivo às manifestações culturais locais, visando o resgate histórico e a
recuperação das raízes e tradições típicas de São Gonçalo e região;
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SEÇÃO IV
DAS ESTRATÉGIAS PARA QUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO URBANO
Art. 15. A qualificação do espaço físico-territorial do Município será realizada por meio da
adoção de políticas públicas voltadas para o meio urbano abrangendo:
I – o espaço urbano, por intermédio de:
a) implementação de sistema de planejamento urbano e habitacional, de forma a prover o
município de informações, estudos e instrumentos que subsidiem a tomada de decisões
relativas à formulação de políticas públicas municipais para o setor;
b) organização do território do Município a partir do macrozoneamento e do zoneamento de
usos e ocupações, de modo a qualificar e caracterizar as áreas aptas à consolidação e ao
adensamento urbano e às áreas de interesse paisagístico e ambiental;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
c) organização da configuração urbana a partir de aspectos funcionais, com a promoção da
organização do espaço urbano de forma a facilitar o desenvolvimento de atividades
cotidianas na cidade, incluindo a hierarquização da malha viária, o incentivo à diversificação
de usos urbanos - residencial, comercial, institucional e de serviços, de forma a possibilitar uma
estrutura coesa de vida e trabalho;
d) qualificação dos espaços públicos visando a estruturação da cidade, o que implica na
execução de obras de revitalização urbana, tais como: tratamento de vias e ciclovias;
sinalização, nomenclatura e arborização de vias e logradouros; construção e recuperação de
calçadas; instalação de mobiliário urbano e de malha de áreas verdes, parques infantis e
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II – a implantação de infra-estrutura, mediante:
a) elaboração e implementação do Plano Diretor de Recursos Hídricos, como instrumento de
definição dos tipos de ocupação adequados para cada área do Município, estabelecendo as
prioridades, visando minimizar conflitos existentes e proporcionar uma exploração racional e
sustentável dos recursos hídricos;
b) incremento e melhoria da infra-estrutura de abastecimento de água, esgotamento
sanitário, manejo de águas pluviais urbanas e manejo de resíduos sólidos, para atendimento
da demanda atual e futura do Município;
c) ampliação dos programas de educação sanitária e ambiental no sentido de: (i) sensibilizar
a população para a utilização sustentável dos recursos hídricos; (ii) utilizar adequadamente os
sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de águas pluviais
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
urbanas e manejo de resíduos sólidos; (iii) ampliar o conceito de implantação da infra-
estrutura, que atualmente se restringe a intervenções físicas para a maioria da população,
possibilitando uma visão que englobe os aspectos de operação, manutenção,
sustentabilidade econômica e ambiental, além dos aspectos sociais e de saúde pública;
d) regularização das concessões para os serviços, provendo os sistemas de dispositivos que
proporcionem sustentabilidade financeira ao longo de todo o período de concessão, aí
incluídos a elaboração de projeto, a implantação de sistemas, as rotinas de operação e
manutenção, as avaliações ambientais e os mecanismos para tarifação dos serviços
prestados;
Legislação – Volume II 23
lógica da capilaridade, ou seja, da ampliação da área de cobertura dos trajetos das linhas,
de forma a criar menores percursos a pé e maior segurança ao cidadão;
e) incentivo à integração multimodal dos transportes públicos, coletivos, com a adoção dos
princípios da integração e da complementaridade de modos e serviços, convergindo para a
racionalização e melhoria do sistema estrutural de circulação;
f) adoção de um modelo sistêmico e integrado de gestão dos serviços de transporte público
coletivo, visando regulamentar, orientar e controlar a oferta e reorganizar o Sistema.
SEÇÃO V
DA ESTRATÉGIA DE FORTALECIMENTO DA GESTÃO MUNICIPAL
Art. 16. A modernização da administração pública, a melhoria dos serviços públicos e a gestão
integrada e sistêmica do Município, são ações prioritárias que incluem readequação da
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
estrutura organizacional do Poder Executivo, o aparelhamento dos órgãos da administração
pública municipal, a revisão de processos e procedimentos de trabalho, a introdução de
inovações tecnológicas, a capacitação dos servidores municipais e a melhoria de instalações,
equipamentos e mobiliário.
Art. 17. Constitui também estratégia para o fortalecimento da gestão municipal o
aperfeiçoamento dos mecanismos e ampliação dos incentivos para a participação popular
na gestão municipal, mediante:
I - implantação, no âmbito da administração municipal, de mecanismos de participação
social no processo de formulação e execução das políticas públicas e na busca de soluções
Legislação – Volume II 24
serviços voltados ao atendimento das necessidades básicas dos cidadãos gonçalenses e para
o aperfeiçoamento das condições de fiscalização e avaliação da qualidade de tais serviços;
VI - aperfeiçoamento da gestão financeira, contábil e fiscal, com a revisão e incremento das
diretrizes, estratégias, mecanismos, processos e condições tecnológicas inerentes à gestão
financeira, contábil e fiscal, de modo a promover a racionalização e o controle das despesas
e o aumento da arrecadação municipal;
VII - adoção de parcerias entre os setores público, privado e terceiro setor, como estratégia de
ampliação de recursos e de resultados, tendo em vista a ação integrada e a instalação de
condições necessárias ao desenvolvimento municipal.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Art. 18. O território municipal é dividido em Macrozonas integradas com o objetivo de
possibilitar o planejamento adequado para implementação das estratégias e ações definidas
pelo Plano Diretor.
Art. 19. Ficam instituídas as seguintes Macrozonas integradas no Município de São Gonçalo,
conforme Anexo II desta Lei Complementar:
I - Macrozona de Preservação Ambiental
II - Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana.
Art. 20. Sobrepõem-se à Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana as Áreas de
Diretrizes Especiais, que exigem parâmetros de uso e ocupação do solo diferenciados e
Legislação – Volume II 25
Art. 24. A área urbana com atividades rurais está contida na Macrozona de Preservação
Ambiental, em Zona de Uso Sustentável, destinada às atividades agrossilvopastoris e
extrativistas.
Art. 25. Nas Macrozonas o coeficiente de aproveitamento básico será igual a 1,0 (hum) para
todos os lotes, independente da Macrozona onde estiverem localizados, exceto em casos da
Zona de Uso Restrito, na forma tratada nos termos da Lei.
CAPÍTULO I
DA MACROZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Art. 26. A Macrozona de Preservação Ambiental, conforme Anexo III desta Lei Complementar,
é dividida nas seguintes zonas:
I - Zona de Uso Restrito – ZR;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
II - Zona de Uso Sustentável - ZS;
§1º A Lei de Uso e Ocupação do Solo normaliza e regula a produção e organização dos
espaços urbanos dentro das zonas, indicando parâmetros urbanísticos.
§2º A Macrozona de Preservação Ambiental é dedicada à proteção dos ecossistemas e dos
recursos naturais.
SEÇÃO I
DA ZONA DE USO RESTRITO
Art. 27. A Zona de Uso Restrito é aquela que abriga ecossistemas que requerem proteção
ambiental, como a Mata Atlântica, mangues e unidades de conservação, e onde são
Legislação – Volume II 26
Art. 32. Na Zona de Uso Sustentável é permitida a atividade urbana já existente, com baixa
densidade de ocupação, sendo, porém, coibida a expansão dessa ocupação.
Parágrafo único. A Zona de Uso Sustentável visa garantir a perenidade dos recursos ambientais
renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais atributos
ecológicos, de forma socialmente justa e economicamente viável.
Art. 33. Aplica-se aos terrenos particulares situados na Zona de Uso Sustentável o instrumento
da transferência do direito de construir.
Art. 34. Na Zona de Uso Restrito será utilizado o Imposto sobre Propriedade Territorial e Urbana -
IPTU com alíquota diferenciada, nos termos do art. 156, § 1º, inciso II, da Constituição Federal:
I - com desconto de 50% (cinqüenta por cento) sobre a alíquota incidente nos lotes situados
na Zona de Uso Sustentável, que possuam áreas iguais ou acima de 10.000m2;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
II - com desconto de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a alíquota incidente nos lotes
situados na Zona de Uso Sustentável, que possuam áreas iguais ou acima de 5.000m 2 e
menores do que 10.000 m².
CAPÍTULO II
DA MACROZONA DE ESTRUTURAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA
Art. 35. A Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, conforme Anexo IV desta Lei
Complementar, é dividida em cinco zonas:
I - Zona de Urbanização Consolidada – ZUC1;
II - Zona de Urbanização em Consolidação – ZUC2;
Legislação – Volume II 27
Parágrafo único. Na Zona de Urbanização Consolidada o coeficiente de aproveitamento
máximo é igual a 10,0 (dez).
Art. 37. A Zona de Urbanização em Consolidação é aquela onde as condições de infra-
estrutura básica permitem a intensificação moderada do uso e ocupação do solo.
Parágrafo único. Na Zona de Urbanização em Consolidação o coeficiente de aproveitamento
máximo é igual a 3,0 (três).
Art. 38. A Zona de Urbanização Controlada é aquela onde a carência da infra-estrutura, da
rede viária e a necessidade de maior controle sobre o meio ambiente natural e construído
restringem a intensificação do uso e ocupação do solo, impondo limites a construções.
Parágrafo único. Na Zona de Urbanização Controlada o coeficiente de aproveitamento
máximo é igual a 1,0 (hum).
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Art. 39. A Zona de Dinamização é aquela onde a disponibilidade de infra-estrutura, de rede
viária de fácil acesso, o meio ambiente natural e construído e a estratégia de desenvolvimento
territorial permitem a intensificação do uso e ocupação do solo com a instalação de
equipamentos de grande porte protegendo a comunidade local sendo preservada as
características da população tradicional (Caiçaras e Pescadores Artesanais).
Parágrafo único. Na Zona de Dinamização o coeficiente de aproveitamento máximo é igual a
dois.
Art. 40. A Zona Industrial é aquela onde a disponibilidade de infra-estrutura adequada, a rede
viária de fácil acesso e que abrigue o tráfego de veículos de grande porte, o meio ambiente
Legislação – Volume II 28
CAPÍTULO III
DAS UNIDADES DE PLANEJAMENTO TERRITORIAL
Art. 43. Ficam instituídas, para fins de ordenamento e gestão do território, Unidades de
Planejamento Territorial que corresponderão a conjuntos de bairros do Município, serão
definidas a partir de estudos especializados e implantadas por meio de lei específica.
§1º Serão elaborados Planos de Desenvolvimento Local para cada uma das Unidades de
Planejamento Territorial referidas neste artigo.
§2º Os Planos de Desenvolvimento Local serão propostos pelo Poder Executivo, a cada dois
anos, sucessivamente, mediante Projetos de lei a serem submetidos à Câmara Legislativa,
sendo considerados complementares a este Plano Diretor, como parte contínua do processo
de planejamento urbano.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
§3º Os Planos de Desenvolvimento Local terão como conteúdo mínimo:
I - projetos especiais de intervenção urbana;
II - indicação de prioridades e metas das ações a serem executadas;
III - previsões orçamentárias relativas aos serviços e às obras a serem realizados.
§4° Os Planos de Desenvolvimento Local serão elaborados pelo Poder Executivo, para o
período de 5 (cinco) anos, passíveis de revisão a cada ano, por iniciativa do Poder Executivo
ou por iniciativa popular, mediante lei específica, desde que comprovado o interesse público.
§5° O prazo de vigência do Plano de Desenvolvimento Local poderá ser prorrogado, mediante
lei específica de iniciativa do Poder Executivo, por até cinco anos.
Legislação – Volume II 29
§4º A operação do Sistema de Transportes Urbanos compete ao Município, podendo ser
executada diretamente ou mediante contrato de concessão com terceiros, precedido
sempre de licitação pública.
Art. 45. A política de transporte municipal deverá ser integrada às demais políticas urbanas, de
forma especial com as de uso do solo e meio ambiente, e tem por objetivos:
I - compatibilizar a acessibilidade com o uso e parcelamento do solo urbano planejados;
II - induzir a uma ocupação urbana racional, de forma a melhorar e racionalizar o uso da infra-
estrutura existente ou prevista;
III - proporcionar condições adequadas de deslocamento para atender às necessidades
básicas da população;
IV - assegurar a circulação de bens necessários ao funcionamento da estrutura de produção,
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
comércio e serviços, sem comprometer o deslocamento das pessoas;
V - garantir uma oferta de transporte público de passageiros compatível com a demanda e
com a renda dos usuários;
VI - estimular o uso do transporte público de passageiros, proporcionando alternativas capazes
de reduzir o uso do transporte individual;
VII - compatibilizar os Sistemas de Transportes Urbanos de São Gonçalo e, de forma especial, o
Transporte Público de Passageiros, objetivando a integração operacional e tarifária.
Art. 46. Constituem diretrizes gerais para execução da política de transportes urbanos:
I - priorizar a circulação das pessoas em relação aos veículos, restituindo e ampliando os
Legislação – Volume II 30
VI - limitar o uso de espaço público para fins de estacionamento de veículo por período de
longa duração, na área central e nas vias de elevado volume de tráfego, ofertando
alternativas de períodos de curta duração e utilizando mecanismos de tarifação adequados;
VII - estimular a implantação de estacionamentos periféricos integrados ao transporte público
e disciplinar as áreas de estacionamento público exploradas pelo setor privado;
VIII - adotar técnicas eficientes para melhoria do sistema de transporte público e de
circulação, considerando a utilização de veículos com melhor desempenho operacional e os
sistemas eletrônicos;
IX - restringir a circulação de veículos de grande porte destinados ao transporte de carga nas
vias de elevado volume de tráfego, limitando rotas e horários de operação, bem como áreas
para carga e descarga;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
X - estimular o escalonamento de horários para funcionamento das principais atividades
geradoras de tráfego, de forma a reduzir os deslocamentos nos horários de pico.
Art. 47. As vias arteriais e coletoras integrantes da rede viária básica do Município estão
definidas no Anexo V desta Lei Complementar.
Parágrafo único. O parcelamento do solo urbano deverá considerar a rede viária básica
definida neste Plano, bem como harmonizar-se com o sistema de transporte do seu entorno.
Art. 48. O Poder Executivo municipal, por meio dos órgãos setoriais competentes, em
articulação com o órgão central do planejamento, deverá rever o Plano Diretor de Transportes
Urbanos - PDTU, instrumento básico para nortear o funcionamento dos sistemas de transporte,
Legislação – Volume II 31
§3º No bairro de Alcântara será permitida somente a parada dos ônibus para efeito de
embarque e desembarque, de forma a evitar a concentração de ônibus naquela localidade.
§4º Poderão ser indicadas outras áreas para terminal rodoviário.
CAPÍTULO II
DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Art. 52. O Poder Público Municipal definirá as formas e as condições para a construção de
habitação de interesse social, estabelecendo, entre outros, os seguintes critérios:
I - padrões de parcelamento do solo e da unidade habitacional;
II - preços e mecanismos de financiamento específicos para as diferentes faixas de renda
serem atendidas;
III - nos casos dos programas e projetos habitacionais de interesse social poderá ser utilizado o
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
instrumento da Concessão de Direito Real de Uso para os imóveis públicos;
IV - os programas e projetos habitacionais de interesse social que demandarem dispêndio de
recursos por parte do Poder Público Municipal devem ser objeto de controle social, garantida
a participação de comunidades, movimentos e entidades da sociedade civil.
Art. 53. O Poder Público prestará assistência técnica, urbanística, jurídica e social gratuita aos
indivíduos, entidades, grupos comunitários e movimentos nas áreas de Habitação de Interesse
Social, buscando promover a inclusão na Cidade da população de baixa renda.
CAPÍTULO III
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
Legislação – Volume II 32
XIV – estudos e relatórios de impacto ambiental
SEÇÃO I
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL
Art. 55. São consideradas Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, as áreas de assentamentos
habitacionais de população de baixa renda, surgidas espontaneamente, existentes,
consolidados ou propostos.
Art. 56. As Zonas Especiais de Interesse Social deverão ser criadas com o objetivo de promover
a regularização fundiária e edilícia de imóveis em situação irregular, bem como de produzir
habitações de interesse social.
Art. 57. As Zonas Especiais de Interesse Social serão objeto de legislação municipal específica,
que as regulamentará e estabelecerá seus limites.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Art. 58. As Zonas Especiais de Interesse Social terão planos urbanísticos e de regularização
fundiária específicos, observando-se para sua execução as seguintes diretrizes:
I - adequar a propriedade e sua função social, priorizando o direito de moradia sobre o direito
de propriedade;
II - exercer efetivamente o controle do uso e ocupação do solo;
III – preservar, sempre que possível, a tipicidade e características da ocupação, as edificações
existentes e o traçado urbano, quando da intervenção do Poder Público municipal;
IV - destinar os investimentos públicos ao atendimento das necessidades locais, notadamente
as de habitação, equipamentos urbanos e comunitários, sistema viário, lazer e meio ambiente;
Legislação – Volume II 33
I - parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;
II - imposto predial e territorial urbano-IPTU progressivo no tempo;
III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública.
Parágrafo único. É considerado solo urbano subutilizado o lote ou a gleba edificado nas
seguintes condições:
I - destinado exclusivamente ao uso residencial unifamiliar que contenha edificações cuja
área seja inferior a 10% do coeficiente de aproveitamento básico ou área inferior a 450 metros
quadrados, prevalecendo o índice menor;
II - destinado aos demais usos, que contenha edificações cuja área seja inferior a 20% (vinte
por cento) do coeficiente de aproveitamento básico;
III - área ocupada por estacionamentos ou atividades com uso diferente do estabelecido na
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
legislação urbanística, com ou sem edificação precária, desde que o uso não seja justificado
por estudo de demanda.
Art. 61. Ficam definidas como áreas passíveis de aplicação dos instrumentos previstos no art. 54
desta Lei Complementar, de acordo com os incisos I e II do § 4 o do art. 182 da Constituição
Federal e com os §§ 1o, 2o e 3o, do art. 7o, da Lei Federal no 10.257, de 10 de julho de 2001 -
Estatuto da Cidade, os lotes ou glebas não edificados, subutilizados ou não utilizados, que
estejam localizados na:
I - Zona de Urbanização Consolidada - ZUCI;
II - Zona de Urbanização em Consolidação – ZUC2.
Legislação – Volume II 34
II - a área deve estar ocupada para fins de moradia, sem oposição e pelo prazo ininterrupto
de 5 (cinco) anos;
III - o ocupante não pode possuir outro imóvel urbano ou rural.
Art. 66. São requisitos essenciais e simultâneos para a usucapião coletiva:
I - a área a ser adquirida coletivamente deve ser maior que 250m² (duzentos e cinqüenta
metros quadrados);
II - a área deve estar ocupada por população de baixa renda, utilizando-a para sua moradia
ou de sua família, pelo prazo ininterrupto de 5 (cinco) anos e sem oposição;
III - os ocupantes não podem possuir outro imóvel urbano ou rural.
Art. 67. Deverão ser obedecidas as demais normas constantes do art. 9º a 14 da Lei Federal nº
10.257, de 10 de julho de 2001.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
SEÇÃO IV
DA CONCESSÃO ESPECIAL PARA FINS DE MORADIA
Art. 68. O Executivo deverá outorgar àquele que, até 30 de junho de 2001, residia em área
urbana de até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados), de propriedade pública, por
5 (cinco) anos, ininterruptamente e sem oposição, título de Concessão de Uso Especial para
Fins de Moradia em relação à referida área ou edificação, desde que não seja proprietário ou
concessionário de outro imóvel urbano ou rural, de acordo com artigo 1º da Medida Provisória
nº. 2.220, de 2001.
§1º O Poder Executivo deverá assegurar o exercício do direito de concessão de uso especial
Legislação – Volume II 35
§3º A Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia poderá ser solicitada de forma
individual ou coletiva.
§4º Buscar-se-á respeitar, quando de interesse da comunidade, as atividades econômicas
locais promovidas pelo próprio morador, vinculadas à moradia, como pequenas atividades
comerciais, indústria doméstica, artesanato, oficinas de serviços e outros.
§5º Extinta a Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia, pela constatação da
destinação diversa da moradia para si ou para sua família ou por aquisição de outra moradia,
nos termos previstos pelo art. 8º da Medida Provisória nº. 2.220, de 2001, o Poder
Público recuperará o domínio pleno do imóvel.
§6º É responsabilidade do Poder Público promover as obras de urbanização nas áreas onde foi
obtido coletivamente o título de Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Art. 69. É responsabilidade do Poder Público promover obras de urbanização nas áreas
usucapidas coletivamente para fins de moradia, podendo promover plano de urbanização
com a participação dos moradores para a melhoria das condições habitacionais e de
saneamento ambiental.
SEÇÃO V
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE
Art. 70. O proprietário urbano poderá conceder a outrem, mediante prévia autorização do
Poder Executivo, o direito de superfície do seu terreno, por tempo determinado ou
indeterminado, mediante escritura pública registrada no Cartório de Registro de Imóveis.
Legislação – Volume II 36
§6º O direito de superfície pode ser transferido a terceiros obedecidos os termos do contrato
respectivo.
§7º Por morte do superficiário, os seus direitos transmitem-se aos seus herdeiros.
Art. 71. Em caso de alienação do terreno ou do direito de superfície, o superficiário e o
proprietário, respectivamente, terão direito de preferência, em igualdade de condições à
oferta de terceiros.
Art. 72. Extingue-se o direito de superfície:
I - pelo advento do termo;
II - pelo descumprimento das obrigações contratuais assumidas pelo superficiário.
Art. 73. Extinto o direito de superfície, o proprietário recuperará o pleno domínio do terreno,
bem como das acessões e benfeitorias introduzidas no imóvel, independentemente de
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
indenização, se as partes não houverem estipulado o contrário no respectivo contrato.
§1º Antes do termo final do contrato, extinguir-se-á o direito de superfície se o superficiário der
ao terreno destinação diversa daquela para a qual foi concedida.
§2º A extinção do direito de superfície será averbada no Cartório de Registro de Imóveis.
Art. 74. O Poder Público municipal poderá conceder, de forma onerosa, às empresas
concessionárias de serviços públicos o direito de superfície para utilização do solo público do
município.
§1º Lei específica estabelecerá as normas para implantação de estações de serviço,
subestações, derivações, torres de transmissão, postes, ramais aéreos ou subterrâneos,
Legislação – Volume II 37
I - regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III - constituição de reserva fundiária;
IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
Parágrafo único. A lei municipal prevista no §1º do art. 75 desta Lei Complementar deverá
enquadrar cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
finalidades enumeradas por este artigo.
Art. 77. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o Município,
no prazo máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.
§1º À notificação mencionada no caput será anexada proposta de compra assinada por
terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constará preço, condições de
pagamento e prazo de validade.
§2º O Município fará publicar, em órgão oficial e em pelo menos um jornal local ou regional de
grande circulação, edital de aviso da notificação recebido nos termos do caput deste artigo e
a intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.
Legislação – Volume II 38
§2º O valor do metro quadrado de área construída, da outorga mencionada neste artigo, será
igual ao valor venal do metro quadrado do terreno, constante da Planta de Valores Imobiliário
do Município de São Gonçalo, incorporando fatores de atualização monetária, entre a data-
base utilizada para a determinação do valor do imóvel e a data do efetivo pagamento da
outorga.
§3º O Poder Executivo deverá submeter à Câmara Municipal lei que disponha sobre o
recebimento de imóveis urbanos em pagamento de outorga onerosa.
Art. 79. O Poder Executivo poderá outorgar de forma gratuita, para iniciativa privada e demais
agentes promotores, a título de contrapartida pelo incentivo à promoção social, autorização
para construir habitação de interesse social com área edificada superior àquela permitida
pelo coeficiente de aproveitamento básico, respeitados os limites máximos, definidos neste
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Plano Diretor.
Parágrafo único. Esta autorização deverá ser feita mediante análise conclusiva do projeto de
habitação de interesse social.
Art. 80. A Lei de Uso e Ocupação do Solo ou lei específica estabelecerá as condições a serem
observadas para a outorga onerosa do direito de construir, determinando se for o caso:
I – a fórmula de cálculo para a cobrança;
II – os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;
III – a contrapartida do beneficiário.
Art. 81. A edificação que ultrapassar a área autorizada no alvará de construção e, desde que
Legislação – Volume II 39
III – a contrapartida do beneficiário.
Art. 84. Os recursos auferidos com a adoção da outorga onerosa de alteração de uso serão
depositados no Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano – FMDU e aplicados nas
finalidades previstas nos incisos I a VIII do art. 76 desta Lei Complementar.
SEÇÃO IX
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
Art. 85. O Poder Público municipal delimitará, por meio de lei específica, áreas para a
aplicação do instrumento da Operação Urbana Consorciada, visando alcançar
transformações urbanísticas e estruturais na cidade.
§1º Entende-se por Operação Urbana Consorciada o conjunto integrado de intervenções e
medidas a serem coordenadas pelo Poder Público, com a participação de proprietários,
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar em uma
área transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.
§2º Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas:
I - a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e do
subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas
decorrente;
II - a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo com a
legislação vigente.
Art. 86. Na lei específica que aprovar a operação urbana consorciada deverá constar o Plano
Legislação – Volume II 40
Art. 87. A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá prever a emissão
pelo Município de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de
construção, que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento das obras
necessárias à própria operação.
§1º Os certificados de potencial adicional de construção serão livremente negociados, mas
conversíveis em direito de construir, unicamente na área objeto da operação.
§2º Apresentado pedido de licença para construir, o certificado adicional será utilizado no
pagamento da área de construção que supere os padrões estabelecidos pela legislação de
uso e ocupação do solo, até o limite fixado pela lei específica que aprovar a operação
urbana consorciada.
§3º A lei específica da operação urbana consorciada estabelecerá um estoque de área
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
adensável, independente dos estoques da Zona em que estiver situada, em função da
organização espacial dos usos pretendidos e um programa de obras públicas necessárias e
previstas, devendo este estoque ser adquirido onerosamente pelos proprietários e
empreendedores interessados em participar da operação.
§4º Os proprietários de lotes ou glebas poderão apresentar propostas para Operação Urbana
Consorciada, devendo ser demonstrados, concomitantemente, o interesse público e anuência
expressa de pelo menos ²/3 (dois terços) dos proprietários envolvidos na proposta, cabendo
aos proprietários o financiamento da infra-estrutura básica para sua viabilização.
SEÇÃO X
Legislação – Volume II 41
Art. 89. O proprietário de imóvel poderá requerer ao Poder Executivo o estabelecimento de
Consórcio Imobiliário como forma de valorização financeira do plano de urbanização.
Art. 90. No Consórcio Imobiliário o proprietário entrega ao Poder Executivo seu imóvel e, após a
realização de obras, recebe como pagamento, imóvel devidamente urbanizado de valor
correspondente ao valor original de seu imóvel, antes das obras realizadas com recursos
públicos.
SEÇÃO XI
DA OPERAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Art. 91. O Poder Público Municipal poderá, em Operação de Interesse Social, outorgar
autorização para construir área superior àquela correspondente ao coeficiente de
aproveitamento básico para usos não residenciais, em troca de valor equivalente em
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
habitação de interesse social, na mesma operação.
Art. 92. Será exigido, na Operação de Interesse Social, que o total de área construída para
habitação seja, no mínimo, igual à área do terreno.
Art. 93. O Poder Público municipal poderá declarar de interesse social para fins de
desapropriação, imóveis incluídos em Operação de Interesse Social cujos proprietários não
participem dos projetos, como forma de facilitar a sua execução.
Parágrafo único. As despesas com a indenização dos imóveis desapropriados correrão por
conta dos proprietários participantes da Operação de Interesse Social.
Art. 94. O Poder Público municipal poderá convocar proprietários de imóveis para participarem
Legislação – Volume II 42
Art. 96. O potencial construtivo do imóvel impedido por lei de utilizar plenamente o coeficiente
de aproveitamento da área urbana em que estiver localizado poderá ser transferido, por
instrumento público, mediante prévia autorização do Poder Executivo, obedecidas às
disposições desta Lei Complementar.
Parágrafo único. A transferência do potencial construtivo para uma zona passível de
adensamento poderá ser concedida pelo Poder Executivo, como forma de indenização,
mediante acordo com o proprietário, nas desapropriações destinadas a obras viárias,
equipamentos públicos, urbanização de favelas e nos programas executados nas Zonas
Especiais de interesse Social.
SEÇÃO XIII
DOS ESTUDOS DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Art. 97. Empreendimentos de impacto são aqueles, públicos ou privados, cujo efeito de sua
implantação venha a gerar comprometimento da infra-estrutura básica, danos para os
ecossistemas e para a sociedade.
Parágrafo único. Os empreendimentos potencialmente impactantes ao meio ambiente,
estarão sujeitos a um prévio licenciamento ambiental pelo órgão ambiental municipal, de
acordo com os preceitos da Resolução CONAMA no 001/88 e no. 237/97 e do Código
Municipal de Meio Ambiente.
Art. 98. Deverão apresentar Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV e Relatório de Impacto de
Vizinhança - RIV os empreendimentos públicos ou privados cujos projetos venham a
Legislação – Volume II 43
IX - a valorização ou desvalorização imobiliária;
X - a ventilação e iluminação;
XI - a alteração da paisagem urbana, do patrimônio natural ou cultural;
XII - a geração e destinação de resíduos.
XIII – ocorrência de impacto sobre as comunidades tradicionais;
Parágrafo único. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV e RIV, que ficarão
disponíveis para consulta, no órgão competente do Poder Público municipal, para qualquer
interessado.
Art. 101. Compete ao órgão central de Planejamento, ao classificar os empreendimentos
como causadores de Impacto de Vizinhança, elaborar parecer técnico quanto à liberação da
licença condicionada ao atendimento das exigências a serem feitas ao empreendedor para
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
que, às suas expensas, em forma de contrapartida, realize obras ou programe medidas
corretivas no sentido de eliminar, atenuar, compensar ou neutralizar os impactos previstos.
SEÇÃO XIV
DO ESTUDO PRÉVIO E DO RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
Art. 102. Deverá ser realizado o estudo prévio de impacto ambiental e respectivo relatório
(EIA/RIMA), para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente
causadoras de significativa degradação do meio ambiente, ao qual se dará publicidade,
garantida a realização de audiências públicas.
Parágrafo único. O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou
Legislação – Volume II 44
e) outorga onerosa da alteração de uso;
III - alienação ou locação de imóveis em razão de finalidades urbanísticas;
IV - dotações orçamentárias e créditos adicionais suplementares a ele destinados;
V - repasses ou dotações de origem orçamentária da União;
VI - empréstimos de operações de financiamento internos ou externos;
VII - contribuições e subvenções de instituições financeiras oficiais;
VIII - recursos provenientes de convênios com organismos e entidades nacionais ou
internacionais, governamentais e não governamentais;
IX - doações e contribuições de pessoas físicas e jurídicas;
X - acordos, contratos, consórcios e convênios;
XI - rendimentos obtidos com a aplicação do seu próprio patrimônio;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
XII - retorno das aplicações nos projetos e programas;
XIII - contribuição de melhoria decorrente de obras públicas
XIV - multas, correção monetária e juros recebidos em decorrência de aplicações de
instrumentos urbanísticos;
XV - taxas decorrentes de atividades de natureza urbanística;
XVI - preços públicos oriundos de prestação de serviços e emissão de documentos de
natureza urbanística;
XVII - quaisquer outros recursos ou rendas que lhe sejam destinados.
Art. 105. A gestão dos recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano atenderá aos
Legislação – Volume II 45
Art. 107. O órgão responsável pelo Sistema de Planejamento e Controle Urbano e Territorial será
responsável pela elaboração, atualização, controle e avaliação do Plano Diretor do Município
de São Gonçalo e dos Planos de Desenvolvimento Local, nos termos do contido no art.43
desta Lei.
Parágrafo único. Além do Plano Diretor e os Planos de Desenvolvimento Local alimentarão o
Plano de Governo, o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual
de São Gonçalo e outros instrumentos de planejamento municipal.
Art. 108. Além das atribuições que lhe forem conferidas em lei, caberá ao órgão responsável
pela coordenação do Sistema de Planejamento e Controle Urbano e Territorial:
I - coordenar e acompanhar a fase executiva do Plano Diretor e elaborar as propostas de
revisão normativa, mediante fundamentação técnica e audiência dos órgãos diretamente
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
envolvidos;
II – elaborar, avaliar e encaminhar as propostas, bem como as revisões, dos Planos de
Desenvolvimento Local, dentro dos prazos assinalados.
III - elaborar, avaliar e encaminhar as propostas referentes à legislação de parcelamento e de
uso e ocupação do solo, ouvidos os órgãos descentralizados;
IV - disciplinar o uso e controlar o consumo e disponibilidade dos estoques de área edificável
promovendo sua revisão periódica, ouvidos os órgãos descentralizados;
V - pronunciar-se sobre os empreendimentos que possam causar impacto de vizinhança ou
impacto ambiental, conforme previsto em lei;
Legislação – Volume II 46
Art. 110. O COMPUR é parte integrante do Sistema Nacional de Conselhos de Cidades e do
Sistema Municipal de Planejamento.
Art. 111. O Conselho Municipal de Política Urbana – COMPUR-SG terá como atribuições
permanentes:
I - manifestar-se sobre as políticas, diretrizes e estratégias de zoneamento, produção,
ocupação e uso do solo, saneamento básico, habitação, transporte e mobilidade do
Município;
II - pronunciar-se sobre as propostas, iniciativas, programas, planos e projetos referentes ao
desenvolvimento do Município, notadamente as que exerçam impacto sobre o espaço
urbano;
III - propor dispositivos e instrumentos de fiscalização e controle das normas de ocupação do
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
solo.
IV - propor a edição de normas municipais de natureza urbanística e manifestar-se sobre
propostas de criação e alteração da legislação pertinente ao desenvolvimento urbano;
V - propor aos órgãos competentes medidas e normas para a implantação,
acompanhamento, avaliação da legislação urbanística e, em especial do Plano Diretor e dos
Planos de Desenvolvimento Locais;
VI – propor a criação de mecanismos de articulação entre os programas e os recursos
municipais de impacto sobre o desenvolvimento urbano e ambiental;
VII – apoiar mecanismos de cooperação entre os Governos da União, Estados e dos Municípios
Legislação – Volume II 47
XVI – opinar sobre ameaças à defesa do patrimônio histórico, arquitetônico, natural e cultural
do município;
XVII – propor medidas com vistas à implantação do planejamento urbano contínuo no
município;
XVIII – sugerir medidas a serem tomadas pelos órgãos fiscalizadores da política urbana do
Município;
XIX – opinar sobre a cartografia oficial do município bem como quanto ao fornecimento de
informações da base de dados geográficos do Município.
Art. 112. As deliberações do Conselho Municipal de Política Urbana deverão estar articuladas
com os Conselhos Setoriais do Município, buscando a integração das diversas ações e políticas
responsáveis pela intervenção urbana, garantindo-se sempre a participação da sociedade.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Art. 113. O Conselho Municipal de Política Urbana será constituído de 27 (vinte e sete)
Conselheiros, obedecida a seguinte composição:
I - 10 (dez) representantes indicados pelo Poder Executivo;
II - 2 (dois) representantes indicados pelo Poder Legislativo;
III - 6 (seis) representantes indicados pelos Movimentos Sociais e Populares;
IV - 2 (dois) representantes indicados pelo segmento empresarial;
V - 2 (dois) representantes indicados pela organização sindical, entidade de classe ou
associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano;
VI - 3 (três) representantes indicados pelas entidades profissionais, acadêmicas e de pesquisa;
Legislação – Volume II 48
Parágrafo único. Para garantir a gestão democrática da cidade, deverão ser utilizados, entre
outros, os seguintes instrumentos:
I - órgão colegiado de política urbana:
II - debates, audiências e consultas públicas;
III - conferências sobre assuntos de interesse urbano, no nível municipal;
IV - iniciativa popular de projeto de lei e de planos, programas e projetos de desenvolvimento
urbano.
Art. 115. A gestão urbana assegurará os meios de permanente consulta aos órgãos federais e
estaduais com influência no espaço urbano, bem como aos Municípios compreendidos na
Grande São Gonçalo ou na Região Leste-Metropolitano, assegurando-se o acesso e voz dos
representantes de cada instância mencionada junto ao Conselho Municipal de Política
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Urbana, em reuniões do Conselho que tratem de assuntos comuns aos mesmos.
TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 116. A legislação atual de São Gonçalo relativa ao parcelamento, uso e ocupação do solo
permanece em vigor até que se dê a aprovação de legislação específica sobre a matéria,
exceto quanto ao coeficiente de aproveitamento diferenciado por zona, que obedecerá ao
disposto na presente Lei.
Art. 117. A manutenção do sistema de instrumentos para o planejamento deverá ser feita
mediante permanente atualização.
Legislação – Volume II 49
Parágrafo único. Os estudos de que trata o presente artigo deverão estar concluídos no prazo
máximo de 8 (oito) meses após a publicação desta Lei, sendo as normas respectivas propostas
na forma de um Projeto de Lei Complementar, de autoria do Poder Executivo, que altere o
presente Plano Diretor naquilo que for pertinente.
Art. 121. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 122. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei Complementar no 065/91,
publicada em 09 de dezembro de 1991.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
Legislação – Volume II 50
Legislação – Volume II
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Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
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Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
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Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
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Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
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Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
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Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
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Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
Legislação – Volume II
ANTEPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
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Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
ÍNDICE
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
SUBSEÇÃO III DOS USOS INDUSTRIAIS - IND 69
CAPÍTULO IV DA CONSTRUÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E DA INSTALAÇÃO DOS USOS.................... 71
SEÇÃO I DOS PARÂMETROS GERAIS ............................................................................................. 71
SUBSEÇÃO I DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO 72
SUBSEÇÃO II DA TAXA DE PERMEABILIZAÇÃO 72
SUBSEÇÃO III DOS DEMAIS ÍNDICES URBANÍSTICOS 72
SUBSEÇÃO IV DA TAXA DE OCUPAÇÃO MÁXIMA 72
SUBSEÇÃO V AFASTAMENTOS MÍNIMOS 73
SUBSEÇÃO VI ALTURA MÁXIMA 73
CAPÍTULO V DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES ................................................................................ 73
TÍTULO III DISPOSIÇÕES FINAIS ..................................................................................................... 74
Legislação – Volume II 60
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DE USOE OCUPAÇÃO DO SOLO No ___ DE
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DOS OBJETIVOS
Art. 1º A presente Lei Complementar dispõe sobre o uso e ocupação do solo urbano no
Município de São Gonçalo, observadas as disposições contidas na legislação federal e
estadual relativas à matéria e no Plano Diretor do Município de São Gonçalo.
Art. 2º Esta Lei Complementar tem por objetivo:
I- promover a implementação das diretrizes de desenvolvimento sustentável e de
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
ordenamento territorial urbano, em especial as relativas à função social da propriedade
urbana, constantes do Plano Diretor de São Gonçalo;
II - adequar a ocupação dos espaços tendo em vista a saúde, a segurança da
população e a proteção ao patrimônio ambiental e cultural;
III - evitar a concentração e a dispersão excessiva da ocupação dos espaços urbanos
potencializando o uso da infra-estrutura urbana;
IV - promover a distribuição das atividades no território urbano.
Art. 3º Para os fins desta Lei Complementar, entende-se como:
I- alinhamento do lote, a linha divisória entre o lote e o logradouro público;
II - área construída ou área de construção: a área total de todos os pavimentos de um
edifício, incluídos os espaços ocupados pelas paredes, na qual não são computados: pátio
Legislação – Volume II 61
X- lote: parcela de terreno, unidade imobiliária destinada à edificação, resultante de
loteamento ou desmembramento, definida por limites geométricos e com pelo menos uma
das divisas voltadas para a área pública;
XI - profundidade: cada um dos planos horizontais de uso de um edifício;
XII - profundidade do lote: distância entre a testada do lote e a divisa de fundo;
XIII - testada do lote: divisa do lote com frente para a via oficial de circulação pública;
XIV - zona: área definida por esta lei onde prevalece o mesmo parâmetro de uso e
ocupação.
Art. 4º Integram esta Lei Complementar os seguintes Anexos:
I - Anexo I – Mapa do Município de São Gonçalo: definição das Macrozonas;
II - Anexo II – Mapa do Município de São Gonçalo: definição das Zonas de Uso;
III - Anexo III - Quadro de Índices Urbanísticos;
IV - Anexo IV – Mapa do Município de São Gonçalo: sistema viário;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
V - Anexo V – Quadro de Vias de Circulação para parcelamentos e arruamentos;
VI - Anexo VI – Quadro de Condição de Instalação/ usos permitidos nas vias.
CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO
Art. 5º O controle de uso e ocupação do solo será feito por meio dos seguintes critérios:
I- disciplina de usos por porções do território definidas como:
a) macrozonas;
b) zonas;
II - disciplina do coeficiente de aproveitamento, inclusive do coeficiente máximo máxima
passível de ser atingida mediante outorga onerosa ou transferência do direito de construir por
porções do território;
TÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO URBANO
CAPÍTULO I
DAS ZONAS
SEÇÃO I
DAS MACROZONAS E ÁREAS DE DIRETRIZES ESPECIAIS
Legislação – Volume II 62
II - Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana é dedicada efetivamente à
ocupação urbana, correspondendo à porção do território nas quais os componentes
ambientais, em função da urbanização, foram modificados ou suprimidos.
§1º Na Macrozona de Preservação Ambiental os núcleos urbanizados, as edificações, os
usos, a intensidade dos usos e a regularização de assentamentos, estarão subordinados à
necessidade de manter ou restaurar a qualidade do ambiente natural e respeitar a fragilidade
dos seus terrenos.
§2º Na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana, as edificações, usos e
intensidade de usos estarão subordinados às estratégias de desenvolvimento urbano definidas
na Lei do Plano Diretor, às características específicas das zonas de uso e às funções e
características das vias de acesso.
Art. 7º As Áreas de Diretrizes Especiais são consideradas porções específicas do território
com diferentes características ou com destinação específica e normas próprias de uso e
ocupação do solo e edilícias, em qualquer Macrozona do Município, nos termos do Plano
Diretor, compreendendo:
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
I- Áreas de Risco,
II - Áreas de Interesse Paisagístico.
Parágrafo único. As áreas de Diretrizes Especiais serão objeto de estudos específicos.
SEÇÃO II
DAS MACROZONAS
SUBSEÇÃO I
DA MACROZONA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Art. 8º A Macrozona de Preservação Ambiental, em conformidade com seus diferentes
graus de proteção ambiental, bem como para aplicação dos instrumentos ambientais,
urbanísticos e jurídicos estabelecidos no Plano Diretor, subdivide-se em duas zonas:
Legislação – Volume II 63
Art. 11. Na Zona Especial de Preservação – ZEP são permitidos usos compatíveis com o
desenvolvimento sustentável, sendo atividades de pesquisa e educação ambiental, bem
como outras relacionadas no Plano de Manejo das Unidades de Conservação.
Art. 12. Na Macrozona de Preservação Ambiental não é permitido ultrapassar o potencial
construtivo básico, não se aplicando para os imóveis contidos na mesma a outorga onerosa.
Parágrafo único: As zonas de uso da Macrozona de Preservação Ambiental estão indicadas no
Anexo I de que trata o art. 4º desta Lei Complementar.
SUBSEÇÃO II
DA MACROZONA DE ESTRUTURAÇÃO E QUALIFICAÇÃO URBANA
Art. 13. A Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana é subdividida em Zona de
Urbanização Controlada, Zona de Urbanização em Consolidação, Zona de Urbanização
Consolidada, Zona de Dinamização e Zona Industrial.
Parágrafo único: As zonas de uso da Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana estão
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
indicadas no Anexo II de que trata o art. 4º desta Lei Complementar.
Art. 14. Para a disciplina de uso e ocupação do solo, a Macrozona de Estruturação e
Qualificação Urbana subdivide-se nas seguintes zonas de uso:
I– Zona Residencial – ZRE: zona coincidente com a Zona de Urbanização Controlada,
corresponde a porções do território para uso misto predominantemente habitacional, de
densidade demográfica baixa, com número máximo de habitações/m² igual a 0,0040, com
coeficiente de aproveitamento mínimo igual a 0,05, básico igual a 1,0 e máximo igual a 1 e
gabarito máximo de até 10 metros. Possui usos complementares de característica locais,
ligados ao atendimento imediato e cotidiano, onde a paisagem urbana é marcada por lotes
de dimensões grandes e com edificações espaçadas, mantendo um bom percentual de solo
livre.
II – Zona Mista – ZM: corresponde a porções do território destinadas à implantação de usos
habitacionais e não habitacionais, inclusive no mesmo lote ou edificação, segundo critérios
Legislação – Volume II 64
V– Zona Predominantemente Industrial – ZPI: porções do território destinadas à
implantação de usos diversificados onde a preferência é dada aos usos industriais incômodos
e às atividades não residenciais incômodas, classificadas como:
a) Zona Predominantemente Industrial 1: coeficiente de aproveitamento mínimo 0,1, básico
igual a 1,0 e máximo igual a 1,5.
b) Zona Predominantemente Industrial 2: coeficiente de aproveitamento mínimo 0,1, básico
igual a 1,0 e máximo igual a 2,0.
VI – Zona Ocupação Especial – ZOE: porções do território do município destinadas a abrigar
atividades de comércio, negócios e eventos:
a) ZOE 1: coeficiente de aproveitamento mínimo 0,2, básico igual a 1,0 e máximo igual a 2,0.
b) ZOE 2: coeficiente de aproveitamento mínimo 0,2, básico igual a 1,0 e máximo igual a 1,5.
Parágrafo único: Os parâmetros estabelecidos para as zonas de uso da Macrozona de
Estruturação e Qualificação Urbana estão indicados no Anexo III, de que trata o art. 4º desta
Lei Complementar.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
CAPÍTULO II
DAS CATEGORIAS DE VIA E DO USO DO SOLO NAS ZONAS MISTAS
Art. 15. Para fins de aplicação desta Lei Complementar, as vias que constituem o Sistema
Viário do Município classificam-se nas seguintes categorias:
I– Vias Estruturais N1;
II – Vias Estruturais N2;
III – Vias Estruturais N3;
IV – Vias coletoras;
V– Vias locais.
§1º O Sistema Viário municipal está indicado no Anexo IV, de que trata o art. 4º desta Lei
Complementar.
§2º As características dimensionais das vias de circulação encontram-se discriminadas no
CAPÍTULO III
DOS USOS E ATIVIDADES
SEÇÃO I
DAS CATEGORIAS DE USO
SUBSEÇÃO I
DA CATEGORIA DE USO HABITACIONAL – H
Art. 18. A categoria de uso habitacional divide-se nas seguintes categorias:
I- H1: uma unidade habitacional por lote
Legislação – Volume II 65
II - H2h: conjunto de duas ou mais unidades habitacionais, dispostas em grupos horizontais,
todas com entrada independente com frente para via oficial de acesso ou em condomínio
(casas geminadas e conjunto residencial de condomínio).
III - H2v: conjunto de duas ou mais unidades habitacionais, dispostas em grupos verticais
(edifícios de apartamentos ou conjuntos residenciais verticais em condomínios).
Art. 19. As subcategorias de uso habitacional são permitidas nas seguintes zonas:
I- ZERp: as categorias de uso H1 e H2h;
II - ZRE: a categoria de uso H1 e H2h com densidade baixa estipulada em 100 hab/ha;
III - ZM: a categoria de uso H1, H2h e H2v com densidade estipulada em 150 hab/ha;
IV - ZCL: a categoria de uso H1, H2h e H2v com densidade estipulada em 350 hab /ha;
V- ZA: a categoria de uso H2v, com densidade estipulada em 350 hab /ha;
V- ZOE: a categoria de uso H1, H2h e H2v, com densidade estipulada em 100 hab /ha;
V- ZPI: a categoria de uso H1 e H2v, com densidade estipulada em 50 hab /ha;
SUBSEÇÃO II
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
DA CATEGORIA DE USO NÃO HABITACIONAL – NH
Art. 20. A categoria de uso não habitacional compreende atividades de comércio e
serviços, industriais, institucionais, de interesse ambiental e de saneamento; que são regidos
conforme parâmetros de incomodidade dividindo-se nas seguintes subcategorias:
I- Usos não habitacionais conciliáveis: nH1, atividades compatíveis com a vizinhança
residencial;
II - Usos não habitacionais toleráveis: nH2, atividades que não impactam a vizinhança
residencial;
III - Usos não habitacionais especiais ou incômodos: nH3, atividades potencialmente
impactantes urbanisticamente e ambientalmente;
IV - Usos não habitacionais ambientalmente conciliáveis com o desenvolvimento
Legislação – Volume II 66
IX - serviços de estúdios, laboratórios e oficinas técnicas;
X- atividades associadas à recreação, clubes sociais, centros esportivos, salões de festas,
academias de ginástica e esportes e balneários;
XI - serviços de administração e serviços públicos;
XII - usos industriais compatíveis – Ind 1a
Parágrafo único: A subcategoria de usos não habitacionais conciliáveis – nH1é permitida nas
seguintes zonas de uso e ocupação: ZEP, ZREp, ZRE, ZM, ZCL, ZOE e ZPI.
Art. 22. Classificam-se como usos não habitacionais toleráveis – nH2, atividades de comércio
varejista ou atacadista, prestação de serviços, institucionais, compostos pelos seguintes grupos
de atividades:
I- comércio de alimentação ou associado a diversões: estabelecimentos destinados à
venda de produtos alimentícios, com ou sem consumo no local tais como supermercados, ou
ao desenvolvimento de atividades de lazer e diversão;
II - oficinas: estabelecimentos destinados à prestação de serviços mecânicos, de repares
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
em geral e de confecção ou similares;
III - comércio e depósito de materiais em geral, lojas de tintas e resinas;
IV - serviços de saúde, de natureza privada, como hospitais, ambulatórios, clínicas dentárias
e médicas;
V- estabelecimentos de ensino: estabelecimentos destinados ao ensino fundamental,
médio, profissionalizante ou de aperfeiçoamento, educação informal;
VI - serviços de lazer, cultura e esportes: espaços destinados às atividades de lazer e à
prática de esportes;
VII - locais de reuniões e eventos ou prédios exclusivamente comerciais ou prestadores de
serviço;
VIII - serviços de armazenamento e guarda de bem móveis: espaços ou estabelecimentos
destinados à venda ou guarda de mercadorias em geral, máquinas ou equipamentos, guarda
Legislação – Volume II 67
d) as condições paisagísticas e sanitárias do meio-ambiente;
e) a qualidade dos recursos ambientais;
III - empreendimentos geradores de impacto de vizinhança: aqueles que pelo seu porte ou
natureza possam causar impacto ou alteração no seu entorno ou sobrecarga na capacidade
de atendimento da infra-estrutura.
IV - usos industriais especiais – Ind3.
§1º A subcategoria de usos não habitacionais especiais e incômodos – nH3 é permitida nas
seguintes zonas de uso e ocupação: ZM, ZOE e ZPI.
§ 2º Fica vedada a instalação dos usos não habitacionais nH3:
I- Na Zona Especial de Preservação – ZEP e na Zona Residencial e de Proteção Ambiental
- ZREp.
II - Nas vias locais de trânsito das zonas da Macrozona de Estruturação e Qualificação
Urbana;
§ 3º Com o objetivo de compatibilizar a instalação dos usos não habitacionais nH3 com o
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
entorno, para instalação e funcionamento dessas atividades, poderão ser exigidas condições
superiores às estabelecidas no Código de Edificação, para cada zona de uso ou categoria de
via, relativa a:
I - recuos;
II - gabarito;
III - permeabilidade e cobertura vegetal;
IV - espaço de estacionamento, carga e descarga.
§4º Além das condições estabelecidas no parágrafo anterior, serão exigidas para
instalação e funcionamento das atividades classificadas como nH3, Estudo de Impacto de
Vizinhança (EIV) e Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que viabilizem a aprovação de projeto e
licenciamento do empreendimento. A análise do empreendimento e do impacto previsto
ficará a cargo da Empresa de Desenvolvimento Urbano e Saneamento, que deverá emitir o
respectivo Termo de Referência.
Legislação – Volume II 68
Art. 25. São admitidos usos mistos em lotes e edificações localizadas em qualquer zona de
uso, desde que se trate de usos permitidos na zona e sejam atendidas, em cada caso, as
características e exigências estabelecidas nesta Lei Complementar.
§1º Os usos industriais Ind-1b e Ind-2 não poderão ter uso misto com usos residenciais.
§2º Nas edificações ou lotes ocupados por usos mistos será admitido o uso comum de
instalações complementares às atividades instaladas.
§3º A licença de instalação e funcionamento poderá ser expedida para as unidades
individualmente ou para o conjunto das atividades.
SUBSEÇÃO III
DOS USOS INDUSTRIAIS - IND
Art. 26. Uso industrial – Ind, para fins desta legislação, compreende as atividades destinadas
à produção, transformação, montagem e acondicionamento de bens intermediários, de
capital e de consumo.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Parágrafo único. Considerando-se o processo produtivo utilizado e os parâmetros de
incomodidade estabelecidos nesta Lei Complementar, a categoria de uso industrial pode ser
dividida nas seguintes subcategorias:
I - usos industriais compatíveis – Ind-1a: atividades que podem adequar-se aos mesmos
padrões dos demais usos não habitacionais nH1 por gerarem baixa poluição ambiental, não
produzirem efluentes líquidos industriais, emissões atmosféricas, emanações odoríferas e
resíduos sólidos;
II - usos industriais toleráveis – Ind-1b: atividades que podem adequar-se aos mesmos padrões
dos demais usos não habitacionais nH2 por gerarem baixa poluição ambiental, não
produzirem efluentes líquidos industriais, emissões atmosféricas e resíduos sólidos; cujos
processos e operações utilizados possam causar possíveis ruídos e emanações odoríferas
passíveis de tratamento e medidas mitigadoras;
III - usos industriais incômodos – Ind-2: atividades que envolvam processos que implicam
Legislação – Volume II 69
Art. 28. Os usos industriais toleráveis – Ind-1b são compostos dos seguintes grupos de
atividades:
I- fabricação de produtos alimentícios e bebidas: estabelecimentos destinados à
fabricação de produtos de padaria, confeitaria, pastelaria, rotisserie.
II - fabricação de produtos têxteis: indústrias sem operações de fiação, tecelagem ou
pintura, preparação e fabricação de artefatos de couro, artigos de viagem e calçados, sem
operações de curtimento e subprodutos.
III - fabricação de produtos de plástico: estabelecimentos destinados à fabricação de
laminados plásticos, artefatos diversos de material plástico, potencialmente geradoras de
emissão de odores, ruídos e efluentes líquidos;
IV - fabricação de peças de acessórios para veículos automotores: indústrias de
montagem, que não envolvem transformação de matéria-prima.
Art. 29. Os usos industriais incômodos – Ind-2 são compostos dos seguintes grupos de
atividades:
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
I- fabricação de produtos de madeira: marcenarias e carpintaria com emissão de ruído e
poeira passíveis de tratamento.
II - fabricação de produtos alimentícios e bebidas: estabelecimentos destinados à
preparação de conservas, concentrados alimentícios, produtos de cereais, bebidas,
III - fabricação de produtos de fumo: indústrias potencialmente incômodas pela emissão
de odores;
IV - fabricação de derivados do leite e sorvete;
V- fabricação de produtos têxteis que desenvolvam a produção de fibras têxteis,
estamparia e texturização, alvejamento e tingimento de tecidos;
VI - fabricação de papel e produtos de papel: indústrias destinadas à fabricação de
papel, papelão, cartolina e cartões.
VII - fabricação de produtos químicos: indústrias destinadas à fabricação de produtos
Legislação – Volume II 70
I- fabricação de produtos alimentícios destinados à produção de óleos, gorduras,
beneficiamento de arroz, fabricação de rações, dentre outros, que exigem soluções
tecnológicas complexas ou onerosas para seu tratamento;
II - curtimento e outras preparações de couro;
III - fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis em geral:
indústrias com alto potencial de poluição das águas e do ar, gerando resíduos sólidos, que
exigem tratamento e/ou disposição final complexa e onerosa, além de possuírem alta
periculosidade, riscos de incêndios, e explosões;
IV - fabricação de produtos químicos industriais, com processos e operações com
potencial de insalubridade periculosidades e incomodidade, podendo gerar emissões
atmosféricas, efluentes líquidos e resíduos sólidos altamente noviços para a saúde pública e
meio ambiente;
V- indústrias de processamento de borracha, tais como vulcanização e recauchutagem
de pneumáticos;
VI - metalúrgica básica: estabelecimentos destinados à produção de gusa, ferro e aço,
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
metalurgia de metais não ferrosos, com alto potencial de poluição do ar, emitindo gases tóxicos
e incômodos, ruídos e vibrações;
§1º Ficam enquadrados na categoria de uso industrial Ind-3, os estabelecimentos industriais
nos quais houver processos de:
I- redução de minério de ferro;
II - beneficiamento e preparação de minerais não metálicos não associados em sua
localização às jazidas minerais;
III - regeneração da borracha;
§2º Ficam também enquadrados na categoria de uso industrial Ind-3, os estabelecimentos
que realizem tratamento e/ou disposição final de resíduos, além de indústrias que liberem ou
utilizem gases ou vapores que possa, mesmo acidentalmente, colocar em risco a saúde pública,
o qual será verificado em função da toxicidade da substância disposta ou armazenada, da
CAPÍTULO IV
DA CONSTRUÇÃO DAS EDIFICAÇÕES E DA INSTALAÇÃO DOS USOS
SEÇÃO I
DOS PARÂMETROS GERAIS
Art. 33. As condições de ocupação do solo são definidas segundo o uso a que se destina a
edificação e às características de cada zona e atividades nelas permitidas, ficando
condicionadas à observância dos seguintes índices urbanísticos:
Legislação – Volume II 71
I – em relação ao lote:
a) coeficiente de aproveitamento;
b) taxa de permeabilidade;
c) área mínima;
d) frente mínima
II- em relação à edificação:
a) taxa de ocupação máxima;
b) altura máxima;
c) afastamentos mínimos
SUBSEÇÃO I
DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
Art. 34. O coeficiente de aproveitamento é a razão ente o somatório de toda a área
construída de uma edificação e a área do terreno ou gleba de lote a edificar, sendo
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
resultante da fórmula a seguir:
I - IA=ATC / AT (expresso em números ordinários), onde:
a) IA = índice de aproveitamento; ATC= área total construída e AT= área do terreno.
II - O coeficiente de aproveitamento pode ser:
a) básico – que resulta do potencial construtivo gratuito inerente aos lotes e glebas urbanos;
b) máximo - que não pode ser ultrapassado;
c) mínimo – abaixo do qual o imóvel poderá ser considerado subutilizado.
§1º Os coeficientes de aproveitamento de um lote de terreno urbano está definido na
descrição das zonas de uso e ocupação do solo no Capítulo I, Seção II desta Lei
Complementar.
§2º Os coeficientes de aproveitamento máximo estão definidos para cada Macrozona na
SUBSEÇÃO II
DA TAXA DE PERMEABILIZAÇÃO
Art. 35. A taxa de permeabilização se constitui na reserva, em todos os lotes urbanos, de
áreas livres para cobertura vegetal sobre solo natural.
Parágrafo único: A taxa de permeabilização mínima em todos os lotes urbanos de São
Gonçalo é de 20% (vinte por cento), excetuando-se os casos previstos nesta Lei
Complementar.
SUBSEÇÃO III
DOS DEMAIS ÍNDICES URBANÍSTICOS
Art. 36. Os demais índices urbanísticos são definidos por uso e pelas características das zonas
urbanas, conforme art. 4º, Anexo III – Quadro de Índices Urbanísticos Específicos, desta Lei
Complementar.
SUBSEÇÃO IV
DA TAXA DE OCUPAÇÃO MÁXIMA
Art. 37. A taxa de ocupação máxima é o percentual previsto na legislação de uso e ocupação
do solo que determina a superfície do lote ocupada pela projeção horizontal da edificação
ao nível do solo; sendo resultante da fórmula a seguir:
I - TO = APO / AT x 100 = _____% (expresso em percentual), onde:
Legislação – Volume II 72
a) TO = taxa de ocupação; APO = área do terreno onde existe construção; AT = área do
terreno.
II - Não são computados para efeito de cálculo da taxa de ocupação:
a) área de construção no subsolo;
b) pergulados;
c) marquises e toldos;
d) beirais.
Art. 38. A taxa de ocupação máxima está definida por uso e pelas características das zonas
urbanas, conforme anexo III – Quadro de índices Urbanísticos.
SUBSEÇÃO V
AFASTAMENTOS MÍNIMOS
Art. 39. As edificações deverão obedecer aos afastamentos em relação divisas do terreno:
Frontal; Lateral e Fundos.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
§1º Os afastamentos frontal, lateral e de fundos são definidos pelas distâncias mínimas que
a edificação deve manter de todas as divisas do lote ou gleba de terreno urbano, sendo que
o afastamento frontal é medido a partir do alinhamento existente ou projetado dos lotes de
terreno na quadra em relação à via ou logradouro público.
§2º Nos casos de lotes ou glebas de terreno com mais de uma frente, existirão tantos
afastamentos frontais, quantas forem as frentes do lote para os logradouros, sendo os demais
afastamento considerados laterais.
Art. 40. Os afastamentos mínimos estão definidos por uso e pelas características das zonas
urbanas, Anexo III – Quadro de índices Urbanísticos, nos termos do art. 4º desta Lei.
SUBSEÇÃO VI
ALTURA MÁXIMA
CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES
Art. 43. O descumprimento do disposto nesta Lei Complementar sujeitará os infratores às
seguintes sanções:
I- advertência, com fixação de prazo para a regularização da situação, prorrogável a juízo
da Administração Municipal, mediante solicitação justificada do interessado, sob pena
de embargo das obras;
II - multa graduada proporcionalmente à natureza da infração e à área construída da
edificação, durante o período que exceder os prazos do inciso anterior ou durante a
Legislação – Volume II 73
prorrogação do prazo concedido de ofício, a critério do Poder Executivo, para a
regularização da situação;
III - embargo das obras ou demolição, nos casos de edificação iniciada ou executada sem o
necessário licenciamento, em desacordo com o projeto aprovado.
Parágrafo único. A aplicação das penalidades previstas neste artigo será regulamentada por
Decreto.
Art. 44. Todas as atividades realizadas nas Zonas Urbanas serão obrigatoriamente objeto de
licenciamento.
§1º A licença para exercício de atividade somente será expedida quando a edificação
onde ela deverá ser exercida estiver de acordo com a legislação em vigor.
§2º A licença para o exercício de atividade poderá ser requerida pelo interessado, isolada
ou conjuntamente com o projeto da edificação onde ela se realizará.
§3º A aprovação de projeto de edificação, submetido ao exame do órgão competente,
sem referência expressa às atividades correspondentes, não configura direito, prerrogativa ou
privilégio, com respeito ao exercício de qualquer atividade, em razão do disposto neste artigo.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
§4º Uma vez aprovada a atividade a ser realizada em determinada edificação, não será
admitida qualquer alteração de uso, salvo se a substituição de atividade houver sido
aprovada previamente pelo órgão competente.
TÍTULO III
DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 45. As atividades já implantadas e não legalizadas, terão o prazo de 180 (cento e
oitenta) dias, a partir da publicação desta Lei, para providenciarem a regularização,
observados os parâmetros estabelecidos no Plano Diretor do Município de São Gonçalo, nesta
Lei Complementar e nas demais legislações específicas.
Art. 46. No caso de mudança de uso em edificações existentes, em que comprovadamente
Legislação – Volume II 74
Legislação – Volume II
ANTEPROJETO DE LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO E CONDOMÍNIOS
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Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Urbanísticos no Município de São Gonçalo e dá outras providências.
ÍNDICE
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
TÍTULO VII DAS RESPONSABILIDADES DOS EMPREENDEDORES E DO PODER PÚBLICO ............................. 89
TÍTULO VIII DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA ............................................................................................... 90
TÍTULO IX DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES ADMINISTRATIVAS ...................................................................... 92
TÍTULO X DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS ................................................................................ 95
ANEXOS..............................................................................................................................................96
Legislação – Volume II 76
PROJETO DE LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO E CONDOMÍNIOS URBANÍSTICOS DO MUNICÍPIO DE
SÃO GONÇALO
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Art. 1º Esta Lei estabelece as normas gerais para o parcelamento do solo urbano e aprovação
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
de projetos de condomínios urbanísticos no Município de São Gonçalo.
Art. 2º A aplicação desta Lei far-se-á em consonância com o estabelecido na Lei Federal nº
6.766, de 19 de dezembro de 1979, que dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano,
modificada pela Lei Federal nº 9.785, de 29 de janeiro de 1999; na Lei Federal nº 10.257, de 10
de julho de 2001 - Estatuto da Cidade, na Lei Federal nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, que
trata de condomínios em edificações, em especial seu art. 8ºe demais legislações federais,
considerados, ainda, os dispositivos pertinentes do Plano Diretor do Município de São Gonçalo.
Art. 3º As normas sobre uso e ocupação do solo urbano, bem como o estabelecimento dos
índices urbanísticos para parcelamentos do solo, serão os constantes do Plano Diretor do
Município de São Gonçalo, da Lei de Uso e Ocupação do Solo e das demais leis específicas.
Art. 4º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências
fundamentais de ordenação do território do Município de São Gonçalo, expressas no seu
Plano Diretor, assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à
CAPÍTULO II
DAS DEFINIÇÕES
Art. 5° Para os efeitos desta Lei são adotadas as seguintes definições:
I – áreas de interesse social: são aquelas destinadas preponderantemente à habitações de
interesse social, nos termos constantes do Plano Diretor do Município de São Gonçalo e
destinadas ao atendimento de população de baixa renda, aí incluídas as Zonas Especiais de
Interesse Social - ZEIS;
II – concessão de direito real de uso: é a forma de outorga, pelo Poder Público, mediante
contrato, da utilização de determinado bem imóvel de sua propriedade, por particulares, e
que deverá ser objeto de registro no Ofício de Imóveis competente;
Legislação – Volume II 77
III – condomínio urbanístico: a divisão de imóvel em unidades autônomas destinadas à
edificação, às quais correspondem frações ideais das áreas de uso comum dos condôminos,
admitida a abertura de vias de domínio privado e vedada a de logradouros públicos
internamente ao seu perímetro.
IV - desmembramento: a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com
aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas vias
e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes;
V - empreendedor: o responsável, pessoa física ou jurídica, de natureza pública ou privada,
pela implantação de parcelamento do solo ou condomínio urbanístico, sendo considerados
empreendedores:
a) o proprietário do imóvel objeto do empreendimento;
b) a pessoa física ou jurídica contratada pelo proprietário do imóvel para executar o projeto
de parcelamento do solo ou condomínio urbanístico, em forma de parceria, sob regime de
obrigação solidária;
c) as cooperativas habitacionais, as associações de proprietários ou compradores, que
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
assumam a responsabilidade pela implantação do empreendimento e tenham título de
propriedade do imóvel ou executem o projeto de parcelamento do solo ou condomínio
urbanístico, em forma de parceria, sob regime de obrigação solidária;
VI – equipamentos comunitários: os equipamentos de educação, assistência social, cultura,
saúde, esporte, lazer, segurança, administração, serviços de utilidade pública e similares;
VII – equipamentos urbanos: os equipamentos de abastecimento de água potável, disposição
adequada de esgoto sanitário, energia elétrica, iluminação pública, drenagem de águas
pluviais, coleta e disposição de resíduos sólidos, rede telefônica, gás canalizado, rede de fibra
ótica e outras redes de comunicação;
VIII – loteamento: a subdivisão de gleba em lotes destinados à edificação, com abertura de
novas vias de circulação ou de logradouros públicos, ou com prolongamento, modificação ou
ampliação das vias ou logradouros públicos existentes;
Legislação – Volume II 78
urbanísticos, bem como, que sejam responsáveis pelas demais atividades estatais decorrentes
desta Lei;
XVI – projeto para condomínio urbanístico: o projeto a ser devidamente aprovado pelo
Município de São Gonçalo para determinada gleba ou lote, regido pelas diretrizes especiais
constantes desta Lei e integrado por unidades autônomas e áreas comuns condominiais;
XVII – remembramento: a união de dois ou mais lotes, para formar um único lote;
XVIII – reparcelamento: a subdivisão ou alteração de um parcelamento já aprovado,
mediante a criação de novos lotes, podendo haver abertura de vias;
XIX – unidade autônoma: a unidade privativa que compuser condomínio urbanístico,
conforme disposto nesta Lei Complementar.
TÍTULO II
DAS MODALIDADES DE PARCELAMENTO DO SOLO
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Art. 6º O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante loteamento ou
desmembramento.
§ 1º Serão admitidas, ainda, as seguintes derivações do parcelamento: remembramento e
reparcelamento.
§ 2º O reparcelamento, quando se tratar de alteração de loteamento, será autorizado em
razão da ocorrência de licenciamento ambiental e urbanístico, obedecidas as exigências da
Lei nº 6.766/79 e na forma da regulamentação desta Lei.
Art. 7º A iniciativa para o reparcelamento de áreas pode ser pública ou privada.
§ 1º - A iniciativa é pública quando o Poder Público, verificando a existência de áreas vazias,
subtilizadas, ou deterioradas ou cujos usos ou traçados são inadequados, elaborar novo plano
de loteamento específico para a área.
Legislação – Volume II 79
Parágrafo único. Os parcelamentos de interesse social poderão ser empreendidos pelo Poder
Público ou por particulares.
Art. 11. As Áreas de Interesse Social terão normas diferenciadas de ocupação e uso do solo.
§ 1º A manutenção e complementação da infra-estrutura básica nos parcelamentos
habitacionais em Áreas de Interesse Social cabem ao Poder Público.
§ 2º A infra-estrutura básica dos parcelamentos de interesse social obedecerá ao constante no
art. 5°, inciso XI, desta Lei.
Art. 12. São regulados de forma específica:
I - os loteamentos e conjuntos habitacionais de interesse social;
II - o parcelamento e o uso do solo em Zonas Especiais de Interesse Social, para fins de
implantação de lotes urbanizados ou recuperação de áreas de sub-habitações;
III - os padrões urbanísticos e construtivos mínimos e as condições sanitárias dos loteamentos,
habitações e outras construções, em áreas de interesse social;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
IV - os procedimentos administrativos necessários à recuperação e regularização das áreas de
sub-habitações.
Art.13. A Prefeitura Municipal poderá exigir, a seu critério, quando da realização de
intervenções nas áreas de sub-habitações, ou quando da aprovação dos loteamentos em
Zonas Especiais de Interesse Social, a reserva de terrenos para implantação de equipamentos
comunitários, ou de áreas livres, para uso público.
Art. 14. As vias de circulação deverão articular-se com os planos viários adjacentes, existentes
ou aprovados, harmonizar-se com a topografia local e obedecer as normas específicas.
CAPÍTULO II
CAPÍTULO III
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aprovação do Poder Público do Município de São Gonçalo, nos termos do que determina o
art. 53 da Lei Federal nº 6.766/79.
Art. 19. Nos locais destinados a sítios de recreio poderão ser exercidas atividades de hotelaria,
clubes, serviços de alimentação e outras correlatas ao uso principal.
TÍTULO III
DOS PROJETOS PARA CONDOMÍNIOS URBANÍSTICOS
Art. 20. Consideram-se, para os efeitos desta Lei, projetos para condomínios urbanísticos,
aqueles desenvolvidos dentro de uma gleba ou lote, que abriguem unidades autônomas e
áreas de uso comum dos condôminos, aprovados pelo Poder Público, obedecidas as diretrizes
especiais de urbanização constantes desta Lei.
Art. 21. Quando o projeto para condomínio urbanístico for previsto em gleba, o projeto de
parcelamento, para constituição do lote onde será implantado, poderá tramitar
concomitantemente com o projeto do condomínio urbanístico.
§ 1º Os projetos de parcelamento que abrigarem projetos de condomínio urbanístico deverão
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
observar o seguinte:
I – a garantia a ser oferecida para execução das obras e dos serviços de infra-estrutura urbana
do parcelamento deverá considerar os serviços a serem executados dentro do lote;
II – o licenciamento ambiental deverá considerar a população prevista para o condomínio.
§ 2º O percentual de áreas de que trata o inciso I do art. 4º da Lei Federal nº 6.766/79 será
definido pelo Poder Executivo, em função das características do projeto urbanístico, da
existência de equipamentos comunitários e urbanos no entorno do projeto, bem como do
sistema viário existente e a ser implantado no interior do lote.
Art. 22. Todos os projetos para condomínios urbanísticos deverão respeitar os índices
urbanísticos fixados para a área, que devem incluir:
I – a densidade bruta;
Legislação – Volume II 81
IV – o custo com os serviços de água potável, esgotos e drenagem de águas pluviais;
V – a coleta de resíduos sólidos e guarda em compartimento fechado ou o tratamento e
deposição dos mesmos, conforme indicado pelo Poder Público.
§ 1º Para garantia do estabelecido neste artigo e conhecimento de futuros adquirentes de
unidades autônomas, a Convenção de Condomínio, que será registrada no Ofício de Registro
de Imóveis competente, deverá conter as obrigações de que trata este artigo.
§ 2º Caso a concessionária de serviços públicos concorde poderá ser feita a leitura
individualizada do consumo das unidades autônomas, ficando seus proprietários responsáveis
pelo respectivo pagamento.
Art. 25. O projeto deverá ser apresentado acompanhado, pelo menos, da seguinte
documentação:
I – certidão atualizada da matrícula da gleba ou lote, expedida pelo Ofício de Registro de
Imóveis competente;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
II – certidão negativa de tributos do Município de São Gonçalo, relativa à gleba ou lote;
III – declaração do órgão municipal competente de que a terra não foi objeto de
desapropriação, quando não empreendido pelo Poder Público;
IV – instrumento de garantia de execução das obras de infra-estrutura básica a cargo do
empreendedor.
Art. 26. Ficam estabelecidas as seguintes diretrizes especiais para os condomínios urbanísticos:
I - permissão de cercamento dos limites externos do empreendimento, de acordo com a
regulamentação a ser expedida;
II – permissão de colocação de guarita na via principal de entrada do empreendimento, para
controle do acesso, desde que não haja qualquer impedimento à entrada de policiamento,
fiscalização e servidores de concessionárias de serviços públicos, devidamente identificados.
Art. 30. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos e implantação de
condomínios urbanísticos, em zonas urbanas, assim definidas pelo Plano Diretor do Município
de São Gonçalo ou pela Lei de Uso e Ocupação do Solo.
Art. 31. Não serão objeto de aprovação os parcelamentos do solo urbano ou condomínios
urbanísticos inseridos em locais:
Legislação – Volume II 82
I – alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o
escoamento das águas, conforme aprovação da Prefeitura;
II – que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que sejam
previamente saneados;
III – cujo terreno tenha declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se o
empreendedor apresentar solução técnica para a implantação das edificações que garanta
a segurança contra deslizamentos de terra e erosão;
IV – onde as condições geológicas comprovadamente não aconselhem a edificação;
V – onde a poluição ambiental impeça condições sanitárias adequadas, sem que sejam
previamente saneadas;
VI – que integrem categoria de Unidade de Conservação da Natureza que, nos termos da Lei
Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000, não admita utilização para fins urbanos;
VII - onde houver proibição para esses tipos de empreendimentos em virtude do Plano Diretor
do Município de São Gonçalo ou de Lei de Uso e Ocupação do Solo;
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
VII – onde houver proibição para esses tipos de empreendimentos em virtude de leis de
proteção do meio ambiente, ou do patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico,
arqueológico ou espeleológico;
VIII – onde for técnica ou economicamente inviável a implantação de infra-estrutura básica,
serviços públicos de transporte coletivo ou equipamentos comunitários;
§ 1º A autoridade licenciadora deverá especificar os estudos técnicos, a serem apresentados
pelo empreendedor, necessários à comprovação da observância dos condicionantes
derivados deste artigo.
§ 2º Na análise de projetos para parcelamento do solo ou condomínios urbanísticos, o Poder
Público poderá exigir a realização de estudos que tratem da avaliação de impactos de
vizinhança.
Art. 32. Os projetos de parcelamentos ou de condomínios urbanísticos deverão atender aos
Legislação – Volume II 83
loteamentos, não poderão ter sua destinação alterada pelo empreendedor, desde a
aprovação do empreendimento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência
do empreendedor.
TÍTULO V
DO LICENCIAMENTO PARA PARCELAMENTO DO SOLO OU CONDOMÍNIO URBANÍSTICO
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
do Estado do Rio de Janeiro, nos termos definidos pela Lei Estadual nº 1.130, de 12 de fevereiro
de 1887 e sua regulamentação, ou em áreas limítrofes com outros Municípios, ou ainda
abrangendo imóveis com área superior a 1.000.000m² (hum milhão de metros quadrados), o
licenciamento ambiental está sujeito ao exame e anuência prévia do Estado.
Art. 36. O Estudo de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental -
RIMA ou outro instrumento de avaliação de impacto ambiental poderão ser solicitados pelo
Poder Público, para área maior do que a circunscrita pelo perímetro do projeto.
§ 1º Na hipótese de empreendimentos próximos ou contíguos, poderá ser realizado pelos
respectivos empreendedores um único estudo ambiental, obedecidas as exigências do Termo
de Referência.
§ 2º Dependerão da elaboração de Estudos de Impacto Ambiental e do respectivo Relatório
de Impacto Ambiental – RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual
Legislação – Volume II 84
III – análise, pelo Poder Público, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do protocolo de entrega
da documentação exigida, do plano de ocupação e das concepções dos sistemas de infra-
estrutura apresentados pelo empreendedor;
IV – apresentação, pelo Poder Público, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data de
aprovação do plano de ocupação e das concepções dos sistemas de infra-estrutura do
parcelamento ou do condomínio urbanístico, dos termos de referência para elaboração dos
estudos urbanísticos e ambientais;
V – apresentação, pelo empreendedor, dos estudos ambientais e urbanísticos exigidos, no
prazo a ser estabelecido pelo Poder Público;
VI – realização da audiência pública, no caso de EIA/RIMA, para avaliação dos estudos
exigidos, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da publicação de sua convocação pelo Poder
Público;
VII – emissão do parecer técnico pelo Poder Público sobre os estudos ambientais e urbanísticos
realizados, no prazo de 30 (trinta) dias contados da data de entrega dos estudos;
VIII – apreciação conjunta do parecer técnico pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Conselho de Desenvolvimento Urbano - CDU, no
prazo de 15 (quinze) dias, a partir do recebimento do processo;
IX – concessão, pelo Poder Público, da Licença Prévia - LP, ou emissão de documento que
justifique o seu indeferimento, no prazo de 10 (dez) dias, após a emissão do parecer técnico
pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e
Conselho de Desenvolvimento Urbano - CDU;
X – após a emissão da LP o empreendedor terá um prazo de 180 (cento e oitenta) dias para
apresentação do projeto de urbanismo e infra-estrutura e para apresentação do cronograma
físico-financeiro para a execução das obras de infra-estrutura, sob pena de caducidade da LP;
XI – análise, pelo Poder Público, dos projetos de urbanismo e de infra-estrutura e do
cronograma físico-financeiro para execução das obras de infra-estrutura, no prazo de 30
(trinta) dias, contados do protocolo de sua entrega pelo empreendedor;
Legislação – Volume II 85
XIX – comunicação, pelo empreendedor, à Prefeitura Municipal, do registro do parcelamento
e da anotação junto à Convenção de Condomínio, para recebimento de termo de
autorização para a realização das obras de infra-estrutura;
XX – execução, pelo empreendedor, da infra-estrutura, de acordo com o prazo estabelecido
no cronograma físico-financeiro aprovado pelo Poder Público;
XXI – emissão, pelo Poder Público, do Termo de Vistoria e Conclusão das Obras de Infra-
Estrutura, no prazo de 15 (quinze) dias após a entrega da notificação da conclusão das obras
pelo interessado;
XXII – requerimento da Licença de Operação – LO, pelo empreendedor, no prazo a ser
estabelecido pelo órgão ambiental competente, nos termos do artigo 14 da Resolução
CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997;
XXIII – concessão, pelo Poder Público, da Licença de Operação - LO, ou emissão de
documento que justifique o seu indeferimento, no prazo a ser estabelecido pelo órgão
ambiental competente, nos termos do artigo 14 da Resolução CONAMA nº 237, de 19 de
dezembro de 1997.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
§ 1º A documentação a ser apresentada, pelo empreendedor, juntamente com o plano de
ocupação e as concepções dos sistemas de infra-estrutura serão discriminadas na
regulamentação desta Lei.
§ 2° Todas as eventuais exigências oriundas da análise de cada etapa de entrega da
documentação e dos estudos exigidos deverão ser comunicadas pelo Poder Público, de uma
única vez ao empreendedor, dentro do prazo previsto para a aprovação.
§ 3º Na hipótese de necessidade de complementação da documentação apresentada, o
Poder Público deverá se pronunciar dentro dos primeiros 15 (quinze) dias de prazo.
§ 4° A notificação de exigências pelo Poder Público interrompe o prazo previsto para
aprovação, que recomeça a fluir depois do respectivo cumprimento pelo empreendedor.
§ 5º Quando o licenciamento ambiental for de competência estadual, o Poder Público
adotará as gestões cabíveis para a sua obtenção, incidindo sobre tais licenciamentos os
Legislação – Volume II 86
e) Percentagem da área total do terreno destinada a ruas, praças e demais logradouros
públicos, a qual será sempre cedida gratuitamente ao município;
f) Outras exigências decorrentes do interesse público.
Art. 41 – Obtida a aprovação preliminar do plano o loteador apresentará, em requerimento a
parte, o projeto de arruamento, na escala de 1:250, em quatro vias, com traçado das ruas,
acompanhando do que se segue:
a) Projeto completo da rede de distribuição de água devidamente aprovado pelo serviço
competente;
b) Projeto completo da rede pluvial com a diametragem, canalização, materiais empregados
e demais pormenores;
c) Projeto de rede de iluminação pública aprovado pelo órgão competente;
d) Projeto das obras de arte.
Art. 42 – A execução de obras de urbanização poderá ser feita a critério da Prefeitura
Municipal, parceladamente, de acordo com a programação previamente aceita.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
Art. 43 – Na aprovação do projeto de arruamento será fixado o prazo máximo de 36 meses
para a execução de todas as obras, somente prorrogável, a critério do Prefeito, mediante
requerimento fundamentado do interessado, por tempo não superior a 24 meses, contados a
partir do dia imediatamente seguinte ao do término do inicialmente concedido.
Parágrafo único – O loteador que não concluir as obrigações no seu loteamento, no prazo
inicialmente concedido ou na prorrogação que requerer e obtiver terá caducada a
aprovação preliminar do prazo de loteamento.
TÍTULO VII
DAS GARANTIAS, DO REGISTRO E DAS OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA
CAPÍTULO I
Legislação – Volume II 87
Parágrafo único. Para a liberação parcial da garantia, a caução deverá ser estabelecida
separadamente para cada etapa e prevista no cronograma físico-financeiro.
Art. 46. Após o registro do parcelamento, o oficial de registro deverá comunicar, por certidão,
ao Município de São Gonçalo, conforme § 5º do art. 19 da Lei nº 6.766, de 19 de dezembro de
1979.
§ 1º O proprietário também poderá comunicar à Prefeitura o registro do parcelamento.
§ 2º O empreendedor somente poderá vender ou prometer vender lote em parcelamento
após o seu efetivo registro, conforme disposto neste artigo.
§ 3º Após o registro do parcelamento, o adquirente do lote poderá requerer a licença para
construção, ficando, porém, o respectivo “habite-se” condicionado à expedição do Termo de
Recebimento de Obras de Infra-Estrutura.
Art. 47. Desde a data de registro do parcelamento, passam a integrar o domínio do Município
de São Gonçalo as vias e praças, os espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e
outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial descritivo.
Capítulo: Estabelece Normas Gerais para o Parcelamento do Solo Urbano e sobre Condomínios
CAPÍTULO II
Legislação – Volume II 88
Art. 51. Decorridos os 30 (trinta) dias estabelecidos no § 1º do artigo anterior, sem que tenha
sido constatada a retomada plena da execução do empreendimento, o Poder Público dará
continuidade às obras faltantes e executará, na forma da lei, as garantias obtidas na
constituição da caução, não isentando o empreendedor de responder por gastos a maior
realizados.
CAPÍTULO III
DA FISCALIZAÇÃO
Art. 52. Quando da execução das obras e serviços da infra-estrutura urbana o
empreendimento será submetido à fiscalização dos órgãos competentes.
§ 1º Deverá ser comunicada, por escrito, ao Poder Público, a data de início de qualquer
serviço ou obra de infra-estrutura.
§ 2º A execução das obras em desacordo com o projeto aprovado acarretará o embargo do
empreendimento, que poderá ser levantado somente após a sua adequação ou demolição e
remoção de tudo que tiver sido executado irregularmente.
§ 3º O descumprimento das exigências contidas no termo de embargo, no prazo prescrito,
implicará a aplicação de multa e demais sanções previstas nesta Lei.
TÍTULO VII
DAS RESPONSABILIDADES DOS EMPREENDEDORES E DO PODER PÚBLICO
Legislação – Volume II 89
TÍTULO VIII
DA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
§ 1° Os usos permitidos, tamanho máximo e mínimo dos lotes residenciais e comerciais, assim
como os coeficientes de aproveitamento básico e máximo dos lotes de cada área a ser
Legislação – Volume II 90
regularizada deverão obedecer aos parâmetros estabelecidos no Plano Diretor, na Lei de Uso
e Ocupação do Solo e em legislação específica.
§ 2º O percentual mínimo de áreas destinadas à implantação de equipamentos urbanos e
comunitários bem como de espaços livres de uso público, incluindo as áreas verdes, serão
estabelecidos para os casos específicos.
§ 3º O dimensionamento do sistema viário deverá considerar a configuração das vias e
edificações existentes, de modo a minimizar as relocações, desde que seja garantida a
acessibilidade dos serviços públicos indispensáveis à qualidade de vida da população.
§ 4º O percentual mínimo de permeabilidade, onde couber, deverá ser definido após estudos
ambientais para a área objeto de regularização.
Art. 60. Na concessão de uso especial de imóvel urbano, instituída coletivamente, na forma da
lei, nos locais cuja ocupação possa acarretar risco à vida ou à saúde dos ocupantes, o Poder
Público deverá assegurar o exercício do direito à moradia em outro local.
§ 1º O exercício do direito à moradia no caso de que trata o caput poderá ser garantido em
outro local na hipótese de ocupação de imóvel:
I – de uso comum do povo;
II – destinado a projeto de urbanização;
III – de interesse da defesa nacional, da preservação ambiental e da proteção dos
ecossistemas naturais;
IV – reservado à construção de represas e obras congêneres;
V – situado em via de comunicação.
Legislação – Volume II 91
§ 3º No caso de regularização de parcelamento cujo empreendedor for identificável, o Poder
Público deverá ser por este ressarcido em relação a todas as despesas efetivadas com a
regularização.
Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
quanto à posse e ao domínio.
Parágrafo único. A ausência do registro cartorial da área onde o Poder Público promover a
regularização dos assentamentos informais de interesse social, com características urbanas,
não impedirá a realização de obras de implantação de infra-estrutura e de equipamentos
públicos comunitários.
Art. 64. A Prefeitura impedirá ou fará demolir pelos meios legais as edificações ou construções
em lotes que contravenham esta Lei, promovendo judicialmente a responsabilidade civil e
criminal dos infratores.
Art. 65. Para efeito da regularização junto ao Município e sua consequente inclusão à carta
cadastral da Cidade, os parcelamentos que até a presente data se encontrem em situação
clandestina poderão ser aprovados, desde que os seus proprietários o requeiram, dentro do
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
prazo de noventa (90) dias, contado da publicação da presente Lei, mediante a
apresentação de documentação constante do Regulamento desta Lei.
TÍTULO IX
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES ADMINISTRATIVAS
Legislação – Volume II 92
Art. 69. Verificada qualquer infração às disposições desta Lei, será lavrado o competente Auto
de Infração e Multa para, no prazo de 10 (dez) dias corridos, o infrator pagar ou apresentar
defesa, sob pena de confirmação da penalidade imposta.
§ 1º Simultaneamente à imposição de multa, serão lavrados:
a) auto de embargo da obra, se for o caso;
b) intimação para regularização da situação, nos termos da legislação específica.
Art. 70. Aplicada a multa, não fica o infrator desobrigado do cumprimento das exigências que
a houver determinado e nem estará isento das obrigações de reparar o dano resultante da
infração.
Art. 71. As multas não pagas nos prazos fixados serão inscritas em dívida ativa e cobradas
judicialmente.
Art. 72. O embargo, sem prejuízo das multas e outras penalidades, determina a paralisação
imediata de uma obra inserida em parcelamento, quando constatada desobediência às
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
disposições desta Lei ou aos projetos aprovados.
Parágrafo único - O embargo será retirado somente quando regularizada a situação que o
motivou.
Art. 73. O parcelamento ou condomínio urbanístico poderá ser interditado, no todo ou em
parte, bem como a edificação inserida em seu interior, acarretando o impedimento de sua
ocupação ou o funcionamento de atividade aí instalada, quando:
I - o parcelamento do solo ou condomínio urbanístico, ou a edificação em seu interior, não
tenha sido objeto de aprovação pelo Poder Público;
II - houver utilização para fim diverso do considerado no projeto;
III - houver utilização para fim proibido, em razão do que estabelecem as normas de uso e
ocupação para a zona em que se encontra.
Parágrafo único - Serão instaladas placas nos empreendimentos irregulares informando a
interdição pelo Poder Público.
Art. 74. A obra ou edificação será demolida, total ou parcialmente, quando não atendidos o
embargo ou interdição realizados.
Art. 75. Constitui infração administrativa, independente da aplicação de sanções penais ou
cíveis:
I - iniciar, dar continuidade, ou efetuar loteamento ou condomínio urbanístico, no solo do
Município de São Gonçalo, sem autorização do Poder Público, ficando o infrator sujeito a
multa de 10% (dez por cento) do valor do imóvel, estabelecido com base na Pauta de Valores
Imobiliários, utilizada para a fixação do Imposto Predial Territorial e Urbano - IPTU.
II - executar obras no parcelamento ou condomínio urbanístico em desacordo com as
licenças, o projeto e cronograma aprovados.
§ 1º Incidem na mesma sanção administrativa, os co-responsáveis, o agrimensor, o corretor, o
quanto à posse e ao domínio.
eventual comprador, o vendedor, bem como todo aquele que de qualquer modo contribuir
para a concretização do empreendimento no Município de São Gonçalo, sem autorização do
Poder Público ou em desacordo com as licenças emitidas.
§ 2º Em caso de reincidência, será cominada ao infrator a multa de 15% (quinze por cento) do
valor do imóvel, estabelecido com base na Pauta de Valores Imobiliários, utilizada para a
fixação do Imposto Predial Territorial e Urbano - IPTU.
§ 3º Na hipótese do inciso I deste artigo, sendo o imóvel de propriedade do Poder Público, a
multa cominada ao infrator será de 20%(vinte por cento) do valor do imóvel, estabelecido
Legislação – Volume II 93
com base na Pauta de Valores Imobiliários, utilizada para a fixação do Imposto Predial
Territorial e Urbano - IPTU.
§ 4º Além da pena de multa, os infratores ficarão impedidos de participar de licitações
públicas e de transacionar com entes da Administração Pública Direta e Indireta do Município
de São Gonçalo pelo prazo de 2 (dois) anos, bem como de requerer a aprovação de
parcelamentos do solo em todas as suas modalidades, enquanto não sanada a irregularidade
constatada.
§ 5º Se o infrator for servidor público da Administração Direta ou Indireta do Município de São
Gonçalo, a ação constitui falta grave, sujeitando o infrator à demissão, a bem do serviço
público.
Art. 76. Incorre nas mesmas penas previstas no artigo anterior a autoridade do Município de
São Gonçalo que:
I – autorizar o parcelamento do solo ou condomínio urbanístico sem a observância das
exigências legais ou em desacordo com as recomendações técnicas pertinentes;
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
II – deixar de aplicar as sanções previstas nesta Lei;
III – deixar de adotar as providências cabíveis previstas na legislação para impedir a
continuidade do empreendimento com indícios de irregularidades;
IV – não promover a interdição do empreendimento, quando constatada a irregularidade;
V – dificultar, impedir, retardar ou inibir, por qualquer meio, a ação fiscalizatória dos agentes
públicos competentes;
VI – relevar sanção aplicável por descumprimento aos preceitos desta Lei.
Art. 77. As sanções serão aplicadas:
I – nos casos do caput do art. 68, seus §§ 1º, 2º e 3º e do art. 69, pelos agentes públicos
encarregados da fiscalização;
II – no caso do art. 68, § 4º, pelo Secretário de Estado a cuja pasta esteja vinculado o agente
público, órgão ou entidade que tenha aplicado a sanção;
III – no caso do art. 68, § 5º, pela autoridade competente prevista no Regime Jurídico aplicável
aos Servidores Públicos do Município de São Gonçalo.
Art. 78. Comprovada a omissão das autoridades competentes na observância dos preceitos
desta Lei e sem prejuízo da iniciativa popular, o agente público encarregado da fiscalização
tem o dever de representar à autoridade superior integrante da Administração do Município
de São Gonçalo.
§ 1º É nulo, por desvio de finalidade, o ato administrativo que, motivado exclusivamente pela
subscrição da representação prevista neste artigo, afastar o servidor público de suas funções
fiscalizadoras ou removê-lo para órgão diverso de onde exerce suas funções.
§ 2º A representação manifestamente infundada sujeita o servidor responsável às sanções
previstas no Regime Jurídico a ele aplicável.
quanto à posse e ao domínio.
Legislação – Volume II 94
TÍTULO X
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
Art. 82. O Poder Público deverá criar as condições necessárias para:
I – entrada de documentação e demais contatos do empreendedor com o Poder Público em
um único local, de forma a facilitar o acesso pelo interessado;
II – acompanhamento do andamento do processo pelo interessado, preferencialmente por
meio informatizado.
III – exame e aprovação dos projetos de forma integrada para agilizar a tramitação dos
processos bem como o suporte técnico, administrativo e logístico necessário.
Art. 83. O Poder Público poderá criar comissão composta por representantes das diversas
Secretarias de Estado, empresas públicas e concessionárias de serviços públicos envolvidas,
para coordenar as ações tendentes à emissão de diretrizes, ao exame, aprovação e
acompanhamento dos parcelamentos do solo.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
Art. 84. Serão obrigatoriamente publicados no Diário Oficial do Município de São Gonçalo os
atos administrativos que reconhecerem a existência de empreendimento irregular, em face
dos termos desta Lei.
Parágrafo único - O ato administrativo a ser publicado no Diário Oficial do Município de São
Gonçalo deverá conter, pelo menos, os elementos necessários à identificação e localização
do empreendimento irregular, os motivos da declaração de irregularidade e as medidas
adotadas pelas autoridades competentes.
Art. 85. O Poder Público promoverá campanhas publicitárias e periódicas, de caráter
educativo, com o objetivo de orientar a população sobre aquisição, destinação, ocupação e
dominialidade dos imóveis localizados no Município de São Gonçalo.
Art. 86. Nos casos de parcelamentos a serem implantados em áreas iguais ou inferiores a 20.000
m² (vinte mil metros quadrados) será exigida documentação simplificada, a ser indicada na
regulamentação desta Lei.
Art. 87. Além das disposições desta Lei, aplicam-se às edificações, obras e serviços públicos e
particulares, inseridos nos parcelamentos do solo, o disposto no Código de Edificações do
Município de São Gonçalo.
Art. 88. Os processos para análise de projetos de parcelamento do solo, em tramitação na
data de publicação desta Lei, serão adequados, nas fases subseqüentes, aos procedimentos
nela definidos, respeitadas as etapas já cumpridas.
Art. 89. Esta Lei será regulamentada no prazo de 90 (noventa) noventa dias.
Art. 90. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 91. Ficam revogadas as disposições em contrário e, em especial, os artigos 92 a 121 do
Código de Urbanismo, aprovado pela Deliberação nº 683/73, publicada em 08 de dezembro
de 1973, e o Decreto nº 022, de 09 de março de 1999, que regulamenta os procedimentos
quanto à posse e ao domínio.
Legislação – Volume II 95
Legislação – Volume II
96
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
quanto à posse e ao domínio.
Legislação – Volume II
97
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
quanto à posse e ao domínio.
Legislação – Volume II
ANEXO III –ÍNDICES URBANISTICOS
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
quanto à posse e ao domínio.
98
Legislação – Volume II
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
quanto à posse e ao domínio.
99
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
ANEXO V: Condições de Instalação / Usos Permitidos
LARGURA DA VIA
CONDIÇÕES DE INSTALAÇÕES /
USOS PERMITIDOS L < 10 10 ≤ L < 12 L ≥ 12
(metros) (metros) (metros)
Área construída total máxima 250m² (1) - -
Área construída computável
- 500m² (2) -
máxima
Gabarito de altura máxima - 25,00m (10) -
Comércio de abastecimento de âmbito local,
Comércio de abastecimento de âmbito local, Comércio diversificado,
Serviços Comércio diversificado, Serviços pessoais,
profissionais Serviços pessoais, Serviços profissionais,
Grupos de atividades permitidos Serviços profissionais, Serviços técnicos de confecção ou manutenção,
da subcategoria de uso nH1 Serviços da Serviços técnicos de confecção ou manutenção, Serviços de Educação (3),
administração e Serviços de Educação (3), Serviços Sociais,
(10) serviços públicos Serviços Sociais, Serviços de Administração e Serviços Públicos,
Serviços de Administração e Serviços Públicos, Serviços de Hospedagem ou moradia,
(8) Serviços de Hospedagem ou moradia, Indústrias compatíveis Ind-1a,
Associações comunitárias, culturais e esportivas. (8) Associações comunitárias, culturais e esportivas,
Estacionamentos com no máximo 40 vagas
Comércio de alimentação ou associado à diversões (5),
Comércio especializado,
Oficinas,
Comércio de alimentação ou associado à diversões (4), Serviços de saúde (6),
Comércio especializado, Estabelecimentos de ensino seriado,
Grupos de atividades permitidos
(9) Oficinas, Estabelecimentos de ensino não seriado,
da subcategoria de uso nH2
Estabelecimentos de ensino não seriado, Serviços de lazer e esporte,
locais de reunião e eventos. (9) Locais para reunião e eventos,
Serviços de armazenamento e guarda de bens móveis (7),
102
quanto à posse e ao domínio.
ÍNDICE
TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ...................................................................................... 104
CAPÍTULO I DA FINALIDADE ............................................................................................................. 104
CAPÍTULO II DAS CONCEITUAÇÕES................................................................................................. 104
CAPÍTULO III DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES ....................................................................... 108
Seção I Do Município .................................................................................................................... 108
Seção II do Proprietário e do Possuidor ..................................................................................... 108
Seção III Do Profissional ................................................................................................................. 109
CAPÍTULO IV DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS ............................................................... 110
Seção I Das Disposições Gerais ................................................................................................... 110
Seção II Dos Prazos para Despachos e Retirada de Documentos ...................................... 111
Seção III Da Aprovação ou Visto de Projeto ............................................................................ 112
Seção IV Do Licenciamento ........................................................................................................ 115
Seção V Do Certificado de Conclusão ..................................................................................... 116
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
TÍTULO II DAS EDIFICAÇÕES .............................................................................................................. 116
CAPÍTULO I PREPARAÇÃO E EXECUÇÃO DE OBRAS ...................................................................... 116
CAPÍTULO II Do Preparo do Terreno e Movimentação de Terra ................................................. 117
Seção I Canteiro de Obras, Tapumes e Andaimes................................................................. 117
CAPÍTULO III DOS ASPECTOS GERAIS DAS EDIFICAÇÕES .............................................................. 120
Seção I Dos Compartimentos ...................................................................................................... 120
Seção II Da Circulação e Segurança ........................................................................................ 123
Seção III Das Garagens e Estacionamentos ............................................................................ 124
Seção IV Da Acessibilidade ......................................................................................................... 124
Seção V Das Instalações e Equipamentos ............................................................................... 125
CAPÍTULO IV DOS ASPECTOS ESPECÍFICOS DAS EDIFICAÇÕES .................................................... 126
Seção I Das Edificações de Uso Residencial ............................................................................ 127
Seção II Das Edificações de Uso Comercial de Bens e de Serviços .................................... 128
Seção III Das Edificações de Uso Coletivo ................................................................................ 129
Seção IV Das Edificações de Uso Industrial .............................................................................. 130
CAPÍTULO V DAS EDIFICAÇÕES DE CARÁTER ESPECIAL ................................................................ 131
CAPÍTULO Vi DAS Edificações Temporárias ................................................................................... 131
Seção i Da Instalação das Edificações Temporárias ............................................................. 131
Seção iI Do Licenciamento das Edificações Temporárias .................................................... 131
TÍTULO III Das Infrações e Penalidades .......................................................................................... 132
Seção I Da Advertência ............................................................................................................... 132
Seção II Da Multa ........................................................................................................................... 132
Seção III Embargo .......................................................................................................................... 133
Seção III Interdição ........................................................................................................................ 134
Seção IV Demolição...................................................................................................................... 134
Seção V Apreensão....................................................................................................................... 134
TÍTULO IV Das Disposições Finais e Transitórias ............................................................................ 136
quanto à posse e ao domínio.
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
DA FINALIDADE
Art. 1º Este Código de Edificações estabelece diretrizes e procedimentos administrativos a
serem obedecidos no projeto, licenciamento, fiscalização, execução e preservação de toda e
qualquer obra de construção, modificação ou demolição de edificações na área do
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
Município de São Gonçalo.
Art.2º O presente Código tem as seguintes finalidades:
I - regular a atividade edilícia;
II - atribuir direitos e responsabilidades do Município, do proprietário ou possuidor de imóvel, e
do profissional, atuantes na atividade edilícia;
III - estabelecer documentos e instituir mecanismos destinados ao controle da atividade
edilícia;
IV - estabelecer diretrizes básicas de conforto, higiene, salubridade e segurança a serem
atendidas nas obras e edificações;
V - definir critérios a serem atendidos na preservação, manutenção e intervenção em
edificações existentes;
VI - estabelecer penalidades quando da inobservância dos preceitos desta Lei
Complementar.
Art. 3º Integram esta Lei Complementar os seguintes Anexos:
I - Anexo I – Habitação Unifamiliar e Coletiva – parâmetros mínimos para compartimentos ou
ambientes;
II - Anexo II - Habitação Coletiva e Outros Usos – parâmetros mínimos para áreas comuns;
III - Anexo III - Edifícios Comerciais, Industriais e de Uso Misto – parâmetros mínimos para áreas
comuns;
CAPÍTULO II
DAS CONCEITUAÇÕES
Art. 4º Na aplicação desta Lei Complementar e sem prejuízo dos dispositivos constantes na Lei
de Uso e Ocupação do Solo do Município de São Gonçalo, são adotadas as seguintes
definições:
quanto à posse e ao domínio.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
IX - auto de infração: ato administrativo que dá ciência ao infrator da disposição legal
infringida e da penalidade aplicada, no qual constam os elementos para tipificação dos fatos;
X – afastamento: distância entre o limite externo da projeção da construção até o
alinhamento, às divisas do lote, ao eixo da via pública ou a outra referência determinada em
lei, descontados os beirais e o balanço frontal permitidos;
XI – balanço: avanço, a partir do limite da fachada da edificação sobre qualquer
afastamento, que não possui apoio;
XII - beiral ou beirado: prolongamento do telhado que sobressai das paredes externas da
edificação;
XIII - canteiro de obras: área destinada a instalações temporárias e a serviços necessários à
execução e ao desenvolvimento de obras;
XIV - certificados de conclusão: os documentos oficiais abaixo relacionados que atestam a
conclusão de obras:
a) carta de habite-se: documento expedido nos casos de obra inicial e obra de modificação
com acréscimo ou decréscimo de área, executadas de acordo com os projetos aprovados ou
visados, que pode ser parcial, total ou em separado;
b) atestado de conclusão: documento expedido nos demais casos não abrangidos pela carta
de habite-se, mas cuja obra tenha sido objeto de licenciamento;
XV - coeficiente de aproveitamento: índice previsto na legislação de uso e ocupação do solo
que determina a relação entre a área máxima de construção e a área do terreno onde se
situa;
XVI - consulta prévia: análise técnica preliminar do projeto arquitetônico solicitada
anteriormente à aprovação do projeto ou ao visto;
XVII - cota de coroamento: indicação ou registro numérico, fornecido pela Prefeitura
Municipal correspondente à altura máxima da edificação;
XVIII - cota de soleira: indicação ou registro numérico, fornecido pela Prefeitura Municipal,
quanto à posse e ao domínio.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
acesso e instalações comuns a todas as unidades;
XXXI - habitação unifamiliar: unidade domiciliar em edificação destinada a uma única
habitação;
XXXII – hotel: edificação usada para serviços de hospedagem cujos compartimentos
destinados a alojamentos são, exclusivamente, apartamentos (dormitório com banheiro
privativo) ou suítes;
XXXIII - hotel residência: hotel ou assemelhado, com equipamentos de cozinha nos
apartamentos, independentemente da razão social ou nome-fantasia utilizado (apart-hotel,
flat-service, residence-service e outros);
XXXIV - instalação comercial: projeto de decoração do estabelecimento comercial no qual
são indicados o mobiliário e os equipamentos, sem alteração do projeto arquitetônico;
XXXV – interdição: determinação administrativa de impedimento de acesso a obra ou a
edificação que apresente descumprimento de embargo ou situação de risco iminente, que
pode se dar de forma parcial ou total;
XXXVI – licenciamento: expedição de documentos oficiais que autorizam a execução de
obras ou serviços;
XXXVII - logradouro público: espaço de domínio público e de uso comum do povo;
XXXVIII – lote: unidade imobiliária destinada à edificação, resultante de loteamento ou
desmembramento, definida por limites geométricos e com pelo menos uma das divisas
voltadas para a área pública;
XXXIX – marquise: cobertura, em balanço ou atirantada, na parte externa de uma edificação,
destinada à proteção da fachada ou a abrigo de pedestres;
XL – mezanino: piso intermediário entre o piso e o teto de um compartimento, subdividindo-o
parcialmente;
XLI - muro de arrimo: muro destinado a suportar desnível de terreno superior a 1,00m (um
metro);
quanto à posse e ao domínio.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
LIII - platibanda: mureta ou balaustrada construída no coroamento de uma fachada, para seu
arremate, e, ao mesmo tempo, para ocultar a vista do telhado ou constituir guarda de terraço;
LIV – piso: plano ou superfície de acabamento inferior de um pavimento;
LV - poço técnico: espaço utilizado para passagem de tubulações e instalações em uma
edificação;
LVI - pólo gerador de tráfego: constituído por edificação ou edificações cujo porte ou oferta
de bens ou serviços geram interferências no tráfego do entorno e grande demanda por vagas
em estacionamentos ou garagens;
LVII - prisma de aeração e iluminação: espaço vertical livre situado no interior ou no perímetro
de uma edificação, utilizado para aerar e iluminar os compartimentos ou ambientes para ele
voltados;
LVIII - prisma de aeração: espaço vertical livre situado no interior ou no perímetro da
edificação, utilizado somente para aerar os compartimentos ou ambientes para ele voltados;
LILX – rampa: elemento de composição arquitetônica cuja função é possibilitar a circulação
vertical entre desníveis, através de um plano inclinado;
LX – reforma: obra que implica em uma ou mais das seguintes modificações, com ou sem
alteração de uso: área edificada, estrutura, compartimentação, volumetria;
LXI - relação de pendência: comunicação ao interessado, na qual estão relacionadas às
falhas em relação à legislação vigente, detectadas por ocasião do exame da solicitação
apresentada;
LXII – reparo: obra ou serviços destinados à manutenção de um edifício, sem implicar em
mudança de uso, acréscimo ou supressão de área, alteração da estrutura, da
compartimentação, da volumetria, e dos espaços destinados a circulação, iluminação e
ventilação;
LXIII - restauro ou restauração: recuperação de edificação tombada ou preservada, de modo
a restituir-lhe as suas características anteriores;
quanto à posse e ao domínio.
LXIV – sobreloja: pavimento intermediário situado entre o pavimento térreo e o primeiro andar
de uma edificação;
LXV – sótão: espaço utilizável sob a cobertura, com pé direito variável, não sendo considerado
pavimento da edificação para efeito de número de pavimentos em residências.
LXVI – subsolo: pavimento situado abaixo do nível natural do terreno, ou de outra referência de
nível definida em lei;
LXVII - taxa de construção máxima, mínima ou obrigatória: percentual previsto na legislação
de uso e ocupação do solo que determina a área de construção de edificação;
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
condições de regularidade de uma construção ou obra.
CAPÍTULO III
DOS DIREITOS E RESPONSABILIDADES
SEÇÃO I
DO MUNICÍPIO
Art. 5º Cabe ao Município de São Gonçalo, por meio de suas unidades orgânicas
competentes, aprovar ou visar projetos de arquitetura, licenciar e fiscalizar a execução de
obras e a manutenção de edificações e expedir certificado de conclusão, garantida a
observância das disposições desta Lei Complementar, de sua regulamentação, da lei de
parcelamento do solo e da legislação de uso e ocupação do solo, em sua circunscrição
administrativa.
Art. 6º No exercício da vigilância do território de sua circunscrição administrativa tem o
responsável pela fiscalização poder de polícia para vistoriar, fiscalizar, notificar, autuar,
embargar, interditar e demolir obras de que trata este código, e apreender materiais,
equipamentos, documentos, ferramentas e quaisquer meios de produção utilizados em
construções irregulares, ou que constituam prova material de irregularidade, obedecidos aos
trâmites estabelecidos nesta Lei Complementar.
SEÇÃO II
DO PROPRIETÁRIO E DO POSSUIDOR
Art. 7º Para os fins desta Lei Complementar e observado o interesse público, terá os mesmos
direitos e obrigações de proprietário todo aquele que, mediante contrato com a
administração pública, ou por ela formalmente reconhecido, possuir de fato o exercício, pleno
ou não, a justo título e de boa-fé, de alguns dos poderes inerentes ao domínio ou propriedade.
Art. 8º O proprietário ou o possuidor é responsável pela manutenção das condições de
quanto à posse e ao domínio.
estabilidade, segurança e salubridade do imóvel, bem como pela observância das prescrições
deste Código e legislação correlata, sendo assegurada a disponibilização de todas as
informações cadastradas na Prefeitura Municipal de São Gonçalo relativa à propriedade.
Parágrafo Único. Quando houver necessidade de apresentação do título de propriedade, ou
prova da condição de possuidor, o proprietário ou, o possuidor, respectivamente, responderão
civil e criminalmente pela sua veracidade, não implicando sua aceitação por parte da
Prefeitura Municipal em reconhecimento do direito de propriedade;
Art. 9º São deveres do proprietário, do possuidor do imóvel ou, em relação às partes comuns,
do síndico:
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
executante e responsável técnico;
VI - manter permanentemente em bom estado de conservação as áreas de uso comum das
edificações e as áreas públicas sob sua responsabilidade, tais como passeio, arborização,
posteamento, etc.;
VII - promover a manutenção preventiva da edificação e de seus equipamentos.
VIII - responsabilizar-se pela conservação do imóvel.
Art. 10º É dever do proprietário, usuário ou síndico comunicar à coordenação do Sistema de
Defesa Civil e à Prefeitura Municipal as ocorrências que apresentem situação de risco
iminente, que comprometam a segurança e a saúde dos usuários e de terceiros ou impliquem
dano ao patrimônio público ou particular, bem como adotar providências para saná-las.
Art. 11. Ficam excluídos da responsabilidade do proprietário, usuário ou síndico os danos
provocados por terceiros e as ocorrências resultantes de falha técnica do profissional
habilitado por ocasião da execução da obra, dentro do prazo de vigência legal de sua
responsabilidade técnica.
SEÇÃO III
DO PROFISSIONAL
Art. 12. São considerados legalmente habilitados para projetar, construir, calcular, orientar e
responsabilizar-se tecnicamente por edificações, os profissionais que satisfaçam as exigências
da legislação atinente ao exercício das profissões de engenheiro e de arquiteto.
Art. 13. É obrigatória a assistência de profissional habilitado na elaboração dos projetos, na
execução e na implantação de obras, sempre que assim o exigir a legislação federal relativa
ao exercício profissional.
Art. 14. O responsável técnico pela obra responde por sua fiel execução, de acordo com o
projeto de arquitetura aprovado ou visado.
quanto à posse e ao domínio.
Art. 15. Fica o responsável técnico da obra, obrigado a nela manter cópia do alvará de
construção ou licença e do projeto de arquitetura aprovado ou visado, em local de fácil
acesso, para fiscalização.
Art. 16. São deveres do responsável técnico da obra:
a) comunicar ao órgão de coordenação do Sistema de Defesa Civil da Prefeitura Municipal as
ocorrências que comprometam a segurança dos operários e de terceiros, a estabilidade da
edificação, a correta execução de componentes construtivos e as que apresentem situação
de risco iminente ou impliquem dano ao patrimônio público e particular;
b) comunicar à Prefeitura Municipal qualquer paralisação da obra que ultrapasse trinta dias;
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
cabendo ao substituto a responsabilidade pelas demais etapas a executar.
Art. 18. São de responsabilidade dos profissionais envolvidos com a obra as informações
técnicas fornecidas à Prefeitura Municipal.
CAPÍTULO IV
DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS
SEÇÃO I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
SEÇÃO II
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
DOS PRAZOS PARA DESPACHOS E RETIRADA DE DOCUMENTOS
Art. 25 A Prefeitura Municipal terá um prazo de trinta dias para atender as solicitações e
requerimentos encaminhados conforme dispõe esta Lei Complementar, desde que não
dependam de órgãos de outras esferas administrativas.
§1º A Prefeitura Municipal comunicará ao interessado sobre a tramitação de solicitações e
requerimentos encaminhados para consulta aos demais órgãos da administração pública.
§2º A contagem do prazo indicado neste artigo será reiniciada a partir da data do retorno da
solicitação ou requerimento à Prefeitura Municipal.
Art. 26. As solicitações constantes do mesmo formulário de requerimento obedecerão aos
prazos definidos nesta Lei Complementar.
Parágrafo Único. Os prazos a que se refere este artigo serão contados de forma subseqüente.
Art. 27. Os processos arquivados ou em tramitação na Prefeitura Municipal podem ser
consultados ou copiados pelo interessado, através de requerimento.
Art. 28. As plantas do processo substituídas devido a incorreções e aquelas que são objeto de
pré-análise serão devolvidas ao interessado.
Art. 29. Os documentos e plantas do processo que não forem alterados em seus dados
poderão ser utilizados para novas solicitações e requerimentos.
Art. 30. Para o atendimento das solicitações abaixo relacionadas serão observados, pela
Prefeitura Municipal, os prazos a seguir:
I - pré-análise de projeto de arquitetura - oito dias;
II - visto de projeto de arquitetura - seis dias;
III - aprovação de projeto de arquitetura - oito dias;
IV - demarcação do lote, quando executada pela Prefeitura Municipal - cinco dias;
quanto à posse e ao domínio.
SEÇÃO III
DA APROVAÇÃO OU VISTO DE PROJETO
Art. 33. O projeto de arquitetura referente à obra inicial ou modificação em áreas urbanas ou
rurais, públicas ou privadas, será submetido a exame na Prefeitura Municipal para visto ou
aprovação.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
Art. 34. São dispensadas de apresentação de projeto e de licenciamento as seguintes obras
localizadas dentro dos limites do lote:
I - muro, exceto de arrimo;
II - guarita;
III - abrigo para animais domésticos com área máxima de construção de seis metros
quadrados;
IV - instalação comercial constituída exclusivamente de equipamentos e decoração de
interiores;
V - canteiro de obras que não ocupe área pública;
VI - obra de urbanização no interior de lotes, respeitados parâmetros de uso e ocupação do
solo;
VII - pintura e revestimentos internos e externos;
VIII - substituição de elementos decorativos e esquadrias;
IX - grades de proteção em desníveis;
X - substituição de telhas e elementos de suporte de cobertura;
XI - reparos e substituição em instalações prediais.
§1º As obras referidas nos incisos VIII, IX, X e XI são aquelas que:
I - não alterem ou requeiram estrutura de concreto armado, de metal ou de madeira, treliças
ou vigas;
II - não estejam localizadas em fachadas situadas em limites de lotes e projeções;
III - não acarretem acréscimo de área construída;
IV - não prejudiquem a aeração e a iluminação e outros requisitos técnicos.
§2º A dispensa de apresentação de projeto e de licenciamento não desobriga do
cumprimento da legislação aplicável e das normas técnicas brasileiras.
quanto à posse e ao domínio.
SUBSEÇÃO I
DA PRÉ-ANÁLISE
Art. 35. É facultada ao interessado a apresentação de projeto de arquitetura para exame em
formato de “pré-análise”, com 02 (dois) jogos de cópias do projeto de arquitetura ou estudo
preliminar, dispensada a apresentação da Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de
autoria de projeto.
Parágrafo único. Do projeto de arquitetura ou do estudo preliminar de que trata este artigo
constarão elementos suficientes para a análise técnica, o nome e assinatura do autor do
projeto.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
I - plantas cotadas dos pavimentos a construir, reconstruir, modificar ou acrescer, indicando: a
finalidade de cada compartimento, suas dimensões e áreas; as dimensões de portas e janelas;
os traços de cortes longitudinais e transversais; espessuras de paredes e dimensões externas
totais da obra;
II - as penas de canetas e pranchas devem ser usadas de acordo com as normas da ABNT;
III - elevação das fachadas para logradouros;
IV - cortes transversais e longitudinais, devidamente cotados, em que constem principalmente:
altura dos compartimentos; níveis dos pavimentos; alturas das janelas e peitoris; a cota de
soleira e demais elementos importantes da obra;
V - planta de situação indicando:
a) posição do lote em relação à quadra;
b) a numeração do lote a ser construído e dos lotes vizinhos;
c) a nomenclatura das vias lindeiras à quadra;
VI - planta de locação, indicando:
a) dimensões das divisas do lote;
b) posição da obra em relação ao terreno;
c) indicação de afastamentos da edificação em relação às divisas e outras edificações
porventura existentes;
d) as cotas de nível da soleira e da edificação;
e) numeração do lote a ser construído e dos vizinhos, se houver;
f) indicação do coeficiente de aproveitamento;
g) nome do logradouro, se houver;
h) orientação magnética ou geográfica;
i) portão de entrada, muro, calçada e entrada de garagem;
quanto à posse e ao domínio.
j) coeficiente de aproveitamento;
l) cobertura indicando os caimentos dos telhados.
Art. 39. As escalas dos desenhos das plantas de que trata o artigo anterior, em relação às
dimensões naturais deverão ser:
I – plantas de pavimento, cortes e elevação de fachadas: escalas de 1/50 ou 1/75;
II – planta de situação: escalas 1/500, 1/750 ou 1/1000;
III – planta de locação e cobertura: escala 1/200;
IV – detalhes: escala 1/20.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
arquitetônico for incompatível com o disposto na legislação de uso e ocupação do solo.
Art. 45. Fica facultado ao interessado requerer a autenticação do projeto de arquitetura
aprovado ou visado, em número de cópias que se fizerem necessárias, desde que as mesmas
sejam idênticas às cópias arquivadas e não possuam rasuras ou emendas.
Art. 46. Expirado o prazo de validade da aprovação ou visto do projeto de arquitetura, este
poderá ser revalidado desde que a legislação específica não tenha sido alterada.
SUBSEÇÃO III
DO CÁLCULO DE ÁREAS DOS PROJETOS
Art. 47. Cabe à Prefeitura Municipal indicar as áreas dos projetos arquitetônicos submetidos à
aprovação ou visto, de acordo com os seguintes critérios:
I - a área total de construção será indicada no projeto arquitetônico e conterá apenas duas
casas decimais, sem arredondamento ou aproximação;
II - a área construída de cada pavimento será calculada considerada a superfície coberta
limitada pelo perímetro externo da edificação e excluídos:
a) os poços de elevadores;
b) os prismas de aeração e iluminação ou só de aeração;
c) os poços técnicos;
d) os beirais de cobertura, com largura máxima de um metro e cinqüenta centímetros;
III - a área de pavimento em pilotis situado em lote será igual à área do pavimento
imediatamente superior;
IV - as áreas fora dos limites de lotes, decorrentes de concessão de direito real de uso, serão
discriminadas em parcelas específicas.
Parágrafo Único. A área dos poços de elevadores será considerada, para efeito de cálculo de
quanto à posse e ao domínio.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
exclusivamente para proteção solar;
XV - subsolos destinados a depósito.
SEÇÃO IV
DO LICENCIAMENTO
Art. 49. As obras de que trata esta Lei Complementar, em áreas urbanas ou rurais, públicas ou
privadas, só podem ser iniciadas após a obtenção de licenciamento na respectiva Prefeitura
Municipal.
§1º Obras iniciais, obras de modificação com acréscimo ou decréscimo de área e obras de
modificação sem acréscimo de área, com alteração estrutural, são licenciadas mediante a
expedição do alvará de construção.
§2º Obras de modificação sem acréscimo de área e sem alteração estrutural são licenciadas
automaticamente, por ocasião do visto ou da aprovação do projeto de modificação,
dispensada a expedição de novo alvará de construção.
§3º Edificações temporárias, demolições, obras e canteiros de obras que ocupem área pública
são objeto de licença.
Art. 50. O alvará de construção tem validade de quatro anos, contados a partir da data de
sua expedição, podendo ser renovado por igual período.
Parágrafo Único. O alvará de construção tem validade imprescritível após a conclusão das
fundações necessárias à edificação licenciada.
Art. 51, compostos de duas ou mais edificações no mesmo lote, desde que distintas, de
funcionamento independente e que estejam em condições de serem utilizadas isoladamente.
Art. 52. O pedido de licenciamento será feito em requerimento firmado pelo proprietário ou
quanto à posse e ao domínio.
interessado, indicando sua qualificação e endereço, sendo que quando for feito por
procurador deverá ser juntado o competente instrumento de mandato.
Parágrafo Único. No requerimento serão especificadamente discriminados:
I - nome e endereço dos escritórios dos profissionais que assinam os projetos, quando for
obrigatória sua apresentação,
II - endereço, espécie e prazo da obra,
III - dados essenciais do título de propriedade.
Art. 53. Toda edificação, qualquer que seja sua destinação, depois de concluída, obterá o
respectivo certificado de conclusão na Prefeitura Municipal, documento indispensável à
utilização regular do imóvel, nos termos desta Lei Complementar.
Parágrafo Único. Considera-se concluída a obra que estiver executada de acordo com o
projeto de arquitetura aprovado ou visado, devidamente numerada e após terem sido
retirados o canteiro de obras e os entulhos, recuperada a área circundante e desocupada a
área utilizada pelo canteiro de obras.
Art. 54. O certificado de conclusão pode ser na forma de:
I - carta de habite-se, expedida para obras objeto de alvará de construção;
II - atestado de conclusão, expedido para os demais casos.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
Art. 55. A carta de habite-se em separado é concedida para cada uma das edificações de
um conjunto arquitetônico, desde que constituam unidades autônomas, de funcionamento
independente e estejam em condições de serem utilizadas separadamente.
Art. 56. Os certificados de conclusão serão expedidos após a apresentação da
documentação pertinente, da vistoria do imóvel e da verificação de inexistência de
exigências.
Art. 57. Poderão ser aceitas, desde que observada a legislação vigente à época do
licenciamento inicial da obra, pequenas alterações que não descaracterizem o projeto
aprovado nem impliquem em divergência superior a 5% (cinco por cento) da área construída
constantes do projeto aprovado desde que não haja prejuízo dos recuos mínimos legais
obrigatórios, e pagas as taxas devidas pela área excedente, sem necessidade de substituição
do projeto.
TÍTULO II
DAS EDIFICAÇÕES
CAPÍTULO I
PREPARAÇÃO E EXECUÇÃO DE OBRAS
Art. 58. A execução de obras, incluindo os serviços preparatórios e complementares, suas
instalações e equipamentos, será procedida de forma a obedecer ao projeto aprovado, à
boa técnica, às normas técnicas e ao direito de vizinhança, a fim de garantir a segurança dos
trabalhadores, da comunidade, das propriedades vizinhas e dos logradouros públicos,
observados em especial a legislação trabalhista pertinente.
§1º Durante a execução das obras será obrigatória a manutenção do passeio desobstruído e
em perfeitas condições, sendo vedada sua utilização, ainda que temporária, como canteiro
de obras ou para carga e descarga de materiais de construção, salvo no interior dos tapumes
que avançarem sobre o logradouro.
quanto à posse e ao domínio.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
profundidade, em relação ao perfil natural do terreno, deverá obrigatoriamente ser precedida
de estudo de viabilidade técnica, com vistas à verificação das condições de segurança e de
preservação ambiental e paisagística.
§4º Serão obrigatórios muros de arrimo sempre que os cortes ou aterros ocorrerem junto às
divisas do terreno ou no alinhamento.
Art. 60. O proprietário ou o responsável técnico deverá adotar as medidas necessárias para
garantir a segurança dos operários, da comunidade e das propriedades vizinhas, e ainda
obedecer ao seguinte:
I – os logradouros públicos devem ser mantidos em perfeito estado de limpeza e conservação;
II – evitar a obstrução de logradouros públicos ou incômodo para a vizinhança, pela queda de
detritos, produção de poeira e ruído excessivos.
SEÇÃO I
CANTEIRO DE OBRAS, TAPUMES E ANDAIMES
SUBSEÇÃO I
CANTEIROS DE OBRAS E TAPUMES
Art. 61. Nenhuma construção, reforma ou demolição poderá ser realizada no alinhamento dos
logradouros públicos, ou com afastamento inferior a 4,00m (quatro metros), sem que haja, em
toda a sua frente, bem como em toda a sua altura, um tapume acompanhando o
andamento da obra.
Parágrafo Único. Quando se tratar de obras de construção, reparo ou demolição de muros
com até 3,00m (três metros) de altura, será dispensada a exigência de tapume.
Art. 62. Os tapumes deverão atender ainda às seguintes normas:
I - no passeio público deverão deixar pelo menos 2,00m (dois metros) de largura livre;
quanto à posse e ao domínio.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
podendo ocupar o passeio.
Art. 66. Concluídos os serviços no afastamento frontal ou, paralisados a obra por período
superior a 30 (trinta) dias, o tapume deverá ser obrigatoriamente recuado para o alinhamento
do lote.
Art. 67. Os profissionais responsáveis pelo projeto e pela execução da obra, deverão colocar
em lugar apropriado uma placa com a indicação de seus nomes, títulos e número de registro
no CREA, nas dimensões exigidas pelas normas legais.
Parágrafo Único. Esta placa está isenta de qualquer tributação.
SUBSEÇÃO II
ANDAIMES
Art. 68. Nas obras ou serviços que se desenvolverem a mais de 6,00m (seis metros) de altura
será obrigatória à execução de andaimes, obedecidas, ainda, as seguintes normas:
I - terão de garantir perfeitas condições de segurança de trabalho para os operários, de
acordo com a legislação federal que trata sobre o assunto;
II - deverão ser convenientemente fechados em todas as suas faces livres para impedir a
queda de materiais;
III - deverão observar altura livre mínima de 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros) em
relação do nível do logradouro fronteiro ao imóvel;
IV - deverão ocupar área projetada sobre o logradouro público com largura máxima de 2,00m
(dois metros);
V - deverá manter, nas partes mais salientes, afastamento mínimo de 0,50m (cinqüenta
centímetros) do meio-fio;
VI - não poderão prejudicar a arborização, a iluminação pública, a visibilidade das placas de
quanto à posse e ao domínio.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
Art. 72. A edificação deverá proporcionar os princípios básicos de conforto, higiene e
salubridade.
§1º Os compartimentos que necessitarem cuidados higiênicos e sanitários especiais deverão
ser dotados de revestimentos adequados à impermeabilidade e resistência à freqüente
limpeza.
§2º Os compartimentos destinados a abrigar serviços de lavagem, lubrificação e pintura serão
executados de forma a impedir a dispersão do material em suspensão utilizado no serviço.
§3º Os componentes da edificação, bem como instalações e equipamentos, deverão dispor
de condições que impeçam o acesso e alojamento de animais transmissores de moléstias.
Art. 73. As fundações deverão ficar situadas inteiramente dentro dos limites do lote, levando-se
em consideração os seus efeitos em relação às edificações vizinhas, logradouros públicos e
instalações de serviços públicos.
Art. 74. O desempenho dos elementos estruturais deverá garantir, além da estabilidade da
edificação, adequada resistência ao fogo.
Art. 75. As paredes deverão apresentar índices adequados de resistência ao fogo, isolamento
térmico, isolamento e condicionamento acústico, estabilidade e impermeabilidade.
§1º Deverá ser impermeabilizada qualquer parede que estiver em contato direto com o solo.
§2º Os andares acima do solo que não forem vedados deverão dispor de proteção contra
quedas com altura mínima de 1,10m (um metro e dez centímetros) e resistente a impactos e
pressão conforme normas da ABNT.
Art. 76. A cobertura da edificação deverá proporcionar isolamento térmico, isolamento e
condicionamento acústico, estabilidade e impermeabilidade.
Parágrafo único. Quando se tratar de edificação agrupada horizontalmente, a estrutura de
cobertura de cada unidade autônoma será independente, devendo a parede divisória entre
as unidades chegar até a face inferior da telha.
quanto à posse e ao domínio.
Art. 77. Os pavimentos que separam os andares de uma edificação, inclusive os mezaninos,
deverão apresentar índices adequados de resistência a fogo, isolamento térmico, isolamento
e condicionamento acústico, estabilidade e impermeabilidade, adotando-se como referência
de desempenho os índices obtidos por uma laje de concreto armado com a espessura
acabada de 0,10 m (dez centímetros).
Parágrafo único - Quando assentados diretamente sobre o solo, deverão ser
impermeabilizados e executados de forma a garantir padrão de desempenho correspondente
a uma camada de concreto com espessura mínima de 0,07 m (sete centímetros).
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
como área edificada.
Art. 81. Toda edificação deverá ser dotada de abrigo protegido para guarda de lixo, em local
de fácil acesso ao logradouro e com capacidade para armazenamento por 3 (três) dias.
CAPÍTULO III
DOS ASPECTOS GERAIS DAS EDIFICAÇÕES
SEÇÃO I
DOS COMPARTIMENTOS
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
SUBSEÇÃO II
DAS DIMENSÕES DOS COMPARTIMENTOS
Art. 88. Os compartimentos ou ambientes obedecerão a parâmetros mínimos de:
I - área de piso;
II - pé-direito;
III - vãos de aeração e iluminação;
IV - vãos de acesso;
V - dimensões mínimas de compartimentos e de elementos construtivos.
VI - acessibilidade
Parágrafo único. Os parâmetros mínimos de dimensionamento são definidos nos Anexos desta
Lei Complementar.
Art. 89. As áreas dos compartimentos de unidade domiciliar econômica poderão ter, no
mínimo, setenta e cinco por cento das áreas definidas para unidades domiciliares constantes
nos Anexos desta Lei Complementar, com exceção de banheiro, lavabo, banheiro e
dormitório de empregado.
§1º Para o cálculo da área mínima dos dormitórios, será utilizada a área do primeiro dormitório
constante nos Anexos desta Lei Complementar.
§2º Nas unidades domiciliares econômicas do tipo célula, inseridas em programas
governamentais de interesse social, o serviço de lavagem e limpeza poderá constituir-se de, no
mínimo, um tanque, sendo dispensada, para esse compartimento, a aplicação do disposto nos
Anexos desta Lei Complementar no que se refere à área e à dimensão mínima.
SUBSEÇÃO III
DA AERAÇÃO E VENTILAÇÃO
quanto à posse e ao domínio.
Art. 90. Para efeito de aeração e iluminação, todo compartimento ou ambiente disporá de
vãos que se comuniquem diretamente com espaços exteriores ou com áreas abertas,
conforme os parâmetros mínimos estabelecidos nos Anexos desta Lei Complementar.
Parágrafo Único. São dispensados de cumprir as exigências deste artigo os compartimentos ou
ambientes previstos nesta Lei Complementar.
Art. 91. As áreas abertas destinadas à aeração e iluminação ou só aeração de
compartimentos ou ambientes denominam-se prismas e são assim classificados:
I - prisma aberto - é o que possui, pelo menos, uma de suas faces não delimitada por parede,
muro ou divisa de lote;
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
fechados destinados apenas a aeração;
III - largura mínima de um metro e cinqüenta centímetros e profundidade máxima equivalente
ao dobro de sua largura, incluídas neste cálculo as varandas, para os prismas abertos de
aeração e iluminação;
IV - largura mínima de sessenta centímetros e profundidade máxima equivalente ao dobro de
sua largura, não permitidas as varandas, exceto nos casos em que a largura proposta for igual
ou superior a um metro e cinqüenta centímetros, para os prismas abertos só de aeração.
Art. 94. Os prismas fechados de aeração terão aeração verticalmente cruzada e
permanentemente garantida, inclusive quando protegidos em sua parte superior.
Parágrafo Único. Quando utilizado equipamento mecânico de aeração na parte superior dos
prismas referidos neste artigo, fica dispensada a aeração verticalmente cruzada.
Art. 95. Os vãos de aeração e iluminação ou só de aeração manterão afastamento mínimo
em relação às divisas de lotes e de paredes confrontantes, de acordo com os seguintes
parâmetros:
I - de um metro e cinqüenta centímetros quando paralelos às divisas dos lotes;
II - poderá ser inferior a um metro e cinqüenta centímetros, desde que garantida a
indevassibilidade do lote vizinho, quando situados em plano perpendicular ou oblíquo em
relação às divisas dos lotes;
III - de três metros, inclusive quando em prismas, independentemente do dimensionamento
destes, com exceção de prismas só de aeração, quando situados em paredes opostas e
pertencentes a unidades imobiliárias distintas;
IV - de um metro e cinqüenta centímetros, inclusive quando em prismas, independentemente
do dimensionamento destes, quando frontais a paredes cegas ou a vãos de aeração e
iluminação de uma mesma unidade imobiliária;
V - de sessenta centímetros de outro vão exclusivamente de aeração ou de parede cega,
localizado o peitoril em altura não inferior a um metro e oitenta centímetros, quando se tratar
quanto à posse e ao domínio.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
utilizados para ante-sala, sala íntima, sala de jantar e copa.
Parágrafo Único. Cozinha, banheiro, lavabo e dormitório de empregado podem ser aerados
pela área de serviço.
Art. 102. A área do vão de aeração corresponderá ao somatório do mínimo exigido para cada
compartimento atendido.
Art. 103. As esquadrias, aberturas ou painéis translúcidos voltados para o exterior da
edificação, que atinjam altura inferior a noventa centímetros em relação ao nível do piso
interno, serão executados de forma a garantir condições mínimas de segurança.
Art. 104. As saliências de compartimentos que possuam vãos de aeração e iluminação terão
profundidade máxima igual ao dobro de sua largura, incluídas neste cálculo as varandas.
Art. 105. Fica permitida a passagem de fiações e tubulações nos prismas de aeração e
iluminação ou só de aeração, desde que o somatório das seções dessas instalações não
reduza as dimensões mínimas exigidas para os prismas.
Parágrafo Único. Constará do projeto de arquitetura o dimensionamento do local previsto para
a passagem das tubulações.
SEÇÃO II
DA CIRCULAÇÃO E SEGURANÇA
SEÇÃO III
DAS GARAGENS E ESTACIONAMENTOS
Art. 109. Para os efeitos desta Lei, o local destinado à guarda de veículos denomina-se
garagem ou abrigo, quando coberto, e estacionamento, quando descoberto, e é classificado
em:
I - particular, quando situado em propriedade privada;
II - público, quando situado em área pública.
Art. 110. As garagens e estacionamentos de veículos serão projetados e executados sem a
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
interferência de quaisquer elementos construtivos que possam comprometer sua utilização ou
os parâmetros construtivos mínimos estabelecidos.
§1º As circulações de veículos, as vagas, as rampas e demais parâmetros pertinentes
obedecerão ao previsto na regulamentação desta Lei e serão indicados e dimensionados nos
projetos de arquitetura.
§2º Fica admitida a utilização de equipamento mecânico para a racionalização da área,
observado o número de vagas exigido.
Art. 111. Nos casos em que as dimensões do lote impossibilitarem a localização de rampas e
patamares de acomodação em seu interior, ficam admitidas sua localização além dos limites
do lote, desde que:
I - estejam adequados ao sistema viário projetado;
II - a circulação de pedestres seja garantida.
Art. 112. As rampas de acesso de projeções podem ser localizadas fora de seus limites.
Art. 113. No caso de existirem dois ou mais subsolos, as rampas fora dos limites de lotes
receberão a anuência da Prefeitura Municipal e estarão em consonância com o projeto
urbanístico oficial.
Art. 114. Serão previstas vagas para veículos de pessoas com dificuldade de locomoção nos
estacionamentos públicos e nos explorados comercialmente, conforme o disposto nesta Lei
Complementar.
Art. 115. É obrigatória a previsão de vagas para veículos que transportem ou sejam conduzidos
por pessoas portadoras de deficiência e para veículos que transportem ou sejam conduzidos
por pessoas idosas em garagens e estacionamentos públicos, inclusive naqueles explorados
comercialmente, conforme o disposto nesta Lei, em legislação específica e nas normas
técnicas brasileiras.
quanto à posse e ao domínio.
SEÇÃO IV
DA ACESSIBILIDADE
Art. 117. Serão garantidas a todos, inclusive a pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida, condições de utilização e de acesso físico aos serviços oferecidos, pelo
menos, nos seguintes tipos de edificações e bens imóveis:
I - áreas comuns nas habitações residenciais multifamiliares;
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
XIV - bens imóveis de valor cultural ou de valor cultural e turístico, tombados ou não.
Parágrafo Único. As soluções destinadas à eliminação, redução ou superação de barreiras na
promoção da acessibilidade dos bens imóveis de valor cultural ou de valor cultural e turístico,
tombados ou não, devem compatibilizar-se com sua preservação e, em cada caso específico,
assegurar condições de acesso, de trânsito, de orientação e de comunicação, facilitando a
utilização desses bens e a compreensão de seus acervos para todo o público, de acordo com
as diretrizes, os critérios e as recomendações estabelecidos pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional, pelos órgãos competentes do Município de São Gonçalo e pela
regulamentação desta Lei Complementar.
SEÇÃO V
DAS INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
Art. 127. Os elevadores sociais, de serviços e de cargas e os monta-cargas previstos em projeto,
quando obrigatórios, terão capacidade de carregamento definida pelo cálculo de tráfego, a
ser apresentado para aprovação ou para visto do projeto arquitetônico.
Art. 128. Quando for exigido elevador na edificação, será previsto elevador independente
para o uso residencial, caso este uso ocorra concomitantemente a outros em uma mesma
edificação.
Parágrafo Único. O cálculo de tráfego para o elevador destinado ao uso residencial será
elaborado separadamente.
Art. 129. Os projetos de edificações preverão condições de proteção contra incêndio e
pânico, conforme determinam as normas de segurança expedidas pelo Corpo de Bombeiros
Militar do Município de São Gonçalo.
Art. 130. Fica obrigatória a instalação de caixa receptora de correspondência e de depósito
para recipientes de lixo, conforme determina a legislação específica.
Parágrafo Único. Em habitações unifamiliares fica obrigatória a instalação de caixas receptoras
com garantia de livre acesso para depósito da correspondência.
CAPÍTULO IV
DOS ASPECTOS ESPECÍFICOS DAS EDIFICAÇÕES
Art. 131. As atividades desenvolvidas nas edificações são agrupadas nos seguintes usos:
I - residencial;
II - comercial de bens e de serviços;
III - coletivo;
IV - industrial;
V - rural.
quanto à posse e ao domínio.
Parágrafo Único. A classificação das atividades permitidas para os usos a que se refere este
artigo será objeto de regulamentação.
Art. 132. Nos casos em que for permitida, pela legislação de uso e ocupação do solo, a
ocorrência simultânea de atividades que caracterizem a existência de mais de um tipo de uso,
será observado o seguinte:
I - as exigências específicas para cada uso serão atendidas;
II - o uso residencial terá acesso exclusivo e ocorrerá isolado dos demais usos.
SUBSEÇÃO I
DAS HABITAÇÕES UNIFAMILIARES
Art. 133. Considera-se habitação unifamiliar a unidade domiciliar em edificação destinada a
uma única habitação.
Art. 134. Consideram-se habitações em lote compartilhado mais de uma habitação unifamiliar
por unidade imobiliária, conforme definido na legislação de uso e ocupação do solo.
Art. 135. A habitação unifamiliar e as habitações em lote compartilhado contarão com, no
mínimo, compartimentos ou ambientes para estar, dormir, preparo de alimentos, higiene
pessoal e serviços de lavagem e limpeza.
Art. 136. Os compartimentos ou ambientes para serviços de lavagem e limpeza cobertos e
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
descobertos serão indevassáveis desde o logradouro público e lote vizinho.
Parágrafo Único. Quando descobertos, os compartimentos ou ambientes de que trata este
artigo, poderão localizar-se nos afastamentos mínimos obrigatórios.
SUBSEÇÃO II
DAS HABITAÇÕES MULTIFAMILIARES
Art. 137. Considera-se habitação multifamiliar duas ou mais unidades domiciliares na mesma
edificação, com acesso e instalações comuns a todas as unidades.
Art. 138. A unidade domiciliar de habitação multifamiliar contará com, no mínimo,
compartimentos ou ambientes para estar, dormir, preparo de alimentos, higiene pessoal e
serviços de lavagem e limpeza.
Parágrafo Único. O compartimento ou ambiente destinado à higiene pessoal de que trata este
artigo corresponde ao banheiro social definido como primeiro banheiro no Anexo I desta Lei
Complementar.
Art. 139. Fica facultada a existência de um único acesso para utilização como entrada social e
de serviço em unidade domiciliar de habitação multifamiliar com até cinco compartimentos
ou ambientes de permanência prolongada.
Art. 140. Será obrigatória a existência de banheiro de empregado em unidade domiciliar de
habitação multifamiliar com cinco ou mais compartimentos ou ambientes de permanência
prolongada.
Parágrafo Único. Fica excluída do disposto neste artigo a unidade domiciliar econômica.
Art. 141. Fica facultada a existência de dormitório de empregado em unidade domiciliar de
habitação multifamiliar.
Parágrafo Único. Quando da inexistência do dormitório de empregado referido neste artigo, o
compartimento ou ambiente destinado à área de serviço será acrescido em vinte e cinco por
quanto à posse e ao domínio.
SUBSEÇÃO III
DAS HABITAÇÕES DE INTERESSE SOCIAL
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
Art. 146. Considera-se habitação econômica a unidade domiciliar econômica situada em
edificação destinada à habitação.
§1º A habitação econômica será unifamiliar quando a edificação destinar-se a uma única
habitação.
§2º A habitação econômica será multifamiliar quando existirem duas ou mais unidades
domiciliares na mesma edificação, com acesso e instalações comuns a todas as unidades.
Art. 147. A unidade domiciliar econômica contará com, no mínimo, compartimentos ou
ambientes para estar, dormir, preparo de alimentos, higiene pessoal e serviços de lavagem e
limpeza.
Art. 148. A unidade domiciliar econômica poderá apresentar as seguintes características:
I - baixo custo dos materiais e acabamentos aplicados;
II - revestimento lavável nas paredes de compartimentos ou ambientes destinados a preparo
de alimentos, higiene pessoal e serviços de lavagem e limpeza, até a altura mínima de um
metro e cinqüenta centímetros.
Art. 149. O projeto de modificação com acréscimo de área em unidade domiciliar econômica
que resultar em área superior a sessenta e oito metros quadrados, obedecerá aos parâmetros
mínimos para as unidades domiciliares constantes do Anexo I desta Lei Complementar
somente no que for modificado.
SEÇÃO II
DAS EDIFICAÇÕES DE USO COMERCIAL DE BENS E DE SERVIÇOS
Art. 150. Considera-se edificação de uso comercial de bens e de serviços aquela destinada à
comercialização de produtos, valores e serviços.
Art. 151. Será obrigatória a existência de sanitário em sala comercial, obedecida a proporção
quanto à posse e ao domínio.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
impermeável.
Art. 158. Fica vedado o emprego de material de construção sujeito à combustão na
edificação destinada à manipulação de produtos inflamáveis e a oficinas em geral, sendo
tolerada a sua utilização em elementos estruturais da cobertura e em esquadrias.
Parágrafo Único. As oficinas mecânicas e postos de abastecimento de combustível incluídos
neste artigo disporão de sistema separador de óleo e graxa a ser instalado antes da disposição
final dos efluentes líquidos, de acordo com a legislação específica.
Art. 159. O banheiro coletivo em local de hospedagem atenderá à proporção mínima de um
vaso sanitário, um chuveiro e um lavatório de utilização simultânea e independente para cada
quatro unidades habitacionais.
Parágrafo Único. No caso de dormitório coletivo, a proporção de que trata este artigo será
aplicada para cada doze leitos.
Art. 160. A unidade habitacional em local de hospedagem poderá dispor de mais de um
compartimento para repouso.
Art. 161. A unidade habitacional em local de hospedagem que não dispuser de sanitário
privativo possuirá, no mínimo, um lavatório por unidade.
Art. 162. O enquadramento do local de hospedagem na classificação e categoria desejadas
obedecerá à legislação específica.
Art. 163. A edificação destinada ao uso comercial de bens e de serviços obedecerá à
legislação específica dos órgãos afetos.
SEÇÃO III
DAS EDIFICAÇÕES DE USO COLETIVO
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
I - local de recepção de pessoas na proporção mínima de oito por cento da área do local de
reunião;
II - instalação de ar condicionado ou aeração e iluminação naturais.
Parágrafo Único. A cabine de projeção de filmes cinematográficos, incluída no disposto neste
artigo, terá aeração mecânica permanente, sanitário e chaminé para descarga do ar
aquecido.
Art. 167. A Prefeitura Municipal informará ao órgão competente sobre os projetos
arquitetônicos aprovados e sobre a emissão de Alvará de Construção e de Carta de Habite-se
de edificações destinadas a atividades de natureza cultural e esportiva, para fins de
cadastramento.
Parágrafo Único. A pedido do interessado ou da Prefeitura Municipal, o órgão competente
emitirá parecer sobre demais especificidades necessárias às edificações de que trata este
artigo.
Art. 168. A edificação destinada a atividades de natureza religiosa possuirá sanitários para
público independentes para cada sexo.
Art. 169. As edificações de uso coletivo obedecerão à legislação específica dos órgãos afetos.
SEÇÃO IV
DAS EDIFICAÇÕES DE USO INDUSTRIAL
Art. 170. Considera-se edificação de uso industrial aquela destinada a atividades de extração
e transformação da matéria-prima em bens de produção e de consumo.
Art. 171. A indústria potencialmente poluidora e a atividade utilizadora de recursos ambientais
ou capaz de causar degradação ambiental dependerão de prévio licenciamento do órgão
ambiental.
quanto à posse e ao domínio.
Art. 172. A edificação industrial possuirá banheiros providos de armários e independentes para
cada sexo, na proporção de uma bacia turca ou um vaso sanitário, um lavatório e um
chuveiro para cada vinte pessoas do mesmo sexo em serviço.
Art. 173. A chaminé de indústria elevar-se-á a, no mínimo, cinco metros acima da altura
máxima permitida para as edificações, considerando-se um raio de cinqüenta metros a contar
do centro da chaminé.
Parágrafo Único. Poderão ser determinados outros parâmetros para a chaminé de indústria
referida neste artigo, a critério do órgão ambiental.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
segurança.
CAPÍTULO VI
DAS EDIFICAÇÕES TEMPORÁRIAS
Art. 177. As edificações temporárias observarão as normas de segurança, salubridade,
conforto e higiene.
Parágrafo Único. A Prefeitura Municipal poderá estabelecer exigências complementares a
serem observadas nas edificações temporárias, além das estabelecidas neste artigo.
SEÇÃO I
DA INSTALAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES TEMPORÁRIAS
SEÇÃO II
DO LICENCIAMENTO DAS EDIFICAÇÕES TEMPORÁRIAS
Art. 179. As edificações temporárias são objeto de licenciamento, por tempo determinado,
ouvidos os órgãos do complexo administrativo da Prefeitura Municipal diretamente envolvidos.
§1º A licença de que trata este artigo poderá ser cancelada a qualquer tempo, mediante
decisão fundamentada da Prefeitura Municipal, observado o interesse público.
§2º A Prefeitura Municipal fica isenta de responsabilidade por indenização de qualquer
espécie, inclusive por benfeitorias ou acessões, no caso de cancelamento da licença de que
trata este artigo.
quanto à posse e ao domínio.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
perímetro urbano em que atuar promoverá a apuração imediata, sob pena de
responsabilidade.
§1º Será considerado co-responsável o servidor público ou quaisquer pessoas, físicas ou
jurídicas, que obstruir o processo de apuração da infração.
§2º A responsabilidade do servidor público será apurada nos termos da legislação específica.
Art. 184. Os responsáveis por infrações decorrentes da inobservância aos preceitos desta Lei
Complementar e demais instrumentos legais afetos serão punidos, de forma isolada ou
cumulativa, sem prejuízo das sanções civis e penais cabíveis, com as seguintes penalidades:
I - advertência;
II - multa;
III - embargo parcial ou total da obra;
IV - interdição parcial ou total da obra ou da edificação;
V - demolição parcial ou total da obra;
VI - apreensão de materiais, equipamentos e documentos.
SEÇÃO I
DA ADVERTÊNCIA
Art. 185. A advertência será aplicada pelo responsável pela fiscalização por meio de
notificação ao proprietário e ao Responsável Técnico da obra, que serão instados a regularizar
sua obra no prazo determinado.
Parágrafo único. O prazo referido neste artigo será de, no máximo, trinta dias, prorrogável por
igual período.
SEÇÃO II
DA MULTA
quanto à posse e ao domínio.
Art. 186. A multa será aplicada ao proprietário da obra pelo responsável pela fiscalização,
precedida de auto de infração, nos seguintes casos:
I - por descumprimento do disposto nesta Lei Complementar e demais instrumentos legais;
II - por descumprimento dos termos da advertência no prazo estipulado;
III - por falsidade de declarações apresentadas à Administração Regional;
IV - por desacato ao responsável pela fiscalização;
V - por descumprimento do embargo, da interdição ou da notificação de demolição.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
Art. 188. As multas por inobservância às disposições desta Lei Complementar e da legislação
pertinente referentes a imóveis tombados de valor histórico, artístico e cultural equivalerão a
dez vezes o valor previsto no art. 188.
Art. 189. A multa será reduzida em até cinqüenta por cento de seu valor, caso o infrator
comprometa-se, mediante acordo escrito, a tomar as medidas necessárias para sanar as
irregularidades em prazo de até trinta dias.
Parágrafo Único. Será cassada a redução e exigido o pagamento integral e imediato da
multa, se as medidas e os prazos acordados forem descumpridos.
Art. 190. O pagamento da multa não isenta o infrator de cumprir as obrigações necessárias
para sanar as irregularidades que deram origem à infração e aquelas de outra natureza
previstas na legislação vigente.
Art. 191. Será aplicada ao responsável técnico da obra, se houver, multa com valor
equivalente a oitenta por cento do valor arbitrado ao proprietário.
Parágrafo Único. A multa prevista neste artigo fica dispensada nos casos em que o responsável
técnico comunicar previamente à autoridade competente a irregularidade da obra objeto da
multa aplicada.
Art. 192. Os valores das multas são reajustados de acordo com estudos que competem os
órgãos do complexo administrativo da Prefeitura Municipal diretamente envolvidos.
Art. 193. As multas não quitadas serão inscritas na dívida ativa.
SEÇÃO III
EMBARGO
Art. 194. O embargo parcial ou total será aplicado pelo responsável pela fiscalização sempre
quanto à posse e ao domínio.
Art. 195. A interdição parcial ou total será aplicada imediatamente pelo responsável pela
fiscalização sempre que a obra ou edificação apresentar situação de risco iminente para
operários e terceiros ou em caso de descumprimento de embargo.
Parágrafo Único. Admitir-se-á interdição parcial somente nas situações que não acarretem
riscos aos operários e terceiros.
Art. 196. O descumprimento do embargo ou da interdição torna o infrator incurso em multa
cumulativa, calculada em dobro sobre a multa originária.
Art. 197. O responsável pela fiscalização manterá vigilância sobre a obra e, ocorrendo o
descumprimento do embargo ou interdição, comunicará o fato imediatamente ao superior
hierárquico, adotadas as providências administrativas e judiciais cabíveis.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
§1º A representação criminal contra o infrator, com base no Código Penal, ocorrerá depois de
esgotados os procedimentos administrativos cabíveis.
§2º Caberá à Polícia Militar, após comunicação da Prefeitura Municipal, a manutenção do
embargo ou da interdição, nos termos da Lei Orgânica do Município de São Gonçalo.
§3º Caso se verifique a continuidade da obra após o embargo, o responsável pela fiscalização
requisitará os equipamentos e materiais necessários à Administração municipal para proceder
à demolição da parte acrescida.
SEÇÃO IV
DEMOLIÇÃO
Art. 198. A demolição total ou parcial da obra será imposta ao infrator quando se tratar de
construção em desacordo com a legislação e não for passível de alteração do projeto
arquitetônico para adequação à legislação vigente.
§1º O infrator será comunicado a efetuar a demolição no prazo de até trinta dias, exceto
quando a construção ocorrer em área pública, na qual cabe ação imediata.
§2º Caso o infrator não proceda à demolição no prazo estipulado, esta será executada pela
Administração municipal em até quinze dias, sob pena de responsabilidade.
§3º O valor dos serviços de demolição efetuado pela Prefeitura Municipal será cobrado do
infrator e, na hipótese de não pagamento, o valor será inscrito na dívida ativa.
§4º O valor dos serviços de demolição previsto no § 3º será cobrado conforme dispuser tabela
de preço unitário constante da regulamentação desta Lei.
SEÇÃO V
APREENSÃO
será efetuada pelo responsável pela fiscalização, que providenciará a respectiva remoção
para depósito público ou determinado pela Prefeitura Municipal.
§1º A devolução dos materiais e equipamentos apreendidos condiciona-se:
I - à comprovação de propriedade;
II - ao pagamento das despesas de apreensão, constituídas pelos gastos efetivamente
realizados com remoção, transporte e depósito.
§2º Os gastos efetivamente realizados com a remoção e transporte dos materiais e
equipamentos apreendidos serão ressarcidos à Prefeitura Municipal, mediante pagamento de
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
materiais e equipamentos.
§9º O proprietário arcará com o ônus decorrente do eventual perecimento natural,
danificação ou perda de valor dos materiais e equipamentos apreendidos.
Art. 200. Os materiais e equipamentos apreendidos e não devolvidos nos termos desta Lei
Complementar serão incorporados ao patrimônio do Município de São Gonçalo, doados ou
alienados, a critério do Chefe do Poder Executivo.
§1º Os materiais e equipamentos incorporados ao patrimônio do Município de São Gonçalo,
na forma da legislação em vigor, serão utilizados na própria unidade administrativa ou
transferidos para outros órgãos da administração direta, mediante ato do Prefeito.
§2º Os materiais de consumo incorporados ao patrimônio do Município de São Gonçalo
constarão de relatório mensal discriminado, publicado em ato próprio, até o décimo quinto
dia do mês subseqüente da data de sua utilização pela Administração municipal.
Art. 201. Será considerado infrator de má-fé aquele que tiver o mesmo material e equipamento
apreendido mais de uma vez.
Art. 202. Os profissionais responsáveis que incorrerem nas infrações previstas nesta Lei
Complementar ficam sujeitos a representação junto ao CREA pela Prefeitura Municipal, sem
prejuízo das sanções administrativas, civis e penais cabível.
Art. 203. Quando o proprietário ou responsável pela obra se recusar a assinar documento
referente às penalidades previstas nesta Lei Complementar, o responsável pela fiscalização
fará constar a ocorrência no próprio documento.
Art. 204. No caso de não ser encontrado o proprietário ou responsável pela obra, a Prefeitura
Municipal notificá-lo-á na forma definida pela legislação específica.
Art. 205. Eventuais omissões ou incorreções nos documentos referentes a penalidades não
geram sua nulidade, quando constarem elementos suficientes para a identificação da
infração e do infrator.
quanto à posse e ao domínio.
Art. 206. O processo administrativo referente às infrações e penalidades disciplinadas por esta
Lei Complementar se dará mediante estreita observância à legislação específica, ou, na falta
desta, por analogia com legislação aplicável, garantido o direito de ampla defesa.
Art. 207. Os projetos cujos requerimentos sejam protocolados até a data de início da vigência
deste Código, poderão ser analisados integralmente de acordo com a legislação anterior ou
totalmente pelas normas da presente Lei Complementar.
§1º A opção de análise pela legislação anterior de que trata este artigo, será facultada para
projetos de obras cujas fundações e baldrames venham a ser concluído em prazo de até 180
(cento e oitenta) dias a contar da publicação desta Lei Complementar.
§2º No caso de conjunto de edificações num mesmo terreno o prazo referido no § 1º deste
artigo será considerado para cada edificação separadamente.
Art. 208. Qualquer tipo de intervenção ou restauração, em imóvel tombado, em processo de
tombamento ou indicado para preservação, somente será autorizado, após anuência
expressa do órgão municipal, estadual ou federal, responsável pela medida protecionista.
Capítulo: Art. 63. A regularização urbanística e ambiental não implica o reconhecimento de direitos
Art. 209. A critério do município, no interesse da preservação do patrimônio, poderão ser
isentadas de exigências do presente Código as reformas, restaurações e ampliações em
edificações existentes e identificadas como de interesse histórico, artístico ou cultural.
Art. 210. A aplicação do disposto nesta Lei Complementar não prejudicará os índices e
densidades de ocupação previstos na legislação de uso e ocupação do solo.
Art. 211. As edificações de uso coletivo, públicas ou particulares, serão objeto de manutenção
periódica nos aspectos essenciais de segurança estrutural, instalações em geral, equipamentos
e elementos componentes e nas questões de higiene e conforto das edificações.
Art. 212. É direito de qualquer cidadão comunicar à autoridade responsável a ocorrência de
irregularidades relacionadas a obras.
Art. 213. O Poder Executivo regulamentará esta Lei Complementar no prazo de 180 dias.
Art. 214. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação
Art. 215. Revogam-se o Decreto ...... e Lei ...... e demais disposições em contrário.
Lavável e Lavável e
Banheiro (1º) - 1,10 1/8 2,40 0,60 -
impermeável impermeável
Lavável e Lavável e
Banheiro empregado 1,60 1,00 1/8 2,40 0,60 -
1/8 ou duto
Lavabo 1,20 0,80 2,40 0,60 - - De acordo com a finalidade a que se destina
200 mm
Escada curvilínea ou
- 1ª) 0,80 - 2,40 - - - -
retilínea
Diretoras Responsáveis:
Mônica Herkenhoff
Izabel Borges