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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

GESI GOMES DE CARVALHO NETO

DESENVOLVIMENTO DE UM INDICADOR DE NÍVEL DE COMBUSTÍVEL


UTILIZANDO PIC

MOSSORÓ
2016
GESI GOMES DE CARVALHO NETO

DESENVOLVIMENTO DE UM INDICADOR DE NÍVEL DE COMBUSTÍVEL


UTILIZANDO PIC

Monografia apresentada a Universidade


Federal Rural do Semi-Árido como requisito
para obtenção do título de Bacharel em
Ciência e Tecnologia.

Orientador: Prof. Dr. José Luiz Souza Lima

MOSSORÓ
2016
© Todos os direitos estão reservados a Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O conteúdo desta obra é de inteira
responsabilidade do (a) autor (a), sendo o mesmo, passível de sanções administrativas ou penais, caso sejam infringidas as
leis que regulamentam a Propriedade Intelectual, respectivamente, Patentes: Lei n° 9.279/1996 e Direitos Autorais: Lei n°
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ata. A mesma poderá servir de base literária para novas pesquisas, desde que a obra e seu (a) respectivo (a) autor (a)
sejam devidamente citados e mencionados os seus créditos bibliográficos.

G633e Gomes, Gesi. Desenvolvimento de um indicador de


nível de combustível utilizando PIC / Gesi Gomes. -
2016.
27 f. : il.

Orientador: José Luiz Sousa.


Monografia (graduação) - Universidade Federal
Rural do Semi-árido, Curso de Ciência e
Tecnologia, 2016.

1. Medição de nível. 2. PIC. 3. Cactus Baja. I.


Sousa, José Luiz, orient. II. Título.

O serviço de Geração Automática de Ficha Catalográfica para Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC´s)
foi desenvolvido pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo
(USP) e gentilmente cedido para o Sistema de Bibliotecas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido
(SISBI-UFERSA), sendo customizado pela Superintendência de Tecnologia da Informação e Comunicação
(SUTIC) sob orientação dos bibliotecários da instituição para ser adaptado às necessidades dos alunos
dos Cursos de Graduação e Programas de Pós-Graduação da Universidade.
DESENVOLVIMENTO DE UM INDICADOR DE NÍVEL DE COMBUSTÍVEL
UTILIZANDO PIC

Monografia apresentada a Universidade


Federal Rural do Semi-Árido como requisito
para obtenção do título de Bacharel em
Ciência e Tecnologia.

Defendida em: 23/05/2016


À minha família, à minha namorada e ao meu
amigo Allyson Fernandes.
AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida, por sua presença constante em meu coração, me guiando e
abençoado meus caminhos. Obrigado!

Aos meus pais e a minha namorada, por toda dedicação e confiança que me fizeram não
desistir nunca e por me mostrarem que sou capaz de alcançar tudo o que desejar. Obrigado
por toda dedicação concedida à realização deste trabalho. Obrigado por todas as vezes que me
apoiou, recarregando minhas forças e me encorajando a não desistir.

A todos que torceram por mim. Obrigado por compartilharem comigo esse momento de
conclusão de curso, que foi uma jornada exaustiva, porém muito gratificante.
RESUMO

Atualmente a maioria dos modelos de medidores de nível de combustíveis de carros


apresentam dois arranjos, o método de boia interligada a uma resistência variável e
microprocessadores instalados na parte interna dos tanques de combustível dos carros. Esses
dois métodos não são adequados para efetuar a medição de combustível dos veículos do tipo
Baja, desenvolvidos pela equipe Cactus Baja da Universidade Federal Rural do Semi-Árido –
UFERSA, devido algumas restrições impostas pelo regulamento da competição Baja SAE
(Sociedade de Engenheiros da Mobilidade). Dessa forma, equipes de competições juniores
necessitam estudar, desenvolver e aplicar aos seus protótipos um indicador de nível de
combustível de baixo custo e eficiente. Nesse sentido, foi estudado e desenvolvido, por
simulação via software Proteus, um indicador de nível de combustível utilizando
microcontroladores PIC (Programmable Interface Controller) e um transdutor de pressão
diferencial, onde a informação é repassada ao painel do veículo dando assim a indicação
necessário ao piloto com relação ao volume de combustível que consta no tanque. Dessa
forma, este trabalho de conclusão de curso tem como finalidade apresentar o estudo e
desenvolvimento de um indicador de nível por pressão diferencial para um veículo tipo Baja,
para a equipe Cactus Baja da UFERSA.

Palavras-chave: Medidores de nível, Cactus Baja, PIC.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Exemplo de medidor do tipo boia...................................................…….……….14


Figura 2 – Esquema de funcionamento de um medidor do tipo Boia......…….………....….15
Figura 3 Exemplo de medidor utilizados juntamente com microprocessaodor.........….....16
Figura 4 – Diagrama resumido de um Microcontrolador...................….….….……...…..... 17
Figura 5 - Descrição do PIC18f4550.....................................................................................18
Figura 6 – Diagrama simplificado de funcionamento de um transdutor….....….......………18
Figura 7 – Transdutor de pressão.........……..…………………............................................19
Figura 8 - Esquema de posicionamento do sensor.................................................................21
Figura 9 – Simulação do indicador de nível de combustível por pressão diferencial ...........22
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Curva de tensão de saída pela variação da pressão diferencial...........................18


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 11

1.1 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ABORDADO........................................................ 11

1.2 OBJETIVOS .............................................................................................................. 12

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.......................................................................................... 13

2.1 REGULAMENTO DA COMPETIÇÃO BAJA SAE BRASIL 2013 - SISTEMA DE


COMBUSTÍVEL. ................................................................................................................. 13

2.2 MEDIDORES DE NÍVEL CONVENCIONAIS ....................................................... 14

2.2 MICROCONTROLADOR PIC 18f4550................................................................... 16

2.3 TRANSDUTOR DE PRESSÃO MPXV5004GS ...................................................... 18

3. INDICADOR DE NÍVEL POR PRESSÃO DIFERENCIAL UTILIZANDO PIC .......... 21

3.1 MEDIÇÃO DE NÍVEL POR DIFERENCIAL DE PRESSÃO................................. 21

3.2 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO ...................................................................... 21

3.3 SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL ........................................................................ 23

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 25

5. REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 26
11

1. INTRODUÇÃO

A maioria dos medidores de nível de combustíveis dos carros comercializados no


mundo apresentam duas configurações: Mecanismos de boia interligada a uma resistência
variável e microprocessadores que são instalados na parte interna dos tanques de combustível.
Porém, esses e vários outros sistemas, antes de serem utilizados em carros comerciais, se não
foram advindos de carros de competição, passaram por etapas de testes nos mesmos. O
Projeto Baja SAE (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade) funciona como uma dessas
competições, criada pela SAE (Society of Automotive Engineers, traduzido como Sociedade
de Engenheiros da Mobilidade) em 1976 nos Estados Unidos é uma categoria automobilística
de nível internacional para veículos de competição fora de estrada, tendo como objetivo
estimular jovens estudantes de engenharia a projetarem e construírem estes veículos,
considerado como uma espécie de laboratório para futuros profissionais do setor. (SAE 2016).
Um Baja SAE é regido por uma série de regulamentos a serem seguidos para garantir
segurança e competitividade. O veículo deve estar preparado para vencer terrenos acidentados
e condições climáticas severas sem apresentar danos em sua estrutura. Além disso, deve
possuir um motor de combustão interna padrão de 10 HP e ser capaz de transportar uma
pessoa (o piloto) com até 1,90m de altura e com peso de até 113,4 kg. (SAE 2016).
Assim, tentando inovar e buscar sempre uma melhor alternativa que se adeque as
exigências do regulamento da competição Baja SAE, já que os modelos convencionais não
são considerados uma melhor alternativa para esse tipo de veículo, será projetado e testado
através de um programa de simulação computacional (PROTEUS) um medidor de nível de
combustível por pressão diferencial utilizando PIC, que poderá ser utilizado pela equipe
Cactus Baja da Universidade Federal Rural do Semiarido para efetuar a medição do volume
de combustível no tanque.
A equipe CACTUS BAJA é formada por estudantes de graduação dos cursos de
Engenharia Mecânica e do Bacharelado em Ciência e Tecnologia que tem como objetivo
desenvolver um veículo atrativo ao mercado consumidor pelo seu visual, desempenho,
confiabilidade e facilidade de operação e manutenção, para representar a UFERSA
nacionalmente. (CACTUS BAJA 2016).

1.1 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ABORDADO


12

Diante da dificuldade enfrentada pela equipe Cactus Baja da Universidade Federal


Rural do Semi-Árido (UFERSA) para efetuar a medição do volume de combustível do
veículo, pois não há nenhum sistema para efetuar essa medição, foi desenvolvido um
indicador de nível de combustível utilizando microcontroladore PIC (Programmable Interface
Controller) e um transdutor de pressão diferencial, tomando como base as regras estabelecidas
pelo regulamento da competição Baja SAE Brasil 2013 referentes ao Sistema de Combustível.
Assim, a informação do volume de combustível é repassada ao painel do veículo dando assim
a indicação necessário ao piloto com relação ao volume de combustível que consta no tanque.

1.2 OBJETIVOS

Este trabalho tem como finalidade apresentar o estudo e desenvolvimento de um


indicador de nível por pressão diferencial para um veículo tipo Baja, que será projetado e
testado em um software de simulação computacional.
13

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 REGULAMENTO DA COMPETIÇÃO BAJA SAE BRASIL 2013 - SISTEMA DE


COMBUSTÍVEL.

LOCALIZAÇÃO DO SISTEMA
O sistema de combustível deve ser totalmente localizado dentro do envelope estrutural
tal que é protegido de impactos, incluindo capotamento. A fixação do tanque deve ser
projetada para resistir à agitação sem se soltar. (SAE 2016).
TANQUE DE COMBUSTÍVEL
Apenas um único tanque de combustível é permitido. Os tanques de combustível são
restritos para o tanque de estoque fornecido pela empresa Briggs & Stratton. Nenhum furo é
permitido no tanque mesmo se eles forem reparados.
TAMPA DA VÁLVULA DE COMBUSTÍVEL
Uma válvula de retenção na tampa de combustível que impede o vazamento de
combustível em um capotamento. A válvula de retenção deve ser completamente selada na
tampa utilizando um adesivo que não faça a desagregação no combustível. É fortemente
recomendado o uso do padrão estabelecido pela empresa Briggs e Stratton. As linhas de
ventilação do tanque não são mais permitidas. As equipes não podem adicionar qualquer
buraco adicional no tanque de estoque. (SAE 2016).
LINHAS DE COMBUSTÍVEIS
Todas as linhas de combustível devem estar localizadas longe de bordas afiadas,
componentes quentes do motor e ser protegidos contra atrito. Anéis isolantes são necessários
sempre que as linhas passem através de um membro do veículo.
LINHAS DE COMBUSTÍVEL NÃO SÃO PERMITIDOS NA CABINE.
Todas as linhas devem ser aprovadas para uso automotivo, bem fixadas e não ser
maior do que as linhas de ações fornecidas com o motor (ou seja, ½ "OD e ¼" ID). Se um
filtro de combustível é utilizado, ele deve ser da empresa Briggs e Stratton.
COMBUSTÍVEL
O único combustível permitido é de um grau de gasolina automotiva que consiste em
compostos de hidrocarbonetos. A gasolina pode conter antioxidantes, inibidores de corrosão
ou levar compostos de alquilo tais como tetra-etil liderar. A adição de aditivos de azoto de
rolamento ou aditivos concebidos para liberar oxigênio são estritamente proibidas. A
14

densidade específica não deve exceder 0,75g/L para a gasolina com chumbo ou sem chumbo
de 0,80g/L para gasolina quando medido a 60 graus centígrados. (SAE 2016).
OS RECIPIENTES DE COMBUSTÍVEL
Atenção: Todo o combustível deve ser feito, e colocado em tanques de combustível de
veículos, a partir dos recipientes aprovados.
SISTEMA DE REABASTECIMENTO
Um sistema de reabastecimento que não permita vazamento de combustível ou
derramamento deve ser desenvolvido e usado em todos os procedimentos de reabastecimento.
O bom funcionamento deste sistema deve ser demonstrado durante a Inspeção Técnica.
(Emenda 1, 01/Dez/2010). (SAE 2016).
PREVENÇÃO DE DERRAMAMENTO
O tanque de combustível deve ser montado de modo que nenhum combustível pode
ser derramado sobre o condutor, ignição do motor, ou escape durante o abastecimento. O
cumprimento dessa regra exigirá uma panela escorredora que é pelo menos 203,2 mm (8
polegadas) de diâmetro ou área equivalente e têm os lados pelo menos 38,1 mm (1,5
polegadas) de altura acima da aresta superior do tanque. A chapa não pode ser montada
diretamente para o tanque em torno da tampa de combustível. O combustível deve ser
escorrido a partir da panela para o fundo do carro através de um tubo com um diâmetro
interior mínimo de 6,35 mm (0,25 polegadas) (nenhuma partilha do combustível permitido).
(SAE 2016).

2.2 MEDIDORES DE NÍVEL CONVENCIONAIS

Geralmente os medidores de combustível instalados em veículos são de dois tipos:


compostos por alguns elementos sendo o principal deles, boias que ficam dentro do tanque e
possuem uma conexão com haste metálica conectada a uma resistência variável como
mostrado na Figura 1, e os sistemas mais modernos são compostos por microcontroladores
que leem a resistência interna do tanque. No sistema com boia, o nível de combustível que
estiver armazenado dentro do tanque vai acabar mudando este posicionamento tanto da boia
quanto das hastes que estão conectadas com ela, permitindo que esta informação seja
mostrada no painel do carro.
15

Figura 1 Exemplo de medidor do tipo boia

Fonte: Sete LTDA.

Quando a boia que está dentro do tanque estiver na parte mais de cima conforme
podemos observar na Figura 2, o contato que desliza da resistência permanece perto do lado
aterrado, o que significa que a resistência é pequena e uma quantidade relativamente grande
de corrente que passa através do módulo que chega até o marcador do painel. Quando o nível
do tanque baixa, a boia abaixa, o contato desliza, a resistência aumenta e a quantidade de
corrente enviada ao marcador diminui. (SALÃODOCARRO.COM 2016)

Figura 2 Esquema de funcionamento de um medidor do tipo Boia

Fonte: Sete LTDA.

Já nos carros mais modernos não estão mais utilizando estes modelos mais antigos de
controle de combustível e passaram a utilizar controladores mais modera nos conforme
podemos observar na Figura 3. Boa parte dos modelos lançados recentemente estão utilizando
microprocessadores que são instalados na parte interna dos tanques de combustível e que tem
como principal função fazer a leitura da resistência variável no tanque. Depois disso, estas
informações são repassadas para outro microprocessador, que tem a função de fazer a leitura e
16

interpretação dos dados, permitindo que as pessoas saibam quanto de gasolina ainda se
encontra dentro do tanque de combustível.
Estes sistemas são mais precisos, mas também apresentam algumas falhas de vez em
quando, principalmente depois de um tempo de utilização do carro e para aqueles motoristas
que não possuem o costume de encher o tanque de gasolina, colocando apenas um pouco de
combustível sempre que vão dirigir, este sistema acaba se tornando impreciso mais
rapidamente. É importante também que os motoristas dos carros mais novos leiam o manual
para saber se existe alguma especificação sobre o funcionamento do medidor de combustível.
Isso porque em alguns casos o medidor pode estar programado para exibir um alerta luminoso
quando o carro ainda possui alguns litros de combustível, desta forma as pessoas ainda têm
tempo de chegar até um posto para abastecer o tanque. (SALÃODOCARRO.COM 2016)

Figura 3 Exemplo de medidor utilizados juntamente com microprocessaodor

Fonte: Sete LTDA.

2.2 MICROCONTROLADOR PIC 18f4550

O microcontrolador PIC é um dos principais dispositivos utilizados neste trabalho


sendo responsável pelo processamento de todas as informações. Os microcontroladores PIC
foram desenvolvidos pela Microchip Technology, empresa norte americana de
semicondutores, com sede no Arizona – EUA. (MICROCHIP 2016), e são bastantes
utilizados no mundo todo em circuitos eletrônicos onde se deseja controlar ou executar uma
determinada ação pré-definida através de uma linguagem de programação computacional (C,
C++, Lader, etc).
A Figura 4 mostra o esquema simplificado de um microcontrolador, onde podemos
observar que são basicamente constituídos de CPU (Unidade Central de Processamento),
memória (dados e programas) e periféricos (portas E/S, I²C, SPI, USART etc.). Suas
dimensões reduzidas são resultantes da alta capacidade de integração, em que milhões de
17

componentes são inseridos em uma única pastilha de silício pela técnica de circuitos
integrados (CI’s). (MICROCONTROLADORES PIC18 2009)

Figura 4 Diagrama resumido de um Microcontrolador.

Fonte: Microcontroladores PIC 18. 2009

As duas principais arquiteturas de microcontrolador são Havard e Von-Neumann. A


arquitetura Havard é caracterizada pela existência de um barramento para o acesso a memória
de dados e outra para a memória de programa, resultando em um aumento de fluxo de dados,
enquanto na arquitetura Von-Neumann as memórias de dados e de programa compartilham o
mesmo barramento, limitando a operação. (MICROCONTROLADORES PIC18 2009)
O PIC18F4550 é construído com base na arquitetura Harvard com instruções do tipo
RISC (Computador com conjunto Reduzido de Instruções). É um dispositivo de 8bits dotado
de 32Kbytes de memória de programa e 2.084 bytes de memória RAM. Esse dispositivo pode
ser alimentado com tensão entre 4V e 5.5V, além de operar em frequência de até 48MHz (12
MIPS – milhões de instruções por segundo). Ele pode ser alimentado diretamente por um
oscilador de 48MHz ou por um cristal associado com o bloco PLL. Além disso, possui um
oscilador interno de 8MHz, que pode ser derivado em 8MHz, 4MHz, 2MHz, 1MHz, 500KHz,
250KHz, 125KHz e 31KHz. (MICROCONTROLADORES PIC18 2009)
Conforme podemos observar na Figura 5, esse modelo possui 40 pinos, dos quais 35
podem ser configurados com I/O, e diversos periféricos, tais como memória EEPROM de
256bytes, um módulo CCP e ECCP, um módulo SPI e I²C, treze conversores A/D de 10 bits
de resolução com tempo de aquisição programável, dois comparadores analógicos, uma
comunicação EUSART, um TIMER de 8bits (TIMER2) e três de 16bits (TIMER0, TIMER1 e
TIMER3), um módulo de detecção de alta/baixa voltagem (HLVD), além de ter um módulo
USB 2.0 capaz de operar no modo low-speed (1.5Mbps) ou full-speed (12Mbps).
18

Figura 5 Descrição do PIC18f4550

Fonte: Microcontroladores PIC 18. 2009

2.3 TRANSDUTOR DE PRESSÃO MPXV5004GS

Os transdutores são dispositivos capaz de receber um sinal de uma determinada


variável, seja ela de magnitude física como posição, umidade, pressão, temperatura etc, e
transforma-lo em um sinal elétrico, para que possa ser usado através de um sistema de
controle. A Figura 6 mostra o diagrama simplificado de funcionamento de um transdutor,
onde sabemos que como não existe um sistema ideal o transdutor também irá perder parte da
energia de entrada no decorrer do seu processamento.
19

Figura 6 Diagrama simplificado de funcionamento de um transdutor.

Fonte: Processamento de sinais. 2012

O dispositivo MPXV5004GS é um transdutor de pressão que possui dimensões


reduzidas, conforme mostrada na Figura 7, piezoresistivo de silício, tensão de alimentação de
5Vcc ideal para microcontroladores que possuem canais ADC, ou seja, canais que conseguem
converter um sinal analógico em digital, e sensibilidade de 1mV/Pa, proporcionam uma saída
de tensão altamente precisa e linear, diretamente proporcional à pressão aplicada. O
transdutor é composto por um único diafragma de silício, monolítico e uma rede de resistores
de película fina integrado on-chip. O chip é a laser aparado para extensão precisa e
compensação de calibração e compensação de temperatura. (DATASHEET MPXV5004GS).

Figura 7 Transdutor de pressão

Fonte: Datasheet MPXV5004GS

A saída de tensão diferencial do transdutor é diretamente proporcional à pressão


diferencial aplicada conforme podemos observar no Gráfico 1, ou seja, a tensão do sensor
diferencial, ou medidor de saída, aumenta com o aumento da pressão aplicada na entrada do
mesmo como também diminui com a diminuição da pressão aplicada na entrada do
transdutor.
20

Gráfico 1 Curva de tensão de saída pela variação da pressão diferencial.

Fonte: Datasheet MPXV5004GS


21

3. INDICADOR DE NÍVEL POR PRESSÃO DIFERENCIAL UTILIZANDO PIC

3.1 MEDIÇÃO DE NÍVEL POR DIFERENCIAL DE PRESSÃO

A medição do volume de combustível será feita tomando como base os estudos do


campo da hidrostática onde podemos relacionar a pressão atmosférica com a pressão
exercidas pelos líquidos. Quando temos um recipiente com um liquido em equilíbrio
conseguimos calcular a pressão em um dado ponto da coluna.
Para algumas grandezas em hidrostática, tais como em algumas grandezas em
Mecânica, muitas vezes o que tem importância é a variação de uma grandeza, ou seja, a
diferença entre o valor desta grandeza em dois pontos diferentes e não o valor da grandeza em
si. Um exemplo é a consideração de que a energia potencial de um corpo é Ep = m.g. ∆h (m:
massa; g: gravidade; ∆h: variação da altura). O mesmo ocorre com a pressão: em muitos
fenómenos, o que realmente nos interessa é a diferença entre os valores de pressão dos dois
pontos e não o valor efetivo da pressão em cada ponto. Por isso, introduziremos o conceito de
pressão absoluta (Pabs) e de pressão manométrica (Pm). A pressão absoluta é a pressão total de
um certo ponto ou lugar, ou seja, é o somatório de todas as contribuições para o aumento da
mesma. A sua determinação depende de diversos fatores que podem provocar um aumento de
pressão no sistema. Para um ponto no interior de um fluido, podemos dizer que Pabsoluta =
Pexterna + p.g.∆h. Se a parte externa for o meio ambiente, então Pexterna = Patmosferica. O
princípio de Stevin estabelece a diferença de pressão entre dois pontos de um fluido: ∆Pm = p.g.∆h.
Este valor é conhecido como pressão manométrica, pois é a pressão indicada pelos
manómetros (ACADEMIA 2016).
A pressão manométrica entre dois pontos de um mesmo fluido, mas com
profundidades diferentes (∆h).
Pm = p.g.∆h (1)
Podemos então afirmar que:
Pabs = Patm + Pm (2)

3.2 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Ao analisarmos todas as grandezas das equações (1) e (2) descritas no tópico 3.3
(Medição de nível por diferencial de pressão) veremos que densidade e força gravitacional são
22

constantes e assim podemos perceber que a pressão e altura da coluna de liquido são
diretamente proporcionais. Ou seja, a densidade é uma característica do líquido, que nesse
caso, gasolina (0,75g/mL), a aceleração da gravidade também é uma constante (9,81m/s²) e a
pressão atmosférica também é conhecida, assim a pressão no fundo do tanque é diretamente
proporcional à altura da coluna de gasolina.
Então, o transdutor será inserido na saída da mangueira de combustível para a motor,
através de uma derivação na mangueira, em formato de “T”, conforme podemos observar na
Figura 9, ou seja, o transdutor será inserido em uma derivação que fique perpendicular à
mangueira, pois assim poderemos medir a pressão estática do fluido (MUNSON 2004).

Figura 8 Esquema de posicionamento do transdutor de pressão

Fonte: Autoria própria

Então, o transdutor relaciona linearmente determinada pressão manométrica com um


valor de tensão de saída. A tensão de saída é inserida em um dos canais do conversor
analógico-digital (ADC) do microcontrolador e os dados são processados tendo como base os
parâmetros definidos no programa interno do microcontrolador, conforme podemos observar
na Figura 9, para então determinar a quantidade de combustível e assim acionar um painel de
Leds para indicar a quantidade de combustível no tanque.

Figura 9 Esquema de Funcionamento

Fonte: Autoria própria


23

3.3 SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL

A construção e simulação computacional do indicador de nível foi realizada através do


programa de simulação Proteus. O Proteus é um software de desenho e simulação bastante
utilizado por estudantes e profissionais que desejam colocar em prática virtualmente os
circuitos eletrônicos que desenvolveram.
Ele permite o desenho de circuitos empregando um entorno gráfico no qual é possível
colocar os símbolos representativos dos componentes e realizar a simulação de seu
funcionamento sem o risco de ocasionar danos aos circuitos. A simulação pode incluir
instrumentos de medição e a inclusão de gráficas que representam os sinais obtidos na
simulação. O que mais interesse despertou é a capacidade de simular adequadamente o
funcionamento dos microcontroladores mais populares (PICS, ATMEL-AVR, Motorola,
8051, etc.). Também tem a capacidade de passar o desenho a um programa integrado
chamado ARES no qual se pode levar a cabo o desenvolvimento de placas de circuitos
impressos. (MANUAL DO PROTEUS).
Na Figura 10 é descrita a construção do circuito eletrônico do indicador de nível de
combustível, bem como todas as ligações elétricas para que o sistema funcione
adequadamente. Os componentes eletrônicos utilizados foram:
 1 Transdutor de pressão
 1 PIC 18F4550
 1 Painel de LEDS
 1 Crystal
 2 Capacitores de 15 pF
 2 Capacitores de 1 uF
 1 Capacitor 0,01 uF
 1 Resistor de 10 KΩ
 1 Resistores de 4,7 Ω
 1 Resistores de 300 Ω
 9 Resistores de 220 Ω
24

Figura 10 Simulação do indicador de nível de combustível por pressão diferencial

Fonte: Autoria própria


25

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo sobre os microcontroladores PIC constatou que estes estão sendo cada vez
mais utilizados devido à sua grande flexibilidade de aplicações. Aplicações como essas,
voltada a efetuar medições, são fundamentais tanto em nosso dia a dia como no âmbito
industrial, pois quando um fenômeno qualquer é corretamente medido é sempre mais fácil
tomar decisões a respeito dele, caso contrário ficamos impossibilitados de agir de maneira
correta para controlar o fenômeno devido à falta de parâmetros.
Assim, a medição de combustível em um veículo tem uma importância muito grande
pois permite ao condutor do veículo um controle sobre o combustível. Dessa forma, apesar de
não termos implementado o Indicador de nível de combustível no Cactus baja, a simulação do
projeto no Software Proteus comprovou que o mesmo é viável pela sua eficácia e
simplicidade, e portanto, pode ser aplicado para o tipo de situação onde não é possível
perfurar o compartimento de combustível como também quando não é possível a saída de fios
de dentro do tanque de combustível, impossibilitando então a medida do volume de
combustíveis através de medidores convencionais baseados em peças mecânicas do tipo
boias.
26

5. REFERÊNCIAS

[01] SAE. O que é o BAJA? Disponível em:


<http://www.saebrasil.org.br/eventos/programas_estudantis/baja2015/oquee.aspx>. Acesso
em: 21 fev. 2016.

[02] Cactus Baja. Quem somos. Disponível em: <http://cactusbaja.blogspot.com.br/p/quem-


somos.html>. Acesso em: 26 mar. 2016.

[03] SALÃODOCARRO.COM. Como funciona o Medidor de combustível: Controle dos


níveis do seu tanque de combustível ajudam na hora de saber se é necessário passar em um
posto de gasolina ou continuar andando. 2012. Disponível em:
<https://salaodocarro.com.br/como-funciona/medidor-de-combustivel.html>. Acesso em: 21
fev. 2016.

[04] MICROCHIP. About Us. Disponível em: < http://www.microchip.com/about-


us/company-information/about>. Acesso em: 26 mar. 2016.

[05] Microcontroladores PIC18: aprenda e programe em linguagem C / Alberto Noboru


Miyadaira. – 1.ed. – São Paulo:Érica, 2009.

[06] Informações retiradas do datasheet do fabricante Freescale Semicondutor modelo


MPXM2053GS

[07] ACADEMIA, Luso. Pressão absoluta e pressão manométrica. Disponível em:


<https://lusoacademia.wordpress.com/2015/08/10/pressao-absoluta-e-pressao-manometrica/>.
Acesso em: 18 abr. 2016.

[08] Processamento de sinais / serviço nacional de aprendizagem industrial.


departamento nacional, serviço nacional de aprendizagem industrial.
departamento regional do rio grande do sul. brasília: senai/dn, 2012.
295 p. : il. (série automação industrial).

[09] Manual do Proteus.


27

[10] Sete LTDA. Sensores e medidores do nível de combustível, conheça como


funcionam. Disponível em: <http://www.setepecas.com.br/?pag=sensores>. Acesso em: 24
abr. 2016.

[11] MUNSON, Bruce R. Fundamentos da mecânica dos fluidos. 4. ed. São Paulo: Edgard
Blucher, 2004.

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